BEHCO - Boletim Epidemiológico do Hospital Conceição

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "BEHCO - Boletim Epidemiológico do Hospital Conceição"

Transcrição

1 Grupo Hospitalar Conceição Hospital Nossa Senhora da Conceição Hospital da Criança Conceição Núcleo Hospitalar de Epidemiologia BEHCO - Boletim Epidemiológico do Hospital Conceição Volume 01 Nº Setembro ISSN A Situação da Violência Interpessoal e Autoprovocada

2 Agradecimentos Em 2017, ao completar 10 anos de vigilância hospitalar, sempre na busca de qualificação de seus processos de trabalho e divulgação das informações da epidemiologia das doenças nos Hospitais Nossa Senhora Conceição e Criança Conceição, o NHE/HNSC-HCC comemora também o lançamento de seu primeiro boletim eletrônico e aproveita para fazer os agradecimentos aos gestores e colaboradores que contribuíram e contribuem para o sucesso de nosso trabalho. Agradecemos, primeiramente, à Diretoria do GHC em 2007, em especial ao Dr Rogério Amoretti, por ter aderido à proposta do Ministério da Saúde para a criação do Núcleo Hospitalar de Epidemiologia do Hospital Nossa Senhora da Conceição e da Criança Conceição (NHE/HNSC-HCC), reconhecendo a sua importância. Ao Centro de Vigilância Epidemiológica da Coordenadoria de Controle de Doenças da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, representado pela Dra Ana Freitas Ribeiro, diretora na época da criação do NHE/HNSC-HCC e que contribuiu com a capacitação da equipe, incentivo e inspiração. Ao Departamento de Vigilância Epidemiológica Hospitalar da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná, representado pela sua coordenadora Dra Suzana Dal-Ri Moreira, pelas capacitações, incentivo e motivação constante. À Coordenação dos Núcleos de Vigilância Epidemiológica Hospitalar no Rio Grande do Sul em 2007, representado pela Dra Jeanice Cardoso, por sua parceria na implementação deste trabalho. Às atuais responsáveis pela Coordenação da Vigilância Epidemiológica e Coordenação da Vigilância em Saúde no CEVS/RS, especialmente pelo apoio de Letícia Garay Martins, Tani Ranieri e Marilina Bercini, no aprendizado do monitoramento e controle da pandemia do influenza A(H1N1) em 2009, quando estávamos começando este trabalho. À Equipe de Vigilância de Violências da Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde de Porto Alegre e da Equipe de Doenças e Agravos Não Transmissíveis do Centro Estadual de Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul (CEVS/RS), em especial à Andreia Volkner e Fernando Faraco (in memorian) por nos sensibilizar na importância da vigilância e notificação dos casos suspeitos de violências nos serviços de saúde. Aos Gerentes do Hospital Nossa Senhora da Conceição por reconhecerem as necessidades de estrutura física e organizacional do NHE/HNSC-HCC, viabilizando a nossa atual área física e equipe de trabalho. Um agradecimento especial aos Gerentes de Pacientes Externos e UPA Moacyr Scliar, Dr João Albino Potrich e Fernanda Zanoto Kraemer, respectivamente, por toparem o desafio da implantação da Vigilância Sentinela de Síndrome Gripal, mesmo com as dificuldades enfrentadas na nossa Emergência e Pronto Atendimento. Aos profissionais que já foram da nossa equipe, aos atuais, aos residentes e estagiários e a todos do Hospital Nossa Senhora da Conceição e Hospital da Criança Conceição, que são nossos parceiros no trabalho cotidiano, representados aqui pelo Dr Breno Riegel Santos, por seu incentivo e reconhecimento. Em especial agradecemos ao Gerente de Informática do GHC, Marco Antonio Fisch, pois sem o suporte em tecnologia da informação não seria possível alcançar sucesso no desafio de monitorarmos os agravos de notificação compulsória na maior Unidade Hospitalar do GHC, com 842 leitos e responsável por 26 mil internações ao ano. Com profundo carinho, nosso eterno agradecimento à nossa querida Dra Rosana Iung Ouriques (in memorian) por ter nos dado as mãos para começarmos esta trajetória. E para finalizar, nosso reconhecimento à Instituição como um todo e em especial aos pacientes por proporcionar conhecimento e motivação no trabalho diário.

3 Sumário Apresentação... 3 Metodologia... 3 A situação da violência interpessoal e autoprovocada no Brasil, Rio Grande do Sul e em Porto Alegre... 4 A situação da violência interpessoal e autoprovocada em Unidades do Grupo Hospitalar Conceição... 5 Distribuição temporal dos casos notificados de violência... 5 Características dos casos notificados de violências... 6 Descrição dos locais de ocorrência do agravo, municípios de residência e de ocorrência dos casos notificados... 7 Análise de situação dos eventos conforme os Ciclos de vida no momento da ocorrência da violência, 2012 a Características dos prováveis agressores conforme os ciclos de vida Análise de situação das lesões autoprovocadas nas Unidades do Grupo Hospitalar Conceição Avaliação das tentativas de suicídio conforme o sexo e os ciclos de vida Avaliação da qualidade da vigilância epidemiológica hospitalar de violências Conclusão Referências Anexo I. Número de notificações de violência interpessoal ou autoprovocadas, por UF e regiões, Brasil, 2012 a Anexo II. Número de notificações de Violências Autoprovocadas, por UF e regiões, Brasil, 2012 a

4 2017 Apresentação Neste primeiro boletim epidemiológico de publicação eletrônica pretendemos marcar os 10 anos de criação do Núcleo Hospitalar de Epidemiologia do HNSC e HCC (NHE/HNSC-HCC) mediante a Portaria n 891, de 25 de abril de A vigilância epidemiológica tem como atribuição prever qualquer mudança nos fatores condicionantes de saúde individual e coletiva para recomendar e adotar as medidas de controle. Estas publicações têm como objetivo subsidiar a produção de INFORMAÇÃO para a AÇÃO inserida em um processo dinâmico de monitoramento e avaliação no âmbito hospitalar. Neste artigo abordamos a vigilância epidemiológica de violência interpessoal e autoprovocada que ocupa a segunda posição em frequência no total de notificações monitoradas pelo Núcleo em Em conformidade com as Diretrizes, Objetivos, e Metas do Ministério da Saúde adotamos como um dos nossos objetivos reduzir as subnotificações do agravo o que ocorreu com a colaboração da Gerência de Informática na introdução das notificações no prontuário eletrônico dos pacientes atendidos no Grupo Hospitalar Conceição. O aumento das notificações é o passo inicial para o planejamento de estratégias para a vinculação destes pacientes em redes de assistência, cuidados e proteção. Ivana Rosângela dos Santos Varella Metodologia Foi realizada uma análise descritiva das características dos casos notificados por violência interpessoal e as autoprovocadas, atendidos no HNSC, HCC e UPA MS em um período de cinco anos (01/01/2012 a 31/12/2016), com ênfase em lesões autoprovocadas. As situações que devem ser notificadas segundo o instrutivo do Ministério da Saúde são os casos suspeitos ou confirmados de violência doméstica/intrafamiliar, sexual, autoprovocada, tráfico de pessoas, trabalho escravo, trabalho infantil, intervenção legal e violências homofóbicas contra mulheres e homens em todas as idades. No caso de violência extrafamiliar/comunitária, somente são objetos de notificação as violências contra crianças, adolescentes, mulheres, pessoas idosas, pessoa com deficiência, indígenas e população LGBT (1). Avaliamos a distribuição do agravo conforme a tipologia ou natureza da violência e a distribuição temporal conforme os ciclos de vida. Utilizamos a base de dados em Excel do NHE/HNSC-HCC e a base de dados informatizada do prontuário eletrônico GHC implementada em agosto/2015. Os ciclos de vida foram adotados conforme preconizado pela OMS: criança foi definida com idade entre 0 e 9 anos, adolescente se idade entre 10 e 19 anos, adulto entre 20 e 59 anos e idoso com idade de 60 anos e mais. Consideramos como idade reprodutiva as mulheres entre 10 e 49 anos. A análise foi realizada com o programa SPSS versão

5 A situação da violência interpessoal e autoprovocada no Brasil, Rio Grande do Sul e em Porto Alegre ELUCHE No Brasil, a notificação de violências interpessoais e autoprovocadas foi implementada em 2006, e em 2011 passou a ser compulsória em todos os serviços de saúde públicos e privados. Desde então, o número total de notificações anuais vem aumentando, passando de casos notificados em 2011 para em A notificação de violência surgiu com o objetivo de dar visibilidade a esse fenômeno, que se constitui problema social, de saúde e de segurança públicas. A vigilância de violências instrumentalizada através da ficha de notificação é parte da estratégia do Sistema Único de Saúde (SUS) frente à violência, assim como os Núcleos de Prevenção de Violência e Promoção da Saúde. A proporção de notificação de violência é sempre maior no sexo feminino, sendo no ano de 2015, 67,1% das notificações. As proporções por faixas etárias não variaram muito entre os anos. Em 2015, 18,6% das notificações eram de vítimas crianças (0 a 12 anos), 19,9% de adolescentes (13 a 19 anos), 55,6% em adultos (20 a 59 anos) e 6% em idosos (60 anos e mais). O tipo de violência mais notificado é a violência física (64,8%), seguida da violência psicológica (25,7%), negligência (11,6%) e violência sexual (11,3%). O tipo de violência mais frequente varia de acordo com a faixa etária analisada (2). Segundo o Datasus, entre 2012 e 2014 constam notificações de violência interpessoal ou autoprovocadas (anexo 1) (3). A região com maior número de registros é a Sudeste ( casos), seguida da região Sul ( casos), Nordeste ( casos), Centro-Oeste ( casos) e Norte ( casos). Na região Sul, o Paraná ocupa a primeira posição em número de casos do agravo no período ( casos), seguido do Rio Grande do Sul ( casos) e de Santa Catarina ( casos). Em relação às lesões autoprovocadas, permanece a mesma ordem em frequência por regiões: região Sudeste ( casos), região Sul ( casos), Nordeste (8.945 casos), Centro-Oeste (5.191 casos) e Norte (2.669 casos) (anexo 1). Predomina o sexo feminino em todas as regiões e estados. Na região Sul, o Rio Grande do Sul lidera o ranking em número de notificações de lesões autoprovocadas (6.919 casos), seguido de Santa Catarina (5.767 casos) e do Paraná (4.796 casos). No Rio Grande do Sul, em 2016, a partir do TabNet Win32.2 identificamos notificações de violência interpessoal ou autoprovocadas, e os cinco municípios com maior número de casos, por ordem de frequência, foram de residentes em Porto Alegre (2.053 casos; 11,4%), de Caxias do Sul (1.124 casos; 6,2%), de Canoas (766 casos; 4,3%), de Passo Fundo (727 casos; 4,0%), e de Uruguaiana (626 casos; 3,4%) (anexo 3) (4). Em 2016 houve casos de lesões autoprovocadas, com concentração de maior número de casos em Porto Alegre (483 casos; 12,3%), Passo Fundo (196 casos; 5,0%), Caxias (187 casos; 4,8%), Lajeado (144 casos; 3,7%), Santa Maria (120 casos; 3,0%) (anexo 2) (4). Em Porto Alegre, em 2016, foram feitas notificações de casos de violência à Secretaria Municipal de Saúde/Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde (CGVS/SMS). Do total, são de vítimas residentes em Porto Alegre. Anualmente, vem crescendo o número de notificações de violências à rede municipal de saúde. Nos primeiros 11 meses de 2016 foram registrados casos, dos quais (65,2%) de residentes da Capital sendo 431 casos de lesões autoprovocadas. As principais faixas etárias das vítimas de Porto Alegre cujos casos foram notificados, são, respectivamente, 1a 9 anos (478); 15 a 19 anos (275); 10 a 14 anos (184); 30 a 39 anos (155); e 20 a 24 anos (114). Sobre a natureza da violência notificada, destacam-se, em ordem decrescente, negligência, violência física, tentativa de suicídio, violência psicológica e violência sexual. Os principais notificadores na cidade são os serviços de alta complexidade, responsáveis por (86,6%), sendo os principais os hospitais Nossa Senhora da Conceição, Cristo Redentor, Presidente Vargas, Hospital de Pronto Socorro e Pronto Atendimento de Saúde Mental IAPI, os quais, juntos, somam notificações (5). 1 Dados preliminares sujeitos à revisão. 5

