RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL COM PEDIDO DE LIMINAR

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1 EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PREVENÇÃO: MINISTRO TEORI ZAVASCKI, RELATOR DO INQUÉRITO N STF EDUARDO COSENTINO DA CUNHA, brasileiro, casado, Deputado Federal, inscrito no CPF/MF sob o nº , com endereço profissional na Câmara dos Deputados, Praça dos Três Poderes, Edifício Principal, sala 22, em Brasília Distrito Federal, vem respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fundamento nos arts. 156 e seguintes, c.c., 13, VIII, todos do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, interpor: RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL COM PEDIDO DE LIMINAR contra o JUÍZO DA 13ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE CURITIBA/PR, por usurpação da competência desse SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL firmada no art. 102, I, b, da Constituição da República, ocorrida nos autos do inquérito n

2 I INTROITO 1. No dia 3 de março de 2016, o PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA apresentou denúncia, no bojo do Inquérito 4.146/DF, em trâmite perante este STF, contra o ora defendente, imputando-lhe a prática dos crimes previstos no art. 317, 1º, c.c., art. 327, 2º, ambos do Código Penal, art. 1º, V, da Lei n /98, c.c., art. 69 do CP, por três vezes; art. 22, parágrafo único, da Lei n /86, c.c. art. 69, do CP, por catorze vezes e, por fim, art. 350 da Lei n /65, c.c, art. 69, do CP, por três vezes. 2. Segundo o MPF, EDUARDO CUNHA teria solicitado e recebido, entre 2010 e 2011, no exercício de sua função como parlamentar e em razão dela, vantagem indevida, relacionada à aquisição, pela PETROBRÁS, de um campo de petróleo em Benin, da companhia Béninoise des Hydrocarbures Sarl (CBH), subsidiária da companhia Lusitania Petroleum, por sua vez controlada por IDALECIO DE OLIVEIRA. 3. Além disso, imputa-se ao acusado a suposta conduta de ter, entre 31 de maio de 2011 e 11 de abril de 2014, reiteradamente, ocultado e dissimulado a natureza, origem, localização, disposição, movimentação e propriedade dos valores recebidos a título de propina. 4. Narra-se, na exordial, ainda, que o reclamante, supostamente, teria mantido, por seis vezes, valores não declarados ao Banco Central, em conta do trust ORION SP, na Suíça, entre 2008 e O mesmo teria ocorrido, em tese, por sete vezes, na conta do trust TRIUMPH 2

3 SP 1, e por uma vez na conta NETHERTON INVESTMENTS PTE. LTD. Com base nesses fatos, conclui o MPF que EDUARDO CUNHA teria praticado o crime de evasão de divisas por quatorze vezes, em concurso material. 5. Por fim, imputa-se a EDUARDO CUNHA a conduta de omitir, em julho de 2009 e em julho de 2003, com fins eleitorais, em documento público, dirigido ao SUPERIOR TRIBUNAL ELEITORAL, por ocasião do registro de suas candidaturas a DEPUTADO FEDERAL, os valores existentes nas contas dos trusts ORION SP; TRIUMPH SP e NETHERTON, na Suíça. Daí a imputação de prática, por três vezes, do crime de falsidade ideológica, para fins eleitorais, previsto no art. 350 do Código Eleitoral. II USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA. INVESTIGAÇÃO VELADA AO RECLAMANTE. 6. Paralelamente ao INQ 4.146/DF, tramita perante a 13ª Vara Federal de Curitiba/PR o Inquérito n , em que são investigadas DANIELLE DA CUNHA e CLÁUDIA CORDEIRO CRUZ, respectivamente filha e esposa do reclamante. 7. O objeto do mencionado procedimento guarda estreita relação 1 O TRIUMPH SP é um contrato de trust celebrado em Edimburgo do qual o defendente é beneficiário. 3

