Potencial de Rendimento de Cereais de Inverno de Duplo Propósito

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1 Capítulo 5 Potencial de Rendimento de Cereais de Inverno de Duplo Propósito Renato Serena Fontaneli, Henrique Pereiera dos Santos, Roberto Serena Fontaneli, Leo de Jesus Del Duca, Osmar Rodrigues, Mauro Cesar Celaro Teixeira, Alfredo do Nascimento Junior, Euclydes Minella, Eduardo Caierão, Cláudia De Mori, Janete Taborda de Oliveira e Franciele Mariani A importância da produção de forragem para cobertura e, consequentemente conservação dos solos e para alimentação dos animais são inquestionáveis (NABINGER, 1993). Entretanto, para que os sistemas se tornem competitivos, há necessidade de se adequar as diferentes espécies forrageiras a cada região, a fim de evitar a sazonalidade na produção de forragem. A necessidade de rotação de culturas e a produção animal 97

2 tem conduzido a atividade de integração lavoura-pecuária, que pode resultar em melhor aproveitamento do potencial da propriedade. Essa visão mais abrangente de propriedade agrícola cria espaços para que cereais de inverno (aveia branca, centeio, cevada, trigo e triticale) com período vegetativo mais longo, se semeados antecipadamente, possam fornecer forragem verde no período de maior carência alimentar, inverno e, ainda produzir grãos (DEL DUCA et al., 1997). Assim, os cereais de inverno indicados para duplo propósito podem contribuir para a sustentabilidade dos sistemas agrícolas do Sul do Brasil e serem importantes para a rotação de culturas em sistema plantio direto (SANTOS et al., 2002). Desta maneira, a semeadura antecipada de cereais de inverno pode evitar perdas de solo e de nutrientes e contribuir para viabilização do sistema plantio direto, ao proporcionar cobertura vegetal permanente após as culturas de verão (DEL DUCA et al., 1997). Usando-se os cereais de inverno com ciclo apropriado, pode-se favorecer a integração lavoura-pecuária. A utilização de cereais de inverno para duplo propósito em sistema plantio direto, como alternativa à estabilização de oferta de forragem e de grãos para a propriedade agrícola durante o ano todo, pode apresentar como fator limitante a deficiência de nutrientes do solo (BEN et al., 1996). Existem diversos sistemas para a indicação de adubação de manutenção ou de cobertura nas principais espécies cultivadas (MANUAL..., 2004). Entretanto, pesquisas acerca dos níveis de adubação necessários após o corte e, posteriormente para rendimento de grãos, são incipientes no Brasil. O manejo de forrageiras, consiste na utilização de um con- 98 ILPF - Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

3 junto de práticas baseado na morfologia e fisiologia da planta, em determinadas condições de ambiente, para obtenção e manutenção de elevada produtividade (RODRIGUES, 1993). Com a utilização das plantas por meio de corte ou pastoreio são provocadas modificações na parte área com reflexos no sistema radical e nos mecanismos compensadores das plantas. Para tal, necessita-se conhecer os mecanismos básicos que governam a fisiologia das plantas e suas interelações com os fatores de ambiente. A seguir serão apresentados resultados, dos anos de 2003 a 2005, comparando cereais de inverno indicados para duplo propósito quanto a rendimento de massa seca, rendimento de grãos e valor nutritivo, em Passo Fundo, RS. Potencial de rendimento e manejo de cereais de inverno para duplo propósito (DP) As informações base para as indicações sobre cereais DP foram gerados de na área experimental da Embrapa Trigo, no município de Passo Fundo, RS, em solo classificado como Latossolo Vermelho Distrófico típico (STRECK et al., 2002). Para consolidação da tecnologia do usos de cerais DP para as condições sul-brasileiras foram realizadas quatro ações de pesquisa, validadas em dezenas de Unidades de Referência Tecnológica (URT), no centro-sul e sudoeste do Paraná, planalto serrano e oeste de Santa Catarina e, praticamente todas as regiões do Rio Grande do 99

4 Sul através do projeto Integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), liderados pela Embrapa Transferência de Tecnologia. a) Efeito de doses de nitrogênio no rendimento de forragem e de grãos de cereais de inverno, em duas épocas de semeadura. Dois experimentos para foram realizados avaliar a interação entre doses de nitrogênio e genótipos de cereais de inverno DP sobre o rendimento de massa seca e de grãos, em duas épocas de semeadura, abril e maio. As doses de nitrogênio foram assim distribuídas: N1: 50% da dose indicada (30 kg N/ ha); N2: 100% da dose indicada (60 kg N/ha); e N3: 150% da dose indicada (90 kg N/ha) para os cereais de inverno. Os tratamentos testados constam nas tabelas 13 e 14. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados em parcelas sub-divididas, com as doses de nitrogênio, alocadas nas parcelas principais e, 14 genótipos nas subparcelas. As unidades experimentais foram constituídas por 5 linhas de 5,0 m de comprimento, espaçadas 0,2 m entre si. A área experimental foi adubada à lanço, antes da semeadura, com 100 a 300 kg ha -1 da fórmula (N-P 2 O 5 -K 2 O), conforme análise de solos. Em todos os cortes foi realizada a avaliação do rendimento de massa seca dos cereais de inverno. O corte de toda a área útil da parcela destinada para forragem foi efetuado quando as plantas atingiram, aproximadamente, 30 cm de altura. A biomassa verde foi colhida e pesada; desta, foi retirada uma sub-amostra, a qual foi seca em estufa com ar forçado a 60 ºC até peso constante, para determinação da massa seca. Na colheita, foram avaliados o peso do hectolitro, o peso de grãos e o rendimento de grãos ajustados para umida- 100 ILPF - Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

5 de padrão de 13%. As variáveis de resposta estimadas foram submetidas à análise de variância, ao nível de 5% de significância, usando-se o pacote estatístico SAS, versão 8.2 (SAS, 2003). Por ocasião do primeiro e segundo corte e na média dos dois cortes, da primeira época de semeadura, a cultivar de centeio BR 1 teve maior altura por ocasião do corte maior (P<0,05) do que as cultivares de aveia preta Agro Zebu, de cevada BRS 195 e BRS 225 e trigo BRS 277 (Tabela 13). Nessas avaliações, para altura de corte, não houve diferenças significativas para aplicação de doses de nitrogênio (Tabela 14). Quanto ao percentual de massa seca (MS), o genótipo de trigo BRS 277 foi superior às cultivares e aos genótipos de aveia branca e preta, de centeio BR 1, de cevadas e de triticales. O percentual de MS avaliado foi maior com aplicação de 50% da dose indicada de N (N1), em comparação a aplicação de 100% (N2) e 150% (N3) da dose, em ambos os cortes e na média dos mesmos. A cultivar de centeio BRS Serrano teve rendimento de MS mais elevado, em relação as cultivares e genótipos de aveias branca e pretas, de centeio BR 1, de cevadas BRS 224 e BRS 225, de triticales e de trigo BRS 277. O rendimento de MS total de dois cortes foi maior com a aplicação de 150% da dose indicada de N, seguida da indicada (100%), que seperou a aplicção de 50% da dose (Tabela 13). Na primeira época de semeadura, houve diferença significativa (P<0,05) entre os cereais para altura de plantas, peso do hectolitro, peso de mil grãos e rendimento de grãos (Tabela 14). Com relação, as doses de nitrogênio, não houve diferenças significativas entre os tratamentos para esses 101

