Segunda Guerra Mundial

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1 Capítulo 7 A Neste capítulo O expansionismo nazista. A Europa em guerra. A guerra na Ásia. A reação aliada. A derrota do Eixo. Cultura e propaganda nos anos de guerra. Segunda Guerra Mundial > A cidade alemã de Colônia, em 1945, devastada por bombardeios dos Aliados. A grande catedral gótica pode ser vista à esquerda. Ligando os pontos As motivações políticas e econômicas que geraram a Primeira Guerra Mundial ( ) não foram solucionadas com o fim do conflito. O Tratado de Versalhes resultou em pesadas imposições à Alemanha, causando um sentimento de revanchismo que colaborou para o surgimento de grupos direitistas. O país passava por graves problemas econômicos, decorrentes da crise de 1929, o que fez muitos alemães depositarem sua confiança no Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães, ou Partido Nazista, liderado por Hitler, que assumiu o poder em O projeto nazista ancorava-se na pretensa supremacia da raça ariana, na conquista de um espaço vital no Leste e na destruição do comunismo. Com a ascensão de Hitler, a tentativa de vingança contra as nações que derrotaram a Alemanha na Primeira Guerra era uma questão de tempo. A Itália também adotou um governo totalitarista, alinhado com o nazismo alemão. Na União Soviética, por sua vez, o governo seguia um totalitarismo de esquerda, liderado por Stalin. O país, apesar do grande crescimento industrial, empreendeu uma intensa perseguição política e o culto à personalidade do líder. Já os Estados Unidos defendiam o isolacionismo, alheios aos conflitos europeus. O governo de Franklin Roosevelt, por meio do New Deal, procurou minorar os efeitos devastadores da crise de 1929 e impulsionar a economia norte- -americana. A crise econômica e o declínio do liberalismo marcaram o país na década de Sobre a imagem e o texto acima, faça as atividades propostas a seguir. 1. O que a imagem revela? Descreva suas impressões. 2. Levante hipóteses sobre o que poderia ter levado à situação retratada acima. 92

2 O expansionismo nazista Os nazistas tinham a ambição de construir uma grande Alemanha, que reunisse toda a população germânica da Europa em uma única nação. Para isso, era imprescindível a conquista do chamado espaço vital, territórios que pudessem ser unificados à Alemanha e assegurassem a produção de matérias- -primas e alimentos para o novo império. A preparação para a guerra tornou-se o objetivo primordial do governo. Com isso, houve um enorme esforço de modernização das indústrias de base e militar. O desrespeito ao Tratado de Versalhes O governo nazista ignorou as limitações militares impostas aos alemães pelo Tratado de Versalhes. Em 1935, Hitler instituiu o serviço militar obrigatório e reocupou a região do Sarre, rica em jazidas de carvão, explorada pelos franceses como indenização de guerra desde Um ano depois, remilitarizou a Renânia, região entre Alemanha e França mantida sem tropas para evitar uma nova agressão alemã aos franceses. Em março de 1938, o governo alemão anexou a Áustria, que não resistiu. Essa ação ficou conhecida como Anschluss (anexação). No mesmo ano, Hitler voltou-se para os Sudetos, região da Tchecoslováquia habitada por uma população de fala alemã. Pressionado a entregar à Alemanha parte de seu território, o governo tchecoslovaco pediu, sem sucesso, ajuda à França e à Inglaterra. Preferindo contentar Hitler para evitar uma guerra devastadora, ingleses e franceses aceitaram a ocupação dos Sudetos pela Alemanha na Conferência de Munique, realizada em setembro de Prosseguindo sua preparação para a guerra, Hitler firmou um acordo militar com a Itália. Em seguida, aproximou-se do Japão, construindo o chamado Eixo Roma-Berlim- -Tóquio. Estava feita a aliança para a próxima guerra mundial. A política de apaziguamento Por temer uma nova guerra e por estarem abaladas com a crise econômica, as nações europeias não opuseram forte resistência às ações alemãs. Restringiram-se a ações diplomáticas. Na Inglaterra, o primeiro-ministro Neville Chamberlain praticou uma política conhecida como de apaziguamento, não se contrapondo aos interesses hitleristas. Pretendia evitar uma guerra fazendo concessões. Ao mesmo tempo, os países europeus começaram a armar-se para um possível conflito. O Pacto Ribbentrop-Molotov Isolada, a União Soviética (URSS) acreditava que as concessões feitas a Hitler pelo Ocidente pretendiam jogar os alemães contra os soviéticos, tendo em vista que os interesses territoriais nazistas situavam-se na Europa oriental. Após uma fracassada tentativa de aproximar-se da França e da Inglaterra, a URSS resolveu firmar um pacto de não agressão com os alemães. Stalin pretendia adiar ao máximo um conflito com Hitler, por mais que isso parecesse contraditório, uma vez que um dos maiores objetivos nazistas era a destruição do comunismo soviético. Isso lhe daria tempo para se preparar militarmente. Por outro lado, a Alemanha desejava evitar o erro da Primeira Guerra, quando teve de combater em duas frentes de guerra. O pacto de não agressão foi assinado em agosto de 1939, entre URSS e Alemanha. Ficou conhecido por Pacto Ribbentrop- -Molotov, nome dos ministros do exterior dos dois países. Entre as cláusulas secretas do pacto, estava a que previa a divisão da Polônia entre as duas nações. Em 1 o de setembro de 1939, os alemães invadiram a Polônia. A maior de todas as guerras iria começar. Os Estados europeus em 1939 OCEANO ATLÂNTICO PORTUGAL Círculo Polar Ártico ESPANHA ÁFRICA FRANÇA Mar Mediterrâneo NORUEGA Meridiano de Greenwich ÁUSTRIA HUNGRIA ITÁLIA ESTÔNIA LETÔNIA IRLANDA GRÃ- DINAMARCA -BRETANHA LITUÂNIA PRÚSSIA ORIENTAL HOLANDA POLÔNIA BÉLGICA ALEMANHA SUÍÇA SUÉCIA TCHECOSLOVÁQUIA IUGOSLÁVIA ALBÂNIA FINLÂNDIA ROMÊNIA BULGÁRIA GRÉCIA Mar Negro TURQUIA Você viu A política expansionista nazista. A anexação da Áustria e dos Sudetos. A política britânica de apaziguamento. O pacto Ribbentrop- -Molotov e a invasão da Polônia. UNIÃO SOVIÉTICA ÁSIA Fonte de pesquisa: At l a s histórico escolar. Rio de Janeiro: FAE, p Mar Cáspio km 93

