Efeitos de Arranjos Experimentais sobre a Sensibilidade/Insensibilidade a Esquemas de Reforçamento Sandra de Araújo Álvares

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1 Universidade Católica de Goiás Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa Mestrado em Psicologia Efeitos de Arranjos Experimentais sobre a Sensibilidade/Insensibilidade a Esquemas de Reforçamento Sandra de Araújo Álvares Goiânia Março de 2006

2 ii Universidade Católica de Goiás Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa Mestrado em Psicologia Efeitos de Arranjos Experimentais sobre a Sensibilidade/Insensibilidade a Esquemas de Reforçamento Sandra de Araújo Álvares Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em Psicologia da Universidade Católica de Goiás como requisito parcial à obtenção do grau de Mestre em Psicologia. Orientador: Prof. Dr. Lorismário Ernesto Simonassi Goiânia Março de 2006

3 iii Agradecimentos Ao professor Lorismário, por ter-me aceito como orientanda e pelas prestimosas contribuições a esse trabalho. Aos professores Sônia Mello e Dwain Santee pelas contribuições apontadas durante o momento de qualificação. Aos professores Carla Paracampo, Sônia Mello e Lauro Lalini por terem aceito participar da Banca de Defesa. Ao professor Márcio Barreto, por quem terei eterna gratidão pela confiança em mim depositada e pelo importante apoio para o início da minha carreira em docência. Ao professor Luc Vandenbergh, por quem tenho o mais profundo respeito e admiração. Agradeço-lhe pela compreensão quanto às mudanças de decisão que tomei ao longo do curso de mestrado. A todos os professores do curso de graduação em Psicologia e do Mestrado em Psicologia da UCG que contribuíram para meu crescimento profissional e pessoal. Aos participantes do presente trabalho. À amiga e companheira Michele, a quem agradeço pelos momentos de desabafo e descontração. Ao meu amado sobrinho Gustavo, sempre fonte de esperança e alegria. Ao meu amor, José Ramos, pelo apoio, paciência e carinho nos momentos difíceis. Especialmente a meus pais, sem os quais a realização desse grande sonho não seria possível. Devo a eles toda minha formação!

4 iv Resumo Vários são os aspectos apontados como passíveis de influenciarem a sensibilidade de desempenhos humanos a esquemas de reforçamento. A fim de avaliar alguns desses aspectos, o presente estudo submeteu participantes à tarefa de tocar um círculo central que aparecia na tela do computador de acordo com um esquema de RF (Razão Fixa) ou DRL (Reforçamento Diferencial de Baixas Taxas). Cada esquema vigorava por três minutos; a troca entre eles não era sinalizada e nem instruída. Respostas corretas produziam pontos trocáveis por dinheiro. O Experimento 1 teve por objetivo verificar se o arranjo de conseqüências aversivas (perda de pontos) para comportamentos inconsistentes com o esquema em vigor resultaria em aumento da sensibilidade comportamental a tal esquema. Para tanto, seis participantes foram submetidos a quatro fases experimentais: A (RF 18), B (DRL 6 seg.), C (RF 18) e D (DRL 6 seg. + punição). Os resultados sugeriram que aspectos relacionados a um fortalecimento das contingências em vigor representado no presente experimento pela inserção da punição na fase D devem ser considerados como relevantes em uma discussão sobre sensibilidade/insensibilidade comportamental. O Experimento 2 objetivou verificar se a exposição prévia a uma condição que favorecesse o contato com o esquema em vigor seria suficiente para estabelecer responder adequado em uma fase posterior, com sinais claros de discriminação do esquema em vigor. Quatro participantes foram submetidos às seguintes fases experimentais: A (RF 18), B (DRL 6 seg.), C (RF 18), D (DRL 6 seg. + punição), E (RF 18) e F (DRL 6 seg.). Os resultados evidenciaram que os desempenhos sensíveis atingidos durante a fase D, mantiveram-se durante a fase F, demonstrando os efeitos da punição não só em gerar ou intensificar padrões sensíveis de desempenho aos esquemas programados, como também, em manter tais padrões em situações posteriores e similares. Palavras-chave: controle instrucional, desempenho, esquemas de reforçamento, insensibilidade, sensibilidade, punição.

5 v Abstract Various aspects are pointed out as possible influences on human sensibility to performance on reinforcement schedules. This study evaluates some of these aspects by submitting participants to a the task of touching a circle that appeared on a computed screen, according to a Fixed Ratio (FR) or a Low-rate Differential Reinforcement (LDR) reinforcement schedule. Each schedule was effective for three minutes and the change between them was neither signaled nor instructed. Correct responses produced points that could be exchanged for money. Experiment 1 verified if the arrangement of aversive consequences (loss of points) to behaviors inconsistent with the schedule would result in an increase in behavioral sensibility to this schedule. Six subjects were submitted to four experimental phases: A (FR 18), B (LDR 6 sec.), C (FR 18) and D (LDR 6 sec. + punishment). The results suggest that aspects pertaining to the strengthening of ongoing contingencies here represented by the insertion of punishment in phase D should be considered relevant in the discussion about behavioral sensibility/insensibility. Experiment 2 verified if the previous exposure to one condition that favors the contact with the ongoing schedule would be sufficient to establish adequate responding in a latter phase with clear signs of discrimination of the ongoing phase. Four participants ere submitted to the following phases: A (RF 18), B (LDR 6 sec.), C (FR 18), D (LDR 6 sec + punishment), E (FR 18) and F (LDR 6 sec.). Results show that the sensitive performances affected during phase D were sustained during phase F, showing that punishment not only generated sensitive performance patterns in relation to the programmed schedules, but also in maintaining such patterns in latter similar situations. Keywords: instructional control, performance, reinforcement schedules, insensitivity, sensitivity, punishment.

6 vi Lista de Figuras Figura 1 Tela apresentada ao participante para respostas Figura 2 Médias do número de respostas das três últimas sessões das fases experimentais A (RF 18), B (DRL 6 seg.), C (RF 18) e D (DRL 6 seg. + punição) para os participantes P1, P2, P3, P4, P5 e P Figura 3 Médias do número de respostas das três últimas sessões das fases experimentais A (RF 18), B (DRL 6 seg.), C (RF 18), D (DRL 6 seg. + punição), E (RF 18) e F (DRL 6 seg.) para os participantes P7, P8, P9 e P

7 vii Lista de Tabelas Tabela 1 Fases experimentais, esquema de reforçamento, conseqüenciação de respostas e número de sessões aos quais cada participante foi submetido durante o Experimento Tabela 2 Número de Respostas (NR), Média de Respostas (MR), Quantidade de Reforçadores (QR), Taxa de Respostas (TR) e Quantidade de Respostas por Reforçador (QRR) apresentados pelo P1 nas Fases Experimentais (FE), Esquemas de Reforçamento (ER) e Sessões a que foi exposto Tabela 3 Número de Respostas (NR), Média de Respostas (MR), Quantidade de Reforçadores (QR), Taxa de Respostas (TR) e Quantidade de Respostas por Reforçador (QRR) apresentados pelo P2 nas Fases Experimentais (FE), Esquemas de Reforçamento (ER) e Sessões a que foi exposto Tabela 4 Número de Respostas (NR), Média de Respostas (MR), Quantidade de Reforçadores (QR), Taxa de Respostas (TR) e Quantidade de Respostas por Reforçador (QRR) apresentados pelo P3 nas Fases Experimentais (FE), Esquemas de Reforçamento (ER) e Sessões a que foi exposto Tabela 5 Número de Respostas (NR), Média de Respostas (MR), Quantidade de Reforçadores (QR), Taxa de Respostas (TR) e Quantidade de Respostas por Reforçador (QRR) apresentados pelo P4 nas Fases Experimentais (FE), Esquemas de Reforçamento (ER) e Sessões a que foi exposto Tabela 6 Número de Respostas (NR), Média de Respostas (MR), Quantidade de Reforçadores (QR), Taxa de Respostas (TR) e Quantidade de Respostas por Reforçador (QRR) apresentados pelo P5 nas Fases Experimentais (FE), Esquemas de Reforçamento (ER) e Sessões a que foi exposto Tabela 7 Número de Respostas (NR), Média de Respostas (MR), Quantidade de Reforçadores (QR), Taxa de Respostas (TR) e Quantidade de Respostas por Reforçador (QRR) apresentados pelo P6 nas Fases Experimentais (FE), Esquemas de Reforçamento (ER) e Sessões a que foi exposto... 53

8 viii Tabela 8 Fases experimentais, esquema de reforçamento, conseqüenciação de respostas e número de sessões aos quais cada participante foi submetido durante o Experimento Tabela 9 Número de Respostas (NR), Média de Respostas (MR), Quantidade de Reforçadores (QR), Taxa de Respostas (TR) e Quantidade de Respostas por Reforçador (QRR) apresentados pelo P7 nas Fases Experimentais (FE), Esquemas de Reforçamento (ER) e Sessões a que foi exposto Tabela 10 Número de Respostas (NR), Média de Respostas (MR), Quantidade de Reforçadores (QR), Taxa de Respostas (TR) e Quantidade de Respostas por Reforçador (QRR) apresentados pelo P8 nas Fases Experimentais (FE), Esquemas de Reforçamento (ER) e Sessões a que foi exposto Tabela 11 Número de Respostas (NR), Média de Respostas (MR), Quantidade de Reforçadores (QR), Taxa de Respostas (TR) e Quantidade de Respostas por Reforçador (QRR) apresentados pelo P9 nas Fases Experimentais (FE), Esquemas de Reforçamento (ER) e Sessões a que foi exposto Tabela 12 Número de Respostas (NR), Média de Respostas (MR), Quantidade de Reforçadores (QR), Taxa de Respostas (TR) e Quantidade de Respostas por Reforçador (QRR) apresentados pelo P10 nas Fases Experimentais (FE), Esquemas de Reforçamento (ER) e Sessões a que foi exposto... 76