6 parâmetros. As cultivares de centeio apresentaram altura de plantas maior do que os demais cereais estudados. Os genótipos de trigo BRS Umbu e BRS 277 mostraram peso do hectolitro mais elevado, em relação as cultivares e genótipos de aveias branca e pretas, de centeios, de cevadas e de triticales. As cultivares de cevada apresentaram peso de grãos maior, em comparação aos demais materiais estudados. A cultivar de centeio BRS Serrano foi superior no rendimento de grãos, em relação a todas as culturas estudadas, exceto ao trigo BRS 277. Na segunda época de semeadura, a altura da cultivar de centeio BR 1 foi superior (P< 0,05) aos cultivares e genótipos de cereais de inverno indicados para duplo propósito, exceto ao triticale BRS 148 (Tabela 14). As cultivares de trigo BRS Figueira e BRS Umbu apresentaram maior percentual de MS do que a maioria das cultivares e genótipos estudados. A cultivar de cevada BRS 224 somente não teve rendimento de MS mais elevado do que centeio BR 1, triticale BRS 148 e trigo BRS 277. A cultivar de centeio BRS Serrano têm porte mais alto (Tabela 15). Os genótipos de trigo BRS Umbu e BRS 277 tiveram o peso do hectolitro maior, seguida do trigo BRS Figueira e triticale BRS 148. O maior peso de grãos (40,7 g) ocorreu na cultivar de cevada BRS 224. A cultivar de triticale BRS 203 foi superior para rendimento de grãos do que as demais cultivares e genótipos de cereais, seguida pelos demais genótipos de trigo, triticale, centeio e aveia branca (Tabela 15). 102 ILPF - Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

7 Tabela 13. Efeito de doses de nitrogênio em cereais de inverno na altura de corte (AC), na concentração de massa seca (MS) e no rendimento de MS por corte de cereais de inverno, em duas épocas de semeadura, média de 2003 a ª época de semeadura Cereais de inverno 1º corte 2º corte AC 1º corte 2º corte MS 1º corte 2º corte MS AC AC Média MS MS Média MS MS Total (cm) (cm) (cm) (%) (%) (%) (kg/ha) (kg/ha) (kg/ha) 1. A. branca UPF 18 31,5 abc 32,9 efg 32,2 def 14,6 c 15,6 g 15,1 g 859 cde 620 fg gh 2. A. preta IPFA ,7 abc 33,3 defg 33,0 cdef 15,5 bc 17,9 de 16,7 ef 767 de 724 ef fgh 3. A. preta Agro Zebu 30,8 bc 32,0 g 31,4 ef 15,9 bc 18,4 cd 17,2 de 673 e 793 de gh 4. Centeio BR 1 34,9 a 40,7 a 37,8 a 15,5 bc 17,1 ef 16,3 ef 775 de 784 de efg 5. Centeio BRS Serrano 33,6 abc 36,9 bcd 35,2 abc 19,9 a 17,9 de 18,9 bc a a a 6. Cevada BRS ,8 bc 29,9 g 30,4 f 17,2 b 19,2 bc 18,2 cd abc 771 e d 7. Cevada BRS ,3 abc 35,7 cdef 34,5 bcd 15,6 bc 16,5 fg 16,1 efg 947 bcd 841 cde de 8. Cevada BRS ,4 c 36,0 bcde 33,2 bcdef 15,0 c 16,4 fg 15,7 fg 81 e 799 de gh 9. Triticale BRS ,6 abc 40,6 a 36,1 ab 15,2 c 17,0 ef 16,1 efg 734 e 737 ef gh 10. Triticale BRS ,8 abc 39,6 ab 36,2 ab 16,1 bc 17,5 def 16,8 ef 798 de 926 cd def 11. Triticale E 53 32,6 abc 36,7 cde 34,7 bcde 15,3 bc 17,1 ef 16,2 efg 794 de 496 g h 12. Trigo BRS Figueira 34,5 ab 37,6 abc 36,1 ab 19,8 a 19,9 b 19,8 ab ab 981 bc b 13. Trigo BRS Umbu 33,0 abc 38,7 abc 35,8 abc 19,7 a 19,1 bc 19,4 ab 940 bcd ab bc 14. Trigo BRS ,9 c 32,1 fg 31,0 ef 19,6 a 21,0 a 20,3 a 857 cde 974 c cd Média 32,3 35,9 34,1 16,8 17,9 17, Doses de nitrogênio N1-50% - metade da dose32,1 a 35,2 a 33,7 a 17,4 a 18,3 a 17,8 a 827 b 746 c c N2-100% - dose indicada 32,2 a 36,3 a 34,3 a 16,6 b 17,9 b 17,3 b 864 ab 860 b b N3-150% 32,6 a 36,2 a 34,2 a 16,3 b 17,6 b 17,0 b 913 a 910 a a A: aveia; e E: Embrapa. Médias seguidas da mesma letra, na coluna, não diferem significativamente pelo teste de Tukey (P>0,05). 103

8 Tabela 14. Efeito de doses de nitrogênio em cereais de inverno na altura de plantas (AP), no peso do hectolitro (PH), no peso de 1000 grãos (PMG) e no rendimento de grãos (RG), da primeira época de semeadura, média de 2003 a ª época de semeadura AP PH PMG RG Cereais de inverno Média Médio Média Média (cm) (kg/hl) (g) (kg/ha) 1. A. branca UPF ,9 b 43,4 g 32,0 b bcde 2. A. preta IPFA ,2 b 46,9 f 18,7 e h 3. A. preta Agro Zebu 113,2 b 45,0 fg 18,4 e gh 4. Centeio BR 1 134,6 a 67,5 c 21,4 e bc 5. Centeio BRS Serrano 137,3 a 68,4 bc 18,7 e a 6. Cevada BRS ,2 h 54,3 e 32,8 b gh 7. Cevada BRS ,1 f 58,9 d 38,6 a defg 8. Cevada BRS ,2 gh 57,3 de 36,6 a def 9. Triticale BRS ,8 c 65,5 c 37,9 a cdef 10. Triticale BRS ,8 cd 67,7 bc 29,9 bc bcd 11. Triticale Embrapa 53 80,5 c 65,8 c 32,9 b efgh 12. Trigo BRS Figueira 62,4 fg 70,8 ab 26,3 d fgh 13. Trigo BRS Umbu 72,5 de 71,6 a 30,3 bc def 14. Trigo BRS ,9 ef 73,8 a 27,3 cd ab Média 87,8 61,2 28, Doses de nitrogênio N1 87,7 a 61,1 a 28,5 a a N2 87,8 a 61,2 a 29,0 a a N3 87,8 a 61,4 a 28,6 a a A: aveia. Médias seguidas da mesma letra, na coluna, não diferem significativamente pelo teste de Tukey (P>0,05). 104 ILPF - Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

