FATORES CONTROLADORES DA EROSÃO
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- Cássio Diegues Castelo
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1 FATORES CONTROLADORES DA EROSÃO
2 INTRODUÇÃO - Quais são os fatores controladores que determinam a maior ou menor perda de solo por erosão hídrica? - Chuva: Erosividade; - Características intrínsecas do solo: Erodibilidade; - Topografia (comprimento de rampa, declividade, forma); - Uso e manejo do solo (culturas, sistema de preparo, etc); - Práticas conservacionistas (cultivo em nível, terraceamento); - Como esses fatores interferem na:. energia cinética do agente erosivo. (água: gota e enxurrada)?. resistência do solo à erosão. (desagregação e transporte)?
3 USLE (RUSLE) - Universal Soil Loss Equation = Equação Universal de Perda de Solo - Modelo matemático predição de perdas de solo - EUA: fim dos anos 50 início dos 60 - Década de 90 - hoje: RUSLE (USLE revisada) - Programa para o PR - Baseada nos fatores controladores da erosão. A = R K L S C P A: taxa anual de perda de solo (t ha -1 ano -1 ) R: erosividade da chuva ( Rain ) (MJ ha -1 mm h -1 ano -1 ) K: erodibilidade do solo (t ha MJ -1 mm -1 ) L: comprimento da encosta ( Length ) (adimensional) S: declividade da encosta ( Slope ) (adimensional) C: uso e manejo do solo ( Cropping ) (adimensional) P: práticas conservacionistas (adimensional)
4 - O modelo serve como um guia para a seleção do uso e manejo do solo (fator C) e de práticas conservacionistas (fator P) a serem adotadas, de forma que as perdas médias anuais (fator A) fiquem igual ou abaixo da Tolerância (T). T = ou > A
5 TOLERÂNCIA DE PERDA DE SOLO (T) - Refere-se a taxa máxima de perda de solo por erosão que permite um alto potencial de produtividade e ganho econômico infinitamente (ARS Handbook 282, 1965) (???!!!); - Mas será isso mesmo? E quanto ao aspecto ambiental? - Leva em consideração a taxa de formação do solo; - Exemplos de valores de T - SP (Lombardi-Neto & Bertoni, 1975). Tabela prox. Slide. - Esses valores de T realmente garantirão a sustentabilidade??? - Talvez pensar na mínima perda possível (mínimo A) em susbtituição ao parâmetro T. - Talvez seja mais lógico com os princípios de Qualidade do Solo.
6 Tolerância de perda de solo (T). São Paulo. Lombardi-Neto & Bertoni (1975) CLASSE DE SOLO (antiga) CLASSE (nova) T (t/ha/ano) B TEXTURAL Podzólico Vermelho Amarelo orto Argissolo 6,6 Podzólico Vermelho Amarelo v. Piracicaba Argissolo 7,9 Podzólico Vermelho Amarelo v. Laras Argissolo 9,1 Podzólico com cascalho Argissolo 5,7 Podzolizado Lins e Marília v. Lins Argissolo 4,5 Podzolizado Lins e Marília v. Marília Argissolo 6,0 Terra Bruna estruturada Nitossolo 12,1 Terra Roxa estruturada Nitossolo 13,4 B LATOSSÓLICO Latossolo Roxo Latossolo Vermelho 12,0 Latossolo Vermelho Escuro orto, argiloso Latossolo Vermelho 12,3 Latossolo Vermelho Escuro, fase arenosa Latossolo Vermelho 15,0 Latossolo Vermelho Amarelo orto Latossolo Vermelho 12,6 Latossolo Vermelho Amarelo, fase rasa Latossolo Vermelho 9,8 Latossolo Vermelho Amarelo, fase arenosa Latossolo Vermelho 14,2 Latossolo Vermelho Amarelo húmico Latossolo Vermelho 11,2 POUCO DESENVOLVIDOS Litosol Neossolo Litólico 4,2 Regosol Neossolo Regolítico 14,0
