FELIPE SANTINATO COLHEITA MECANIZADA DO CAFÉ UTILIZANDO REPETIDAS OPERAÇÕES DA COLHEDORA

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1 FELIPE SANTINATO COLHEITA MECANIZADA DO CAFÉ UTILIZANDO REPETIDAS OPERAÇÕES DA COLHEDORA Dissertação apresentada à Universidade Federal de Viçosa Campus Rio Paranaíba, como parte das exigências do Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Produção Vegetal, para obtenção do título de Magister Scientiae. RIO PARANAÍBA MINAS GERAIS BRASIL 01

2 Ficha catalográfica preparada pela Seção de Catalogação e Classificação da Biblioteca UFV - Campus de Rio Paranaíba Santinato, Felipe, 10- Sc Colheita mecanizada do café utilizando repetidas operações da colhedora. / Felipe Santinato Rio Paranaíba, MG, 01. p.: il.; cm. Orientador: Dr. Renato Adriane Alves Ruas. Co-orientador: Dr. Alberto Carvalho Filho; Dr. Pedro Ivo Good God. Dissertação(Mestrado em Agronomia) Universidade Federal de Viçosa. 1. Cafeicultura.. Eficiência de colheita.. Mecanização. I. Universidade Federal de Viçosa. II. Título. CDD. ed..

3 FELIPE SANTINATO COLHEITA MECANIZADA DO CAFÉ UTILIZANDO REPETIDAS OPERAÇÕES DA COLHEDORA Dissertação apresentada à Universidade Federal de Viçosa, como parte das exigências do Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Produção Vegetal, para obtenção do título de Magister Scientiae. APROVADA: 1/0/01 Professor Alberto Carvalho Filho (Co-orientador) Professor Cleyton Batista de Alvarenga Professor Renato Adriane Alves Ruas (Orientador) i

4 DEDICO Dedico este trabalho ao cafeicultor brasileiro. ii

5 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus por ter me dado saúde e oportunidades na vida, dentre elas, a satisfação de poder trabalhar com a agricultura, tão importante para todos nós. À minha mãe, Leonor, por ter me ensinado a amar a vida e lutar por ela. Ao meu pai, Santinato, por ter me ensinado a amar minha profissão. Ao Professor Renato Adriane Alves Ruas, por ter me orientado durante o mestrado, pelos ensinamentos, apoio e enorme determinação para a realização deste trabalho e das demais atividades acadêmicas, sempre estando à disposição. Ao Professor Rouverson Pereira da Silva, pela parceria nas minhas pesquisas e pelo auxílio na realização do trabalho. Aos Professores Alberto Carvalho Filho, Pedro Ivo Good God e Vinícius Ribeiro Faria pela colaboração, sugestões e correções que engradeceram este trabalho. Aos amigos das Fazendas Dona Neném e São João Grande, Alino Pereira Duarte, Lazaro Seixas e Delmo Motta, pelo apoio, esforço, disponibilidade e sugestões. Ao proprietário das fazendas Sr. Eduardo Pinheiro Campos, pelo apoio na realização neste e em outros trabalhos. Aos amigos que fiz durante o mestrado em Rio Paranaíba, Erick Alberto Eguez e Aislann de Oliveira Roza, pelo companheirismo na realização das disciplinas e nos trabalhos de campo. Aos amigos do café Tiago Oliveira Tavares, Enivaldo Piolho Marinho Pereira, Reginaldo Oliveira Silva, André Luiz Teixeira Fernandes e Carlão, pelos ensinamentos e apoio nos demais trabalhos de pesquisa que realizamos no Cerrado. Aos estagiários que me ajudaram muito ao longo desse ano Victor, Lucas e Larice. À Nara, secretária da pós-graduação, pelas informações e ajuda para a conclusão de todas as etapas do mestrado dentro dos prazos. Agradecimento especial para a Universidade Federal de Viçosa, Campus de Rio Paranaíba, por ter me dado a oportunidade de estudar e desenvolver este trabalho. iii

6 BIOGRAFIA FELIPE SANTINATO, filho de Leonor Franco Santinato e Roberto Santinato, nasceu na cidade de Campinas, São Paulo, em 0 de agosto de 10. No dia 0 de agosto de 01, graduou-se em Engenharia Agronômica pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), Campus de Jaboticabal, São Paulo, Brasil. No dia 0 de agosto do mesmo ano, iniciou o curso de Mestrado no Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Produção Vegetal pela Universidade Federal de Viçosa, Campus de Rio Paranaíba, submetendo-se à defesa de dissertação em 1 de julho de 01. Atualmente, desenvolve trabalhos de pesquisa na área da cafeicultura. iv

7 RESUMO SANTINATO, Felipe, M.Sc., Universidade Federal de Viçosa Campus de Rio Paranaíba, julho de 01. Colheita mecanizada do café utilizando repetidas operações da colhedora. Orientador: Renato Adriane Alves Ruas. Coorientadores: Alberto Carvalho Filho e Pedro Ivo Good God. A realização de mais de uma operação da colhedora de café pode aumentar a eficiência de colheita dos frutos, minimizando a quantidade de café pendente nas plantas e a necessidade de repasse manual, o que, comumente, encarece o processo de produção e promove maiores danos às plantas em relação à colheita mecanizada. Entretanto, deve-se conhecer qual o número de operações da colhedora é necessário para derriçar completamente os frutos das plantas de café, em lavouras que apresentem diferentes cargas produtivas, notadamente as de cargas mais elevadas, por apresentarem maior dificuldade em serem totalmente colhidas. Portanto, objetivou-se com este trabalho, avaliar o número de operações da colhedora em duas lavouras de café. Foram comparadas duas situações: lavoura com carga intermediária (0, sacas de café ben. ha -1 ) e lavoura com carga alta (, sacas de café ben. ha -1 ), na região do Cerrado Mineiro, utilizando de uma a seis operações de uma colhedora KTR. Utilizou-se delineamento de blocos ao acaso e quatro repetições. Avaliou-se a quantidade de café caído, remanescente, colhido, eficiência de colheita, custos operacionais, danos às plantas e variação da produtividade entre uma safra e outra. Observou-se que, para que a quantidade de café remanescente nas plantas seja suficiente para dispensar o repasse manual, são necessárias três operações da colhedora de café em cargas elevadas e duas em intermediárias. A colheita mecanizada do café utilizando até duas operações da colhedora danifica menos as plantas que a colheita manual, independentemente da produtividade. v

8 ABSTRACT SANTINATO, Felipe, M.Sc., Universidade Federal de Viçosa Campus de Rio Paranaíba, july de 01. Mechanized harvesting coffee repeated operations using the harvester. Adivisor: Renato Adriane Alves Ruas. Coadivisor: Alberto Carvalho Filho and Pedro Ivo Good God. Performing more than one past the coffee harvester can increase the efficiency of harvest, minimizing the amount of outstanding coffee plants and the need for manual stripping. The manual stripping often more expensive production process and promote more damage to the plants in relation to mechanized harvest. However, one should know that the number of passes of the harvester is needed to fully harvest the fruits of coffee plants in crops that have different productive loads, notably the higher loads, because they are more difficult to be completely harvested. Therefore, the aim of this work was to evaluate types of mechanized harvesting, varying on the number of passes of the harvester in two coffee plantations. Two situations were compared: farming with intermediate load (0. coffee bags ben ha -1 ) and farming with high load (, bags of coffee ben ha -1 ) in the Cerrado Mineiro region, using a passed from one to six KTR harvester. We evaluated the amount of falling coffee, remaining coffee, harvest coffee, harvesting efficiency, operation costs, damage in the plants and the productivity variability between two crops. Obtained so that the remaining amount of coffee plants is sufficient to dispense the manual stripping of is necessary passes two times the harvester in the intermediate load farming and three times in the high load farming. You can replace manual harvesting by mechanical harvesting using two operations until the harvester, regardless of the load of coffee, with no increase in the amount of damage to plants promoted and reduced productivity for the next harvest. vi

9 ÍNDICE 1. 1º ARTIGO: NÚMERO DE OPERAÇÕES MECANIZADAS NA COLHEITA DO CAFÉ RESUMO ABSTRACT INTRODUÇÃO MATERIAL E MÉTODOS RESULTADOS E DISCUSSÃO CONCLUSÕES REFERÊNCIAS º ARTIGO: ANÁLISE ECONÔMICA DA COLHEITA MECANIZADA DO CAFÉ UTILIZANDO REPETIDAS OPERAÇÕES DA COLHEDORA RESUMO ABSTRACT INTRODUÇÃO MATERIAL E MÉTODOS Determinação dos custos fixos Determinação dos custos variáveis..... RESULTADOS E DISCUSSÃO..... CONCLUSÕES..... REFERÊNCIAS.... º ARTIGO: INFLUÊNCIA MORFOLÓGICA E PRODUTIVA DA COLHEITA EM PLANTAS DE CAFÉ RESUMO..... ABSTRACT INTRODUÇÃO MATERIAL E MÉTODOS..... RESULTADOS E DISCUSSÃO..... CONCLUSÕES..... REFERÊNCIAS.... CONSIDERAÇÕES FINAIS... vii

10 1. Número de operações mecanizadas na colheita do café Felipe Santinato 1*, Renato Adriane Alves Ruas, Rouverson Pereira da Silva, Alberto Carvalho Filho e Roberto Santinato RESUMO A realização de mais de uma operação da colhedora de café pode aumentar a eficiência de colheita dos frutos, minimizando a quantidade de café pendente nas plantas e a necessidade de repasse manual, o que, comumente, encarece o processo de produção e promove maiores danos às plantas em relação à colheita mecanizada. Entretanto, deve-se conhecer qual o número de operações da colhedora é necessário para derriçar completamente os frutos das plantas de café, em lavouras que apresentem diferentes cargas produtivas, notadamente as de cargas mais elevadas, por apresentarem maior dificuldade em serem totalmente colhidas. Portanto, objetivou-se com este trabalho, avaliar o número de operações da colhedora em duas lavouras de café. Foram comparadas duas situações: lavoura com carga intermediária (0, sacas de café ben. ha -1 ) e lavoura com carga alta (, sacas de café ben. ha -1 ), na região do Cerrado Mineiro, utilizando de uma a seis operações de uma colhedora KTR. Utilizou-se delineamento de blocos ao acaso e quatro repetições. Avaliou-se a quantidade de café caído, remanescente, colhido e eficiência de colheita. Observou-se que, para que a quantidade de café remanescente nas plantas seja suficiente para dispensar o repasse manual, são necessárias três operações da colhedora de café em cargas elevadas e duas em intermediárias. 1 Programa de Pós-graduação em Agronomia, Produção Vegetal, Universidade Federal de Viçosa (UFV), Campus Rio Paranaíba, Rodovia MG 0, km, caixa postal, Rio Paranaíba, MG, Brasil. fpsantinato@hotmail.com. *Autor para correspondência. Instituto de Ciências Agrárias UFV Campus Rio Paranaíba, MG. Departamento Engenharia Rural, FCAV, UNESP, Jaboticabal, SP, Brasil. Fundação Procafé, Campinas, SP, Brasil. 1

11 Independentemente da carga de café, é mais eficiente realizar três operações da colhedora. Palavras-chave: cafeicultura, eficiência de colheita, mecanização. 1.. ABSTRACT Number of mechanized operations in the coffee harvest Performing more than one past the coffee harvester can increase the efficiency of harvest, minimizing the amount of outstanding coffee plants and the need for manual stripping. The manual stripping often more expensive production process and promote more damage to the plants in relation to mechanized harvest. However, one should know that the number of passes of the harvester is needed to fully harvest the fruits of coffee plants in crops that have different productive loads, notably the higher loads, because they are more difficult to be completely harvested. Therefore, the aim of this work was to evaluate types of mechanized harvesting, varying on the number of passes of the harvester in two coffee plantations. Two situations were compared: farming with intermediate load (0. coffee bags ben ha -1 ) and farming with high load (, bags of coffee ben ha -1 ) in the Cerrado Mineiro region, using a passed from one to six KTR harvester. We evaluated the amount of falling coffee, remaining coffee, harvest coffee and the harvesting efficiency. Obtained so that the remaining amount of coffee plants is sufficient to dispense the manual stripping of is necessary passes two times the harvester in the intermediate load farming and three times in the high load farming. Regardless of the load of coffee, it is more efficient to perform three passes of the harvester. Key words: coffee growing, harvesting efficiency, mechanization.

