SITUAÇÃO ATUAL DA CACAUICULTURA NO ESTADO DO PARÁ: ATUALIZAÇÃO CONJUNTURAL E SUAS PERSPECTIVAS

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "SITUAÇÃO ATUAL DA CACAUICULTURA NO ESTADO DO PARÁ: ATUALIZAÇÃO CONJUNTURAL E SUAS PERSPECTIVAS"

Transcrição

1 SITUAÇÃO ATUAL DA CACAUICULTURA NO ESTADO DO PARÁ: ATUALIZAÇÃO CONJUNTURAL E SUAS PERSPECTIVAS FERNANDO ANTÔNIO T. MENDES; JAY WALLACE S. MOTA; EDSON LOPES LIMA. CEPLAC, BELÉM, PA, BRASIL. fernando@ufpa.br APRESENTAÇÃO ORAL INSTITUIÇÕES E ORGANIZAÇÕES NA AGRICULTURA SITUAÇÃO ATUAL DA CACAUICULTURA NO ESTADO DO PARÁ Atualização Conjuntural e suas Perspectivas GRUPO DE PESQUISA 9- Instituições e Organizações na Agricultura RESUMO Este artigo apresenta uma atualização conjuntural da cacauicultura no estado do Pará, mostrando a partir de variáveis de desempenho, além de uma retrospectiva, a potencialidade dessa atividade como geradora de divisas para o Estado. Os dados evidenciam que a região sul (já consolidada) e oeste (em plena fase de expansão) são as que mais evoluíram em termos de crescimento (vertical e horizontal) em seus indicadores de desempenho. As características de clima e solo propícios para expansão do cultivo, aliado aos custos de manutenção mais acessíveis e material genético com produtividade média superior a 1000kg/ha, credenciam o estado do Pará para avançar na sua proposta de crescer a sua participação relativa no cenário nacional da cacauicultura. PALAVRAS-CHAVE: CACAU AMAZÔNIA ESTADO DO PARÁ ABSTRACT This paper presents an updating of the situation of the cocoa crop in the state of Pará, showing starting from acting variables, besides a retrospective, the potentiality of that activity as 1

2 generating of exchange value for the State. The data evidence that the south area (already consolidated) and west (in the middle of the expansion phase) they are what more developed in growth terms (vertical and horizontal) in your acting indicators. The climate characteristics and favorable soil for expansion of the cultivation, ally to the costs of more accessible maintenance and genetic material with medium productivity to 1000kg/ha, qualify the state of Pará to move forward in your proposal of increasing your relative participation in the national scenery of the cocoa cultivation. KEY-WORDS: COCOA AMAZON STATE OF PARÁ I - INTRODUÇÃO A Amazônia, berço da origem do cacau, já deteve a liderança deste produto em nível nacional. Contudo, quando analisamos a década que antecede o lançamento do Programa de Diretrizes para Consolidação da Cacauicultura Nacional - PROCACAU ( ), verificamos que a sua participação foi residual, apenas 1% do total produzido no País. Neste período, a vinculação desta região com o Governo Federal era feita por convênios com instituições do setor público agrícola, cujo interesse era apenas científico-investigativo. A evolução desta presença estendeu-se para a prestação de Assistência Técnica e creditícia aos produtores, notadamente, àqueles situados no município de Cametá (Pará) e arredores. Em 1971 era instalado o Serviço Experimental de Rondônia - SERON em Ouro Preto, que na época era distrito do município de Jiparaná (Rondônia). Até este momento, as estruturas criadas tinham vinculação com a sede central da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC) na Bahia. Para marcar, definitivamente, a presença da CEPLAC na Amazônia, bem como facilitar a troca de comunicação entre as bases já instaladas, foi criado em 1974 o Programa especial da Amazônia - PROAM, estabelecendo-se uma Coordenadoria com sede em Belém - Pará. A despeito de todas as dificuldades inerentes ao pioneirismo, destaca-se que o saldo neste período foi positivo pois, agregaram-se conhecimentos sobre a qualidade e quantidade de solos propícios à cacauicultura, notadamente, nos Estados do Pará e Rondônia, bem como assenhorou-se das vicissitudes do desconhecido ambiente Amazônico e o conseqüente comportamento do cultivo do cacaueiro. Desde a formulação do PROCACAU em 1975, previa-se que o estado do Pará seria um dos grandes produtores nacionais de cacau. No estabelecimento das metas deste Programa, destinou-se o equivalente a 50 mil hectares de cacaueiros para serem implantados entre os anos de 1976 a Na avaliação do programa feita no final de 1986 contatou-se um montante de hectares plantados, sendo que, aproximadamente, hectares foram perdidos - seca, inundações, 2

3 abandono, solos inadequados e queima acidental restando como efetivamente existente na época um total de hectares (TAFANI, 1986) 1. Para a implementação das metas propostas pelo Procacau no estado do Pará, optou-se pela realização do trabalho no que se denominou de i) zona tradicional de produção (município de Cametá), em ii) alguns pólos agropecuários definidos no POLOAMAZÔNIA/SUDAM (Pólo Altamira, Pólo Trombetas e pólo Carajás) e em iii) outros municípios da região bragantina e Tomé-Açu (priorizando-se as áreas de pimentais decadentes). Para todos os casos as principais variáveis de seleção de áreas eram a existência de solos de média e alta fertilidade natural minimização dos custos iniciais de implantação pela inexistência da necessidade de adubação e clima favorável (precipitação pluviométrica em torno de 1.800mm anuais). Com o passar dos tempos, várias foram as estratégias utilizadas para manter e consolidar a cacauicultura no estado do Pará. Nesse artigo pretende-se discorrer sobre seus resultados. II - A CACAUICULTURA NO BRASIL A cacauicultura brasileira está distribuída nas regiões nordeste (Bahia), sudeste (Espírito Santo), Centro-Oeste (Mato-Grosso) e Norte (Pará, Rondônia e Amazonas). Segundo dados do IBGE/SIDRA (2006), a produção brasileira de cacau no ano de 2005 foi de toneladas, revelando uma taxa de variação em relação ao ano anterior de 6,4%; número bem maior do que a taxa de crescimento 2 dessa atividade para os últimos cinco anos (0,98%). Para o mesmo período e indicador tem-se que o estado do Pará aponta para maior taxa de crescimento (5,1%), seguido de Rondônia (2,2%) e Espírito Santo com (0,7%); a Bahia mantém-se estacionada e Amazonas (- 0,4%) e Mato Grosso (- 20,1%) mostram taxas de crescimento negativas. Uma nova configuração que se evidencia é a recuperação da cacauicultura baiana, depois da ação devastadora da vassoura-de-bruxa a partir de 1989, bem como a participação relativa da produção Amazônica que no ano de 2005 ultrapassou os 28%. Tão relevante quanto o avanço na participação é a consolidação do estado do Pará como segundo maior produtor brasileiro (18,3% da produção nacional no ano de 2005) e, com taxas de crescimento anuais da produção maiores que 5%, permitindo inferir que a manutenção desses indicadores, trará a constatação, aventada no passado, de que a Amazônia é um dos mais importantes pólos da cacauicultura mundial (Tabela 1). Tabela 1. Evolução da Produção Brasileira de Cacau (absoluta e relativa) Quantidade Produzida de Cacau (tonelada) Local Brasil Pará PA/BR (%) 14,4 15,6 19,5 18,5 16,7 18,3 1 TAFANI, R. R. PROCACAU, seus 10 anos e alguns resultados. Brasília (DF) : CEPLAC, Vf TC = n Vi 2 Para esse caso utilizou-se a taxa quadrática de crescimento, onde: ( 1) * 100 3

4 Rondônia RO/BR (%) 8,8 8,5 9,3 10,5 9,5 9,5 Amazonas AM/BR (%) 0,6 0,6 0,8 0,7 0,6 0,6 Bahia BA/BR (%) 69,9 68,3 63,0 65,1 69,5 65,9 Espírito Santo ES/BR (%) 5,7 6,3 6,7 5,0 3,5 5,6 Mato Grosso MT/BR (%) 0,5 0,6 0,6 0,1 0,1 0,1 Fonte: IBGE/SIDRA, Com relação à área colhida o Brasil, em termos gerais, vem decrescendo, haja vista as perdas ocorridas nas áreas de produção da Bahia; no ano 2000 dos quase 706 mil hectares, foram contabilizados pelo IBGE em 2005 pouco mais de 625 mil hectares. Dos Estados que colhem cacau, somente o Pará aumentou a sua área colhida quando se relaciona o ano de 2004 e, juntamente com os outros Estados da Amazônia, representam 14% da área colhida no Brasil e a Bahia 82,8%. O confronto da área colhida e a produção obtida para cada um dos anos permitem inferir a evolução da produtividade (kg/ha) para cada um dos Estados, incluindo a média brasileira. Os dados deixam muito claro a diferença marcante entre a produtividade média obtida no estado do Pará (736,9kg/ha) e os demais Estados produtores e a média nacional (Tabela 2). Variáveis como: dimensão da área (familiar com menos de 7 hectares por família), tipo de solo, tratos culturais e gerência da propriedade, interferem diretamente neste rendimento. Tabela 2. Evolução da Área (ha) Colhida de Cacau no Brasil (absoluta e relativa). Local Área colhida (Hectare) Brasil Pará PA/BR (%) 5,5 5,8 7,1 8,7 8,0 8,3 Rondônia RO/BR (%) 4,7 4,0 4,6 4,7 4,5 5,2 Amazonas AM/BR (%) 0,4 0,3 0,4 0,4 0,4 0,3 Bahia BA/BR (%) 86,0 86,3 83,8 82,5 83,8 82,8 Espírito Santo ES/BR (%) 3,0 3,1 3,5 3,6 3,2 3,3 Mato Grosso (acessado em 25/03/2007) 4

