Relatórios de Atividades

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Ágata Penha Mendes
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1 Relatórios de Atividades BANCO DE DADOS AGROPEDOCLIMÁTICOS DO NORDESTE E DISPONIBILIZAÇÃO NO AGRITEMPO Projeto componente 6 Plano de ação 1 Atividade 2 Equipe Alexandre Hugo Cezar Barros Embrapa Solos UEP Recife Aderson Soares de Andrade Junior Embrapa Meio Norte Ana Alexandrina Gama da Silva Embrapa Tabuleiros Costeiros José Américo Bordini do Amaral Embrapa Algodãol Maio de 2006

2 1. INTRODUÇÃO No Nordeste a atividade agropecuária é predominantemente caracterizada por cultivos de subsistência. A maneira pela qual vem sendo exploradas estas regiões, sem nenhum critério as aptidões local e regional, reflete-se nos baixos índices sócioeconômicos e rendimentos agropecuários, bem como na degradação do ambiente, resultando a progressiva e agravante deterioração da qualidade de vida da população. Essa realidade impõe estudos e ações que conduzam a avaliação e o conhecimento dos potenciais produtivos como forma de possibilitar a adoção de políticas públicas, respeitando as ofertas e restrições físicas e bióticas dos diversos ambientes. Inúmeros estudos e diagnósticos foram realizados para identificar as potencialidades e limitações da região Nordeste. Não obstante o esforço despendido ao longo de todos estes anos, foram necessários à disponibilidade e organização da informação de maneira que atenda às necessidades atuais e futuras para fins de gestão sustentável. Nesse sentido, a ação de pesquisa do Zoneamento Agrícola do Brasil análise de riscos climáticos e atualização - difusão e transferência das informações referentes ao zoneamento agrícola, para implantação do banco de dados agropedoclimáticos do Nordeste do Brasil, teve como objetivo reunir, selecionar, organizar e divulgar as informações referentes ao clima e ao solo do Nordeste por meio da Web e para auxiliar na tomada de decisão. Parte das informações do banco de dados agropedoclimáticos estão organizados e disponibilizados no Sistema Agritempo, apenas a parte relativa aos solos está em fase de conclusão e se encontra ainda em caráter experimental no site da Embrapa Solos UEP Recife, no endereço: 2. MATERIAL E MÉTODOS 2.1. Dados climatológicos Foram incorpodados ao banco de dados as informações climatológicas geradas pela extinta Sudene para todo a região nordeste. De um modo geral, o número de estações meteorológicas é relativamente pequeno. Em algumas situações, apenas "normais climatológicas" (médias temporais desses dados para período de 30 anos, sem nenhuma referência às falhas observacionais e tampouco às variâncias associadas) encontram-se publicadas. Dessa forma, os dados climatológicos ficam quase sempre restritos apenas o limitado espectro daquelas variáveis cujas séries climatológicas encontram-se disponíveis. Na Região Nordeste estão publicados apenas totais mensais de precipitação pluviométrica de postos pluviométricos (SUDENE, 1990) e médias mensais de temperatura para alguns aeroportos (DRA, 1967), algumas estações meteorológicas e postos termopluviométricos (SUDENE, 1963; Ellis e Valença, 1982). Esses dados foram organizados de formar a compor o banco de dados agropedoclimático.

2.1.1. Dados de precipitação A crítica preliminar e a homogeneização dos totais mensais de precipitação publicados pela SUDENE (1990) foram previamente realizadas pela própria SUDENE, usando o método

3 Dados de precipitação A crítica preliminar e a homogeneização dos totais mensais de precipitação publicados pela SUDENE (1990) foram previamente realizadas pela própria SUDENE, usando o método proposto por Hiez (1978). Isso não significa que os dados não contêm erros, apenas que constituem o melhor acervo pluviométrico do Nordeste, atualmente disponível. Para fins de incorporação ao banco de dados foram retirados todos os dados considerados pela SUDENE (1990) como "duvidosos", "homogeneizados" e "estimados", ficando apenas séries superiores a 20 anos de informações, conforme Figura 1. Figura 1 - Figura que ilustra a organização das informações de chuva mensais na região Nordeste em banco de dados Dados de temperatura A disponibilidade de dados de temperatura acontece em um número relativamente pequeno de localidades (quando comparada à de totais mensais de chuva). Por esse motivo foram necessários recorrer a métodos estatísticos para estimar valores das médias mensais da temperatura do ar nas localidades da região Nordeste para as quais não tinham dados. Foram empregados o modelo de regressão múltipla quadrática, tomando-se a latitude (φ), a longitude (λ) e a altitude (ξ) como variáveis independentes, ou seja: T m = A m + B m φ + C m λ + D m ξ + E m φ 2 + F m λ 2 + G m ξ 2 + H m λφ + I m λξ + J m φλ. Este modelo foi utilizado para estimar a temperatura média mensal do ar ( T m ) em cada mês (m = 1, 2, ) e ano (m=12), nos postos pluviométricos onde não se tinha temperaturas