6 A situação da violência interpessoal e autoprovocada em Unidades do Grupo Hospitalar Conceição Distribuição temporal dos casos notificados de violência No Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), Hospital da Criança Conceição (HCC) e Unidade de Pronto Atendimento Moacyr Scliar foram notificados no período casos suspeitos ou confirmados de violência interpessoal ou autoprovocada. Entre 2012 e 2016 observamos uma tendência ao aumento no número de casos notificados deste agravo que foi mais acentuada em 2015, quando houve a introdução da notificação no prontuário eletrônico dos pacientes (figura 1). Figura 2. Número de casos de violência interpessoal/autoprovocada por ano de notificação e por tipologia. Hospital Nossa Senhora da Conceição, Hospital da Criança Conceição e UPA MS, 2012 a Obs: um caso pode ter mais de um tipo de violência. Figura 1. Número e distribuição de casos de violência interpessoal/autoprovocada por ano de notificação. Hospital Nossa Senhora da Conceição, Hospital da Criança Conceição e UPA MS, 2012 a 2016 (n=3.390). Quando avaliamos a distribuição anual dos casos notificados conforme a tipologia da violência este aumento ocorreu em todos os tipos de violências com declínio em 2016 (figura 2). Entretanto, ao avaliarmos a tendência anual dos casos notificados de acordo com os ciclos de vida o aumento foi sustentado até 2016 apenas entre os adolescentes (figura 3). Figura 3. Número de casos de violência interpessoal/autoprovocada por ano de notificação e ciclos de vida. Hospital Nossa Senhora da Conceição, Hospital da Criança Conceição e UPA MS, 2012 a 2016 (n=3.390). 6

7 Características dos casos notificados de violências Entre os casos de violências notificados houve tipos de violências identificados porque para cada caso podemos identificar mais de um tipo de violência. A tipologia de violência mais frequente foi a negligência ou abandono (64,0%), seguida das lesões autoprovocadas (17,8%), da violência física (10,8%), da violência sexual (10,5%) e da psicológica (7,8%). São ainda subnotificados os casos de violência financeira (0,4%) e de trabalho infantil (0,4%). Houve 1 caso notificado de intenção de tráfico de seres humanos de um recém-nascido cuja mãe era a agressora (0,03%). Não houve casos notificados de intervenção legal no período. Ao avaliarmos o sexo dos casos afetados em relação aos ciclos de vida identificamos casos do sexo masculino entre casos de crianças entre 0 e 9 anos de idade (51,8%). Nos demais ciclos de vida o predomínio foi de casos do sexo feminino (figura 4). A maioria dos casos ocorreu em crianças até 5 anos de idade (50,4%), acumulando 58,2% até os 9 anos de idade. As notificações entre adolescentes, adultos e idosos ocorreram em 20,5%, 17,6% e em 3,7% dos casos, respectivamente. Houve predomínio de notificações no sexo feminino (61,7%) e entre as mulheres notificadas 921 estavam em idade reprodutiva (45,2%) e destas 179 estavam grávidas (26,2%). Em 202 casos não havia esta informação (21,9%). A maioria das gestantes estava no terceiro trimestre de idade gestacional (82 casos;45,8%), seguida do segundo trimestre (52 casos; 29,1%) e do primeiro trimestre da gestação (42 casos; 23,5%) e em 3 casos a idade gestacional no momento da ocorrência da violência foi ignorada (1,7%). Portanto, a violência foi mais frequente quanto mais avançada a idade gestacional. Figura 4. Número de casos investigados de violência interpessoal/autoprovocada por sexo e ciclos de vida e proporção de casos do sexo feminino. Hospital Nossa Senhora da Conceição, Hospital da Criança Conceição e UPA MS, 2012 a 2016 (n=3.390). Em relação ao estado civil identificamos que entre casos notificados com mais de 9 anos de idade no momento da ocorrência da violência, 73,6% dos casos eram solteiros, 16,6% casados, 4,7% viúvos, 5,0% separados e em apenas 0,2% dos casos a informação foi ignorada. Entretanto, a maioria das situações de união estável ou consensual não foi possível obter a partir do cadastro do prontuário eletrônico. O prejuízo na obtenção do dado também ocorreu nas variáveis quanto à orientação sexual e à identidade de gênero onde houve a ausência de informações em 88,7% e 67,2% dos casos notificados, respectivamente, inviabilizando a análise destas informações. As demais características dos casos notificados de violências quanto à raça, escolaridade, município de residência e presença de alguma deficiência ou transtorno estão descritas na tabela 1. Para avaliarmos o nível de escolaridade excluímos os pacientes com idade inferior a 6 anos (1707 casos; 55,3%) e os casos com informação ignorada (302 casos; 8,9%). Identificamos predomínio de casos da raça/cor branca, de casos que cursaram até o ensino fundamental completo e de residentes de Porto Alegre. Aproximadamente um quinto dos pacientes apresentaram alguma deficiência ou

8 Tabela 1 Características dos casos suspeitos ou confirmados de violência interpessoal ou autoprovocada. Hospital Nossa Senhora da Conceição, Hospital da Criança Conceição e UPA MS, 2012 a Características Nº Distribuição (%) Raça/cor (n = 3.388) Branca ,7 Negra ,3 Parda 224 6,6 Indígena 6 0,2 Amarela 4 0,1 Escolaridade (n = 1.374) Analfabeto ,4 Ensino Fundamental completo ,6 Ensino Médio completo ,6 Ensino Superior completo 47 3,4 Município de residência (n = 3.389) Porto Alegre ,4 Anel metropolitano ,3 Interior do RS 179 5,3 Município de ocorrência (n = 3.290) Porto Alegre ,4 Anel metropolitano ,1 Interior do RS ,5 Presença de alguma deficiência/transtorno (n=2.895) ,5 Deficiência física (n=606) 55 9,1 Deficiência mental (n=588) ,4 Deficiência visual (n=589) 12 2,0 Deficiência auditiva (n=590) 11 1,9 Transtorno mental (n=594) ,4 Transtorno de comportamento (n=555) ,3 Outras deficiências/transtornos (n=565)* 55 9,7 Observação: as características de raça/cor, escolaridade, município de residência, situação conjugal foram extraídas do cadastro do prontuário eletrônico do hospital. Para avaliar a situação conjugal, orientação sexual e identidade de gênero foram selecionados os pacientes com idade superior a nove anos. *Outras deficiências ou transtornos: 39 casos com distúrbios neurológicos (95,1%), 6 casos de autismo (14,6%), 6 casos de Síndrome de Down (14,6%) e 6 casos de outras síndromes (14,6%). 2 casos de obesidade (4,9%), 1 caso de artrogripose (2,4%). Descrição dos locais de ocorrência do agravo, municípios de residência e de ocorrência dos casos notificados Entre casos notificados com informação sobre locais de ocorrência, o local mais frequente foi uma residência (2.033 casos; 72,6%) seguida de comércio e serviços (incluindo os hospitais) (541 casos; 19,3%). Ocorreram em via pública 112 casos (4,0%), 31 em escolas (1,1%), 26 em habitações coletivas (0,9%), 11 em bares ou similares (0,4%), 3 em locais de prática esportiva (0,01%), 44 em outros locais (1,6%) e em 589 casos (17,4%) o local foi ignorado. A proporção de casos quanto aos locais de ocorrência conforme os ciclos de vida estão na figura 5. Os municípios de residência e de ocorrência dos casos estratificados conforme os ciclos de vida estão descritos nas figuras 6 e 7, respectivamente. Figura 5. Frequência dos locais de ocorrência conforme os ciclos de vida das pessoas em situação de violência. Hospital Nossa Senhora da Conceição, Hospital da Criança Conceição e UPA MS, 2012 a 2016 (n=2.801). B

9 Análise de situação dos eventos conforme os Ciclos de vida no momento da ocorrência da violência, 2012 a 2016 Crianças (0 a 9 anos de idade) Figura 6. Frequência de municípios de residência conforme os ciclos de vida das pessoas em situação de violência. Hospital Nossa Senhora da Conceição, Hospital da Criança Conceição e UPA MS, 2012 a 2016 (n=3.390). Entre crianças notificadas por situação de violência identificamos que negligência ou abandono foi o tipo predominante (1.816 casos; 89,5% dos casos), seguida de violência física (88 casos; 4,3% dos casos), sexual (75 casos; 3,7% dos casos) e psicológica (39 casos; 1,9% dos casos)(figura 8). Houve 8 casos de lesões autoprovocadas, sendo 3 casos de tentativa de suicídio e 5 de autoagressão. O manual do MS orienta que a lesão autoprovocada seja notificada a partir dos 10 anos de idade considerando que a ideação suicida possivelmente inicie em torno desta idade e que a criança ainda não desenvolveu a noção de morte como ligada à finitude antes desta fase (6). Entretanto, os casos foram notificados porque havia relato nítido de lesão autoprovocada. Houve predomínio do sexo feminino entre os casos de violência sexual e autoprovocadas, nas demais tipologias o sexo masculino foi mais frequentemente afetado. Figura 7. Frequência de municípios de ocorrência conforme os ciclos de vida das pessoas em situação de violência. Hospital Nossa Senhora da Conceição, Hospital da Criança Conceição e UPA MS, 2012 a 2016 (n=3.390). Figura 8. Número de casos investigados de violência interpessoal/autoprovocada em Crianças por sexo e tipologia e proporção de casos do sexo feminino por tipologia. Hospital Nossa Senhora da Conceição, Hospital da Criança Conceição e UPA MS, 2012 a 2016 (n=1.973 casos e tipologias). Observação: pode ocorrer mais de uma tipologia por caso notificado. M

