Civil!II! PROFa.!MSC.!VANNA!COELHO! CABRAL! 2017" "" UNIDADE'I' 'DIREITO'DAS'OBRIGAÇÕES' 1.' Âmbito'e'importância'do'direito'das'Obrigações'

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1 !!!!! Civil!II!! PROFa.!MSC.!VANNA!COELHO! CABRAL!! UNIDADEI DIREITODASOBRIGAÇÕES 1. ÂmbitoeimportânciadodireitodasObrigações Odireitodasobrigaçõestemporobjetodeterminadasrelaçõesjurídicasquealguns denominamdireitos(de(crédito(eoutroschamamdireitos(pessoais(ouobrigacionais. 2. DistinçãoentreDireitosReaisepessoais Odireito(real(podeserdefinidocomoopoderjurídicodotitularsobreacoisa,com exclusividadeecontratodos.edireitopessoalédireitocontradeterminadapessoa. Odireito(pessoal(consistenumvínculojurídicopelaqualosujeitoativopodeexigir do sujeito passivo determinada prestação. Constitui uma relação de pessoa a pessoa. Ateoriaunitária(realista(procuraunificarosdireitosreaiseobrigacionaisapartirdo critério do patrimônio, considerando que o direito das coisas e o direito das obrigaçõesfazempartedeumarealidademaisampla,queseriaodireitopatrimonial. Entretanto,adoutrinadenominadadualista(ouclássicaémaisadequadaàrealidade. 2.1 Principaisdistinções a) Quantoaoobjeto Os direitos obrigacionais exigem o cumprimento de determinada prestação, ao passoqueosdireitosreaisincidemsobreumacoisaf b) Quantoaosujeito

2 O sujeito passivo é determinado ou determinável nas obrigacoes, enquanto nos direitosreaiséindeterminado(sãotodasaspessoasdouniverso,quedevemabsterh sedemolestarotitular). c) Quantoàduração, Osdireitosobrigacionaissãotransitórioseseextinguempelocumprimentooupor outrosmeios,enquantoosdireitosreaissãoperpétuos,nãoseextinguindopelonão uso,massomentenoscasosexpressosemlei(desapropriação,usucapiãoemfavor deterceiroetc.)f d) Quantoàformação Osdireitosobrigacionaispodemresultardavontadedaspartes,sendoilimitadoo númerodecontratosinominados(numerus(apertus),aopassoqueosdireitosreais só podem ser criados pela lei, sendo seu número limitado e regulado por esta (numerus(clausus)f e) Quantoaoexercício Os direitos obrigacionais exigem uma figura intermediária, que é o devedor, enquanto os direitos reais são exercidos diretamente sobre a coisa, sem necessidadedaexistênciadeumsujeitopassivof f) Quantoàação Nosdireitosobrigacionaisaacaoédirigidasomentecontraquemfiguranarelação jurídicacomosujeitopassivo(açãopessoal),aopassoqueaaçãorealpodeser exercidacontraquemquerquedetenhaacoisa. 3. Evoluçãodateoriadasobrigações 2 Na fase histórica préhromana não havia um direito obrigacional. A hostilidade existente entre os diversos grupos impedia o estabelecimento de relações recíprocas. Nostemposmodernos,comefeito,cresceaintervençãodoEstadoemdetrimento daliberdadedeaçãodoindivíduo.dáhseênfaseàfunçãodocontrato,ampliandoh setambémanoçãode socializaçãodosriscos noâmbitodaresponsabilidadecivil, dentreoutrosaspectosdignosdenota. UNIDADEII OBRIGAÇÃO 1. Conceito O vocábulo obrigação comporta vários sentidos. Na sua mais larga acepção, exprime qualquer espécie de vínculo ou de sujeição da pessoa, seja no campo religioso,moraloujurídico.emtodoseles,oconceitodeobrigaçãoé,naessência, omesmo:asubmissãoaumaregradeconduta,cujaautoridadeéreconhecidaou forçosamenteseimpõe. 2. SujeitoseObjetodarelaçãoobrigacional Oselementosqueintegramarelaçãoobrigacionalsão: a)ossujeitosf

3 b)oobjetofe c)ovínculoouconteúdodarelação. 2.1 Sujeitosdarelaçãoobrigacional(elementosubjetivo) Oelementosubjetivodaobrigaçãoostentaapeculiaridadedeserduplo.ConfiraHse: O sujeito ativo é o credor da obrigação, aquele em favor de quem o devedor prometeudeterminadaprestação.temele,comotitulardaquela,odireitodeexigir ocumprimentodesta. Osujeitopassivodarelaçãoobrigacionaléodevedor,apessoasobreaqualrecai odeverdecumpriraprestaçãoconvencionada. 2.2 Objetodarelaçãoobrigacional(elementoobjetivo) Objetodaobrigaçãoésempreumacondutaouatohumano:dar,fazerounãofazer (dare,(facere,(praestare,dosromanos).esechamaprestação,(quepodeserpositiva (darefazer)ounegativa(nãofazer). Objetodarelaçãoobrigacionalé,pois,aprestaçãodebitória.Éaaçãoouomissão aqueodevedorficaadstritoequeocredortemodireitodeexigir8. Qualquerquesejaaobrigaçãoassumidapelodevedor,elasesubsumirásemprea umaprestação: a) de dar, que pode ser de dar coisa certa (CC, arts. 233 e s.) ou incerta (indeterminada quanto à qualidade: CC, art. 243) e consiste em entregáh la ou restituíh la (na compra e venda o vendedor se obriga a entregar a coisa, e o comprador, o preçof no comodato, o comodatário se obriga a restituir a coisa emprestadagratuitamente,sendotodasmodalidadesdeobrigaçãodedar)fou 3 b)defazer,quepodeserinfungíveloufungível(cc,arts.247e249)edeemitir declaraçãodevontade(cpc,art.466 B)Fou,ainda, c)denãofazer(cc,arts.250 es.). A prestação (dar, fazer e não fazer) é o objeto imediato (próximo, direto) da obrigação.objetomediatoouobjetodaprestaçãoé,pois,naobrigaçãodedar,a própriacoisa,e,nadefazer,aobraouserviçoencomendado. O objeto da obrigação, como foi dito, deve ser, também, economicamente apreciável. 2.3 Vínculojurídicodarelaçãoobrigacional(elementoabstrato) Vínculojurídicodarelaçãoobrigacionaléoliameexistenteentreosujeitoativoe o sujeito passivo e que confere ao primeiro o direito de exigir do segundo o cumprimentodaprestação. 3. Fontes ODireitoseoriginadosfatos=exfactoiuroritur. AsfontesdoDireitosãoalei,ajurisprudência,adoutrinaeoscostumes,conforme estudadoemintroduçãoaodireito.mascomosurgemasrelaçõesconcretasentre particularestendoporobjetodeterminadaprestação?sãotrêsasfontessegundoo CódigoCivil,vejamos: 3.1 Contratos: Esta é a principal e maior fonte de obrigação. Através dos contratos as partes assumemobrigações(ex:compraevenda,ondeocompradorseobrigaapagaro preçoeovendedorseobrigaaentregaracoisa).