12 1.. INTRODUÇÃO Tendo em vista a redução do preço de aquisição, maior disponibilidade na locação de colhedoras e, principalmente, o crescente aumento do custo e escassez de mão-de-obra para realização da colheita manual, a mecanização tem se tornado uma boa opção de colheita para os cafeicultores brasileiros. Diversos estudos serviram para elevar a eficiência das colhedoras, tais como: o aperfeiçoamento das regulagens de velocidade operacional e vibração das hastes (OLIVEIRA et al., 00a; CASSIA et al., 01). No entanto, normalmente há a necessidade de realizar o repasse manual, pois dependendo da carga, a colhedora dificilmente consegue derriçar todos os frutos das plantas com apenas uma passada. Isso ocorre devido ao fato dos frutos apresentarem estádio de maturação desuniforme, demandando assim, força de desprendimento diferente entre eles (SILVA et al., 0). Quanto maior a carga de café maior será a exigência de energia da máquina para derriçar os frutos (SANTINATO et al., 01). Em função da carga pendente deve-se ajustar a colhedora quanto a vibração das hastes e a velocidade operacional, além de levar em consideração outros fatores como, o estádio de amadurecimento dos frutos. No entanto, deve-se limitar essa energia, pois, vibrações das hastes muito elevadas e velocidades operacionais reduzidas podem promover severos danos às plantas (OLIVEIRA et al., 00b), o que sugere um parcelamento dessa energia, utilizando mais de uma operação ( passada ) da colhedora. A realização de mais de uma operação pode aumentar a eficiência de colheita dos frutos, minimizando a quantidade de café pendente nas plantas e a necessidade de repasse manual. O repasse manual comumente encarece o processo de produção

13 (LANNA & REIS, 01) e promove maiores danos às plantas em relação à colheita mecanizada (OLIVEIRA et al., 00b). Outro ponto positivo do emprego da colhedora em repetidas operações, é que a colheita pode ser realizada em momentos diferentes, o que possibilita a máquina colher maior porcentagem de frutos no estádio de maturação cereja, agregando valor à produção. Isso ocorre no intervalo entre uma e outra operação, onde os frutos verdes passam para o estádio cereja, ficando disponíveis para serem colhidos. Aliada a essa prática pode-se remover as hastes e ajustar a velocidade operacional e a vibração das hastes em cada uma das operações, sendo esta prática denominada colheita seletiva do café (SILVA et al., 01). Entretanto, deve-se conhecer qual o número de operações da colhedora é necessário para derriçar completamente os frutos das plantas de café, em lavouras que apresentem diferentes cargas produtivas, notadamente as de carga mais elevada que apresentam maior dificuldade de colheita. Portanto, objetivou-se com este trabalho, determinar o número de operações da colhedora a fim de avaliar a viabilidade técnica da colheita mecanizada em lavouras de café com diferentes cargas MATERIAL E MÉTODOS O trabalho foi realizado nas Fazendas São João Grande e Dona Neném, no município de Patos de Minas, MG, localizadas nas coordenadas geodésicas 1º 1 latitude Sul e º0 01 longitude Oeste, na região do Cerrado mineiro, com altitude média de 10 m e clima Cwa de acordo com a classificação de Köeppen (1). A lavoura da Fazenda São João Grande possui plantio comercial de cafeeiros irrigados sob pivô central, com linhas de 0 m de comprimento. A área possui,0 ha

14 1 1 com declividade média de,%. A cultivar plantada na área, no ano de 00, no espaçamento de,0 metros entre linhas e 0, m entre plantas, com densidade populacional de.000 plantas ha -1, foi a Catuaí Vermelho IAC 1. Na Fazenda Dona Neném, a lavoura de café é irrigada por gotejamento e plantada em renque mecanizado, com linhas de 00 m de comprimento. Possui aproximadamente 0,0 ha e o talhão apresenta em média % de declividade onde estão transplantados desde 00, em espaçamento de,0 m entre linhas e 0, m entre plantas (.000 plantas ha -1 ), cafeeiros da cultivar Catuaí Vermelho IAC 1. As colheitas foram realizadas entre os dias 1//01 e 1//01. Foram comparadas duas situações: lavoura com carga intermediária (Fazenda São João Grande) e lavoura com carga alta (Fazenda Dona Neném), (Tabela 1). Vale ressaltar que para o Brasil ambas produtividades são consideradas elevadas (FERNANDES et al., 01; CONAB, 01) Tabela 1. Produtividade do café (sacas de café ben. ha -1 ) e porcentagem de maturação dos frutos no momento da colheita nas Fazendas São João Grande e Dona Neném, localizadas no município de Patos de Minas-MG, em 1/0/01. Fazendas Produtividade Estádio de maturação (%) Verde Cereja Seco São João Grande 0,,,, Dona Neném, 0,, 1,1 A colheita mecanizada nas duas fazendas foi realizada utilizando uma colhedora tracionada da marca Jacto, modelo KTR, fabricada em 00, tendo aproximadamente.00 horas trabalhadas. Em todas as operações, utilizou-se vibração das hastes de 0 rpm e velocidade operacional de 1,0 km h -1. A colhedora foi tracionada por trator da marca New Holland, modelo TT 0F, x TDA, com tração dianteira auxiliar

15 acionada, e potência nominal de cv, cujo acionamento se dá por meio da TDP, operando sempre no mesmo sentido de deslocamento pelas linhas de plantio. O café colhido foi depositado em uma carreta modelo Cargo.000, dotada de dois eixos, com capacidade de armazenamento de,1 m, tracionada por um trator idêntico ao que tracionou a colhedora. O trabalho consistiu de seis tratamentos, correspondentes ao número de operações da colhedora, ou seja: T1 = uma operação, T = duas operações, T = três operações, T = quatro operações, T = cinco operações, T = seis operações. Os tratamentos foram delineados em blocos casualizados e executados com intervalo de doze dias entre eles. Realizaram-se quatro repetições totalizando unidades experimentais, em cada uma das fazendas. Cada unidade experimental foi composta por plantas, dispostas em duas linhas de café paralelas. Em cinco plantas, de uma das linhas, realizou-se a avaliação de produtividade, por meio da colheita manual. Na outra linha, deslocou-se a colhedora de café de acordo com o número de vezes correspondentes ao tratamento para proceder as demais avaliações (cinco plantas). A determinação da produtividade da cultura, também denominada de carga inicial, foi estimada pela derriça manual de toda a carga pendente de cinco plantas, em cada uma das quatro repetições de cada tratamento, previamente à passagem da colhedora. Isto, utilizando panos de derriça de aproximadamente,0 m x,0 m sob a copa das cinco plantas, dos dois lados da linha de café de forma que um sobrepusesse o outro. Após isso, os frutos foram derriçados dos pés. O volume de café colhido foi quantificado individualmente através de recipiente graduado, para o cálculo da produtividade média (L planta -1 ) e em seguida, o volume foi convertido para sacas de café ben. ha -1, conforme descrição de Reis et al., (00). Para a caracterização do estádio de maturação dos frutos de café, em cada parcela, retirou-se uma amostra de 1,0

16 L dos frutos, separando-os nos estádios verde, cereja e seco quantificando-os posteriormente. Para a determinação da eficiência de colheita, foram colocados panos de derriça sob a copa de cinco plantas. Em seguida, operou-se a colhedora e após sua passagem, o café caído que se desprendeu dos ramos e caiu nos panos foi coletado e teve seu volume determinado (Café caído). Após a limpeza e abanação dos panos, eles foram novamente posicionados sob as plantas e os frutos remanescentes foram derriçados e medidos conforme descrito anteriormente (Café remanescente). De posse dos dados, determinouse a quantidade de café colhido (Equação 01 e 0). CC C Ini Equação 01 C Caído C Rem CC Ef x0 Equação 0 C Ini Em que; CC = café colhido (Sacas de café ben. ha -1 ); C ini = quantidade de café inicial (Sacas de café ben. ha -1 ); C Caído = quantidade de café caído (Sacas de café ben. ha -1 ); C Rem = quantidade de café remanescente (Sacas de café ben. ha -1 ); EF = eficiência de colheita (%). Para todos os dados obtidos realizou-se a análise de variância comparando em todas as variáveis, cada tratamento dentro de cada lavoura e cada lavoura dentro de cada tratamento. Quando procedente, empregou-se o teste de Tukey e teste t, ambos à % de probabilidade, para as comparações entre tratamentos e comparações entre lavouras, respectivamente. Em todas as análises utilizou-se o programa estatístico SISVAR (FERREIRA, 0).

17 1.. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados da ANOVA indicaram que na lavoura de carga alta houve diferença entre os tratamentos estudados para as variáveis quantidade de café caído, remanescente, colhido e eficiência de colheita. A quantidade de café caído no chão foi inferior quando realizou-se apenas uma operação da colhedora (Tabela ). Isso, ocorreu devido ao menor tempo de exposição das plantas com a máquina, pois, diminuindo o contato entre as hastes de derriça da colhedora e os ramos e frutos, se reduz a possibilidade dos frutos se desprenderem dos ramos e caírem no chão Tabela. Quantidade de café caído, remanescente, colhido (sacas de café ben. ha -1 ) e eficiência de colheita em lavoura de café com carga alta localizada na Fazenda Dona Neném no município de Patos de Minas, MG, safra 01. Quantidade de café NOC * Eficiência de Caído Remanescente Colhido colheita % 1,1 a,01 c,1 c, c 1, b, b,0 b, b 1, b 1,1 a 1,0 a,0 ab 1, b 0, a,0 a, a 1, b 0,00 a,0 a,01 a 1, b 0,00 a,0 a,01 a CV (%),,, 1, * NOC = Número de operações da colhedora. ** Médias seguidas de letras iguais, nas colunas, não diferem entre si, pelo teste de Tukey à % de probabilidade. As colheitas com duas ou mais operações da colhedora proporcionaram as mesmas quantidades de café caído, ou seja, não houve aumento da queda de frutos no chão, já que 0% (,1 sacas de café ben. ha -1 ) caíram com a primeira operação e 0%

18 (, sacas de café ben. ha -1 ) na segunda. Em geral, a quantidade de café caído no chão ficou entre e 0%, valor considerado aceitável nesse tipo de operação, para condições similares à esta (OLIVEIRA et al., 00a; SANTINATO et al., 01). Dessa forma sugere-se que caso adotado o sistema de recolhimento mecanizado do café do chão, o mesmo pode ser realizado logo após a segunda operação da colhedora, não tendo que esperar o término da colheita da planta caso opte-se pela colheita com mais de duas passadas. A quantidade de café remanescente nas plantas foi superior na colheita com apenas uma operação,,% da carga inicial, o que refletiu nas menores quantidades de café colhido e eficiência de colheita (Tabela ). Este valor encontra-se abaixo do desempenho de colheita satisfatório, como relatado em trabalhos de Cassia et al., (01) e Silva et al., (01). Com duas operações, ocorreu redução de,% na quantidade de café remanescente e elevação de,% na eficiência de colheita em relação à colheita com uma operação. As colheitas mecanizadas do café com três ou mais operações da colhedora foram suficientes para remover toda a carga inicial das plantas, dispensando a necessidade de repasse manual. Fato não ocorrido na colheita com duas operações da 1 colhedora que apresentou, sacas de café ben. ha -1 remanescentes nas plantas Apesar de apresentar eficiência de colheita semelhante às colheitas com três ou mais operações da colhedora, a colheita com duas operações colheu aproximadamente,0 sacas de café ben. ha -1 a menos. Na lavoura de carga intermediária, a análise de variância indicou que houve diferença entre os tratamentos apenas para as variáveis: quantidade de café remanescente, colhido e eficiência de colheita. A quantidade de café caído foi a mesma em todos os tratamentos, cerca de % da carga inicial. Dessa forma, as colheitas com repetidas operações da colhedora não elevaram a quantidade de café caído (Tabela ).