9 Tabela 15. Efeito de doses de nitrogênio em cereais de inverno na altura de corte (AC), na concentração de massa seca (MS), no rendimento de massa seca total (MS), na altura de planta (cm), no peso do hectolitro (PH), no peso de 1000 grãos (PMG) e no rendimento de grãos (RG), da segunda época, com um corte, média de 2003 a ª época de semeadura Cereais de inverno AC MS MS EP PH PMG RG (cm) (%) (kg/ha) (cm) (kg/hl) (g) (kg/ha) 1. A. branca UPF 18 33,0 cd 16,3 e 708 de 107,5 d 43,9 g 31,5 d bc 2. A. preta IPFA ,9 cd 18,5 bc 795 cde 116,3 c 45,1 g 18,6 g f 3. A. preta Agro Zebu 34,2 bc 18,9 ab 711 de 116,9 c 44,0 g 17,7 g f 4. Centeio BR 1 39,1 a 16,7 de ab 128,7 b 68,2 d 21,4 f e 5. Centeio BRS Serrano 34,5 bc 17,7 bcd 881 bcd 141,3 a 68,6 d 19,4 fg bc 6. Cevada BRS ,7 d 18,8 ab 928 bc 50,4 i 57,2 f 34,8 bc de 7. Cevada BRS ,2 bc 17,0 de a 63,1 h 60,2 e 40,7 a b 8. Cevada BRS ,0 cd 17,3 cde 755 cde 55,1 i 60,1 e 35,6 b cde 9. Triticale BRS ,4 ab 16,3 e ab 94,3 e 68,6 d 38,7 a bc 10. Triticale BRS ,1 bc 17,9 bcd 868 bcd 86,9 f 71,1 c 34,1 bcd a 11. Triticale Embrapa 53 34,5 bc 16,7 de 686 e 83,3 fg 67,6 d 35,7 b bcd 12. Trigo BRS Figueira 32,4 cd 19,8 a 887 bcd 68,6 h 74,0 b 28,7 e bc 13. Trigo BRS Umbu 33,3 cd 19,8 a 729 de 76,5 g 77,4 a 32,2 cd bc 14. Trigo BRS ,7 bc 19,0 ab ab 68,5 h 77,4 a 28,5 e bcd Média 34,1 17, ,8 63,1 29, Doses de nitrogênio N1 33,5 a 18,3 a 807 b 89,6 a 63,0 a 29,9 a b N2 34,5 a 17,9 ab 901 a 89,4 a 63,5 a 29,7 a b N3 34,3 a 17,5 b 912 a 90,4 a 62,9 a 29,8 a a A: aveia. Médias seguidas da mesma letra, na coluna, não diferem significativamente pelo teste de Tukey (P>0,05). 105

10 106 ILPF - Integração Lavoura-Pecuária-Floresta Tabela 16. Avaliação de cereais de inverno quanto à precocidade no rendimento de forragem para o vazio outonal na altura de corte (EC) e na concentração de massa seca (MS), do primeiro, segundo e terceiro cortes, média conjunta de 2003 a º corte 2º corte 3º corte EC 1º corte 2º corte 3º corte MS Cereais de inverno AC AC AC Média MS MS MS Média (cm) (cm) (cm) (cm) (%) (%) (%) (%) 1. A. branca UPF 18 33,1 ab 33,7 de 32,1 d 33,0 de 15,4 ab 15,1 g 23,0 bc 17,8 f 2. A. preta IPFA ,8 abc 32,9 def 34,3 bcd 32,7 de 18,0 ab 22,3 b 20,0 e 20,1 bcde 3. A. preta Agro Zebu 29,2 abc 32,0 ef 40,6 abcd 33,9 de 18,4 ab 23,1 b 20,3 de 20,6 abcd 4. Centeio BR 1 31,2 ab 46,1 a 43,8 abcd 40,4 ab 14,9 ab 16,9 efg 22,1 cde 18,0 ef 5. Centeio BRS Serrano 32,1 ab 35,8 cde 37,8 bcd 35,2 cde 18,1 ab 17,2 ef 22,7 bcd 19,3 bcdef 6. Cevada BRS ,4 c 27,9 f 37,2 bcd 30,5 e 17,6 ab 22,1 bc 23,7 abc 21,1 ab 7. Cevada BRS ,4 a 36,6 cde 32,9 cd 34,3 de 15,7 ab 16,1 fg 23,5 abc 18,5 def 8. Cevada BRS ,6 abc 37,3 cde 39,4 bcd 35,4 bcde 15,1 ab 17,0 efg 25,6 a 19,2 bcdef 9. Triticale BRS ,3 abc 44,1ab 44,9 ab 39,4 abc 15,7 ab 16,6 fg 24,3 abc 18,9 cdef 10. Triticale BRS ,7 ab 38,2 cd 40,0 abcd 36,6 bcd 18,4 ab 18,1 ef 22,7 bcd 19,7 bcdef 11. Triticale Embrapa 53 28,8 bc 45,3 ab 51,7 a 41,9 a 14,4 b 17,2 ef 23,2 abc 18,3 ef 12. Trigo BRS Figueira 32,2 ab 37,1 cde 42,7 abcd 37,3 abcd 18,8 ab 20,3 cd 25,0 ab 21,4 ab 13. Trigo BRS Umbu 33,3 a 40,1 bc 46,0 ab 39,8 abc 19,8 a 18,6 de 23,7 abc 20,7 abc 14. Trigo BRS ,8 abc 32,8 ef 44,0 abc 35,5 bcde 19,7 a 25,1 a 22,9 bc 22,6 a Média 30,8 37,1 40,5 36,1 17,2 19,0 23,0 19,7 A: aveia. Médias seguidas da mesma letra, na coluna, não diferem significativamente pelo teste de Tukey (P>0,05).

11 Tabela 17. Avaliação de cereais de inverno quanto à precocidade no rendimento de forragem para o vazio outonal no rendimento de massa seca (MS), do primeiro, segundo e terceiro cortes, média conjunta de 2003 a º corte 2º corte 3º corte MS Cereais de inverno MS MS MS Total (kg/ha) (kg/ha) (kg/ha) (kg/ha) 1. Aveia branca UPF abc 567 f cde f 2. Aveia preta IPFA abc 942 bcd bcde cdef 3. Aveia preta Agro Zebu 900 abc 989 abc ab abc 4. Centeio BR c 838 cde a cdef 5. Centeio BRS Serrano a abc a a 6. Cevada BRS ab 708 ef abc bcde 7. Cevada BRS abc 737 def 940 de ef 8. Cevada BRS bc 950 abcd abc bcde 9. Triticale BRS bc 881 cde bcde def 10. Triticale BRS abc 975 abc 939 de cdef 11. Triticale Embrapa c 965 abc 892 e ef 12. Trigo BRS Figueira ab 908 bcde abc abcd 13. Trigo BRS Umbu 979 ab ab abcd 3.322abc 14. Trigo BRS abc a a ab Média Médias seguidas da mesma letra, na coluna, não diferem significativamente pelo teste de Tukey (P>0,05). b) Precocidade no rendimento de forragem para o vazio outonal Os tratamentos constaram de diferentes espécies de cereais de inverno (tabelas 16 e 17). O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com três repetições. As parcelas experimentais foram constituídas de 5 linhas de 5,0 m de comprimento espaçadas 0,2 m entre si. A semeadura foi realizada, no mês de maio, de 2003 a Por ocasião do 107