9 ix Sumário Resumo...iv Abstract... v Lista de Figuras... vi Lista de Tabelas... vii Introdução Grau de contato com a contingência em vigor Persistência do controle instrucional mesmo diante do contato com discrepância entre instruções e o desempenho Conteúdo das instruções Variabilidade comportamental História de reforçamento Efeitos de relatos verbais modelados ou instruídos sobre o responder não verbal Aumento do controle discriminativo das contingências programadas Grau de discriminabilidade dos esquemas em vigor Auto-regras Objetivos Método Experimento I Participantes Equipamentos Procedimentos Resultados Discussão Experimento II Participantes Equipamentos Procedimentos Resultados Discussão Discussão Geral Referências Bibliográficas Anexo 1 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

10 1 Introdução Regras foram definidas por Skinner (1966, 1969) como estímulos discriminativos especificadores de contingências, isto é, estímulos que podem especificar o comportamento a ser emitido, as condições sob as quais deve ocorrer e suas prováveis conseqüências (Ver também as posições de Albuquerque, 2001; Catania, 1989; Glenn, 1987; Kerr & Keenan, 1997; Schlinger & Blakely, 1987). O comportamento controlado por esse tipo de descrição é conhecido como comportamento governado por regras. Já o comportamento estabelecido e mantido pelas conseqüências naturais do ambiente é definido como comportamento modelado por contingências. Dessa forma, tanto regras quanto contingências podem ser eficazes em estabelecer novos padrões comportamentais, a despeito de representarem variáveis controladoras distintas. Tem sido confirmado por diversos estudos de pesquisa básica que as regras podem facilitar a aquisição de novos comportamentos, principalmente quando as contingências são fracas, complexas, ambíguas ou imprecisas (Baum, 1999; Castanheira, 2001; Catania, Shimoff & Matthews, 1989; Matos, 2001; Nico, 1999; Paracampo, 1991), antes mesmo que tais comportamentos mantenham contato com suas conseqüências imediatas (Albuquerque, de Souza, Matos & Paracampo, 2003). No entanto, um dos resultados mais proeminentes e polêmicos de tais pesquisas tem sido a constatação de que as regras podem levar a uma rejeição das contingências programadas, isto é, levar a uma redução na sensibilidade comportamental às contingências (Kaufman, Baron & Kopp, 1966; Madden, Chase & Joyce, 1998; Meyer, 2005; Skinner, 1969). Este último resultado é interpretado por alguns autores como uma limitação do controle por reforçamento em humanos.

11 2 O comportamento sensível seria aquele que muda sistematicamente acompanhando mudanças nas contingências de reforço, isto é, se o comportamento muda sempre que a contingência muda, então o comportamento é considerado como sensível às suas conseqüências. Por outro lado, se o comportamento persiste a despeito de mudanças nas contingências, então o comportamento é considerado insensível às suas conseqüências (Catania, Matthews & Shimoff, 1982; Dermer & Rodgers, 1997; Galizio, 1979; Hackenberg & Joker, 1994; Hayes, Brownstein, Haas & Greenway, 1986a; Hayes, Brownstein, Zettle, Rosenfarb & Korn, 1986b; Kaufman, Baron & Kopp, 1966; Madden, Chase & Joyce, 1998; Matthews, Catania & Shimoff, 1985; Matthews, Shimoff, Catania & Sagvolden, 1977; Shimoff, Catania & Matthews, 1981; Shimoff, Matthews & Catania, 1986; Torgrud & Holborn, 1990). Tal definição de sensibilidade é, portanto, baseada em uma comparação intra-sujeito (Madden, Chase & Joyce, 1998). Considerando que só se pode ter certeza de que o comportamento é controlado por regras ou contingências quando essas variáveis são contrastadas (Catania, Matthews & Shimoff, 1990), um procedimento muito utilizado para avaliar o controle exercido por regras sobre o comportamento humano consiste, em geral, em apresentar ao participante uma instrução que descreve o desempenho apropriado a um determinado esquema de reforçamento e, em seguida, expor o participante ao esquema descrito na instrução. Passado um certo tempo realizando a tarefa (como, por exemplo, pressionar uma chave e obter pontos trocáveis por dinheiro), o esquema é alterado sem que nenhuma informação adicional seja fornecida ao participante. Observa-se, então, se após a mudança do esquema, o participante muda seu padrão de respostas acompanhando as mudanças nas contingências programadas, ou se mantém o padrão anteriormente estabelecido via instrução. No primeiro caso,

12 3 diz-se que o comportamento é controlado pelas contingências, e no segundo, que é controlado por regras (Albuquerque, 1998; Baron & Galizio, 1983). Enquanto alguns pesquisadores argumentam que as instruções tornam o responder do sujeito insensível às contingências do esquema (Harzem, Lowe, & Bagshaw, 1978) e que a insensibilidade seria uma característica definidora das instruções (Matthews e cols., 1977; Shimoff e cols., 1981), outros estudos sugerem que o controle instrucional é uma função de sua correlação com as contingências de reforçamento (Ayllon & Azrin, 1964; Buskist & Miller, 1986; Danforth, Chase, Dolan & Joyce, 1990; Galizio, 1979), com contingências fracas (Cerutti, 1989), ou com falta de controle pelas contingências (Torgrud & Holborn, 1990) e, ainda, que as instruções seriam seguidas a menos que o responder do sujeito contactasse com contingências incongruentes (Albuquerque, Paracampo & Albuquerque, 2004; Baron & Galizio, 1983; Buskist & Miller, 1986; Galizio, 1979; Paracampo, Albuquerque & Fontes, 1993; Weiner, 1970). Esses estudos, em conjunto com aqueles que têm investigado os efeitos de auto-regras (Catania e cols., 1989; Perone, 1988; Pouthas, Droit, Jacquet & Wearden, 1990; Rosenfarb, Newland, Brannon & Howey, 1992; Shimoff, 1986) têm contribuído para identificar algumas das variáveis envolvidas na sensibilidade do comportamento não verbal humano às contingências de reforçamento. O que se observa recentemente é que vários estudos vêm apontando para o fato de que a redução na sensibilidade comportamental às contingências em vigor não pode e nem deve ser considerada uma característica inerente do controle instrucional, visto que tal redução pode ser ocasionada por uma série de aspectos variados.

13 4 Serão apresentados na seqüência, alguns estudos que apontam variáveis outras, além do controle instrucional, que devem ser consideradas numa discussão mais precisa sobre sensibilidade/insensibilidade comportamental. As variáveis destacadas são parcialmente baseadas na descrição feita por Abreu-Rodrigues e Sanabio (no prelo) e consistem numa discussão sobre 1) grau de contato com a contingência em vigor; 2) persistência do controle instrucional mesmo diante do contato com a discrepância entre instruções e desempenhos; 3) conteúdos das instruções; 4) variabilidade comportamental; 5) história de reforçamento; 6) efeitos de relatos verbais modelados ou instruídos sobre o responder não verbal; 7) aumento do controle discriminativo das contingências programadas; 8) grau de discriminabilidade dos esquemas em vigor e 9) auto-regras Grau de contato com a contingência em vigor Galizio (1979) defendia a idéia de que se instruções fossem apresentadas em um ambiente experimental onde levassem a perda de reforçamento, então uma eliminação do seguir instruções deveria ocorrer. A pesquisa desenvolvida por esse autor consistiu em uma tentativa de examinar essa predição usando uma linha-debase de esquiva com perda de dinheiro como evento aversivo. No Experimento 1 o papel de instruções acuradas foi avaliado. Para tanto, desempenhos gerados por um esquema múltiplo simples foram comparados com desempenhos quando instruções acuradas foram acrescentadas. Seis estudantes universitários participaram. O aparato experimental consistiu em uma mesa contendo um painel vertical com uma alavanca manipulável e um arranjo de seis luzes coloridas. A luz verde da esquerda indicava quando uma sessão estava em progresso e a luz vermelha da direita servia como um sinal de perda de

14 5 dinheiro. As outras quatro luzes eram âmbar e serviam como estímulos discriminativo e instrucional para os componentes do esquema múltiplo. Havia a possibilidade de se colocar um rótulo com instrução ( 10 seg, 30 seg, 60 seg ou SEM PERDA ) acima de cada uma dessas quatro luzes. A resposta de esquiva consistia em girar a alavanca 45º para a direita a fim de adiar a apresentação da luz vermelha. O esquema completo era composto de três esquemas de esquiva de 12,5 minutos, cada um com um intervalo de perda de resposta diferente (10, 30 ou 60 segundos), e um quarto componente de 12,5 minutos no qual nenhuma perda foi programada. Quatro dos seis sujeitos foram inicialmente expostos aos esquemas sem nenhuma instrução. Na fase seguinte do experimento, rótulos com instruções foram adicionados aos esquemas múltiplos. Na última fase, as luzes e os componentes foram misturados e os rótulos com instruções retirados. O procedimento para os dois sujeitos restantes foi o mesmo, exceto que foram inicialmente expostos a uma condição com instruções adicionadas aos esquemas múltiplos. Posteriormente, os estímulos foram misturados e as instruções retiradas. Os resultados da primeira fase envolvendo os quatro sujeitos mostraram que, sem instruções, somente um sujeito foi capaz de discriminar dentre os quatro componentes do esquema múltiplo. Quando os rótulos com instruções foram adicionados, os três sujeitos que não haviam previamente demonstrado controle discriminativo completo passaram a discriminar dentre os componentes do esquema total. Para dois dos três sujeitos que foram submetidos à última fase, pôde-se verificar que suas taxas de respostas permaneceram praticamente idênticas em relação à fase anterior. No entanto, um dos sujeitos pareceu inalterado pela

