Actividades de Comércio, Serviços e Restauração
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- Sebastião Rios Mangueira
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1 Actividades de Comércio, Serviços e Restauração 1. SIMPLIFICAR PROCEDIMENTOS 2. REDUZIR CUSTOS DE CONTEXTO 3. REFORÇAR MECANISMOS DE CONTROLO (NOVO REGIME JURÍDICO)
2 COMÉRCIO, SERVIÇOS E RESTAURAÇÃO NOVO REGIME JURÍDICO simplificar e reduzir os custos do licenciamento, os custos de contexto, eliminando permissões administrativas que hoje estão na competência de muitos municípios e eliminando taxas relativas à actividade comercial e de serviços. António Pires de Lima O RJACSR tem vários objectivos, como simplificar os procedimentos e reduzir os custos de contexto, reforçar os mecanismos de controlo, desburocratizar, consolidando num único diploma uma significativa parte das actividades do comércio e de algumas actividades dos serviços. Leonardo Mathias
3 COMÉRCIO, SERVIÇOS E RESTAURAÇÃO ENQUADRAMENTO E OBJECTIVOS (I) OBJECTIVOS Redução de custos de contexto e simplificação de procedimentos CONCRETIZAÇÃO Simplificar e reduzir encargos administrativos sobre os cidadãos e as empresas, nomeadamente: 1. Liberalização do acesso a certas e actividades, que passa a não depender de qualquer comunicação prévia; 2. Eliminação da obrigação de comunicação do horário de funcionamento e eliminação da respectiva taxa; 3. Eliminação de taxas associadas às comunicações de encerramento do estabelecimento.
4 COMÉRCIO, SERVIÇOS E RESTAURAÇÃO ENQUADRAMENTO E OBJECTIVOS (II) OBJECTIVOS CONCRETIZAÇÃO Desburocratização Integração de controlos (ambiental, urbanístico) através do Balcão do Empreendedor. Reforço de mecanismos de controlo e Reforçar os mecanismos de controlo a posteriori, com maior responsabilização dos operadores económicos. Consolidação Consolidar legislação dispersa e estabelecer regimes gerais de acesso e exercício de actividades de comércio, serviços e restauração.
5 COMÉRCIO, SERVIÇOS E RESTAURAÇÃO REDUÇÃO DE CUSTOS DE CONTEXTO 1. Eliminação de obrigação de comunicação do horário de funcionamento e eliminação das respectivas taxas, que, actualmente, chegam a ultrapassar 100, variando de Município para Município; 2. Eliminação das taxas cobradas pela comunicação de encerramento do estabelecimento, cujas taxas, actualmente, atingem os 100, variando também de Município para Município; 3. Eliminação de taxas para abertura de alguns tipos de estabelecimentos; 4. Redução significativa da taxa aplicável aos procedimentos de autorização de centros comerciais (actualmente, tais taxas atingem valores muito elevados).
6 COMÉRCIO, SERVIÇOS E RESTAURAÇÃO ALGUNS EXEMPLOS DE ELIMINAÇÃO DE TAXAS Para abrir um cabeleireiro ou um instituto de beleza Para encerramento de um estabelecimento Eliminação de taxas Para abrir uma loja de produtos farmacêuticos Para comunicar o horário de funcionamento do estabelecimento Para abrir um estabeleciment o de comércio de tintas, vernizes e produtos similares
7 COMÉRCIO, SERVIÇOS E RESTAURAÇÃO REGIME AINDA EM VIGOR PARA O ACESSO À ACTIVIDADE Actualmente, são quase nulos os casos de actividades em que haja livre acesso, sendo exigível, no mínimo, apresentar uma declaração à Câmara Municipal respectiva; Na verdade, o funcionamento e abertura ao público de quaisquer actividades de comércio, serviços e restauração necessita de uma comunicação prévia, de autorização ou de um pedido de licenciamento; Os comerciantes não podem exercer uma actividade sem que dela dêem conhecimento, e paguem por isso, à respectiva Câmara Municipal.
8 NOVO REGIME JURÍDICO DO COMÉRCIO, SERVIÇOS E RESTAURAÇÃO 4 FORMAS DISTINTAS DE ACESSO ÀS ACTIVIDADES, VARIANDO CONSOANTE A ACTIVIDADE EM CAUSA 1. Livre acesso Ausência de obrigação de efectuar qualquer declaração 2. Mera comunicação prévia Via Balcão do Empreendedor dirigida ao Município, que reencaminha para a DGAE 3. Autorização Via Balcão do Empreendedor dirigida ao Município, que reencaminha para a DGAE 4. Autorização conjunta Presidente da Câmara Municipal + DGAE + CCDR
9 1 ACTIVIDADES COM LIVRE ACESSO Livre Acesso O agente económico não está obrigado a fazer qualquer declaração. A liberdade de acesso à actividade não desonera o particular de cumprir todos os eventuais requisitos exigidos nomeadamente urbanísticos (ex. licenças de utilização do espaço), ambientais (ex. gestão de resíduos). O exercício da actividade está sujeita a fiscalização económica por parte da ASAE, nos termos gerais. Actividades liberalizadas pelo RJACSR Exploração de salões de cabeleireiros; Exploração de institutos de beleza; Exploração de estabelecimentos de comércio de produtos fitofarmacêuticos (elimina se o duplo controlo que existia para permanecer apenas o controlo na área da agricultura DGAV); Exploração de estabelecimentos de comércio de tintas, vernizes e produtos similares.