19 Tal fato sugere que, no caso de se adotar o sistema de recolhimento mecanizado (dispensando a varrição manual), o momento recomendado é logo após a primeira operação da colhedora Tabela. Quantidade de café caído, remanescente, colhido (sacas de café ben. ha -1 ) e eficiência de colheita em lavoura de café com carga intermediária localizada na Fazenda São João Grande no município de Patos de Minas, MG, safra 01. Quantidade de café NOC * Eficiência de colheita Caído Remanescente Colhido % 1,1 a, c,0 c,0 c,0 a, b 0,1 b, b, a 0, ab, a,0 a, a 0,00 a, a,0 a, a 0,00 a, a,0 a, a 0,00 a, a,0 a CV (%),0,1,, * NOC = Número de operações da colhedora. ** Médias seguidas de letras iguais, nas colunas, não diferem entre si, pelo teste de Tukey à % de probabilidade. Na colheita com apenas uma operação da colhedora, a quantidade de café remanescente foi a maior:,% da carga inicial, diminuindo conforme se aumentou o número de operações (Tabela ). Nesta lavoura, foram necessárias somente duas operações da colhedora para a derriça dos frutos dos pés. Entretanto, a maior quantidade de café colhido foi obtida com três operações, colhendo, sacas de café ben. ha -1 a mais que a colheita com duas operações. Essa diferença de produção colhida sugere que a forma mais indicada de colher o café nesta lavoura também é utilizando três operações da colhedora. Além disso, a colheita com três operações pode aumentar a possibilidade de colher maior quantidade de café cereja, já que durante o intervalo entre uma operação e outra parte dos frutos verdes amadurecem, se tornando cereja, notadamente quando se adota regulagens para a colheita seletiva do café (SILVA et al., 01).

20 1 1 1 A colheita com uma só operação da colhedora apresentou as menores quantidades de café colhido (, sacas de café ben. ha -1 ) e de eficiência de colheita (,%) (Tabela ). No entanto, o valor obtido é considerado satisfatório nesse tipo de operação (OLIVEIRA et al., 00 a; SANTINATO et al., 01). A colheita com duas operações elevou em 1,% a eficiência de colheita (,1%), enquanto que as colheitas com três ou mais operações obtiveram os maiores valores, em torno de %. Através da análise realizada comparando as duas lavouras, verifica-se diferença em todos os tratamentos estudados, pelo teste F, somente para a quantidade de café caído. Houve diferença entre as duas lavouras quando utilizou-se uma operação da colhedora para as variáveis quantidade de café remanescente e eficiência de colheita (Tabela e Figura 1). Para as demais comparações não houve diferenças significativas. Nota-se que a colheita mecanizada do café utilizando várias operações da colhedora comportou-se de maneira diferenciada, provavelmente devido a grande diferença entre as cargas iniciais das plantas (0, sacas de café ben. ha -1 )

21 Tabela. Comparação entre lavoura de café com carga alta e intermediária com relação à porcentagem de café caído, remanescente e eficiência de colheita em função do número de operações da colhedora, em lavouras localizadas no município de Patos de Minas-MG, safra 01. NOC Caído Remanescente colheita (%) * Quantidade de café (%) Eficiência de CA* CI** CA CI CA CI 1, a,0 b, b, a, b, a 1,1 b, a, a, a, a,1 a 1,1 b, a 0, a 1, a,0 a, a 1, b, a 0, a 0,0 a, a,1 a 1, b, a 0,0 a 0,0 a,01 a,1 a 1, b, a 0,0 a 0,0 a,01 a,1 a CV (%),,,0 * NOC = Número de operações da colhedora; ** CA = Carga alta; *** CI= Carga intermediária. **** Médias seguidas de letras iguais, nas linhas, não diferem entre si, pelo teste t à % de probabilidade

22 Figura 1. Porcentagem de café caído, remanescente e colhido proporcionado por diferentes números de operações da colhedora de café em lavouras com carga alta e intermediária no município de Patos de Minas-MG, safra A quantidade de café caído na colheita com uma operação da colhedora foi maior na área de produtividade intermediária. Isto ocorre devido ao fato de todo o café caído nesta lavoura se deu após a primeira operação. Além disso, nessa área, havia maior porcentagem de frutos no estádio de maturação seco (,% a mais), que se desprendem mais facilmente dos ramos e, por serem leves, caem para fora da colhedora, indo para o chão (SILVA et al., 0) (Tabela 1). Nas colheitas com duas ou mais operações, os maiores valores foram obtidos na lavoura de carga alta, provavelmente por que a carga elevada dificultou o sistema de recolhimento da colhedora, permitindo a queda dos frutos no chão. Grandes quantidades de café, juntamente com o material vegetal desprendido, comumente entopem o orifício de entrada dos elevadores. 1

23 1 A quantidade de café remanescente obtido na colheita com apenas uma operação da colhedora, foi superior na lavoura de carga alta, refletindo em menores quantidades de café colhido e de eficiência de colheita. Quanto maior a carga de café nas plantas, maior é a exigência de energia para sua remoção (CASSIA et al., 01). Em ambas as áreas foram utilizadas as mesmas velocidades operacionais (mesmo tempo de exposição das plantas às hastes vibratórias) e vibração das hastes, de forma que a energia empregada na lavoura de carga alta não foi suficiente para se obter elevada eficiência de colheita, utilizando a colhedora apenas uma vez. Com duas operações em diante os valores de café remanescente e café colhido foram iguais nas duas áreas. Em ambas os valores de eficiência de colheita corroboram os encontrados por Silva et al., (00), na região Sul de Minas Gerais, que obtiveram eficiência de colheita de 1,%, 0,% e,1%, respectivamente para as colheitas com uma, duas e três operações da colhedora CONCLUSÕES A colheita mecanizada com três operações da colhedora colhe mais café e apresenta maior eficiência de colheita. Para que a quantidade de café remanescente nas plantas seja suficiente para dispensar o repasse manual são necessárias três operações da colhedora de café em cargas elevadas e duas em cargas intermediárias. A colheita mecanizada do café utilizando três ou mais operações da colhedora não eleva a quantidade de café caído no chão. 1

24 1.. REFERÊNCIAS CASSIA, M. T.; SILVA, R. P.; CHIODEROLLI, R. H. F. N.; SANTOS, E. P. Quality of mechanized coffee harvesting in circular planting system. Ciência Rural, Santa Maria, v., n. 1, p. -, 01. COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO. Indicadores agropecuários. Disponível em: em: mar. 01. FERNANDES, A. L. T.; PARTELLI, F. L.; BONOMO, R.; GOLYNSKI, A. A moderna cafeicultura dos cerrados brasileiros. Pesquisa Agropecuária Tropical, Goiânia, v., n., p. 1-0, 01. FERREIRA, D.F. Sisvar: a computer statistical analysis system. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v., n., p. -, 0. KÖEPPEN, W. Climatologia: con um estúdio de los climas de la Tierra. México: Fondo de Cultura Economica, 1. p. LANNA, G. B. M.; REIS, P. R. Influência da mecanização da colheita na viabilidade econômico-financeira da cafeicultura no sul de Minas Gerais. Coffee Science, Lavras, v., n., p. 1-, 01. OLIVEIRA, E.; SILVA, F. M.; SALVADOR, N.; FIGUEIREDO, C. A. P. Influência da vibração das hastes e da velocidade de deslocamento da colhedora no processo de colheita mecanizada do café. Engenharia Agrícola, Jaboticabal, v., n., p. 1-1, 00a. OLIVEIRA, E.; SILVA, F. M.; ZIGOMAR, M. S. Influência da colheita mecanizada na produção cafeeira. Ciência Rural, Santa Maria, v., n., p.1-10, 00b. 1

25 REIS, T. H. P.; SOARES, T. L.; GUIMARÃES, G. P. T. Informações úteis no planejamento e no gerenciamento da atividade cafeeira. Informe Agropecuário, Belo Horizonte, v., n., p. -, 00. SANTINATO, F.; SILVA, R. P.; CASSIA, M. T.; SANTINATO, R. Análise qualiquantitativa da operação de colheita mecanizada de café em duas safras. Coffee Science, Lavras, v., n., p. -0, 01. SILVA, C. F.; SILVA, F. M.; ALVES, M. C.; BARROS, M. M.; SALES, R. S. Comportamento da força de desprendimento dos frutos de cafeeiros ao longo do período de colheita. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v., n., p. -, 0. SILVA, F. C.; SILVA, F. M.; SILVA, A. C.; BARROS, M. M.; PALMA, M. A. Z. Desempenho operacional da colheita mecanizada e seletiva do café em função da força de desprendimento dos frutos. Coffee Science, Lavras, v., n. 1, p. -0, 01. SILVA, F. M.; SALVADOR, N.; RODRIGUES, R. F.; TOURINO, E. S. Avaliação da colheita do café totalmente mecanizada. Engenharia Agrícola, Jaboticabal, v., n., p. 0-1, 00. 1

26 . Análise econômica da colheita mecanizada do café utilizando repetidas operações da colhedora Felipe Santinato 1 ; Renato Adriane Alves Ruas ; Rouverson Pereira da Silva ; Alberto Carvalho Filho ; Roberto Santinato RESUMO: Apesar de a colheita mecanizada do café ser mais econômica que a colheita manual, em geral, ela não é capaz de substituir totalmente a mão-de-obra, notadamente em lavoura de carga alta. Uma das maneiras de reduzir o custo de produção da cafeicultura é encontrar meios de viabilizar a mecanização total da colheita. Portanto, objetivou-se com este trabalho, realizar uma análise econômica da colheita mecanizada do café utilizando repetidas operações da colhedora, sendo ela própria ou alugada. Analisou-se o custo das colheitas mecanizadas com uma a seis operações da colhedora e a colheita manual, utilizando colhedora própria e alugada, em lavoura de carga alta e intermediária, na região do Cerrado Mineiro, Minas Gerais, Brasil. O experimento foi montado no delineamento de blocos ao acaso, com quatro repetições. Verificou-se que, em lavoura de carga elevada, a utilização de três operações da colhedora, sendo ela própria ou alugada é a opção de colheita mais indicada. Em lavoura de carga intermediária, recomenda-se a utilização de três operações de colheita com máquina própria e duas, com máquina alugada. Termos para indexação: Cofee arábica L.; custo operacional; mecanização. 1 Programa de Pós-graduação em Agronomia, Produção Vegetal, Universidade Federal de Viçosa (UFV), Campus Rio Paranaíba, Rodovia MG 0, km, caixa postal, Rio Paranaíba, MG, Brasil. fpsantinato@hotmail.com. *Autor para correspondência. Instituto de Ciências Agrárias, UFV-Campus Rio Paranaíba, Rio Paranaíba, MG, Brasil. Departamento Engenharia Rural, FCAV, UNESP, Jaboticabal, SP, Brasil.. Fundação Procafé, Campinas, SP, Brasil. 1