4 3.2 Atosunilaterais: 4 UNIDADEIII MODALIDADESDASOBRIGAÇÕES:ConsideraçõesIniciais Não temos aqui um contrato, mas um ato unilateral gerador de obrigação. Não precisadoconsentimentodooutroladoparaaobrigaçãoexistir. 3.3 Atosilícitos: Art Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligênciaouimprudência,violardireitoecausardanoa outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. Art Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causardanoaoutrem,ficaobrigadoareparáhlo. A ação ou omissão de alguém pode causar dano e faz surgir a obrigação de indenizar. 4. ObrigaçãoNatural,MoraleReal 4.1 ObrigaçãoCivilxObrigaçãoNatural(ObrigaçãoDeficienteouIncompleta) As obrigações civis e as obrigações naturais distinguem se, pois, quanto à exigibilidadedecumprimento. 4.2 ObrigaçãoReal Éaobrigaçãotransferidacomacoisa. É a obrigação propter rem. É a que recai sobre uma pessoa, por força de determinadodireitoreal.sóexisteemrazãodasituaçãojurídicadoobrigado,de titulardodomíniooudedetentordedeterminadacoisa. OCCadotaaClassificaçãoclássicadasobrigaçõeseasdivideem:darcoisacerta, darcoisaincerta,fazerenãofazer. Adoutrinaadotatambémoutrasmodalidades. 1. ClassificaçãoClássica Aclássicadivisãotricotômicadasobrigaçõesemobrigaçõesdedar,fazerenão fazerébaseadanoobjetodaprestação.tem seemvistaaqualidadedaprestação. 2. Quantoaomododeexecução(ouquantoaoobjeto): a) Simples Temporobjetoaentregadeumasócoisaouexecuçãodeapenasumato. b) Cumulativa Obrigação conjuntiva de duas ou mais prestações cumulativamente exigíveis, o devedorexonerahsecomoprestardasprestaçõesdeformaconjunta Ex.regradoE:umcontratodealuguelondeaotérminoodevedorseobrigaa entregaroimóvelreformadoepintadoecompisonovo.somentetodasascláusulas emconjuntosatisfazemaobrigação. c) Alternativa CaracterizaHse pela multiplicidade dos objetos devidos. Mas, diferentemente da obrigação cumulativa, na qual também há multiplicidade de objetos devidos e o devedorsóseexoneradaobrigaçãoentregandotodos. Ex. regra do OU: contrato de aluguel onde ao término o devedor se obriga a entregaroimóvelreformadooupintadooupisonovo.aexecuçãodequalqueruma dascláusulassatisfazaobrigação).

5 d) Facultativa Obrigaçõescomfaculdadealternativadecumprimentodaaodevedorpossibilidade desubstituiroobjetoprestadoporoutrodecarátersubsidiário,jáestabelecidona relaçãoobrigacional. 3. Quantoaotempodeadimplemento: a) Instantânea Seconsumanumsóatoemcertomomento,como,porexemplo,aentregadeuma mercadoriafnelaháumacompletaexaustãodaprestaçãologonoprimeiromomento deseuadimplemente b) Execuçãocontinuada Seprotrainotempo,continuada,caracterizandoHsepelapráticaouabstençãodeatos reiterados,solvendohsenumespaçomaisoumenoslongodetempoporexemplo,a obrigaçãodolocadordecederaoinquilino,porcertotempo,ousoeogozodeum beminfungível,eaobrigaçãodolocatáriodepagaroaluguelconvencionado. c) Execuçãodiferida Exigemoseucumprimentoemumsóato,masdiferentementedainstantânea,sua execuçãodeveráserrealizadaemmomentofuturo. 4. Quantoaoselementos: a) Obrigaçõesacidentais Sãoestipulaçõesoucláusulasacessóriasqueaspartespodemadicionaremseu negócioparamodificarumaoualgumasdesuasconsequênciasnaturais(condição, modo,encargooutermo) b) Obrigaçõescondicional Sãoaquelasquesesubordinamaocorrênciadeumeventofuturoeincertopara atingirseusefeitos. c) Obrigaçõesmodal 5 O encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito, salvo quando expressamente imposto no negócio jurídico, pelo disponente, como condição suspensiva,deacordocomoartigo136docódigocivil d) Obrigaçõesatermo Submetemseusefeitosaacontecimentosfuturosecertos,emdatapréestabelecida. Otermopodeserfinalouinicial,dependendodoacordoproduzido 5. Quantoaossujeitos a) Obrigaçãodivisível Éaquelacujasuscetíveldecumprimentoparcial,semprejuízodesuasubstânciae deseuvalorftratahsededivisibilidadeeconômicaenãomaterialoutécnicafhavendo multiplicidadededevedoresoudecredoresemobrigaçãodivisível,estepresumirh sehádivididaemtantasobrigações,iguaisedistintas.verart.257cc b) Obrigaçõesindivisível Éaquelacujaprestaçãosópodersercumpridaporinteiro,nãocomportandosua cisão em várias obrigações parceladas distintas, pois, uma vez cumprida parcialmenteaprestação,ocredornãoobtémnenhumautilidadeouobtémaque nãorepresentaparteexatadaqueresultariadoadimplementointegralfpodeser física(obrigaçãorestituircoisaalugada,findoocontrato),legal(concerneteàsações desociedadeanônimaemrelaçãoàpessoajurídica),convencionaloucontratual (contratodecontacorrente),ejudicial(indenizaracidentesdetrabalho). c) Obrigaçõessolidária Éaquelaemque,havendomultiplicidadedecredoresoudedevedores,ouunse outros,cadacredorterádireitoàtotalidadedaprestação,comosefosseoúnico credor,oucadadevedorestaráobrigadopelodébitotodo,comosefosseoúnico devedorfsecaracterizapelacoincidênciadeinteresses,parasatisfaçãodosquais secorrelacionamosvínculosconstituídos.art.265.ex:leidelocação 6. Quantoaliquidezdoobjeto:

6 a) Obrigaçõeslíquida Éaqueladeterminadaquantoaoobjetoecertaquantoàsuaexistência.Expressa porumalgarismooualgoquedetermineumnúmerocerto. b) Obrigaçõesilíquida Dependedepréviaapuração,jáqueomontantedaprestaçãoapresentaHseincerto. conformeart947cc/02 7. Quantoexigibilidade: a) Obrigaçõescivis Éaquepermitequeseucumprimentosejaexigidopeloprópriocredor,mediante açãojudicial. b) Obrigaçõesnaturais Permite que o devedor não a cumpra e não dá o direito ao credor de exigir sua prestação.entretanto,seodevedorrealizaropagamentodaobrigação,nãoteráo direitoderequerêhlanovamente,poisnãocabeopedidoderestituição. 8. Quantoaofim(ouquantoaoconteúdo): Quantoaofimaquesedestina,aobrigaçãopodeser: a) Obrigaçãodemeio Diz se que a obrigação é de meio quando o devedor promete empregar seus conhecimentos,meiosetécnicasparaaobtençãodedeterminadoresultadosem, noentanto,responsabilizar seporele. Ex.osadvogados,quenãoseobrigamavenceracausa,masabemdefenderos interessesdosclientes,bemcomoodosmédicos,quenãoseobrigamacurar,mas atratarbemosenfermos,fazendousodeseusconhecimentoscientíficos. 6 b) Obrigaçãoderesultado Quandoaobrigaçãoéderesultado,odevedordelaseexonerasomentequandoo fimprometidoéalcançado. Ex.aassumidapelotransportador,queprometetacitamente,aovenderobilhete, levaropassageirosãoesalvoaseudestino. Ex.Costumamsermencionadastambémasobrigaçõesassumidaspeloempreiteiro e pelo cirurgião plástico, quando este realiza trabalho de natureza estética ou cosmetológica. O traço distintivo entre essas duas modalidades de obrigação encontra se nos efeitosdoinadimplemento. Naobrigaçãodemeio,emcasodenãoobteroresultado,oinadimplementoapenas acarretaaresponsabilidadedoprofissionalserestarcumpridamentedemonstradaa suanegligênciaouimperícianoempregodessesmeios. Naderesultado,emqueoobjetivofinalédaessênciadoajuste,somentemediante provadealgumfatoinevitávelcapazderomperonexodecausalidade,equiparado àforçamaior,oudeculpaexclusivadavítimapodeodevedorexonerar secaso nãotenhaatingidoofimaquesepropôs. c) Obrigaçãodegarantia Obrigaçãodegarantiaéaquevisaaeliminarumriscoquepesasobreocredorou assuasconsequências. Constituem exemplos dessa obrigação: a do segurador e a do fiadorf a do contratante,noquedizrespeitoaosvíciosredibitórios,noscontratoscomutativos