7 Perdas de terra associadas aos diferentes tipos de uso dos solos agrícolas no Estado de São Paulo Cultura Perdas de terra (t ha -1 ano -1 ) Culturas anuais Algodão 24,8 Amendoim 26,7 Arroz 25,1 Feijão 38,1 Milho 12,0 Soja 20,1 Outras 24,5 Culturas temporárias Cana 12,4 Mamona 41,5 Mandioca 33,9 Culturas permanentes Banana 0,9 Café 0,9 Laranja 0,9 Outras 0,9 Pastagem 0,4 Reflorestamento 0,9
8 EROSIVIDADE DA CHUVA 1.1. Conceito: capacidade potencial da chuva em causar erosão: - Refere-se basicamente à energia cinética das gotas e enxurrada; 1.2. Características da chuva Volume de precipitação: - Unidade de medida: mm (pluviômetro); - Baixa correlação com perdas de solo por erosão; (problemas de medida e variação temporal);
9 EROSIVIDADE DA CHUVA Intensidade: - Unidade de medida: mm/h (pluviógrafo); - Correlação estreita com erosão: parâmetro para o cálculo de erosividade; - Mensuração relativamente fácil em estações meteorológicas; - Temperado (< 75mm/h), tropical (até 150 mm/h), PR (menos);
10 Ditribuição das Intensidade - Região temperada - Região tropical Define Chuva erosiva > 25 mm/h Porcentagem do volume Região temperada Região tropical Chuva de verão Hudson, 1995 Intensidade (mm/h)
11 Tamanho de gota: -Geralmente entre 1 e 4 mm; - Máximo 5 a 6 mm. Acima começa a fragmentar em menores; -Determinação: met. Laboratório: Farinha; - Forma da gota: relativamente achatada (resistência do ar); Distribuição do tamanho de gotas- relação com intensidades: -Baixa intensidade: gotas menores; -Intensidade de mm/h: gotas maiores até diam. med.: 2,5 mm; -Intensidade > 120 mm/h: aumenta nº gotas colisão tamanhos menores;
12 Duração da chuva: - Geralmente expressa em minutos; - Separação entre chuvas: mínimo de 6 h sem chuva (<1,3mm); Frequência de chuvas: - Chuvas concentradas no verão: primeiras chuvas ocorrem com vegetação fraca (pouca cobertura). Ex: cerrado.
13 Porcentagem do volume Diâmetro de gota (mm) Diâmetro de gota (mm) Hudson, 1995
14 Velocidade terminal das gotas: - Equilíbrio entre resitência de fricção do ar e força gravitaconal; - Aumenta conforme aumenta o tamanho da gota; - Vel. Máxima = 9 m/s. - Vento aumenta a velocidade (força lateral). Hudson, 1995
15 Energia cinética da chuva, mês, ano. -Cada gota tem Ec=mv 2 /2, o somatório de todas as gotas = Ec - Calcula-se por equações; - Relação entre a intensidade e a Ec???? Energia cinética (J/m 2 /mm) Intensidade (mm/h) Hudson, 1995
16 Equações mais comuns para Energia Cinética de 1 evento de chuva (J m -2 mm -1 ) Equação de Wischmeier & Smith (1958): leste EUA Ec = 11,9 + 8,7 log Intensidade da chuva (qdo I < 76,2 mm/h) Ec = 28,3 (cte) (qdo I > 76,2 mm/h) Equação de Hudson (1965): Sul da África Ec = 30 - (125 /Intensidade da chuva ) Equação de Kinnel (1981): Zimbabue e Florida Ec = 29,2 (1-0,894exp(-0,0477 Intensidade da chuva ))
17 1.3. Determinação quantitativa da Erosividade - Fator R da USLE - Índice (EI 30 ) = EC x I 30 - Excelente correlação com perdas por erosão; - Ec é calculada pelas equações anteriores. Pluviograma Precipitação (mm) 30 min tempo - Determina-se EI 30 através de informações do pluviograma para cada chuva, mensal, anual, média anual de anos.