3 > 7 A Segunda Guerra Mundial Londrinos desabrigados em virtude de bombardeios caminham pela rua com seus pertences. Durante vinte semanas os alemães bombardearam Londres. Fotografia de Conheça melhor A Europa em guerra Na Polônia, os alemães inauguraram uma estratégia de guerra: a Blitzkrieg, que significa guerra relâmpago. Ela recorria primeiramente à aviação, com bombardeios intensos, seguida da invasão realizada por blindados e pela infantaria. Com esse rápido ataque, os poloneses renderam-se em cerca de um mês. França e Inglaterra, que haviam se comprometido a proteger as fronteiras polonesas, entenderam que as ambições de Hitler haviam ultrapassado todos os limites e declararam guerra à Alemanha. Antes de enfrentar seus inimigos, os alemães garantiram a rota de abastecimento de ferro sueco para a sua indústria bélica, invadindo a Dinamarca e a Noruega. A França ocupada O próximo passo de Hitler foi invadir a França, pela Bélgica, em maio de Soldados franceses e ingleses direcionaram-se para aquela fronteira, mas os alemães abriram uma segunda frente. Cruzando a Linha Maginot, uma rede de túneis e fortificações construídas na fronteira da França com a Alemanha, as tropas alemãs cercaram os exércitos da França e da Inglaterra em Dunquerque, próximo ao Canal da Mancha. Os alemães em pouco tempo dominaram a capital, Paris, derrotando os franceses. A França foi dividida em duas regiões: o norte, ocupado pela Alemanha; e o sul, administrado pelo marechal francês Pétain, simpatizante do fascismo, que organizou um governo colaboracionista. O general francês Charles de Gaulle não aceitou a rendição e formou um governo em Londres, onde organizou um movimento de resistência. A Batalha da Inglaterra Vencida a França, restava derrotar a Inglaterra. A Luftwaffe, força aérea alemã, passou a bombardear instalações militares e industriais inglesas, preparando uma grande invasão naval. Contudo, a Real Força Aérea Britânica (RAF) mostrou grande capacidade, vencendo os aviões alemães. Repelido pelos ingleses, Hitler voltou-se para o leste, fonte de importantes matérias- -primas, como o petróleo. O início da guerra no leste Hungria, Bulgária e Romênia aliaram-se aos alemães, que invadiram a Iugoslávia. O governo italiano, que de início manteve uma postura neutra, animou-se com as vitórias alemãs e, em 1940, declarou guerra à Inglaterra e à França. Pretendendo recriar o Império Romano ao redor do Mediterrâneo, os italianos que já dominavam a Líbia (1931), a Abissínia (Etiópia, em 1935) e a Albânia (1939) invadiram, sem sucesso, a Grécia, em outubro de A vitória sobre os gregos só se deu com o auxílio alemão. O apoio a Hitler Em virtude dos lucros auferidos com a guerra e com a produção bélica, grandes empresas e corporações apoiaram o projeto hitlerista. O historiador Pedro Tota afirma que: Assim que Hitler subiu ao poder, o patriarca da família Krupp percebeu a importância do projeto de governo dos nazistas. Reprimia os movimentos operários, ao mesmo tempo em que desenvolvia uma política de cooptação dos trabalhadores. [ ] Não é coincidência que as grandes corporações ficassem satisfeitas com a ascensão dos nazistas. A Krupp e a Thyssen, grandes fabricantes de armas, por exemplo, passaram a receber encomendas lucrativas. Alguns números demonstram que, entre 1933 e 1939, houve rápido crescimento na indústria de aviões de combate e no efetivo militar das Forças Armadas: em 1934 foram construídos 840 aviões; em 1936, 2 530; em 1938, e, em 1939, A produção bélica em geral havia aumentado mais de 22 vezes entre 1933 e Os efetivos das Forças Armadas também cresceram assustadoramente: de pouco mais de 100 mil soldados em 1933, para cerca de 3,8 milhões em 1939, ou seja, mais de 35 vezes. To t a, Pedro. Segunda Guerra Mundial. In: Ma g n o l i, Demétrio (Org.). História das guerras. 3. ed. São Paulo: Contexto, p

4 Operação Barbarossa A partir de 1941, a Alemanha começou a preparar-se para invadir a União Soviética, com um plano denominado Operação Barbarossa. Tudo levava a crer que a invasão ocorreria em breve, mas Stalin tardou em acreditar. Em junho de 1941, soldados alemães, italianos, romenos, húngaros e finlandeses iniciaram a conquista da URSS. Os exércitos alemães concentraram seu ataque em três regiões: Leningrado, antiga São Petersburgo, ao norte; Moscou, ao centro; e as regiões agrícolas da Ucrânia, ao sul. As primeiras semanas foram devastadoras. O Exército Vermelho da URSS não conseguiu fazer frente à Wehrmacht (forças armadas da Alemanha). Os alemães tomaram territórios onde existia importante produção industrial, além de inúmeras riquezas minerais e agrícolas. Os soviéticos desmontaram muitas dessas indústrias e as instalaram a leste dos Montes Urais, para que não caíssem em poder dos inimigos. Em outubro de 1941, as forças nazistas se aproximaram de Moscou e de Leningrado. A instauração da barbárie Os militares alemães receberam ordens de não ter clemência com a população soviética. Eram comuns os assassinatos de civis e, em algumas cidades, a ordem oficial era para que toda a população fosse dizimada. Os nazistas impuseram um clima de terror em todos os territórios ocupados. As populações locais transformavam-se em trabalhadores compulsórios para o Estado ou para indústrias alemãs. Os recursos industriais, agrícolas e até as obras de arte eram saqueados. Os países conquistados deveriam servir como fornecedores de riquezas à Alemanha. As pessoas que resistiam eram mortas, e aquelas originárias das raças consideradas inferiores, como judeus e eslavos, sofreram ainda mais a ação da barbárie. O Holocausto Os judeus eram confinados em guetos, locais isolados do restante da sociedade. Nos guetos, iniciou-se uma política de assassinatos sistemáticos, visando diminuir o número de judeus. Com o passar do tempo, os nazistas aperfeiçoaram seus métodos assassinos, utilizando caminhões que funcionavam como câmaras de gás móveis. Mas ao longo da guerra os nazistas criaram um novo tipo de campo, voltado para o assassinato em massa: os campos de extermínio, como Treblinka e Auschwitz. Como foi abordado no Capítulo 6, inicialmente os campos de concentração abrigavam todos os que eram considerados inimigos pelos nazistas, como comunistas, ciganos, homossexuais ou Testemunhas de Jeová. Nos campos de extermínio, entretanto, as principais vítimas eram os judeus. Nas várias regiões dominadas pela Alemanha, os judeus eram deportados para esses campos da morte. Os mais jovens e aptos eram utilizados como escravos, enquanto os mais velhos e doentes eram exterminados. Com o tempo, cerca de 6 milhões de judeus foram mortos. Nos campos, também ocorriam experimentos científicos que usavam os prisioneiros como cobaias humanas. Foram realizadas experiências cruéis, que causavam danos permanentes ao corpo ou a morte. > Entrada do campo de extermínio de Auschwitz, na Polônia, onde foram mortos centenas de milhares de judeus. No portão, a frase: Arbeit macht Frei (O trabalho liberta). Ponto de vista Razões da invasão da URSS Assista A lista de Schindler. Direção de Steven Spielberg, Estados Unidos, A história de um empresário alemão que usou seu dinheiro e suas conexões para libertar judeus de campos de concentração, em plena Segunda Guerra Mundial. Leia Maus, de Art Spiegelman São Paulo: Cia. das Letras, Em quadrinhos, o autor conta a história de seu pai, sobrevivente do holocausto. Você viu A Blitzkrieg alemã. A conquista da França. A Batalha da Inglaterra. A Operação Barbarossa e a invasão da URSS. O domínio e a exploração das regiões invadidas pelos alemães. O holocausto. O nazismo nunca escondeu o seu projeto de acabar com o comunismo. Porém, para o historiador britânico John Keegan, especialista em história militar, os aspectos ideológicos não foram os únicos responsáveis pela invasão da União Soviética. As questões econômicas teriam sido fundamentais. Os alemães careciam de muitas matérias-primas e cobiçavam os vastos recursos minerais e agrícolas soviéticos. Eles planejavam fazer da União Soviética uma espécie de colônia que forneceria os recursos para sustentar a Grande Alemanha nazista, o Estado mais poderoso do mundo. 1. Debata com seus colegas quais as formas pacíficas que os povos possuem para obter as matérias-primas e demais produtos de que necessitam para viver e se desenvolver. 95