10 Adolescentes (10 a 19 anos de idade) Houve 694 notificações de violência interpessoal ou autoprovocada em adolescentes com 839 tipologias identificadas, sendo a mais comum a negligência ou abandono (31,2%), seguida de sexual (21,9%), e de lesões autoprovocadas (19,1%). Entre estas houve 128 de tentativas de suicídio e 32 casos de autoagressões. Além da violência física (13,7%) e da psicológica (12,5%) observamos menos frequentemente o trabalho infantil (1,0%), a violência financeira (1 caso), 2 casos de aliciamento de menor para o tráfico de drogas 2 casos de cárcere privado. Entre os adolescentes, o sexo feminino foi o mais frequentemente afetado em todas as tipologias de violências (figura 9). verificamos o predomínio do sexo feminino em todas as tipologias de violência notificadas em adultos, uma vez que nesta faixa etária os homens são notificados apenas se a natureza da violência for sexual ou autoprovocada (figura 10). Figura 10. Número de casos investigados de violência interpessoal/autoprovocada em Adultos, por sexo e tipologia e proporção de casos femininos por tipologia. Hospital Nossa Senhora da Conceição, Hospital da Criança Conceição e UPA MS, 2012 a 2016 (n=598 casos e 768 tipologias). Observação: pode ocorrer mais de uma tipologia por caso notificado. Figura 9. Número de casos investigados de violência interpessoal/autoprovocada em Adolescentes, por sexo e tipologia e proporção de casos femininos por tipologia. Hospital Nossa Senhora da Conceição, Hospital da Criança Conceição e UPA MS, 2012 a 2016 (n=694 casos e 839 tipologias). Observação: pode ocorrer mais de uma tipologia por caso notificado. Adultos (20 a 59 anos de idade) Foram notificados no período 598 adultos em situação de violência com identificação de 768 tipologias. A tipologia mais frequente foi a lesão autoprovocada (52,2%), sendo 389 casos de tentativas de suicídio e 12 casos de autoagressão. Em segundo lugar de frequência identificamos a violência física (18,5%), seguida da psicológica (13,2%) e da violência sexual (12,0%). Foram menos frequentes a negligência ou abandono (3,1%), a financeira (0,8%) e a tortura (0,3%). Também Idosos (60 anos e mais) Houve 125 notificações do agravo em idosos com identificação de 159 tipologias. A tipologia mais frequente em idosos foi a negligência ou abandono (44,7%), seguidas de lesões autoprovocadas (22,0%), sendo 34 casos de tentativas de suicídio e 1 caso de autoagressão. Em terceiro lugar de frequência identificamos a violência física (13,8%), seguida da psicológica (11,9%). Foram menos frequentes a violência financeira (4,4%) e a sexual (3,1%). Também verificamos o predomínio do sexo feminino em todas as tipologias de violência notificadas em idosos embora homens e mulheres tenham as mesmas oportunidades de serem notificados (figura 11). N

11 Em relação à vinculação afetiva ou familiar dos agressores, os pais foram os mais frequentemente envolvidos entre as notificações de crianças (97,9%) e de adolescentes (40,5%). Em adultos, na maioria dos casos, o agressor foi a própria pessoa, e em idosos foram os filhos e a própria pessoa (figura 13). Os agressores dos adolescentes são mais diversificados, o que ocorre de forma semelhante entre os idosos, enquanto que em crianças e adultos o predomínio dos pais e da própria pessoa, respectivamente, se torna mais evidente. Figura 11. Número de casos investigados de violência interpessoal/autoprovocada em Idosos, por sexo e tipologia e proporção de casos do sexo feminino por tipologia. Hospital Nossa Senhora da Conceição, Hospital da Criança Conceição e UPA MS, 2012 a 2016 (n=125 casos e 159 tipologias). Características dos prováveis agressores conforme os ciclos de vida Em todos os ciclos de vida o sexo do agressor mais frequentemente identificado foi o feminino, sendo quase semelhante apenas entre os idosos (figura 12). Figura 13. Frequência dos prováveis agressores conforme a vinculação afetiva ou familiar e os ciclos de vida das pessoas em situação de violência. Hospital Nossa Senhora da Conceição, Hospital da Criança Conceição e UPA MS, 2012 a (n=3.390 casos notificados e agressores). Observação: pode haver mais de um agressor por caso notificado Figura 12. Frequência do sexo do provável agressor conforme os ciclos de vida das pessoas em situação de violência. Hospital Nossa Senhora da Conceição, Hospital da Criança Conceição e UPA MS, 2012 a 2016 (n=3.054 casos). Observação: 336 casos (10%) sem informação quanto ao sexo do agressor. OP

12 Análise de situação das lesões autoprovocadas nas Unidades do Grupo Hospitalar Conceição Houve 604 notificações de lesões autoprovocadas, com 50 autoagressões (8,3%) e 554 tentativas de suicídio (91,7%). Identificamos aumento no número de notificações, com discreta redução das tentativas de suicídio em 2016, provavelmente por subnotificação (figura 14). A maioria dos casos de tentativas de suicídio ocorreu em adultos (70,2%), seguidos dos adolescentes (23,1%) e idosos (6,1%) enquanto as autoagressões foram mais comuns entre os adolescentes (64,0%) (figura 15). Figura 14. Número de casos de lesões autoprovocadas por ano de notificação, Hospital Nossa Senhora da Conceição, Hospital da Criança Conceição e UPA MS (n=604). Figura 15. Número de notificações de lesões autoprovocadas por ciclos de vida, Hospital Nossa Senhora da Conceição, Hospital da Criança Conceição e UPA MS (n=604). Tabela 2 Características dos casos de violência autoprovocada, 2012 a Hospital Nossa Senhora da Conceição, Hospital da Criança Conceição e UPA MS (n=604). Características Autoagressões Tentativas de Suicídio Total lesões autoprovocadas Nº (%) Município de residência n=50 n=554 n=604 Porto Alegre 33 (66,0) 463 (83,6) 496 (82,1) Anel metropolitano 12 (24,0) 69 (12,5) 81 (13,4) Interior 5 (10,0) 22 (3,9) 27 (4,5) Município de ocorrência n=48 n=527 n=575 Porto Alegre 31 (64,6) 405 (76,9) 436 (75,8) Anel metropolitano 8 (16,7) 45 (8,5) 53 (9,2) Interior 9 (18,8) 77 (14,6) 86 (15,0) Raça/cor n=50 n=554 n=604 Branca 42 (84,0) 451 (81,4) 493 (81,6) Negra 4 (8,0) 64 (11,6) 68 (11,3) Parda 4 (8,0) 39 (7,0) 43 (7,1) Sexo n=50 n=554 n=604 Masculino 10 (20,0) 147 (26,5) 157 (26,0) Feminino 40 (80,0) 407 (73,5) 447 (74,0) Suspeita de uso de Álcool 5/42 (11,9%) 94/357 (26,3%) 99/399 (24,8%) Presença de alguma deficiência ou transtorno** 34/47 (72,3) 291/411 (70,8) 325/458 (71,0) n=34 n=291 n=325 Deficiência física 3 (8,8) 6 (2,0) 9 (2,8) Deficiência mental 6 (17,6) 17 (5,8) 23 (7,1) Deficiência visual 1 (2,9) 2 (0,7) 3 (0,9) Deficiência auditiva 3 (8,8) 1 (0,3) 4 (1,2) Transtorno mental 21 (61,7) 261 (89,7) 282 (86,8) Transtorno de comportamento 13 (38,2) 42 (14,4) 55 (16,9) Unidade Notificadora* n=50 n=554 n=604 HCC 12 (24,0) 26 (4,7) 38 (6,3) HNSC 34 (68,0) 355 (60,1) 389 (64,4) UPA MS 4 (8,0) 173 (31,2) 177 (29,3) *Unidade notificadora pode não corresponder à unidade de atendimento, com exceção da UPA MS onde os casos são atendidos e notificados pela Unidade. **Pode haver mais de uma deficiência ou transtorno para cada caso notificado. OO

13 As características dos casos de lesões autoprovocadas estão descritas na tabela 2. Na maioria destes casos os pacientes cursaram até o ensino fundamental completo (57,0%), seguidos daqueles que cursaram até o ensino médio completo (23,7%), ensino superior completo (4,6%) e 3,0% eram analfabetos. Em 11,8% dos casos a informação foi ignorada. Quanto à situação conjugal, 65,9% eram solteiros ou separados (7,5%) ou viúvos (3,1%). O município de residência e de ocorrência mais frequente foi Porto Alegre. Houve o diagnóstico de deficiência ou transtorno em 71% das notificações, sendo mais frequente o transtorno mental (86,8%). As deficiências físicas, intelectuais, visuais e auditivas foram mais frequentes nas autoagressões (38,2%) assim como os transtornos de comportamento (38,2%). O transtorno mental foi predominante nos casos de tentativas de suicídio (89,7%). O relato de tentativas de suicídio prévias ocorreu em 63,3% dos casos (229/362 com esta informação) com proporção de informação ignorada elevada (34,7%). As autoagressões foram provocadas mais frequentemente por objetos pérfuro-cortantes (45,8%) enquanto tentativas de suicídio ocorreram por intoxicação medicamentosa (80,1%) (tabela 3). Tabela 3 Meios de agressão relatados nos casos notificados de lesões autoprovocadas, 2012 a Hospital Nossa Senhora da Conceição, Hospital da Criança Conceição e UPA MS (n=575). Meios de agressão Tentativas de suicídio (n=528) Autoagressões (n=47) Nº (%) Intoxicação medicamentosa 447 (80,1) 2 (4,2) Objeto pérfuro-cortante 48 (8,6) 22 (45,8) Enforcamento 34 (6,1) 0 (0,0) Projeção de altura 8 (1,4) 0 (0,0) Provocou atropelamento 7 (1,3) 0 (0,0) Substância quente 6 (1,1) 1 (2,1) Provocou acidente de carro 3 (0,5) 0 (0,0) Objeto contundente 2 (0,4) 2 (4,2) Força física 0 (0,0) 17 (35,4) Arranhões, mordeduras 0 (0,0) 4 (8,3) Outros* 3 (0,6) 0 (0,0) Total 584 (104,7) 51 (106,3) Obs 1: excluídos 26 casos de tentativas de suicídio (4,7%) e 3 casos de autoagressões (6,3%) com meios de agressão ignorados. Obs 2: podem ocorrer mais de um meio de agressão para cada caso notificado. *Outros: autosufocamento (1 caso), atear fogo no próprio corpo (1 caso), arma de fogo (1 caso). Avaliação das tentativas de suicídio conforme o sexo e os ciclos de vida Entre o total de 554 notificações de tentativas de suicídio 407 foram mulheres (73,5%) e 147 em homens (26,5%), com predomínio do sexo feminino em todos os ciclos de vida, atingindo proporção maior entre os adolescentes (108/128; 84,4%), seguidos de adultos (114/389; 70,7%) e de idosos (12/34; 64,7%). Ao longo do período 2012 a 2016 observamos uma tendência no aumento do número de casos de tentativas de suicídio entre adolescentes, tanto no sexo feminino como masculino. A tendência de aumento de casos do agravo entre adultos foi mais evidente no sexo masculino (figura 16 e 17). Os 3 casos de tentativa de suicídio detectados em crianças estão descritos de forma resumida a seguir: O primeiro caso ocorreu em 2007 e notificado em 2013, menino com 9 anos de idade na ocorrência, com tentativa de enforcamento e com diagnóstico de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, residente em Porto Alegre, bairro Rubem Berta. O segundo caso ocorreu e foi notificado também em 2013, de menina com 8 anos de idade, residente de Porto Alegre, bairro Rubem Berta, atendida na emergência da UPA MS. Criança veio com SAMU, com sonolência excessiva, e teria tomado os medicamentos do avô. A mãe referia que teria sido por engano, mas a enfermeira do serviço informou que criança verbalizou que queria se matar após uma briga com a irmã de 03 anos, quando a mãe teria batido nas duas. Durante atendimento verbalizou para a assistente social que tinha pensamentos tristes. O terceiro caso que ocorreu em 2014 e foi notificado na mesma data foi de uma menina com 8 anos de idade que internou por ingestão excessiva de clonazepan, com histórico de stress emocional importante após morte traumática do tio, residente de Porto Alegre, bairro Rubem Berta. A evolução para o óbito ocorreu em 14 casos atingindo taxa de letalidade de 2,5% entre os casos notificados de tentativas de suicídio. A proporção de homens que evoluíram para óbito foi maior do que a proporção de mulheres (3,4% X 2,2%). O