18 Exemplo de cálculo de EI 30 para uma chuva, a partir de dados do pluviograma Tempo Precipit. Intensid. EC total (min) (mm) (mm/h) (J/m 2 /mm) (J/m 2 ) ,5 6,1 8,8 13, ,2 56,9 27,6 391, ,2 104,6 28,6 747, ,5 126,0 28,8 906, ,4 33,5 26,0 217, ,3 1,0 (a) Calculado pela Eq. de Hudson EC (a). chuva máxima de 30 minutos 26,2 + 31,5 = 57,7 mm. I30 57,2 x 2 = 115,4 mm/h. EC (total da chuva) Σ EC totais = 2277 J/m 2. EI 30 da chuva 2277,7 x 115,4 = J/m 2.mm/h
19 Exemplo Tempo (min.) Precipitação mm Intensidade mm/h EC (a) (J/m 2 /mm) EC Total (J/m 2 ) , ,7 106, , ,8 31, ,1 4,4 (a) Calculado pela equação de Hudson. 21,07 28,82 28,76 25,99 1,59 73,74 769, ,26 202,72 1,74 Total = 2154,95 Chuva máxima em 30 min. I 30 EC (total da chuva) EI 30 da chuva 26,7 + 38,5 = 65,2 mm 65,2 x 2 = 130,4 mm/h Soma EC totais = 2154, ,95 x 130,4 = J/m 2 /mm/h
20 - Mas existem simplificações (equações) para o cálculo do EI 30 - Exemplo para o Paraná (Equação de Castro-Filho et al, 1984). EI 30 = [28,3 + (10,6 + 7,8 log I 30 ) P ] I 30 - Unidade: J m -2 mm h -1 - P: volume da chuva individual (mm) - Essa equação gerou o mapa de erosividade para o PR (Rufino et al., 1993) <ver mapa> - Importância do indice anual do EI 30 (mapa de isoerodentes):. Conhecer a variação regional do potencial erosivo da chuva. Planejamento regional. Modelagem matemática da erosão
21 Mapa de Isoerodentes Valores médios anuais (MJ ha -1. mm h -1 ano -1 ) do EI 30 para o PR (Rufino et al., 1993)
22 MJ ha -1 mm h -1 ano -1 Figura cedida Prof. Glaucio Roloff
23 - Importância do indice mensal do EI 30. Conhecer a variação sazonal em cada região;. Planejamento de atividades agrícolas (exemplo abaixo). Cedido por G. Roloff
24 2. ERODIBILIDADE DO SOLO 2.1. Conceito: suscetibilidade do solo à erosão: - Refere-se basicamente à resistência do solo à erosão. - Para uma mesma chuva: solo com maior erodibilidade tem mais erosão Características intrínsecas do solo determinantes da erodibilidade: Estabilidade de agregados. - Quanto menor a estabilidade, maior a erodibilidade. - Método para medir:. Yoder (1936): Agregados estáveis em água.