5 MT/BR (%) 0,4 0,4 0,5 0,1 0,1 0,1 Tabela 3. Evolução da Produtividade (kg/ha) da Cacauicultura Brasileira Local Brasil 278,8 278,9 300,2 287,7 306,8 333,6 Pará 727,3 750,5 820,2 614,7 644,5 736,9 Rondônia 518,2 586,7 601,2 637,1 640,9 604,4 Amazonas 485,5 495,2 578,4 557,0 488,8 592,5 Bahia 226,7 220,7 225,9 227,0 254,5 265,6 Espírito Santo 529,4 570,9 570,9 398,2 335,4 568,5 Mato Grosso 355,4 404,8 365,9 437,1 450,2 471,5 III - OS PÓLOS CACAUEIROS NO ESTADO DO PARÁ Da experiência vivenciada no Procacau aos dias atuais, os pólos cacaueiros passaram a ter nomenclatura aderente à estrutura administrativa da CEPLAC. Assim, a regionalização de atendimento às zonas cacaueiras tem a seguinte classificação: Pólo Cacaueiro da Transamazônia, da Bragantina e do Médio Amazonas. Pólo Cacaueiro da Transamazônica Este Pólo se estende ao longo da BR 230 (Transamazônica) e é formado pelos municípios de Pacajá, Anapu, Vitória do Xingu, Altamira, Brasil Novo, Medicilândia e Uruará. O clima é do tipo tropical, com duas estações muito bem definidas: uma seca, que compreende aos meses de julho, agosto, setembro e outubro; outra chuvosa, que tem maior intensidade a partir do mês de dezembro até o mês de maio. O solo é de média fertilidade entre os municípios de Pacajá, Anapu, Vitória do Xingu e Altamira. A partir do município de Brasil Novo, seguindo em direção a Uruará os solos melhoram em termos de fertilidade natural, ocorrendo manchas significativas de terra roxa nos municípios de Medicilândia e Uruará. Segundo dados de prospecção de solos do Projeto Radam, estimou-se uma área de 85 mil hectares de terra roxa nesse perímetro. Este é considerado o Pólo de maior destaque da cacauicultura no estado do Pará. No ano de 2005 registrou-se, para os municípios que compõem esse pólo, uma produção de toneladas numa área safreira de hectares, obtendo-se uma produtividade média de 895,5 kg/ha. Os dados em fase de consolidação para o ano de 2006 dão conta que a Ceplac assiste produtores para uma área total plantada de 44,492,4 hectares, sendo que, ,8 hectares estão em produção e o restante (11.863,6 ha) ainda em desenvolvimento; quanto a produção, no momento não se tem dados seguros para essa variável, porém, estimase que haverá um crescimento entre 10 e 15% em relação a última safra, esperando com isso que a produtividade média ultrapasse os 900kg/ha. Além da cacauicultura esse pólo explora os cultivos de café, pimenta-do-reino, cana-deaçúcar (residual) e a pecuária de corte/leite. Assistidos pela Ceplac, e denominado como atividades diversificadas, são produtores, sendo 3.840ha em cultivos solteiros, 549ha em cultivos consorciados e pouco mais de 130 mil hectares de pastagens (para cabeças de gado). 5

6 Pólo Cacaueiro da Bragantina Muito embora esse Pólo tenha a denominação de uma microrregião do Estado, sua área de atuação extrapola seus limites territoriais. É formado pelos municípios de Santa Isabel do Pará, Castanhal (com acesso pela BR 316), Tomé-Açu, Acará (com acesso pela PA 251), Cametá, Mocajuba, Limoeiro do Ajuru (com acesso pelo rio Tocantins e PA 151), Novo Repartimento (com acesso pela BR 010 e 230), Tucumã e São Felix do Xingu (com acesso pela BR 010 e PA 279). Sua extensão preconiza uma variação muito grande do clima entre os municípios atendidos. Na parte mais ao nordeste e na região das ilhas (influencia do rio Tocantins), verifica-se uma certa uniformidade do clima; principalmente quanto a temperatura mantém-se uma média sem variações expressivas - e precipitação pluviométrica as chuvas são bem distribuídas durante todo o ano. Na parte sul do Pólo (Tucumã e São Félix do Xingu), percebe-se a distinção de dois períodos; um seco e outro chuvoso. Na região das ilhas prevalecem os solos hidromórficos, já que a maioria dos plantios está sob influencia das várzeas, beneficiando-se dos enriquecimentos aluviais decorrentes das enchentes e vazantes que ocorrem em intervalos de seis horas. No nordeste do Estado, verifica-se a presença de solos do tipo latossolo, pobres quimicamente, cuja necessidade de adubação é inconteste. No sul do Pará encontram-se solos de elevada fertilidade (terra roxa estruturada), numa área superior a um milhão de hectares 4. Este pólo apresenta as três características para a expansão da cacauicultura preconizadas pelo Procacau: áreas tradicionais (Cametá e Mocajuba), áreas com pimentais decadentes (Tomé- Açu e Acará) e área com solos de alta fertilidade (Tucumã e São Félix do Xingu). Para o ano de 2005 a cacauicultura teve o seguinte desempenho: Os dados contabilizados para o ano de 2006, apontam para uma área plantada de ,9 hectares plantados, sendo que 9.747,1ha é considerado safreiro e 6.238,8ha ainda em desenvolvimento. Do ponto de vista da diversificação agropecuária esse é o pólo que mais atividades agrícolas têm na sua composição; fruteiras regionais (açaí, pupunha, cupuaçu), introduzidas (mangostão, ranbutã), essências florestais (mogno, teca), outras fruteiras (maracujá, mamão, acerola, graviola), pecuária, entre outras atividades. Assistidos pela Ceplac/Supor estão cadastrados 1859 agricultores que cultivam cerca de 2.515ha dessas atividades agrícolas na modalidade solteira, 586ha em consórcio, cabeças de gado em ,5ha de pastagens. Pólo Cacaueiro do Médio Amazonas Este Pólo fica na parte oeste do estado do Pará, e tem a sua governança exercida pelo município de Santarém; mais pelo seu porte é consiredo o segundo município do Pará, depois de Belém do que pela sua pujança na atividade cacaueira. É formado pelos municípios de Placas, Rurópolis, Trairão e Itaituba (com acesso pela BR 230), Alenquer, Curuá e Monte Alegre (com acesso pelos Rios Tapajós e Amazonas, a partir de Santarém). Nesse pólo cacaueiro predomina o clima chuvoso, onde a precipitação anual supera o 1.800mm e bem distribuídos. O período seco definido tem um número de meses menor do que aquele registrado para o Pólo Transamazônico, sendo mais evidente nos municípios de Placas e Rurópolis. 4 Considera-se para essa área o que o foi denominado pelo Projeto Radam de Pólo Trombetas. 6

7 Com exceção do município de Placas, para os demais municípios que compõem esse Pólo, os solos são de baixa e média fertilidade, requerendo complementação de adubação. Mesmo com essas restrições, segundo o Projeto Radam 5, existe cerca de 29 mil hectares de solos propícios para a cacauicultura, dado suas características de alta fertilidade; especificamente, nos municípios de Placas, Rurópolis e Alenquer (terra preta do índio). Segundo dados do Serviço de Extensão rural da Ceplac/Supor, em 2005 esse Pólo tinha sob sua responsabilidade a assistência de 977 produtores para uma área total de 6.431,3 hectares, dos quais 5.597,6 estavam em produção. A discriminação desses dados por município encontra-se na tabela abaixo: Os dados ainda não consolidados para esse Pólo, apontam que no ano de 2006 houve um crescimento de 3,3% no número de agricultores assistidos (passa de 977 para 1009), de 0,5% na área safreira (passa de 5597,6 ha para 5623,6 ha) e, em termos totais, a área cacaueira cresceu 1,9% (passa de 6431,3 ha para 6553,5 ha). Registra-se que o município de Placas, fazendo parte desse Pólo, deu-se a partir de 1997, fruto de sua emancipação com parte das terras do município de Uruará. Como já foi descrito para os outros Pólos, aqui também acontece a diversificação agropecuária assistida pela Ceplac/Supor. A exploração do cafeeiro é aquela que mais se destaca com um plantio de 969,5 ha, seguida do Urucum (396,2 ha), banana (315,3 ha), coco (304,5 ha), pimenta-do-reino, cupuaçu e graviola (estes com mais de 250 ha cada um); acrescenta-se a bovinocultura com uma área de pastagens de ,0 ha, para um rebanho bovino de cabeças, bubalinos de 168 cabeças e animais de serviço com cabeças. IV - O CACAU NO ESTADO DO PARÁ Segundo Álvares-Afonso 6 (1975), um acordo de cooperação técnica, celebrado com o Departamento de Pesquisas Agropecuárias do Ministério da Agricultura em 1965, constituiu o início dos trabalhos da Ceplac na Amazônia, com a implantação da pesquisa e experimentação cacaueira, desenvolvidas nas dependências do IPEAN, em Belém. Com a evolução das atividades da Ceplac na região, foram firmados convênios com outras instituições, dentre as quais a Secretaria de Agricultura, Faculdade de Ciências Agrárias do Pará hoje Universidade Federal Rural da Amazônia e ACAR-Pará (hoje EMATER-Pa). Com exceção do município de Cametá onde foi criado o serviço de assistência técnica aos cacauicultores de Cametá (ASTECCA), vinculado ao Departamento de Extensão rural da Bahia -, os demais, à época, toda a cacauicultura era assistida por convênio. Em 1977 é criado o Departamento Especial da Amazônia (DEPEA), uma evolução do Programa Especial da Amazônia (PROAM) criado em 1974 com a função de gerir as atividades da Ceplac no norte do país. Somente em 1980 com a extinção do convênio com a ACAR-Pa, assumiu a Ceplac todos os destinos da cacuicultura no Estado. No estado do Pará a cacauicultura está dispersa, segundo os municípios pertencentes a cada um dos Pólos cacaueiros, já alinhados em seção precedente (Pólo Cacaueiro da Transamazônica, da Bragantina e do Médio Amazonas). 5 BRASIL. Projeto Radam Brasil. Brasília (DF), ÁLVARES-AFONSO, F. M. Os pólos cacaueiros da Amazônia. Belém : CEPLAC/PROAM,

8 O Cacau na Transamazônica Segundo a Ceplac (1981) 7, a sua participação na ocupação planificada das áreas do pólo Altamira-Itaituba, data do início da década de 1970, como decorrência do Programa Inicial do Projeto Cacau, elaborado pela Secretaria de Estado de Agricultura (SAGRI); as ações se restringiam ao fornecimento de sementes, o que redundou no plantio de 642 hectares entre os anos de 1970 a 1974, constituindo-se no primeiro contato com a realidade da região. De forma mais consistente e dinâmica na política de cacau aconteceu somente a partir de 1977, com a instalação do escritório de supervisão de Altamira e, em 1975 de modo precário a Estação Experimental de Altamira no km 100 hoje município de Medicilândia onde foram plantados 18 hectares de bananeira para, em 1977, serem implantados os cacaueiros híbridos (IMC-67). Na seqüência foram instaladas as unidades físicas de Brasil Novo, Pacal (Medicilândia), km 180 (Uruará), Rurópolis Presidente Médice (Rurópolis) e Itaituba, todos, na época, pólos de colonização do Instituto Nacional de Colonização Agrária (INCRA). Dos primeiros 642 hectares plantados entre 1970 e 1974, acrescidos dos hectares implantados no ano agrícola 1977/78 (agora já assistidos tecnicamente, beneficiando os primeiros 377 agricultores) até hoje, as mudanças foram significativas (Tabela 4). Tabela 4. Desempenho da Cacauicultura nos municípios atendidos pelo Pólo da Transamazônica em Município Número de Produção VBP Área Colhida Agricultores (t) (R$1000) (ha) (kg/ha) Altamira Anapu Brasil Novo Medicilândia Pacajá Uruará V. do Xingu Fonte: agricultores (Ceplac/Supor/Serex) 8 ; as demais variáveis IBGE/Sidra 9. Para o ano de 2005 os dados registram um total de agricultores assistidos pela Ceplac que, para um perfil médio de 4 pessoas por família, transformam esse número para um pouco mais de pessoas. Da produção total do Estado (38.119t), 67% estão contidas nesse pólo e 65% é a representação em termos de área plantada; quanto ao Valor Bruto da Produção de cacau, essa atividade foi responsável pela circulação de pouco mais de R$ 78 milhões. O município que mais se destaca nesse pólo é Medicilândia. Sem dúvidas, esse é o Pólo de cacau mais importante da Amazônia. Contudo, no que diz respeito aos recursos humanos que cuidam da parte técnica do trabalho, dispõe apenas de 20 pessoas, sendo: 14 da própria Ceplac e 6 das prefeituras municipais que mantém convênio com a Ceplac. É nessa região que se encontra instalada a Estação Experimental de Pesquisa Paulo Moreli que, além da implantação e acompanhamento de projetos de pesquisas dirigidas para o ambiente amazônico, mantém um campo de produção de sementes híbridas em uma área de, aproximadamente, 10 hectares que são anualmente distribuídas para os agricultores do 7 CEPLAC. PARÁ: o retorno do cacau as suas origens. In: Cadernos da Amazônia 4. Belém : CEPLAC, Relatório Anual da CEPLAC/SUPOR/SEREX, (Acessado em 20/03/2007) 8