4 com o do inquérito n /DF, em ambos se investiga a manutenção de valores, supostamente pertencentes a EDUARDO CUNHA, na conta KOPEK, na Suíça, e, também, gastos com o cartão de crédito vinculado à mencionada conta. 8. No dia 28 de abril de 2016, DANIELLE DYTZ DA CUNHA e CLÁUDIA CORDEIRO CRUZ foram ouvidas em Curitiba/PR por PROCURADORES DA REPÚBLICA integrantes da Força Tarefa da denominada operação LAVA JATO. 9. No depoimento de DANIELLE DYTZ DA CUNHA, reduzido a termo em três páginas, o nome do ora requerente é citado não menos do que 17 (dezessete) vezes, em passagens que demonstram com clareza a circunstância de que dessa prova oral colhida são extraídas inúmeras informações referentes a EDUARDO CUNHA. 10. Registre-se, por exemplo, que a partir do depoimento de DANIELLE DYTZ DA CUNHA fica esclarecido o fato de ter sido EDUARDO CUNHA quem lhe deu o cartão de crédito ligado à conta KOPEK, bem como a circunstância de ser ele, EDUARDO CUNHA, quem autorizava as compras realizadas por ela. Esses fatos objeto de investigação perante a primeira instância da Justiça Federal possuem íntima conexão com o procedimento investigativo em epígrafe. 11. Mas não é só: no depoimento de CLÁUDIA CRUZ, reduzido a termo em três páginas e meia, o nome de EDUARDO CUNHA é mencionado nada menos que 30 (trinta) vezes. 4

5 12. Na indigitada prova oral são várias as informações colhidas acerca do requerente e que guardam conexão com o presente inquérito judicial. A partir do mencionado depoimento, o Ministério Público Federal obteve as seguintes informações: 1) PAULO LAMENZA seria contador da depoente e responsável pelo preenchimento de cheques em branco em seu favor, com posterior prestação de contas a EDUARDO CUNHA; 2) EDUARDO CUNHA teria levado os formulários referentes à conta KOPEK para a depoente assinar; 3) EDUARDO CUNHA teria sugerido a abertura da conta KOPEK; 4) EDUARDO CUNHA seria responsável também pelo pagamento das contas de CLÁUDIA CRUZ; 5) EDUARDO CUNHA abastecia a conta KOPEK; 6) EDUARDO CUNHA gozaria de alto padrão de vida, desde à época em que trabalhava no mercado financeiro e no ramo empresarial; 7) EDUARDO CUNHA seria o responsável por autorizar a compra de bens de luxo da depoente; 8) EDUARDO CUNHA seria também o responsável por declarar as contas do casal no exterior; 9) a depoente, CLÁUDIA CRUZ, seria administradora das empresas C3 INTERNET e JESUS WEb em razão de o cargo de Deputado Federal, ocupado pelo requerente, não permitir o exercício de atividade empresarial; 10) EDUARDO CUNHA conheceria o motivo pelo qual o veículo PORSCHE CAYENNE não estaria no nome da depoente, mas sim no da empresa JESUS.COM. 13. Com efeito, as informações prestadas por CLÁUDIA CRUZ indicam clara conexão probatória entre as investigações realizadas pela Força Tarefa da LAVA JATO em Curitiba e o procedimento investigatório instaurado contra o reclamante. Mais do que conexão 5