25 Avaliação da estabilidade de agregados
26 4-2 mm 2-1 mm 1-0,5 mm <0,5 mm
27 - Principais fatores da estabilidade de agregados: Textura - Areia e silte tendem a aumentar a erodibilidade (baixa estabilidade) - Argila tende a diminuir a erodibilidade (maior estabilidade de agregados) Mineralogia: Ex. Óxidos conferem maior estabilidade de agregados Matéria orgânica: também confere maior estabilidade de agregados
28 Permeabilidade de água no perfil: - Quanto maior a permeabilidade, menor a enxurrada; - Fatores controladores da permeabilidade do perfil;. Textura (arenoso: maior permeabilidade);. Estrutura e continuidade de macroporos no Hor. A e B;. Profundidade efetiva do solo;
29 Latossolo Neossolo
30 2.3. Determinação quantitativa da Erodibilidade - Fator K da USLE * Dois grande métodos: direto (experimental) e indireto (equações); MÉTODO DIRETO: Parcela experimental padrão da USLE (método direto). - 22,1 m de comprimento. - 9% de declividade. - Preparo convencional (1 aração e 2 gradagens por ano) morro abaixo. Uma vez por ano. - Mantida descoberta, sem vegetação. - Considera as formas entre sulco e sulco, - Fatores L S C P = definidos como 1
31 Foto: Andre Amaral Parcela Padrão USLE: 22,1 m x 3,5 m - 9% declividade
32 Exemplo de parcela experimental em estudos de erosão (no caso, não se trata de parcela padrão)
33 - Por definição, nessa parcela, a perda de solo (A, em t ha -1 ano -1 ) é o produto da erosividade da chuva e da erodibilidade do solo. Logo, erodibilidade pode ser dada por: onde, A = R. K K = obtido com base nos dados experimentais (t ha MJ -1 mm -1) K= A/R A = Perda de solo em t ha -1 ano -1 (obtido pelo escoamento na parcela) R = Erosividade (EI 30 ) em MJ mm ha -1 h -1 ano -1 -Trabalho experimental através de chuva natural ou chuva simulada - Alto custo, levou ao desenvolvimento de formas indiretas.
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35 Simulador de chuva com braços rotativos Modelo Swanson Foto: Andre Amaral
36 Simulador de chuva com braços rotativos Modelo Swanson Foto: Andre Amaral
37 Erodibilidade de alguns Solos Brasileiros. Levantamento de Denardin B latossólico B textural
38 MÉTODOS INDIRETOS: Equação de Wischmeier K = 0,00273 M 1,14 (10-4 )(12 - a) + 0,00423(b - 2) + 0,00325(c - 3) K = erodibilidade (t h MJ -1 mm -1 ) M = (silte% + areia muito fina%) a = matéria orgânica (%) b = código da estrutura: 1 - granular muito fina 2 - granular fina 3 - granular média a grossa 4 - em blocos, laminar ou maciça c = classe de permeabilidade do perfil: 1 - rápida 2 - moderada/rápida 3 - moderada 4 - lenta/moderada 5 - lenta 6 - muito lenta Problema: Para as condições tropicais ele superestima o valor K para condições tropicais (não considera o efeito de óxidos de Fe e Al, importante nessas regiões).
39 Equação de Denardin (1990) - Essa é brasileira, baseado em 31 solos K = 0,00608c + 0,00834a - 0,00116d - 0,00038e (r2 = 0,90) c = classe de permeabilidade do perfil: 1 - rápida 2 - moderada/rápida 3 - moderada 4 - lenta/moderada 5 - lenta 6 - muito lenta a = matéria orgânica (%) d = teor de Al 2 O 3 extraído por ácido sulfúrico (%) e = teor de partículas entre 0,5 e 2,0mm (%) (areia grossa: 0,2 2,0 mm) Problemas: uso do parâmetro c (subjetivo); o sinal da constante do parâmetro a é positivo (M.O. aumenta a erodibilidade?!).
40 Equação de Roloff & Denardin (1994) - Brasileira, adaptação da anterior, por grupos de solo Solos com B latossólico: K = g f d Solos com B textural: K = g f h Outros solos profundos (>1 m): K = g d Solos rasos (<1 m): K = c g 0.5 d = teor de Al 2 O 3 extraído por ácido sulfúrico (g/g) f = teor de Fe 2 O 3 extraído por ácido sulfúrico (g/g) g = silte (silte + h) (silte em g/g) h = teor de areia fina 0,2-0,05 mm (g/g)
41 Latossolo Neossolo Litólico Argissolo Cambissolo
42 3. TOPOGRAFIA - Refere-se às carasterísticas da encosta vertente. - 3 fatores: declividade, comprimento e curvatura da encosta. - Refere-se basicamente à energia cinética da enxurrada (e nada da gota) Declividade da encosta: - Maior declividade maior Ec enxurrada (maior veloc.) maior erosão; - Medido geralmente em % (ou graus): nível ótico ou clinômetro; - Potencial de erosão aumenta 2,5x quando a declividade duplica.