27 Economic analysis of mechanical harvesting coffee using repeated operation of the harvester ABSTRACT: Despite the mechanized harvest of coffee is more economical than manual harvesting in general, it is not able to fully replace the workforce, especially in high crop load. One of the ways to reduce the cost of production of coffee is to find ways of enabling the full mechanization of the harvest. Therefore, the aim with this study was to perform economic analysis of mechanized harvest of coffee using repeated operation of the harvester itself being rented or, in the Cerrado Mineiro region. We analyzed the cost of mechanized harvesting with a combine six operations and manual harvesting, using own and rented harvester farming in high-load and intermediate in the Cerrado Mineiro, Minas Gerais, Brazil. We used a randomized block design with four replications. It was found that in high load crops, the use of three operations of the harvester itself being rented or is the most suitable choice of harvest. In farming intermediate load, the use of three operations of the combine when it is proper and two pass when it is rented is recommended. Index terms: Cofee arábica L.; operating cost; mechanization INTRODUÇÃO 0 1 Apesar dos avanços da mecanização na cafeicultura, ainda verifica-se considerável dependência da mão-de-obra, sobretudo, durante a colheita. Isso ocorre pelo fato da colheita mecanizada com apenas uma operação da colhedora, de modo geral, não ser capaz de derriçar toda a carga presente nos pés, acarretando na necessidade de repasse manual. Além disso, o café presente no solo, comumente é recolhido de forma manual, sendo esta operação denominada varrição manual. Esta 1

28 dependência de mão-de-obra na colheita manual, que, de modo geral, é escassa e onerosa, eleva o custo de produção final da cafeicultura, comprometendo os lucros da atividade (LANNA & REIS, 01). Uma das maneiras para reduzir o custo é encontrar meios de viabilizar a mecanização total da colheita. Dentre outras vantagens, isso, elevaria o rendimento da operação, pois, uma colhedora de café colhe em média, 0 sacas de café por hora e, dependendo do número de horas trabalhadas no dia, é capaz de substituir um contingente de até 0 trabalhadores (ORTEGA et al., 00). Com isso, a colheita seria finalizada mais cedo e atenderia a demanda de colheita de cada talhão no tempo adequado, possibilitando um melhor gerenciamento da operação (SILVA et al., 01). O repasse manual pode ser substituído com a utilização da repetição de operações da colhedora. Dessa forma, irá depender da carga de café nas plantas (SANTINATO et al., 01), do estádio de maturação dos frutos (SILVA et al., 0), e da disponibilidade de maquinário na propriedade. A disponibilidade de maquinário pode limitar o escalonamento das operações da colhedora, no entanto, a possibilidade de utilização de terceirização na colheita pode suprir essa limitação (ORTEGA et al., 00). O escalonamento das operações possibilita iniciar a colheita antes do período padrão, que corresponde ao momento em que a planta apresenta a maior quantidade de frutos cereja possíveis de serem colhidos. Dessa forma, evita-se parte das perdas naturais que se dão pelo café que passa para o estádio seco rapidamente, principalmente, aqueles localizados no terço superior das plantas e os presentes em ramos desfolhados que apresentam exposição direta ao sol. Estes frutos se desprendem dos ramos com maior facilidade que os demais e elevam a quantidade de café caído precocemente (SILVA et al., 0; MATIELLO et al., 0). Colher o café com repetidas operações 1

29 da colhedora possibilita que em cada uma das operações se faça ajustes na colhedora quanto à sua regulagem (velocidade operacional e vibração das hastes) e ao número e posicionamento de varetas. Essa operação denomina-se colheita seletiva e possibilita maior obtenção de frutos no estádio cereja, agregando valor à produção (SILVA et al., 01). A mecanização da colheita é uma alternativa que reduz o custo do processo produtivo sem promover gastos excessivos, sendo entorno de 0% mais econômica que a colheita manual (SILVA, et al., 00; OLIVEIRA et al., 00). As reduções nos custos do sistema de colheita mecanizado frente ao manual podem ser de 1 a 0% para lavouras com produtividade aproximada de 0 a sacas de café beneficiado ha -1, utilizando duas operações da colhedora (SILVA et al., 000 e SILVA, 00). Realizar a colheita com repetidas operações da colhedora pode substituir o repasse manual, dispensando-o, e consequentemente reduzir o custo da operação. A redução de custo pode ser ainda maior em lavouras de carga alta, que por apresentarem maior quantidade de frutos nos pés, demandam maior contingente de mão de obra para a realização do repasse manual. Portanto, objetivou-se com este trabalho, realizar uma análise econômica da colheita mecanizada do café utilizando repetidas operações da colhedora, sendo ela própria ou alugada, na região do Cerrado Mineiro MATERIAL E MÉTODOS O trabalho foi realizado nas Fazendas São João Grande e Dona Neném, no município de Patos de Minas, MG, localizadas nas coordenadas geodésicas 1º 1 1

30 latitude Sul e º0 01 longitude Oeste, na região do Cerrado mineiro, com altitude média de 1.0 m e clima Cwa de acordo com a classificação de Köeppen, (1). A lavoura da Fazenda São João Grande possui plantio comercial de cafeeiros irrigados sob pivô central, com linhas de 0 m de comprimento. A área possui aproximadamente,0 ha com declividade média de,%. A cultivar transplantada na área foi a Catuaí Vermelho IAC 1, no ano de 00 no espaçamento de,0 metros entre linhas e 0, m entre plantas, com densidade populacional de.000 plantas ha -1. Na Fazenda Dona Neném, a lavoura de café é irrigada por gotejamento e plantada em renque mecanizado, com linhas de 00 m de comprimento. Possui aproximadamente 0,0 ha e o talhão apresenta em média % de declividade onde estão transplantados desde 00, em espaçamento de,0 m entre linhas e 0, m entre plantas (.000 plantas ha -1 ), cafeeiros da cultivar Catuaí Vermelho IAC 1. As colheitas foram realizadas entre os dias 1//01 e 1//01. Comparou-se duas situações: lavoura com carga intermediária (Fazenda São João Grande) e lavoura com carga alta (Fazenda Dona Neném), com aproximadamente 0, e, sacas de café ben. ha -1, respectivamente. Vale ressaltar que para o Brasil, para cafeeiro Coffea arábica L., ambas produtividades são consideradas elevadas (FERNANDES et al., 01; CONAB, 01). A colheita mecanizada nas duas fazendas foi realizada utilizando a mesma colhedora tracionada da marca Jacto, modelo KTR, fabricada em 00, tendo aproximadamente.00 horas trabalhadas. Em todas as operações, utilizou-se vibração das hastes de 0 rpm e velocidade operacional de 1,0 km h -1. A colhedora foi tracionada por trator da marca New Holland, modelo TT 0F, x TDA, com tração dianteira auxiliar acionada, e potência nominal de cv, cujo acionamento se dá por meio da TDP, operando sempre no mesmo sentido de deslocamento pelas linhas de 0

31 plantio. O café colhido foi depositado em uma carreta modelo Cargo.000, dotada de dois eixos, com capacidade de armazenamento de,1 m, tracionada por trator idêntico ao que tracionou a colhedora. O trabalho consistiu de sete tratamentos, cada um deles correspondente a um número de operações da colhedora, ou seja: T1 = uma operação, T = duas operações, T = três operações, T = quatro operações, T = cinco operações, T = seis operações, além de um tratamento colhido manualmente. Os tratamentos foram delineados em blocos casualizados e executados com intervalo de doze dias entre eles. Realizaram-se quatro repetições, totalizando unidades experimentais, em cada uma das fazendas. Cada unidade experimental foi composta por plantas, dispostas em duas linhas de café paralelas. Em cinco plantas, de uma das linhas, realizou-se a avaliação de produtividade, por meio da colheita manual. Na outra linha, deslocou-se a colhedora de café de acordo com o número de vezes correspondentes ao tratamento para proceder as demais avaliações (cinco plantas). A determinação da produtividade, também denominada de carga inicial, foi estimada pela derriça manual de toda a carga pendente das cinco plantas em cada unidade experimental, previamente à passagem da colhedora. Para isso, colocaram-se panos de derriça de aproximadamente,0 m x,0 m sob a copa das plantas dos dois lados da linha de café de forma que um sobrepusesse o outro. Após isso, os frutos foram derriçados. O volume de café produzido foi quantificado individualmente através de recipiente graduado, para o cálculo da produtividade média (L planta -1 ) e, em seguida, o volume foi convertido para sacas de café ben. ha -1 (REIS et al., 00). Nas outras cinco plantas foram colocados panos de derriça sob a copa das plantas. Em seguida, operou-se a colhedora e após sua passagem, o café que se desprendeu dos ramos e caíu nos panos foi coletado e teve seu volume determinado. 1

32 Este café foi denominado Café caído. Após a limpeza e abanação dos panos, eles foram novamente posicionados sob os pés das plantas e os frutos que ainda estavam nos ramos foram derriçados e também medidos conforme descrito anteriormente. Este café foi denominado Café remanescente. De posse dos dados, determinou-se a quantidade de café colhido (Equação 01). CC C C C Equação 01 Ini Caido Rem Em que; CC = café colhido (Sacas de café ben. ha -1 ) C ini = quantidade de café inicial (Sacas de café ben. ha -1 ) C Caído = quantidade de café caído (Sacas de café ben. ha -1 ) C Rem = quantidade de café remanescente (Sacas de café ben. ha -1 ) O custo operacional total da colheita mecanizada foi analisado separadamente para cada máquina envolvida no processo de colheita, ou seja: colhedora tracionada, carreta que transporta os frutos colhidos e dois tratores que as tracionam. Os valores foram expressos em reais por hora efetiva de trabalho (R$ h -1 ). O custo hora/máquina foi obtido pela soma dos custos fixos e variáveis, detalhados a seguir: Determinação dos Custos Fixos: Custo de depreciação (Dp) O custo de depreciação foi calculado utilizando-se o método da depreciação linear (Equação 0). Dp = Vi Vr Vu Equação 0 Em que, Dp = depreciação linear da máquina (R$ h -1 )

33 1 Vi = valor inicial da máquina (R$) Vr = valor residual (R$) Vu = vida útil (h) Com base nos valores médios das revendas da região utilizou-se para a colhedora o valor de aquisição de R$ ,00 e valor residual, após.000 h de uso, igual a R$ ,00. Para os dois tratores, utilizou-se R$ 0.000,00 cada um, e para a carreta, R$ 1.000,00. Ambos com valor residual de % do valor inicial. Custo dos juros sobre o capital empatado (J). O custo dos juros sobre o capital empatado corresponde ao custo de oportunidade e representa o valor que o produtor deixa de ganhar por investir na cafeicultura ao invés de investir em outra fonte de renda. Foi calculado com base na taxa de juros de % fornecida pelas fazendas (Equação 0). 1 1 J Vi Vr xi T Equação Em que, J custo com juros (R$ -1 ) Vi = valor inicial da máquina (R$) Vr = valor residual (R$) T = vida útil (h) i taxa de juros (%) Custo de taxa de seguros e abrigo (SA) O custo de taxa de seguro e abrigo é importante, pois, representa uma segurança que o proprietário das máquinas possui caso ocorra algum acidente. Ademais, leva em conta também o custo com abrigo da máquina. Neste trabalho, utilizou-se taxa de

34 seguros e abrigo de % empregada pelo Banco Rural e pelas principais seguradoras do estado de Minas Gerais (Equação 0). Vi SA T xtsa Equação 0 Em que, SA = custo do seguro e abrigo (R$ -1 ) Vi = valor inicial (R$) T = tempo de vida útil (h) Tsa = taxa sobre abrigo (%) Determinação dos custos variáveis: Custo com combustível (CC) O custo com combustível, em geral, é o mais empregado no cômputo de custos operacionais. Foi calculado de acordo com a tomada de potência do trator (ASAE, 1) (Equação 0). CC 0, xptdpxvc Equação Em que; CC = custo de combustível (R$ h -1 ) Ptdp = potência máxima disponível na tomada de potência (cv) Vc = valor do combustível (R$ L -1 ) O valor de combustível Diesel, utilizado foi o praticado nos postos de combustível da região, à época de realização do trabalho, ou seja, R$, L -1. Custo de lubrificantes e graxas (CLG) O custo referente ao consumo de óleo lubrificante foi determinado de acordo com indicação da ASAE, (1) (Equação 0).