14 Figura 16. Número de notificações de tentativas de suicídio por ciclos de vida, sexo feminino, Hospital Nossa Senhora da Conceição, Hospital da Criança Conceição e UPA MS (n=407). Figura 17. Distribuição das notificações de lesões autoprovocadas por ciclos de vida, sexo masculino, Hospital Nossa Senhora da Conceição, Hospital da Criança Conceição e UPA MS (n=147). Avaliação da qualidade da vigilância epidemiológica hospitalar de violências Para avaliarmos a sensibilidade do sistema de vigilância epidemiológica de violências do NHE/HNSC-HCC comparamos o número de casos notificados nestas unidades do GHC com a base de dados do Sinan do estado do Rio Grande do Sul e de Porto Alegre. Identificamos que a proporção de casos notificados por estas unidades do GHC em relação ao total de notificações no Rio Grande do Sul, e em relação ao total de notificações de residentes de Porto Alegre foi maior em 2015, atingindo picos de 7,4% e 56,4%, respectivamente (tabela 4). Ao selecionarmos apenas os casos residentes de Porto Alegre, a proporção de casos notificados por estas Unidades do GHC com o total de casos notificados no Sinan NET de residentes de Porto Alegre não observamos o pico em 2015 possivelmente porque a proporção de casos atendidos de fora de Porto Alegre pode ter aumentado neste ano. No entanto, é importante ressaltar que estas Unidades do GHC, em média avaliada no período , representa uma proporção bem elevada atingindo 5% do total de notificações do estado, enquanto que o total de notificações de violências interpessoais e autoprovocadas de residentes de Porto Alegre notificados por todos os serviços de saúde da cidade representam 10% do total das notificações do estado. Além disso, as notificações destas Unidades do GHC representam 45,5% do total das notificações realizadas por todos os serviços de saúde de Porto Alegre e 31,6% de notificações quando selecionamos os casos residentes de Porto Alegre. O3

15 Tabela 4 Número de notificações de violência interpessoal e autoprovocadas no Rio Grande do Sul, em residentes de Porto Alegre e nas Unidades do GHC (HNSC, HCC, UPA MS) e proporção de notificações realizadas pelas Unidades GHC em relação ao total de notificações do Rio Grande do Sul, ao total de notificações de residentes de Porto Alegre e proporção de notificações realizadas pelas Unidades GHC selecionando residentes de Porto Alegre em relação ao total de notificações de residentes de Porto Alegre. Conclusão Ano de notificação Rio Grande do Sul Porto Alegre Unidades GHC Residentes de POA notificados por Unidades GHC Unidades GHC/RS (%) Unidades GHC/POA Nº % Residentes de PoA notificados por Unidades GHC/POA ,0 25,8 18, ,8 40,9 29, ,4 52,7 38, ,4 56,4 37, ,1 42,9 29,4 Total ,9 45,5 31,6 Fonte: Sinan NET, RS, disponível para consulta. Download em 02/05/2017. Excluídos os casos com informação ignorada para lesões autoprovocadas e para municípios de residência. Considerando a complexidade do tema a abordagem neste boletim foi uma descrição simplificada das características dos casos notificados por violência interpessoal e autoprovocadas. As características das pessoas que sofreram violências no Brasil foram diferentes em alguns aspectos do que encontramos nas Unidades do GHC avaliadas devido ao viés de referenciamento, ou seja, depende do perfil de atendimento das unidades de saúde. Como não foram incluídos os casos do Hospital Cristo Redentor a tipologia mais frequente foi a negligência, seguida das lesões autoprovocadas e o ciclo de vida mais afetado foi o de crianças, enquanto no Brasil foi a física e os adultos, respectivamente (3). Um aspecto semelhante foi o predomínio do sexo feminino mesmo nos casos de lesões autoprovocadas. A identificação de características específicas de um determinado ciclo de vida dos casos atendidos por violências, bem como aspectos de vulnerabilidade ou fatores de risco para a ocorrência do agravo permite criar estratégias direcionadas para prevenção ou redução de danos aos pacientes afetados (7). Foi possível identificar que na população atendida no GHC até os nove anos de idade é necessário direcionar prioritariamente ações educativas aos pais para a prevenção de acidentes que se caracterizam como casos de negligência uma vez que podem e devem ser evitados. Entre os adolescentes também é necessário conhecer mais detalhadamente as situações de negligência e monitorar a qualidade da assistência em relação à instituição oportuna de profilaxia após a exposição sexual, pois a violência sexual é o segundo tipo mais frequente de violência nesta população atendida nestas unidades do GHC. Em terceiro lugar estão as lesões autoprovocadas, e merecem atenção especial por ser o suicídio a segunda causa mais comum de morte entre jovens de 15 a 29 anos de todo o mundo (8). Os transtornos mentais são fatores determinantes importantes e o adequado acompanhamento em serviços de saúde mental, que necessitam ser ampliados no Brasil, podem prevenir estes casos. Segundo a OMS além de outros fatores de risco para o suicídio infanto-juvenil (depressão, histórico familiar de suicídio, uso de álcool e drogas na família e pelo jovem, bullying, stress, O5

16 pressão interna e dificuldade de interação social) houve o surgimento de um novo grupo vulnerável: os jovens desempregados (8). Entre os adultos notificados, atendidos nestas unidades do GHC a violência autoprovocada foi predominante e em idosos ficou em segundo lugar, perdendo apenas para a negligência ou abandono. Em relação aos agressores, com exceção das lesões autoprovocadas, foi possível identificarmos os pais, familiares próximos e pessoas da relação afetiva como os principais agressores entre crianças e adolescentes, pessoas da relação afetiva entre os adultos e os filhos como agressores entre os idosos. Sendo o local de ocorrência mais comum uma residência, as situações de vulnerabilidades nas famílias surge como um grave fator de risco e necessitam de um olhar mais atento e abrangente entre os profissionais de saúde da assistência. É preocupante a situação do Rio Grande do Sul, quanto ao número de lesões autoprovocadas, principalmente entre residentes da capital (4). Nas unidades do GHC o perfil encontrado entre os casos de lesões autoprovocadas são na maioria adultos e adolescentes, residentes de Porto Alegre, da raça branca, sexo feminino, que cursaram até o ensino fundamental completo, com algum diagnóstico de deficiência ou transtorno, sendo o transtorno mental e o de comportamento os mais comuns. É importante o monitoramento dos medicamentos antipsicóticos pela família dos pacientes com transtorno mental uma vez que a maioria dos casos de tentativas de suicídio ocorreu por ingestão destes medicamentos nesta população, assim como eles devem ter atenção na mudança do comportamento dos jovens em casos de automutilação, que ocorreu predominantemente por objetos cortantes ( cutting ). O objetivo da vigilância epidemiológica em âmbito hospitalar é detectar e investigar doenças de notificação compulsória, atendidas em hospital, com aumento da sensibilidade e da oportunidade na detecção destes agravos (9). Neste contexto uma das ações foi a implementação da ficha de notificação informatizada o que ampliou e facilitou o seu acesso a todas as unidades hospitalares do GHC. Além disso há funcionalidades neste sistema que permitem o Serviço Social monitorar todas as notificações realizadas por profissionais da assistência proporcionando o encaminhamento de Comunicação aos Conselhos tutelares e outras instâncias necessárias. Observamos que a proporção de casos de violência interpessoal e autoprovocadas, realizadas pelas Unidades do GHC em relação ao total notificado no Rio Grande do Sul aumentou de 2,0% em 2012 para 6,1% em O mesmo ocorreu quando comparamos a proporção de casos de residentes de Porto Alegre notificados pelas Unidades do GHC em relação ao total de casos notificados entre os residentes do município, aumentando de 18,6% em 2012 para 29,4% em Isto representa que estas unidades do GHC realizam atualmente quase um terço do total de notificações do agravo entre os residentes da capital notificados por todos os serviços de saúde. Quando incluímos também os residentes de fora de Porto Alegre esta proporção de notificações realizadas por estas unidades aumenta para 42,9%. Concluindo, a detecção dos casos de violência interpessoal ou autoprovocada é um passo inicial para a vinculação em uma rede de atenção. Segundo a OMS a criação de um programa de prevenção ao suicídio eficaz deve ter como prioridades a identificação de fatores de risco, o investimento em serviços especializados e o mapeamento de quais são as populações mais vulneráveis, com atenção àqueles que já cometeram tentativas de suicídio (8). Não lidamos com o suicídio, mas com o sofrimento humano. Falar sobre o suicídio é falar sobre a vida. Professor Doutor Neury José Botega, dez O6