9 Estado. Nessa área é possível produzir algo em torno de 12 milhões de sementes, que corresponde ao plantio potencial de 9,2 mil hectares de cacaueiros por ano. O Cacau na Bragantina Essa é uma região do Estado que mais apoio recebeu durante a sua etapa mais marcante do desenvolvimento também a mais densamente povoada e melhor malha viária. O processo migratório responsável pela ocupação das terras durante a colonização, trouxe um contingente sem igual de nordestinos e as primeiras levas de japoneses oriundos do término da II guerra mundial. O pioneirismo dessa região com a cacauicultura, data de 1971 com o Projeto Cacau-Pará em que o governo do Estado visava, alternativamente, substituir os pimentais decadentes nos municípios de Castanhal, Santa Isabel do Pará, Vigia, Santo Antonio do Tauá e Tomé-Açu. Além disso, o Projeto também objetivava modernizar as plantações antigas da região tocantina. Tabela 5. Desempenho da Cacauicultura nos municípios atendidos pelo Pólo da Bragantina em Município Agricultor Produção VBP Área Colhida (R$1000) (ha) (kg/ha) Acará Cametá Castanhal L. do Ajuru Mocajuba N.Repartimento S. I. do Pará S. F. do Xingu Tomé-Açu Tucumã Fonte: agricultores (Ceplac/Supor/Serex); as demais variáveis IBGE/Sidra. Obs.: o sistema de dados agregados do IBGE/SIDRA não registrou dados sobre a cacauicultura do município de Santa Isabel do Pará. Para o ano de 2005 os dados registram um total de agricultores assistidos pela Ceplac que, para um perfil médio de 4 pessoas por família, transformam esse número para um pouco mais de pessoas. Da produção total do Estado (38.119t), 13% estão contidas nesse pólo e 23% é a representação em termos de área plantada; quanto ao Valor Bruto da Produção de cacau, essa atividade foi responsável pela circulação de quase R$ 16 milhões (Tabela 5). Os municípios que mais perderam destaque nesse pólo foram: Acará, Castanhal e Santa Isabel do Pará. O município de Limoeiro do Ajuru, recentemente incluído entre os que passaram a receber assistência sistemática da Ceplac, tem uma participação muito pequena entre os demais. No que diz respeito aos recursos humanos que cuidam da parte técnica do trabalho, dispõe apenas de 23 pessoas, sendo: 14 da própria Ceplac e 9 das prefeituras municipais que mantém convênio com a Ceplac. O Cacau no Médio Amazonas 9

10 Inicialmente esse Pólo foi denominado de Trombetas. O seu estabelecimento se deu a partir dos estudos preliminares feitos pela Ceplac nos municípios de Óbidos, Oriximiná (até hoje nenhuma atuação foi feita) e Alenquer, para os quais foi comprovada a existência de terras com boa fertilidade natural. Essa evidência ensejou a seleção de três zonas de excelentes condições para o cultivo do cacaueiro: Rio Branco/Mamiá, São Pedro/Ferrugem e Curuá/Maicuru, com a disponibilidade para o plantio de até 35 mil hectares de cacaueiros. Outra característica importante na formatação desse Pólo, foi a sua proximidade do mercado e a facilidade de transporte, através da navegação fluvial (rio amazonas e seus afluentes), o que assegurava a sua potencialidade. Ao que se denominou no inicio de Pólo Trombetas, incorporou-se os municípios de Monte Alegre, Santarém, Itaituba, Rurópolis, Trairão e em 1977 a recém criado município de Placas (uma subdivisão do município de Uruará). Tabela 6. Desempenho da Cacauicultura nos municípios atendidos pelo Pólo do Médio Amazonas em Município Agricultor Produção VBP (R$1000) Área Colhida (ha) (kg/ha) Alenquer Curuá Itaituba Monte Alegre Placas Rurópolis Trairão Santarém Prainha Aveiro Belterra Fonte: agricultores (Ceplac/Supor/Serex); as demais variáveis IBGE/Sidra. Para o ano de 2005 os dados registram um total de 977 agricultores assistidos pela Ceplac que, para um perfil médio de 4 pessoas por família, transformam esse número para um pouco mais de pessoas. Da produção total do Estado (38.119t), 11,5% estão contidas nesse pólo e 10% é a representação em termos de área plantada; quanto ao Valor Bruto da Produção de cacau, essa atividade foi responsável pela circulação de pouco mais de R$ 9,5 milhões (Tabela 6). O município que mais se destaca nesse pólo é Placas, mais pela sua história (esse Pólo herdou o que antes era de Uruará), do que pelo que já foi construído. No que diz respeito aos recursos humanos que cuidam da parte técnica do trabalho, dispõe apenas de 14 pessoas, sendo: 5 da própria Ceplac e 9 das prefeituras municipais que mantém convênio com a Ceplac). Sinteticamente, e baseados nos dados consolidados de 2005 e as estimativas para o ano de 2006, o universo de atuação da Ceplac na Amazônia Oriental, segundo cada Pólo está condensado na Tabela 7. Tabela 7. Síntese Comparativa do Desempenho da Cacauicultura entre os anos de 2005 e 2006, nas Regiões Assistidas pela Ceplac. 10

11 Pólo Agricultores Assistidos Área (1000ha) Plantada Área (1000ha) Colhida Produção (t) Produtividade (kg/ha) Tran ,9 44,3 29,9 32, Mean ,4 6,7 5,6 5, Brag ,7 16,0 9,1 9, Pará ,2 67,0 44,6 48, Obs.: os dados de 2006 ainda são estimativos. Tran= Pólo transamazônica; Mean= Pólo Médio Amazonas; Brag= Pólo Bragantina. V - O MERCADO DE CACAU Produção Atualmente (safra 2004/05 informada pela ICCO) a produção de cacau no mundo é dominada por sete países: Costa do Marfim (38,3%), Gana (17,6%), Indonésia (13,4%), Nigéria (5,7%), República dos Camarões (5,6%), Brasil (5,1%) e Equador (3,5%). O Continente africano lidera a produção com a participação relativa de 70,2% (2,334 milhões de toneladas), seguido da Ásia e Oceania com 16,4% (546 mil toneladas) e as Américas com 13,4% (447 mil toneladas). Os dados ainda não consolidados da safra 2005/06, estimam uma produção de 3,358 mil toneladas e uma moagem de 3,411 milhões toneladas, ampliando o deficit que na safra anterior já era de 20 mil toneladas, para mais de 87 mil toneladas. Moagem (Demanda) As moagens representam a demanda mundial de cacau. A safra 2004/05 fechou com um total de 3,315 milhões de toneladas das quais 42,4% estão na Europa (1,404 milhões de toneladas), 25,8% estão nas Américas (854 mil toneladas, sendo 419 mil nos USA e 209 mil toneladas no Brasil), 17,8% na Ásia e Oceania (592 mil toneladas) e 14% na África. Dois países se destacam como os maiores demandantes de cacau em amêndoas: a Holanda (460 mil toneladas) e os Estados Unidos (419 mil toneladas). O Brasil é considerado um grande moedor de cacau (209 mil toneladas) contudo, a Costa do Marfim (330 mil toneladas) e a Malásia (235 mil toneladas), estão em sua frente. Importações A Europa é o maior importador de cacau em amêndoas do mundo, tendo no ano agrícola internacional 2004/05 importado toneladas. A França, Alemanha, Holanda e Reino Unido são responsáveis por cerca de 75% do total das importações de cacau do continente, com um total de tonelada. Do total das importações mundiais ( toneladas), esse continente fica com 60% (ICCO, 2006) 10. Esses números revelam o grande potencial existente no mercado europeu para qualquer país produtor de cacau que está disposto a competir diretamente com os maiores produtores de cacau como Gana, Nigéria e Costa do Marfim, considerados os principais fornecedores para esses mercados (Amin, 2004) 11. O cacau da Amazônia tem pouca expressão comercial nos mercados europeus, devido à falta de conhecimento por parte das indústrias chocolateiras internacionais das boas qualidades intrínsecas existentes no produto regional como: o teor de gordura, o rendimento da gordura e 10 ICCO. Quaterly Statistics Bulletin. vol. XXXII n. 1, 2005/06 11 AMIN, M. M., In: Economia do Cacau na Amazônia

12 ponto de fusão. Essas características, além do peso das amêndoas e o nível de umidade, são considerados pela indústria, como os principais determinantes do padrão de qualidade do produto final. Exportações Os países africanos fornecem quase 80% das importações de cacau em amêndoas do mercado mundial. Das toneladas exportadas em 2004 o continente africano representou 79,5% (a Costa do Marfim, sozinha, representa 41,4%), o continente americano 5,8% e a Ásia e Oceania 14,7%. O Brasil, o quinto maior produtor de cacau do mundo, participa com uma parcela residual e sua totalidade é procedente da Bahia. Preços O estabelecimento do preço a ser pago pelo cacau produzido, tem a sua formação nas Bolsas de Mercadorias internacionais, principalmente em Londres e Nova Iorque. Como qualquer mercadoria, a regulação dos preços deveria ser feita pela confrontação entre a oferta e demanda. Contudo, estudos realizados nessa temática (Amin, 1994) 12, demonstram que somente 33% do preço têm como origem esse postulado econômico; o restante é conferido ao processo fortemente especulativo que envolve a comercialização dessa Commodity. Assim, projeções de preço, por melhor que possa vir a ser o modelo, sempre deixará dúvidas quanto a sua reprodução no tempo. Figura 1. Produção (1000t), Moagem (1000t) e Preço do Cacau no Mercado Internacional t Produção Moagem Preço US$/t / / / / / /06 0 Os analistas de mercado para essa commodity apontam para uma estabilização no preço entre US$ 1,500 e 1,650 por tonelada durante o ano de Melhor do que aguardar preços 12 AMIN, M. M. The influence of the speculative activity in the determination of the international cocoa price in the New York futures market. In: INTERNATIONAL CONFERENCE ON COCOA ECONOMY, Bali, Indonésia, França, ICCO,