12 perfilhamento, no mês junho de ambos os anos e após cada corte foi aplicado 12 kg N/ha em cobertura. Em todos os cortes foi realizada avaliação do rendimento de massa seca dos cereais de inverno. O critério de corte das plantas por parcelas foi quando as mesmas atingiram, aproximadamente, 30 cm de altura. A massa verde foi colhida e pesada; desta foi retirada uma sub-amostra, a qual foi seca em estufa com ar forçado a 60 ºC até peso constante, para determinação da massa seca. Os parâmetros em estudo foram submetidos à análise de variância ao nível de 5% de significância, utilizando-se o pacote estatístico SAS versão 8.2 (SAS, 2003). Houve diferença significativa (P< 0,05) em todos os cortes para altura de plantas, percentual de MS e rendimento de MS. No primeiro corte, as cultivares de cevada BRS 224 e de trigo BRS Umbu apresentaram altura de corte mais elevado do que as cultivares de cevada BRS 195 e de triticale Embrapa 53 (Tabela 16). Já no segundo corte, a cultivar de centeio BR 1 foi superior aos demais cereais estudados para altura de corte, com exceção do triticale BRS 148. No terceiro e na média dos cortes, a cultivar de triticale Embrapa 53 mostrou altura de corte maior, em comparação às aveias, às cevadas e, na média, ao triticale BRS 203. A cultivar de trigo BRS 277 teve teor de MS mais elevado, em relação a cultivar de triticale Embrapa 53, no primeiro e segundo cortes e na média dos cortes (Tabela 17). No terceiro corte, a cultivar de cevada BRS 225 apresentou maior percentual de MS do que as cultivares e genótipos de aveias branca e pretas, de centeios, de triticale BRS 203 e de trigo BRS 277. A cultivar de centeio BRS Serrano obteve maior rendimento 108 ILPF - Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

13 de MS, em comparação às cultivares de triticale BRS 148 e Embrapa 53, no primeiro e terceiro cortes e no total de cortes (Tabela 17). A cultivar de trigo BRS 277 foi superior no rendimento total de MS aos genótipos de aveia branca UPF 18, de aveia preta IPFA 99009, de centeio BR 1, de cevada BRS 224 e BRS 225, e todos os de triticale. c) Avaliação de cereais de inverno para rendimento de forragem verde, silagem e grãos Os tratamentos constaram de diferentes espécies de cereais de inverno (Tabela 18). O delineamento experimental foi de blocos ao acaso, com três repetições. As parcelas experimentais foram constituídas de 5 linhas de 5,0 m de comprimento espaçadas 0,2 m entre si. A semeadura foi realizada em abril, de 2003 a Por ocasião do perfilhamento, no mês de junho de ambos os anos e após o corte para forragem verde foi aplicado 22,5 kg N/ha. Nos dois cortes foi realizada avaliação do rendimento de massa seca dos cereais de inverno. O corte de toda área útil da parcela destinada para forragem verde foi quando as plantas atingiram, aproximadamente, 30 cm de altura. Metade da área de rebrote foi destinada à elaboração de silagem. O corte foi realizado quando as plantas apresentaram grão em massa mole. A outra metade da área de rebrote foi destinada para rendimento de grãos. A massa verde foi colhida e pesada; desta foi retirada uma sub-amostra, a qual foi seca em estufa a 60 ºC, para determinação da massa seca. Na colheita foram avaliados o peso do hectolitro, o peso de grãos e o rendimento de 109

14 grãos (ajustados para umidade padrão de 13%). As variáveis resposta foram submetidas à análise de variância ao nível de 5% de significância, utilizando-se o pacote estatístico SAS versão 8.2 (SAS, 2003). Houve diferença significativa (P< 0,05) em todos os cortes para percentual de massa seca e rendimento de massa seca (MS), e no total de rendimento de MS, bem como na altura de plantas, peso do hectolitro, peso de grãos e rendimento de grãos (tabelas 18 e 19). As médias da altura de corte dos cereais para forragem verde não diferiram entre si (Tabela 18). No corte destinado para silagem, a altura de corte dos centeios foram superiores, em relação a maioria dos cereais estudados, enquanto que no corte para silagem a cultivar de centeio BRS Serrano foi superior. Por sua vez, a cultivar de centeio BRS Serrano, destacou-se no rendimento de MS mais elevado no corte para forragem verde e no corte para silagem. No primeiro corte, para forragem verde foi superior aos das aveias pretas, aos do centeio BR 1 e aos dos triticales BRS 148 e Embrapa 53. Para silagem e no total de MS (verde + silagem) o centeio BRS Serrano foi o mais produtivo (Tabela 18) Por ocasião da colheita, na parte que ficou para determinação do rendimento de grãos, a cultivar de centeio BRS Serrano obteve maior altura de plantas do que os demais cereais de inverno (Tabela 19). As cultivares de trigo apresentaram peso do hectolitro mais elevado. A cultivar de cevada BRS 224 teve peso de grãos superior, exceto a cevada BRS 225 e ao triticale BRS 148. Os genótipos de centeio BRS Serrano, de triticale BRS 148 e de trigo BRS 277 tiveram rendimento, no entanto sem diferirem de aveia branca UPF 18, centeio BR 1 e triticale BRS 203 (Tabela 19). 110 ILPF - Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

15 Tabela 18. Avaliação de cereais de inverno para rendimento de forragem verde, silagem e grãos na altura de corte (AC), na concentração de massa seca (MS) e no rendimento de massa seca (MS), do primeiro (verde) e segundo (silagem) cortes e total de MS, média de 2003 a Verde Silagem Verde Silagem Verde Silagem MS Cereais de inverno AC AC MS MS MS MS Total (cm) (cm) (%) (%) (kg/ha) (kg/ha) (kg/ha) 1. A. branca UPF 18 32,6ns 110,8 b 15,0 cd 29,5 ef 892 ab bc bc 2. A. preta IPFA ,7 116,7 b 15,0 cd 28,5 fg 674 bc bc bc 3. A. preta Agro Zebu 29,7 111,8 b 15,4 cd 25,7 g 570 c bcde bcd 4. Centeio BR 1 32,9 136,4 a 16,3 bcd 37,8 ab 697 bc b b 5. Centeio BRS Serrano 33,8 141,8 a 18,3 ab 39,1 a a a a 6. Cevada BRS ,2 57,2 f 17,0 bc 31,7 def a e d 7. Cevada BRS ,6 72,6 de 14,8 cd 30,2 def 931 ab cde cd 8. Cevada BRS ,0 66,1 ef 14,8 cd 32,5 cde 809 abc de d 9. Triticale BRS ,8 98,6 c 15,4 cd 33,0 cd 718 bc bcde bcd 10. Triticale BRS ,6 95,9 c 14,7 cd 32,8 cd 828 abc cde cd 11. Triticale Embrapa 53 33,3 93,3 c 14,2 d 35,2 bc 598 c bcd bcd 12. Trigo BRS Figueira 33,3 67,8 ef 18,0 ab 36,9 ab a cde bcd 13. Trigo BRS Umbu 34,4 77,1 de 15,8 bcd 38,1 ab 926 ab cde bcd 14. Trigo BRS ,4 80,0 d 19,9 a 38,4 ab a cde bcd Média 32,0 94,7 16,1 33, A: aveia. Médias seguidas da mesma letra, na coluna, não diferem significativamente pelo teste de Tukey (P>0,05). ns = não significativo 111