7 1. Obrigaçõesdeexecuçãoinstantânea,diferidaecontinuada a) Obrigaçãodeexecuçãoinstantâneaoumomentânea Consumanumsóato,sendocumpridaimediatamenteapóssuaconstituição. Ex.Compraevendaàvista. b) Obrigaçãodeexecuçãodiferida Ocumprimentodeveserrealizadotambémemumsóato,masemmomentofuturo Ex.Entrega,emdeterminadadataposterior,doobjetoalienado. c) Obrigaçãodeexecuçãocontinuada,periódicaoudetratosucessivo CumpreH sepormeiodeatosreiterados,comosucedenaprestaçãodeserviços,na compraevendaaprazoouemprestaçõesperiódicas. Arelevânciadadistinçãoentreastrêsmodalidadesmencionadastemimportância no tocante à aplicação da chamada cláusula rebus& sic& stantibus& ou teoria da imprevisão,porexemplo. 2. Obrigaçõespurasesimples,condicionais,atermoemodais a) Obrigaçõespurasesimples Obrigaçõespurasesimplessãoasnãosujeitasacondição,termoouencargoeque produzemefeitosimediatos,logoquecontraídas( b) Obrigaçõescondicionais 7 Sãocondicionaisasobrigaçõescujoefeitoestásubordinadoaumeventofuturoe incerto. c) Obrigaçõesatermo Obrigaçãoatermo(ouaprazo)éaquelaemqueaspartessubordinamosefeitosdo negóciojurídicoaumeventofuturoecerto. d) Obrigaçõesmodaisoucomencargo Obrigação modal, com encargo ou onerosa é a que se encontra onerada por cláusula acessória, que impõe um ônus ao beneficiário de determinada relação jurídica. Trata sedepactoacessórioàsliberalidades(doações,testamentos),peloqualse impõeumônusouobrigaçãoaobeneficiário. 3. Obrigaçõeslíquidaseilíquidas Líquidaéaobrigaçãocerta,quantoàsuaexistência,edeterminada,quantoaoseu objeto.essamodalidadeéexpressaporumacifra,porumalgarismo,quandose tratadedívidaemdinheiro.maspodetambémterporobjetoaentregaourestituição deoutroobjetocerto,comoumveículooudeterminadaquantidadedecereal. Ilíquida é a obrigação quando, ao contrário, o seu objeto depende de prévia apuração,poisovaloroumontanteapresenta seincerto. 4. Obrigaçõesprincipaiseacessórias Asprincipaissubsistemporsi,semdependerdequalqueroutra,comoadeentregar acoisanocontratodecompraevenda.

8 Jáasacessóriastêmsuaexistênciasubordinadaaoutrarelaçãojurídica,ouseja, dependem da obrigação principal. É o caso, por exemplo, da fiança, da cláusula penaledosjuros. UNIDADEIII MODALIDADESDASOBRIGAÇÕES:ClassificaçãoClássica I OBRIGAÇÃODEDAR 1. Dar:EntregareRestituir As obrigações positivas de dar, chamadas pelos romanos de obligationes( dandi, assumemasformasdeentregaourestituiçãodedeterminadacoisapelodevedor aocredor & Acessorium&Sequitur&Principale& Art A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora não mencionados, salvo se o contrárioresultardotítulooudascircunstânciasdocaso. 2.3 Perda,PerecimentoeDeterioraçãodaCoisa Perecimento:significaperdatotalF Deterioração:perdaparcialdacoisa PerdaePerecimento Art.234. Se,nocasodoartigoantecedente,acoisase perder, sem culpa do devedor, antes da tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida a obrigaçãoparaambasaspartesfseaperdaresultarde culpadodevedor,responderáestepeloequivalenteemais perdasedanos. 2.4 Deterioração 2. ObrigaçõesdeDarcoisacerta 2.1 Coisacerta x Coisaincerta Art O credor não é obrigado a receber prestação diversadaquelheédevida,aindaquemaisvaliosa. a) Semculpadodevedorpeladeterioraçãodacoisa Art.235.Deterioradaacoisa,nãosendoodevedorculpado, poderá o credor resolver a obrigação, ou aceitar a coisa, abatidodeseupreçoovalorqueperdeu.

9 b) Comculpadodevedorpeladeterioraçãodacoisa Art.236.Sendoculpadoodevedor,poderáocredorexigiro equivalente,ouaceitaracoisanoestadoemqueseacha, com direito a reclamar, em um ou em outro caso, indenizaçãodasperdasedanos. 2.5 PerdaouPerecimentodacoisanaObrigaçãodeRestituir a) PerdaouPerecimentosemculpadodevedor Art.238.Seaobrigaçãoforderestituircoisacerta,eesta, semculpadodevedor,seperderantesdatradição,sofrerá ocredoraperda,eaobrigaçãoseresolverá,ressalvadosos seusdireitosatéodiadaperda. b) PerdaouPerecimentocomculpadodevedor Art Se a coisa se perder por culpa do devedor, responderáestepeloequivalente,maisperdasedanos. 2.6 DeterioraçãodacoisanaObrigaçãodeRestituir Art.240.Seacoisarestituívelsedeteriorarsemculpado devedor,recebêhlaháocredor,talqualseache,semdireito a indenizaçãof se por culpa do devedor, observarhsehá o dispostonoart Melhoramentos,AcréscimoseFrutosdaCoisa 9 Art.237.Atéatradiçãopertenceaodevedoracoisa,com os seus melhoramentos e acrescidos, pelos quais poderá exigiraumentonopreçofseocredornãoanuir,poderáo devedorresolveraobrigação. Parágrafo único. Os frutos percebidos são do devedor, cabendoaocredorospendentes Melhoramentos,AcréscimoseFrutosdaCoisanaObrigaçãode Restituir a) Semdespesaoutrabalhododevedor Art.241.Se,nocasodoart.238,sobreviermelhoramento ouacréscimoàcoisa,semdespesaoutrabalhododevedor, lucraráocredor,desobrigadodeindenização. a) Comdespesaoutrabalhododevedor Art.242.Separaomelhoramento,ouaumento,empregou odevedortrabalhooudispêndio,ocasoseregularápelas normas deste Código atinentes às benfeitorias realizadas pelopossuidordeboahféoudemáhfé. Parágrafo único. Quanto aos frutos percebidos, observarh sehá,domesmomodo,odispostonestecódigo,acercado possuidordeboahféoudemáhfé.

10 10 3. ObrigaçãodeDarCoisaIncerta 3.1 A incerteza dacoisa Art A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gêneroepelaquantidade. 3.2 ObrigaçõesdedarcoisaincertaxObrigaçõesalternativas 3.3 Concentração Art Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade,aescolhapertenceaodevedor,seocontrário nãoresultardotítulodaobrigaçãofmasnãopoderádara coisapior,nemseráobrigadoaprestaramelhor. Art Cientificado da escolha o credor, vigorará o dispostonaseçãoantecedente. Art.246. Antesdaescolha,nãopoderáodevedoralegar perdaoudeterioraçãodacoisa,aindaqueporforçamaior oucasofortuito.