43 3.2. Comprimento da encosta - Definição: Distância a partir da origem do escoamento superficial até o ponto onde o gradiente diminui o suficiente para induzir deposição, ou até onde o escoamento entra em um canal bem definido, parte da rede de drenagem natural ou artificial (ex. terraço ou via de drenagem) (Wischmeier & Smith, 1978). - Maior comprimento maior Ec da enxurrada (maior vol. e vel.) maior erosão - Geralmente potencial de erosão aumenta 1,5x quando o comprimento duplica - Terraços: estruturas que diminuem o comprimento da encosta Divisor de águas Limite da bacia hidrográfica Via de drenagem Linhas de comprimento de encosta Figura cedida por Prof. Glaucio Roloff
44 Características do relevo
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47 3.3. Curvatura da encosta - Afeta principalmente a velocidade da enxurrada Uniforme Côncava Convexa Côncava: Parte superior: Maior declividade, mas menor vol. enxurrada Parte inferior: Maior vol. enxurrada, mas menor declividade Convexa: Parte superior: Menor declividade e menor vol. enxurrada Parte inferior: Maior vol. enxurrada e maior declividade Problema!!!
48 Encosta Retilínea
49 Encosta Côncava
50 Encosta Convexa
51 Efeito da curvatura na perda de solo: Figura cedida por Prof. Glaucio Roloff
52 3.4. Determinação quantitativa para topografia - Fator LS da USLE Equação de Bertoni & Lombardi-Neto (1990). - Essa é brasileira, baseado em solos de SP, 10 anos de observação. LS = 0,00984 L 0,63 S 1,18 LS = fator topográfico LS (L e S são considerados conjutamente): relação entre perdas de solo de uma área com declive e comprimento de encosta quaisquer e as perdas na parcela padrão da USLE (9 % de declividade e 22,1 m de encosta). L = comprimento da encosta (m) S = declividade da encosta (%) Problema Limitação: - Considera a curvatura da encosta como uniforme, mas a RUSLE já tenta corrigir esse problema.
53 4. USO E MANEJO DO SOLO Uso do solo: refere-se aos principais grupos de culturas (ex., olericultura, lavoura anual, lavoura semi-perene, fruticultura, silvicultura etc.) Manejo do solo: conjunto de práticas(ex., preparos do solo, adubação, rotação de culturas etc) dentro de um sistema de uso. Referem-se tanto a Ec da gota e enxurrada e resistência do solo à erosão. Fator antrópico (influência do homem); As diferenças nas perdas causadas por uso e manejo são maiores que as diferenças causadas por diferentes tipos de solo.