16 Tabela 19. Avaliação de cereais de inverno para rendimento de forragem verde, silagem e grãos na altura de planta (AP), no peso do hectolitro (PH), no peso de 1000 grãos (PMG) e no rendimento de grãos (RG), da colheita, média de 2003 a AP PH PMG RG Cereais de inverno (cm) (kg/hl) (g) (kg/ha) 1. Aveia branca UPF ,4 cde 44,0 e 31,8 cd ab 2. Aveia preta IPFA ,0 bc 45,2 e 19,0 e f 3. Aveia preta Agro Zebu 110,9 cd 42,9 e 16,0 e ef 4. Centeio BR 1 132,9 ab 68,3 bc 19,8 e abcd 5. Centeio BRS Serrano 144,8 a 69,9 bc 21,4 e a 6. Cevada BRS ,4 j 58,6 d 33,3 cd de 7. Cevada BRS ,0 fghi 59,2 d 42,9 a cde 8. Cevada BRS ,7 ij 60,1 d 37,9 abc ef 9. Triticale BRS ,4 def 71,4 b 40,4 ab a 10. Triticale BRS ,1 efg 71,0 b 31,6 cd abc 11. Triticale Embrapa 53 91,9 efg 67,1 c 34,2 bcd cde 12. Trigo BRS Figueira 68,7 hi 75,6 a 29,8 d e 13. Trigo BRS Umbu 75,6 ghi 76,7 a 31,0 d bcde 14. Trigo BRS ,6 fgh 78,1 a 29,1 d a Média 93,0 63,4 29, Médias seguidas da mesma letra, na coluna, não diferem significativamente pelo teste de Tukey (P>0,05). d) Determinação da curva de crescimento de trigo BRS Figueira e de aveia preta Agro Zebu O experimento foi conduzido na Embrapa Trigo, em Passo Fundo, RS, de 2003 a A parcela principal foi constituída 112 ILPF - Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

17 por dois genótipos (trigo BRS Figueira e aveia preta Agro Zebu) e as subparcelas por 21 combinações de cortes. Os tratamentos alocados nas subparcelas foram formados por cortes com intervalo de duas semanas (14, 28, 42, 56, 70, 84, 98, 112, 126, 140, 154 e 168 dias após a emergência das plantas) para determinar-se a curva de crescimento e mais nove dos rebrotes (r) de 28, 42 e 56 dias nos tratamentos cortados aos 42, 56 e 70 dias após a emergência (42r28, 42r42 e 42r56; 56r28, 56r42 e 56r56; e 70r28, 70r42 e 70r56). O delineamento experimental foi em blocos ao acaso com parcelas subdivididas em três repetições. A área das subparcelas foi de 5 m 2 (5 linhas espaçadas de 0,20 m por 5,00 m de comprimento). Durante todo os anos, os experimentos foram implantados no mês de abril. Quinze dias após a emergência o material foi desbastado ajustando-se o número de plantas adequado para cada tratamento. A área experimental foi adubada com 100 a 300 kg/ha da fórmula Por ocasião do perfilhamento, no mês de junho, de todos os anos, foi aplicado 22,5 kg N/ha. As plantas daninhas, os insetos e as doenças do trigo foram controlados com os produtos indicados para essa espécie (REUNIÃO, 2005b). Foram realizadas as seguintes avaliações, no trigo e na aveia preta, por ocasião do corte: biomassa seca acumulada (MS) e valor nutritivo (teores de proteína bruta, fibra insolúvel em detergente ácido, fibra insolúvel em detergente neutro, e digestibilidade de massa seca). Na colheita foram realizadas as seguintes avaliações: altura de planta, peso do hectolitro, peso de grãos por planta e rendimento de grãos. A altura de plantas foi medida à campo com uma régua. A massa verde foi colhida e pesada, e desta foi retirada uma sub-amostra, a qual foi seca em estufa com ar forçado a 60 ºC até peso 113

18 constante, para ser determinada a massa seca. A forragem seca foi triturada em moinho tipo Wilei com peneira de 1,0 mm e armazenda para análise do valor nutritivo. A determinação laboratorial do valor nutritivo foi pela tecnologia NIRS (SCHEFFER-BASSO et al., 2003). O rendimento de grãos foi determinado de toda área útil da parcela e ajustado para umidade de 13%. A colheita do material foi realizada do mês de outubro ao mês de dezembro. Os parâmetros em estudo foram submetidos à análise de variância ao nível de 5% de significância, utilizando-se o pacote estatístico SAS versão 8.2 (SAS, 2003). Em valores absolutos, o maior rendimento de massa seca (MS) de trigo (8.482 kg/ha) e de aveia preta (8.465 kg/ha), com um corte (Tabela 20), ocorreu aos 154 dias após a emergência das plantas. Nessas condições, tanto o trigo como a aveia preta, tiveram rendimento de grãos comprometido (Tabela 20), ou seja, não produziram grãos (Fig. 23, 24, 25 e 26). Com dois cortes, em valores absolutos, o maior rendimento de MS de trigo foi kg/ha, primeiro corte aos 56 dias e, novamente no rebrote de 56 dias (Fig. 24). Na aveia preta (Fig. 26), o maior valor de MS foi kg/ha aos 70 dias e rebrote de 56 dias (Tabela 20). Da mesma forma, tanto o trigo como a aveia preta tiveram rendimento de grãos e qualidade afetada. O trigo com um corte aos 56 dias produziu kg/ ha e reduziu para 948 kg/ha do rebrote de dois cortes (56r56), enquanto a aveia preta cortada aos 56 dias produziu kg/ha e reduziu para kg/ha do rebrote de dois cortes (56r56) (Tabela 21). O rendimento de grãos de trigo com um corte (Fig. 23) nos primeiros 42 dias após a emergência variou entre a 114 ILPF - Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

19 2.058 kg/ha, enquanto da aveia preta (Fig. 25), no mesmo período foi de a kg ha -1 (Tabela 21), demonstrando maior potencial do trigo para rendimento de grãos (Fig. 23, 24, 25 e 26). Entretanto, com dois cortes para forragem, o trigo e a aveia preta, em geral são equivalentes. O peso de grãos (31,5 g) e peso do hectolitro de trigo (73,7 kg/hl) são maiores, implicando em maior potencial para uso como ração enegética para animais (Tabela 21). Como por exemplo aos 56 dias após a emergência das plantas, nesses três anos, o maior rendimento de grãos tanto de trigo como de aveia preta, com um corte, não coincidem com os maiores rendimentos de MS (Tabelas 20 e 21). À medida que o rendimento de MS aumentou (aveia preta: 847 kg/ha e trigo: kg/ha), o rendimento de grãos diminuiu (aveia preta: kg/ha e trigo: kg/ha). Dessa forma, o trigo responde bem a um pastejo, até aos 42 dias após a emergência das plantas e ainda produz mais de 2,0 t/ha de grãos. Com um corte, aos 70 dias após a emergência das plantas, tanto o trigo como a aveia preta, continuam aumentando rendimento de MS, porém, rendimento de grãos começa a diminuir (Tabelas 20 e 21). Para os dois cortes, isso foi verdadeiro aos 56 dias (primeiro corte) e 56 dias (segundo corte) após a emergência das plantas para trigo e 70r56 após a emergência das plantas para aveia preta (Tabelas 20 e 21). 115

20 116 ILPF - Integração Lavoura-Pecuária-Floresta Tabela 20. Altura de corte (AC), concentração de massa seca (MS) e rendimento de massa seca (MS), de dois cortes de trigo BRS Figueira e de aveia preta Agro Zebu, de 2003 a Embrapa Trigo. Passo Fundo, RS. Cortes em dias após 1º corte 2º corte Total emergência das plantas AC MS MS EC MS MS MS e rebrote (r) (cm) (%) (kg/ha) (cm) (%) (kg /ha) (kg/ha) 14: aveia preta trigo : aveia preta trigo : aveia preta trigo r28: aveia preta trigo r42: aveia preta trigo r56: aveia preta trigo : aveia preta trigo Continua...