15 6 exposição prévia às instruções, pois, após estas terem sido retiradas, suas taxas retornaram àquelas observadas na exposição inicial. Os outros dois sujeitos que foram primeiramente treinados com instruções e só posteriormente foram submetidos à condição de nenhuma instrução permitiram uma análise adicional dos efeitos destas. Já na fase com instruções a aquisição da resposta de esquiva foi rápida e o controle instrucional desenvolveu-se para os dois sujeitos. Quando na fase posterior os esquemas tiveram suas posições trocadas e as instruções foram retiradas, somente um dos sujeitos adquiriu rapidamente as novas discriminações, enquanto o outro sujeito demonstrou estar sob controle exclusivo de instruções. De uma forma geral, pode-se afirmar que as instruções que especificavam qual responder afetava a liberação de perdas foram suficientes para induzir esquiva regular quase que imediatamente para todos os sujeitos. Esses resultados mostram pobre controle de esquemas sem instruções e taxas mais diferenciadas quando as mesmas são adicionadas, ilustrando, dessa forma, o controle que as instruções podem exercer sob o comportamento operante humano (ver também Ayllon & Azrin, 1964; Danforth, Chase, Dolan & Joyce, 1990; Vaughan, 1985, Experimento I, para uma análise dos efeitos facilitadores das instruções no processo de aquisição de novos repertórios). O Experimento 2 avaliou os efeitos de instruções imprecisas. Os sujeitos foram estudados sob condições onde o comportamento evocado por instruções imprecisas levava a uma perda programada (condição contato) ou a nenhuma conseqüência aversiva (condição sem contato). Na condição sem contato, o esquema completo do Experimento 1 foi transformado em um esquema sem perdas em todos os quatro componentes, embora

16 7 os estímulos discriminativos (luzes) e instrucionais (rótulos) tenham permanecido os mesmos. As instruções eram inacuradas sob essas condições, mas os sujeitos que continuaram a segui-las não entraram em contato com a discrepância. Já na condição contato, um esquema de esquiva com um intervalo de perda de resposta de 10 segundos foi programado para todos os quatro componentes. Neste caso, o seguir instruções levava a perdas. Participaram quatro sujeitos que já haviam participado do Experimento 1. O procedimento foi iniciado com a última condição do Experimento 1, mantendo a contingência de esquiva com os quatro componentes de 10, 30, 60 segundos e sem perda com suas respectivas instruções acuradas. Após essa fase seguiu-se a condição sem contato onde a programação de perdas foi retirada, mas as luzes e os rótulos permaneceram como na fase anterior. Posteriormente, a condição contato foi introduzida envolvendo a mesma seqüência de luzes e rótulos que a condição sem contato, mas cada um dos quatro componentes estava em um esquema de esquiva com um intervalo de perda de resposta de 10 segundos. Finalmente, os sujeitos foram retornados à condição sem contato, onde todos os componentes não levavam a perdas. Os resultados mostraram que na primeira condição onde as instruções eram precisas (última condição do Experimento 1), o controle instrucional foi rapidamente restabelecido. Na condição posterior (sem contato) onde nenhuma perda foi programada, os sujeitos permaneceram sob o controle instrucional da fase anterior. No entanto, na condição contato, onde um intervalo de perda de 10 segundos estava em vigor para os quatro componentes, houve uma imediata quebra do controle instrucional para todos os sujeitos, demonstrando que o responder passou a ficar sob controle do esquema de esquiva programado e não das instruções. Durante a segunda

17 8 exposição à condição sem contato, o seguir instruções não reapareceu em qualquer sujeito. Nessa fase, os dados de três dos quatro sujeitos declinaram apropriadamente para o esquema sem perda, enquanto que um dos sujeitos manteve seu desempenho em taxas altas e indiferenciadas como na condição precedente (contato), demonstrando um não ajustamento ao esquema sem perda. Esses resultados, tomados em conjunto, mostram o papel do contato com a discrepância instrução-esquema em enfraquecer o controle instrucional. Galizio (1979) reafirma que o contato com a discrepância é necessário para a eliminação do seguir instruções, não simplesmente a existência de tal discrepância. O seguir instruções seria, dessa forma, controlado por suas conseqüências. Buskist e Miller (1986) e DeGrandpre e Buskist (1991) concordam com Galizio (1979) ao afirmarem que, ao contrário do que propõem alguns estudos, são as contingências que podem ofuscar as instruções se estas últimas contradizem as primeiras. Formas puras de controle instrucional seriam um resultado de instruções imprecisas junto com falhas em contactar com alguns aspectos das contingências, isto é, o estímulo instrucional pode minimizar os efeitos das contingências quando as instruções são imprecisas e o comportamento dos sujeitos não estabelece contato com as contingências em vigor Persistência do controle instrucional mesmo diante do contato com discrepância entre instruções e o desempenho Alguns autores apontam para o fato de que o seguir instruções pode ocorrer mesmo naquelas situações em que ocorre contato com a discrepância entre a instrução e o desempenho.

18 9 Shimoff e cols. (1981) afirmam que os desempenhos instruídos insensíveis são normalmente caracterizados por taxas altas e constantes de responder. Diante desses achados, os autores questionam se taxas baixas também não poderiam estar relacionadas à insensibilidade a contingências. Avaliar tal possibilidade seria importante na visão desses autores, visto que, constatada sua validade, os efeitos de instruções deveriam ser avaliados também com desempenhos de baixas taxas. Dessa forma, os dois experimentos realizados por Shimoff e cols. (1981) examinaram a sensibilidade do responder de baixas taxas, as quais foram mantidas por esquemas de intervalo variável (VI) ou razão variável (VR) com a superposição de uma contingência de reforçamento diferencial de baixas taxas (DRL). Somente respostas que terminassem com intervalos entre respostas mais longos do que aqueles especificados pela contingência de DRL foram válidas para produzir pontos que valiam dinheiro. A sensibilidade foi testada pelo relaxamento da contingência de DRL, visto que, após tal manipulação experimental, esperava-se que o responder aumentasse, demonstrando assim, sensibilidade às contingências. Estudantes universitários pressionavam uma chave de telégrafo que, de acordo com o esquema em vigor, acendia uma luz na presença da qual a pressão de um botão produzia pontos posteriormente trocáveis por dinheiro. Pressionar a chave em taxas baixas foi uma resposta estabilizada para alguns estudantes através de modelagem e para outros por demonstração associada a instruções escritas (Matthews e cols., 1977). No experimento 1, taxas baixas foram estabilizadas pela combinação de uma contingência de DRL 3s com um esquema de VI, e a sensibilidade foi avaliada pelo término da contingência de DRL. Com esta mudança, no entanto, taxas de respostas aumentadas não aumentariam correspondentemente o ganho de pontos.

19 10 De acordo com a análise dos resultados obtidos, quando o responder foi estabilizado por modelagem, a remoção da contingência de DRL aumentou as taxas de respostas para seis dos sete sujeitos com taxas altas o suficiente para contactar com as contingências. Já quando o responder foi mantido por instruções, somente quatro de dez sujeitos demonstraram aumento nas taxas. No Experimento 2 o responder foi mantido por um esquema de VR com uma contingência de DRL 4s subseqüentemente reduzida para DRL 1s. Esse experimento enfocou a questão de se taxas de responder instruído permaneceriam baixas ainda quando taxas altas aumentariam o ganho de pontos. A insensibilidade seria demonstrada, portanto, quando baixas taxas fossem mantidas sob condições nas quais taxas altas aumentariam o ganho de pontos. O material e o procedimento utilizados foram semelhantes àqueles descritos no Experimento 1. Os resultados permitiram constatar que as taxas de resposta para quatro dos seis sujeitos com respostas modeladas aumentaram após a redução da contingência de DRL, mas quando as respostas foram instruídas, as taxas não aumentaram (cinco casos) ou tiveram uma pequena redução (três casos). Ambos os experimentos mostraram que respostas de baixas taxas estabilizadas por modelagem são geralmente sensíveis a alterações nas contingências, ao passo que as instruções podem produzir um responder de baixas taxas insensível às mesmas contingências até quando o aumento nas taxas de respostas e o conseqüente contato com às contingências é positivamente correlacionado com ganho de pontos (Ver também Dixon, 2000; Dixon, Hayes & Aban, 2000; Mattews e cols., 1977; Raia, Shillingford, Miller, Baier, 2000, Experimento 1).