13 melhores, a recomendação técnica sugere a eficiência econômica na produção, ou seja: aumentar a produtividade a custo cada vez menor. VI - PERSPECTIVAS PARA A CACAUICULTURA PARAENSE A Competitividade das Amêndoas Segundo Amin (2004) 13, testes realizados pela divisão de Tecnologia de Alimentos da CEPLAC, em Belém, mostram que, caso seja seguido o processo de beneficiamento recomendado tecnicamente, o cacau produzido nos diversos municípios da região amazônica, atende às principais especificações de qualidade exigidas pela indústria chocolateira internacional. Essa constatação mostra que o padrão de qualidade do cacau da Amazônia está muito próximo das principais características exigidas pela indústria chocolateira. Os percentuais de teor de gordura e de rendimento, por exemplo, estão bem próximos aos limites médios apresentados pelo cacau de Gana (considerado o padrão de comparação para os demais). A análise de qualidade realizada pelos técnicos da CEPLAC mostrou que o cacau amazônico tem as condições intrínsecas favoráveis para competir no exigente mercado da Europa Ocidental. Falta somente a implementação de um programa regional que vise conscientizar o produtor com relação à importância de um correto processo de beneficiamento. Variáveis Quadro 1. Padrão de qualidade do cacau produzido em regiões selecionadas. Unid. Requer. Indústria Gana Nigéria Costa Marfim Malásia BA RO PA AM Peso Médio da Amêndoa G 1,0 1,1 1,1 1,1 0,8 1,0 1,1 1,04 1,06 Testa % ,3 11,7 11,9 16,0 12,8 13,4 12,1 12,7 Teor de Gordura % ,3 56,8 56,5 57,0 54,5 56,0 56, Rendimento da Gordura % 47,8 47,8 47,8 46,8 45,2 44,5 44,9 45,4 45,3 Unidade do Nib % 6-7 5,2 5,1 5,3 4,7 5,5 5,4 5,8 5,5 Ponto de Fusão C nd nd nd nd 33,4 35,0 34,5 34,5 13 AMIN, M. M. Cacauicultura na Amazônia: obstáculos à competitividade no mercado internacional. In: Economia do Cacau na Amazônia, Mendes, Fernando Antonio Teixeira (Org.). Belém:UNAMA,

14 FONTE: DIAS&ÁVILA, ; WILTON&WILTON, ; WOOD&LASS, Obs. Os dados de Rondônia e Pará são a média de 6 meses, Amazonas 12 meses. Para os países africanos é considerada a safra principal. O cacauicultor da Amazônia, apesar de contar com todas as vantagens possíveis de temperatura, precipitações pluviométricas e solo, ainda não tem se preocupado em comercializar um cacau que tenha um padrão de qualidade bem homogêneo e que lhe permita competir no mercado internacional e atender as exigências da indústria desse mercado. A Disponibilidade de Área para Plantio A área plantada com cacaueiros no mundo está em torno de 7 milhões de hectares e, ao longo dos últimos 26 anos (1980 a 2005) cresceu pouco mais de 2,25 milhões hectares revelando uma taxa geométrica de crescimento de 1,89% ao ano - e nos últimos 10 anos pouco mais de 500 mil hectares com uma taxa geométrica de crescimento (TGC) 17 de 1,18%. Ou seja: à medida que o tempo passa é menor o número de áreas novas plantadas. Evidentemente, uma das causas está relacionada à impossibilidade de inclusão de novas áreas naqueles países que estão atingindo (ou já atingiram) o limite das suas áreas propícias para tal Figura 2. Evolução da Área Plantadas com Cacaueiros em Termos Mundiais Os oito países mais importantes na produção mundial de cacau (Costa do Marfim, Gana, Nigéria, Camarões, Brasil, Equador, Indonésia e Malásia), detêm 88,6% de toda área colhida 14 DiAS, J. C e AVILA. M. da Graça, Características do Cacau Comercial da Amazônia. (mimeo),fev/1989., Divisão d.c Tecnologia de Alimentos, COPES/CEPLAC/ AMAZÔNIA. 15 WILTON A. L. & K.. B. WILTON. The Structure and Composition of Foods. Vol 4, New York WOOD, G.A.R. and R.A. LASS. Cocoa. Tropical Series, Longman, New York, Para o cálculo da TGC usou-se a seguinte função Y n = a*e rt+u. 14

15 de cacau em 2005 (7,009 milhões de hectares); e os países africanos juntos somam 66,6% desse total, sendo que Costa do Marfim (24,3%) e Gana (21,4%) lideram para essa variável. O Brasil ocupa a quarta posição com uma representatividade de 9,5% (665 mil hectares). Figura 3. Área colhida (1000 ha) e Participação Percentual dos Países no Mundo , ha % 25, , , , ,0 0 C Marfim Gana Nigéria Brasil Indonésia Camarões Equador Malásia 0,0 Individualizando-se o caso brasileiro, e utilizando-se os dados de área colhida do último qüinqüênio ( ), verifica-se que somente no estado do Pará (7,29%) e Rondônia (0,43%) as taxas de crescimento são positivas. Uma aferição importante nesses dados se refere a: aquilo que o estado do Pará cresce (3.770ha/ano) em área colhida é quase quatro vezes menos o que decresce no estado da Bahia (14.700ha/ano), considerando suas TGC. Figura 4. Taxa Geométrica de Crescimento (%) da Área Colhida no Brasil e Principais Estados Produtores ( ) 8 7, ,43-0, ,02-1,94-2,84-4 Brasil Pará Rondônia Amazonas Bahia E. Santo 15

16 A Eficiência Produtiva Uma questão que está diretamente relacionada à eficiência produtiva diz respeito ao manejo adequado da plantação. Contudo, o material genético usado para o plantio é determinante nas expectativas de produtividades relevantes. Na Amazônia, por conta da sua origem no que diz respeito ao plantio racional de cacaueiros, a maioria das plantações advém de material genético selecionado para produtividades acima de 1500 kg/ha. Tal assertiva não corresponde, em essência, a maioria dos plantadores de cacau (no Brasil e nos demais países). Entre os tradicionais plantadores de cacau, a série histórica que compreende os anos agrícolas de 1980/81 até 2005/06, mostra a evolução da produtividade. Na África, a Costa do Marfim aparece como o país que mais progresso tem feito nos acréscimos de produtividade; saiu de 498kg/ha em 1980/81 para pouco mais de 800kg/ha em 2005/06. Nos últimos 10 anos, sua taxa geométrica de crescimento é de 3,43%, o que implica num provável aumento de 47 mil toneladas ao ano (considerando sua última safra). Para os demais países, a produtividade não supera os 500kg/ha. Figura 5. Evolução da Produtividade Média (kg/ha) de Cacau em Amêndoas, nos Países Africanos. Em relação aos países asiáticos, Indonésia e Malásia vêm, ao longo do tempo, experimentando situações diferentes no que se refere à produtividade. A Malásia depois de liderar, tanto na quantidade total produzida quanto na produtividade (1400kg/ha), obteve declínios constantes nessa variável até o início do ano 2000, quando então começa a recuperar sua eficiência produtiva, igualando-se a Indonésia nos 900kg/ha. Nesse movimento de recuperação, afere-se com os dados dos últimos dez anos que a taxa geométrica de crescimento da produtividade está em 5,58% (uma das maiores do mundo), enquanto que na Indonésia a TGC é de 0,55%. Como já descrito em itens anteriores, os efeitos advindos da TGC na Malásia, pouco afetarão a produção global, dado o decréscimo expressivo em suas áreas plantadas (Indonésia = 445 mil hectares colhidos [TGC=3,39%] e Malásia = 30 mil hectares colhidos [TGC= -16,84] em 2005/06). 16

17 Figura 6. Evolução da Produtividade Média (kg/ha) de Cacau em Amêndoas, nos Países Asiáticos. Na América do Sul, Brasil e Equador são os países que se destacam na cacauicultura mundial. Especificamente, tratando-se da produtividade ambos estão abaixo dos 400kg/ha, sendo que no Brasil a média é inferior a 300kg/ha. Para esse caso específico é prudente ponderar a participação das diferentes regiões produtoras. Figura 7. Evolução da Produtividade Média (kg/ha) de Cacau em Amêndoas, nos Países da 17

18 Em termos de produtividade nos Estados (2005), pode-se verificar que o Pará detém a maior média (737kg/ha), seguido de Rondônia (604kg/ha), Amazonas (592kg/ha), Espírito Santo (568kg/ha), Mato Grosso (472kg/ha) e Bahia (265kg/ha),. Figura 8. Evolução da Produtividade Média (kg/ha) de Cacau em Amêndoas, nos Estados Pormenorizando-se essa variável para os principais municípios plantadores do estado do Pará, verifica-se que aí estão as melhores produtividades em termos de Brasil; superando, inclusive, os índices encontrados para os países asiáticos e africanos. Um destaque deve ser dado ao município de Medicilândia que, para o ano civil de 2005, alcançou a produtividade média de 1100kg/ha. Registre-se também que, em pelo menos 7% dos produtores nesse município num total de 974 alcançam produtividades superiores a 2000kg/ha. Figura 9. Evolução da Produtividade Média (kg/ha) de Cacau em Amêndoas, nos Principais Municípios Plantadores de Cacau do Estado do Pará CONCLUSÃO A dinâmica da cacauicultura no norte brasileiro nunca estagnou ou retrocedeu; mesmo que lentamente, em algumas fases, sempre conseguiu dar passos adiante. 18

19 Quando no ano de 1965 a Ceplac entendeu que o material genético seminal estava no estado do Pará, ocasião que empreendeu uma expedição botânica para coletar sementes e melhorar o stand baiano, sem se dar conta disso, marcou um retorno que seria irreversível. Muitos anos se passaram, programas foram feitos (e finalizados), outros pensados e sequer iniciados, mas a realidade da cacauicultura do norte hoje é presente; especialmente no estado do Pará. Nos seus quase 70 mil hectares plantados, dos quais 50 mil estão produzindo, e considerando que essa atividade emprega, diretamente, 250 trabalhadores para cada 1000 hectares plantados e indiretamente 1000 postos de trabalho (perfazendo um total de 1250 empregos), não parece trivial chamar atenção para um patrimônio capaz de gerar esse tipo de riqueza. Para se ter uma idéia desse parâmetro, a produção média decorrente dessa área plantada com cacaueiros, aproximadamente 45 mil toneladas no ano de 2006, representa uma renda circulante de aproximadamente R$ 135 milhões (ou US$ 64 milhões ao câmbio de R$ 2,10/US$ 1.00), com potencialidade de tributação, via ICMS, na ordem de R$ 16,3 milhões (ou US$ 8 milhões, ao mesmo câmbio). Tão relevante quanto ao já exposto, é fundamental que se registre as atuais famílias assistidas diretamente no Programa Cacau, responsáveis pela segunda maior produção nacional de cacau no ano de Por certo é uma temeridade não apoiar, intensivamente, uma atividade com esse perfil. 19

Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira. Cenário da cacauicultura

Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira. Cenário da cacauicultura Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira Cenário da cacauicultura Helinton Rocha Diretor Geral Brasília, DF 00:30 Brasília, 1º de abril de 2015

Leia mais

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DA CADEIA PRODUTIVA DO CACAU NO PARÁ PRODECACAU/PA:

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DA CADEIA PRODUTIVA DO CACAU NO PARÁ PRODECACAU/PA: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DA CADEIA PRODUTIVA DO CACAU NO PARÁ PRODECACAU/PA: 2011-2019 VISÃO DE FUTURO Ser, em 2023, O maior produtor de cacau do Brasil FATORES INTERNOS Emergência do paradigma da sustentabilidade;

Leia mais

ARTIGO COM APRESENTAÇÃO BANNER - ECONOMIA AMBIENTAL

ARTIGO COM APRESENTAÇÃO BANNER - ECONOMIA AMBIENTAL ARTIGO COM APRESENTAÇÃO BANNER - ECONOMIA AMBIENTAL ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DA PRODUTIVIDADE DA CULTURA DO CACAU NOS ANOS DE 2004 A 2014 NO ESTADO DO PARÁ POR MEIO DE SIG JESSYCA FERNANDA DOS SANTOS DUARTE,

Leia mais

Análises gráficas dos principais produtos agropecuários do Estado do Pará. Cultura da Mandioca

Análises gráficas dos principais produtos agropecuários do Estado do Pará. Cultura da Mandioca Análises gráficas dos principais produtos agropecuários do Estado do Pará Cultura da Mandioca Guilherme Leopoldo da Costa Fernandes 1 Regiões do Brasil Área Plantada de Mandioca (ha) O plantio de mandioca

Leia mais

1 Lavouras. Cereais, leguminosas e oleaginosas. Área e Produção - Brasil 1980 a 2008

1 Lavouras. Cereais, leguminosas e oleaginosas. Área e Produção - Brasil 1980 a 2008 1 Lavouras 1.1 Produção de cereais, leguminosas e oleaginosas A quinta estimativa da safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas 1, indica uma produção da ordem de 144,3 milhões de toneladas,

Leia mais

Oportunidade de Atração de Investimentos no Setor de Celulose no Brasil Potencial de Negócios em Celulose no Pará

Oportunidade de Atração de Investimentos no Setor de Celulose no Brasil Potencial de Negócios em Celulose no Pará Oportunidade de Atração de Investimentos no Setor de Celulose no Brasil Potencial de Negócios em Celulose no Pará Belém, PA Junho -2016 1 Mercado de Floresta Plantada 2 Mercado de Floresta Plantada Distribuição

Leia mais

Boletim de Conjuntura Agropecuária da FACE N.8 / abr-2012

Boletim de Conjuntura Agropecuária da FACE N.8 / abr-2012 Boletim de Conjuntura Agropecuária da FACE N.8 / abr-2012 Segue abaixo uma breve explicação sobre os dados agropecuários analisados neste Boletim. Pesquisa, acompanhamento e avaliação de safras O Ministério

Leia mais

RELATÓRIO ANUAL DA PREVISÃO DE SAFRA NO ESTADO DO PARÁ 2016

RELATÓRIO ANUAL DA PREVISÃO DE SAFRA NO ESTADO DO PARÁ 2016 RELATÓRIO ANUAL DA PREVISÃO DE SAFRA NO ESTADO DO PARÁ 216 Fernando Antonio Teixeira Mendes 1 A safra de cacau para o ano de 216 foi estimada de acordo com a metodologia e parâmetros preconizados pelo

Leia mais

Plano de Expansão da Cultura da Seringueira no Estado de São Paulo

Plano de Expansão da Cultura da Seringueira no Estado de São Paulo Plano de Expansão da Cultura da Seringueira no Estado de São Paulo Consumo Mundial de Borracha Natural nas décadas de 1980 a 2020 mil toneladas 1980 1990 2000 2020 América do Norte 665 892 1.255 1.445

Leia mais

Projeções Indicam o Brasil Como o Próximo Maior Produtor Mundial de Soja (Safra 18/19)

Projeções Indicam o Brasil Como o Próximo Maior Produtor Mundial de Soja (Safra 18/19) Participação na Produção Mundial de Soja (%) Projeções Indicam o Brasil Como o Próximo Maior Produtor Mundial de Soja (Safra 18/19) O setor do agronegócio ocupa em torno de 7,8% do território brasileiro

Leia mais

Fontes de Crescimento da Produção Mundial de Cacau de 1961 a 2004.

Fontes de Crescimento da Produção Mundial de Cacau de 1961 a 2004. Fontes de Crescimento da Produção Mundial de Cacau de 1961 a 2004. Rosalina Ramos Midlej Lindolfo Pereira dos Santos Filho Antonio Carlos de Araújo Introdução A produção agrícola aumenta em função de uma

Leia mais

Cacau como indutor de restauração florestal no Brasil

Cacau como indutor de restauração florestal no Brasil Cacau como indutor de restauração florestal no Brasil Agenda Quem somos? Dados setoriais Estratégia 2018-2028 Eduardo Engenheiro Agrônomo (Esalq-USP) Diretor Executivo da AIPC Presidente do Comitê de Sustentabilidade

Leia mais

EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO E COMÉRCIO MUNDIAL DE MAMÃO

EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO E COMÉRCIO MUNDIAL DE MAMÃO VI SIMPÓSIO DO PAPAYA BRASILEIRO Tecnologia de produção e mercado para o mamão brasileiro Vitória ES, 10 a 13 de novembro de 2015 EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO E COMÉRCIO MUNDIAL DE MAMÃO Edileuza Vital Galeano

Leia mais

Ministério da Agricultura. Contribuindo para o Besenvolvimento. SustentáMél da Amazônia

Ministério da Agricultura. Contribuindo para o Besenvolvimento. SustentáMél da Amazônia ~& ~ ""'e Ministério da Agricultura do Abastecimento Contribuindo para o Besenvolvimento SustentáMél da Amazônia A Embrapa Amazônia Oriental e sua missão A Embrapa Amazônia Oriental, com mais de seis décadas-de

Leia mais

Experiência de Avaliação de Impactos de Tecnologias da Embrapa Amazônia Oriental

Experiência de Avaliação de Impactos de Tecnologias da Embrapa Amazônia Oriental Experiência de Avaliação de Impactos de Tecnologias da Embrapa Amazônia Oriental Aldecy José Garcia de Moraes Enilson Solano Albuquerque Silva Brasília - DF, 05 de junho de 2018 Histórico da avaliação

Leia mais

PROGRAMAÇÃO MENSAL DE CURSOS DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL E PROMOÇÃO SOCIAL/2017 Mês: SETEMBRO

PROGRAMAÇÃO MENSAL DE CURSOS DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL E PROMOÇÃO SOCIAL/2017 Mês: SETEMBRO Núcleo: Bragantino Bragança Turismo Rural 04 a 08/09/2017 Bragança Artesanato em Tecidos 04 a 08/09/2017 Bragança Artesanato em Arranjos Florais 04 a 08/09/2017 Capitão Poço Trab. na Panificação 04 a 08/09/2017

Leia mais

AS CHUVAS E A PRODUÇÃO DE CACAU EM MEDICILÂNDIA, PARÁ RESUMO

AS CHUVAS E A PRODUÇÃO DE CACAU EM MEDICILÂNDIA, PARÁ RESUMO AS CHUVAS E A PRODUÇÃO DE CACAU EM MEDICILÂNDIA, PARÁ Odete Cardoso do O. SANTOS 1, Ruth ia C. SCERNE, Joaquim Carlos Barbosa QUEIROZ 3 RESUMO Para realização deste trabalho, recorreu-se aos dados de chuvas

Leia mais

EVOLUÇÃO DA CULTURA E DO MERCADO MUNDIAL DE MAMÃO

EVOLUÇÃO DA CULTURA E DO MERCADO MUNDIAL DE MAMÃO EVOLUÇÃO DA CULTURA E DO MERCADO MUNDIAL DE MAMÃO Papaya Brasil - 2005 Adelaide de Fátima Santana da Costa, David dos Santos Martins, Aureliano Nogueira da Costa, Levy Heleno Fassio 1 Instituto Capixaba

Leia mais

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Amazônia Oriental Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Amazônia Oriental Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Amazônia Oriental Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Embrapa Belém, PA 2014 ANÁLISE DE RELEVÂNCIA DA AGRICULTURA FAMILIAR NO ESTADO

Leia mais

PAM 2016: valor da produção agrícola nacional foi 20% maior do que em 2015

PAM 2016: valor da produção agrícola nacional foi 20% maior do que em 2015 PAM 2016: valor da produção agrícola nacional foi 20% maior do que em 2015 O valor total da produção agrícola foi de R$ 317,5 bilhões, 20,0% maior do que em 2015. Os principais fatores que contribuíram

Leia mais

LSPA. Levantamento Sistemático da Produção Agrícola. Janeiro de Pesquisa mensal de previsão e acompanhamento das safras agrícolas no ano civil

LSPA. Levantamento Sistemático da Produção Agrícola. Janeiro de Pesquisa mensal de previsão e acompanhamento das safras agrícolas no ano civil Diretoria de Pesquisas Coordenação de Agropecuária Gerência de Agricultura LSPA Janeiro de 217 Levantamento Sistemático da Produção Agrícola Pesquisa mensal de previsão e acompanhamento das safras agrícolas

Leia mais

EDITAL IX FUNDO DEMA - ANO/2015

EDITAL IX FUNDO DEMA - ANO/2015 EDITAL IX FUNDO DEMA - ANO/2015 De acordo com os encaminhamentos do COMITÊ GESTOR DO FUNDO DEMA decididos na sua reunião ordinária realizada de 02 a 05 de março de 2015, na cidade de Belém/Pará, o Fundo

Leia mais

Relatório Mensal de Cacau. Maio de 2015

Relatório Mensal de Cacau. Maio de 2015 Relatório Mensal de Cacau Maio de 2015 MERCADO FUTURO Histórico dos Preços do cacau em NY(U$/tonelada) O contrato contínuo da ICE-US, maio/15, terminou o mês de abril cotado a US$ 2.943/t, aumento de 9,0%

Leia mais

O QUE É ILPF ILP IPF. A ILPF pode ser utilizada em diferentes configurações, combinando-se dois ou três componentes em um sistema produtivo:

O QUE É ILPF ILP IPF. A ILPF pode ser utilizada em diferentes configurações, combinando-se dois ou três componentes em um sistema produtivo: ILPF EM NÚM3R05 O QUE É ILPF A integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) é uma estratégia de produção agropecuária que integra diferentes sistemas produtivos, agrícolas, pecuários e florestais, dentro