17 Referências (1) BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Instrutivo para preenchimento da ficha de notificação de violência interpessoal/autoprovocada Disponível em: < Acesso em: 2 ago (2) BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Ação e Análise Epidemiológica. Violência Disponível em: < Acesso em: 2 ago (3) BRASIL. Ministério da Saúde. Datasus. Informações de saúde (TABNET). Epidemiológicas e morbidade. Doenças e Agravos de Notificação de 2007 em diante (SINAN). Violência doméstica, sexual e/ou outras violências Disponível em: < Acesso em: 27 jul (4) RIO GRANDE DO SUL. Secretaria Estadual da Saúde. Centro Estadual de Vigilância em Saúde. Tabulações da Vigilância Epidemiológica. Porto Alegre: SES, Disponível em: < Acesso em: 28 jul (5) PORTO ALEGRE. Prefeitura Municipal. Balanço Vigilância das violências recebe 2,6 mil notificações em Porto Alegre, Disponível em: < Acesso em: 26 maio (6) BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. Linha de cuidado para atenção integral à saúde de crianças, adolescentes e suas famílias em situação de violências. Brasília, DF: Ed. Ministério da Saúde, (7) ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Relatório mundial sobre a prevenção da violência Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo. Genebra, (8) WORLD HEALTH ORGANIZATION. Preventing suicide: a community engagement toolkit. Pilot version 1.0. Geneva, Disponível em: < MER-16.6-eng.pdf?ua=1>. Acesso em: 31 jul (9) BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n.º 2.529, de 23 de novembro de Institui o Subsistema Nacional de Vigilância Epidemiológica em Âmbito Hospitalar, define competências para os estabelecimentos hospitalares, a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios, cria a Rede Nacional de Hospitais de Referência para o referido Subsistema e define critérios para qualificação de estabelecimentos Disponível em: < Acesso em: 31 jul O@

18 Anexo I. Número de notificações de violência interpessoal ou autoprovocadas, por UF e regiões, Brasil, 2012 a Região/UF de notificação Total Região Norte Rondônia Acre Amazonas Roraima Pará Amapá Tocantins Região Nordeste Maranhão Piauí Ceará Rio Grande do Norte Paraíba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia Região Sudeste Minas Gerais Espírito Santo Rio de Janeiro São Paulo Região Sul Paraná Santa Catarina Rio Grande do Sul Região Centro-Oeste Mato Grosso do Sul Mato Grosso Goiás Distrito Federal Total Dados sujeitos à revisão. Download em 27/02/2017. Anexo II. Número de notificações de Violências Autoprovocadas, por UF e regiões, Brasil, 2012 a Região/UF de notificação Total Região Norte Rondônia Acre Amazonas Roraima Pará Amapá Tocantins Região Nordeste Maranhão Piauí Ceará Rio Grande do Norte Paraíba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia Região Sudeste Minas Gerais Espírito Santo Rio de Janeiro São Paulo Região Sul Paraná Santa Catarina Rio Grande do Sul Região Centro-Oeste Mato Grosso do Sul Mato Grosso Goiás Distrito Federal Total Dados sujeitos à revisão. Download em 27/02/2017. OB

19

Informe Epidemiológico 2018

Informe Epidemiológico 2018 Informe Epidemiológico 2018 Núcleo Hospitalar de Epidemiologia HNSC/HCC Setembro Amarelo: a Situação da Violência Autoprovocada Violências autoprovocadas: Um sério problema de saúde pública OSUICÍDIO é

Leia mais

Informes Epidemiológicos

Informes Epidemiológicos Informes Epidemiológicos Notificação de violências No Brasil, as causas externas (violências e acidentes) representam a terceira causa de morte na população geral e a primeira entre a população entre 1

Leia mais

B O L E T I M EPIDEMIOLÓGICO SÍFILIS ano I nº 01

B O L E T I M EPIDEMIOLÓGICO SÍFILIS ano I nº 01 B O L E T I M EPIDEMIOLÓGICO SÍFILIS 2 012 ano I nº 01 2012. Ministério da Saúde É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte. Expediente Boletim Epidemiológico - Sífilis

Leia mais

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS VIOLÊNCIAS INTERPESSOAIS E AUTOPROVOCADAS EM IDOSOS. RECIFE, 2010 A 2017

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS VIOLÊNCIAS INTERPESSOAIS E AUTOPROVOCADAS EM IDOSOS. RECIFE, 2010 A 2017 SECRETARIA DE SAÚDE Setor de Doenças e Agravos Não Transmissíveis PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS VIOLÊNCIAS INTERPESSOAIS E AUTOPROVOCADAS EM IDOSOS. RECIFE, 2010 A 2017 Recife, Agosto de 20182017 Prefeito

Leia mais

ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE

ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE PROJETO DE HUMANIZAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DO ACOLHIMENTO ÀS MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA NO INSTITUTO MÉDICO LEGAL DR. AFRÂNIO PEIXOTO OBJETIVO GERAL: Qualificar o atendimento a

Leia mais

SETEMBRO AMARELO. Ministério da Saúde lança Agenda Estratégica de Prevenção do Suicídio

SETEMBRO AMARELO. Ministério da Saúde lança Agenda Estratégica de Prevenção do Suicídio SETEMBRO AMARELO Ministério da Saúde lança Agenda Estratégica de Prevenção do Suicídio A meta é reduzir em 10% a mortalidade por suicídio até 2020 Brasil é signatário do Plano de Ação em Saúde Mental,

Leia mais

Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes RELATÓRIO 2006/2007. Organização. Karla Livi

Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes RELATÓRIO 2006/2007. Organização. Karla Livi Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes RELATÓRIO 2006/2007 Organização Karla Livi Prefeito José Fogaça Secretaria Municipal da Saúde Secretário Eliseu Santos Coordenadoria Geral de Vigilância

Leia mais

SUICÍDIO CENÁRIO EPIDEMIOLÓGICO DE CURITIBA

SUICÍDIO CENÁRIO EPIDEMIOLÓGICO DE CURITIBA SUICÍDIO CENÁRIO EPIDEMIOLÓGICO DE CURITIBA Flavia Adachi Coordenação de Saúde Mental - SMS NOTIFICAÇÕES DE VIOLÊNCIA AUTOPROVOCADA/AUTOINFLINGIDA 2012: Sistema Nacional de Agravos de notificação - SINAN

Leia mais

DEVISA_VE_DANT_ VIGILÂNCIA VIOLÊNCIA

DEVISA_VE_DANT_ VIGILÂNCIA VIOLÊNCIA Orientações sobre a notificação de violência doméstica, sexual, tentativa de suicídio e de outras violências, no âmbito da Portaria GM/MS nº 1.271, de 06 de junho de 2014 e alterações na ficha de notificação

Leia mais

Quantidade de Acessos / Plano de Serviço / Unidade da Federação - Novembro/2007

Quantidade de Acessos / Plano de Serviço / Unidade da Federação - Novembro/2007 Quantidade de Acessos / Plano de Serviço / Unidade da Federação - Novembro/2007 REGIÃO NORTE 5.951.408 87,35 861.892 12,65 6.813.300 RONDÔNIA 760.521 88,11 102.631 11,89 863.152 ACRE 298.081 85,86 49.094

Leia mais

Acre Previsão por Coeficiente no Estado

Acre Previsão por Coeficiente no Estado Acre 0,6 121.073,55 262.729,59 0,8 161.431,39 350.306,12 1,0 201.789,24 437.882,66 1,2 242.147,09 525.459,19 1,4 - - 1,6 322.862,79 700.612,25 1,8 363.220,64 788.188,78 2,0 - - 2,2 - - 2,4 - - 2,6 524.652,03

Leia mais

Perfil Epidemiológico do Suicídio no Paraná

Perfil Epidemiológico do Suicídio no Paraná Psic. Me. Emerson Luiz Peres Perfil Epidemiológico do Suicídio no Paraná Psic. Me. Emerson Luiz Peres Superintendência de Vigilância em Saúde - SVS Centro de Epidemiologia - CEPI Divisão de Vigilância

Leia mais

III Encontro dos Coordenadores de Saúde do Trabalhador Estratégia e Agenda Renast

III Encontro dos Coordenadores de Saúde do Trabalhador Estratégia e Agenda Renast III Encontro dos Coordenadores de Saúde do Trabalhador Estratégia e Agenda Renast Coordenação Geral de Saúde do Trabalhador Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador Secretaria

Leia mais

III contra a criança e o adolescente; IV contra a pessoa com deficiência; VI contra o portador do vírus HIV;

III contra a criança e o adolescente; IV contra a pessoa com deficiência; VI contra o portador do vírus HIV; LEI N.º 8.800, DE 12 DE JUNHO DE 2017 Institui NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA DE VIOLÊNCIA-NCV nas categorias que especifica. O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE JUNDIAÍ, Estado de São Paulo, de acordo com o que decretou

Leia mais

Informe Epidemiológico Influenza

Informe Epidemiológico Influenza Informe Epidemiológico Influenza Dados atualizados em //17 Semana Epidemiológica 1 a /17 (1/1/17 a /1/17) Núcleo Hospitalar de Epidemiologia HNSC-HCC No Brasil, desde, existe o Sistema Nacional de Vigilância

Leia mais

INSERIR O TÍTULO DO DO EVENTO

INSERIR O TÍTULO DO DO EVENTO Panorama regional dos serviços de saúde do adolescente INSERIR O TÍTULO DO DO EVENTO Carla Magda Allan Santos Domingues Coordenadora Geral do Programa Nacional de Imunizações X a X de XXXXXX de 2018 Brasília/DF

Leia mais

Informe Epidemiológico Influenza

Informe Epidemiológico Influenza Informe Epidemiológico Influenza Dados atualizados em 02/03/2018 Semana Epidemiológica 1 a 05/2018 (31/12/2017 a 03/02/2018) Núcleo Hospitalar de Epidemiologia HNSC-HCC No Brasil, desde 2000, existe o

Leia mais

Vigilância das Tentativas de Suicídio em Recife Avanços e Desafios na Promoção da Integralidade

Vigilância das Tentativas de Suicídio em Recife Avanços e Desafios na Promoção da Integralidade Vigilância das Tentativas de Suicídio em Recife Avanços e Desafios na Promoção da Integralidade Secretaria de Saúde do Recife Autores : Maria Carmelita Maia e Silva, Claudia Castro, Elvânia Ferreira, Geaninne

Leia mais

Informe Epidemiológico Influenza

Informe Epidemiológico Influenza Informe Epidemiológico Influenza Dados atualizados em 1/3/17 Semana Epidemiológica 1 a /17 (1/1/17 a 5//17) Núcleo Hospitalar de Epidemiologia HNSC-HCC No Brasil, desde, existe o Sistema Nacional de Vigilância

Leia mais

Informe Epidemiológico Influenza

Informe Epidemiológico Influenza Informe Epidemiológico Influenza Dados atualizados em 23/11/2018 Semana Epidemiológica 1 a 44/2018 (31/12/2017 a 03/11/2018) Núcleo Hospitalar de Epidemiologia HNSC-HCC Este informe apresenta resultados

Leia mais

Informe Epidemiológico Influenza

Informe Epidemiológico Influenza Informe Epidemiológico Influenza Dados atualizados em 7/6/217 Semana Epidemiológica 1 a 22/217 (1/1/217 a 3/6/217) Núcleo Hospitalar de Epidemiologia HNSC-HCC No Brasil, desde 2, existe o Sistema Nacional

Leia mais

LINHA DE CUIDADO PREVENÇÃO DO SUICÍDIO

LINHA DE CUIDADO PREVENÇÃO DO SUICÍDIO CURITIBA 2018 LINHA DE CUIDADO PREVENÇÃO DO SUICÍDIO Secretaria de Saúde de Curitiba Departamento de Atenção à Saúde Coordenação de Saúde Mental Cenário epidemiológico Centro de Epidemiologia Secretaria

Leia mais

Sistematização e análise de casos notificados de violência contra a mulher em Viçosa-MG.