20 11 O enfoque dado por Galizio (1979) à questão da insensibilidade implica que o responder em altas taxas gerado por instruções freqüentemente exclui contato com as contingências. Uma visão alternativa proposta por Shimoff e cols. (1981) na discussão dos experimentos descritos é a de que o responder insensível pode assim permanecer a despeito do contato com as contingências, visto que, os sujeitos continuaram a se comportar de acordo com as instruções recebidas ainda que tal responder implicasse numa diminuição do ganho de pontos. Ao contrário do que propõe Galizio (1979), afirmam que a insensibilidade induzida por instruções não seria limitada a desempenhos que excluem contato com as contingências, pois mesmo quando tal contato existe, a insensibilidade pode se manter, conforme demonstrado no Experimento 2. Hayes e cols. (1986b) preocuparam-se com a questão de que é possível que um comportamento aparentemente sensível a um esquema, se estabilizado por uma regra, possa ser uma instância de seguimento da regra, não um desempenho controlado pelo esquema. Um procedimento muito utilizado para avaliar a sensibilidade a contingências programadas tem sido desenvolver um responder em estado estável em um dado esquema e então, alterar o esquema ou os parâmetros deste. Uma segunda alternativa envolve o uso de esquemas múltiplos. Hayes e cols. (1986b) realizaram um estudo para examinar o grau de conformidade entre esses dois tipos de avaliação de sensibilidade a esquemas, nas situações em que as instruções dadas estavam ou não de acordo com o esquema de reforçamento prevalente. Participaram 55 estudantes universitários cuja tarefa consistia em mover um sinal positivo (+) que aparecia no canto superior esquerdo de uma matriz 5x5 projetada na tela de um computador para o canto inferior direito através da

21 12 manipulação de dois botões que eram sinalizados pelas luzes amarela e azul. Os sujeitos foram divididos randomicamente em 4 grupos: Instrução mínima, Instrução responda lentamente, Instrução responda rapidamente ou Instrução precisa. No grupo de Instrução mínima, nenhuma instrução adicional foi fornecida; no grupo Instrução responda lentamente, os participantes recebiam a instrução adicional de que a melhor forma de pressionar os botões era lentamente; no grupo Instrução responda rapidamente, a instrução adicional indicava aos participantes que deveriam pressionar rapidamente e no grupo Instrução precisa as relações entre os estímulos sinalizadores e a velocidade de pressão aos botões foram precisamente expressas. Na fase de treino (sessões 1 e 2), a mudança do sinal positivo estava sob controle do esquema MULT DRL 6s FR 18. Os esquemas se alternavam a cada 2 minutos. Na fase de extinção (sessão 3) o sinal não se movia, independente dos padrões de resposta e nenhum ponto era ganho. Cada sessão durou 32 minutos. Os resultados sugeriram uma relação entre sensibilidade ao esquema múltiplo e sensibilidade à extinção, mas tal relação manteve-se somente quando o responder diferencial no esquema múltiplo não ocorreu diretamente devido a uma regra fornecida pelo experimentador. Os dados sugeriram ainda que a confiança em formas de padrões de respostas, mais do que em suas variáveis de controle, pode levar a uma categorização incorreta do tipo de responder. Os autores concluem que o mero responder diferencial que se apresenta dentro dos padrões de um determinado esquema não é suficiente para definir o comportamento como sensível ao esquema. Isto porque, somente aquele comportamento que se mostra realmente sensível às mudanças nas contingências poderia ser considerado como verdadeiramente sensível às contingências. Dessa

22 13 forma, a interpretação de qualquer medida de sensibilidade em humanos deveria ser baseada na possibilidade de fontes verbais estarem controlando o comportamento em questão. Daí a proposta de uso do termo criado por Hayes e cols. (1986b), sensibilidade aparente ao esquema, como aplicável àquelas situações onde os humanos apresentam padrões comportamentais que somente parecem sensíveis ao esquema em vigor, mas que na verdade não o são (Ver também Shimoff e cols., 1986, para uma explicação sobre pseudosensibilidade ). Com base nos resultados desse experimento, Hayes e cols. (1986b), assim como Shimoff e cols. (1981) (Ver também Albuquerque e cols., 2003, Experimento 1; Kaufman e cols., 1966), questionaram dados experimentais segundo os quais regras produzem insensibilidade a esquemas programados de reforçamento porque elas excluem contato efetivo com esses esquemas (Galizio, 1979), visto que, se tal informação estivesse correta, teria que ser explicado porque o contato com a extinção em um componente do esquema múltiplo ou na fase de extinção deste experimento não constituiu contato efetivo com os esquemas. Hayes e cols. (1986b) questionaram ainda dados segundo os quais a insensibilidade seria vista como uma propriedade definidora do controle instrucional (Shimoff e cols., 1981), pois, se assim o fosse, teria que ser explicado porque alguns sujeitos na condição de Instrução precisa mostraram efeitos de extinção a despeito da exposição a um suposto controle pela regra. Segundo Hayes e cols. (1986b) os dados parecem melhor interpretados em termos de uma interação entre dois tipos distintos de responder: comportamento modelado por contingência e comportamento governado por regra (Ver Otto, Torgrud & Holborn, 1999, para uma análise diferenciada de tais dados baseada na teoria do bloqueio operante, p. 665). O comportamento sensível a uma regra pode

23 14 ocorrer de forma idêntica àquele sensível ao esquema e, ainda assim, ser uma instância de seguimento de regra não controlada por conseqüências programadas. Portanto, o problema é o definir as bases funcionais para o comportamento em análise. Em relação aos estudos abordados, torna-se necessário destacar diferenças nos tipos de conseqüências programadas para seguir regras. No estudo de Galizio (1979), seguir regras discrepantes dos esquemas produzia perda de pontos trocáveis por dinheiro. Já nos estudos de Hayes e cols. (1986b) e Shimoff e cols. (1981), o seguimento de regras apenas não produzia tantos pontos quanto poderia produzir, caso mudasse acompanhando as mudanças nas contingências programadas. Tal constatação sugere que a manutenção ou não do seguimento de regras depende, em parte, dos tipos de conseqüências produzidas pelo comportamento de seguir regras (Albuquerque, 1998) Conteúdo das instruções Outra variável apontada como passível de influenciar o grau de contato com as contingências em vigor é o conteúdo das instruções fornecidas. Tal questão vem sendo enfocada por vários autores (Braam & Malott, 1990; Buskist, Bennett & Miller, 1981; DeGrandpre & Buskist, 1991; Dixon & Hayes, 1998; Hojo, 2002; Newman, Buffington & Hemmes, 1995; Raia e cols., 2000; Schmitt, 1998). Ao discutirem as diferenças entre desempenhos humanos e infrahumanos em esquemas de FI, Buskist e cols. (1981) propõem um método alternativo para se produzir padrões típicos de FI em humanos. Dentro dessa perspectiva, o experimento por eles realizado foi delineado para testar se o emprego de restrições, tanto de

24 15 tempo quanto de taxa de respostas, nas instruções fornecidas aos participantes poderia induzir à sensibilidade em relação às contingências experimentais. O procedimento implicou, dentre outras resoluções, na formação de sete grupos que se diferenciavam pelo tipo de instrução recebida. Um grupo não recebeu nenhuma instrução adicional, dois grupos receberam instruções diferenciadas baseadas apenas nas taxas de respostas, dois grupos foram providos de instruções diferenciadas baseadas tanto no tempo quanto nas taxas de respostas, um grupo recebeu instruções baseadas apenas no tempo e um grupo recebeu instruções com referência ao tempo e a taxa de resposta, além de ter sido submetido a uma variação no esquema utilizado. Todos os sujeitos foram expostos a um esquema de FI 27s. Os resultados mostraram que quando o desempenho humano em FI foi modificado por instruções que envolviam restrições de tempo, de taxa de resposta ou ambas, emergiu uma variedade de padrões de respostas. Dentre os padrões detectados foi possível constatar que, a partir de instruções que comportem restrições de tempo e/ou comportamento, a sensibilidade humana a esquemas de FI pode ser atingida (Ver também Bentall, Lowe & Beasty, 1985; Harzem e cols., 1978, para uma discussão sobre variáveis envolvidas na sensibilidade humana a esquemas de FI). Preocupados com aspectos formais das regras que poderiam interferir no seguimento destas, Albuquerque e Ferreira (2001) investigaram se a extensão de uma regra, medida pelo número de diferentes respostas descritas, poderia interferir em seu seguimento. Os dados obtidos por esses autores sugerem que a extensão de uma regra pode interferir na probabilidade de que ela venha a ser seguida, no sentido de que, quanto maior a extensão de uma regra (isto é, quanto maior o número de diferentes

25 16 respostas descritas na regra) menor a probabilidade de que venha a ser seguida e, inversamente, quanto menor a extensão de uma regra, maior a possibilidade de que venha a ser seguida. Assim, concluem os autores, quando humanos são confrontados pela primeira vez com uma regra, eles podem ou não emitir o comportamento especificado, dependendo em parte do número de respostas especificado na regra, ou seja, da extensão desta Variabilidade comportamental Uma explicação para a freqüente insensibilidade do comportamento às contingências estabelecidas em situações experimentais pode estar na maneira como regras e contingências restringem a variabilidade do comportamento. Tal questão foi abordada por Joyce e Chase (1990). Em seus estudos esses autores destacam que uma das características mais marcantes do comportamento governado por regras é sua não alteração diante de mudanças nas contingências ambientais (Galizio, 1979; Matthews e cols., 1977; Shimoff e cols., 1981). Muitas pesquisas têm se concentrado justamente em identificar as variáveis responsáveis por tal insensibilidade às contingências (Galizio, 1979; Hayes e cols., 1986b; LeFrancois, Chase, & Joyce, 1988; Shimoff e cols., 1981; Shimoff e cols., 1986). Contudo, nenhum desses estudos, de acordo com Joyce e Chase (1990), tem avaliado a possibilidade de que a insensibilidade comportamental possa estar relacionada a uma falta de variabilidade produzida pelas regras manipuladas. Assim, os dois experimentos desenvolvidos por esses autores examinaram a relação entre variabilidade de resposta e sensibilidade às mudanças nas contingências de reforço.