5 Presença DA ÁFRICA Heróis negros nas guerras das Américas Quando lemos sobre a história do Brasil e dos demais países americanos, muitas vezes temos a impressão de que os africanos e seus descendentes participaram dessa história unicamente como escravos. Isso é um grande equívoco, pois essa visão nasce do preconceito ainda presente originado nas sociedades escravistas. Mas é cada vez maior o número de estudos nos quais se revela a presença das pessoas negras no cotidiano das Américas, em tempos de paz ou de guerra. Desde o século XVII houve negros nos conflitos travados no continente, assumindo o papel de combatentes. Isso ocorria por lealdade aos seus senhores, por motivações de natureza religiosa, ou mesmo pela busca de algum tipo de compensação financeira. Para muitos, tratados como coisas ou sistematicamente desvalorizados nas sociedades escravistas, o combate era o momento de afirmar, mais do que a bravura, sua própria condição de seres humanos. No Brasil, durante a guerra de expulsão dos holandeses do Nordeste ( ), na Batalha dos Guararapes, negros escravizados e libertos combateram do lado dos colonos de origem portuguesa e de indígenas, organizados em terços (unidades militares) constituídos apenas por negros. O mais famoso líder dos terços, Henrique Dias, manteve-se em campanha contra os holandeses ao longo dos 24 anos de duração da guerra. No final, após a vitória, foi enviado a Lisboa e recebeu uma pensão vitalícia e um título honorífico. No século XVIII, em agosto de 1711, uma esquadra de corsários franceses liderada pelo capitão Jean-François Duclerc atacou a cidade do Rio de Janeiro. Como ainda era costume na época, os corsários desejavam conquistar a cidade, pilhar seus bens e exigir um resgate para abandonar a área. Ameaçavam reduzir tudo e todos a cinzas, caso esse resgate não fosse pago. Atemorizada, a guarnição portuguesa dos fortes rendeu-se, e o terço de milícia integrado pelos bem-nascidos fugiu para os morros. Os padres da Companhia de Jesus haviam formado um terço de milícia integrado pelos religiosos, pelos jovens estudantes do colégio e pelos escravos pertencentes à Companhia. Os homens escravizados mantiveram-se firmes e lutaram ao lado dos jesuítas e dos estudantes para defender a cidade. Honra e solidariedade, valores essenciais na visão de mundo africana, falaram mais forte. Os franceses foram derrotados pelo comando militar dos jesuítas e pela população, que lutou com armas ou caldeirões de água fervendo. A vitória dos moradores do Rio de Janeiro deveu-se, em larga medida, à coragem e à lealdade daqueles a quem os jesuítas escravizavam. Durante a Guerra do Paraguai ( ), boa parte das tripulações dos navios de guerra brasileiros era constituída por negros. Nas regiões do país com grande população de origem africana, negros e mulatos compunham a maioria dos alistados no Exército. Houve casos de escravos que fugiam para se alistar. Foram diversos os motivos que os levavam a colocar a vida em risco. Muitos visavam obter a liberdade, pois pela lei imperial um escravo que havia participado da guerra não podia voltar ao cativeiro. Outros, para defender a terra em que haviam nascido, e muitos, sem dúvida, por preferirem a morte gloriosa na batalha à lenta agonia nas senzalas. Após a guerra, muitos oficiais do Exército se posicionaram firmemente a favor da abolição. A experiência da campanha militar dera a eles um olhar diferente: seus companheiros de armas não eram simples mercadorias, mas homens de valor e bravura. Nos Estados Unidos, soldados negros participaram da Guerra de Independência contra os ingleses ( ). Quando estourou a Guerra da Secessão ( ), o presidente Abraham Lincoln autorizou o alistamento de negros como soldados e marinheiros. Aproximadamente 200 mil afro-americanos participaram da guerra como combatentes. Embora livres, mesmo com sua bravura confirmada nos campos de batalha, tanto nos Estados Unidos como no Brasil, os soldados negros eram sempre, por lei, liderados por oficiais brancos. Lutando pela vida e pela dignidade Na conquista das fronteiras no Oeste dos Estados Unidos foi grande o prestígio do Nono Regimento de Cavalaria, formado por negros. Conta-se que os apaches, quando viram pela primeira vez os soldados negros cavalgando, com o corpo protegido no inverno por grossos casacos de pele, apelidaram-nos de soldados búfalos. O apelido foi adotado pelos membros do Nono Regimento e, já no século XX, o compositor e intérprete jamaicano Bob Marley compôs um reggae intitulado Buffalo soldier. A letra diz que os soldados búfalos, no coração da América, roubados da África, lutaram desde a sua chegada e lutaram para sobreviver. Soldados e marinheiros negros participaram ativamente das duas guerras mundiais do século XX. Durante a Primeira Guerra Mundial (

6 > Soldados afro-americanos assistem a uma apresentação durante a Segunda Guerra Mundial. Inglaterra, 12 de setembro de ), a França alistou milhares de soldados vindos principalmente de suas colônias do Senegal e da Martinica. Na Segunda Guerra Mundial ( ), os Estados Unidos mobilizaram seus cidadãos negros para as Forças Armadas. O preconceito racial era forte no país, e muitos duvidavam da disposição dos afro-americanos para lutar. O governo dos EUA, no entanto, resolveu criar uma unidade de combatentes negros e um esquadrão de aviões de caça inteiramente formado por pilotos negros. No final da guerra, esse esquadrão foi a unidade de caça que perdeu menos bombardeiros durante as missões de escolta. Muitos dos integrantes da Força Expedicionária Brasileira, que combateu na Itália, durante a Segunda Guerra Mundial, eram afrodescendentes. Quando observamos as fotografias e os documentários da época, é possível notar que os negros estavam em toda parte. Esse grande número resultava, em larga medida, do fato de esses contingentes terem sido recrutados entre os segmentos economicamente menos favorecidos da população. Apesar de terem ido combater o nazismo na Itália não exatamente por opção, e sim porque foram recrutados, isso não os impediu de, tiritando sob o frio das montanhas italianas e enfrentando soldados alemães, que tinham mais experiência em combate, dar o melhor de si para sobreviver, ajudar seus companheiros e contribuir para a vitória dos Aliados. Alguns escritores afirmaram que os negros, ao participarem como combatentes das guerras americanas, estavam lutando as guerras dos brancos. Outros escritores, negros na sua maioria, argumentaram que esses soldados lutaram para provar que tinham dignidade e que exigiam que essa dignidade fosse totalmente reconhecida. O paradoxo é inegável, já que negros combatiam pela democracia, enquanto em seus países eram considerados gente de segunda classe. Entretanto, a brava participação dos afrodescendentes nesses conflitos foi um passo importante na superação do racismo institucional nas Américas. Ainda que o preconceito racial continue existindo, hoje negros frequentam as academias militares, formam-se pilotos, comandam navios, lideram exércitos inteiros. Por essa razão, assim como Bob Marley, rendemos nossas homenagens ao espírito de luta daqueles que, mesmo roubados da África, persistiram lutando pela própria vida, lutando por sua dignidade. Para discutir A escritora nigeriana Chimamanda Adichie afirma que lia apenas histórias contadas por autores ingleses ou estadunidenses quando era criança. Por isso, durante muitos anos, acreditou que só seria possível escrever romances em que os protagonistas fossem brancos, de olhos azuis, comessem maçãs e ficassem felizes com o sol depois das nevascas. Mas ela morava na Nigéria, onde nunca neva, e onde a fruta mais comum é a manga. Chimamanda diz que foi preciso ler autores africanos para que pudesse ter a coragem de escrever sobre o próprio cotidiano. 1. De que maneira, em sua opinião, o conhecimento da atuação de heróis negros interfere no seu conhecimento sobre o Brasil? Por quê? Assista Milagre em Santa Anna. Direção de Spike Lee. EUA, O filme conta a história de quatro soldados negros que, durante a Segunda Guerra Mundial, se encontram perdidos atrás das linhas inimigas, quando um deles resolve arriscar a vida para salvar um menino italiano. Os soldados búfalos. Direção de Charles Haid. EUA, História baseada num episódio real. No período da expansão territorial dos EUA, já no século XIX, um regimento da Cavalaria cai em uma emboscada armada por duas facções de guerreiros indígenas, e os soldados, para salvar a própria vida, têm de mostrar muita coragem e determinação. 97