35 Ci (,x )( P 0,01) Equação 0 1 Em que, Ci = custo com lubrificantes (R$ h 1 ) P = Potência nominal do motor, (cv) O custo da graxa foi estimado considerando-se consumo de 0, kg de graxa a cada dez horas de trabalho para cada máquina, ou seja, 0,0 kg de graxa h -1, para o valor de R$ 1,0 kg -1. Custo do óleo hidráulico (COH) O custo com o óleo hidráulico foi determinado de acordo com o consumo e valor do filtro (ASAE, 1) (Equação 0). COH Vx CT Tto Cf Ttf Equação Em que, COH = custo com óleo hidráulico (R$ h -1 ) V = valor do óleo hidráulico (R$ L -1 ) CT = capacidade do depósito (L) Tto = tempo de troca do óleo (h) Cf = valor do filtro (R$) Ttf = tempo de troca do filtro (h) Segundo pesquisa de mercado os valores do óleo hidráulico, filtro da colhedora e filtro do trator foram de R$,00 L -1, R$ 10,00 e R$ 0,00, respectivamente. As capacidades de depósito da colhedora e do trator são respectivamente de 0,0 L e 0,0 L. O tempo necessário para efetuar as trocas de óleo e de filtro de ambas as máquinas é de 1.00 h. Custo com manutenção (CM)

36 O custo de manutenção inclui manutenção preventiva e corretiva, além da mão de obra necessária para realizá-la (ASAE, 1) (Equação 0). TM CM T xvi Equação Em que, CM = custo de manutenção (R$ h -1 ) TM = taxa de manutenção (%) T = tempo de vida útil (h) Vi = valor inicial (R$) A taxa de manutenção varia de a 0% para implementos e de 0 a 0% para máquinas (MIALHE, 1). Custo de pessoal operacional (COM) Para a determinação dos custos de pessoal operacional, analisaram-se gastos com salários diretos mais os custos de benefícios e encargos sociais. Esses valores foram obtidos nas fazendas onde se realizou o trabalho. O salário do operador foi de R$ 1., somado a,% de encargos e demais gastos (DIEESE, 01) totalizando R$.1,. Foram considerados dias trabalhados e h de trabalho para cada dia, portanto, o custo por hora trabalhada foi de R$, h -1. Além do custo hora/máquina calcularam-se os custos de varrição e repasses manuais de cada tratamento colhido mecanicamente. O custo da varrição foi obtido multiplicando-se o número de medidas, correspondentes ao café caído, pelo valor pago nessa operação (R$,00 medida -1, mais,% de encargos sociais). O custo do repasse manual foi obtido multiplicando-se o número de medidas, correspondentes ao café remanescente, pelo valor de R$,00, mais,% de encargos sociais. Dessa

37 forma, obteve-se o custo total da colheita mecanizada para a opção de aquisição de todo o maquinário (colhedora própria). Calculou-se também o custo da colheita mecanizada quando se opta pelo aluguel da colhedora e aquisição dos tratores e da carreta (colhedora alugada). Para tanto, substituiu-se o valor do custo hora pelo valor de R$,00 hora -1 (preço de aluguel) somado ao valor referente ao combustível gasto na operação e os custos fixos e variáveis dos tratores e da carreta. Em comparação com o custo da colheita mecanizada, calculou-se o custo da colheita manual, sendo, o produto da multiplicação da quantidade de café inicial pelo preço pago por medida de café mais impostos. Utilizou-se o valor de R$,00 e de R$,00 por medida nas lavouras de carga alta e intermediária, respectivamente. Adotou-se esse critério, pois, o preço pago nessa operação é variável conforme a produtividade da lavoura. Realizou-se a analise dos dados de cada uma das fazendas de forma individualizada, primeiramente pela análise de variância. Quando procedente, comparou-se o café colhido, caído e remanescente, bem como os respectivos custos de varrição e de repasse manual, de cada tratamento pelo teste de Tukey à % de probabilidade. Em cada tratamento, comparou-se os custos totais das opções colhedora própria e alugada, pelo teste t à % de probabilidade. Para todas as análises, utilizou-se o programa estatístico SISVAR (FERREIRA, 0). 1.. RESULTADOS E DISCUSSÃO Verificou-se que o custo hora/máquina para a opção de colheita com colhedora própria foi de R$, h -1. O conjunto operou na velocidade de 1.00 m h -1,

38 demandando, h ha -1, acrescido em 0%, referente ao tempo gasto com manobras nos carreadores e interrupções (SILVA et al., 00). O tempo de colheita por hectare em cada operação foi de,0 h, totalizando custo de R$, ha -1. No caso da opção de aluguel da colhedora, o custo hora/máquina foi de R$ 1, h -1 somado ao valor de aluguel de R$,00 h -1, totalizou R$ 0, h -1, ou seja, R$,1 ha -1, valor,% superior que a opção de colhedora própria (Tabela 01). Tabela 1. Composição do custo operacional da colheita mecanizada do café, utilizando colhedora própria, realizado com colhedora tracionada modelo KRT, dois tratores New Holland utilizados para tracionar a colhedora e a carreta Cargo.000. Custo operacional (R$ h -1 ) Item Trator Trator Custo total Colhedora Carreta (colhedora) (carreta) Depreciação (Dp),00,, 1,0, Jurus sobre o capital (J) 1, 0, 0, 0,0 1,0 Taxa de seguros e 1,0 0, 0, 0,0 1, abrigo (SA) Total (CF),,, 1,1, Custo de combustível -,0,0-0,0 (CC) Custo de lubrificantes e 0, 0, 0, - 1, graxas (CLG) Custo do óleo hidráulico,00 0, 0, -,0 (COH) Custo com manutenção 0,00,00,00 0,, (CM) Custo de pessoal operacional,,, -, (COM) Total (CV),,01,01 0, 1,01 Custo total (R$ h -1 ) 1,0,, 1,,

39 A análise de variância indicou diferença entre os tratamentos nas variáveis: quantidade de café colhido, caído e remanescente e custo de varrição manual e repasse manual. A colheita com três operações da colhedora proporcionou maior quantidade de café colhido, obtendo, sacas de café ben. ha -1 a mais que a colheita com duas operações. Além disso, foi capaz de dispensar a utilização de repasse manual (Tabela ). Tabela. Quantidade de café colhido (CCo), caído (CCa) e remanescente (CRe) (sacas de café ben. ha -1 ) e custos do repasse (CRM), varrição manuais (CVM) e custo hora/máquina referente à colhedora própria (CCP) e alugada (CCA), com repetidas operações, em safra de carga alta, na região de Patos de Minas, MG NOC * CCo CCa CVM CRe (CRM) CCP CCA R$ ha R$ ha ,1 c,1 a 1., a,01 c.1, c,,1,0 b 1, b.1, b, b,0 b 1., 1., 1,0 a 1, b.1, b 1,1 a, a 1.,.,1,0 a 1, b.1, b 0, a, a.0,.,,0 a 1, b.1, b 0,00 a 0,00 a.,.,,0 a 1, b.1, b 0,00 a 0,00 a.,.0,1 CV (%),,,,, - - * NOC = Número de operações da colhedora. ** M = Colheita manual. *** Médias seguidas pelas mesmas letras nas colunas não diferem entre si, pelo teste de Tukey à % de probabilidade. Analisando a composição do custo da colheita mecanizada, verificou-se que a colheita com uma operação proporcionou menor custo de varrição manual, sendo,% do custo total (Tabela ). Isso ocorreu devido a quantidade de café caído ser menor em relação aos demais tratamentos, que apresentaram o mesmo valor entre si. O custo da varrição manual compôs grande parte do custo total da colheita, notadamente nos

40 tratamentos com repetidas operações da colhedora, variando de, a,%, vide seu baixo rendimento e elevado valor pago para sua realização (Tabela ). Ao substituir a varrição manual pela mecanizada pode ocorrer redução do custo. Fato este, observado por Silva et al., (00) que, trabalhando com colheita mecanizada somente na planta e colheita mecanizada na planta e no chão (varrição mecanizada), obtiveram reduções de custos de e % em relação a colheita manual, respectivamente. O custo do repasse manual foi maior quando se colheu com apenas uma operação da colhedora, devido à maior quantidade de café remanescente, correspondendo a,% do custo total desse tipo de colheita. A medida que se aumentou o número de operações da colhedora, reduziu-se a quantidade de café remanescente. A partir de três operações da colhedora não a pequena quantidade de café remanescente nas plantas não diferiu de zero, podendo ser desprezada. Fato este, contribuiu para a redução do custo total das colheitas com repetidas operações da colhedora (Tabela ). Da mesma forma, a medida que aumentou-se o número de operações da colhedora, aumentou-se o valor gasto com o custo operacional referente a própria colhedora, elevando a participação nos custos totais, que variaram de,%, para a colheita com uma operação, e até 1,% para a colheita com seis operações. Essa proporção é maior quando se opta pela colheita mecanizada utilizando colhedora alugada, pois o custo hora/máquina é mais elevado (Tabela ). A ANOVA constatou diferença entre os tratamentos com relação aos custos operacionais totais das opções de colheita mecanizada com colhedora própria e alugada. Quando se comparou em cada tratamento, a diferença entre o custo total utilizando colhedora própria e alugada, houve diferença em todos os tratamentos, exceto na colheita com uma operação da colhedora e colheita manual (Tabela ). 0

41 Tabela. Custo de produção da colheita mecanizada, utilizando colhedora de café própria e alugada com repetidas operações, em comparação com a colheita manual, em lavoura de carga alta, na Região de Patos de Minas-MG. Custo de produção total da colhedora NOC * (R$ ha -1 ) Própria Alugada 1., Ad., Ab.1,0 Aa., Ba., Aa.,0 Ba., Ab.. Bb.0, Ac.0, Bc.0, Ad.0,1 Bd M **.0, Ae.0, Ae CV (%),0, * NOC = Número de operações da colhedora. ** M = Colheita manual *** Médias seguidas por mesmas letras minúsculas e maiúsculas, comparadas nas colunas e nas linhas, não diferem entre si, pelos teste de Tukey e t à % de probabilidade, respectivamente. Na soma total dos custos, nota-se que todos os tratamentos mecanizados apresentaram menor valor que a colheita manual, com reduções de custo de até,% (Tabela ). A colheita mecanizada com uma operação da colhedora apresentou valor igual à colheita com seis operações, sendo esses os tratamentos mecanizados mais onerosos. Isso mostra que a elevada quantidade de café remanescente, decorrente da baixa eficiência de colheita, que acarretou em elevada demanda de repasse manual, foi fator preponderante para a elevação do custo. As colheitas com duas operações da colhedora, onde o repasse manual foi menos intenso e com três operações, onde não houve repasse manual, foram os tratamentos que proporcionaram os menores custos para serem realizados. As colheitas com quatro e cinco operações, embora não demandaram repasse manual, promoveram custo elevado devido à elevação na demanda de horas/máquina, no entanto podem ser dispensadas, já 1