Leia mais

PPS-Partido Popular Socialista SECOM-Secretaria de Comunicação Votação JORDY Deputado Federal Eleições 2010 ORDEM DECRESCENTE NOS MUNICÍPIOS

PPS-Partido Popular Socialista SECOM-Secretaria de Comunicação Votação JORDY Deputado Federal Eleições 2010 ORDEM DECRESCENTE NOS MUNICÍPIOS ORDEM DECRESCENTE NOS MUNICÍPIOS Município VotaçãoNominal % VotosVálidos BELÉM 130997 18,18 ANANINDEUA 23640 12,16 TUCURUÍ 3432 7,37 BARCARENA 2658 5,7 MARITUBA 2088 4,75 CASTANHAL 1672 2,75 SANTA ISABEL

Leia mais

NÚMERO MÁXIMO DE VEREADORES POR MUNICÍPIO, NA ELEIÇÃO DE 2012, SEGUNDO OS DADOS DO CENSO 2010 PARÁ

NÚMERO MÁXIMO DE VEREADORES POR MUNICÍPIO, NA ELEIÇÃO DE 2012, SEGUNDO OS DADOS DO CENSO 2010 PARÁ NÚMERO MÁXIMO DE VEREADORES POR MUNICÍPIO, NA ELEIÇÃO DE 2012, SEGUNDO OS DADOS DO CENSO 2010 PARÁ François E. J. de Bremaeker Consultor da Associação Brasileira de Câmaras Municipais A eleição municipal

Leia mais

Pimenta-do-reino: Alta rentabilidade atrai produtores para a atividade

Pimenta-do-reino: Alta rentabilidade atrai produtores para a atividade Página 1 de 6 Florestas Grãos Hortifrúti Pimenta-do-reino: Alta rentabilidade atrai produtores para a atividade Este post foi publicado em Hortifrúti em 22 de agosto de 2014 Neste ano, um quilo de pimenta-do-reino

Leia mais

Boletim de Conjuntura Agropecuária da FACE N.14 / out-2012

Boletim de Conjuntura Agropecuária da FACE N.14 / out-2012 Boletim de Conjuntura Agropecuária da FACE N.14 / out-2012 Segue abaixo uma breve explicação sobre os dados agropecuários analisados neste Boletim. Pesquisa, acompanhamento e avaliação de safras O Ministério

Leia mais

PLANO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL SUSTENTÁVEL DO XINGU

PLANO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL SUSTENTÁVEL DO XINGU PLANO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL SUSTENTÁVEL DO XINGU CT 03 - Fomento às atividades produtivas sustentáveis JUNHO/2016 Status Geral Projetos de 2011-2016 Cenário geral Critérios de Seleção Projetos de

Leia mais

O Brasil rural e agropecuário no Século XXI

O Brasil rural e agropecuário no Século XXI 24º Encontro Tele.Síntese São Paulo, 20/10/2010 O Brasil rural e agropecuário no Século XXI Diretoria de Estudos Setoriais -Diset/IPEA Gesmar Rosa dos Santos gesmar.santos@ipea.gov.br Dimensões e destaques

Leia mais

Cadeia Produtiva de Madeira na Amazônia Brasileira

Cadeia Produtiva de Madeira na Amazônia Brasileira Cadeia Produtiva de Madeira na Amazônia Brasileira Marie Gabrielle Piketty CIRAD-USP Baseado sobre trabalhos liderados pelo IMAZON, Belém, Para Entre outros: Lentini M., Verissimo A., Sobral L, 2003. Fatos

Leia mais

AGROSUISSE NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS

AGROSUISSE NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS ESTRATÉGIAS INTERNACIONAIS E DE INVESTIMENTOS EM SUSTENTABILIDAD E 11 DE MAIO 2017 FABIO RAMOS AGROSUISSE Empresa de consultoria com 35 anos de experiência na execução de importantes trabalhos na área

Leia mais

CPATU CENTRO DE PESQUISA AGROPECUÁRIA DO TRÓPICO ÚMIDO

CPATU CENTRO DE PESQUISA AGROPECUÁRIA DO TRÓPICO ÚMIDO CPATU CENTRO DE PESQUISA AGROPECUÁRIA DO TRÓPICO ÚMIDO CENTRO DE PESQUISA AGROPECUÁRIA DO TRÓPICO, UMIDO - CPATU o Centro de Pesquisa Aqropecuária do Trópico Úmido é uma unidade descentraliza- da da Empresa

Leia mais

Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso

Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso ÍNDICE 1 Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso 1.1 Agronegócio Soja 1.2 Agronegócio Milho 1.3 Agronegócio Algodão 1.4 Agronegócio Boi 2 Competitividade 2.1 Logística

Leia mais

Graças a sua adaptação, o arroz é atualmente cultivado em quase todos os países de todos os continentes, a exceção da Antártida.

Graças a sua adaptação, o arroz é atualmente cultivado em quase todos os países de todos os continentes, a exceção da Antártida. HISTÓRICO Graças a sua adaptação, o arroz é atualmente cultivado em quase todos os países de todos os continentes, a exceção da Antártida. É a única espécie cultivada e explorada em áreas pantanosas, ocupando

Leia mais

Explorando as Relações entre a Dinâmica Demográfica, Estrutura Econômica e Mudanças no Uso e Cobertura da Terra no Sul do Pará.

Explorando as Relações entre a Dinâmica Demográfica, Estrutura Econômica e Mudanças no Uso e Cobertura da Terra no Sul do Pará. Explorando as Relações entre a Dinâmica Demográfica, Estrutura Econômica e Mudanças no Uso e Cobertura da Terra no Sul do Pará. Referata, 21 de agosto de 2008. Pedro Assumpção Alves Taxas de Crescimento

Leia mais

Agronegócio em Mato Grosso. Abril 2013

Agronegócio em Mato Grosso. Abril 2013 Agronegócio em Mato Grosso Abril 2013 Brasil Visão Geral Brasil - Visão Geral Area 8,5 milhões km 2 (5º maior) População (2011) 195 milhões (6 º maior) PIB (2011) US$ 2,47 Trilhões (6 ª maior) Produção

Leia mais

LSPA. Levantamento Sistemático da Produção Agrícola. Fevereiro de Diretoria de Pesquisas Coordenação de Agropecuária Gerência de Agricultura

LSPA. Levantamento Sistemático da Produção Agrícola. Fevereiro de Diretoria de Pesquisas Coordenação de Agropecuária Gerência de Agricultura Diretoria de Pesquisas Coordenação de Agropecuária Gerência de Agricultura LSPA Fevereiro de 217 Levantamento Sistemático da Produção Agrícola Pesquisa mensal de previsão e acompanhamento das safras agrícolas

Leia mais

WORKSHOP SOBRE AS CULTURAS DE CUPUAÇU E PUPUNHA NA AMAZÔNIA ANAIS

WORKSHOP SOBRE AS CULTURAS DE CUPUAÇU E PUPUNHA NA AMAZÔNIA ANAIS DOCUMENTOS, 6 ISSN 01 01-9058 E CENTRO DE PESQUISA AGROFLORESTAL DA AMAZÔNIA OCIDENTAL - CPAA WORKSHOP SOBRE AS CULTURAS DE CUPUAÇU E PUPUNHA NA AMAZÔNIA MANAUS, AM, BRASIL, DE 25 A 29 DE MARÇO DE 1996

Leia mais

Cacau Amêndoa Período: Maio de 2015

Cacau Amêndoa Período: Maio de 2015 Cacau Amêndoa Período: Maio de 2015 Tabela I PREÇO PAGO AO PRODUTOR - Cacau Amêndoa (em US$/ton.) Períodos Anteriores Maio/15 % Locais Unid. 12 meses 1 mês [a] [b] [c] c/a c/b Ilhéus - Bahia R$/Kg 6,68

Leia mais

Boletim de Conjuntura Agropecuária da FACE N.4 / dez.2011

Boletim de Conjuntura Agropecuária da FACE N.4 / dez.2011 Boletim de Conjuntura Agropecuária da FACE N.4 / dez.2011 Segue abaixo uma breve explicação sobre os dados agropecuários analisados neste Boletim. Pesquisa, acompanhamento e avaliação de safras O Ministério

Leia mais

NOTA TÉCNICA N 01/2012

NOTA TÉCNICA N 01/2012 NOTA TÉCNICA N 01/2012 SAFRA 2011/2012 3º LEVANTAMENTO DO CONSELHO TÉCNICO DA AIBA Barreiras (BA), 25 de Abril de 2012 Entidades Participantes: AIBA, ABAPA, ABACAFÉ, AEAB, Banco do Brasil, Banco HSBC,

Leia mais

ESTIMATIVAS DAS COTAS DO FPM PARÁ

ESTIMATIVAS DAS COTAS DO FPM PARÁ ESTIMATIVAS DAS COTAS DO FPM PARÁ e de e de François E. J. de Bremaeker Rio de, novembro de ESTIMATIVAS DAS COTAS DO FPM PARÁ e de e de François E. J. de Bremaeker Economista e Geógrafo Gestor do Observatório

Leia mais

ESTIMATIVAS DAS COTAS DO FPM PARÁ

ESTIMATIVAS DAS COTAS DO FPM PARÁ ESTIMATIVAS DAS COTAS DO FPM PARÁ de e e de François E. J. de Bremaeker Rio de, dezembro de ESTIMATIVAS DAS COTAS DO FPM PARÁ de e e de François E. J. de Bremaeker Economista e Geógrafo Gestor do Observatório

Leia mais

ESTIMATIVAS DAS COTAS DO FPM PARÁ

ESTIMATIVAS DAS COTAS DO FPM PARÁ ESTIMATIVAS DAS COTAS DO FPM PARÁ Março, Abril e Maio de François E. J. de Bremaeker Rio de Janeiro, março de ESTIMATIVAS DAS COTAS DO FPM PARÁ Março, Abril e Maio de François E. J. de Bremaeker Economista

Leia mais

ESTIMATIVAS DAS COTAS DO FPM PARÁ

ESTIMATIVAS DAS COTAS DO FPM PARÁ ESTIMATIVAS DAS COTAS DO FPM PARÁ Maio, Junho e Julho de François E. J. de Bremaeker Rio de Janeiro, maio de ESTIMATIVAS DAS COTAS DO FPM PARÁ Maio, Junho e Julho de François E. J. de Bremaeker Economista

Leia mais

ESTIMATIVAS DAS COTAS DO FPM PARÁ

ESTIMATIVAS DAS COTAS DO FPM PARÁ ESTIMATIVAS DAS COTAS DO FPM PARÁ, e de François E. J. de Bremaeker Rio de Janeiro, maio de ESTIMATIVAS DAS COTAS DO FPM PARÁ, e de François E. J. de Bremaeker Economista e Geógrafo Gestor do Observatório

Leia mais

Boletim de Agropecuária da FACE Nº 32, Abril de 2014

Boletim de Agropecuária da FACE Nº 32, Abril de 2014 CURSO DE Boletim de Agropecuária da FACE Nº 32, Abril de 2014 Segue abaixo uma breve explicação sobre os dados agropecuários analisados neste Boletim. Pesquisa, acompanhamento e avaliação de safras O Ministério

Leia mais

Geografia. A Configuração Geográfica do Espaço Paraense. Professor Luciano Teixeira.