11 UNIDADEIII MODALIDADESDASOBRIGAÇÕES(Cont.) 11 Art.466HA.Condenadoodevedoraemitirdeclaraçãode vontade, a sentença, uma vez transitada em julgado, produzirátodososefeitosdadeclaraçãonãoemitida. IImOBRIGACAODEFAZER Nasobrigaçõesdefazerinteressaaocredoraprópriaatividadedodevedor. Emtaiscasos,adependerdapossibilidadeounãodeoserviçoserprestadopor terceiro,aprestaçãodofatopoderáserfungível(ouinfungível. 1. ObrigaçãodeDarxObrigaçãodeFazer Apontaadoutrinaaseguintediferença: nas obrigações de dar, a prestação consiste na entrega de uma coisa, certa ou incertaf 2. Espécies Hátrêsespéciesdeobrigaçãodefazer,asaber: 2.1 Infungível,personalíssimaouintuitupersonae Aobrigaçãofoipactuadaematençãoàpessoadodevedor. 2.2 Fungívelouimpessoal: Aobrigaçãodefazerseráfungível(quandonãohouverrestriçãonegocialnosentido dequeoserviçosejarealizadoporoutrem. 2.3 Obrigação de fazer consistente em emitir declaraçãode vontade (pactodecontrahendo) 3. Inadimplemento Art.466HB.Seaquelequesecomprometeuaconcluirum contratonãocumpriraobrigação,aoutraparte,sendoisso possível e não excluído pelo título, poderá obter uma sentençaqueproduzaomesmoefeitodocontratoaser firmado. Art.466HC.TratandoHsedecontratoquetenhaporobjeto atransferênciadapropriedadedecoisadeterminada,ou deoutrodireito,aaçãonãoseráacolhidaseapartequea intentounãocumprirasuaprestação,nemaoferecer,nos casoseformaslegais,salvoseaindanãoexigível CPCArt.461.Naaçãoquetenhaporobjetoocumprimentode obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela específicadaobrigaçãoou,seprocedenteopedido,determinará providênciasqueasseguremoresultadopráticoequivalenteao doadimplemento. 1 o Aobrigaçãosomenteseconverteráemperdasedanosseo autor o requerer ou se impossível a tutela específica ou a obtençãodoresultadopráticocorrespondente. Impossívelcumprir PerdaseDanos posteriormente Descumprimento

12 daobrigaçãodefazer Possívelcumprir posteriormente TutelaEspecifica+ PerdaseDanos ou Perdas e Danos se o credornãomaisquisera prestação 4. Inadimplemento em Obrigação Infungível ou Intuito& Personae ou Personalíssima 4.1 NãocumprimentoporRecusadodevedor Art Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedorquerecusaraprestaçãoaelesóimposta,ousóporele exeqüível. 4.2 NãocumprimentoSemculpadoDevedor NãocumprimentoComculpadoDevedor Art.248.SeaprestaçãodofatotornarHseimpossívelsemculpa do devedor, resolverhsehá a obrigaçãof se por culpa dele, responderáporperdasedanos. 5. InadimplementoemObrigaçãoFungível Art.249.Seofatopuderserexecutadoporterceiro,serálivreao credormandáhloexecutaràcustadodevedor,havendorecusa oumoradeste,semprejuízodaindenizaçãocabível. Parágrafo único. Em caso de urgência, pode o credor, independentementedeautorizaçãojudicial,executaroumandar executarofato,sendodepoisressarcido. Art.248.SeaprestaçãodofatotornarHseimpossívelsemculpa do devedor, resolverhsehá a obrigaçãof se por culpa dele, responderáporperdasedanos.

13 UNIDADEIII MODALIDADESDASOBRIGAÇÕES(Cont.) III OBRIGACAODENÃOFAZER 1. ObrigaçãodeNãoFazer. A obrigação de não fazer tem por objeto uma prestação negativa, um comportamentoomissivododevedor. 2. ObrigaçãodeTolerar CPCArt.287.Seoautorpedirquesejaimpostaaoréua abstenção da prática de algum ato, tolerar alguma atividade,prestaratoouentregarcoisa,poderárequerer cominação de pena pecuniária para o caso de descumprimentodasentençaoudadecisãoantecipatória detutela(arts.461, 4o,e461HA). 3. Descumprimentonãoculposo Art.250.ExtingueHseaobrigaçãodenãofazer,desdeque,sem culpadodevedor,selhetorneimpossívelabsterhsedoato,que seobrigouanãopraticar. 4. Descumprimentoculposo Art Praticado pelo devedor o ato, a cuja abstenção se obrigara,ocredorpodeexigirdelequeodesfaça,sobpenade sedesfazeràsuacusta,ressarcindooculpadoperdasedanos. Parágrafoúnico.Emcasodeurgência,poderáocredordesfazer oumandardesfazer,independentementedeautorizaçãojudicial, semprejuízodoressarcimentodevido Descumprimentodefatoirreversível 6. Fluxograma Impossíveldesfazer PerdaseDanos Descumprimento daobrigaçãodenãofazer Possíveldesfazer TutelaEspecifica+ PerdaseDanos ou Perdas e Danos se o credornãomaisquisera prestação

14 UNIDADE III MODALIDADES DAS OBRIGAÇÕES (Cont.): CLASSIFICAÇÃO ESPECIALDASOBRIGAÇÕES 1.ASOBRIGAÇÃOCOMPOSTACOMMULTIPLICIDADEDEOBJETOS 1. OBRIGAÇÕESALTERNATIVASOUDISJUNTIVAS 1.1 Conceito Asobrigaçõesalternativasoudisjuntivassãoaquelasquetêmporobjetoduasou maisprestações,sendoqueodevedorseexoneracumprindoapenasumadelas. São,portanto,obrigaçõesdeobjetomúltiplooucomposto,cujasprestaçõesestão ligadaspelapartículadisjuntiva ou. 1.2 Obrigaçãoalternativaxobrigaçãodedarcoisaincerta Diferemasobrigaçõesalternativasdasgenéricasoudedarcoisaincerta,(embora tenhamumpontocomum,queéaindeterminaçãodoobjeto,afastadapelaescolha, emambasnecessária. 1.3 Obrigaçãoalternativaxobrigaçãocondicional Aobrigaçãoalternativanãoseconfundecomacondicional.Nesta,odevedornão temcertezase(deverealizaraprestação,poispodeliberar sepelonãoimplemento dacondição. 1.4 DireitodeEscolha TitulardoDireitodeEscolha Art.252,caput.Nasobrigaçõesalternativas,aescolhacabeao devedor,seoutracoisanãoseestipulou. RestriçãoaoDireitodeEscolha Art oNãopodeodevedorobrigarocredorareceberparteem umaprestaçãoeparteemoutra. DireitodeEscolhaemobrigaçãoperiódica Art o Quando a obrigação for de prestações periódicas, a faculdadedeopçãopoderáserexercidaemcadaperíodo. PluralidadedeOptantes Art oNocasodepluralidadedeoptantes,nãohavendoacordo unânime entre eles, decidirá o juiz, findo o prazo por este assinadoparaadeliberação. DireitodeEscolhadeferidaaterceiro Art oSeotítulodeferiraopçãoaterceiro,eestenãoquiser,ou não puder exercêhla, caberá ao juiz a escolha se não houver acordoentreaspartes. Escolhaporsorteio

15 1.4.7 Art.817.Osorteioparadirimirquestõesoudividircoisascomuns considerahse sistema de partilha ou processo de transação, conformeocaso. PrazoparaEscolher CPC Art Nas obrigações alternativas, quando a escolha couber ao devedor, este será citado para exercer a opção e realizaraprestaçãodentroem10(dez)dias,seoutroprazonão Ihefoideterminadoemlei,nocontrato,ounasentença. 1 o DevolverHseHá ao credor a opção, se o devedor não a exercitounoprazomarcado. 2 o Seaescolhacouberaocredor,esteaindicaránapetição inicialdaexecução EscolhaemQualidadeMédia 1.5 Descumprimento a) Perdadeumadasprestações=mantémodébitodaoutra Art.253.Seumadasduasprestaçõesnãopuderserobjetode obrigaçãoousetornadainexeqüível,subsistiráodébitoquanto àoutra. b) Perdadasduas+culpadodevedor+escolhadodevedor=devedor pagaovalordaúltimacoisa+perdasedanos Art Se, por culpa do devedor, não se puder cumprir nenhumadasprestações,nãocompetindoaocredoraescolha, ficará aquele obrigado a pagar o valor da que por último se impossibilitou,maisasperdasedanosqueocasodeterminar. 15 c) Perdadeuma+culpadodevedor+escolhadocredor=credorescolhe ouovalordaqueseperdeu+perdasedanosouacoisaqueaindaexiste Art Quando a escolha couber ao credor e uma das prestaçõestornarhseimpossívelporculpadodevedor,ocredor terádireitodeexigiraprestaçãosubsistenteouovalordaoutra, comperdasedanosf(...) d) Perdadasduas+culpadodevedor+escolhadocredor=credorcobra valordequalquerdelas+perdasedanos Art.255.(...)Fse,porculpadodevedor,ambasasprestaçõesse tornarem inexeqüíveis, poderá o credor reclamar o valor de qualquerdasduas,alémdaindenizaçãoporperdasedanos. e) Perdadasduas,semculpa=obrigaçãoextinta Art.256.Setodasasprestaçõessetornaremimpossíveissem culpadodevedor,extinguirhseháaobrigação.