Sistematização e análise de casos notificados de violência contra a mulher em Viçosa-MG. Sistematização e análise de casos notificados de violência contra a mulher em Viçosa-MG. Projeto A violência contra a mulher em Viçosa MG: compreensão do fenômeno por profissionais de saúde e análise da

Leia mais

Vigilância em Saúde do Trabalhador Agenda Estratégica e a Renast

Vigilância em Saúde do Trabalhador Agenda Estratégica e a Renast Vigilância em Saúde do Trabalhador Agenda Estratégica e a Renast Coordenação Geral de Saúde do Trabalhador Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador Secretaria de Vigilância

Leia mais

PERFIL DA MORTALIDADE POR SUICÍDIO NO MUNICIPIO DE CURITIBA 2015

PERFIL DA MORTALIDADE POR SUICÍDIO NO MUNICIPIO DE CURITIBA 2015 PERFIL DA MORTALIDADE POR SUICÍDIO NO MUNICIPIO DE CURITIBA 2015 Fonte: Centro de Epidemiologia Coordenação de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis I - As causas externas (acidentes e violências)

Leia mais

Informe Epidemiológico Influenza

Informe Epidemiológico Influenza Informe Epidemiológico Influenza Dados atualizados em 4/4/217 Semana Epidemiológica 1 a 12/217 (1/1/217 a 25/3/217) Núcleo Hospitalar de Epidemiologia HNSC-HCC No Brasil, desde 2, existe o Sistema Nacional

Leia mais

Epidemiológico. Informe. Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde Influenza: Monitoramento até a Semana Epidemiológica 14 de 2016

Epidemiológico. Informe. Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde Influenza: Monitoramento até a Semana Epidemiológica 14 de 2016 Informe Epidemiológico Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde Influenza: Monitoramento até a 14 de 216 A vigilância da influenza no é composta pela vigilância sentinela de Síndrome Gripal

Leia mais

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua PNAD Contínua. Mercado de Trabalho Brasileiro 1º trimestre de de maio de 2018

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua PNAD Contínua. Mercado de Trabalho Brasileiro 1º trimestre de de maio de 2018 Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua PNAD Contínua Mercado de Trabalho Brasileiro 1º trimestre de 2018 17 de maio de 2018 P R I N C I P A L O B J E T I V O Produzir informações contínuas

Leia mais

Boletim Epidemiológico

Boletim Epidemiológico 03 Boletim Epidemiológico Análise Epidemiológica dos casos de dengue, febre de chikungunya e febre pelo vírus Zika. Semana Epidemiológica 1 a 49, Volume 1 Nº 3 Introdução A dengue, zika vírus e febre chikungunya

Leia mais

Informe Epidemiológico Influenza

Informe Epidemiológico Influenza Informe Epidemiológico Influenza Dados atualizados em 17/11/2017 Semana Epidemiológica 1 a 39/2017 (01/01/2017 a 30/09/2017) Núcleo Hospitalar de Epidemiologia HNSC-HCC No Brasil, desde 2000, existe o

Leia mais

Informe Epidemiológico Influenza

Informe Epidemiológico Influenza Informe Epidemiológico Influenza Dados atualizados em 29/08/2017 Semana Epidemiológica 1 a 33/2017 (01/01/2017 a 19/08/2017) Núcleo Hospitalar de Epidemiologia HNSC-HCC No Brasil, desde 2000, existe o

Leia mais

9, R$ , , R$ ,

9, R$ , , R$ , Rondônia 2005 R$ 601.575,17 2005 10.154 2004 1.027.983 2004 108.139 2004 10,52 2006 R$ 609.834,21 2006 10.757 2005 1.025.249 2005 101.539 2005 9,90 2007 R$ 1.229.490,00 2007 9.100 2006 1.047.004 2006 111.068

Leia mais

Informe Epidemiológico Influenza

Informe Epidemiológico Influenza Informe Epidemiológico Influenza Dados atualizados em 8/8/217 Semana Epidemiológica 1 a 31/217 (1/1/217 a 5/8/217) Núcleo Hospitalar de Epidemiologia HNSC-HCC No Brasil, desde 2, existe o Sistema Nacional

Leia mais

Informe Epidemiológico Influenza

Informe Epidemiológico Influenza Informe Epidemiológico Influenza Dados atualizados em 21/12/2018 Semana Epidemiológica 1 a 48/2018 (31/12/2017 a 01/12/2018) Núcleo Hospitalar de Epidemiologia HNSC-HCC Este informe apresenta resultados

Leia mais

A DSDST B O L E T I M E P I D E M I O L Ó G I C O. ano V nº 01 01ª à 26ª semanas epidemiológicas - janeiro a junho de 2008 MINISTÉRIO DA SAÚDE

A DSDST B O L E T I M E P I D E M I O L Ó G I C O. ano V nº 01 01ª à 26ª semanas epidemiológicas - janeiro a junho de 2008 MINISTÉRIO DA SAÚDE B O L E T I M E P I D E M I O L Ó G I C O A DSDST Municípios com pelo menos um caso de aids em indivíduos com 50 anos ou mais MINISTÉRIO DA SAÚDE 27ª à 52ª semanas epidemiológicas - julho a dezembro de

Leia mais

Boletim Epidemiológico

Boletim Epidemiológico Boletim Epidemiológico Análise Epidemiológica dos casos de dengue, febre de chikungunya e febre pelo vírus Zika. Semana Epidemiológica 1 a 46,. Volume 1 Nº 2 Introdução A Dengue, febre chikungunya e zika

Leia mais

Informe Epidemiológico Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde Influenza: Monitoramento até a Semana Epidemiológica 09 de 2016

Informe Epidemiológico Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde Influenza: Monitoramento até a Semana Epidemiológica 09 de 2016 Informe Epidemiológico Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde Influenza: Monitoramento até a Semana Epidemiológica 9 de 216 A vigilância da influenza no Brasil é composta pela vigilância

Leia mais

INFORME EPIDEMIOLÓGICO Nº 56 SEMANA EPIDEMIOLÓGICA (SE) 50/2016 (11/12/2016 A 17/12/2016) MONITORAMENTO DOS CASOS DE MICROCEFALIA NO BRASIL

INFORME EPIDEMIOLÓGICO Nº 56 SEMANA EPIDEMIOLÓGICA (SE) 50/2016 (11/12/2016 A 17/12/2016) MONITORAMENTO DOS CASOS DE MICROCEFALIA NO BRASIL INFORME EPIDEMIOLÓGICO Nº 56 SEMANA EPIDEMIOLÓGICA (SE) 50/2016 (11/12/2016 A 17/12/2016) MONITORAMENTO DOS CASOS DE MICROCEFALIA NO BRASIL Neste documento constam as informações epidemiológicas referentes

Leia mais

Boletim Epidemiológico

Boletim Epidemiológico Boletim Epidemiológico Análise Epidemiológica dos casos de Dengue, Febre de Chikungunya e Febre pelo vírus Zika, Semana Epidemiológica 1 a 15, do ano de Introdução A dengue, Zika vírus e febre Chikungunya

Leia mais

Boletim Epidemiológico

Boletim Epidemiológico Boletim Epidemiológico Análise Epidemiológica dos casos de dengue, febre de chikungunya e febre pelo vírus Zika, Semana Epidemiológica 1 a 52, 2017. Introdução A dengue, zika vírus e febre chikungunya

Leia mais

Informe Epidemiológico Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde Influenza: Monitoramento até a Semana Epidemiológica 12 de 2016

Informe Epidemiológico Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde Influenza: Monitoramento até a Semana Epidemiológica 12 de 2016 Informe Epidemiológico Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde Influenza: Monitoramento até a Semana Epidemiológica 12 de 216 A vigilância da influenza no Brasil é composta pela vigilância

Leia mais

Informe Epidemiológico Influenza Semanal

Informe Epidemiológico Influenza Semanal Informe Epidemiológico Influenza Semanal Dados atualizados em 19/06/2019 Semana Epidemiológica 01 a 24/2019 (30/12/2018 a 15/06/2019) Núcleo Hospitalar de Epidemiologia HNSC-HCC Este informe apresenta

Leia mais

Estatísticas do Registro Civil Data 17 / 12 / 2012

Estatísticas do Registro Civil Data 17 / 12 / 2012 Estatísticas do Registro Civil 2011 Data 17 / 12 / 2012 Em 2011, o total de registros foi 2,0% maior que em 2010, indicando a melhoria da cobertura do registro civil de nascimento no País. Houve acréscimo

Leia mais

Responsabilidades e Diretrizes para execução e financiamento de ações de Vigilância em Saúde

Responsabilidades e Diretrizes para execução e financiamento de ações de Vigilância em Saúde Responsabilidades e Diretrizes para execução e financiamento de ações de Vigilância em Saúde Departamento de Gestão da Vigilância em Saúde-DEGEVS Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde dagvs@saude.gov.br

Leia mais

Epidemiológico. Informe. Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde Influenza: Monitoramento até a Semana Epidemiológica 13 de 2016

Epidemiológico. Informe. Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde Influenza: Monitoramento até a Semana Epidemiológica 13 de 2016 Informe Epidemiológico Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde Influenza: Monitoramento até a 13 de 216 A vigilância da influenza no é composta pela vigilância sentinela de Síndrome Gripal

Leia mais

Análise Epidemiológica dos casos de Dengue, Febre de Chikungunya e Febre pelo vírus Zika, Semana Epidemiológica 1 a 30, do ano de 2018.