7 7 A Segunda Guerra Mundial Você viu O expansionismo japonês na Ásia. O ataque a Pearl Harbor. A virada norte- -americana. CHINA Trópico de Câncer BIRMÂNIA 1945 BRITÂNICA Equador A guerra no pacífico UNIÃO SOVIÉTICA OCEANO ÍNDICO Trópico de Capricórnio MÁLACA Pequim INDOCHINA FRANCESA Sumatra MANCHUKUO (MANCHÚRIA) Hong Kong (RU) COREIA Nagasaki Formosa FILIPINAS ÍNDIAS HOLANDESAS Java Bornéu A guerra na Ásia O Japão possuía um parque industrial em crescimento desde a segunda metade do século XIX. Entretanto, precisava de matérias-primas para manter sua indústria, dando início, por esse motivo, a uma política de dominação da região asiática. Em 1931, invadiu a Manchúria, e poucos anos depois ocupou outros territórios da China. Na época, o Japão desenvolveu uma ideologia fortemente militarista e nacionalista, acreditando na superioridade dos japoneses em relação aos outros povos da região. Aproveitando a situação de guerra e o enfraquecimento das nações europeias, o país continuou a expansão em direção às colônias inglesas, francesas e holandesas na Ásia. Hiroshima 1945 Célebes JAPÃO Okinawa Tóquio Mar das Filipinas (1944) AUSTRÁLIA Iwo Jima Nova Guiné Marianas Guam Carolinas Mar de Coral (1942) Aleutas OCEANO PACÍFICO Salomão Marshall Guadalcanal ( ) Império japonês em 1930 Império japonês em 1942 Aliados Limites do império japonês em 1930 Máxima expansão japonesa em 1942 Ofensiva aliada Avanço soviético em 1945 Principais batalhas Midway ( ) 1943 Havaí Pearl Harbour ( ) Fonte de pesquisa: Fr a n c o Jr., Hilário; An d r a d e Fi l h o, Ruy de O. Atlas História Geral. São Paulo: Scipione, p km 1402 Porém, o expansionismo japonês chocava-se com os interesses norte-americanos no Pacífico. O governo dos Estados Unidos estabeleceu, então, sanções econômicas ao Japão, trazendo dificuldades para a economia japonesa. Pearl Harbor Os japoneses necessitavam das matérias- -primas existentes no Pacífico. Portanto, a presença dos norte-americanos na região era uma ameaça para eles. Para conter o controle norte-americano do Pacífico, em dezembro de 1941 o Japão atacou de surpresa a maior base naval norte-americana na região, Pearl Harbor, no Havaí. O ataque destruiu grande parte da frota e matou milhares de soldados estadunidenses. Até então os EUA tinham se mantido neutros, embora abastecessem os ingleses com armas e alimentos. Depois de Pearl Harbor, entretanto, os Estados Unidos estabeleceram uma aliança com a Inglaterra e a União Soviética, e passaram a formar o núcleo central dos países aliados. A Guerra no Pacífico Depois do bem-sucedido ataque a Pearl Harbor, os japoneses ampliaram a ofensiva na Ásia, dominando a Indochina francesa e a Birmânia e Cingapura inglesas. Aos poucos, outras regiões foram incorporadas, como as Filipinas. Como os japoneses temiam, os norte- -americanos reconstruíram rapidamente a frota naval no Pacífico. Em 1942, após as batalhas do mar de Coral e de Midway, os EUA tomaram a frente, recuperando as ilhas do Pacífico. História e Geopolítica A Geopolítica é um campo de estudos que leva em consideração várias ciências, como História, Geografia, Economia e Ciência Política, entre outras. O seu objeto de estudo é o poder, exercido pelos Estados-Nações por meio do controle de determinados espaços, obtido com estratégias convenientes aos seus interesses. Buscando transformar-se em potências regionais ou mundiais, os Estados-Nações participam de determinadas disputas que, muitas vezes, levam à guerra. A Geopolítica também se preocupa com a compreensão desses conflitos. No início do século XX, os interesses das nações industrializadas eram a busca por matérias-primas e mercado consumidor para seus produtos, obtidos nas colônias. Privada de colônias na África e Ásia, a Alemanha esperava consegui-los na própria Europa, reordenando a geopolítica da região. 1. Faça uma pesquisa sobre a geopolítica no mundo atual. Verifique quais são as principais disputas e quais as nações envolvidas. 98

8 A reação aliada Em 1941, diante do sucesso da Blitzkrieg alemã, muitas pessoas acreditavam que o nazifascismo dominaria o mundo. Contudo, a expulsão dos exércitos alemães das cercanias de Moscou pelo Exército Vermelho, em dezembro de 1941, marcou uma nova fase da guerra. Foi a primeira derrota dos alemães. Stalingrado Repelido em Moscou, Hitler voltou-se para Stalingrado. Se conquistasse essa cidade, controlaria o rio Volga, importante via de transporte, e dominaria os campos petrolíferos da região do Cáucaso. Entretanto, apesar da superioridade em armamentos e número de soldados, as tropas nazistas encontraram uma feroz resistência soviética. Quando apenas uma pequena parte de Stalingrado ainda se encontrava sob o poder soviético, os russos enviaram um poderoso exército em socorro da cidade sitiada. O 6 o Exército Alemão, com mais de 300 mil soldados, foi cercado. Embora Hitler ordenasse a luta até a morte, o marechal alemão Friedrich von Paulus, sem ter como alimentar seus soldados, rendeu-se em janeiro de Muitos historiadores consideram que o início da derrota alemã começou em Stalingrado, em cuja batalha os alemães perderam mais de 250 mil homens. Os sobreviventes foram levados a campos de prisioneiros, e poucos retornaram à Alemanha após a guerra. A vitória em Stalingrado marcou o início do avanço soviético. As tropas do Eixo começavam a ser empurradas para o oeste. A Alemanha organizou ainda um contra- -ataque em Kursk, configurando a grande batalha de tanques. Mas os soviéticos venceram novamente. Os Aliados se reúnem Os soviéticos combatiam sozinhos os alemães na Europa. Para desviar as tropas alemãs de seu país, Stalin pressionava seus aliados ingleses e norte-americanos para que fosse aberta uma frente no oeste. Ao visitar Moscou, em 1942, o primeiro-ministro britânico, Winston Churchill, prometeu uma segunda frente na Itália. Havia certa desconfiança por parte de Stalin de que os ingleses também pretendessem a destruição da URSS, embora quisessem a derrota dos alemães. Por outro lado, o ódio de Hitler por todos os Estados, socialistas ou liberais, facilitou a aliança. Para alcançar a vitória definitiva, era necessário que os aliados se reunissem para dissipar as desconfianças, discutir as estratégias da guerra e pensar na situação do mundo após o fim do conflito. O primeiro desses encontros ocorreu em Teerã, capital da Pérsia (atual Irã), em novembro de 1943, quando se reuniram Stalin, Churchill e o presidente dos Estados Unidos, Franklin Roosevelt. No encontro em Teerã, Stalin insistiu para que a segunda frente fosse aberta na França, que, no seu entender, caracterizava um objetivo estratégico muito mais importante que a Itália. Para o líder soviético, a proximidade do norte da França com o território alemão forçaria Hitler a mobilizar grandes contingentes para a região, facilitando a recuperação do Exército Vermelho no leste. A tese foi aceita pelos governos da Inglaterra e da França, e a invasão do norte da França pelos Aliados começou a ser planejada. > O destino da Aliança foi selado na Conferência de Teerã, em Por três dias, Stalin (à esquerda), Roosevelt (ao centro) e Churchill (à direita) discutiram planos para a derrota de Hitler e dos países do Eixo. A luta no interior da cidade de Stalingrado foi de uma violência sem precedentes. Na imagem, de 26 de janeiro de 1943, soldados do Exército Vermelho posicionam-se contra o inimigo entre as ruínas. > 99