26 17 No Experimento 1, dezenove participantes foram randomicamente distribuídos em 4 grupos: 1) Grupo Instrução Completa com Desempenho Estável; 2) Grupo Instrução Completa sem Desempenho Estável; 3) Grupo Instrução Incompleta com Desempenho Estável e 4) Grupo Instrução Incompleta sem Desempenho Estável. A diferença entre os grupos de Instrução Completa e Incompleta é que somente ao primeiro foi fornecida a informação adicional Pressione o botão 40 vezes para cada ponto. Nos grupos que exigiam desempenho estável os participantes foram submetidos a uma condição inicial de treino na qual o responder foi estabilizado sob um esquema de FR 40 e, posteriormente a essa fase, todos os grupos foram submetidos a sessões de teste onde um esquema de FR 40 era seguido por um esquema de FI 10s. Os resultados mostraram que para os grupos cujo responder foi completamente instruído e para o grupo de instrução incompleta que exigiu desempenhos estáveis, houve pouca variabilidade no momento da mudança dos esquemas e o responder dos participantes demonstrou-se insensível a tal mudança. Já para o grupo de instrução incompleta sem desempenho estável foi detectada maior variabilidade no momento da troca de esquemas, bem como, sensibilidade à nova contingência. Esse experimento sugere uma relação entre variabilidade do responder e sensibilidade do comportamento a mudanças nas contingências, visto que, uma vez que se tenha atingido um responder estável, seja por intermédio de exposição prolongada às contingências ou por instrução, este se torna insensível às alterações nos esquemas. No Experimento 2, seis sujeitos foram divididos em dois grupos: 1) Grupo Instrução Completa e 2) Grupo Instrução Incompleta, cujo diferencial consistiu no

27 18 fato de que o primeiro grupo recebeu instrução explícita para responder sob o esquema de RF 40 usado no Experimento 1. Após ambos os grupos terem atingido o critério de estabilidade para o esquema de FR 40, foi realizado um teste que não identificou sensibilidade às mudanças nas contingências. Foi então inserida uma instrução que especificava que um responder variável (ora baseado na quantidade de respostas, ora baseado na passagem do tempo) permitiria maior ganho de pontos com menos esforço. Os resultados indicaram que 5 dos 6 sujeitos mostraram aumento da variabilidade do responder após a introdução dessa instrução e todos os 6 participantes demonstraram sensibilidade à mudança na contingência. Os autores concluem afirmando que muitas variáveis são apontadas como responsáveis pela insensibilidade comportamental. Eles acreditam que para produzir comportamentos sensíveis às variações nas contingências, deve ocorrer uma variação tal que produza respostas alternativas que façam contato com as contingências, possibilitando assim o estabelecimento de um responder sensível. Esse estudo sugere que, além das variáveis inerentes aos procedimentos adotados para estabelecer comportamentos não verbais (como instrução e reforço diferencial), existem outras variáveis que podem afetar a sensibilidade de tais comportamentos, como, por exemplo, a variação comportamental gerada e estabelecida antes das mudanças nas contingências de reforço (Ver também a sugestão de Santos, Paracampo & Albuquerque, 2004, sobre como uma história de variação comportamental, gerada pela apresentação de diferentes instruções, pode interferir na sensibilidade do comportamento de seguir regras às mudanças nas contingências de reforço).

28 História de reforçamento Outra variável apontada como influente na questão da sensibilidade a contingências tem sido a história de reforçamento. Tal proposta é consistente com a colocação de Skinner (1974) de que regras são seguidas porque o comportamento de seguir regras foi reforçado no passado. Com o objetivo de determinar a relação entre a precisão de instruções e o grau de seguimento destas, bem como avaliar os efeitos da história de reforçamento sob o seguimento de instruções, DeGrandpre e Buskist (1991) elaboraram um experimento onde a variável independente consistiu na percentagem de instruções precisas fornecidas aos participantes. Estes foram submetidos a uma de quatro seqüências de condições, dependendo do grupo ao qual foram randomicamente distribuídos. Cada seqüência variou de acordo com o nível de precisão das instruções: 1) %, 2) %, 3) %, 4) %. Os resultados indicaram que o seguimento de instruções esteve altamente correlacionado com o grau de precisão de cada condição (ver também Hayes e cols., 1986a, para uma análise de como a precisão das instruções pode afetar a natureza do contato feito com as contingências programadas). Indicaram ainda que os participantes apresentavam maior probabilidade de seguir instruções imprecisas quando já haviam sido submetidos a uma condição experimental anterior de seguimento de instruções precisas o que indica que o controle instrucional foi determinado pela história de reforçamento dos sujeitos (Ver também o estudo de Albuquerque, Santos, Silva, Mendonça, Queiroz & Silva, 1993, sobre como o controle por uma história de reforço para o seguimento de uma regra correspondente com a contingência em vigor pode contribuir para manter o seguimento subseqüente de uma regra discrepante).

29 20 Abordando o mesmo tópico em questão, Wulfert, Greenway, Farkas, Hayes e Dougher (1994) chamam atenção para o fato de que diferenças individuais, que resultam de diferenças na história de condicionamento, poderiam influenciar na sensibilidade comportamental. Consideram que pessoas com uma longa história de seguir instruções podem aderir mais facilmente a regras, tanto em situações experimentais quanto em situações naturais, sendo, portanto, caracterizadas como indivíduos rígidos. No estudo realizado por esses autores fica evidenciada uma correlação entre alta rigidez comportamental identificada a partir da utilização de um teste de rigidez e insensibilidade aos esquemas programados: indivíduos com altos escores nos testes de rigidez demonstraram uma maior persistência de padrões comportamentais em uma situação de extinção. A principal contribuição desse estudo consistiu em demonstrar que diferenças individuais podem ser consideradas uma variável que afeta a sensibilidade do comportamento às contingências. Possivelmente, pessoas consideradas rígidas possuem uma longa história de punição contingente ao não seguimento de regras, demonstrando assim, forte tendência a seguir instruções. Segundo Hayes e cols. (1986b), é possível que as instruções continuem a afetar o responder por causa de uma longa história de conseqüências programadas para responder como especificado. Tal história poderia ser pouco afetada pelas conseqüências programadas dentro de um experimento breve (Ver também as exposições de Albuquerque, Matos, Souza & Paracampo, 2004; Dixon & Hayes, 1998; Harzem e cols., 1978; Martinez & Ribes, 1996; Reese, 1989; Vaughan, 1985, sobre como a experiência passada de um indivíduo pode afetar seu modo de agir em uma dada situação). De acordo com esta visão, o comportamento de seguir regras

30 21 estaria sob controle de duas fontes de variáveis distintas. Na primeira, uma regra é seguida devido a uma história passada de correspondência entre a regra e as contingências naturais. Na segunda, a regra é seguida por causa de uma história passada de reforçamento mediado socialmente para a correspondência entre a regra e o comportamento por ela especificado Efeitos de relatos verbais modelados ou instruídos sobre o responder não verbal O estudo desenvolvido por Catania e cols. (1982) objetivou verificar os efeitos de relatos verbais modelados ou instruídos sobre o responder não verbal. Dessa forma, os autores acreditavam que estariam estendendo a distinção entre comportamento governado por regras e comportamento governado por contingências do comportamento não verbal para o comportamento verbal. Trinta e seis estudantes universitários tinham como tarefa pressionar botões que ocasionalmente tornavam disponíveis pontos trocáveis por dinheiro. Luzes azuis acima dos botões estavam correlacionadas com um esquema MULT RR 20 RI 10s. Após a ocorrência dos dois componentes, o que caracterizava um ciclo completo de esquema de 3 minutos, os estudantes completavam sentenças como A melhor forma de ganhar pontos com o botão da esquerda (direita) é.... Em alguns casos, o ganho de pontos para os relatos verbais dependia do conteúdo da sentença. Dessa forma, modelagem e instrução foram utilizadas para estabilizar tal conteúdo. Em outros casos, o conteúdo das sentenças não tinha conseqüências diferenciais, isto é, pontos foram dados independentemente do conteúdo. Para o Grupo Modelagem os relatos verbais foram modelados, isto é, reforçados diferencialmente com pontos que poderiam variar de 0 a 3. Já o Grupo

31 22 Instrução recebeu instruções precisas sobre como as sentenças deveriam ser completadas: Para ganhar o máximo de pontos nas sentenças, escreva Pressione rápido (ou devagar ) para o botão da esquerda e escreva Pressione devagar (ou rápido ) para o botão da direita. Em geral, quando os relatos foram modelados, foi observada correspondência entre tais relatos e o comportamento não verbal de pressionar o botão, mesmo quando havia discrepância entre os relatos e as contingências que estavam vigorando e conseqüente diminuição no ganho de pontos. Já quando os relatos foram instruídos, geralmente eles corresponderam às instruções fornecidas, mas os efeitos sobre o pressionar foram variados: os relatos às vezes influenciaram, às vezes foram influenciados e outras vezes eram independentes do comportamento não verbal (ver também Matthews e cols., 1985; Pouthas e cols., 1990, para uma análise dos efeitos de descrições de desempenhos sob o responder não verbal). Segundo Catania e cols. (1982), tais achados sugerem que é mais provável que o comportamento verbal determine comportamentos não verbais subseqüentes quando o primeiro é modelado, do que quando é instruído. Afirmam ainda que é mais difícil estabilizar comportamento verbal modelado, mas uma vez estabilizado, seu controle será muito mais efetivo sob o comportamento não verbal do que o controle exercido pelo comportamento verbal instruído (Ver Cerutti, 1994, para um exame de como a concordância do comportamento não verbal com o verbal pode ser afetada por variáveis como a observação do desempenho do participante e a variabilidade na distribuição das conseqüências em um esquema).