Análise Epidemiológica dos casos de Dengue, Febre de Chikungunya e Febre pelo vírus Zika, Semana Epidemiológica 1 a 30, do ano de 2018. Boletim Epidemiológico Volume2 Nº 7 Análise Epidemiológica dos casos de Dengue, Febre de Chikungunya e Febre pelo vírus Zika, Semana Epidemiológica 1 a 30, do ano de 2018. Introdução dengue no Brasil 6,39%

Leia mais

Síntese do Trabalho/Projeto NOTIFICAÇÃO EM PERDA AUDITIVA INDUZIDA POR RUÍDO: UM COMPROMISSO PROFISSIONAL E UMA EXIGÊNCIA Tema LEGAL

Síntese do Trabalho/Projeto NOTIFICAÇÃO EM PERDA AUDITIVA INDUZIDA POR RUÍDO: UM COMPROMISSO PROFISSIONAL E UMA EXIGÊNCIA Tema LEGAL Síntese do Trabalho/Projeto NOTIFICAÇÃO EM PERDA AUDITIVA INDUZIDA POR RUÍDO: UM COMPROMISSO PROFISSIONAL E UMA EXIGÊNCIA Tema LEGAL Autores DIAS, Daniela I.B.; NUNES, Edilvana C.A.F.; SANTOS, Meire M.M.;

Leia mais

INFORME EPIDEMIOLÓGICO Nº 51 SEMANA EPIDEMIOLÓGICA (SE) 44/2016 (30/10/2016 A 05/11/2016) MONITORAMENTO DOS CASOS DE MICROCEFALIA NO BRASIL

INFORME EPIDEMIOLÓGICO Nº 51 SEMANA EPIDEMIOLÓGICA (SE) 44/2016 (30/10/2016 A 05/11/2016) MONITORAMENTO DOS CASOS DE MICROCEFALIA NO BRASIL INFORME EPIDEMIOLÓGICO Nº 51 SEMANA EPIDEMIOLÓGICA (SE) 44/2016 (30/10/2016 A 05/11/2016) MONITORAMENTO DOS CASOS DE MICROCEFALIA NO BRASIL Neste documento constam as informações epidemiológicas referentes

Leia mais

Boletim Epidemiológico

Boletim Epidemiológico Boletim Epidemiológico Análise Epidemiológica dos casos de dengue, febre de chikungunya e febre pelo vírus Zika, Semana Epidemiológica 1 a 5, do ano de 2018. Introdução A dengue, zika vírus e febre chikungunya

Leia mais

VIGILÂNCIA EM SAÚDE DE POPULAÇÕES EXPOSTAS A AGROTÓXICOS

VIGILÂNCIA EM SAÚDE DE POPULAÇÕES EXPOSTAS A AGROTÓXICOS Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador Coordenação Geral de Saúde do Trabalhador - CGST VIGILÂNCIA EM SAÚDE DE POPULAÇÕES

Leia mais

FEBRE AMARELA MONITORAMENTO - BRASIL 2017/2018

FEBRE AMARELA MONITORAMENTO - BRASIL 2017/2018 FEBRE AMARELA MONITORAMENTO - BRASIL 2017/2018 Márcio Garcia Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis marcio.garcia@saude.gov.br Brasília,

Leia mais

Informe Epidemiológico Influenza Semanal

Informe Epidemiológico Influenza Semanal Informe Epidemiológico Influenza Semanal Dados atualizados em 01/07/2019 Semana Epidemiológica 01 a 25/2019 (30/12/2018 a 22/06/2019) Núcleo Hospitalar de Epidemiologia HNSC-HCC A vigilância da influenza

Leia mais

MORTALIDADE POR LESÕES AUTOPROVOCADAS EM IDOSOS NO BRASIL

MORTALIDADE POR LESÕES AUTOPROVOCADAS EM IDOSOS NO BRASIL MORTALIDADE POR LESÕES AUTOPROVOCADAS EM IDOSOS NO BRASIL Mayrane Misayane Sousa dos Santos 1 ; Jonas Siebra de Lima 2 ; Geane Sara de Holanda 3 ; Nayanne Cristinne de Sousa Amaro 4 ; Cicera Renata Diniz

Leia mais

Boletim Epidemiológico

Boletim Epidemiológico Boletim Epidemiológico Análise Epidemiológica dos casos de Febre Amarela. Até a Semana Epidemiológica 19 de 2018. Volume 1 Nº 09 Introdução A Febre Amarela é uma doença infecciosa grave causada por um

Leia mais

ESTUDO DE COMPARAÇÃO DA TENDÊNCIA DA AIDS NO BRASIL, REGIÕES E ESTADOS, DE 1990 A 2012, POR SEXO E FAIXA ETÁRIA

ESTUDO DE COMPARAÇÃO DA TENDÊNCIA DA AIDS NO BRASIL, REGIÕES E ESTADOS, DE 1990 A 2012, POR SEXO E FAIXA ETÁRIA ESTUDO DE COMPARAÇÃO DA TENDÊNCIA DA AIDS NO BRASIL, REGIÕES E ESTADOS, DE 1990 A 2012, POR SEXO E FAIXA ETÁRIA Hérica Santos da Silva 1 2 Alessandro Henrique da Siva Santos 1 Tatijana Stosic 1 1 Introdução

Leia mais

Boletim Epidemiológico

Boletim Epidemiológico Boletim Epidemiológico Análise Epidemiológica dos casos de Febre Amarela. Até a Semana Epidemiológica 12 de 2018. Volume 1 Nº 05 Introdução A Febre Amarela é uma doença infecciosa grave causada por um

Leia mais

TENDÊNCIAS DA INCIDÊNCIA DA AIDS NO BRASIL E SUAS REGIÕES

TENDÊNCIAS DA INCIDÊNCIA DA AIDS NO BRASIL E SUAS REGIÕES TENDÊNCIAS DA INCIDÊNCIA DA AIDS NO BRASIL E SUAS REGIÕES Alessandro Henrique da Silva Santos (1); Monique de Lima Santana (1). UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO - alessandrohss@yahoo.com.br Resumo: De

Leia mais

Casos de FHD Óbitos e Taxa de letalidade

Casos de FHD Óbitos e Taxa de letalidade Casos de dengue Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total 2003 20.471 23.612 - - - - - - - - - - 44.083 2002 94.447 188.522 237.906 128.667 60.646 23.350 12.769 10.149 6.682 7.138 9.246 9.052

Leia mais

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA ATUAL

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA ATUAL INFORME EPIDEMIOLÓGICO Nº 09 SEMANA EPIDEMIOLÓGICA (SE) 02/2016 (10 A 16/01/2016) MONITORAMENTO DOS CASOS DE MICROCEFALIA NO BRASIL A partir desta edição, o informe epidemiológico do COES passa a apresentar

Leia mais

Resultados do Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes VIVA/2013. Porto Alegre, novembro de Organização

Resultados do Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes VIVA/2013. Porto Alegre, novembro de Organização Resultados do Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes VIVA/2013 Porto Alegre, novembro de 2015 Organização Maria de Fátima Fernandes Géa Sandra Maria Birnfeld Kurtz 1 Este relatório apresenta os

Leia mais

Perfil das/dos Dirigentes da CUT. Pesquisa Perfil Afirmativo

Perfil das/dos Dirigentes da CUT. Pesquisa Perfil Afirmativo Perfil das/dos Dirigentes da CUT Pesquisa Perfil Afirmativo Março/2014 Características da Pesquisa Dirigentes da CUT Pesquisa quantitativa Censitária Questionário padronizado Realizada por telefone Campo

Leia mais

Boletim Epidemiológico

Boletim Epidemiológico Boletim Epidemiológico Análise Epidemiológica dos casos de dengue, febre de chikungunya e febre pelo vírus Zika. Semana Epidemiológica 1 a 35,. Volume 1 Nº 1 Introdução A dengue, zika vírus e febre chikungunya

Leia mais

Perfil Epidemiológico do Suicídio no Estado do Paraná

Perfil Epidemiológico do Suicídio no Estado do Paraná Perfil Epidemiológico do Suicídio no Estado do Paraná Superintendência de Vigilância em Saúde SVS Centro de Epidemiologia CEPI Divisão de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis- DVDNT Principais

Leia mais

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NA PARAÍBA

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NA PARAÍBA SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NA PARAÍBA Setembro de 2012 MARCO HISTÓRICO o Desde 1993 a violência contra as mulheres é reconhecida como uma violação aos direitos humanos (Conferência

Leia mais

Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A Divulgação dos resultados parciais do programa em 2013.

Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A Divulgação dos resultados parciais do programa em 2013. Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A Divulgação dos resultados parciais do programa em 2013. O Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A tem por objetivo a prevenção e controle da hipovitaminose

Leia mais

RELATÓRIO Organização. Karla Livi Simone Lerner

RELATÓRIO Organização. Karla Livi Simone Lerner RELATÓRIO 2010 Organização Karla Livi Simone Lerner Porto Alegre, janeiro 2012 1 SUMÁRIO 1 Apresentação...3 2 Introdução...4 3 Resultados...6 3.1 Dados Gerais...6 3.2 Serviços Notificadores...18 3.3 Região

Leia mais

ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DO SAMU NO BRASIL NA DÉCADA

ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DO SAMU NO BRASIL NA DÉCADA ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DO SAMU NO BRASIL NA DÉCADA 2007-2016. João Paulo Teixeira da Silva (1); Romério Menezes Paiva Chaves (2); Oswaldo Gomes Corrêa Negrão (3). (1) Universidade Federal do Rio Grande do

Leia mais

Compromisso da Psicologia com a visibilidade e Notificação das Violências

Compromisso da Psicologia com a visibilidade e Notificação das Violências VIII Seminário de Psicologia e Políticas Públicas "Psicologia no Enfrentamento das Violências e Garantia de Direitos" Compromisso da Psicologia com a visibilidade e Notificação das Violências Marta Maria

Leia mais

PRIORIDADES AÇÕES PRIORITÁRIAS

PRIORIDADES AÇÕES PRIORITÁRIAS INSTRUTIVO PARA PREENCHIMENTO DA PROGRAMAÇÃO DAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE NAS UNIDADES FEDERADAS 2010 2011 TUBERCULOSE 1 INTRODUÇÃO O presente instrutivo tem como objetivo orientar as Secretarias Estaduais

Leia mais

CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS DO SUICÍDIO NA MACRORREGIÃO SUL DO ESTADO DE SANTA CATARINA

CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS DO SUICÍDIO NA MACRORREGIÃO SUL DO ESTADO DE SANTA CATARINA http://dx.doi.org/10.18616/gcsaude16 CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS DO SUICÍDIO NA MACRORREGIÃO SUL DO ESTADO DE SANTA CATARINA Lucas Corrêa Preis Acadêmico do Curso de Enfermagem, Centro Universitário

Leia mais

NOTIFICAÇÃO DE VIOLÊNCIAS NO SINAN: A notificação de violência foi estabelecida como obrigatória pela Portaria N - 104/GM/MS, de 25 de Janeiro de