6 entre os procedimentos investigatórios, o feito em tramitação perante a primeira instância tem produzido farta prova contra o reclamante, em clara usurpação da competência do STF. Tem especial relevância, nesse específico, o fato de que a partir do depoimento prestado por CLÁUDIA CRUZ ao Ministério Público Federal se extraem informações intimamente relacionadas ao objeto do notadamente: a depoente afirmou que EDUARDO inquérito STF, CUNHA (i) abasteceria a conta KOPEK; (ii) teria sido o responsável pelas contas do casal, e (iii) teria apresentado os formulários de abertura da citada conta para que ela assinasse. 14. O exorbitante número de vezes em que o nome do requerente é citado nos depoimentos ora trazidos ao conhecimento de VOSSA EXCELÊNCIA e a quantidade de informações referentes a ele constituem claro indicativo de que: a) a investigação desenvolvida perante a 13ª VARA FEDERAL DE CURITIBA guarda estreita conexão com o presente inquérito; b) a tramitação do inquérito no juízo de primeiro grau implica usurpação da competência constitucional do STF (art. 53, 1º, da CF). III A TRAMITAÇÃO APARTADA DO INQUÉRITO STF E DA INVESTIGAÇÃO ACOMPANHADA PELA 13ª VARA FEDERAL DE CURITIBA/PR TEM CONDUZIDO À USURPAÇÃO DA COMPETÊNCIA DO STF 6

7 15. No dia 15 de março de 2016, foi protocolizado agravo regimental contra a decisão que desmembrou o presente inquérito e remeteu à 13ª Vara Federal as investigações para apuração de condutas de DANIELLE DYTZ e CLÁUDIA CRUZ. Entretanto, passados quase dois meses, o recurso ainda aguarda apreciação. 16. Apesar da manifesta conexão probatória com o presente inquérito, as investigações em primeiro grau estão em curso. Os depoimentos prestados em primeira instância por DANIELLE DYTZ e CLÁUDIA CRUZ demonstraram a completa imbricação dos fatos e a impossibilidade de cisão dos procedimentos investigativos, sob pena de violação ao devido processo legal e à competência do Supremo Tribunal Federal. 17. A competência do Pretório Excelso deve ser estendida, por força do disposto no art. 76, III, do CPP, para CLÁUDIA CRUZ e DANIELLE DYTZ. Isso porque há evidente vínculo probatório entre os fatos investigados no procedimento instaurado em primeira instância e este em curso perante o STF. Em outras palavras, a prova produzida em primeiro grau claramente serve à instrução do presente inquérito e vice-versa. O início da produção da prova perante a primeira instância revelou, sem sombra de dúvidas, que a investigação dirigida diretamente à CLÁUDIA CRUZ e DANIELLE DYTZ tem produzido provas também em relação ao ora reclamante. 18. Essa circunstância é comprovada, por exemplo, pela circunstância objetiva, constatada nos depoimentos colacionados, de 7

8 que a definição da pessoa responsável pela abertura e manutenção da conta KOPEK será imprescindível para o julgamento do presente caso. A indigitada conta seria, segundo a versão apresentada na denúncia, o instrumento pelo qual o reclamante teria, na ótica da acusação, ocultado parte de seu patrimônio. 19. Além disso, segundo o MPF, os gastos pessoais seriam indicativos de consumo familiar supostamente incompatível com a renda do ora reclamante. Nesse contexto, é inegável que a produção probatória desenvolvida no procedimento relacionado a CLÁUDIA CRUZ e DANIELLE DYTZ aproveita ao requerente, seja para beneficiálo, seja para agravar em seu desfavor o quadro probatório. 20. Não se pode desprezar, ademais, o risco de declaração de nulidade absoluta de todos os elementos probatórios angariados em primeira instância e que digam respeito ao ora reclamante. Nesse sentido, vale destacar a jurisprudência desse STF: INQUÉRITO DETENTOR DE PRERROGATIVA DE FORO INDÍCIOS. Surgindo indícios de detentor de prerrogativa de foro estar envolvido em fato criminoso, cumpre à autoridade judicial remeter o inquérito ao Supremo precedente: Inquérito nº 2.842, relator ministro Ricardo Lewandowski, sob pena de haver o arquivamento ante a ilicitude dos elementos colhidos. (Inq 3305, Relator Min. MARCO AURÉLIO, Primeira Turma, julgado em 12/08/2014, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-192 DIVULG PUBLIC ) 21. De outro lado, observa-se, na hipótese, verdadeira usurpação da competência desse STF. Isso porque a competência dos Tribunais para processar o parlamentar deve abranger também toda espécie de 8