32 Aumento do controle discriminativo das contingências programadas Os dados do estudo anterior de Catania e cols. (1982) não foram confirmados por Torgrud e Holborn (1990). Segundo esses autores, várias investigações (e.g., Catania e cols., 1982; Hayes e cols., 1986b; Matthews e cols., 1985) têm tentado criar uma interação oposta entre um esquema de reforçamento para uma resposta motora e um estímulo verbal especificador de taxas de respostas. Tipicamente, as taxas de respostas têm se conformado às descrições verbais instruídas ou modeladas e não aos esquemas utilizados, o que sugere que tais descrições poderiam exercer controle mais forte sobre uma resposta motora do que as contingências de reforçamento programadas para tal resposta. Torgrud e Holborn (1990) questionaram os resultados dessas pesquisas ao afirmarem que embora esses estudos prévios demonstrem controle verbal de taxas de respostas, eles o fazem sob condições específicas onde os esquemas utilizados são caracterizados por pobre controle discriminativo. Esses autores desenvolveram então um estudo numa tentativa de estender a literatura sobre as interações entre comportamento verbal e não verbal através da utilização de descrições verbais de taxas de respostas opostas a esquemas com controle discriminativo bem demonstrado. O maior diferencial em termos de procedimento adotado por esses autores foi, portanto, o aumento do controle discriminativo dos esquemas utilizados e a clara demonstração desse controle antes da introdução dos estímulos verbais (Ver também a discussão promovida por Otto e cols., 1999, a qual fornece suporte para uma apreciação do controle instrucional em termos de falhas em discriminar características relevantes dos esquemas). Foram utilizados esquemas de reforçamento (DRL e DRH) que permitiam que quantidades específicas de pontos fossem obtidas dependendo das taxas de

33 24 respostas emitidas em duas chaves. Taxas de respostas pré-determinadas pelos experimentadores produziam uma quantidade máxima de pontos em cada chave e, à medida que as taxas se distanciavam do valor crítico, a quantidade de pontos diminuía progressivamente. As taxas de respostas foram identificadas a partir de cinco categorias: muito devagar (1 a 5 respostas por intervalo de 5,5 segundos), devagar (6 a 10 respostas), média (11 a 15 respostas), rápida (16 a 20 respostas) e muito rápida (mais de 20 respostas). Após a apresentação de cada chave, os participantes deveriam preencher a sentença A melhor forma de obter pontos na chave X é.... Para tanto, cinco possíveis relatos eram disponibilizados para escolha: pressionar muito devagar, pressionar devagar, pressionar em taxa média, pressionar rápido ou pressionar muito rápido. Assim como ocorria com as taxas de respostas, a cada relato também eram atribuídos pontos que variavam dentro de uma escala de acordo com a precisão destes. Com base nesse delineamento, o Experimento 1 foi desenvolvido com quatro participantes e teve como objetivo verificar se o aumento do controle discriminativo dos esquemas utilizados resultaria em menor controle verbal das taxas de respostas. Os participantes foram modelados a apresentarem uma taxa média de respostas. Somente depois que os esquemas adquiriram controle sobre o desempenho dos participantes, os relatos foram solicitados. Na primeira fase do experimento, as contingências verbais permaneceram inalteradas: para a chave A, descrições de pressione muito devagar, e para a chave K, descrições de pressione muito rápido receberam o máximo de pontos. Já as contingências não verbais foram gradualmente modificadas até atingirem a condição de pressões muito rápidas para a chave A e pressões muito lentas para a chave K. Na segunda fase, as contingências não verbais permaneceram constantes, ao passo que as contingências verbais foram

34 25 gradualmente modificadas: para a chave que exigia taxa muito devagar, os relatos eram alterados até que pressionar muito rápido produzisse o máximo de pontos; para a chave que exigia taxa muito rápida, os relatos eram modificados até que o máximo de pontos fosse contingente a pressionar muito devagar. Os resultados mostraram que a escolha das descrições verbais não teve efeito sobre as taxas de pressão à chave, isto é, as contingências relacionadas às descrições verbais e aquelas relacionadas às pressões nas chaves controlaram suas respectivas classes de comportamentos sem interferência mútua. A partir desses resultados, ficou evidenciado, segundo os autores, as condições nas quais descrições verbais de taxas de respostas não controlam o responder não verbal na presença de esquemas opostos. A relação entre o desempenho não verbal e relatos verbais também foi investigada por Paracampo, Souza, Matos e Albuquerque (2001). Para tanto, expuseram vinte crianças, entre sete e oito anos de idade, a um procedimento de controle contextual de escolha segundo o modelo. As crianças foram distribuídas em três condições, sendo cada condição composta por três fases. Na Condição Reforço Diferencial (RD), os participantes foram expostos a instruções mínimas sobre como se comportar; na Condição Instrução (I) os participantes foram expostos a instruções precisas correspondentes às contingências em vigor na Fase 1, e na Condição Múltiplas Instruções (MI) foram expostos a três conjuntos de instruções diferentes (Passos 1, 2 e 3), de acordo com as contingências em vigor na Fase 1. Durante a Fase 1, os participantes deveriam escolher o estímulo comparação idêntico ao estímulo modelo na presença de uma luz verde e o estímulo de comparação oposto caso a luz vermelha estivesse acesa, nas Condições RD e CI. Essas contingências em vigor durante a Fase 1 eram revertidas na Fase 2 e restabelecidas na Fase 3. Na Fase 1 da Condição MI eram reforçadas as respostas de escolher o estímulo de comparação

35 26 igual ao modelo na presença da luz verde e o diferente na presença da luz amarela (Passo 1), escolher o igual na presença da luz amarela e o diferente na presença da luz vermelha (Passo 2), e escolher o igual na presença da luz verde e o diferente na presença da luz vermelha (Passo 3). Os Passos 1 e 2 foram compostos por uma única fase cada (Fase 1). As contingências em vigor no Passo 3 eram revertidas na Fase 2 e restabelecidas na Fase 3. As transições de fases não eram instruídas e nem sinalizadas. Perguntas a respeito do que os participantes deveriam fazer para ganhar pontos foram feitas ao longo de todas as fases. Os dados mostraram que os participantes da Condição RD conseguiram contactar a inversão das relações entre cores e o tipo de escolha, isto é demonstraram sensibilidade às mudanças nas contingências, mais eficientemente que os participantes das Condições I e MI, os quais continuaram seguindo a instrução apresentada na fase anterior, a despeito da discrepância entre instrução e contingência. Para os participantes das três condições foi constatada correspondência entre as respostas de escolha e os relatos. No entanto, para os participantes da Condição RD, tal correspondência indica que não somente as respostas de escolha, mas também os relatos estavam sob controle da contingência não verbal. Já para os participantes das Condições I e MI, a correspondência verbal não verbal indica que os relatos, assim como as respostas de escolha, estavam sob controle das instruções. Os resultados também demonstraram que os participantes da Condição RD emitiram respostas de escolha precisas antes que relatos verbais corretos fossem observados, sugerindo dessa forma que, na ausência de conseqüenciação para o comportamento verbal, a contingência não verbal pode exercer funções controladoras sobre este comportamento. Esses resultados indicam que a correspondência entre os comportamentos não verbal e verbal pode ser controlada

36 27 por diferentes variáveis (Ver também Ribes & Rodrigues, 2001, para uma análise das possíveis relações entre instruções, relatos e desempenhos não verbais) Grau de discriminabilidade dos esquemas em vigor Outro conjunto de variáveis importantes na investigação da sensibilidade às mudanças de contingências envolve os esquemas de reforçamento. Nessa linha de raciocínio, Newman, Hemmes, Buffington & Andreopoulos (1994) chamam atenção para o fato de que boa parte dos estudos empíricos sobre insensibilidade geralmente fazem uso de esquemas de reforçamento intermitentes (e. g., Matthews e cols., 1985; Shimoff e cols., 1981; Shimoff e cols., 1986; Hayes e cols., 1986a; Hayes e cols., 1986b). Fazendo uma análise crítica do experimento anteriormente citado de DeGrandpre e Buskist (1991), Newman e cols. (1995) hipotetizam que a variável crítica que possibilitou os resultados obtidos nesse experimento foi a natureza contínua do esquema de reforçamento utilizado e não a precisão ou imprecisão das instruções fornecidas. Essa hipótese é baseada na concepção de que a insensibilidade pode ser causada por uma falha em contactar de forma efetiva as contingências (Baron & Galizio, 1983). Sendo assim, é mais provável que alguém falhe em responder a uma mudança no reforçamento para um comportamento sendo reforçado em esquema intermitente do que em um esquema contínuo, visto que o esquema intermitente pode não permitir ao participante determinar a melhor estratégia de se ganhar os reforçadores disponíveis, em função da baixa freqüência relativa de reforçamento. De acordo com Newman e cols. (1995), DeGrandpre e Buskist (1991) falharam ao negligenciar em seu experimento os efeitos dos esquemas de reforçamento. Esses autores propõem, então, uma tentativa de se seguir os métodos