42 que três operações da colhedora foram suficientes para colher todo o café pendente (Tabela ). Para a opção de aluguel da colhedora, todos os tratamentos mecanizados também foram menos onerosos que a colheita manual, com reduções de custo de até 1,%. As colheitas com duas e três operações foram os tratamentos mais viáveis economicamente, pois proporcionaram os menores custos. A colheita com quatro operações equiparou-se a colheita com apenas uma passada da colhedora e a colheita com seis operações foi o tratamento mais oneroso. Essas alterações em relação à colheita utilizando colhedora própria são decorrentes do maior custo hora/máquina desse tipo de colheita, aumentando o custo operacional a medida que se aumenta o número de operações. O custo da colheita utilizando colhedora alugada foi de 1, a,% maior que a colhedora própria, a partir de duas passadas da colhedora. Com uma operação da colhedora os custos foram semelhantes (Tabela ). Para a lavoura de carga intermediária, verificou-se pela ANOVA que houve diferença entre os tratamentos estudados para as variáveis quantidade de café colhido, caído e remanescente, bem como os custos da varrição manual e repasse manual. A colheita mecanizada com uma operação da colhedora demandou o menor custo de varrição e o maior de repasse manual, correspondendo a,1 e,% de seu custo total, respectivamente (Tabela ). 1

43 Tabela. Quantidade de café colhido (CCo), caído (CCa) e remanescente (CRe) (sacas de café ben. ha -1 ) e custos do repasse (CRM), varrição manuais (CVM) e custo hora/máquina referente à colhedora própria (CCP) e alugada (CCA), com repetidas operações, em safra de carga intermediaria, na região de Patos de Minas, MG NOC * CCo CCa CVM CRe (CRM) CCP CCA R$ ha R$ ha ,0 c,1 a 0, a, c 1, c,,1 0,1 b,0 b 1,0 b, b,1 b 1., 1.,, a, b, b 0, ab,1 ab 1.,.,1, a, b, b 0,00 a 0,00 a.0,.,, a, b, b 0,00 a 0,00 a.,.,, a, b, b 0,00 a 0,00 a.,.0,1 CV (%),,0,0,1,1 - - * NOC = Número de operações da colhedora ** Médias seguidas pelas mesmas letras nas colunas não diferem entre si, pelo teste de Tukey à % de probabilidade. Diferentemente da lavoura de carga alta, a partir de duas operações da colhedora, o fator de custo que mais influenciou o custo total das operações foi o custo hora/máquina, pois as quantidades de café caído e remanescente foram inferiores, acarretando em menores gastos com varrição e repasse manual. O custo hora/máquina compôs 1,1 a,% dos custos totais das colheitas com duas a seis operações. No entanto, a partir de três operações da colhedora a quantidade de café remanescente foi próxima à zero saca ben. ha -1, de forma que as colheitas com quatro a seis operações foram desnecessárias (Tabela ). De maneira similar à lavoura de carga alta, a colheita com três operações foi a que obteve maior quantidade de café colhido, colhendo:,1 e, sacas de café ben ha -1 a mais que as colheitas com uma e duas operações (Tabela ). 0

44 A ANOVA indicou que houve diferença entre os tratamentos estudados para o custo operacional total utilizando colhedora própria e alugada. Também verificou-se diferença quando comparou-se as opções de colhedora própria e alugada, em cada tratamento (Tabela ) Tabela. Custo de produção da colheita mecanizada, utilizando colhedora de café própria e alugada com repetidas operações, em comparação com a colheita manual, em lavoura de carga intermediária, na Região de Patos de Minas-MG. Custo de produção total da colhedora NOC * (R$ ha -1 ) Própria Alugada 1.1, Aa., Ba.0, Aa.,0 Ba., Aa., Bb.0,0 Ab., Bc.1, Ac., Bd.1,0 Ad., Be M **.,0 Ad.,0 Ac CV (%),1,1 * NOC = Número de operações da colhedora. ** M = Colheita manual. *** Médias seguidas por mesmas letras minúsculas e maiúsculas, comparadas nas colunas e nas linhas, não diferem entre si, pelos teste de Tukey e t à % de probabilidade, respectivamente. Na soma total dos custos, com exceção da colheita com seis operações, com colhedora própria, todos os tipos de colheita foram menos onerosos que a colheita manual, apresentando redução de custo de até 0%. Valor semelhante foi encontrado por Lanna & Reis, (01), avaliando o custo da colheita mecanizada do café no Sul de Minas Gerais. Verifica-se que as colheitas com uma, duas e três operações foram as mais viáveis economicamente, apresentando os menores valores (Tabela ).

45 1 1 1 A opção de aluguel da colhedora gerou acréscimo de 1, a,1% nos custos em relação à colheita com colhedora própria. Nesse tipo de colheita, devido ao encarecimento do custo hora/máquina, apenas as colheitas com uma, duas e três operações da colhedora demandaram menor custo que a colheita manual, com reduções de até,1%. As colheitas com uma e duas operações foram as mais viáveis economicamente apresentando os menores custos. A colheita com quatro operações obteve custo semelhante à manual e as colheitas com cinco e seis operações ultrapassaram esse valor em, e,% (Tabela ). Em lavoura de aproximadamente,0 sacas de café ben. ha -1 Silva et al., (00) obtiveram redução de custo de,0 e,% em relação a colheita manual, utilizando duas e três operações da colhedora, respectivamente. Portanto, em lavouras de cargas intermediárias ou menores, a utilização de duas operações da colhedora aparenta ser o tipo de colheita mais indicado CONCLUSÕES Pode-se substituir o repasse manual pela repetição de operações da colhedora para que se reduza os custos operacionais do processo de colheita. Em lavoura de carga elevada, a utilização de três operações da colhedora, sendo ela própria ou alugada é a opção de colheita mais indicada. Em lavoura de carga intermediária, recomenda-se a utilização de três operações da colhedora quando ela é própria e de duas operações quando ela é alugada... REFERÊNCIAS

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48 . Influência da colheita na morfologia e na produtividade do cafeeiro. Felipe Santinato (1), Renato Adriane Alves Ruas (), Rouverson Pereira da Silva (), Alberto Carvalho Filho () e Roberto Santinato () (1) Programa de Pós-graduação em Agronomia, Produção Vegetal, Universidade Federal de Viçosa (UFV), Campus Rio Paranaíba, Rodovia MG 0, km, caixa postal, Rio Paranaíba, MG, Brasil. fpsantinato@hotmail.com. *Autor para correspondência. () Departamento Máquinas e Mecanização Agrícola, UFV-Campus Rio Paranaíba, Rio Paranaíba, MG, Brasil. () Departamento Engenharia Rural, FCAV, UNESP, Jaboticabal, SP, Brasil. () Departamento Solos, UFV-Campus Rio Paranaíba, Rio Paranaíba, MG, Brasil. () Fundação Procafé, Campinas, SP, Brasil Resumo - A colheita do café, seja manual ou mecanizada, provoca danos às plantas, de diversas formas, que refletem negativamente na safra seguinte, elevando o efeito da bienalidade do cafeeiro. A colheita mecanizada pode ser realizada utilizando-se repetidas operações da colhedora e por aumentar o tempo de exposição das plantas às hastes vibratórias pode elevar os danos em relação à colheita manual. Portanto, objetivou-se com este trabalho, avaliar a influência morfológica e produtiva que a utilização de repetidas operações da colhedora e a colheita manual promovem no cafeeiro. Compararam-se as colheitas mecanizadas com uma a seis operações da colhedora, utilizando colhedora KTR e a colheita manual, em lavouras de carga alta e intermediária. Utilizou-se delineamento experimental de blocos ao acaso com quatro

49 repetições. Avaliaram-se os danos provocados às plantas, variação da produtividade entre a ª e a 1ª safra, enfolhamento ao longo de 0 dias e a composição morfológica dos ramos dos cafeeiros. Pode-se substituir a colheita manual pela colheita mecanizada utilizando até duas operações da colhedora, independentemente da carga de café, sem que haja aumento na quantidade de danos promovidos às plantas e redução de produtividade na safra seguinte. Termos para indexação: colheita mecanizada; morfologia do cafeeiro; bienalidade de produção. Influence of harvest in the morphological and productive coffee plants Abstract The coffee harvest, either manual or mechanized, causes damage to plants in several ways. Such damage reflect negatively in the following harvest, increasing the effect of the coffee biannuality. Mechanical harvesting can be performed using repeated operation of the combine and increase the time of exposure of plants to vibrating rods may increase damage to plants compared to manual harvesting. Therefore, the aim of this work was to evaluate the morphological and productive influence that the use of repeated operation of the harvester and manual harvesting promote the coffee. Compared the mechanized crops with a six operations of the harvester, harvester using KTR and manual harvest in crop load initially high and initially intermediate. The experimental design of randomized blocks with four replications. We assessed the damage to plants, variation in productivity between the nd and the 1 st harvest, leafiness over 0 days and the morphological composition of the branches of the trees. You can replace manual harvesting by mechanical harvesting using two operations until the harvester, regardless of the load of coffee, with no

50 increase in the amount of damage to plants promoted and reduced productivity for the next harvest. Index terms: mechanical harvester; morphology of coffee; biannuality production... Introdução A colheita do café, seja manual ou mecanizada, devido ao grande contato com a parte vegetativa das plantas, promove danos às plantas de diversas formas. O processo de retirada de frutos promove desfolhamento, queda dos botões florais, além da quebra e remoção de ramos plagiotrópicos. Assim, a planta poderá produzir menos na safra seguinte, uma vez que utilizará parte de suas reservas para a recomposição de suas partes vegetativas em detrimento da produção de novos frutos (BARTHOLO & GUIMARÃES, 1). Ademais, a desfolha também causa redução da radiação fotossinteticamente ativa interceptada pelo dossel das plantas e até mesmo algumas alterações fisiológicas em seu metabolismo (SILVA et al., 0), também contribuindo para reduzir a produtividade. Os cafeeiros frutificam e enchem os grãos, cerca de 0 a 0 dias após a floração (CAMARGO & CAMARGO, 001). Caso não haja reservas, as plantas acabam por abortar parte de sua produção. Tal fato, evidencia a importância da manutenção da área foliar no período de pós colheita. Cannell (1) afirma que são necessários 0 cm de área foliar para que se produza um fruto de café. Os danos provocados às plantas decorrentes da colheita manual são em torno de 0, kg planta -1 (SILVA et al., 0) e os da colheita mecanizada são variáveis, à depender do número de operações da colhedora, vibração das hastes (SANTINATO et al., 01) e velocidade operacional (OLIVEIRA et al., 00a). Geralmente, a colheita 0