9 investigação, passando o Relator a funcionar como garantidor do inquérito É pacífico na jurisprudência do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL o entendimento segundo o qual em face da existência de qualquer suspeita da participação em atividade criminosa por parte de pessoa com prerrogativa de foro, os autos do inquérito devem ser imediatamente encaminhados para que o Tribunal competente decida acerca do prosseguimento da investigação perante o Juízo antecessor, ou se reconhece sua competência para acompanhar o procedimento preliminar. Esse entendimento consolidou-se definitivamente a partir do julgamento da Questão de Ordem em petição nº /MT 3. 2 Esse é o entendimento do STF há pelo menos uma década: COMPETÊNCIA. Parlamentar. Senador. Inquérito policial. Imputação de crime por indiciado. Intimação para comparecer como testemunha. Convocação com caráter de ato de investigação. Inquérito já remetido a juízo. Competência do STF. Compete ao Supremo Tribunal Federal supervisionar inquérito policial em que Senador tenha sido intimado para esclarecer imputação de crime que lhe fez indiciado (Rcl 2349, Relator Min. CARLOS VELLOSO, Relator p/ Acórdão: Min. CEZAR PELUSO, Segunda Turma, julgado em 10/03/2004, DJ PP EMENT VOL PP LEXSTF v. 27, n. 321, 2005, p grifos) No precedente, um Delegado da Polícia Federal intimou o Deputado Federal Jader Barbalho para depor, como testemunha, em inquérito no qual ele sequer havia sido indiciado. Entretanto, na citada investigação preliminar, existia depoimento a atribuir, ao Parlamentar, conduta semelhante à corrupção. O Supremo, então, reconheceu sua competência para acompanhar o inquérito e determinou a remessa dos autos à Corte. Deste memorável precedente, destaca-se o seguinte trecho do voto consignado pelo Ministro Marco Aurélio [o] hoje Deputado Federal apenas foi convocado para funcionar, segundo o Juízo, como testemunha, porque houve, em um depoimento, uma verdadeira notitia criminis contra ele, ou seja, apontou-se que ele teria, para a aprovação de projetos creio, recebido propina. Ora, ele comparecerá, de fato, como testemunha ou como envolvido no próprio inquérito? Penso que este tem de seguir sob direção do Supremo Tribunal Federal. 3 Na oportunidade, o Plenário do Supremo Tribunal Federal anulou indiciamento formal do Senador Aloízio Mercadante realizado por Delegado da Polícia Federal, pois entendeu que na hipótese de pessoa detentora de prerrogativa de foro, não compete à Polícia Federal a instauração de inquérito policial, ex officio muito menos realizar o indiciamento do parlamentar. Tal função é exclusiva do Procurador Geral da República, com o devido acompanhamento do Ministro- Relator. No decisium, assegurou-se que desde o início, com a notitia criminis, até o trânsito em julgado, todos os atos processuais devem ser desenvolvidos com acompanhamento do Pretório Excelso. Observem-se alguns trechos da grande ementa: [...] A prerrogativa de foro é uma 9