37 28 descritos por DeGrandpre e Buskist (1991), mas com um foco de análise diferenciado. Para tanto, desenvolveram um estudo que examinou o seguir instruções, com a acurácia dessas instruções variando através das fases para cada um dos dezoito participantes e os esquemas de reforçamento variando através dos seis grupos formados. Através das fases, a acurácia das instruções foi de % ou de %. Na fase de 100% de precisão, os participantes só ganhavam pontos quando seguiam as instruções em todas as ocasiões em que eram apresentadas. Na condição 50%, os participantes ganhavam pontos se seguissem as instruções somente metade das vezes em que eram apresentadas. Na condição 0%, os participantes só ganhavam pontos se fizessem o oposto do que a instrução especificava. Os participantes foram distribuídos em seis grupos de acordo com as duas ordens de apresentação das instruções e com os esquemas de reforçamento contínuo, FR 2 ou FR 3. Os resultados demonstraram que os participantes que foram submetidos ao esquema contínuo de reforçamento, independente da ordem de apresentação da acurácia das instruções, tiveram seus desempenhos controlados pelas conseqüências colaterais, isto é, demonstraram padrões de comportamento sensíveis à maximização na obtenção de reforçadores em todas as fases. Já em relação aos participantes submetidos aos esquemas intermitentes (FR 2 e FR 3) um padrão generalizado de insensibilidade foi observado, através de uma perda do controle pelas conseqüências colaterais e do seguimento indiscriminado de instruções precisas e imprecisas. Esses achados sugerem que o comportamento de participantes, em experimentos onde as instruções são contrastadas com os esquemas utilizados, é uma função não somente da instrução, mas também do tipo de esquema de reforçamento utilizado. Os autores concluem afirmando que o fenômeno da insensibilidade pode

38 29 ser considerado como o resultado de falhas nos esquemas intermitentes tradicionalmente utilizados nos estudos sobre o controle do comportamento por regras, e não o resultado de quaisquer propriedades inerentes das instruções (Ver também Newman e cols., 1994, para uma análise da interação entre tipos de esquemas de reforçamento contínuo e intermitente e tipos de estímulos discriminativos verbais e não verbais sob o responder humano). Na mesma linha de investigação, Cerutti (1991) procurou verificar a concordância com instruções em esquemas independentes da resposta, a fim de analisar se a insensibilidade ao esquema seria determinada por reforçamento do responder inapropriado ou por características discriminativas dos esquemas. Para tanto, o autor hipotetizou que esquemas mistos ocasionariam maior insensibilidade no responder que esquemas simples, em virtude da dificuldade de discriminação das contingências envolvida nos primeiros em comparação aos últimos. Estudantes universitários foram instruídos a pressionar duas chaves para evitar a ocorrência de tons que, no entanto, eram inevitáveis, isto é, independentes dos desempenhos dos participantes. Os estudantes foram distribuídos em três grupos de acordo com o esquema que vigorava para apresentação dos tons. Para o primeiro grupo, os tons foram apresentados de acordo com um esquema misto tempo randômico tempo randômico (MIX RT RT). Para o segundo grupo, os tons foram programados de acordo com um esquema misto tempo fixo tempo fixo (MIX FT FT). O último grupo foi submetido à apresentação de tons de acordo com um esquema simples de tempo fixo (FT). Após um ciclo completo de reforçamento, os participantes deveriam responder à questão A melhor forma de se pressionar a chave da esquerda/direita é... escolhendo uma dentre as seis seguintes opções apresentadas: lentamente, muito lentamente, moderadamente lentamente,

39 30 rapidamente, muito rapidamente e moderadamente rapidamente. Tais relatos eram modelados, podendo produzir pontos que variavam de 0 a 3. Para uma chave, o relato lentamente foi selecionado e para a outra, o relato rapidamente foi escolhido como o correto. Após a sessão, os participantes completavam um questionário de múltipla-escolha com três opções de respostas ( nunca, às vezes, sempre ) para questões que verificavam se o pressionar prevenia os tons e se as respostas sob a forma de pressionar influenciavam o comportamento não verbal de pressão. Os resultados mostraram que os participantes dos grupos de esquemas mistos (MIX RT RT e MIX FT FT) apresentaram taxas de respostas mais elevadas que os participantes do grupo FT, demonstrando assim maior concordância com a instrução de esquiva fornecida e agindo como se houvesse uma relação de contingência entre as taxas de respostas e a freqüência de apresentação dos tons. Estes participantes também demonstraram significativa correlação entre suas respostas verbais (relatos modelados) e não verbais (pressões às chaves). Quanto às respostas aos questionários, os participantes dos grupos mistos relataram com maior freqüência que os participantes do grupo FT que os tons poderiam ser prevenidos por suas respostas. De acordo com Cerutti (1991), o esquema FT foi o único a permitir que a relação de independência entre as respostas de pressionar as chaves e a eliminação dos tons exercesse controle discriminativo. Dessa forma o autor afirma que o controle exercido por contingências verbais só é possível quando as contingências programadas para o comportamento não verbal não exercem controle discriminativo adequado, concordando assim com Torgrud e Holborn (1990) (Ver também Cerutti, 1989, para uma análise da proposta de que o seguimento de regras discrepantes de

40 31 contingências é mais provável de ocorrer quando as contingências são fracas, isto é, quando há falta de controle pelas conseqüências colaterais do comportamento) Auto-regras As pessoas também podem formular e seguir suas próprias regras. Assim, auto-regras podem ser vistas como estímulos especificadores de contingências produzidos pelo comportamento verbal da própria pessoa (Zettle, 1990). Rosenfarb e cols. (1992) procuraram identificar os efeitos de auto-regras sobre o comportamento não verbal através da comparação entre desempenhos autoinstruídos, desempenhos instruídos externamente e desempenhos não instruídos. No estudo desenvolvido por esses autores, vinte e nove estudantes universitários foram distribuídos em três grupos. Os participantes do Grupo 1 foram solicitados a gerarem auto-regras e foram acoplados aos participantes do Grupo 2 que recebiam tais auto-regras como instruções externas. Os participantes do Grupo 3 não foram solicitados a gerarem regras, nem receberam qualquer instrução externa. Durante a Fase de Aquisição os participantes foram submetidos a um esquema múltiplo DRL 5 seg RF 8, com os componentes se alternado a cada dois minutos. A tarefa dos participantes consistia em mover um círculo que aparecia no canto superior esquerdo de uma matriz 5x5 projetada na tela de um computador para o canto inferior direito (similar ao procedimento de Hayes e cols., 1986b). Nessa fase os participantes foram solicitados, a cada intervalo de dois minutos, a completar a afirmação A melhor forma de mover o círculo quando a luz da direita/esquerda está acesa é.... Nenhuma conseqüência diferencial foi programada para esses relatos. À cada participante do Grupo 2 foi fornecida a auto-regra formulada por um participante correspondente do Grupo 1, independente da acurácia desta. Aos

41 32 participantes do Grupo 3 foram fornecidas apenas instruções mínimas. Posteriormente à Fase de Aquisição, todos os participantes foram submetidos a uma Fase de Extinção. Os dados obtidos sugerirem que solicitar pessoas a desenvolverem regras pode facilitar o controle das contingências de reforçamento sobre o comportamento não verbal. Isso porque durante a Fase de Aquisição, o comportamento dos participantes solicitados a formularem regras apresentou-se sob controle das contingências mais rapidamente do que daqueles não solicitados a formularem regras. Já em relação à Fase de Extinção, no entanto, o comportamento daqueles solicitados a formularem regras apresentou-se mais variável e em taxas mais altas em relação aos participantes que não formularam regras. Em outras palavras, os dados com auto-regras replicam resultados obtidos com regras externas. Um resultado adicional e interessante obtido por esses autores foi o de que, dentre os participantes que formularam auto-regras precisas, alguns as formularam antes de ganhar pontos, enquanto outros primeiro ganharam pontos, e somente posteriormente relataram auto-regras precisas. Esses dados sugerem que não é necessário um desenvolvimento prévio de regras acuradas para que o comportamento possa manter-se sob controle das contingências em vigor (Ver os dados de Simonassi, Fróes & Sanabio, 1995; Simonassi, Oliveira & Gosch, 1997; e Simonassi, Oliveira & Sanabio, 1994, que também sugerem que a elaboração de auto-regras não se constitui como condição necessária para que as contingências possam exercer controle). Procurando também analisar os efeitos de regras e auto-regras a partir de uma análise do comportamento supersticioso, Ono (1994) distribuiu trezes estudantes universitários em dois grupos: Grupo Experimental e Grupo Controle. Todos os

42 33 participantes foram submetidos a uma tarefa na qual deveriam puxar uma alavanca de acordo com um esquema de reforçamento diferencial de altas taxas (DRH), que requeria pelo menos cinco respostas por intervalo de 15 seg. A cada participante do Grupo Experimental foi dito que formaria par com um outro participante que na verdade era o próprio experimentador e que no início de cada fase que durava três minutos ele receberia informações ( regras sociais ) desse outro participante sobre como se comportar da forma mais adequada para ganhar pontos. Foi informado também ao participante real que ele deveria, ao final de cada fase, relatar ao outro participante a forma adequada de se comportar ( autoregras ). As regras sociais fornecidas pelo experimentador, e que não descreviam acuradamente a contingência em vigor, foram: Puxe mais que 20 vezes (Fase 1); Puxe 10 vezes após 7 segundos (Fase 2); Puxe 1 vez após 15 segundos (Fase 3); e Puxe mais que 20 vezes (Fase 4, semelhante à Fase 1). Os participantes do Grupo Controle não recebiam regras sociais, mas foram solicitados a relatarem suas auto-regras. Em termos de resultados obtidos, os participantes do Grupo Controle demonstraram taxas de respostas sensíveis ao esquema em vigor com desempenhos apropriados rapidamente estabilizados e com relatos de auto-regras precisos. Em relação aos participantes do Grupo Experimental, os desempenhos variaram amplamente demonstrando influência das regras sociais. O autor conclui afirmando que, ao contrário do proposto por Rosenfarb e cols. (1992), regras e autoregras não têm efeitos similares sobre o comportamento não verbal. Uma explicação plausível para tal constatação seria, segundo o autor, a diferença quanto à origem, ou seja, regras são o resultado do comportamento verbal de outra pessoa, enquanto autoregras são fruto do comportamento verbal do próprio indivíduo.