Geografia. A Configuração Geográfica do Espaço Paraense. Professor Luciano Teixeira. Geografia A Configuração Geográfica do Espaço Paraense Professor Luciano Teixeira www.acasadoconcurseiro.com.br Geografia A CONFIGURAÇÃO GEOGRÁFICA DO ESPAÇO PARAENSE Paisagem Geográfica: A paisagem é

Leia mais

ZONEAMENTO AGRÍCOLA DO ESTADO DO PARÁ

ZONEAMENTO AGRÍCOLA DO ESTADO DO PARÁ ZONEAMENTO AGRÍCOLA DO ESTADO DO PARÁ Eunice Léa Costa da SILVA 1, Anna Cristina Malcher MUNIZ 2, Eliana Claudia Oliveira VIANA 3, Maria do Carmo Felipe de OLIVEIRA 4 RESUMO No presente estudo, foi realizado

Leia mais

Heveicultura brasileira

Heveicultura brasileira Heveicultura brasileira Jayme Vazquez Cortez APABOR Assoc. Paulista de Produtores e Beneficiadores de Borracha Ribeirão Preto, 16 de dezembro de 2005 Palestrante Engenheiro Agrônomo ESALQ/USP Presidente

Leia mais

COLÉGIO 7 DE SETEMBRO DISCIPLINA DE GEOGRAFIA PROF. RONALDO LOURENÇO 7º ANO. PERCURSO 14 REGIÃO NORTE a construção de espaços geográficos

COLÉGIO 7 DE SETEMBRO DISCIPLINA DE GEOGRAFIA PROF. RONALDO LOURENÇO 7º ANO. PERCURSO 14 REGIÃO NORTE a construção de espaços geográficos COLÉGIO 7 DE SETEMBRO DISCIPLINA DE GEOGRAFIA PROF. RONALDO LOURENÇO 7º ANO PERCURSO 14 REGIÃO NORTE a construção de espaços geográficos A construção de espaços geográficos de 1500 a 1930 Inicialmente

Leia mais

IMPACTOS FINANCEIROS DO SISPRENATAL NA ATENÇÃO PRÍMARIA EM SAÚDE. Enfª: Fátima Bastos

IMPACTOS FINANCEIROS DO SISPRENATAL NA ATENÇÃO PRÍMARIA EM SAÚDE. Enfª: Fátima Bastos DIRETORIA DE POLÍTICAS DE ATENÇÃO INTEGRADA À SAÚDE DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO À SAÚDE COORDENAÇÃO ESTADUAL DE SAÚDE DA MULHER IMPACTOS FINANCEIROS DO SISPRENATAL NA ATENÇÃO PRÍMARIA EM SAÚDE Enfª: Fátima

Leia mais

Agronegócio brasileiro: desafios e oportunidades

Agronegócio brasileiro: desafios e oportunidades ....... Agronegócio brasileiro: desafios e oportunidades José Eustáquio Ribeiro Vieira Filho Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE) 31 de julho

Leia mais

A produção orgânica com base nos dados do Censo Agropecuário do IBGE (2006)

A produção orgânica com base nos dados do Censo Agropecuário do IBGE (2006) A produção orgânica com base nos dados do Censo Agropecuário do IBGE (2006) Palestrante: Andréia Vigolo Lourenço Agricultura Orgânica no cenário global Contexto atual (FIBL & IFOAM, 2015): Dados coletados

Leia mais

Moacyr Bernardino Dias-Filho

Moacyr Bernardino Dias-Filho Moacyr Bernardino Dias-Filho Embrapa Amazônia Oriental www.diasfilho.com.br 1 Evolução da pecuária bovina no Brasil Passado No início dos anos 1900, a pecuária bovina era obsoleta, incapaz de abastecer,

Leia mais

SETOR DE CELULOSE E PAPEL

SETOR DE CELULOSE E PAPEL SETOR DE CELULOSE E PAPEL 7º Encontro da Cadeia Produtiva de Madeira e Móveis BENTO GONÇALVES 12/11/2008 Pedro Vilas Boas Dados Gerais Cadeia Produtiva do Setor Florestal Lenha Carvão Vegetal PRODUÇÃO

Leia mais

Urucum do Brasil.

Urucum do Brasil. Urucum do Brasil www.chr-hansen.com.br Urucum no Sudeste - Brasil 2007 - situação atual e perspectivas Situação atual Situação atual O urucum é um corante natural com crescente importância no mundo todo,

Leia mais

Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso

Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso ÍNDICE 1 Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso 1.1 Agronegócio Soja 1.2 Agronegócio Milho 1.3 Agronegócio Algodão 1.4 Agronegócio Boi 2 Competitividade 2.1 Logística

Leia mais

Animais de Produção. Luís Eduardo T. Grégio Diretor Executivo Comercial

Animais de Produção. Luís Eduardo T. Grégio Diretor Executivo Comercial Animais de Produção Luís Eduardo T. Grégio Diretor Executivo Comercial Agenda Setor Pecuário e Tendências Estratégia de Comercialização Portfólio de Produtos Estratégia de Crescimento Setor Pecuário e

Leia mais

Relações entre a Dinâmica Demográfica, Estrutura Econômica e Mudanças no Uso e Cobertura da Terra na área de influência do PIME

Relações entre a Dinâmica Demográfica, Estrutura Econômica e Mudanças no Uso e Cobertura da Terra na área de influência do PIME Relações entre a Dinâmica Demográfica, Estrutura Econômica e Mudanças no Uso e Cobertura da Terra na área de influência do PIME Pedro Assumpção Alves Silvana Amaral Maria Isabel S. Escada Antônio Miguel

Leia mais

Moacyr Bernardino Dias-Filho

Moacyr Bernardino Dias-Filho Moacyr Bernardino Dias-Filho Embrapa Amazônia Oriental www.diasfilho.com.br Fatores de aumento de produtividade da pecuária brasileira a partir do século 19 Melhoramento genético do rebanho Intensificado

Leia mais

Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso

Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso ÍNDICE 1 Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso 1.1 Agronegócio Soja 1.2 Agronegócio Milho 1.3 Agronegócio Algodão 1.4 Agronegócio Boi 2 Competitividade 2.1 Logística

Leia mais

INFLUÊNCIA DO MERCADO SOBRE A IMPLANTAÇÃO, PRODUÇÃO E MANEJO DE CACAU E PIMENTA-DO-REINO EM SAF S NO MUNICÍPIO TOME-AÇU.

INFLUÊNCIA DO MERCADO SOBRE A IMPLANTAÇÃO, PRODUÇÃO E MANEJO DE CACAU E PIMENTA-DO-REINO EM SAF S NO MUNICÍPIO TOME-AÇU. INFLUÊNCIA DO MERCADO SOBRE A IMPLANTAÇÃO, PRODUÇÃO E MANEJO DE CACAU E PIMENTA-DO-REINO EM SAF S NO MUNICÍPIO TOME-AÇU. Carlos Wagner Da Silva Costa¹; Orisvaldo Pinto Lago²; Rangel Luís Da Silva Cunha³.

Leia mais

GEOGRAFIA REVISÃO 1 REVISÃO 2. Aula 25.1 REVISÃO E AVALIAÇÃO DA UNIDADE IV

GEOGRAFIA REVISÃO 1 REVISÃO 2. Aula 25.1 REVISÃO E AVALIAÇÃO DA UNIDADE IV Aula 25.1 REVISÃO E AVALIAÇÃO DA UNIDADE IV Complexos Regionais Amazônia: Baixa densidade demográfica e grande cobertura vegetal. 2 3 Complexos Regionais Nordeste: Mais baixos níveis de desenvolvimento

Leia mais

Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso

Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso ÍNDICE 1 Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso 1.1 Agronegócio Soja 1.2 Agronegócio Milho 1.3 Agronegócio Algodão 1.4 Agronegócio Boi 2 Competitividade 2.1 Logística

Leia mais

Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso

Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso ÍNDICE 1 Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso 1.1 Agronegócio Soja 1.2 Agronegócio Milho 1.3 Agronegócio Algodão 1.4 Agronegócio Boi 2 Competitividade 2.1 Logística

Leia mais

EDITAL AGROECOLOGIA, SEGURANÇA ALIMENTAR E DEFESA DOS BENS COMUNS

EDITAL AGROECOLOGIA, SEGURANÇA ALIMENTAR E DEFESA DOS BENS COMUNS EDITAL AGROECOLOGIA, SEGURANÇA ALIMENTAR E DEFESA DOS BENS COMUNS O Comitê Gestor do Fundo Dema, no uso de suas atribuições legais que lhe confere o seu Regimento Interno, de acordo com decisão tomada

Leia mais

PROGRAMAÇÃO MENSAL DE CURSOS DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL E PROMOÇÃO SOCIAL/2017 Mês: OUTUBRO

PROGRAMAÇÃO MENSAL DE CURSOS DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL E PROMOÇÃO SOCIAL/2017 Mês: OUTUBRO Núcleo: Bragantino Bragança Vaqueiro 02 a 06/10/2017 Bragança Trab. na Administração Rural 02 a 06/10/2017 Bragança Costureira(o) 02 a 06/10/2017 Bragança Artesanato em Tecido 02 a 06/10/2017 Bragança

Leia mais

GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ

GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ 331 Proteção e Benefícios ao Trabalhador 1447 Manutenção da Gestão da 6005 Concessão de Auxílio Alimentação 339046 AUXILIO-ALIMENTACAO 00 0101 0 Un 5.804.590 PI: 4210006005C 5.804.590 Unid Qde. Especificação

Leia mais

Boletim n 02 Acompanhamento da safra de soja. Associação Brasileira dos Produtores de Soja

Boletim n 02 Acompanhamento da safra de soja. Associação Brasileira dos Produtores de Soja Associação Brasileira dos Produtores de Soja Boletim n 02 Acompanhamento da safra de soja www.aprosojabrasil.com.br aprosojabrasil@aprosojabrasil.com.br A partir da segunda quinzena de fereiro, foi observada

Leia mais

SISTEMA DE PLANTIO E PRODUTIVIDADE DA MAMONEIRA CULTIVADA EM ÁREA DE SEQUEIRO NO MUNICÍPIO DE CASA NOVA-BA

SISTEMA DE PLANTIO E PRODUTIVIDADE DA MAMONEIRA CULTIVADA EM ÁREA DE SEQUEIRO NO MUNICÍPIO DE CASA NOVA-BA SISTEMA DE PLANTIO E PRODUTIVIDADE DA MAMONEIRA CULTIVADA EM ÁREA DE SEQUEIRO NO MUNICÍPIO DE CASA NOVA-BA Marcos Antonio Drumond 1, José Barbosa dos Anjos 2 e Luiz Balbino Morgado 3 Embrapa Semi-Árido