54 EXEMPLOS DE USO DO SOLO
55 VEGETAÇÃO NATIVA VS. PASTAGEM
56 USO INADEQUADO NA ENCOSTA
57 SISTEMA PECUÁRIA-FLORESTA
58 Perda de solo em função do preparo (Wünsche & Denardin, 1978) Dados de um ano agrícola - Soja 76/77 e trigo 77 Embrapa Trigo, Passo Fundo RS Latossolo Vermelho 18 16,6 16 Perda de solo, ton/ha PC c/queimada 4,2 PC s/queimada 1,7 P.Direto EVOLUÇÃO DO SISTEMA DE MANEJO
59 COBERTURA DO SOLO Argissolo Vermelho (Eldorado do Sul, RS). PC PR PD
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61 Exemplos de Manejo do solo
62 Preparo do solo, energia cinética e resistência à desagregação Fator Preparo Convencional Plantio Direto Ec das gotas Ec da enxurrada Resistência à desagregação Maior:. baixa cobertura superf. Tende ser maior:. Menor infiltração (selo e pé-de-arado) = maior vol. enxurrada Pode ser menor após preparo primário: > rugosidade superficial Tende ser menor:. Preparo desagrega. < ação de raízes e biota. < M.O. Menor:. alta cobertura superf. Tende ser menor: (inverso) (a) Tende ser maior: (inverso) (a) Exceto em áreas compactadas
63 PÉ DE ARADO
64 Taxa de Infiltração, mm/h Latossolo Vermelho distroférrico (Londrina PR), Soja 1982/83 Chuva simulada (60 mm/h) TAXA DE INFILTRAÇÃO DE ÁGUA Plantio direto (y = 80,23 x -0,15 r=0,98) Escarificador (y = 95,12 x -0,25 r=0,98) Preparo Convenc. (y = 129,65 x -0,39 r=0,99) Tempo, minutos PD = 45 mm/h Esc. 35 mm/h PC = 26 mm/h Derpsch et al. (1986). Soil & Till. 8:
65 ESTABILIDADE DE AGREGADOS Latossolo Vermelho distrófico (Londrina PR), 21 anos PD massa de agregados (g) P.C. P.D. Estabilidade de agregados D.M.P P.C. P.D. Castro-Filho et al. (2002). Soil & Till. Res. 65:45-51
66 EM PLANTIO CONVENCIONAL E fe ito d e U s o /C u ltu r a s o b r e a e r o s ã o. P r e c ip m m e D e c liv. 8 a 1 3 % B e r to n i & L o m b a r d i-n e to, S ã o P a u lo U s o /C u ltu r a P e r d a d e s o lo P e r d a d e á g u a (to n /h a /a n o ) (% d a c h u v a ) M a m o n a 4 1,5 1 2 F e ijã o 3 8,1 1 1,2 M a n d io c a 3 3,9 1 1,4 A m e n d o im 2 6,7 9,2 A r r o z 2 5,1 1 1,2 A lg o d ã o 2 4,8 9,7 S o ja 2 0,1 6,9 C a n a 1 2,4 4,2 M ilh o 1 2 5,2 C a fé 0,9 1,1 P a s ta g e m 0,4 0,7 M a ta 0, ,7
67 QUAIS CARACTERÍSTICAS DA CULTURA/CULTIVO INTERFEREM NA: - Ec da gota?. Ciclo da cultura. Área foliar. Altura do dossel. Quantidade de residuo superficial deixada na superfície - Ec da enxurrada?. Quantidade de resíduo superficial. Ação de raízes em agregar o solo: maior infiltração. Densidade de plantas (obstáculos à enxurrada) - Resistência do solo à erosão?. Adição de biomassa: MO. Ação de raízes (agregação). Atividade biológica
68 4.2. DETERMINAÇÃO QUANTITATIVA DO USO E MANEJO FATOR C DA USLE Fases de desenvolvimento das culturas anuais Fase Período 1 Preparo ao plantio 2 Plantio a 30 dias após 3 de 30 a 60 dias após o plantio 4 de 60 dias após o plantio à colheita 5 Colheita ao preparo do solo
69 5 Preparo 1 Semeadura 2 Colheita 30 dias após Semeadura dias após Semeadura Como fica no Plantio direto? Como fica no caso de plantas de cobertura (rolagem/dessecação)?