9 7 A Segunda Guerra Mundial Você viu A aliança entre EUA Grã- -Bretanha URSS. O Dia D e a vitória aliada. OCEANO ATLÂNTICO PORTUGAL 30 O 10 O 0 10 L IRLANDA ESPANHA A guerra no norte da África O Exército italiano sofreu inúmeras derrotas na Segunda Guerra Mundial, só alcançando êxito nas situações onde houve a intervenção da Alemanha. Mussolini ordenou a invasão do Egito, mas foi derrotado pelos ingleses. Os alemães enviaram, então, um exército conhecido como Afrika Korps, sob o comando do general Erwin Rommel, para auxiliar os italianos. A ofensiva de Rommel, que ficou conhecido como a raposa do deserto, reconquistou diversos territórios. Contudo, os britânicos, liderados pelo general Bernard Montgomery, derrotaram o Afrika Korps na Batalha de Al-Alamein. Milhares de soldados alemães e italianos foram aprisionados. Al-Alamein foi a primeira grande vitória do Exército britânico contra os nazistas, e marcou o início da conquista aliada no norte da África. A invasão da Itália Partindo de bases sólidas conquistadas no norte da África, os aliados invadiram a ilha Expansão do Terceiro Reich alemão ( ) Círculo Polar Ártico NORUEGA Mar Báltico 30 L 50 L Mar do MOSCOU Norte DINAMARCA GRÃ- -BRETANHA Minsk Voronez LONDRES BERLIM HOLANDA POLÔNIA Stalingrado BÉLGICA ALEMANHA Lvov Kiev PARIS LUXEMBURGO TCHECOSLOVÁQUIA FRANÇA Odessa SUÍÇA ÁUSTRIA HUNGRIA ROMÊNIA ITÁLIA SUÉCIA FINLÂNDIA IUGOSLÁVIA BULGÁRIA Leningrado Mar Negro 70 L UNIÃO SOVIÉTICA Mar Cáspio 60 N 50 N Lago Aral 40 N da Sicília, no sul da Itália, em julho de Os italianos, cansados de tantas derrotas, estavam dispostos a se render. O Conselho Fascista depôs Mussolini para tentar negociar com os aliados. Hitler, contudo, não poderia perder a Itália para seus inimigos e ordenou que o Exército alemão ocupasse o país. Com o auxílio da Alemanha, Mussolini instaurou um governo no norte da Itália, a República de Salò. Os exércitos aliados conquistaram a península Itálica a partir do Sul, encontrando feroz resistência dos alemães. Essa etapa da guerra contou com a participação de soldados brasileiros. O desembarque na Normandia O dia 6 de junho de 1944 ficou conhecido como o Dia D. Uma gigantesca força- -tarefa composta por milhares de soldados britânicos, norte-americanos, canadenses e franceses, navios, tanques e aviões desembarcou na Normandia. As praias da região, de difícil acesso, eram protegidas pelos alemães. No entanto, os aliados conseguiram tomar as posições. A partir daí, outras regiões foram conquistadas. Com a ajuda da resistência francesa, os aliados conseguiram libertar Paris. Depois, foi a vez da Bélgica e da Holanda. As cidades alemãs passaram a sofrer grandes bombardeios. ROMA ALBÂNIA Alemanha em 1938 GRÉCIA Anexado pela Alemanha em março de 1938 Ocupado pela Alemanha de setembro de 1939 a junho de 1941 Ocupado pela Alemanha de junho Mar Mediterrâneo de 1941 a novembro de 1942 Aliados da Alemanha Inimigos da Alemanha Países neutros ÁFRICA Fonte de pesquisa: Ar r u d a, José Jobson de A. Atlas histórico básico. 17. ed. São Paulo: Ática, p. 30. TURQUIA CHIPRE Conheça melhor km ÁSIA Os movimentos de resistência Em diversos países formaram-se movimentos de resistência contra a ocupação nazista. Seus integrantes os partisans utilizavam táticas de guerrilha, no campo e nas cidades, para lutar contra a barbárie alemã. Alguns movimentos foram organizados por liberais, outros por comunistas. Suas ações consistiam em espionagem, sabotagem ou, ainda, na proteção aos judeus, remetendo-os para fora das zonas ocupadas pelos nazistas. > Soldados norte-americanos desembarcam no litoral norte da França, na região da Normandia, em 6 de junho de

10 > A derrota do Eixo Hitler não aceitava a derrota iminente. Agia como se alguma arma secreta pudesse ser construída ou algo que levasse a uma vitória milagrosa dos seus exércitos pudesse acontecer. Para ele, a guerra deveria ser levada às últimas consequências. Assim, para o líder nazista a rendição estava fora de cogitação. Sua ordem era para que o povo alemão lutasse até o último homem. Para evitar a capitulação, alguns oficiais do Exército alemão tentaram assassinar Hitler. Com isso, pretendiam tornar viável uma negociação com os aliados. Porém, os atentados fracassaram. Com os ataques soviéticos, do lado leste, e dos norte-americanos, dos ingleses e demais aliados, do lado oeste, os exércitos alemães foram aos poucos empurrados de volta ao seu país. O recuo nazista Na Polônia, com a aproximação do Exército Vermelho, ocorreu o Levante de Varsóvia. Contando com o auxílio soviético, os poloneses rebelaram-se contra a dominação alemã. No entanto, o levante foi brutalmente sufocado. Posteriormente, os poloneses acusaram a URSS de não tê-los apoiado. Finlândia, Romênia e Bulgária assinaram acordos de paz com a URSS. Já a Hungria foi conquistada à força. Na frente ocidental, em dezembro de 1944, os alemães tentaram uma ofensiva na região montanhosa de Ardenas, entre Bélgica, França e Luxemburgo. Era uma tentativa de forçar os aliados a recuar. Embora vitoriosos no início, os alemães acabaram derrotados por dois motivos: a chegada de reforços nos exércitos aliados e uma grande ofensiva soviética no leste, que obrigou a Alemanha a enviar tropas para o local. O Terceiro Reich agoniza Pouco a pouco, a população alemã deixou de confiar na propaganda de guerra de Joseph Goebbels, Ministro do Povo e da Propaganda, que veiculava notícias de uma possível vitória. Após milhões de mortes e inúmeras cidades arrasadas por bombardeios, a derrota estava evidente. O Terceiro Reich agonizava. Foram formados grupos de crianças e idosos para defender a cidade de Berlim, cercada pelos russos. Combustíveis e munição estavam em falta. Os membros da SS puniam com a morte qualquer suspeito de deserção. Em fevereiro de 1945, na cidade de Yalta, na Crimeia, os chefes dos Estados aliados, Stalin, Churchill e Roosevelt, encontraram-se em uma nova conferência. Os debates concentraram-se nos preparativos para o final da guerra e na possível realidade produzida após o seu término. Também foi discutida a participação da União Soviética na guerra contra o Japão, após a derrota de Hitler. O fim da guerra na Europa Na Itália, Mussolini foi vencido, encerrando-se a República de Salò. Em sua tentativa de fuga, foi preso, julgado e fuzilado pela resistência italiana. Em 28 de abril de 1945, Hitler casou-se com sua companheira, Eva Braun, e, dois dias depois, ambos se suicidaram. Seus corpos foram incinerados. Em 9 de maio de 1945, a Alemanha rendeu-se incondicionalmente aos aliados. O sonho de Hitler, de uma Alemanha senhora do mundo, estava terminado. Consequências materiais Além da assombrosa perda de vidas humanas, as perdas materiais na Europa foram enormes. Todas as nações envolvidas acabaram por esgotar seus recursos econômicos, humanos e materiais. A exceção foram os Estados Unidos. Os norte-americanos conseguiram manter intacta sua capacidade industrial e financeira. Assista A queda: as últimas horas de Hitler. Direção de Oliver Hirschbiegel, Alemanha, O filme é uma interpretação dos últimos dias de vida de Hitler em seu bunker, em Berlim, cercado pelas tropas soviéticas que avançam sobre a cidade. As perversões do regime nazista e a participação de pessoas comuns são representadas com fidelidade pelo diretor. Grande parte do patrimônio cultural, artístico e material da Europa perdeu- -se na guerra. A cidade de Dresden, na Alemanha, em fotografia de 1945, foi praticamente destruída pelos bombardeios dos Aliados. 101