16 2. OBRIGAÇÕESDIVISÍVEISEINDIVISÍVEIS 2.1 Conceito As obrigações divisíveis são aquelas que admitem o cumprimento fracionado ou parcialdaprestaçãofasindivisíveis,porsuavez,sópodemsercumpridasporinteiro. 2.2 DivisibilidadeemObrigaçãodeDaredeFazer Asobrigaçõesdedarpodemserdivisíveisouindivisíveis. 2.3 ObrigaçõesDivisíveis Art.257.Havendomaisdeumdevedoroumaisdeumcredor em obrigação divisível, esta presumehse dividida em tantas obrigações,iguaisedistintas,quantososcredoresoudevedores. 2.4 ObrigaçõesIndivisíveis Art.258.Aobrigaçãoéindivisívelquandoaprestaçãotempor objetoumacoisaouumfatonãosuscetíveisdedivisão,porsua natureza, por motivo de ordem econômica, ou dada a razão determinantedonegóciojurídico Indivisibilidadedaobrigaçãoeváriosdevedores. Art.259.Se,havendodoisoumaisdevedores,aprestaçãonão fordivisível,cadaumseráobrigadopeladívidatoda. Parágrafoúnico.Odevedor,quepagaadívida,subHrogaHseno direitodocredoremrelaçãoaosoutroscoobrigados CumprimentodaObrigaçãoIndivisível PluralidadedeCredores. 2.6 PerdadaIndivisibilidade Art Se a pluralidade for dos credores, poderá cada um destes exigir a dívida inteiraf mas o devedor ou devedores se desobrigarão,pagando: IatodosconjuntamenteF IIaum,dandoestecauçãoderatificaçãodosoutroscredores. Art.261.Seumsódoscredoresreceberaprestaçãoporinteiro, acadaumdosoutrosassistiráodireitodeexigirdeleemdinheiro apartequelhecaibanototal. Art.262.Seumdoscredoresremitiradívida,aobrigaçãonão ficaráextintaparacomosoutrosfmasestessóapoderãoexigir, descontadaaquotadocredorremitente. Parágrafo único. O mesmo critério se observará no caso de transação,novação,compensaçãoouconfusão. Art Perde a qualidade de indivisível a obrigação que se resolveremperdasedanos. 1oSe,paraefeitododispostonesteartigo,houverculpade todososdevedores,responderãotodosporpartesiguais. 2o Se for de um só a culpa, ficarão exonerados os outros, respondendosóessepelasperdasedanos.

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18 3. OBRIGAÇÕESSOLIDÁRIAS 3.1 Asolidariedade Art Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorremaisdeumcredor,oumaisdeumdevedor,cadaum comdireito,ouobrigado,àdívidatoda. ÉoriginadanoDireitoRomano. Existe solidariedade quando, na mesma obrigação, concorre uma pluralidade de credores,cadaumcomdireitoàdívidatoda(solidariedade(ativa),ouumapluralidade dedevedores,cadaumobrigadoàdívidaporinteiro(solidariedade(passiva). Emboranãohajaprevisãolegalespecífica,consignadanasdisposiçõesgeraisda solidariedadenocódigocivil,nadaimpedequesefaletambémemsolidariedade( mista,constituídapelavontadedaspartes,submetida,intuitivamente,àsregrasque regulamasduasprimeiras. Ex.Exemplodesolidariedadeativa: ( A,B(eC(sãocredoresdeD.Nostermosdocontrato,odevedordeverápagara quantiader$ ,00,havendosidoestipuladaasolidariedade(ativa. Assim,qualquerdostrêscredores A,B(ouC( poderáexigirtoda(a(dívida(ded, ficando,aquelequerecebeuopagamentoadstritoaentregaraosdemaisassuas quotashpartesrespectivas. Seodevedorpagaraqualquer(dos(credores,(exoneraHse. Nada impede, outrossim, que dois dos credores, ou até mesmo todos os três, cobremintegralmenteaobrigaçãopactuada. Ex.Exemplodesolidariedadepassiva: A,B(eC(sãodevedoresdeD.Nostermosdocontrato,osdevedoresencontramHse coobrigadossolidariamenteapagaraocredoraquantiader$ , Assim,ocredorpoderáexigirdequalquerdostrêsdevedorestoda(a(soma(devida, enãoapenasumterçodecadaum. Nadaimpede,outrossim,queocredordemandedoisdosdevedores,ou,atémesmo, todosostrês,conjuntamente. O devedor que pagou toda a dívida terá ação regressiva contra os demais coobrigados,parahaveraquotahpartedecadaum. Seaobrigaçãofossefracionária,consoantevimosacima,ocredorsópoderiaexigir decadadevedorasuarespectivaquotahparte(r$ ,00). 3.2 PrevisãoExpressa Art.265.AsolidariedadenãosepresumeFresultadaleiouda vontadedaspartes. 3.3 CondiçõesEspeciaisparaumadaspartes Art.266.Aobrigaçãosolidáriapodeserpuraesimplesparaum doscohcredoresoucohdevedores,econdicional,ouaprazo,ou pagávelemlugardiferente,paraooutro. 3.4 SolidariedadeAtiva Art.267.Cadaumdoscredoressolidáriostemdireitoaexigirdo devedorocumprimentodaprestaçãoporinteiro. Art Enquanto alguns dos credores solidários não demandarem o devedor comum, a qualquer daqueles poderá estepagar. Art O pagamento feito a um dos credores solidários extingueadívidaatéomontantedoquefoipago.

19 3.4.1 Falecimentodeumdoscredores Art Se um dos credores solidários falecer deixando herdeiros, cada um destes só terá direito a exigir e receber a quotadocréditoquecorresponderaoseuquinhãohereditário, salvoseaobrigaçãoforindivisível ConversãoemPerdaseDanos Art ConvertendoHse a prestação em perdas e danos, subsiste,paratodososefeitos,asolidariedade Remissãoporumdoscredores Art O credor que tiver remitido a dívida ou recebido o pagamentoresponderáaosoutrospelapartequelhescaiba Defesadodevedor Art.273.Aumdoscredoressolidáriosnãopodeodevedoropor asexceçõespessoaisoponíveisaosoutros. Art.274. Ojulgamentocontrárioaumdoscredoressolidários nãoatingeosdemaisfojulgamentofavorávelaproveitahlhes,a menosquesefundeemexceçãopessoalaocredorqueoobteve. 3.5 SolidariedadePassiva Art.275. O credor tem direito a exigir e receber de um ou de algunsdosdevedores,parcialoutotalmente,adívidacomumfse o pagamento tiver sido parcial, todos os demais devedores continuamobrigadossolidariamentepeloresto Parágrafo único. Não importará renúncia da solidariedade a propositura de ação pelo credor contra um ou alguns dos devedores Falecimentododevedor Art Se um dos devedores solidários falecer deixando herdeiros,nenhumdestesseráobrigadoapagarsenãoaquota que corresponder ao seu quinhão hereditário (a), salvo se a obrigação for indivisível (b)f mas todos reunidos serão consideradoscomoumdevedorsolidárioemrelaçãoaosdemais devedores(c) Remissãodadívida Art.277.Opagamentoparcialfeitoporumdosdevedoresea remissãoporeleobtidanãoaproveitamaosoutrosdevedores, senãoatéàconcorrênciadaquantiapagaourelevada. Obrigaçãoadicional Art Qualquer cláusula, condição ou obrigação adicional, estipulada entre um dos devedores solidários e o credor, não poderáagravaraposiçãodosoutrossemconsentimentodestes. InadimplementodaObrigação Art.279.ImpossibilitandoHseaprestaçãoporculpadeumdos devedoressolidários,subsisteparatodosoencargodepagaro equivalentefmaspelasperdasedanossórespondeoculpado.