10 23. No depoimento de CLÁUDIA CRUZ e DANIELLE DYTZ colhemse informações que noticiam, em tese, a participação do requerente em atividade delitiva, especialmente a circunstância de ter sido EDUARDO CUNHA quem, supostamente, requereu a abertura da conta KOPEK e quem forneceu os valores nela provisionados. 24. É grande a quantidade de detalhes fornecidos pelas depoentes quanto à atuação do requerente nos fatos que lhe foram imputados na denúncia oferecida nos presentes autos. Essa circunstância leva à conclusão de que a tramitação da investigação em primeira instância afronta a norma prevista no art. 53, 1º, da Constituição da República. 25. No atual contexto, mostra-se fartamente demonstrado que o Juízo reclamado, ao permitir a realização de atos manifestamente investigatórios em face de agente público com prerrogativa de foro, usurpou de forma flagrante a competência desta Suprema Corte. garantia voltada não exatamente para os interesses do titulares de cargos relevantes, mas, sobretudo, para a própria regularidade das instituições em razão das atividades funcionais por eles desempenhadas. Se a Constituição estabelece que os agentes políticos respondem, por crime comum, perante o STF (CF, art. 102, I, b), não há razão constitucional plausível para que as atividades diretamente relacionadas à supervisão judicial (abertura de procedimento investigatório) sejam retiradas do controle judicial do STF. A iniciativa do procedimento investigatório deve ser confiada ao MPF contando com a supervisão do Ministro-Relator do STF. 10. A Polícia Federal não está autorizada a abrir de ofício inquérito policial para apurar a conduta de parlamentares federais ou do próprio Presidente da República (no caso do STF). No exercício de competência penal originária do STF (CF, art. 102, I, "b" c/c Lei nº 8.038/1990, art. 2º e RI/STF, arts. 230 a 234), a atividade de supervisão judicial deve ser constitucionalmente desempenhada durante toda a tramitação das investigações desde a abertura dos procedimentos investigatórios até o eventual oferecimento, ou não, de denúncia pelo dominus litis. 11. Segunda Questão de Ordem resolvida no sentido de anular o ato formal de indiciamento promovido pela autoridade policial em face do parlamentar investigado. 12. Remessa ao Juízo da 2ª Vara da Seção Judiciária do Estado do Mato Grosso para a regular tramitação do feito. (Pet 3825 QO, Relator Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, Relator p/ Acórdão: Min. GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, julgado em 10/10/2007, DJe-060 DIVULG PUBLIC EMENT VOL PP RTJ VOL PP grifos) 10

11 26. Em outras palavras, o PRETÓRIO EXCELSO tem decidido ser cabível o aviamento de reclamação constitucional nos casos em que instâncias inferiores decidem sobre a existência de conexão entre crimes envolvendo agentes públicos submetidos à jurisdição do STF e crimes praticados por pessoas sem direito ao foro privilegiado 4. A jurisprudência é uníssona no sentido de que somente o Tribunal competente para o processamento do feito pode decidir sobre a possibilidade de desmembramento relativamente aos fatos em apuração, em razão da ausência de conexão processual. 27. Na presente hipótese, embora o reclamante, sua filha e sua esposa tenham aviado (i) agravo regimental, (ii) habeas corpus tombado sob o número /DF; e (iii) manifestação nos autos do INQ STF requerendo o julgamento dos agravos, até a corrente data, o Pretório Excelso não se manifestou, em caráter definitivo, acerca de sua competência para acompanhar as investigações em relação a DANIELLE DYTZ e CLÁUDIA CRUZ. 4 EMENTA: RECLAMAÇÃO. ALEGADA USURPAÇÃO DA COMPETÊNCIADO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PROCESSO-CRIME EM QUE FIGURA COMO CO-RÉU DEPUTADO FEDERAL. DESMEMBRAMENTO DETERMINADO PELO JUIZ DE PRIMEIRO GRAU. Em face dos princípios da conexão e da continência, dado o concurso de agentes na prática do delito, deve haver simultaneus processus. A circunstância de encontrar-se entre os corréus pessoa que deve ser processada pelo Supremo Tribunal Federal, sua competência se prorroga em relação aos demais acusados, salvo se esta Corte declinar de sua competência, na hipótese de demora na manifestação da Casa Legislativa sobre o pedido de licença para processar o parlamentar. É de ser tida por afrontoso à competência do STF o ato da autoridade reclamada que desmembrou o inquérito, deslocando o julgamento do parlamentar e prosseguindo quanto aos demais. Reclamação que se julga procedente. (Reclamação nº 1121/PR. Rel. Ministro Ilmar Galvão, DJ PP-00032). 11