11 > 7 A Segunda Guerra Mundial Leia Hiroshima, de John Hersey. São Paulo: Companhia das Letras, Grande reportagem que faz um retrato de seis sobreviventes da bomba atômica um ano depois da explosão. Quarenta anos mais tarde, o repórter reencontra seus entrevistados. Em Nagasaki, apenas os prédios com estrutura de concreto resistiram parcialmente à bomba atômica. Na imagem, o Hospital da Faculdade de Medicina de Nagasaki, localizado a 800 metros do local da explosão. Fotografia tirada poucos dias depois do bombardeio. Você viu A derrota alemã. As bombas atômicas e a derrota japonesa. O legado de mortes e destruição da Segunda Guerra Mundial. A frente do Pacífico No Oriente, a guerra estendeu-se por mais alguns meses, devido à obstinada resistência japonesa. Além de atacar as forças japonesas nas ilhas da Oceania e combater a frota imperial no Pacífico, os norte-americanos bombardeavam constantemente cidades do Japão. Os japoneses, por sua vez, utilizavam pilotos suicidas, os camicases, para afundar porta- -aviões inimigos. Sob o argumento de que seriam necessários muitos recursos para conquistar as ilhas japonesas, os norte-americanos resolveram utilizar a recém-desenvolvida bomba atômica. Alguns historiadores, porém, formulam outras hipóteses. Uma delas é que Harry Truman, que assumiu a presidência após a morte de Roosevelt, queria demonstrar o seu poder aos soviéticos, antevendo a situação do pós-guerra. Os EUA lançaram, então, duas bombas atômicas em 1945: uma sobre a cidade de Hiroshima, em 6 de agosto, e outra sobre a cidade de Nagasaki, três dias depois. Cerca de 200 mil pessoas morreram nos bombardeios e, entre os sobreviventes, as sequelas se fazem sentir até hoje. No dia 2 de setembro, o Japão se rendeu, colocando fim na Segunda Guerra. Conheça melhor Os genocídios na história O legado da guerra O volume de recursos e o número de soldados mobilizados para a vitória dos aliados foram tão grandes que especialistas denominam esse processo de guerra total. Milhões de pessoas foram envolvidas nos exércitos e nas fábricas de armamentos. O conflito envolveu o mundo todo, mesmo que indiretamente, pelos seus efeitos econômicos. Durante a guerra, alguns países tiveram a população drasticamente reduzida. Até hoje não se sabe ao certo qual foi o real número de vítimas. Estima-se, entretanto, que tenham morrido mais de 50 milhões de pessoas, sendo cerca de 20 milhões de soviéticos. O número de vítimas foi e continua sendo o mais alto da História. A tecnologia fundamental para a vitória, principalmente a utilizada no desenvolvimento de novos armamentos produziu enorme força destrutiva. Entretanto não foi a potência das bombas a única causa das mortes. A política de extermínio nazista, a fome e as doenças contribuíram enormemente para o exagerado número de baixas. A mudança no traçado das fronteiras europeias levou a um novo equilíbrio geopolítico mundial. A Alemanha voltou aos limites de 1918, mas sem os territórios do leste, hoje parte da Polônia e da Rússia. Além disso, foi dividida em quatro zonas controladas pelos aliados. A União Soviética sagrou-se vencedora na Europa oriental, onde conduziu o estabelecimento de governos comunistas. A Itália, por sua vez, perdeu territórios para a Iugoslávia e a Grécia, além da Albânia e de suas colônias africanas. Quanto ao Japão, além de perder sua influência na Ásia, foi ocupado e administrado pelos norte-americanos. A decadência da Europa, arrasada pela guerra, fez com que logo a União Soviética e os Estados Unidos emergissem como novas potências mundiais. Quando, em 1945, os soldados aliados libertaram os campos de concentração nazistas, o mundo conheceu a barbárie do Holocausto, o maior genocídio da História Contemporânea. O genocídio, isto é, o ato de provocar a morte em massa de pessoas de um mesmo grupo étnico, cultural ou religioso, ocorreu, porém, em outros momentos da História, motivado pela ambição, pelo ódio e pelo preconceito. A ação dos europeus na América e na África, dizimando povos inteiros, ou o massacre de armênios pelo exército turco na Primeira Guerra Mundial são trágicos exemplos de genocídio. 102

12 Cultura e propaganda nos anos de guerra A mobilização para uma guerra total necessitava do convencimento de grandes parcelas da sociedade. Nesse sentido, a propaganda de guerra foi fundamental nos países envolvidos para incentivar a produção bélica, a resistência dos civis e o alistamento militar. Para isso, foram utilizados diferentes meios de comunicação, como rádio, jornais impressos, cartazes, cinema, etc. A propaganda norte-americana Nos Estados Unidos, havia uma tradição de isolacionismo diante dos conflitos europeus. Era fundamental, portanto, que o governo demonstrasse à opinião pública a necessidade de entrar na guerra. Para obter a simpatia da população, o governo estadunidense apresentava a democracia e a liberdade como ideais ameaçados. A luta seria, assim, pela manutenção desses valores e contra a tirania. Os grandes estúdios cinematográficos de Hollywood colaboraram para uma imagem positiva da guerra, além de produzir documentários que incentivavam os soldados a lutar. Além de mobilizar a opinião pública interna, o governo norte-americano procurou obter a simpatia de outros países da América. Com o argumento de que a segurança do continente deveria ser compartilhada e com o objetivo de minimizar possíveis aproximações com o Eixo, os EUA conquistaram aliados para a guerra. Para isso, foi criado um escritório, dirigido pelo magnata Nelson Rockefeller, que financiou projetos para a América Latina. O cineasta Walt Disney, por exemplo, patrocinado pelo governo dos EUA, visitou países da América produzindo personagens exclusivas para o Brasil, a Argentina e o México. Assim nasceu Zé Carioca, malandro amante do samba que estrelou os filmes Alô, amigos (1943) e Você já foi à Bahia? (1944). Outros cineastas também visitaram o Brasil, como John Ford e Orson Welles. Por outro lado, artistas brasileiros fizeram sucesso nos EUA, como ocorreu com Carmem Miranda. Essa política da boa vizinhança incluía programas radiofônicos elaborados em Nova York e veiculados no Brasil. Em As Américas em guerra, buscava-se a simpatia pela causa da guerra. Com esse relacionamento cultural, os norte-americanos buscavam aumentar a sua influência no continente, disseminando o american way of life e exportando muitos de seus produtos culturais. Os principais países envolvidos na guerra, até mesmo o Brasil, preocuparam-se com a questão da propaganda. Em todos eles a fórmula era a mesma: desenvolver o sentimento patriótico e convencer sobre a necessidade de vencer o inimigo, retratado como um bárbaro. A propaganda nazista Os argumentos principais utilizados no incentivo à guerra eram a revanche às perdas da Primeira Guerra e a pretensa superioridade racial alemã. Em 1917, foi fundada a Universum Film AG (UFA), que se transformou na maior produtora de filmes da Alemanha. Com a ascensão de Hitler ao poder, a UFA passou a ser controlada por Goebbels, interessado no potencial propagandístico do cinema. Os nazistas possuíam, assim, uma larga produção cinematográfica com o intuito de influenciar o povo. A propaganda alemã foi intensificada a partir de 1943, diante das sucessivas derrotas sofridas pelo país. Por meio dela, o governo tentava convencer a população de que o esforço de guerra deveria ser mantido. > Os cartazes foram amplamente utilizados durante a Segunda Guerra, em virtude do forte impacto visual que causavam. O cartaz 1, produzido pelo governo estadunidense, mostra um militar japonês e outro nazista se aproximando do território dos Estados Unidos. O texto diz: Cuidado! Nossos lares estão em perigo agora!. O cartaz 2, produzido pelo governo nazista, exibe um soldado alemão subjugando um dragão vermelho, que representa a URSS comunista. A legenda diz: Liberdade da Europa. Nos dois cartazes, os inimigos são representados como animais grotescos ou conquistadores insanos. Você viu As estratégias da propaganda de guerra nazista e norte-americana