70 Razão de perda de solo EM PLANTIO CONVENCIONAL Razão de perda de solo para cada fase Cultura Alho 0,34 0,29 0,13 0,10 0,07 Arroz sequeiro 0,26 0,74 0,80 0,42 0,14 Cana (planta) 0,20 0,16 0,08 0,02 0,06 Cana (soca) 0,10 0,08 0,04 0,01 0,03 Cebola 0,36 0,31 0,14 0,10 0,07 Feijão 0,70 0,55 0,29 0,29 0,15 Fumo 0,38 0,33 0,15 0,11 0,07 Mandioca 0,64 0,72 0,61 0,44 0,24 Milho 0,23 0,19 0,17 0,04 0,02 Soja 0,35 0,30 0,20 0,20 0,05 Trigo 0,24 0,20 0,11 0,09 0,02 Fonte: Santa Catarina, 1994
71 CONSIDERANDO SISTEMAS DE MANEJO CORREÇÃO DO FATOR C Manejo Fator de correção Preparo convencional, restos queimados 1.35 Preparo convencional, restos incorporados 1.00 Preparo reduzido, restos semiincorporados 0.65 Sem preparo, restos na superfície 0.20 Fertilidade alta 0.80 Fertilidade média 0.90 Fertilidade baixa 1.15 Fonte: Adaptado de Santa Catarina, 1994 (adaptado de Lombardi-Neto, não publicado)
72 CÁLCULO DO FATOR C, PARA UMA SITUAÇÃO EM CAMPO MOURÃO - PR Mês Cultura Fase (1) RPS p (mm) EI30 mensal (2) Propor. do EI30 anual (1) X (2) Unitário Total da cultura Valor C Fator de correção Tot. corrig. da cultura Mai Trigo PC Jun Jul Ago Set Out Nov Soja PD Dez Jan Fev Mar Abr Mai Aveia PD Jun (cobert) Jul Ago Set Out Milho PD Nov Dez Jan Fev Mar Abr C total C anual
73 5. PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS Energia cinética da enxurrada Fator antrópico Controle da erosão é menor ao do uso e manejo adequado QUAIS AS OUTRAS PRÁTICAS DE CONSERVAÇÃO DO SOLO EXISTENTES? 5.1. CULTIVO EM NÍVEL Preparo, plantio, tratos culturais, colheita Reduz a Ec enxurrada. Reduz o volume: pequenos camalhões/barreiras. Reduz a velocidade da enxurrada: rugosidade/obstáculos Reduz a perda de solo em aproximadamente 50%
74 5.2. CULTIVO EM FAIXAS - Culturas intercaladas - faixa densa e faixa aberta - A faixa densa tem um efeito similar ao cultivo em nível - Reduz a perda de solo 75% 5.3. TERRACEAMENTO - Terraço: estrutura longitudinal com canal e camalhão. Reduz Ec da enxurrada - Disciplina o movimento da enxurrada - Reduz a perda de solo em aproximadamente 50%
75 CULTIVO EM NÍVEL E TERRAÇOS Foto: cortesia USDA - NR
76 CULTIVO MORRO A BAIXO
77 CULTIVO MORRO ABAIXO
78 TERRAÇO DE BASE ESTREITA Foto: cortesia USDA - NR
79 TERRAÇOS E CANAL ESCOADOURO Foto: cortesia USDA - NR
80 CULTIVO EM FAIXAS (MILHO E ALFAFA) Foto: cortesia USDA - NR
81 5.4. DETERMINAÇÃO QUANTITATIVA DE PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS FATOR P DA USLE Prática conservacionista Valor P Plantio em nível (decliv <8%) 0,50 Plantio em nível (decliv 8-12%) 0,60 Plantio em nível (decliv 12-18%) 0,70 Plantio em nível (decliv >18%) 0,80 Plantio em faixa de rotação (decliv <8%) 0,70 Plantio em faixa de rotação (decliv 8-18%) 0,80 Plantio em faixa de rotação (decliv <18%) 0,90 Adaptado de Santa Catarina, 1994
82 EXEMPLO DE CÁLCULO DA USLE -Região de Campo Mourão (Região 1) -Solo: Latossolo Vermelho distroférrico (ver Tomos do Levantamento -Comprimento médio da encosta: 300 m -Declividade média da encosta: 6% -Sistema de culturas: Trigo (PC) Soja (PD) Aveia Preta (PD) cobertura Milho (PD) -Práticas conservacionistas: Cultivo em nível
83 IDENTIFICAR A ÁREA NO MAPA DE SOLO Ex: LEa5 (Latossolo Vermelho Escuro Alico, textura média)
84 Considerar Fe 2 O 3 = 10% e Al 2 O 3 = 5%
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