12 28. De outro lado, o Juízo reclamado tem permitido uma série de diligências que diretamente investigam o ora reclamante. Nesse contexto, resta sobejamente demonstrada a usurpação da competência do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 29. Aliás, no recente julgamento da Questão de Ordem na Ação Penal nº 871/PR, envolvendo outros suspeitos da denominada Operação LAVA JATO, a Segunda Turma do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL reafirmou sua jurisprudência, consoante a seguinte ementa: AÇÃO PENAL. QUESTÃO DE ORDEM. COMPETÊNCIA POR PRERROGATIVA DE FORO. DESMEMBRAMENTO DE INVESTIGAÇÕES E AÇÕES PENAIS. PRERROGATIVA PRÓPRIA DA SUPREMA CORTE. 1. O Plenário desta Suprema Corte mais de uma vez já decidiu que é de ser tido por afrontoso à competência do STF o ato da autoridade reclamada que desmembrou o inquérito, deslocando o julgamento do parlamentar e prosseguindo quanto aos demais (Rcl 1121, Relator(a): Min. ILMAR GALVÃO, Tribunal Pleno, julgado em 04/05/2000, DJ PP EMENT VOL PP-00033). Nessa linha de entendimento, decidiu o Plenário também que, até que esta Suprema Corte procedesse à análise devida, não cabia ao Juízo de primeiro grau, ao deparar-se, nas investigações então conjuntamente realizadas, com suspeitos detentores de prerrogativa de foro - em razão das funções em que se encontravam investidos -, determinar a cisão das investigações e a remessa a esta Suprema Corte da apuração relativa a esses últimos, com o que acabou por usurpar competência que não detinha (Rcl 7913 AgR, Relator Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 12/05/2011, DJe-173 DIVULG PUBLIC EMENT VOL PP-00066). 30. Conquanto no precedente citado o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL tenha entendido não ter havido usurpação de competência, isso se deu apenas pelo fato de que naqueles autos realmente não haviam sido investigadas pessoas detentoras de prerrogativa de foro perante a Suprema Corte. Não obstante, o Exmo. Sr. Ministro GILMAR MENDES já alertava: 12

13 O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES Acho relevante também, Presidente, deixar claro que, verificada a presença de investigados com prerrogativa de foro, de fato, a matéria seja imediatamente submetida, no caso, ao Supremo Tribunal Federal. Acho importante que, na questão de ordem se ressalte, também, que a Turma está se pronunciando nesse sentido, porque em todos os casos surgem insinuações ou interpretações. É verdade que, às vezes, o encontro fortuito é apenas uma menção; a referência é um nome, o que, por si só, não justificaria a remessa do processo. Mas também nós já detectamos situações outras em que as investigações avançam. Acho que é bom deixar isso muito claro, até para caracterização de eventual ilicitude por parte do Ministério Público, por parte da Polícia Federal, por parte do próprio juiz 31. Em síntese, conclui-se que o trâmite em apartado dos dois inquéritos viola, simultaneamente, o devido processo legal e a garantia do foro por prerrogativa de função. Nesse contexto, deve o PRETÓRIO EXCELSO ser chamado a decidir acerca de sua competência para investigar, também, DANIELLE DYTZ e CLÁUDIA CRUZ, antes do prosseguimento das investigações perante a 13ª Vara Federal de Curitiba/PR. Isso porque as investigações levadas a efeito perante a primeira instância têm produzido elementos probatórios contra o ora reclamante, em ofensa à competência dessa Suprema Corte. IV REQUISITOS AUTORIZADORES DO DEFERIMENTO DA MEDIDA CAUTELAR 32. A necessidade de deferimento da medida cautelar reside na circunstância de que a competência do Supremo Tribunal Federal, para acompanhar inquérito em que são investigados parlamentares 13