4 observadas. A Figura 2 ilustra a organização dos dados mensais de temperaturas estimadas para região Nordeste. Figura 2 - Organização das informações de temperatura do ar média na região Nordeste em banco de dados Dados Pedológicos Na organização dos dados pedológicos foram necessários diversas etapas, pois a maioria das informações ainda se encontravam em mapas impressos. As principais etapas foram: a) Seleção e digitalização dos mapas de levantamentos-exploratórios de reconhecimento de solos dos estados da região Nordeste, conforme Tabela 1 e Figura 3; e b) formação de banco de dados pedológico, considerando as seguintes informações: relevo, profundidade efetiva, textura, fertilidade natural, drenagem interna, pedregosidade e, ou, rochosidade, risco de erosão, salinidade e sodicidade. Estas características foram associadas separadamente para cada um dos solos componentes das unidades de mapeamento delimitadas no levantamento de solos de cada Estado do Nordeste (Figura 4).

5 Tabela 1. Relação dos mapas de levantamentos exploratórios do Nordeste digitalizados. Título do Levantamento original Estado Escala do Ano Mapa Levantamento de Reconhecimento de Baixa e Média Intensidade dos Solos do Estado de Pernambuco PE 1: Levantamento Exploratório Reconhecimento de solos do Estado de Pernambuco PE 1: Levantamento Exploratório Reconhecimento de solos do Estado da Paraíba PB 1: Levantamento Exploratório Reconhecimento de solos do Estado do Ceará CE 1: Levantamento Exploratório Reconhecimento de solos do Estado de Sergipe SE 1: Levantamento Exploratório Reconhecimento de solos do Estado de Alagoas AL 1: Levantamento Exploratório Reconhecimento de solos do Estado do Rio Grande do Norte RN 1: Levantamento Exploratório Reconhecimento de solos do Estado do Maranhão MA 1: Levantamento Exploratório Reconhecimento de solos do Estado do Piauí PI 1: Levantamento Exploratório Reconhecimento de solos da Margem direita do Rio São Francisco Estado da Bahia BA 1: Levantamento Exploratório Reconhecimento de solos da Margem esquerda do Rio São Francisco Estado da Bahia BA 1: Figura 3 Mapa ilustrativo do estado do Maranhão da digitalização do levantamento- exploratório de solos.

Figura 4 Banco de dados pedológicos com os atributos associados separadamente para cada um dos solos componentes das unidades de mapeamento. 3.

6 Figura 4 Banco de dados pedológicos com os atributos associados separadamente para cada um dos solos componentes das unidades de mapeamento. 3. RESULTADOS A sistematização e disponibilização das informações de clima (precipitação pluviométrica e temperatura média do ar) são acessadas no Sistema Agritempo ( e as informações de solo podem ser acessadas em caráter experimental no site da Embrapa Solos UEP Recife Todas as informações pedológicas migrarão para o sistema Agritempo. As informações de solos de todos os municípios do Nordeste, no total de 1572, podem ser acessadas no site, como ilustrados nas figuras 5,6,7 e 8.

7 Figura 5 Site Figura 5 Site

8 Figura 6 Site Figura 7 Site

9 4. PUBLICAÇÕES CD-ROM - Atlas Climatológico Do Nordeste Do Brasil Capítulo de livro: Culturas semiperenes e anuais componentes da base de dados do SiBCTI. Zoneamento de pedoclimático da cultura da mamona para os Estados do Nordeste Classificação Climática e regionalização do semi-árido do Estado do Piauí sob três cenários pluviométricos distintos 5. BIBLIOGRAFIA DRA Tabelas Climatológicas (Vol. 1. Diretoria de Rotas Aéreas, ). Ministério da Aeronáutica. Rio de Janeiro, Ellis, J e Valença, A. S. Desvio Padrão da Temperatura Média Mensal no Brasil. Instituto Nacional de Meteorologia. Boletim Técnico 22: 1-75, Hiez, G. Processamento dos dados pluviométricos do Nordeste - 2 a Parte: A homogeneização dos dados. SUDENE-ORSTOM, Recife, SUDENE Dados pluviométricos mensais do Nordeste. Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste, Recife, 1990 (Série Pluviometria 1 a 10). SUDENE, Normais Climatológicas da Área da SUDENE. Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste. Convênio com o Serviço de Meteorologia, Recife, 1963.

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