Pesquisa de Opinião. A profissão de. Novembro de 2008

Transcrição

1 Pesquisa de Opinião A profissão de Relações Públicas: legislação e atividades Novembro de 2008

2 Introdução Após mais de 40 anos em vigor, a Lei nº 5.377/67, que regulamenta a profissão de Relações Públicas no Brasil, tem sido periodicamente questionada na sua capacidade de representação dos interesses da categoria no País. Foram vários os movimentos de tentativa de alteração desde a década de 90. Ciente da necessidade de aprofundar estes questionamentos junto aos profissionais, o Conselho Federal dos Profissionais de Relações Públicas patrocinou a realização de uma pesquisa de opinião junto aos profissionais registrados no Sistema Conferp.

3 Metodologia Período de aplicação: 04/09 a 29/10/2008 Universo: profissionais registrados no Sistema Conferp Amostra: 909 entrevistas realizadas Instrumento de pesquisa: questionário estruturado com 19 questões fechadas Coleta dos dados: entrevista telefônica Margem de erro: 3,5% Nível de confiança: 95% Responsável: Conselho Federal dos Profissionais de Relações Públicas

4 Perfil do Respondente Masculino; 23% Sexo: Faixa etária: De 20 a 29 anos % De 30 a 39 anos % De 40 a 49 anos % De 50 a 59 anos % 60 anos ou mais % Feminino; 77% Escolaridade: Graduação % Especialização % Mestrado % Doutorado 24 3% NS/NR 5 1%

5 Perfil Profissional do Respondente Para quem está trabalhando. Base: 400 entrevistas Como você classifica sua situação funcional? Você é empregado % Você é profissional liberal 51 13% Em qual tipo de instituição você trabalha? Você é proprietário de empresa 58 14% Total % Terceiro Setor 4% É profissional liberal 5% Que tipo de atividade de relações públicas você desenvolve? Atua como profissional em organizações % Atua como professor de relações públicas 39 10% Atua como professor e profissional 40 10% Total % Instituição Pública 35% Instituição Privada 56%

6 Em 1967 a profissão de RP passou a ser regulamentada por Lei. Para você essa Lei: A Lei nº 5.377/67 Deve continuar como está; 10% NS/NR; 14% Precisa ser atualizada; 77% Qual é o principal problema da Lei n /67? Ela não reflete mais a prática profissional do mercado atual Ela é muito genérica e não especifica as atribuições de relações públicas Ela é muito restritiva e limita o profissional A Lei não tem problema NS/NR 9% 9% 11% 27% 43%

7 Atividades de Relações Públicas O profissional de RP é o responsável pelas ações de valorização do conceito e reputação das organizações. Concorda % Indiferente 11 1% Discorda 23 3% NS/NR 6 1% Como profissional de RP devo cuidar da comunicação interna das instituições. Concorda % Indiferente 16 2% Discorda 35 4% NS/NR 4 0% As campanhas de comunicação institucional são de responsabilidade exclusiva da área de relações públicas. Concorda % Indiferente 47 5% Discorda % NS/NR 8 1% O planejamento de comunicação pertence ao campo da administração de empresas. Concorda % Indiferente 38 4% Discorda % NS/NR 19 2%

8 Atividades de Relações Públicas A realização de pesquisa institucional de opinião pública faz parte das ações de relações públicas. Concorda % Indiferente 20 2% Discorda 66 7% NS/NR 1 0% A assessoria de comunicação é uma atividade exclusiva das relações públicas. Concorda % O cerimonial público é exclusivo dos profissionais de RP e diplomatas. Concorda % Indiferente 30 3% Discorda % NS/NR 9 1% Indiferente 39 4% Discorda % NS/NR 4 0%

9 O profissional de Relações Públicas Além do graduado, quem pode receber o título de "profissional de Relações Públicas"? Sim Não NS/NR Graduados em Comunicação com Pós-Graduação em Relações Públicas Graduados em qualquer curso com Pós-Graduação em Relações Públicas Mestres e Doutores em Relações Públicas, independente da área de graduação Aprovados em Exame de Qualificação, nos moldes dos concursos públicos % % 10 1% % % 20 2% % % 18 2% % % 29 3%

10 O profissional de Relações Públicas Sugestões Apresentadas pelos Profissionais Entrevistados (compilado) Abertura a Outros Profissionais Embora reconhecendo que as exigências do mercado são mais para a qualificação do que para a titulação, não compete à categoria abrir mão de um direito de 40 anos. A desistência da reserva de mercado, com abertura como as preconizadas no Parlamento Nacional e/ou no PLS 324/05, poderão proporcionar algum benefício imediato, trazendo para a categoria profissional, nomes de destaque no cenário nacional. No entanto, a médio e longo prazos, significa o declínio e até o fim dos cursos de graduação em Relações Públicas. Quem irá cursar Relações Públicas, quando se pode ter outra graduação (e outra profissão) e também mediante um curso de curta duração ser também Relações Públicas? Ou ainda, como fiscalizar, no caso do registro para atividades específicas, o limite de atuação desse profissional? Os Conrerp s dificilmente terão parâmetros para esse tipo de fiscalização. Assim, caso haja essa abertura, que ela se restrinja aos que possuírem diploma de bacharel em outras habilitações da Comunicação Social e aos que sejam aprovados em curso de pós-graduação stricto sensu.

11 O profissional de Relações Públicas Sugestões Apresentadas pelos Profissionais Entrevistados (compilado) Atividades e Funções Específicas As atividades e funções específicas deverão integrar o corpo da lei e não ser deixada para ser definida pelo Conferp, por meio de resoluções. Algumas sugestões a serem consideradas: Além de programas de interesse comunitário, de responsabilidade social e cerimonial, conforme constam no Art. 3º do PLS 324/05, que seja acrescentado explicitamente as ações do terceiro setor. Que se mantenha o termo Relações Governamentais, ao se referir às relações com o governo, evitando-se o termo lobby. Há, na sociedade brasileira, uma visão pejorativa (com razão) quanto à expressão lobby, podendo causar transtornos e contratempos para a profissão. Há 40 anos ainda não conseguimos explicitar claramente o trabalho de Relações Públicas. Não vamos trazer mais uma carga a de tentar explicar o que realmente seja lobby. As funções de relacionamento com a imprensa e assessoria de imprensa, cerimonial e organização de eventos, já devem vir definidas em lei, como sendo também exercidas e não privativas dos profissionais de Relações Públicas, considerando-se que essas atividades são igualmente desenvolvidas por outras categorias profissionais.

12 CONFERP