43 34 Objetivos Diante do exposto fica claro o quanto a área de estudos acerca das variáveis envolvidas na sensibilidade do comportamento humano às contingências é vasta e controversa e o quanto a caracterização dessas variáveis é importante para a análise do comportamento humano. Portanto, torna-se evidente a importância de pesquisas atuais desenvolvidas para explorarem os aspectos que afetam a sensibilidade do desempenho humano sob contingências de reforçamento. Seguindo essa linha de raciocínio, o presente estudo propõe contribuir para tal investigação através da realização de dois experimentos. O Experimento 1 foi realizado com os seguintes objetivos: Considerando a situação em que o participante tem seu desempenho estabelecido sob controle de um determinado esquema, verificar o que ocorre em termos comportamentais, quando são feitas alterações no tipo de esquema utilizado, interpretando os desempenhos que se seguem às mudanças em termos de padrões de comportamento sensível ou insensível às contingências. Verificar se ao arranjar conseqüências aversivas (perda de pontos) para o comportamento consistente com esquemas anteriores, torna-se possível estabelecer contato com esquemas atuais e assim reduzir a intensidade e a persistência da insensibilidade do desempenho. Verificar possíveis condições experimentais que estariam relacionadas à sensibilidade e insensibilidade aos esquemas programados. O Experimento 2 foi realizado com o seguinte objetivo:

44 35 Verificar se a exposição prévia a uma condição que favoreça o contato com o esquema em vigor, via punição de respostas inadequadas que levariam a perda de pontos, seria suficiente para estabelecer responder adequado em uma fase posterior, com sinais claros de discriminação do esquema em vigor.

45 36 Método Experimento 1 Participantes Seis alunas do primeiro período do curso de graduação em Psicologia da Universidade Católica de Goiás (UCG), com idades variando entre 17 e 21 anos, participaram do experimento. As participantes foram recrutadas por meio de uma lista de voluntários passada em sala de aula e não tinham nenhuma experiência prévia com procedimentos experimentais dessa natureza. Todas as participantes, antes de serem submetidas ao experimento, assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (em acordo às normas da resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde MS) reafirmando sua concordância em participar do experimento, a partir de um entendimento claro e preciso acerca da realização deste (Anexo 1). Equipamentos O experimento foi conduzido no Laboratório de Análise Experimental do Comportamento (LAEC), da Universidade Católica de Goiás (UCG). A sala de coleta de dados tinha dimensões aproximadas de 2 x 3m, era dotada de boa ventilação e iluminação, bem como de isolamento acústico adequado. O equipamento utilizado consistiu em um microcomputador modelo IBM PC, com configuração básica de Pentium III 800MHz e 128 Mbytes de memória RAM, vídeo colorido, tela sensível ao toque e mouse de dois botões; além de uma mesa de suporte para o computador e uma cadeira. O controle das contingências experimentais e o registro dos dados foram realizados por um programa

46 37 computacional especialmente desenvolvido em ambiente Windows (Microsoft) para o presente experimento chamado Insensitivity 1 em linguagem de programação VisualBasic e com uso de sub-rotinas em Assembler, a fim de garantir um desempenho satisfatório. Procedimentos O delineamento experimental utilizado com os participantes submetidos ao Experimento 1 teve cada sujeito como seu próprio controle. Dessa forma, cada participante foi submetido seqüencialmente a 4 Fases experimentais (A, B, C e D), que compunham o programa Insensitivity 1. Para cada uma dessas fases, o programa permitia selecionar o esquema de reforçamento (Catania, 1999) desejado a que o participante seria submetido, dentre as seguintes opções: RF (razão fixa), RV (razão variável), IF (intervalo fixo), IV (intervalo variável), TF (tempo fixo), TV (tempo variável), DRL (reforçamento diferencial de baixas taxas), DRH (reforçamento diferencial de altas taxas). Também era possível programar para qualquer uma das fases a condição de EXT (extinção). Tendo em vista que um procedimento muito usado para se avaliar a sensibilidade às contingências programadas tem sido desenvolver um responder em estado estável sob um esquema, e então mudar o esquema ou os parâmetros deste (Hayes e cols., 1986a), as Fases experimentais do Experimento 1 foram dispostas de tal forma que o esquema de reforçamento que vigorava em cada uma das Fases implicava em um padrão comportamental nitidamente distinto em relação àquele que vigorava no esquema da Fase seguinte. Dessa forma, quanto mais distintos fossem os padrões de resposta típicos dos esquemas apresentados em seqüência, maiores as possibilidades de se realizar análises acerca de questões sobre

47 38 sensibilidade/insensibilidade. Após a realização de alguns testes em estudo piloto, foi escolhida a seguinte combinação inicial, apresentada na seqüência em que os participantes foram submetidos: Fase A: RF 18 (razão fixa). Nesta fase o participante foi submetido a seis sessões de razão fixa 18, o que significava que somente a última resposta de uma série de 18 era reforçada. Em tal esquema de reforçamento, o responder ocorre, tipicamente, em um taxa alta e sem interrupção, até que o reforçador seja apresentado (Catania, 1999). Cada sessão tinha duração de 3 minutos. Fase B: DRL 6 seg (reforçamento diferencial de baixas taxas). O participante foi submetido a 6 sessões de reforçamento diferencial de baixas taxas (DRL) 6 seg. Neste caso, cada resposta era reforçada somente quando era precedida por um tempo mínimo de 6 segundos sem nenhuma resposta. Quando respostas ocorriam no meio do intervalo de 6 segundos, recomeçava nova contagem do tempo. O responder, portanto, era baseado no espaçamento temporal de respostas individuais, e não na taxa de respostas geradas ao longo de um período de tempo. Em geral, quanto mais longo o tempo entre as respostas requerido para o reforço, mais baixa a taxa do responder (Catania, 1999). Cada sessão tinha duração de 3 minutos. Fase C: RF 18 (razão fixa). Nesta fase o participante foi novamente submetido a seis sessões de razão fixa 18, como na Fase A. Cada sessão também tinha duração de 3 minutos. Fase D: DRL 6 seg (reforçamento diferencial de baixas taxas) + punição. O participante foi submetido a 6 sessões de reforçamento diferencial de baixas taxas 6 seg. Cada sessão tinha duração de 3 minutos. A única diferença em relação à Fase B foi o acréscimo, em todas as sessões dessa fase, da operação de punição para àquelas respostas que não estavam de acordo com o esquema em vigor, isto é, para respostas

48 39 que ocorriam no meio do intervalo de 6 seg e que o reprogramavam. Enquanto operação, a punição consiste em programar, para o responder, uma conseqüência que o torna menos provável (Catania, 1999). Na presente fase, a punição foi efetivada via retirada de um ponto ganho para cada resposta inadequada (punição negativa), com a finalidade de diminuir a freqüência de tais respostas e aumentar o contato com o esquema que estava vigorando. Dessa forma, a perda de pontos deveria funcionar como estímulo punitivo. A Tabela 1 resume o procedimento do Experimento 1. Tabela 1. Fases experimentais, esquema de reforçamento, consequenciação de respostas e número de sessões aos quais cada participante foi submetido durante o Experimento 1. Fase Esquema Consequenciação de respostas Número de sessões A RF 18 Correta: um ponto ganho 6 Errada: nenhuma conseqüência B DRL 6 seg Correta: um ponto ganho 6 Errada: nenhuma conseqüência C RF 18 Correta: um ponto ganho 6 Errada: nenhuma conseqüência D DRL 6 seg + punição Correta: um ponto ganho Errada: um ponto perdido 6 Deve-se notar, conforme já apontado, que os esquemas RF (razão fixa) onde a propriedade sobre a qual a contingência opera é a relação entre repostas e reforçadores e DRL (reforçamento diferencial de baixas taxas) onde a principal propriedade contingenciada é a relação temporal entre as respostas foram escolhidos propositalmente por implicarem padrões de resposta bem distintos (Catania, 1999). A inserção da punição na Fase D teve como objetivo possibilitar análises acerca da possibilidade de tal operação contribuir para um maior contato com as contingências em vigor. Assim, é a comparação dos desempenhos do participante nas Fases B (DRL sem punição) e D (DRL com punição) que dirá até que ponto tal manipulação foi eficaz no sentido de levá-lo a contactar com o esquema em vigor

49 40 (DRL 6 seg), caso tal contato ainda não tivesse sido estabelecido na Fase B. Dessa forma, comparações entre essas duas fases revelariam ou não a necessidade de se forçar o contato do participante com as discrepâncias entre seu desempenho e o esquema que realmente estava vigorando, a fim de que tal participante se desempenhasse de forma sensível em relação aos arranjos experimentais programados (Galizio, 1979). A tarefa do sujeito em todas as fases era tocar, de acordo com o esquema em vigor, um círculo central de cor amarela que aparecia no centro da tela do computador. Cada toque era computado como uma resposta. Toques fora do círculo central não eram registrados, pois não produziam quaisquer conseqüências no equipamento utilizado. Um contador aparecia no canto superior direito da tela do computador e permitia o registro dos pontos ganhos, dos pontos perdidos e do saldo total do participante. Cada ponto ganho era acompanhado da apresentação de um som característico de pontos ganhos e cada ponto perdido era acompanhado de um som característico de perda de pontos. O saldo total de pontos era registrado pela experimentadora no final de cada sessão e o contador era zerado no início de cada nova sessão (Ver Figura 1). Figura 1. Tela apresentada ao participante para respostas

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