20 Art.280.Todososdevedoresrespondempelosjurosdamora, aindaqueaaçãotenhasidopropostasomentecontraumfmaso culpadorespondeaosoutrospelaobrigaçãoacrescida. DefesadoDevedor Art O devedor demandado pode opor ao credor as exceçõesquelheforempessoais(a)eascomunsatodos(b)f nãolheaproveitandoasexceçõespessoaisaoutrocohdevedor (c). Renúnciaaocrédito Art.282.Ocredorpoderenunciaràsolidariedadeemfavorde um,dealgunsoudetodososdevedores. Parágrafoúnico.Seocredorexonerardasolidariedadeumou maisdevedores,subsistiráadosdemais. DireitodeRegresso Art.283.Odevedorquesatisfezadívidaporinteirotemdireitoa exigirdecadaumdoscohdevedoresasuaquota(a),dividindoh se igualmente por todos a do insolvente, se o houver, presumindohse iguais, no débito, as partes de todos os coh devedores(b). Art.284.NocasoderateioentreoscoHdevedores,contribuirão tambémosexoneradosdasolidariedadepelocredor,pelaparte quenaobrigaçãoincumbiaaoinsolvente. Art.285.Seadívidasolidáriainteressarexclusivamenteaum dosdevedores,responderáesteportodaelaparacomaquele quepagar. 20 UNIDADEIV TRANSMISSAODASOBRIGAÇÕES 1. Introdução Aobrigação,emgeral,nãoéumvínculopessoalimobilizado. Sãotrêsasmodalidadesdetransmissão: a)acessãodecréditof b)acessãodedébitof c)acessãodecontrato. 2. Partes HCedente:quemtransmite(credoroudevedor) HCessionário:terceiroparaquemétransmitido HCedido:aoutrapartedonegóciojurídico(credoroudevedor) 3. CessãodeCrédito 3.1 Partes Ex. A écredorder$100paracom B. A transfereocreditopara C. C passa aseronovocredorde B. A =Cedente B =Cedido C =Cessionário a) CredorPrimitivo=cedente( A ) b) Novocredor/Terceiro=cessionário( C )

21 c) Devedor=Cedido( B ) 3.2 Conceito Art.286.Ocredorpodecederoseucrédito,seaissonãose opuser a natureza da obrigação, a lei, ou a convenção com o devedorfacláusulaproibitivadacessãonãopoderáseroposta ao cessionário de boahfé, se não constar do instrumento da obrigação. 3.3 Proibição Art.286.Ocredorpodecederoseucrédito,seaissonãose opuser a natureza da obrigação, a lei, ou a convenção com o devedorfacláusulaproibitivadacessãonãopoderáseroposta ao cessionário de boahfé, se não constar do instrumento da obrigação. 3.4 Espécies IHQuantoàorigem,acessãodecréditopodeser: a) Convencional acessãodecréditoresulta,emregra,dadeclaração devontadeentrecedenteecessionário.podeser: matítuloonerosof matítulogratuitof mtotal,abrangendoatotalidadedocréditofe m parcial, em que o cedente retém parte do crédito, permanecendo na relação obrigacional,salvosecedertambémaparteremanescenteaoutrem.casoocrédito sejacedidoamaisdeumcessionário,dividirhseháemdois,independentesumdo outro. b) Legal comonocasododevedordeobrigaçãosolidáriaquesatisfeza dívidaporinteiro,subhrogandohsenocrédito(cc,art.283),oudofiadorque 21 pagou integralmente a dívida, ficando subhrogado nos direitos do credor (CC,art.831). c) Judicial verificahsetalmodalidadequandoatransmissãodocréditoé determinadapelojuiz, IIHQuantoàresponsabilidadedocedenteemrelaçãoaocedido,acessãode créditopodeser: a) pro&soluto,emqueocedenteapenasgaranteaexistênciadocrédito,sem responder,todavia,pelasolvênciadodevedorf b) pro&solvendo,quandoocedenteobrigahseapagarseodevedorcedidofor insolvente.nestaúltimamodalidade,portanto,ocedenteassumeoriscoda insolvênciadodevedor & 3.5 Acessoriumsequiturprincipale Art.287.Salvodisposiçãoemcontrário,nacessãodeumcrédito abrangemhsetodososseusacessórios. 3.6 EficáciaPeranteTerceiros Art.288.Éineficaz,emrelaçãoaterceiros,atransmissãodeum crédito, se não celebrarhse mediante instrumento público, ou instrumentoparticularrevestidodassolenidadesdo 1odoart Art.289. Ocessionáriodecréditohipotecáriotemodireitode fazeraverbaracessãonoregistrodoimóvel. Art Odireitoàsucessãoaberta,bemcomooquinhãode que disponha o cohherdeiro, pode ser objeto de cessão por escriturapública. 3.7 Notificaçãododevedor

22 Art.290. Acessãodocréditonãotemeficáciaemrelaçãoao devedor,senãoquandoaestenotificadafmaspornotificadose temodevedorque,emescritopúblicoouparticular,sedeclarou cientedacessãofeita. Art Fica desobrigado o devedor que, antes de ter conhecimentodacessão,pagaaocredorprimitivo(...) Espéciesdenotificação Alémdejudicialouextrajudicial,anotificaçãopodeser,ainda: a) Expressa Quandoocedentetomaainiciativadecomunicaraodevedorquecedeuocréditoa determinadapessoa,podendoacomunicaçãopartirigualmentedocessionário. b) Presumida Quandoresultadaespontâneadeclaraçãodeciênciadodevedor,emescritopúblico ouparticular. Art (...)F mas por notificado se tem o devedor que, em escritopúblicoouparticular,sedeclaroucientedacessãofeita. 3.8 Múltiplassessões Art.291.Ocorrendováriascessõesdomesmocrédito,prevalece aquesecompletarcomatradiçãodotítulodocréditocedido. 3.9 Exoneraçãodadívida Art Fica desobrigado o devedor que, antes de ter conhecimentodacessão,pagaaocredorprimitivo,ouque,no casodemaisdeumacessãonotificada,pagaaocessionárioque lhe apresenta, com o título de cessão, o da obrigação cedidaf quando o crédito constar de escritura pública, prevalecerá a prioridadedanotificação. Art O crédito, uma vez penhorado, não pode mais ser transferidopelocredorquetiverconhecimentodapenhorafmas o devedor que o pagar, não tendo notificação dela, fica exonerado,subsistindosomentecontraocredorosdireitosde terceiro. AtosdeConservação Art.293.Independentementedoconhecimentodacessãopelo devedor,podeocessionárioexercerosatosconservatóriosdo direitocedido. Defesadodevedor Art.294.Odevedorpodeoporaocessionárioasexceçõesque lhecompetirem,bemcomoasque,nomomentoemqueveioa terconhecimentodacessão,tinhacontraocedente. Responsabilidadedocedente Art.295.Nacessãoportítulooneroso,ocedente,aindaquenão se responsabilize, fica responsável ao cessionário pela existência do crédito ao tempo em que lhe cedeuf a mesma responsabilidadelhecabenascessõesportítulogratuito,setiver procedidodemáhfé.