21 Tabela 20. Continuação. Cortes em dias após 1º corte 2º corte Total emergência das plantas AC MS MS EC MS MS MS e rebrote (r) (cm) (%) (kg/ha) (cm) (%) (kg /ha) (kg/ha) 56r28: aveia preta trigo r42: aveia preta trigo r56: aveia preta trigo : aveia preta trigo r28: aveia preta trigo r42: aveia preta trigo r56: aveia preta trigo : aveia preta

22 118 ILPF - Integração Lavoura-Pecuária-Floresta trigo Tabela 20. Continuação. Continua... Cortes em dias após 1º corte 2º corte Total emergência das plantas AC MS MS EC MS MS MS e rebrote (r) (cm) (%) (kg/ha) (cm) (%) (kg /ha) (kg/ha) 98: aveia preta trigo : aveia preta trigo : aveia preta trigo : aveia preta trigo : aveia preta trigo : aveia preta trigo

23 Tabela 21. Peso de grãos (PMG), peso do hectolitro (PH) e rendimento de grãos (RG) de trigo BRS Figueira e de aveia preta Agro Zebu, de dois cortes, de 2003 a Embrapa Trigo. Passo Fundo, RS. Cortes em dias após a emergência das PMG PH RG plantas e rebrote (r) (g) (kg/hl) (kg/ha) 14: aveia preta 15,3 kl 42,5 fghi bcde Trigo 31,5 a 73,7 a a 28: aveia preta 16,4 jkl 41,0 hi bc Trigo 30,3 ab 73,0 ab a 42: aveia preta 16,6 jkl 41,4 hi bcd Trigo` 29,4 abc 70,5 bcd ab 42r28: aveia preta 17,2 jkl 44,7 f bcdef Trigo 25,8 cdef 71,7 abcd cdefghijk 42r42: aveia preta 18,0 ijkl 43,3 fgh bcdefghij Trigo 25,4 cdef 70,9 abcd defghijkl 42r56: aveia preta 15,5 kl 43,6 fgh efghijkl Trigo 22,8 efgh 70,5 bcd efghikl 56: aveia preta 16,6 jkl 40,9 hi bc Trigo 26,7 bcde 71,5 abcd bcdefg 56r28: aveia preta 15,7 kl 43,6 fgh bcdefghi Trigo 25,3 cdef 71,1 abcd bcdefgh 56r42: aveia preta 16,2 kl 41,6 ghi fghijklm Trigo 22,2 fghi 69,0 de 870 lm 56r56: aveia preta 16,4 jkl 40,7 hi defghijkl Trigo 24,5 defg 70,2 bcde 948 klm 70: aveia preta 18,7 hijk 42,1 fghi cdefghijkl Trigo 26,5 bcde 72,0 abc bcdefgh 70r28: aveia preta 14,4 l 41,2 hi fghijklm Trigo 24,0 defg 69,4 cde hijklm 70r42: aveia preta 14,6 kl 40,2 i 975 ijklm Trigo 26,0 cdef 69,6 cde 957 jklm Continua

24 Tabela 21. Continuação. Cortes em dias após a emergência das PMG PH RG plantas e rebrote (r) (g) (kg/hl) (kg/ha) 70r56: aveia preta 17,3 jkl 39,8 i efghijkl Trigo 26,8 bcde 67,3 e 610 m 84: aveia preta 16,4 jkl 44,5 fg bcdefgh Trigo 24,8 def 70,3 bcd efghijkl 98: aveia preta 16,8 jkl 42,7 fghi ghijklm Trigo 27,2 bcd 72,2 abc fghijklm 112: aveia preta 20,5 ghij 42,6 fghi fghijklm Trigo 27,6 abcd 70,9 abcd efghijkl 126: aveia preta Trigo : aveia preta Trigo : aveia preta trigo : aveia preta trigo Média 21,4 56, Médias seguidas da mesma letra, na coluna, não diferem significativamente pelo teste de Tukey (P>0,05). 120 ILPF - Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

25 Capítulo 6 Valor Nutritivo de Cereais de Inverno de Duplo Propósito Roberto Serena Fontaneli, João Walter Dürr, Renato Serena Fontaneli, Henrique Pereira dos Santos, Nara Barbieri, Aislam Celso Pazinato e Geórgia Maldaner Valor nutritivo refere-se a composição dos nutrientes da forragem e a sua digestibilidade. O valor nutritivo é um importante componente da qualidade da forragem. Qualidade de forragem é definida de diferentes formas, mas muitas vezes, é pouco compreendida. Um simples conceito é acompanhado de muita complexidade. Embora, muito importante, qualidade de forragem recebe menos atenção do que deveria. Adequada alimentação e nutrição animal são essenciais para altas taxas de ganho de peso, produção de leite, eficiência reprodutiva e lucratividade. Contudo, qualidade de forragem varia muito entre e dentro das espécies de plantas forrageiras e as necessidades nutricionais variam muito entre e dentro das espécies e categorias animal. Produção de forragem de qualidade para dada situação necessi- 121

26 ta conhecimento dos fatores que à afetam e então manejálos adequadamente. Analisando o conteúdo de nutrientes das forragens pode-se adequar a suplementação às necessidades dos animais e assim, obter desempenho animal desejado. Qualidade de forragem pode ser definida como o potencial da forragem em produzir uma resposta animal desejada ou a combinação de características biológicas e químicas que determinam o potencial para a produção de leite e/ou lã e/ou carne e/ou trabalho ou ainda, pode ser considerada como a combinação do valor nutritivo com o consumo da forragem. Nos últimos anos, os avanços tecnológicos no melhoramento de plantas e animais, a introdução e desenvolvimento de novos produtos e técnicas gerenciais têm tornado possível um aumento no desempenho animal. Contudo para que isso seja possível é preciso estar focado na qualidade da forragem e nas tecnologias que possam ser utilizadas para aumentar a lucratividade. As plantas forrageiras, especialmente as gramíneas anuais, exibem uma marcante variação na qualidade, de acordo com o estádio de desenvolvimento. Com a maturação, há um decréscimo diário nos valores de proteína bruta e digestibilidade da matéria seca, por exemplo, enquanto ocorre um elevado incremento no acúmulo de biomassa. Além desse fator, em qualquer uma das fases de desenvolvimento das plantas, há diferenças entre os componentes da produção, como caules, folhas e inflorescências, cuja proporção está em constante alteração. Muitos fatores influenciam a qualidade de forragem. Os mais importantes são espécie, estágio de maturidade na colheita (idade) e método de conservação. Fatores secundários incluem fertilidade do solo e fertilizações, temperatura durante 122 ILPF - Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