13 Seja o Historiador Analisar a propaganda política impressa como documento histórico A propaganda é a atividade de divulgar ideias, conceitos e valores sobre questões políticas, cívicas, religiosas, filosóficas, artísticas, sociais, etc. A propaganda não possui uma finalidade comercial direta, e por isso é diferente da publicidade, que visa basicamente estimular a venda de produtos e serviços. O estudo da propaganda permite conhecer a maneira como os vários grupos que compõem a sociedade se estruturam e que valores e ideais procuram praticar. Por isso, a propaganda é muito estudada por vários tipos de profissionais, como sociólogos, cientistas políticos, comunicólogos, etc. Os historiadores também se interessam pelo estudo da propaganda, que é uma importante fonte de informação sobre as ideias e os projetos das instituições e grupos de opinião do passado. A propaganda política Entre os vários tipos de propaganda, a propaganda política é aquela praticada por grupos e partidos, dentro ou fora do Estado, ligados ao governo ou à oposição. A propaganda política tem por objetivo interferir na forma como o poder político é repartido e exercido na sociedade. A atividade política é, por definição, coletiva, portanto esse tipo de propaganda tem o potencial de interferir, positiva ou negativamente, na vida de um grande número de pessoas. Ao longo da História, os grupos que atuam na política passaram por transformações, produzindo nesse processo um tipo de propaganda adaptado aos tempos que viviam. Os historiadores analisam esse processo de transformação, procurando identificar os elementos que compõem o pensamento político do passado. A análise da propaganda política efetuada pelos historiadores segue, em linhas gerais, os passos descritos a seguir. Identificar as características básicas É necessário inicialmente identificar as características básicas da peça de propaganda política a analisar, tais como: a identificação do tipo de peça (discurso, cartaz, manifesto, panfleto, etc.); o local onde foi produzida; o grupo político que a produziu e a data de produção. Usaremos como exemplo a peça de propaganda reproduzida abaixo. Cartaz de propaganda de bônus de guerra, chamados bônus da vitória, elaborado em 1942 por G. K. Odell para o governo do Canadá, então um domínio da Inglaterra. Na parte superior, à esquerda, lê-se: Mantenha essas mãos distantes!. O texto da base diz: Compre os novos bônus da vitória. > 104

14 1. Que tipo de peça de propaganda está reproduzido na imagem? 2. Em que local a peça foi produzida? 3. Que grupo político a produziu? 4. Qual é a época em que foi produzida? Pesquisar sobre o contexto histórico Determinada a origem, a data de produção e o grupo responsável pela elaboração da peça propagandística, o próximo passo é conhecer o contexto histórico no qual a peça de propaganda está inserida. Esse passo é importante para o entendimento dos motivos que geraram a produção do documento analisado. A pesquisa do contexto histórico não deve se limitar às questões políticas. Também os acontecimentos econômicos, culturais e sociais devem ser pesquisados. Para conseguir essas informações, podem-se consultar enciclopédias, jornais e a internet. 5. Pesquisar os principais fatos políticos que ocorreram na data de produção do exemplo apresentado. 6. Pesquisar informações relacionadas à instituição que produziu o documento analisado. Descrever o conteúdo do documento Após contextualizar a produção do documento, é o momento de analisar o seu conteúdo. A análise do conteúdo vai depender do tipo de documento escolhido. No caso de documentos escritos (discurso, panfleto, manifesto, etc.) deve ser feita uma leitura atenta, anotando as ideias principais. No caso de documentos que possuam representações ou elementos iconográficos (desenhos, retratos, medalhas, estátuas, etc.), como os cartazes, é necessário prestar atenção aos elementos gráficos utilizados, fazendo uma descrição objetiva do documento e pesquisando o significado dos símbolos que possam estar representados. 7. No caso do documento proposto como exemplo, fazer uma descrição dos aspectos iconográficos, anotando também o texto existente no documento. 8. Pesquisar o significado dos símbolos representados no documento. Elaborar uma conclusão Depois da identificação das características básicas, do contexto histórico e da descrição do conteúdo, é o momento de analisar o significado da propaganda política. Para realizar essa análise adequadamente, todas as informações obtidas nas etapas anteriores devem ser reunidas e organizadas de maneira a facilitar a elaboração da conclusão. A base é o contexto histórico, com a caracterização e localização do grupo que produziu o documento em relação aos outros grupos sociais e políticos, bem como em relação aos eventos que estavam ocorrendo naquele período. Essas informações devem ser utilizadas para explicar de forma clara e objetiva o significado do conteúdo exposto no documento. As questões básicas a serem tratadas são as seguintes. Qual a motivação do grupo ou instituição para produzir a propaganda analisada? Qual o significado dos elementos de texto ou iconográficos utilizados na propaganda? Qual a finalidade da propaganda? 9. Analisar o documento proposto como exemplo utilizando as questões fornecidas acima, escrevendo um texto contendo as conclusões. 105

15 Ontem e hoje Energia nuclear, medo e poder No início dos anos 1940, os norte-americanos desenvolveram a primeira arma nuclear. Desde então, alguns países passaram a produzir e acumular armas nucleares, buscando obter poder no mundo. Essa tecnologia é objeto do desejo de muitas nações. Carta de Albert Einstein ao presidente Roosevelt, datada de agosto de 1939 Senhor: Algumas obras recentes de E. Fermi e L. Szilard [ ] me levam a esperar que o elemento urânio possa ser transformado em uma nova e importante fonte de energia, num futuro próximo. Certos aspectos expostos dessa situação parecem exigir nova consideração e, se necessário, rápida atenção da parte da Administração. Portanto, creio ser meu dever levar à sua atenção os seguintes fatos e recomendações: Ao longo dos últimos quatro meses, tem-se tornado provável, apesar da obra de Jolliot na França, bem como da de Fermi e Szilard, na América, ser possível realizar uma reação nuclear em cadeia, numa grande massa de urânio, através da qual vasta soma de poder e grandes quantidades de novos elementos semelhantes ao radium poderiam ser gerados. Agora é quase certo que isso poderia ser alcançado num futuro próximo. Esse novo fenômeno também conduziria à construção de bombas e é concebível embora não totalmente certo que bombas extremamente poderosas desse tipo pudessem ser construídas. Uma só bomba desse tipo, carregada em barco ou explodida num porto, poderia muito bem destruir todo o porto, junto com algum território ao redor dele. [ ] Os Estados Unidos possuem apenas muito escassas reservas de urânio e em quantidades moderadas. Existem algumas boas reservas no Canadá e na Tchecoslováquia, embora as fontes mais importantes estejam no Congo Belga. Tendo em vista tal situação, talvez o Sr. considere desejável manter algum contato permanente entre a Administração e o grupo de físicos trabalhando nas reações em cadeia, na América. [ ] Entendo que a Alemanha tenha recentemente suspendido a venda do urânio das minas da Tchecoslováquia, das quais ela se apoderou. O fato de ter ela tomado essa decisão tão recente talvez possa ser explicado pela hipótese de que o filho do Subsecretário de Estado Alemão, Von Weizsacher, esteja ligado ao Instituto Kaiser Wilhelm, de Berlim, onde alguma coisa da obra americana está sendo agora repetida. Sinceramente, Albert Einstein Traduzido pelos autores. Disponível em: < Acesso em: 27 nov Centro da cidade de Hiroshima destruído pela bomba atômica. Fotografia de setembro de ElBaradei crê que Irã quer tecnologia para ter armas nucleares O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Mohamed ElBaradei, disse acreditar que o Governo do Irã está desenvolvendo sua tecnologia nuclear com a intenção de construir um arsenal atômico. Em declarações à BBC, ElBaradei disse ter a sensação de que o Irã gostaria de ter a tecnologia que lhe permita ter armas nucleares, acrescentando que os iranianos querem mostrar para seus vizinhos e ao resto do mundo que conosco não se brinca. [ ] O diretor-geral da AIEA argumentou que os iranianos não estão errados, já que as potências nucleares não são tratadas da mesma forma que os outros países. Para ElBaradei, o exemplo mais claro disso é a Coreia do Norte, país que, apesar de ter armamento nuclear, é convidado a se sentar em uma mesa de negociação, enquanto o Iraque de Saddam Hussein, sem ter esse tipo de recurso bélico, foi pulverizado. Segundo o diretor-geral da AIEA, a solução para evitar que o Irã [...] obtenha armamento atômico é manter uma boa relação política e diplomática com Teerã, fazendo o país se sentir parte da comunidade internacional. Artigo publicado em 17 jun Disponível em: < ig.com.br/>. Acesso em: 27 nov Reflita 1. Em sua opinião, como a sociedade e os cientistas devem se comportar diante de pesquisas que, apesar de terem uma utilidade prática e pacífica, podem também ser usadas para fins militares, caso da tecnologia nuclear? 2. Debata com seus colegas sobre o motivo pelo qual os poucos países que atualmente detêm a tecnologia nuclear procuram impedir que outros países desenvolvam essa tecnologia. 106