23 Art Salvo estipulação em contrário, o cedente não respondepelasolvênciadodevedor. Art.297.Ocedente,responsávelaocessionáriopelasolvência do devedor, não responde por mais do que daquele recebeu, comosrespectivosjurosfmastemderessarcirhlheasdespesas dacessãoeasqueocessionáriohouverfeitocomacobrança. 4. DaAssunçãodeDívida Art.299.Éfacultadoaterceiroassumiraobrigaçãododevedor, comoconsentimentoexpressodocredor,ficandoexoneradoo devedorprimitivo,salvoseaquele,aotempodaassunção,era insolventeeocredoroignorava. Parágrafo único. Qualquer das partes pode assinar prazo ao credorparaqueconsintanaassunçãodadívida,interpretandoh seoseusilênciocomorecusa. 4.1 Conceito Acessãodedébitoouassunçãodedívidaconsisteemumnegóciojurídicopormeio doqualodevedor,comoexpressoconsentimentodocredor,transmiteaumterceiro asuaobrigação. Podem ser objeto da cessão todas as dívidas, presentes e futuras, salvo as que devem ser pessoalmente cumpridas pelo devedor. a) Partes Devedorprimitivo=cedente Novodevedor/terceiro=cessionárioouassuntor Credor Ex. A temumcarroalienadocomo BancoX etransfereadívidapara B com consentimentode BancoX. 23 A Cedente BancoX credor B Cessionário/Assuntor 4.2 AnuênciadoCredor Art.299.Éfacultadoaterceiroassumiraobrigaçãododevedor, comoconsentimentoexpressodocredor,ficandoexonerado odevedorprimitivo,salvoseaquele,aotempodaassunção,era insolventeeocredoroignorava. Parágrafoúnico.Qualquerdaspartespodeassinarprazoao credor para que consinta na assunção da dívida, interpretandomseoseusilênciocomorecusa. Art.303.Oadquirentedeimóvelhipotecadopodetomaraseu cargoopagamentodocréditogarantidofseocredor,notificado, nãoimpugnaremtrintadiasatransferênciadodébito,entenderh sehádadooassentimento. 4.3 Exoneraçãododevedorprimitivo Art.299.Éfacultadoaterceiroassumiraobrigaçãododevedor, comoconsentimentoexpressodocredor,ficandoexoneradoo devedorprimitivo,salvoseaquele,aotempodaassunção,era insolventeeocredoroignorava. Art Salvo assentimento expresso do devedor primitivo, consideramhse extintas, a partir da assunção da dívida, as garantiasespeciaisporeleoriginariamentedadasaocredor. Art Se a substituição do devedor vier a ser anulada, restaurahse o débito, com todas as suas garantias, salvo as

24 garantiasprestadasporterceiros,excetoseesteconheciaovício queinquinavaaobrigação. 4.4 Defesado(novo)devedor Art.302.Onovodevedornãopodeoporaocredorasexceções pessoaisquecompetiamaodevedorprimitivo. 5. CessãodeContrato 5.1 Conceito MalgradooCódigoCivilde1916eode2002nãotenhamregulamentado,nocapítulo concernenteàtransmissão(das(obrigações,acessãodecontrato,tratahsedefigura queserevestedesignificativaimportânciaprática. Tem grande aplicação, por exemplo, nos contratos de cessão de locação, fornecimento, empreitada, financiamento e, especialmente, no mútuo hipotecário paraaquisiçãodacasaprópria. O contrato, como bem jurídico, possui valor material e integra o patrimônio dos contratantes,podendoporissoserobjetodenegócio. 5.2 CessãodecontratoxCessãodecredito/débito Oquedistinguebasicamenteacessãodaposiçãocontratualdacessãodecréditoe daassunçãodedívidaéofatodeatransmissãoabrangersimultaneamentedireitos edeveresdeprestar(créditosedébitos),enquantoacessãodecréditocompreende apenasumdireitodecréditoeaassunçãodedívidacobresomenteumdébito. 5.3 Partes a)ocedente(quetransfereasuaposiçãocontratual)f b)ocessionário(queadquireaposiçãotransmitidaoucedida)fe 24 c)ocedido(ooutrocontraente,queconsentenacessãofeitapelocedente). Ex. A élocadoradeumacasapara B etransfereocontratopara C. A Hcedente B Hcedido C Hcessionário Ocontratoemquefiguravaaposiçãotransferida,objetodacessão,denominaHse contratohbase. 5.4 FinalidadePratica A cessão da posição contratual apresenta significativa vantagem prática, pois permitequeumapessoatransfiraaoutremseuscréditosedébitosoriundosdeuma avença, sem ter de desfazer, de comum acordo com o contratante, o primeiro negócioesemterdeconvencêhloarefazerocontratocomoterceirointeressado. Porintermédiodoreferidoinstituto,umúnicoatotransferetodaaposiçãocontratual deumapessoaaoutra.

25 UNIDADEV TEORIADOPAGAMENTO(4H) 1. Pagamento O termo pagamento não significa apenas, como sugere a linguagem comum, entrega de dinheiro. Para o CC significa o cumprimento voluntario de qualquer obrigação. Pagamento=dardinheiro,darcoisa,fazeralgo,nãofazeralgo 1.1 Elementosfundamentais a) VinculoObrigacional b) SujeitoAtivodoPagamento éodevedor,sujeitopassivodaobrigação c) SujeitopassivodoPagamento éocredor,sujeitoativodaobrigação. 2. DequemdevePagar 25 ÀluzdoCódigoCivil,temosquealémdodevedor,qualquerinteressadopodepagar a dívida subhrogandohse nos diretos do credor, vale dizer, assumindo o lugar do credor. a) Devedor éoqueestáemprimeiroplano.eleéosujeitopassivoda relaçãoobrigacional b) TerceiroInteressado Oterceirointeressadoéaquelecujopatrimôniopodeviraseralcançadopelocredor em eventual inadimplemento da obrigação pelo devedor. É o que ocorre com o fiador, o herdeiro do devedor até o limite da herança, o adquirente do imóvel hipotecadoetc. c) TerceiroDesinteressado Oterceirosópodepagardesdequeofaçaemnomeeàcontadodevedoreque nãohajaoposiçãodeste. 2.1 PagamentofeitoporTerceiro Art.304.QualquerinteressadonaextinçãodadívidapodepagáH la, usando, se o credor se opuser, dos meios conducentes à exoneraçãododevedor. Parágrafoúnico.Igualdireitocabeaoterceironãointeressado, seofizeremnomeeàcontadodevedor,salvooposiçãodeste. Art.930 Art.985,III Pagamentofeitoporterceirointeressado Nãoélicitoaocredorserecusarareceberopagamentonemaodevedornãopermitir queoterceiropague Pagamentofeitoporterceironãointeressado Art.304.

26 Parágrafoúnico.Igualdireitocabeaoterceironãointeressado, seofizeremnomeeàcontadodevedor,salvooposiçãodeste. a) TerceiroDesinteressadopagaemnomeeemcontadodevedor Art Épossívelhaveratransferênciadocréditointer(vivosoucausa(mortis.( b) RepresentantedoCredor Tantopodeserumrepresentantelegalcomooconvencional. Ex.paidemenor,síndicodafalência,procurador. Art.306.Opagamentofeitoporterceiro,comdesconhecimento ou oposição do devedor, não obriga a reembolsar aquele que pagou,seodevedortinhameiosparailidiraação. 2.2 Pagamentoqueimportaemtransferênciadedomínio Art.307.Sóteráeficáciaopagamentoqueimportartransmissão dapropriedade,quandofeitoporquempossaalienaroobjetoem queeleconsistiu. Parágrafoúnico.Sesederempagamentocoisafungível,nãose poderá mais reclamar do credor que, de boahfé, a recebeu e consumiu,aindaqueosolventenãotivesseodireitodealienáh la. 3. DaquelesaQuemseDevePagar Art.308.Opagamentodeveserfeitoaocredorouaquemde direito o represente, sob pena de só valer depois de por ele ratificado,outantoquantoreverteremseuproveito. a) Credor Emprimeirolugaropagamentodeveserfeitoaocredor. c) Terceiro Art ConsideraHse autorizado a receber o pagamento o portadordaquitação,salvoseascircunstânciascontrariarema presunçãodaíresultante. 3.1 Pagamentoacredorputativo Art.309.OpagamentofeitodeboaHféaocredorputativoéválido, aindaprovadodepoisquenãoeracredor. 3.2 Pagamentoacredorincapaz Art Não vale o pagamento cientemente feito ao credor incapazdequitar,seodevedornãoprovarqueembenefíciodele efetivamentereverteu. 3.3 Pagamentoinválido Opagamentoindevidoconstituiumcasotípicodeobrigaçãoderestituirfundadano princípiodoenriquecimentosemcausa,segundooqualninguémpodeenriquecerà custaalheia,semcausaqueojustifique EspéciesdePagamentoIndevido