10 2 ACTIVIDADES COM ACESSO ATRAVÉS DE MERA COMUNICAÇÃO PRÉVIA Mera Comunicação Prévia Consiste numa declaração que permite ao interessado iniciar imediatamente a actividade. O facto de uma actividade estar apenas sujeita a uma mera comunicação prévia em nada prejudica a necessidade de cumprimentos de todos os demais requisitos legalmente exigíveis. Exemplos de actividades sujeitas a mera comunicação prévia Estabelecimentos de comércio e de armazéns de produtos alimentares (frutarias; lojas de produtos alimentares, bebidas ou tabaco, supermercados); Estabelecimentos de restauração ou de bebidas sem dispensa de requisitos; Oficinas de manutenção e reparação de veículos automóveis; Agências funerárias; Estabelecimentos de comércio de animais; Centros de bronzeamento artificial; Estabelecimentos de colocação de piercings e tatuagens.
11 3 ACTIVIDADES COM ACESSO ATRAVÉS DE AUTORIZAÇÃO Autorização Permite o acesso à actividade em causa. Actividades sujeitas a autorização Estabelecimentos de comércio por grosso e armazéns de géneros alimentícios de origem animal que exijam condições de temperatura controlada; Estabelecimentos de restauração com dispensa de requisitos; Mercados Municipais; Mercados Abastecedores; Exploração de oficinas de manutenção e reparação de veículos automóveis, motociclos e ciclomotores sujeitos ao regime de prevenção e controlo das emissões de poluentes.
12 4 ACTIVIDADES COM ACESSO ATRAVÉS DE AUTORIZAÇÃO CONJUNTA Autorização Conjunta Consiste numa permissão administrativa conjunta do Presidente da Câmara territorialmente competente, Director Geral da DGAE e Presidente da CCDR competente. Actividades sujeitas a permissão administrativa conjunta Processo de autorização para instalação e alteração significativa de: Grandes superfícies comerciais (não inseridas em conjuntos comerciais); Conjuntos comerciais com área bruta locável igual ou superior a 8000 m2. A autorização está sujeita ao pagamento de taxas, que revertem em 1% para a entidade que elabora o relatório técnico (DGAE) e o remanescente para o Fundo de Modernização do Comércio. Ficam sujeitos à apresentação de mera comunicação prévia aos Municípios e à DGAE: Estabelecimentos de comércio a retalho que pertençam a uma empresa que utilize uma ou mais insígnias ou estejam integrados num grupo, que disponha, a nível nacional, de uma área de venda acumulada igual ou superior a m2, nos casos em que isoladamente considerados tenham uma área de venda inferior a 2000 m2, se não estiverem inseridos em conjuntos comerciais; Estabelecimentos de comércio a retalho com área de venda igual ou superior a 2000m2 inseridos em conjuntos comerciais.
13 REFORÇO DO CONTROLO DO EXERCÍCIO DA ACTIVIDADE A uma maior liberalização do acesso à actividade corresponde uma maior responsabilização dos operadores económicos reforço do controlo do exercício da actividade (agravamento do regime sancionatório). DESBUROCRATIZAÇÃO E DESMATERIALIZAÇÃO Desmaterialização total dos procedimentos no Balcão do Empreendedor e sua integração em controlos de outras áreas, designadamente, de urbanização e edificação, ambiente e ocupação do espaço público. Permite se a recolha de dados para construir uma base estatística de comércio, serviços e restauração.
14 PRINCIPAIS ALTERAÇÕES HORÁRIOS DE FUNCIONAMENTO Regime Atualmente em Vigor Novo regime Decreto Lei n.º 48/96 Limites de Horários: Estabelecimentos de venda ao público e de prestação de serviços entre as 6 e as 24 horas; Cafés, cervejarias, casas de chá, restauração até às 2 horas de todos os dias; Liberalização dos horários de funcionamento; As Câmaras mantêm a faculdade de restringir os horários em casos devidamente justificados e que se prendam com razões de segurança ou de proteção da qualidade de vida dos cidadãos. Lojas de conveniência até às 2h da manhã; Os clubes, casas de fado, discotecas e estabelecimentos análogos poderão estar abertos até às 4 horas de todos os dias da semana. Obrigação de comunicação de horário de funcionamento. Eliminação de obrigação de comunicação de horário de funcionamento.
15 PRINCIPAIS ALTERAÇÕES SALDOS Regime Atualmente em Vigor Novo regime Decreto Lei n.º 70/2007 Períodos Fixos A venda em saldos só pode realizar se nos períodos compreendidos entre 28 de Dezembro e 28 de Fevereiro e entre 15 de Julho e 15 de Setembro; Período de 4 meses por ano para a realização de saldos. A venda em saldos pode realizar se em quaisquer períodos do ano desde que não ultrapassem, no seu conjunto, a duração de 4 meses por ano; Para viabilizar a fiscalização, a venda em saldos deve ser precedida de uma comunicação (Balcão do Empreendedor ou outro meio legalmente admissível) a enviar à ASAE.
16 PRINCIPAIS ALTERAÇÕES ACTIVIDADE FUNERÁRIA Regime Atualmente em Vigor Novo regime Decreto Lei 109/2010 A actividade funerária apenas pode ser exercida pelas agências funerárias e pelas associações mutualistas, nos termos do mencionado decretolei; As associações mutualistas apenas podem exercer a actividade funerária no âmbito das suas finalidades mutualistas e de prestação de serviços de carácter social aos respectivos associados. A actividade funerária pode ser exercida pelas agências funerárias e pelas IPSS ou entidades equiparadas. A actividade funerária exercida pelas IPSS ou entidades equiparadas rege se ainda pelos Estatutos das IPSS, pelo Código das Associações Mutualistas e demais legislação específica aplicável às entidades de economia social. As associações mutualistas apenas podem exercer a actividade funerária no âmbito das suas finalidades mutualistas e de prestação de serviços de carácter social aos respectivos associados e suas famílias, nos termos estatutários.
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