Principais estratégias de manejo visando a redução da compactação. Eng. Agr. Milton da Veiga Doutor em Ciência do Solo Unoesc 1
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1 Governo do Estado de Santa Catarina Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina Principais estratégias de manejo visando a redução da compactação. Eng. Agr. Milton da Veiga Doutor em Ciência do Solo Unoesc 1
2 Como ocorre a compactação
3 Distribuição da pressão aplicada sobre o solo (teórica): 3P v-2 σ R = cos α 2πR 2
4 Distribuição da pressão aplicada sobre o solo: Profundidade (cm) Quanto mais larga a faixa de aplicação de uma pressão na superfície, maior a profundidade de efeito desta. Pneu Massa (kg) Pressão (kpa)
5 Profundidade (cm) Solo seco e/ou duro Solo úmido e/ou solto Solo seco, duro curvas de pressão mais largas e rasas curvas de pressão mais estreitas e profundas Solo normal Solo úmido, solto v = v = 5 v = 6 Massa = 750 kg; pneu = 11-28; pressão de inflação = 83 kpa
6 PISOTEIO ANIMAL = COMPACTAÇÃO SUPERFICIAL
7 RESISTÊNCIA À PENETRAÇÃO x PISOTEIO SOLO FRÁGIL SOLO RESISTENTE Perfis de resistência à penetração em um Cambissolo Húmico e Nitossolo Dvermelho em função dos níveis de oferta de pastagem de inverno e do tempo de diferimento, respectivamente, logo após a retirada dos animais.
8 Máquinas pequenas compactação superficial
9 MÁQUINAS GRANDES = COMPACTAÇÃO PROFUNDA
10 GRADE NIVELADORA = COMPACTAÇÃO SUPERFICIAL (+ EROSÃO)
11 GRADE ARADORA COMPACTAÇÃO INTERMEDIÁRIA Reduz resistência Compactação mais profunda
12 SUBSOLAGEM OU ESCARIFICAÇÃO COMPACTAÇÃO + PROFUNDA
13 Subsolagem Efeito temporário = Subsolar todos os anos Macroporos (cm 3 /cm 3 ) 0,30 0,25 Subsolador + gradagem 0,20 0,15 0,10 0,05 Plantio direto Macroporos (> 50 μm) Dias após semeadura Variação temporal da macroporosidade na camada de 2,5-7,5 cm. Fonte: Veiga, 2008
14 Como prevenir a compactação
15 APLICAR PRESSÃO < RESISTÊNCIA DO SOLO 5 cm SD PE PC 15cm Pressão de pré-consolidação (kpa) Tensão de pré-consolidação (σp) determinada em duas profundidade, seis meses após a aplicação de três sistemas de preparo do solo, com umidade equilibrada em 6 kpa de tensão. Fonte: Veiga, 2005
16 REDUZIR O TRÁFEGO DE ANIMAIS Manejo da pastagem e do gado
17 AUMENTAR O INTERVALO ENTRE PASTEJOS Figura 1. Cobertura do solo pela resteva da pastagem antes da dessecação (A) e depois da semeadura da cultura do feijão (B), em quatro intervalos entre pastejos. Sem pastejo 28 dias 14 dias 77 dias t/ha 5,55 1,90 0,77 0,32 A B
18 AUMENTAR O INTERVALO DE DIFERIMENTO Sem pastejo (3,85 t/ha) Retirada animais 28 dias antes (2,05 t/ha) Retirada animais 14 dia antes (1,15 t/ha)
19 MANTER PALHA NA SUPERFÍCIE
20 MANTER PALHA NA SUPERFÍCIE Palha dissipa pressão aplicada Energia dissipada (%) ,1 kj m-3 60,2 kj m Quantidade de palha (Mg ha -1 ) Energia dissipada considerando a quantidade de palha existente sobre o solo e a energia de compactação utilizado no ensaio de Proctor (Braida et al., 2006).