27 a) Pagamentoobjetivamenteindevido b) Pagamentosubjetivamenteindevido Repetiçãodopagamento Art.118 Art.964 CDCArt.42.ParágrafoÚnico Todapessoaquereceberoquelhenãoeradevidoficaráobrigadaarestituir. 4. DoObjetodoPagamentoeSuaProva 4.1 PrincípiosGeraisdopagamento Art.313.Ocredornãoéobrigadoareceberprestaçãodiversa daquelheédevida,aindaquemaisvaliosa. Art Ainda que a obrigação tenha por objeto prestação divisível, não pode o credor ser obrigado a receber, nem o devedorapagar,porpartes,seassimnãoseajustou. 4.2 Aimportânciadaprovadopagamento Art.319.Odevedorquepagatemdireitoaquitaçãoregular,e podereteropagamento,enquantonãolhesejadada PagamentoemDinheiro Art As dívidas em dinheiro deverão ser pagas no vencimento, em moeda corrente e pelo valor nominal, salvo o dispostonosartigossubseqüentes. Art.318.Sãonulasasconvençõesdepagamentoemouroou emmoedaestrangeira,bemcomoparacompensaradiferença entreovalordestaeodamoedanacional,excetuadososcasos previstosnalegislaçãoespecial. 4.4 PrestaçõesSucessivas Art É lícito convencionar o aumento progressivo de prestaçõessucessivas. 4.5 TeoriadaImprevisão. Art Quando, por motivos imprevisíveis, sobrevier desproporçãomanifestaentreovalordaprestaçãodevidaeodo momentodesuaexecução,poderáojuizcorrigihlo,apedidoda parte,demodoqueassegure,quantopossível,ovalorrealda prestação. 4.6 Quitação Requisitos Art A quitação, que sempre poderá ser dada por instrumentoparticular,designaráovaloreaespéciedadívida quitada,onomedodevedor,ouquemporestepagou,otempoe olugardopagamento,comaassinaturadocredor,oudoseu representante.

28 Parágrafo único. Ainda sem os requisitos estabelecidos neste artigovaleráaquitação,sedeseustermosoudascircunstâncias resultarhaversidopagaadívida. Dívidasliterais Art.321.Nosdébitos,cujaquitaçãoconsistanadevoluçãodo título, perdido este, poderá o devedor exigir, retendo o pagamento, declaração do credor que inutilize o título desaparecido. Art.942. Presunçãodequitação Art Quando o pagamento for em quotas periódicas, a quitação da última estabelece, até prova em contrário, a presunçãodeestaremsolvidasasanteriores. Art Sendo a quitação do capital sem reserva dos juros, estespresumemhsepagos. Art.324.Aentregadotítuloaodevedorfirmaapresunçãodo pagamento. Parágrafoúnico.Ficarásemefeitoaquitaçãoassimoperadase ocredorprovar,emsessentadias,afaltadopagamento. Despesascompagamentos Art.325.PresumemHseacargododevedorasdespesascomo pagamentoeaquitaçãofseocorreraumentoporfatodocredor, suportaráesteadespesaacrescida. 4.7 Pagamentopormedidaoupeso 28 Art Se o pagamento se houver de fazer por medida, ou peso,entenderhsehá,nosilênciodaspartes,queaceitaramosdo lugardaexecução. 5. DoLugardoPagamento 5.1 DívidaQuerablexDívidaPortable Art EfetuarHseHá o pagamento no domicílio do devedor, salvo se as partes convencionarem diversamente, ou se o contrário resultar da lei, da natureza da obrigação ou das circunstâncias. Parágrafo único. Designados dois ou mais lugares, cabe ao credorescolherentreeles. 5.2 Pagamentodeimóvel Art.328.Seopagamentoconsistirnatradiçãodeumimóvel,ou emprestaçõesrelativasaimóvel,farhsehánolugarondesituado obem. 5.3 Pagamentoemlocaldiverso Art Ocorrendo motivo grave para que se não efetue o pagamentonolugardeterminado,poderáodevedorfazêhloem outro,semprejuízoparaocredor. Art.330.Opagamentoreiteradamentefeitoemoutrolocalfaz presumir renúncia do credor relativamente ao previsto no contrato.

29 6. DoTempodoPagamento 6.1 Momentodovencimento Art Salvo disposição legal em contrário, não tendo sido ajustada época para o pagamento, pode o credor exigihlo imediatamente. Art As obrigações condicionais cumpremhse na data do implemento da condição, cabendo ao credor a prova de que desteteveciênciaodevedor. 6.2 Vencimentoantecipadodadívida Art.333.Aocredorassistiráodireitodecobraradívidaantesde vencidooprazoestipuladonocontratooumarcadonestecódigo: Inocasodefalênciadodevedor,oudeconcursodecredoresF IIseosbens,hipotecadosouempenhados,forempenhorados emexecuçãoporoutrocredorf IIIsecessarem,ousesetornareminsuficientes,asgarantiasdo débito,fidejussórias,oureais,eodevedor,intimado,senegara reforçáhlas. Parágrafoúnico.Noscasosdesteartigo,sehouver,nodébito, solidariedade passiva, não se reputará vencido quanto aos outrosdevedoressolventes. Alémdoscasoslegaisdevencimentoantecipadodadívida,élícitoestipularoutros. Quandoadívidaégarantidaporfiador,afalênciaouinsolvênciadestetornaHade prontoexigível,seodevedornãoosubstitui. 29

30 UNIDADEVI TEORIADOPAGAMENTOINDIRETO(10H) 1. Extinçãodaobrigação Opagamentotraduzofimnaturaldetodaobrigação.Todavia,existemoutrasformas especiais de extinção das obrigações, as quais a doutrina costuma denominar pagamentosespeciaisouindiretos. 30 g)transaçãof h)compromisso(arbitragem)f i)confusãof j)remissão. Ocorridaumadessasmodalidadesdeextinçãoobrigacional,odevedorseeximirá deresponsabilidade,emboranemsempreocréditohajasidoplenamentesatisfeito. Éoqueocorre,porexemplo,quandoocredor perdoa adívida. ConcluiHse,portanto,queaextinçãodaobrigaçãonãonecessariamentesignificará satisfaçãodocredor. 1. DOPAGAMENTOEMCONSIGNAÇÃO 1.1 Conceito 2. Formasespeciaisdepagamento Sãoformasespeciaisdeextinçãodasobrigações: a)consignaçãoempagamentof b)pagamentocomsubhrogaçãof c)imputaçãodopagamentof d)daçãoempagamentof e)novaçãof f)compensaçãof 1.2 Terminologias Art ConsideraHse pagamento, e extingue a obrigação, o depósito judicial ou em estabelecimento bancário da coisa devida,noscasoseformalegais. Art O depósito requererhsehá no lugar do pagamento, cessando,tantoqueseefetue,paraodepositante,osjurosda dívidaeosriscos,salvoseforjulgadoimprocedente. Consignante:éodevedor,osujeitoativodaconsignação Consignatário:éocredor,emfacedequemseconsigna Consignado:obemobjetododepósito,judicialouextrajudicial

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