16 Dossiê As guerras na História As guerras são tão antigas quanto as civilizações. Elas ocorrem quando povos, Estados ou instituições procuram impor violentamente seus interesses em detrimento do interesse de outros. Ao longo da História, as guerras tiveram motivações e características diferentes. Algumas foram vencidas em uma única batalha, outras em campanhas que duraram anos. Em algumas morreram poucos soldados, em outras, milhões de pessoas. As guerras ocorreram entre diversas nações ou se constituíram como guerras civis; ocorreram em nome do poder, da arrogância, do amor ou, ainda, em nome de Deus. Os vários sentidos da guerra O fato de as guerras fazerem parte da história da humanidade não quer dizer que a destruição e a matança sejam características inerentes ao ser humano e que não possamos lutar por um mundo sem guerras. Na realidade, a paz tem sido uma das grandes preocupações mundiais, e muitas organizações multilaterais e ONGs foram formadas para zelar por sua preservação. Entretanto, as guerras muitas vezes modificaram os rumos do processo histórico e, por isso, tornaram-se balizas cronológicas. Os historiadores consideram, por exemplo, a conquista de Roma pelos bárbaros como marco do fim da Idade Antiga, enquanto a queda de Constantinopla provocada pelos turcos marcaria o fim da Idade Média. Muitos países elevaram à categoria de heróis nacionais pessoas que construíram sua fama em guerras, como, por exemplo, Joana d Arc na França, George Washington nos Estados Unidos, almirante Nelson na Inglaterra, Simon Bolívar na Venezuela e Ho Chi Minh no Vietnã. Para cada povo, em um tempo e espaço específicos, as guerras possuíram um caráter distinto. Os Tupiniquim, por exemplo, praticavam-na não para conquistar ou escravizar outros grupos, mas porque fazia parte da cultura masculina. Mas, para outros povos, a guerra mostrou-se um excelente negócio, possibilitando enormes lucros por parte das empresas especializadas em armamentos. Grandes obras literárias também se valeram das guerras como pano de fundo. A Ilíada, de Homero, Henrique V, de Shakespeare, ou Guerra e paz, de Leon Tolstoi, são considerados clássicos mundiais atemporais. Por meio dos conflitos armados, instituições colocaram à prova a sua hegemonia e poder. Até mesmo as religiões já abençoaram as guerras, como foi o caso do cristianismo nas Cruzadas. Outra característica bélica é o fato de a ambição causar a queda de muitos impérios que não colocaram limites em suas conquistas. Isso ocorreu com os assírios, com Alexandre da Macedônia, com Napoleão Bonaparte e com Hitler. > Ao longo do tempo, as estratégias de guerra transformaram-se, assim como a forma de organização dos exércitos e os armamentos tecnológicos usados. À esquerda, soldados romanos representados em relevo, lutando contra os gauleses, c. século I a.c. À direita, soldado estadunidense consulta aparelho de GPS durante ataque a Tikrit, Iraque, em Discussão sobre o texto 1. Pode-se dizer que as guerras ao longo da História tiveram sempre objetivos parecidos? Por quê? 2. No seu entendimento é possível um mundo sem guerras no futuro? Como? Formule hipóteses. 3. Escolha duas entre as guerras citadas no texto. Escreva o que foi estudado sobre elas. 107

17 7 A Segunda Guerra Mundial Atenção: não escreva no livro. Responda a todas as questões em seu caderno. Atividades Verifique o que aprendeu 1. Winston Churchill afirmou que a Segunda Guerra Mundial era a continuação da Primeira. Por que ele fez essa afirmação? 2. O que foi a política de apaziguamento adotada pela diplomacia inglesa? Pode-se dizer que ela foi bem-sucedida? Por quê? 3. Explique os motivos que levaram Hitler a obter vários sucessos militares seguidos até o ano de Apesar dos conflitos ideológicos entre Inglaterra, Estados Unidos e União Soviética, explique como foi possível a aliança entre esses três países. 5. Por que a invasão da Polônia marcou o início da Segunda Guerra Mundial? 6. Quais foram os motivos que levaram os japoneses a atacar os Estados Unidos em Pearl Harbor? 7. Qual foi o significado do Dia D para a derrota dos alemães na Segunda Guerra Mundial? Explique. 8. Por que, apesar das várias derrotas que vinha sofrendo, a Alemanha demorou a render-se aos aliados? 9. Esclareça a importância dos movimentos de resistência nos países invadidos. 10. Descreva as características da propaganda de guerra nos países beligerantes. Quais eram seus pontos em comum? Quais eram as especificidades da propaganda nazista? 11. Leia e Interprete Observe a charge abaixo e responda às questões. 12. Leia o que Rudolf Höss, comandante do campo de concentração de Auschwitz, escreveu em suas memórias e responda às questões a seguir. Depois de minha prisão, fizeram-me notar que eu podia ter me recusado a executar as ordens, ou mesmo, se necessário fosse, liquidado Himmler. Não creio que uma tal ideia pudesse aflorar no espírito de um único oficial dentre os milhares de SS [...]. Em sua qualidade de Reichsführer, Himmler era intocável [...]. A partir do momento em que se procedeu ao extermínio em massa, não me senti feliz em Auschwitz. Eu estava descontente comigo mesmo. Estafado de trabalho, não podia confiar em meus subordinados, e não era compreendido e sequer ouvido por meus chefes hierárquicos. Eu me encontrava realmente numa situação pouco invejável, ao passo que todo mundo dizia que o comandante tinha uma vida das mais agradáveis [...]. Nunca fui cruel e nunca me deixei arrastar a sevícias [...]. Eu era uma engrenagem inconsciente da imensa máquina de extermínio do 3 o Reich. A máquina se quebrou, o motor desapareceu, e, devo fazer o mesmo. O mundo assim o exige. Citado por Vi n c e n t, G. Guerras ditas, guerras silenciadas e o enigma identitário. In: Pr o s t, Antoine; Vi n c e n t, Gerard (Org.). v. 5. História da vida privada: da primeira guerra a nossos dias. São Paulo: Companhia das Letras, p a) Qual é a imagem que o autor procura passar de si no seu relato? b) De que maneira ele procura retirar de si a responsabilidade pelas mortes no campo de concentração? c) O autor considera que poderia ter agido diferentemente, contestando as ordens de seus superiores? d) O que ele procura exprimir com A máquina se quebrou, o motor desapareceu, e, devo fazer o mesmo. O mundo assim o exige.? Charge russa representando a coalizão contra o nazismo. a) Que países aparecem representados na gravura? b) A que momento da guerra a gravura se refere? c) Que elementos gráficos usados pelo autor representam o esfacelamento do poderio alemão? d) Por meio da análise da charge, é possível perceber qual o posicionamento do autor com relação aos países envolvidos? 13. O poeta Carlos Drummond de Andrade escreveu o poema Carta a Stalingrado, publicado originalmente no livro A rosa do povo. Leia um trecho desse poema e responda às questões. Stalingrado Depois de Madri e de Londres, ainda há grandes [cidades! O mundo não acabou, pois que entre as ruínas outros homens surgem, a face negra de pó e de [pólvora, e o hálito selvagem da liberdade dilata os seus peitos, Stalingrado, seus peitos que estalam e caem, enquanto outros, vingadores, se elevam. [ ] Fomos encontrá-lo em ti, cidade destruída, 108

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