NOTIFICAÇÃO DE VIOLÊNCIAS NO SINAN: A notificação de violência foi estabelecida como obrigatória pela Portaria N - 104/GM/MS, de 25 de Janeiro de NOTIFICAÇÃO DE VIOLÊNCIAS NO SINAN: A notificação de violência foi estabelecida como obrigatória pela Portaria N - 104/GM/MS, de 25 de Janeiro de 2011.TRATA-SE DE PROCEDIMENTO COMPULSÓRIO. Deve-se destacar

Leia mais

Influenza A Novo subtipo viral H1N1, MSP

Influenza A Novo subtipo viral H1N1, MSP Nº1 - Agosto de 2009 Influenza A Novo subtipo viral H1N1, MSP O início da primeira pandemia do século XXI, desencadeada pela circulação entre os seres humanos de um novo vírus da influenza A (H1N1) foi

Leia mais

Programa Nacional de Vigilância dos Acidentes de Trabalho

Programa Nacional de Vigilância dos Acidentes de Trabalho Programa Nacional de Vigilância dos Acidentes de Trabalho (Proposta em Elaboração) Coordenação Geral de Saúde do Trabalhador Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador Secretaria

Leia mais

Ranking de salário dos Tribunais de Justiça nos Estados e DF - Junho 2018 SS JUSTIÇA MG

Ranking de salário dos Tribunais de Justiça nos Estados e DF - Junho 2018 SS JUSTIÇA MG Ranking de salário dos Tribunais de Justiça nos Estados e DF - Junho 2018 SS JUSTIÇA MG SS Justiça MG Junho 2018 Tabela 1 Tribunais de Justiça Estaduais posicionados conforme Vencimento Básico Vencimentos

Leia mais

Ministério da Saúde investiga casos suspeitos de microcefalia no país

Ministério da Saúde investiga casos suspeitos de microcefalia no país Ministério da Saúde investiga 4.222 casos suspeitos de microcefalia no país Estão sendo investigados todos os casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central, inclusive a possível

Leia mais

Risco de Suicídio na Infância e Adolescência. Berenice Rheinheimer

Risco de Suicídio na Infância e Adolescência. Berenice Rheinheimer Risco de Suicídio na Infância e Adolescência Berenice Rheinheimer Introdução Suicídio na História Morte de Sócrates, Jacque-Louis Davis, 1787 Suicídio na História Ixtab, Dresden Codex Suicídio na História

Leia mais

Estratégias de Combate a Sífilis

Estratégias de Combate a Sífilis Estratégias de Combate a Sífilis Sífilis A prevenção da transmissão vertical da sífilis é uma prioridade das Instituições: SESAB Ministério da Saúde OMS OPAS E visa assegurar o direito à atenção humanizada

Leia mais

FNPETI FÓRUM NACIONAL DE PREVENÇÃO E ERRADICAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL. Cenário do Trabalho Infantil Dados PNAD 2014

FNPETI FÓRUM NACIONAL DE PREVENÇÃO E ERRADICAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL. Cenário do Trabalho Infantil Dados PNAD 2014 Cenário do Trabalho Infantil Dados PNAD 2014 Fonte: IBGE/Pnad. Elaboração própria. Nota: a PNAD até o ano de 2003 não abrangia a área rural da região Norte (exceto o Tocantins). Nos anos de 1994, 2000

Leia mais

CADÊ?BRASIL2016 CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM DADOS E ESTATÍSTICAS

CADÊ?BRASIL2016 CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM DADOS E ESTATÍSTICAS CADÊ?BRASIL2016 CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM DADOS E ESTATÍSTICAS CADÊ?BRASIL2016 CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM DADOS E ESTATÍSTICAS CADÊ? BRASIL 2016 CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM DADOS E ESTATÍSTICAS COORDENAÇÃO

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº 609, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2014

RESOLUÇÃO Nº 609, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2014 RESOLUÇÃO Nº 609, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2014 Ementa: Aprova o Orçamento Programa do Exercício de 2015 dos Conselhos Federal e Regionais de Farmácia. O CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA, no uso das atribuições

Leia mais

Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A Divulgação dos resultados parciais do programa em 2013.

Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A Divulgação dos resultados parciais do programa em 2013. Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A Divulgação dos resultados parciais do programa em 2013. O Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A tem por objetivo a prevenção e controle da hipovitaminose

Leia mais

Prévia do Mapa da Violência Os jovens do Brasil

Prévia do Mapa da Violência Os jovens do Brasil Prévia do Mapa da Violência 2014. Os jovens do Brasil A recente divulgação das bases de dados do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde (MS), correspondentes ao ano de 2012,

Leia mais

Mortality trends due to tuberculosis in Brazil,

Mortality trends due to tuberculosis in Brazil, 10 UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE FACULDADE DE MEDICINA INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA E BIOESTATÍSTICA Tendência da mortalidade por tuberculose no Brasil, 2005 a 2014 Mortality

Leia mais

Contabilizando para o Cidadão Entendendo as Finanças Públicas

Contabilizando para o Cidadão Entendendo as Finanças Públicas - ano 2015 Pernambuco 5,20% Ceará 5,44% Maranhão 5,14% Pará 4,89% Paraná 4,43% Rio Grande do Sul 4,37% Santa Catarina 2,54% Rio Grande do Norte 2,48% Espírito Santo 2,14% Amazonas 2,06% Sergipe 1,87% Alagoas

Leia mais

PROJEÇÕES POPULACIONAIS PARA O ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL:

PROJEÇÕES POPULACIONAIS PARA O ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL: PROJEÇÕES POPULACIONAIS PARA O ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL: 2015-2050 Centro de Informações Estatísticas Núcleo de Indicadores Sociais e Ambientais Porto Alegre, 08 de Novembro de 2012 - Evoluções Populacionais

Leia mais

Perfil das Vítimas e Agressores das Ocorrências Registradas pelas Polícias Civis (Janeiro de 2004 a Dezembro de 2005)

Perfil das Vítimas e Agressores das Ocorrências Registradas pelas Polícias Civis (Janeiro de 2004 a Dezembro de 2005) Ministério da Justiça Perfil das Vítimas e Agressores das Ocorrências Registradas pelas Polícias Civis (Janeiro de 2004 a Dezembro de 2005) Agosto/2006 Secretaria Nacional de Segurança Pública Departamento

Leia mais

Trabalho Infantil e Trabalho Infantil Doméstico no Brasil

Trabalho Infantil e Trabalho Infantil Doméstico no Brasil Trabalho Infantil e Trabalho Infantil Doméstico no Brasil Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil FNPETI E Realização Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil

Leia mais

ATENDIMENTOS POR INTOXICAÇÕES EXÓGENAS NO ESTADO DE SERGIPE

ATENDIMENTOS POR INTOXICAÇÕES EXÓGENAS NO ESTADO DE SERGIPE ATENDIMENTOS POR INTOXICAÇÕES EXÓGENAS NO ESTADO DE SERGIPE Vanessa Oliveira Amorim (DMEL/UFS) Jamylle Souza Rodrigues (DMEL/UFS) Aécio Lindenberg Figueiredo Nascimento (DMEL/UFS) Rayssa Morgana Araújo

Leia mais

Informe Epidemiológico Influenza Semanal

Informe Epidemiológico Influenza Semanal Informe Epidemiológico Influenza Semanal Dados atualizados em 12/07/2019 Semana Epidemiológica 01 a 26/2019 (30/12/2018 a 29/06/2019) Núcleo Hospitalar de Epidemiologia HNSC-HCC A vigilância da influenza

Leia mais

C.15 Taxa de mortalidade específica por afecções originadas no período perinatal

C.15 Taxa de mortalidade específica por afecções originadas no período perinatal C. Taxa de mortalidade específica por afecções originadas no período perinatal O indicador mede o número de óbitos de menores de um ano de idade causados por afecções originadas no período perinatal, por

Leia mais

Saúde Suplementar em Números

Saúde Suplementar em Números Saúde Suplementar em Números Edição nº 15-2017 Data base: Março de 2017 Sumário Executivo Número de beneficiários de planos médico-hospitalares (): 47.606.341; Taxa de crescimento do número de beneficiários

Leia mais

Boletim Epidemiológico

Boletim Epidemiológico Boletim Epidemiológico Análise Epidemiológica dos casos de Febre Amarela. Referente às seis primeiras Semanas Epidemiológicas de 2018. Volume 1 Nº 02 Introdução A Febre Amarela (FA) é uma doença infecciosa

Leia mais

Alfabetização. Censo Demográfico 2010 Características da população e dos domicílios Resultados do universo

Alfabetização. Censo Demográfico 2010 Características da população e dos domicílios Resultados do universo Alfabetização A alfabetização é o primeiro passo para o acesso à informação escrita e a níveis de educação mais elevados. Assegurar que as crianças frequentem o ensino fundamental nas idades apropriadas

Leia mais

DEFINIÇÃO DO NÚMERO DE ATERROS REGIONAIS BRASIL. Obras

DEFINIÇÃO DO NÚMERO DE ATERROS REGIONAIS BRASIL. Obras DEFINIÇÃO DO NÚMERO DE REGIONAIS BRASIL Aplicada a metodologia descrita nos itens. a. para todos os Estados dos Brasil e para o Distrito Federal, se obteve os números totais de aterros regionais para cada

Leia mais

Perfil de morbimortalidade dos agravos e doenças do trabalho

Perfil de morbimortalidade dos agravos e doenças do trabalho Perfil de morbimortalidade dos agravos e doenças do trabalho Flávia Ferreira de Sousa Fisioterapeuta sanitarista Esp. Saúde do Trabalhador MsC. Saúde Coletiva/Epidemiologia Técnica da Carreira de Ciência

Leia mais

NOTIFICAÇÃO DE VIOLÊNCIA PARA EXTENSÃO DO CUIDADO COMO PROMOÇÃO DA SAÚDE SOB UM VIÉS EPIDEMILÓGICO

NOTIFICAÇÃO DE VIOLÊNCIA PARA EXTENSÃO DO CUIDADO COMO PROMOÇÃO DA SAÚDE SOB UM VIÉS EPIDEMILÓGICO NOTIFICAÇÃO DE VIOLÊNCIA PARA EXTENSÃO DO CUIDADO COMO PROMOÇÃO DA SAÚDE SOB UM VIÉS EPIDEMILÓGICO PERES, Edna Ferreira (Serviço Social/UniBrasil) A violência é um tema cada vez mais presente nas discussões

Leia mais

SISTEMA PÚBLICO DE EMPREGO, TRABALHO E RENDA. Intermediação de mão-de-obra

SISTEMA PÚBLICO DE EMPREGO, TRABALHO E RENDA. Intermediação de mão-de-obra SISTEMA PÚBLICO DE EMPREGO, TRABALHO E RENDA 2 0 0 8 Intermediação de mão-de-obra DIEESE Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos Anuário Sistema Público de Emprego, Trabalho

Leia mais