21 REDUZIR O TRÁFEGO DE MÁQUINAS Operações essenciais: semear e colher
22 REDUZIR O TRÁFEGO DE MÁQUINAS Silagem: maior largura de corte
23 REDUZIR O TRÁFEGO DE MÁQUINAS
24 USAR TRÁFEGO CONTROLADO Compactação evita compactação
25 USAR TRÁFEGO CONTROLADO Tráfego sempre na mesma posição
26 NÃO TRAFEGAR SOBRE O SOLO
27 NÃO TRAFEGAR SOBRE O SOLO Empresa alemã aperfeiçoa drone que pulveriza 400 ha por dia e voa autônomo, inclusive à noite
28 DIMINUIR A PRESSÃO APLICADA SOBRE O SOLO Aumentar a largura dos pneus/duplos
29 Largura (cm) DIMINUIR A PRESSÃO APLICADA SOBRE O SOLO Diminuir a pressão de inflação dos pneus Deslocamento 14 lb pol kpa 10 lb pol kpa lb pol kpa 0 10
30 DIMINUIR A PRESSÃO APLICADA SOBRE O SOLO Utilizar esteiras
31 Como mitigar a compactação
32 NÍVEL CRÍTICO: GRAU DE COMPACTAÇÃO Rendimento relativo (%) Compactação ótima Argissolo Latossolo Grau de compactação (%) Rendimento relativo de soja em função do grau de compactação, em dois solos (Suzuki, 2005).
33 COMPACTAÇÃO SUPERFICIAL SE DESFAZ RAPIDAMENTE SOLO FRÁGIL ANTES DA SEMEADURA APÓS A COLHEITA Perfis de resistência à penetração em um Cambissolo Húmico em função dos níveis de oferta de pastagem de inverno, após a retirada dos animais (A) e após a colheita da cultura subsequente (B), no sétimo ano de experimentação. SP: sem pastejo; MS18, MS14, MS10 e MS06: oferta de pastagem de, respectivamente, 18, 14, 10 e 6 kg MS/100 kg peso vivo dia -1 ; DMS: diferença mínima significativa (linhas pontilhadas descontínuas e contínuas representam, respectivamente, diferença mínima não significativa e significativa ao nível de 5%).
34 COMPACTAÇÃO SUPERFICIAL SE DESFAZ RAPIDAMENTE SOLO RESISTENTE ANTES DA SEMEADURA APÓS A COLHEITA Perfil de resistência do solo à penetração em duas formas de semeadura e quatro intervalos de diferimento da pastagem, determinados por ocasião da dessecação da pastagem e após a colheita da cultura de verão subsequente. SD: semeadura direta; SG: semeadura+gradagem; SP: sem pastejo; 0D, 14D e 28D, intervalo de diferimento da pastagem antes da dessecação de, respectivamente, 0, 14 e 28 dias.
35 Semeadoras adequadas (facão até 12 cm)
36
37 UTILIZAR PLANTAS COM RAÍZES VIGOROSAS Fonte: Sá, 2006.
38 Macroporosidade de um Latossolo Vermelho distroférrico textura muito argilosa sob diferentes sistemas de manejo. Fonte: Nicoloso et al., 2008
39 UTILIZAR PLANTAS COM RAÍZES VIGOROSAS
40 É necessário descompactar?
41 COMO: AÇÃO MECÂNICA + BIOLÓGICA QUANDO OUTONO COMO ESCARIFICADOR + PLANTAS CUIDADOS SEM TRÁFEGO EFEITO DURADOURO
42 DESCOMPACTAÇÃO MECÂNICA + BIOLÓGICA Coquetel de adubos verdes
43 RAÍZES PIVOTANTES = DESCOMPACTAÇÃO Fonte: Sá, 2006.
44 RAÍZES FASCICULADAS = AGREGAÇÃO Fonte: Sá, 2006.
45 PALHA = PROTEÇÃO + AGREGAÇÃO Gás carbônico Água e oxigênio Raízes FIRME PARA SUPORTAR PRESSÃO SOLTO PARA CRESCIMENTO DE RAÍZES
46 MUITO OBRIGADO!
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