51 com uma passada da colhedora apresenta danos inferiores à colheita manual (SILVA et al., 000). Além de se mensurar os danos provocados às plantas, deve-se quantificar a diferença de produtividade entre uma safra e outra, para a verificação da influência dos danos na produtividade da safra seguinte, correlacionando os valores. Trabalhos pioneiros como os de Paulini et al., (1) e Miguel et al., (1) apontam essa correlação, mas não a associação com os tipos de colheita. Aliado a isto, torna-se necessária a verificação da taxa de enfolhamento, já que o cafeeiro pode apresentar rápida recomposição vegetal, minimizando os efeitos negativos dos danos. Essas análises devem ser realizadas em lavouras que se encontram em anos de bienalidade negativa e positiva, pois o comportamento produtivo é diferenciado (PEREIRA et al., 0; VALADARES et al., 01). Portanto, objetivou-se com este trabalho avaliar os efeitos da colheita manual e mecanizada, na morfologia e na produtividade do cafeeiro, em lavouras nos anos de bienalidade positivo e negativo Material e métodos O trabalho foi realizado nas Fazendas São João Grande e Dona Neném, no município de Patos de Minas, MG, localizadas nas coordenadas geodésicas 1º 1 latitude Sul e º0 01 longitude Oeste, na região do Cerrado mineiro, com altitude média de 10 m, e clima Cwa de acordo com a classificação de Köeppen, (1). A lavoura da Fazenda São João Grande possui plantio comercial de cafeeiros irrigados sob pivô central, com linhas de 0 m de comprimento. A área possui,0 ha com declividade média de,%. O transplantio foi realizado em 00 no espaçamento 1

52 de,0 metros entre linhas e 0, m entre plantas, com densidade populacional de.000 plantas ha -1. Na Fazenda Dona Neném, a lavoura de café foi transplantada no ano de 00 em renque mecanizado, no espaçamento de,0 m entre linhas e 0, m entre plantas (.000 plantas ha -1 ). As linhas de plantio possuem 00 m de comprimento, sendo irrigadas por gotejamento. A lavoura possui cerca de 0,0 ha e o talhão apresenta em média % de declividade. Nas duas fazendas a cultivar era a Catuai Vermelho IAC 1. As colheitas foram realizadas entre os dias 1//01 e 1//01. Naquela safra, foram comparadas duas situações: lavoura com carga inicial intermediária no ano de bienalidade negativa (Fazenda São João Grande) e lavoura com carga inicial alta, ano de bienalidade positiva (Fazenda Dona Neném) onde a produtividade foi de 0, e, sacas de café ben. ha -1, respectivamente. Devido ao efeito da bienalidade do cafeeiro, na safra seguinte (01) as lavouras apresentaram comportamento produtivo oposto, de forma que na Fazenda São João Grande ocorreu carga alta e na Fazenda Dona Neném, carga intermediária. A colheita mecanizada nas duas fazendas foi realizada com colhedora da marca Jacto, modelo KTR, fabricada em 00, tendo aproximadamente.00 horas de uso. Em todas as operações utilizou-se vibração das hastes de 0 rpm e velocidade operacional de 1,0 km h -1. Tais regulagens foram adotadas segundo indicação de Oliveira et al., 00a; Santinato et al., 01. A colhedora foi tracionada por trator da marca New Holland, modelo TT 0F, x TDA, com tração dianteira auxiliar acionada, e potência nominal cv, cujo acionamento se dá por meio da TDP, operando sempre no mesmo sentido de deslocamento pelas linhas de plantio. O trabalho consistiu de sete tratamentos, cada um deles correspondente a um número de passadas da colhedora, ou seja: T1 = uma operação, T = duas operações, T

53 = três operações, T = quatro operações, T = cinco operações, T = seis operações, além de um tratamento colhido manualmente (T). Os tratamentos foram delineados em blocos casualizados e executados com intervalo de doze dias entre eles. Realizaram-se quatro repetições, totalizando unidades experimentais em cada uma das fazendas. Cada unidade experimental foi composta por plantas, dispostas em duas linhas de café paralelas. Em cinco plantas, de uma das linhas, realizou-se a avaliação de produtividade na safra de 01, por meio da colheita manual. Na outra linha, deslocouse a colhedora de café de acordo com o número de vezes correspondentes ao tratamento para proceder as demais avaliações (cinco plantas). A determinação da produtividade da cultura, também denominada de carga inicial, foi estimada pela derriça manual de cinco plantas em cada uma das quatro repetições de cada tratamento, previamente à passagem da colhedora. Para isso, colocaram-se panos de derriça de aproximadamente,0 m x,0 m sob a copa das cinco plantas, dos dois lados da linha de café de forma que um sobrepusesse o outro. Após isso, os frutos foram derriçados dos pés e o volume de café colhido foi quantificado individualmente através de recipiente graduado, para o cálculo da produtividade média (L planta -1 ). Em seguida, o volume foi convertido para sacas de café ben. ha -1, conforme descrição de Reis et al., (00). Realizou-se a determinação da produtividade nas safras de 01 e 01. A influência morfológica das colheitas nas plantas foi mensurada através dos danos causados às plantas, enfolhamento ao longo do tempo (taxa de enfolhamento) e composição dos ramos do café, sendo os dois últimos calculados a partir de avaliações biométricas. Para a determinação dos danos às plantas (quantidade de material vegetal perdida, incluindo folhas, ramos e botões florais), foram colocados panos de derriça sob a copa das plantas. Em seguida, operou-se a colhedora e após sua passagem, todo o

54 1 material vegetal, exceto os frutos, que se desprendera das plantas e caíra nos panos foram coletados e tiveram seu peso determinado (kg planta -1 ). Após o término da colheita no ano de 01, iniciaram as avaliações biométricas que se repetiram quatro vezes, em períodos espaçados de três meses, (0; 0; e 0 dias após a colheita). Essas avaliações tiveram por objetivo quantificar o enfolhamento das plantas e a taxa de enfolhamento, que se da pelo enfolhamento em função do tempo. Para isso, gerou-se uma equação de regressão da taxa de enfolhamento em função do tempo. Para tanto, marcaram-se oito ramos em cada parcela, sendo quatro de cada lado da linha de café e mensurou-se o número de nós e o número de folhas. De posse dos dados calculou-se o enfolhamento (Equação 01). Multiplicou-se o número de nós por dois para se obter o número de folhas máximas que cada ramo pode conter, já que, de cada nó se originam apenas duas folhas. 1 1 Em que; Enf NF Nnx x0 Equação Enf = enfolhamento (%); NF = número de folhas em cada ramo; Nn = número de nós Na última avaliação, realizada em maio de 01 (0 dias após a colheita), subdividiu-se os ramos avaliados em nós velhos (ramos lignificados), nós de produção (nós correspondentes ao crescimento do ano anterior, que podem ou não apresentar frutos na safra de 01) e nós de crescimento (que apresentam gemas que poderão se diferenciar em folhas ou originar a produção da safra de 01).

55 Realizou-se a análise dos dados de forma individualizada, em cada uma das fazendas, comparando-se os tratamentos, e de forma conjunta, comparando-se as duas fazendas dentro de cada tratamento. Primeiramente, em ambas procedeu-se a análise de variância. De forma individualizada, realizou-se o teste de Tukey para os danos causados às plantas, produtividade da ª safra, e número de nós totais, nós velhos, nós de produção e nós de crescimento. De forma conjunta, em cada tratamento, comparouse cada uma das lavouras pelo teste t, à % de probabilidade, quanto aos danos causados às plantas e a produtividade da ª safra. Para os dados de enfolhamento empregou-se a análise de regressão. Os coeficientes dos componentes de cada modelo foram testados, escolhendo-se os modelos significativos, com maior coeficiente de determinação. Procedeu-se a análise de correlação de Pearson para verificar a relação linear entre os danos causados às plantas e a variação da produtividade entre as duas safras analisadas. O coeficiente de correlação de Pearson foi calculado analisando a interação entre as duas variáveis e posteriormente classificando-a de fraca a forte. Para esta relação também procedeu-se análise de regressão. Em todas as análises utilizou-se o programa estatístico SISVAR (FERREIRA, 0) Resultados e discussão 0 1 Os tipos de colheita estudados apresentaram comportamento semelhante nas duas lavouras quanto aos danos causados às plantas, não se diferenciando pelo teste t. Isso mostra que, independentemente, da carga que as plantas apresentem, as colheitas mecanizadas com uma a seis operações e a colheita manual irão proporcionar danos às plantas na mesma proporção (Tabela 1).

56 Tabela 1. Danos causados às plantas decorrentes das colheitas mecanizadas com uma a seis operações da colhedora e colheita manual, em duas lavouras de café, Patos de Minas, MG. NOC * Lavoura de carga inicial alta Lavoura de carga inicial intermediária Danos causados às plantas (kg planta -1 ) 1 0, Aa 0, Aa 1,1 Ab 1,0 Ab 1, Ac 1, Ac 1, Ad 1, Ad 1, Ade 1, Ae 1, Ae,1 Ae M ** 0, Ab 0, Ab CV (%),, * NOC = Número de operações da colhedora. ** M = Colheita manual. *** Médias seguidas por mesmas letras minúsculas e maiúsculas, comparadas nas colunas e nas linhas, não diferem entre si pelo teste de Tukey e t à % de probabilidade, respectivamente. Na lavoura de carga inicial alta, a colheita mecanizada com uma operação da colhedora proporcionou menores danos causados às plantas em relação aos demais tratamentos, sendo 1,% inferior que a colheita manual. A colheita com duas operações da colhedora promoveu danos causados às plantas semelhantes à colheita manual. A partir de três operações, a colheita mecanizada danificou mais os cafeeiros que a colheita manual, de, a,%, obtendo maior quantidade de material vegetal perdido. As colheitas com cinco e seis operações apresentaram a mesma quantidade de danos causados às plantas (Tabela 1). Da mesma forma, na lavoura de carga inicial intermediária, a colheita com uma operação da colhedora foi o tratamento menos prejudicial às estruturas vegetativas das plantas, com 0,% a menos de danos causados às plantas que a colheita manual. A colheita com duas operações acarretou na mesma quantidade de danos causados às plantas que a colheita manual. Com três operações da colhedora houve acréscimo de,% nos danos causados às plantas em relação à

57 colheita manual. As colheitas com cinco e seis operações acarretaram em valores semelhantes, sendo até 10,% superiores à colheita manual (Tabela 1). Os resultados discordam dos obtidos por Oliveira et al., (00b), onde a colheita mecanizada com duas operações acarretou em perda de material vegetal,% superior que a colheita manual, sendo mais danosa aos cafeeiros. Também contradizem os resultados obtidos por Silva et al., (00), onde a colheita com duas operações promoveu % a mais de danos às plantas. Isso indica que as melhorias realizadas nas colhedoras, tais como: o rebaixamento das máquinas, distância entre cilindros e regulagem do freio, bem como a qualificação dos operadores ao longo dos anos, pode ter colaborado para a redução dos danos causados às plantas, já que os trabalhos citados são mais antigos. A lavoura de carga inicial alta (, sacas de café ben. ha -1 na safra 01) produziu na safra de 01, em torno de,1 sacas de café ben. ha -1, obtendo redução de,%. A lavoura de carga inicial intermediária (0, sacas de café ben. ha -1 na safra 01) produziu na safra de 01,, sacas de café ben. ha -1 (Tabela ), obtendo acréscimo de,%. Tal fato demonstra o efeito acentuado da bienalidade do cafeeiro. Isto ocorre devido à competição de metabólitos que são utilizados para o crescimento das plantas e produção de frutos. Normalmente, a bienalidade é mais acentuada negativamente na safra seguinte à uma safra de elevada produtividade, já que o cafeeiro não regula a carga que irá produzir (RENA & MAESTRI, 1). A produção elevada consiste em dreno de nutrientes muito intenso, dessa forma, a planta desenvolve baixo crescimento de nós e ramos novos e, como consequência, apresentará baixa produtividade na safra seguinte (DaMATTA, 00).