27 o crescimento da forragem e variedade. Valor nutritivo de cereais de inverno para fins forrageiros a) Efeito de doses de nitrogênio no rendimento de forragem e de grãos de cereais de inverno, em duas épocas de semeadura Foram realizados dois experimentos para avaliar os efeitos da integração entre doses de nitrogênio e genótipos de cereais de inverno sobre o rendimento de massa seca e de grãos, em duas épocas de semeadura. As doses de nitrogênio foram assim distribuídas: N1: 50% da dose indicada (30 kg N/ ha); N2: 100% da dose indicada (60 kg N ha -1 ); e N3: 150% da dose indicada (90 kg N/ha) para os cereais de inverno. Os tratamentos foram constituídos dos seguintes cereais de inverno: um genótipo de aveia branca (UPF 18), dois genótipos de aveia preta (IPFA e Agro Zebu), dois genótipos de centeio (BR 1 e BRS Serrano), três genótipos de cevada (BRS 195, BRS 224 e BRS 225), três genótipos de triticale (BRS 148, BRS 203 e Embrapa 53) e três genótipos de trigo (BRS Figueira, BRS Umbu e BRS 277), em duas épocas de semeadura (abril e maio, de 2003 a 2005). O delineamento experimental foi o de blocos casualizados em parcelas sub-divididas, com três doses de nitrogênio (parcelas) e 14 genótipos (subparcelas). As parcelas experimentais foram constituídas de 5 linhas de 5,0 m de comprimento, espaçadas 0,2 m entre 123

28 si. A área experimental foi adubada com 100 a 300 kg/ha da fórmula Em todos os cortes foi realizada a avaliação do rendimento de massa seca dos cereais de inverno. A massa verde foi colhida e pesada; desta, foi retirada uma subamostra, a qual foi seca em estufa com ar forçado a 60 ºC até peso constante, para determinação da massa seca. Assim, de parte da massa seca moída a 1 mm em moinho tipo Willey, foram realizadas as avaliações laboratoriais pelo método de reflectância do infravermelho proximal (NIRS) para proteína bruta (PB), fibra insolúvel em detergente neutro (FDN), fibra insolúvel em detergente ácido (FDA) e digestibilidade estimada da massa seca (DMS) (FONTANELI, 2005). As variáveis resposta foram submetidas à análise de variância, ao nível de 5% de significância, usando-se o pacote estatístico SAS, versão 8.2 (SAS, 2003). A cultivar de trigo BRS Umbu apresentou teor de proteína bruta (PB) mais elevado nas lâminas foliares e colmos (P< 0,05), por ocasião do primeiro corte da primeira época de semeadura do que as cultivares de aveia UPF 18, de centeios, de cevadas e o genótipo de trigo BRS 277 (Tabela 22). As cultivares de centeio BR 1, de triticale Embrapa 53 e de trigo BRS Figueira e BRS Umbu mostraram teor de fibra em detergente neutro (FDN) maior, em relação a maioria dos cereais de inverno. A cultivar de cevada BRS 224 manifestou teor de fibra em detergente ácido (FDA) mais elevado, em comparação a grande parte dos cereais estudados. A aveia branca UPF 18 foi superior aos demais cereais de inverno para teor de digestibilidade da matéria seca estimada (DMS). Os teores de PB e de DMS foram maiores com aplicação de 150% da dose indicada de N (N3), em relação a aplicação de 50% da dose (N1) (Tabela 23). Para os teores de FND e FDA, ocorreu o inverso. 124 ILPF - Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

29 No segundo corte da primeira época, o genótipo e a cultivar de aveia preta IPFA e Agro Zebu foram superiores (P< 0,05) às cultivares de cevada BRS 195 e BRS 224, ao triticale BRS 148 e ao trigo BRS Figueira para o teor de PB (Tabela 23). Por sua vez, a cultivar de trigo BRS Figueira apresentou teor de FDN mais elevado do que a maioria dos cereais estudados, enquanto para o teor de FDA foi a cultivar de trigo BRS Umbu. As cultivares de aveias branca UPF 18 e preta mostraram teor de DMS maior, em relação aos demais cereais estudados. Os teores de PB e de DMS foram maiores com aplicação de 100% e de 150% da dose indicada de N, em comparação a aplicação de 50% da dose (Tabela 23). Para o teor FDA, ocorreu o inverso. Não houve diferença significativa entre a aplicação de N para o teor FDN. No corte da segunda época, a cultivar de centeio BRS Serrano obteve teor de PB maior do que as cultivares de aveia branca UPF 18, de centeio BR 1, de cevadas e de triticale BRS 148 e Embrapa 53 (Tabela 24). As cultivares de centeio BR 1 e de triticale BRS 148 apresentaram teor de FDN mais elevado em relação a maioria dos cereais estudados, enquanto para FDA foi a cultivar de cevada BRS 224. As aveias branca e pretas foram superiores a maioria das cultivares e genótipos estudados para o teor de DMS. No percentual de PB e de DMS, a aplicação de 150% da dose indicada de N foi mais elevada do que o de 50% e 100% da dose (Tabela 24). Para o percentual de FDN, não houve diferença significativa entre as médias e a aplicação de N. O percentual de FDA, na aplicação de 50% e de 100% da dose indicada de N foi superior ao da dose de 150%. 125

30 b) Avaliação de cereais de inverno quanto à precocidade no rendimento de forragem para o vazio outonal Os tratamentos constaram de diferentes espécies de cereais de inverno: um genótipo de aveia branca (UPF 18), dois genótipos de aveia-preta (IPFA e Agro Zebu), dois genótipos de centeio (BR 1 e BRS Serrano), três genótipos de cevada (BRS 195, BRS 224 e BRS 225), três genótipos de triticale (BRS 148, BRS 203 e Embrapa 53) e três genótipos de trigo (BRS Figueira, BRS Umbu e BRS 277). O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com três repetições. As parcelas experimentais foram constituídas de 5 linhas de 5,0 m de comprimento espaçadas 0,2 m entre si. A semeadura foi realizada, no mês de maio, de 2003 a Em todos os cortes foi realizada avaliação do rendimento de massa seca dos cereais de inverno. O critério de corte das plantas por parcelas foi quando as mesmas atingiram, aproximadamente, 30 cm de altura. A massa verde foi colhida e pesada; desta foi retirada uma sub-amostra, a qual foi seca em estufa com ar forçado a 60 ºC até peso constante, para determinação da massa seca. Assim, de parte da massa seca moída a 1 mm em moinho tipo Willey, foram realizadas as avaliações laboratoriais pelo método de reflectância do infravermelho proximal (NIRS) para proteína bruta (PB), fibra insolúvel em detergente neutro (FDN), fibra insolúvel em detergente ácido (FDA) e digestibilidade estimada da massa seca (DMS) (FONTANELI, 2005). Os parâmetros em estudo foram submetidos à análise de variância ao nível de 5% de significância, utilizando-se o pacote estatístico SAS versão 126 ILPF - Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