14 detentores de prerrogativa de função, ser de natureza absoluta, conforme a já remansosa jurisprudência deste Pretório Excelso. Além disso, a competência do STF alcança, também, os supostos envolvidos na atividade delitiva, nos casos de comprovada conexão ou continência. 33. Neste contexto, a realização de diligências em face de DANIELLE DYTZ e CLÁUDIA CRUZ que impliquem na investigação do ora reclamante são nulas, caso não venham a ser acompanhadas pelo STF. 34. Ademais, o caso dos autos se amolda à situação fática dos Inquéritos ns e 3994, pois esses últimos tratam de autos desmembrados da mesma investigação Lava Jato, sendo que o tratamento desigual entre investigados de mesma situação configura medida que ofende os princípios da segurança jurídica e da isonomia. Os mesmos fundamentos que nortearam a manutenção no Pretório Excelso são rigorosamente pertinentes à situação retratada nestes autos. O desmembramento do feito em relação às ora pacientes contrasta simultaneamente com a jurisprudência do STF e com a postura adotada pelo próprio PGR nos procedimentos investigativos e denúncias ofertadas no âmbito da mesma denominada operação lavajato. 35. Com efeito, tem-se enfatizado, com absoluta correção, que no âmbito do amplíssimo campo normativo cercado pelo princípio da segurança jurídica, poder-se-á, sempre, determinar, ao menos, um conteúdo mínimo que se lhe deve atribuir, no qual se incluem, na também precisa lição de Luís Roberto Barroso: a) a estabilidade das relações jurídicas, manifestada na durabilidade das normas, na anterioridade das 14

15 leis em relação aos fatos sobre os quais incidem e na conservação dos direitos em face da lei nova ; b) a previsibilidade dos comportamentos, tanto os que devem ser seguidos como os que devem ser suportados ; c) a igualdade na lei e perante a lei, inclusive com soluções isonômicas para situações idênticas ou próximas Valores essenciais em um Estado de direito democrático tais como a racionalidade e a legitimidade das decisões judiciais, a segurança jurídica e a isonomia recomendam a aplicação ao presente caso da mesma solução a que chegou o Plenário do Supremo Tribunal Federal no julgamento do agravo regimental no Inquérito n Dessa forma, a fim de que sejam evitadas nulidades e para que sejam garantidos os direitos constitucionais da duração razoável do processo, do juízo natural e da igualdade de tratamento, deve ser concedida a liminar para suspender o trâmite do inquérito perante a 13ª Vara Federal de Curitiba/PR. V PEDIDO 38. Por todo o exposto, requer-se a concessão de medida liminar para que seja determinada (i) a imediata suspensão do curso do Inquérito n , em trâmite perante o Juízo reclamado, e (ii) a imediata remessa daqueles autos ao Supremo 5 BARROSO, Luís Roberto. Temas de direito Constitucional Tomo III. 2. ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2008, p

16 Tribunal Federal, para que a Corte avalie se os atos investigatórios praticados importam usurpação à sua competência. 39. No mérito, requer-se a procedência da reclamação para (i) reconhecer a usurpação de competência exclusiva deste Supremo Tribunal Federal, bem como para (ii) serem anulados todos os atos praticados nos autos da referida ação os quais sejam relacionados, direta ou indiretamente, ao ora reclamante, ante a manifesta ofensa aos princípios do juiz natural. E. deferimento Brasília, 6 de junho de Fernanda Lara Tórtima OAB/RJ Ademar Borges OAB-DF João Marcos Braga OAB/DF

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CLÁUDIA CORDEIRO CRUZ, por seus advogados infraassinados, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, informar e requerer o quanto segue. EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ FEDERAL DA 13ª VARA FEDERAL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE CURITIBA, DOUTOR SÉRGIO MORO AUTOS Nº 5027685-35.2016.4.04.7000 CLÁUDIA CORDEIRO CRUZ, por seus advogados infraassinados,

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