58 Tabela. Produtividade (sacas de café ben. ha -1 ) da ª safra e variação de produtividade em relação a 1ª safra, decorrentes das colheitas mecanizadas com uma a seis operações da colhedora e colheita manual realizadas na 1ª safra, em duas lavouras de café, Patos de Minas, MG. NOC * Lavoura de carga inicial alta Produtividade ª Variação de produtividade % Lavoura de carga inicial intermediária Produtividade ª Variação de produtividade % 1,1 Aa -,, Ba +,, Aa -,,1 Ba +,,1 Ab -,1, Bb +, 1, Ac -,1 0, Bb +,, Ac - 1,, Bc -,, Ac -, 1, Bc + 1,1 M **, Aa -, 1, Ba +, CV (%), - 0, - * NOC = Número de operações da colhedora. * M = Colheita manual. *** Médias seguidas por mesmas letras minúsculas e maiúsculas, comparadas nas colunas e nas linhas, não diferem entre si pelo teste de Tukey e t à % de probabilidade, respectivamente. Na média do biênio, obteve-se carga de, e, sacas de café ben. ha -1, respectivamente para as lavouras de carga inicial alta e intermediária. Ambas produtividades são consideradas elevadas para cafeeiro Coffea arábica L., (FERNANDES et al., 01; CONAB, 01). Na lavoura de carga inicial alta, as maiores produtividades na safra de 01 foram obtidas nos tratamentos com uma e duas operações da colhedora, bem como a colheita manual. Tais produtividades foram,1% inferiores à primeira safra (Tabela ). A colheita com três operações promoveu redução de 1,% na produtividade em relação à colheita manual, o que corresponde a, sacas de café ben. ha -1 a menos. As colheitas com quatro a seis operações, acarretaram em produtividades, a, sacas

59 de café ben. ha -1 inferiores à colheita manual, correspondendo à redução de produtividade média de 1, sacas de café ben. ha -1 em relação à safra do ano anterior (, sacas de café ben. ha -1 ) (Tabela ). Tamanha redução é atribuída ao efeito da bienalidade, também constatada por Pereira et al., (0) e Valadares et al., (01), demonstrando os efeitos negativos decorrentes dos tipos de colheita na produção. Devido ao ano de bienalidade positiva em 01, na lavoura de carga inicial intermediária, houve incremento na produtividade em relação à safra anterior em todos os tratamentos, exceto aonde utilizou-se a colheita com cinco operações da colhedora, que obteve valores semelhantes à colheita com seis operações (Tabela ). As colheitas com cinco e seis operações reduziram a produtividade de maneira acentuada. As maiores produtividades foram obtidas nas colheitas com uma e duas operações da colhedora e colheita manual, com acréscimo médio de,% em relação à safra anterior (Tabela ). As colheitas com três e quatro operações acarretaram reduções de produtividade de 1, e,% em relação à colheita manual. A correlação de Pearson apresentou valores de r = 0, e 0,, respectivamente para as lavouras de carga inicial alta e intermediária. Os valores indicam a interatividade entre as variáveis, com grau de dependência estatística linear classificado como forte (PIMENTEL-GOMES, 00). Para a lavoura de carga inicial alta, através da equação de regressão, nota-se que, à medida que aumentou-se a quantidade de danos causados às plantas, houve maior redução na produtividade do cafeeiro (Figura 1). Segundo o coeficiente angular da reta, a cada, g de danos causados às plantas, reduziu-se a produtividade em uma saca de café ben. ha -1.

60 Danos causados às plantas (Kg planta -1 ) Variação de produtividade (sacas de café ben.ha -1 ) -0-0 Ŷ = - 1, - 0,x; R = 0, Figura 1. Correlação entre danos causados às plantas, proporcionados por diferentes tipos de colheita e a variação de produtividade entre as safras 01 e 01, na lavoura de carga inicial alta, Patos de Minas, MG. Na lavoura de carga inicial intermediária, houve decréscimo na produtividade à medida que se elevaram os danos causados às plantas (Figura ). A cada 0,0 g planta - 1 de danos, houve a redução de uma saca de café ben. ha -1. O valor obtido foi muito semelhante à outra lavoura, evidenciando que os danos causados às plantas contribuem para a redução da produtividade do cafeeiro de maneira semelhante, independentemente da carga pendente. No entanto, o efeito da bienalidade é o fator preponderante que determina aumento ou redução da produtividade. 0

61 0 0 Variação de produtividade (sacas de café ben.ha -1 ) Ŷ = 0,1 -,x; R = 0, Danos causados às plantas (kg planta -1 ) -0 1 Figura. Correlação entre danos causados às plantas, proporcionados por diferentes tipos de colheita e a variação de produtividade entre as safras 01 e 01, em lavoura de carga inicial intermediária, Patos de Minas, MG Notou-se que, na lavoura de carga inicial alta, logo após a colheita, o enfolhamento foi menor onde se utilizaram repetidas operações da colhedora, obtendo valores de 1, a,%, respectivamente para seis e três operações da colhedora (Tabela, Figura ). Isso ocorreu devido à maior desfolha proporcionada pela repetição de operações que aumenta o tempo de contato das varetas da colhedora com a parte vegetativa da planta. A colheita com uma passada proporcionou enfolhamento semelhante à colheita manual (Tabela, Figura ). Após 0 e dias, verifica-se que a diferença de enfolhamento entre os tratamentos diminuiu consideravelmente, de forma que os valores ficaram próximos. Segundo as equações de regressão os valores tendem a se estabilizarem ao longo dos dias que transcorrem (Tabela ). Analisando o coeficiente angular da reta, verifica-se 1

62 que a taxa de enfolhamento foi superior nos tratamentos que obtiveram os menores valores iniciais de enfolhamento, notadamente no que utilizou seis operações da colhedora. Isso ocorreu, devido ao efeito do palmeamento, que se dá pela emissão constante de ramos plagiotrópicos secundários e consequentemente maior número de nós e de folhas (MATIELLO et al., 0) Enfolhamento (%) Colheita manual 1 passada passadas passadas passadas passadas passadas Polinômio (Colheita manual) Linear (1 passada) Polinômio ( passadas) Polinômio ( passadas) Polinômio ( passadas) Dias após a colheita Figura. Enfolhamento proporcionado por diferentes tipos de colheita, ao longo de 0 dias, na lavoura de carga inicial alta, safras 01/1, Patos de Minas, MG.

63 0 0 0 Enfolhamento (%) Colheita manual 1 passada passadas passadas passadas passadas passadas Linear (Colheita manual) Linear (1 passada) Polinômio ( passadas) Polinômio ( passadas) Polinômio ( passadas) Polinômio ( passadas) Polinômio ( passadas) Dias após a colheita 1 Figura. Enfolhamento proporcionado por diferentes tipos de colheita, ao longo de 0 dias, na lavoura de carga inicial intermediária, safras 01/1, Patos de Minas, MG. 1

64 Tabela. Enfolhamento do cafeeiro, nas lavouras de carga inicial alta e intermediária em função do número de operações da colhedora e colheita manual, Patos de Minas, MG. NOC * Equação F R Lavoura de carga inicial alta (bienalidade positiva) 1, + 0,x,** 0,,0 + 0,x 0,000x,** 0,, + 0,0x 0,000x 1,** 0, 1,0 + 0,1x 0,000x,1* 0,,1 + 0,1x 0,000x,* 0, 1, + 0,0x 0,000x,1** 0, M ***, + 0,1x 0,000x 1,** 0, Lavoura de carga inicial intermediária (bienalidade negativa) 1, + 0,0x,** 0, 0, + 0,1x 0,000x,* 0,, + 0,1x 0,000x,*,,01 + 0,x 0,000x,1* 0,1 0, + 0,x 0,000x,0** 0,, + 0,x 0,000x,** 0, M *** 1,10 + 0,0x 1,1** 0, * NOC = Número de operações da colhedora. ** M = Colheita manual * = significância à % de probabilidade; ** = significância à 1% de probabilidade. Na última avaliação realizada (0 dias após a colheita) nota-se que o enfolhamento foi semelhante em todos os tratamentos (Figura ). Fato este que demonstra a elevada capacidade do cafeeiro de recomposição de seus ramos e da área foliar. Nos novos nós haverá gemas que se diferenciarão em folhas e também em frutos que pertencerão à safra de dois ciclos seguintes, já que, geralmente no momento da colheita, a safra subsequente já se encontra definida pelo crescimento no ano anterior. Isto sugere que na próxima safra (01) a capacidade produtiva das plantas poderá ser semelhante entre os tratamentos, independentemente do tipo de colheita realizado. Na lavoura de carga inicial intermediária, as plantas estavam mais enfolhadas que na lavoura de carga inicial alta, com valores superiores à %, mesmo quando

65 utilizou-se seis operações da colhedora (Figura ). Essa diferença, é referente à carga que a lavoura de carga inicial alta apresentava antes de ser colhida (, sacas de café ben. ha -1 ), sendo maior que o dobro da carga da lavoura de carga inicial intermediária. Em lavouras de alta produtividade, ocorre naturalmente maior senescência das folhas, devido ao esgotamento das reservas que foram drenadas para os frutos (MATIELLO et al., 0). No entanto, os valores finais de enfolhamento, entre as duas lavouras foram de 0%. Segundo DaMatta et al., (00), o período citado, correspondente ao mês de abril, que é quando ocorre o máximo ganho de área foliar em cada ciclo do cafeeiro, tendendo a se estabilizar e, posteriormente se reduzir após a colheita. A análise de variância apontou diferença nos tratamentos estudados, quanto ao número de nós totais, nós de crescimento e nós de produção apenas na lavoura de carga inicial alta, sem haver diferença para a lavoura de carga inicial intermediária. Também não houve diferença, pelo teste F, na lavoura de carga inicial alta, para a variável nós velhos. Aos 0 dias após a colheita verificou-se que o maior número de nós foi obtido nas colheitas com quatro, cinco e seis operações (Figura ). Tal fato é decorrente do maior palmeamento dos ramos, também verificado pela taxa de enfolhamento. Não se verificou diferença nessa avaliação na lavoura de carga inicial intermediária, provavelmente devido ao menor palmeamento, decorrente do maior enfolhamento logo após a colheita. Isto, por que quanto menor o enfolhamento maior é a penetração de luz solar no interior do dossel da planta que diferencia as gemas em ramos plagiotrópicos secundários (MATIELLO et al., 0). As colheitas com cinco e seis operações da colhedora obtiveram os menores números de nós de produção, com menor presença de frutos nos ramos (Figura ). Os resultados dessa avaliação foram confirmados pelas menores produtividades obtidas em 01. O oposto é verificado com relação ao número de nós de crescimento, o que

66 poderá acarretar em produtividades maiores na safra de 01, minimizando o efeito negativo da bienalidade, na média das três safras. A A B a B a B a B a b b b B a *Médias seguidas por mesmas letras maiúsculas, comparadas nas colunas superiores de coloração cinza e minúsculas, comparadas nas colunas intermediária de coloração preta e na linha pontilhada, não diferem entre si, pelo teste de Tukey à % de probabilidade. Figura. Número total de nós, nós velhos, nós de produção e nós de crescimento em plantas de cafeeiro, 0 dias após diferentes tipos de colheita. Patos de Minas, MG. 1.. Conclusões A colheita mecanizada do café utilizando até duas operações da colhedora danifica menos as plantas que a colheita manual, independentemente da produtividade. - Deve-se evitar danos excessivos durante a colheita do café, pois em média, para cada 1 g de danos promovidos às plantas têm-se redução de uma saca de café ben. ha -1 na safra seguinte, independentemente da bienalidade do cafeeiro.

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