Leia mais

Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso

Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso ÍNDICE 1 Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso 1.1 Agronegócio Soja 1.2 Agronegócio Milho 1.3 Agronegócio Algodão 1.4 Agronegócio Boi 2 Competitividade 2.1 Logística

Leia mais

Expansão industrial e maior oferta de raiz sustentam produção recorde de fécula em 2015

Expansão industrial e maior oferta de raiz sustentam produção recorde de fécula em 2015 Expansão industrial e maior oferta de raiz sustentam produção recorde de fécula em 2015 Quantidade de fécula produzida cresceu 17% e superou 750 mil toneladas em 2015 A produção brasileira de fécula cresceu

Leia mais

Resumo. Fernando Antonio Teixeira Mendes 1 Edson Lopes Lima 1

Resumo. Fernando Antonio Teixeira Mendes 1 Edson Lopes Lima 1 Tendências de um crescimento agudo nos níveis de infecção da vassoura de bruxa (Crinipellis perniciosa), na cacauicultura de Medicilândia no Estado do Pará Fernando Antonio Teixeira Mendes 1 Edson Lopes

Leia mais

DIAGNÓSTICO DA FRORICULTURA DA ZONA URBANA E PERIURBANA DE BELÉM. Apresentação: Pôster

DIAGNÓSTICO DA FRORICULTURA DA ZONA URBANA E PERIURBANA DE BELÉM. Apresentação: Pôster DIAGNÓSTICO DA FRORICULTURA DA ZONA URBANA E PERIURBANA DE BELÉM Apresentação: Pôster Caroline Silva Ferreira 1 ; Danielle Pereira Mendonça 2 ; Fernanda Beatriz Bernaldo da Silva 3 ; Roberta Aparecida

Leia mais

Carlos Souza Jr., Adalberto Veríssimo & Anderson Costa (Imazon) RESUMO

Carlos Souza Jr., Adalberto Veríssimo & Anderson Costa (Imazon) RESUMO Carlos Souza Jr., Adalberto Veríssimo & Anderson Costa (Imazon) RESUMO Em junho de 2008, o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) registrou 612 quilômetros quadrados de desmatamento na Amazônia Legal.

Leia mais

ANEXO I TERMO DE REFERENCIA PROCESSO LICITATÓRIO Nº 008/2011- FAO/GCP/BRA/070/EC

ANEXO I TERMO DE REFERENCIA PROCESSO LICITATÓRIO Nº 008/2011- FAO/GCP/BRA/070/EC FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE UNITED NATIONS ORGANISATION DES NATIONS UNIES POUR L ALIMENTATION ET L AGRICULTURE ORGANIZACION DE LAS NACIONES UNIDAS PARA LA AGRICULTURA Y LA ALIMENTACION ORGANIZAÇÃO

Leia mais

EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA EMBRAPA- PESCA E AQUICULTURA FUNDAÇÃO AGRISUS RELATÓRIO PARCIAL-01/10/2016

EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA EMBRAPA- PESCA E AQUICULTURA FUNDAÇÃO AGRISUS RELATÓRIO PARCIAL-01/10/2016 1 EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA EMBRAPA- PESCA E AQUICULTURA FUNDAÇÃO AGRISUS RELATÓRIO PARCIAL-01/10/2016 CONSÓRCIO DE MILHO COM BRAQUIÁRIA: COMPREENDENDO OS RISCOS DO ESTRESSE HÍDRICO NA

Leia mais

Superintendência Regional do Rio Grande do Norte Gerência de Operações e de Suporte Estratégico Setor de Apoio à Logística e Gestão da Oferta

Superintendência Regional do Rio Grande do Norte Gerência de Operações e de Suporte Estratégico Setor de Apoio à Logística e Gestão da Oferta Superintendência Regional do Rio Grande do Norte Gerência de Operações e de Suporte Estratégico Setor de Apoio à Logística e Gestão da Oferta LEVANTAMENTO DE AVALIAÇÃO DE SAFRA DE GRÃOS E ALGODÃO EM CAROÇO

Leia mais

BOLETIM DO MILHO Nº 13

BOLETIM DO MILHO Nº 13 BOLETIM DO MILHO Nº 13 COMERCIALIZAÇÃO O acompanhamento semanal de safras do DERAL indica que foram comercializadas, no Paraná, até o momento, 10,4 milhões de toneladas de milho, o que representa 73% da

Leia mais

Guarapari/ES SESC, 23 a 26 de Outubro de 2012

Guarapari/ES SESC, 23 a 26 de Outubro de 2012 Guarapari/ES SESC, 23 a 26 de Outubro de 2012 EPÍGRAFE ASPECTOS HISTÓRICOS E AMBIENTAIS: quando, onde e como? A história: Quando e onde tudo começou... DIFERENCIAL DA CABRUCA...... A PAISAGEM Região Cacaueira

Leia mais

PROCEDIMENTOS UTILIZADOS NA REALIZAÇÃO DA PESQUISA:

PROCEDIMENTOS UTILIZADOS NA REALIZAÇÃO DA PESQUISA: Curitiba, 18 de novembro de 2015. Apresentamos a seguir os resultados da pesquisa de opinião pública realizada no Estado do Pará, com o objetivo de consulta à população sobre avaliação da administração

Leia mais

Pecuária na fronteira agrícola A pecuária é considerada a pecuária é ativ considerada a

Pecuária na fronteira agrícola A pecuária é considerada a pecuária é ativ considerada a Pecuária na fronteira agrícola A pecuária é considerada a atividade agrícola menos onerosa e mais eficiente para ocupar áreas e assegurar a posse da terra Embrapa Amazônia Oriental Outras atividades agrícolas

Leia mais

BAIXA DENSIDADE ATIVIDADES PRIMÁRIAS CONCENTRADO HABITAT RURAL DISPERSO A REVOLUÇÃO DA AGRICULTURA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL RESULTADO:

BAIXA DENSIDADE ATIVIDADES PRIMÁRIAS CONCENTRADO HABITAT RURAL DISPERSO A REVOLUÇÃO DA AGRICULTURA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL RESULTADO: BAIXA DENSIDADE ATIVIDADES PRIMÁRIAS HABITAT RURAL A REVOLUÇÃO DA AGRICULTURA CONCENTRADO DISPERSO REVOLUÇÃO INDUSTRIAL RESULTADO: MÉTODOS/TÉCNICAS AUMENTO DA PRODUTIVIDADE ISTO É: INVESTIMENTO DE CAPITAL

Leia mais

S inônimo de vida, a floresta alimenta

S inônimo de vida, a floresta alimenta SOMOS A FLORESTA S inônimo de vida, a floresta alimenta os seres, oxigena os pulmões, oferece o sustento e a moradia. Somos parte dela. Vivemos dela. Dependemos dela. Compreendendo a sua importância para

Leia mais

ARRANJOS ESPACIAIS NO CONSÓRCIO DA MANDIOCA COM MILHO E CAUPI EM PRESIDENTE TANCREDO NEVES, BAHIA INTRODUÇÃO

ARRANJOS ESPACIAIS NO CONSÓRCIO DA MANDIOCA COM MILHO E CAUPI EM PRESIDENTE TANCREDO NEVES, BAHIA INTRODUÇÃO ARRANJOS ESPACIAIS NO CONSÓRCIO DA MANDIOCA COM MILHO E CAUPI EM PRESIDENTE TANCREDO NEVES, BAHIA JAEVESON DA SILVA 1, JOSÉ RAIMUNDO FERREIRA FILHO 2 1 Eng. Agr., DSc., Pesquisador da Embrapa Mandioca

Leia mais

MERCADO INTERNACIONAL DE MANGA: SITUAÇÃO ATUAL E PERSPECTIVAS

MERCADO INTERNACIONAL DE MANGA: SITUAÇÃO ATUAL E PERSPECTIVAS MERCADO INTERNACIONAL DE MANGA: SITUAÇÃO ATUAL E PERSPECTIVAS Carlos Roberto Machado Pimentel Ricardo Elesbão Alves Heloísa Almeida Cunha Filgueiras INTRODUÇÃO Do conjunto de frutas atualmente comercializado,

Leia mais

Mercado de café termina 2017 com maior baixa de 21 meses

Mercado de café termina 2017 com maior baixa de 21 meses Mercado de café termina 2017 com maior baixa de 21 meses Em dezembro de 2017 a média mensal do preço indicativo composto da OIC foi de 114 centavos de dólar dos EUA por libra-peso, uma queda de 2,8% em

Leia mais

Evolução dos padrões de uso do solo e produtividade da agropecuária no Brasil de 1940 a 2012 Um novo banco de dados de alta resolução

Evolução dos padrões de uso do solo e produtividade da agropecuária no Brasil de 1940 a 2012 Um novo banco de dados de alta resolução Evolução dos padrões de uso do solo e produtividade da agropecuária no Brasil de 1940 a 2012 Um novo banco de dados de alta resolução Lívia C. P. Dias, Ana Beatriz dos Santos, Fernando M. Pimenta e Marcos

Leia mais

VIABILIDADE ECONÔMICA DO SISTEMA DE PRODUÇÃO SOJA- MILHO SAFRINHA 1.INTRODUÇÃO

VIABILIDADE ECONÔMICA DO SISTEMA DE PRODUÇÃO SOJA- MILHO SAFRINHA 1.INTRODUÇÃO VIABILIDADE ECONÔMICA DO SISTEMA DE PRODUÇÃO SOJA- MILHO SAFRINHA Alceu Richetti 1 1.INTRODUÇÃO No cenário nacional, o Estado de Mato Grosso do Sul é o terceiro maior produtor de milho safrinha e o quinto

Leia mais

Módulo 2: Análise da Agropecuária. Brasileira. Graduação em Zootecnia/Veterinária. Departamento de Economia Rural - UFPR

Módulo 2: Análise da Agropecuária. Brasileira. Graduação em Zootecnia/Veterinária. Departamento de Economia Rural - UFPR Graduação em Zootecnia/Veterinária Módulo 2: Análise da Agropecuária Brasileira Prof. Dr. João Batista Padilha Junior Departamento de Economia Rural - UFPR Aspectos abordados: Agropecuária (Visão Geral):

Leia mais

CONJUNTURAL AGROPECUÁRIO SOJA - CHICAGO

CONJUNTURAL AGROPECUÁRIO SOJA - CHICAGO CONJUNTURAL AGROPECUÁRIO Arroz: A cultura de arroz chegou a 22% da área já colhida e 42% já estão maduros. Outros 25% da área estão com a cultura em enchimento de grãos e 4% em floração. A área total de

Leia mais

Mineração e Agronegócio:

Mineração e Agronegócio: Mineração e Agronegócio: Superando Obstáculos para o Escoamento da Produção 8º Encontro de Logística e Transportes - FIESP Produção e Exportação Soja e Milho Produção de soja e milho > 5 mil toneladas

Leia mais