31 8.2 (SAS, 2003). As cultivares de aveia preta Agro Zebu, de triticales BRS 148 e Embrapa 53 e de trigo BRS Umbu apresentaram teor de proteína bruta (PB) nas lâminas foliares e colmos maior do que as cultivares de cevada BRS 195 e BRS 224 e de trigo BRS 277 (Tabela 24), no primeiro corte. A cultivar de trigo BRS Figueira mostrou teor de fibra em detergente neutro (FDN) mais elevado, em relação as cultivares de aveia branca UPF 18, de aveia preta Agro Zebu, de cevadas BRS 195 e BRS 225, de triticales e de trigo BRS 277. Para fibra em detergente ácido (FDA) a cultivar de cevada BRS 224 foi superior as cultivares de aveia branca UPF 18, de aveia preta Agro Zebu, de centeio BRS Serrano e de triticales. No segundo corte, a cultivar de aveia branca UPF 18 e o genótipo de trigo BRS 277 manifestaram teor de PB mais elevado do que as cultivares de cevada BRS 195 e BRS 225, de triticale Embrapa 53 e de trigo BRS Figueira e BRS Umbu. As cultivares de triticale e de trigo foram superiores a grande parte dos cereais de inverno para FDN e FDA. A cultivar de aveia branca UPF 18 obteve maior teor de digestibilidade de massa seca estimada (DMS) do que as cultivares de centeio BR 1, de cevada e de trigo BRS Figueira e BRS 277, no primeiro e segundo cortes. A cultivar de centeio BRS Serrano mostrou teor de PB maior do que as cultivares de cevadas BRS 195 e BRS 225, de triticale BRS 148 e de trigos, no terceiro corte (Tabela 25). Por outro lado, o genótipo de trigo BRS 277 foi superior a maioria dos cereais de inverno para o teor de FDN e de FDA. A cultivar de aveia branca UPF 18 apresentou teor de DMS mais elevado do que a maioria dos cereais estudados. 127

32 c) Avaliação de cereais de inverno para rendimento de forragem verde, silagem e grãos Os tratamentos constaram de diferentes espécies de cereais de inverno: um genótipo de aveia branca (UPF 18), dois genótipos de aveia-preta (IPFA e Agro Zebu), dois genótipos de centeio (BR 1 e BRS Serrano), três genótipos de cevada (BRS 195, BRS 224 e BRS 225), três genótipos triticale (BRS 148, BRS 203 e Embrapa 53) e três genótipos de trigo (BRS Figueira, BRS Umbu e BRS 277). O delineamento experimental foi de blocos ao acaso, com três repetições. As parcelas experimentais foram constituídas de 5 linhas de 5,0 m de comprimento espaçadas 0,2 m entre si. A semeadura foi realizada em abril, de 2003 a Nos dois cortes foi realizada avaliação do rendimento de massa seca dos cereais de inverno. O corte de toda área útil da parcela destinada para forragem verde foi quando as plantas atingiram, aproximadamente, 30 cm de altura. Metade da área de rebrote foi destinada à confecção de silagem. O corte foi realizado quando as plantas apresentaram grão em massa mole. A massa verde foi colhida e pesada; desta foi retirada uma sub-amostra, a qual foi seca em estufa a 60 ºC, para determinação da massa seca. Assim, de parte da massa seca moída a 1 mm em moinho tipo Willey, foram realizadas as avaliações laboratoriais pelo método de reflectância do infravermelho proximal (NIRS) para proteína bruta (PB), fibra insolúvel em detergente neutro (FDN), fibra insolúvel em detergente ácido (FDA) e digestibilidade estimada da massa seca (DMS) (FONTANELI, 2005). As variáveis resposta foram submetidas à análise de variância ao nível de 5% de 128 ILPF - Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

33 significância, utilizando-se o pacote estatístico SAS versão 8.2 (SAS, 2003). A cultivar de aveia preta Agro Zebu apresentou teor de PB mais elevado nas lâminas foliares e colmos, por ocasião do corte para forragem, em relação as cultivares e genótipos de aveia branca UPF 18, de centeios, de cevadas, de triticale BRS 148 e Embrapa 53 e de trigo BRS 277 (Tabela 26). A cultivar de trigo BRS Figueira mostrou teor de FDN e FDA maior do que parte dos cereais de inverno. A cultivar de triticale Embrapa 53 foi superior para DMS, em relação a maioria dos cereais estudados. No corte para silagem, o genótipo de aveia preta IPF mostrou teor de PB maior do que a maioria dos cereais estudados (Tabela 26). A cultivar de Centeio BR 1 obteve teor de FDN e de FDA maior, em comparação a maioria do material estudado. As cultivares de cevada BRS 195 e BRS 224 foram superiores as cultivares de aveia preta, de centeio, de triticale BRS 203 e Embrapa 53 e de trigo no teor de DMS. d) Determinação da curva de crescimento de trigo BRS Figueira e de aveia preta Agro Zebu O experimento foi conduzido na Embrapa Trigo, em Passo Fundo, RS, de 2003 a A parcela principal foi constituída por dois genótipos (trigo BRS Figueira e aveia preta Agro Zebu) e as subparcelas por 21 cortes. Os sub-tratamentos foram formados de 12 cortes com intervalo quizenal (14, 28, 42, 56, 70, 84, 98, 112, 126, 140, 154 e 168 dias após a emergência 129

34 das plantas) para determinar-se a curva de crescimento e mais nove dos rebrotes (r) de 28, 42 e 56 dias nos tratamentos cortados aos 42, 56 e 70 dias após a emergência (42r28, 42r42 e 42r56; 56r28, 56r42 e 56r56; e 70r28, 70r42 e 70r56 dias após a emergência das plantas). O delineamento experimental foi em blocos ao acaso com parcelas subdivididas em três repetições. As subparcelas foram constituídas por cinco fileiras de 5,0 m de comprimento, espaçadas de 0,20. A semeadura foi realizada no mês de abril nos três anos de estudo. Quinze dias após a emergência o material foi desbastado ajustando-se o número de plantas adequado para cada tratamento. A área experimental foi adubada com 100 a 300 kg ha -1 da fórmula Foi realizada avaliação no trigo e na aveia preta por ocasião do corte do rendimento de massa seca. A massa verde foi colhida e pesada, e desta foi retirada uma sub-amostra, a qual foi seca em estufa com ar forçado a 60 ºC até peso constante, para ser determinada a massa seca. Assim, de parte da massa seca moída a 1 mm em moinho tipo Willey, foram realizadas as avaliações laboratoriais pelo método de reflectância do infravermelho proximal (NIRS) para proteína bruta (PB), fibra insolúvel em detergente neutro (FDN), fibra insolúvel em detergente ácido (FDA) e digestibilidade estimada da massa seca (DMS) (FONTANELI, 2005). Os parâmetros em estudo foram submetidos à análise de variância ao nível de 5% de significância, utilizando-se o pacote estatístico SAS versão 8.2 (SAS, 2003). O maior percentual de PB de trigo e de aveia preta, no primeiro corte ocorreu dos 14 aos 42r56 (r: rebrote) dias após a emergência das plantas, em relação as demais avaliações (Tabela 27). O percentual de FDN e de FDA mais elevado de trigo e de aveia preta manifestaram-se dos 98 aos 168 dias 130 ILPF - Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

35 após a emergência, em comparação as avaliações anteriores, exceto aos 126 dias para trigo e 154 dias para aveia preta e trigo. O percentual de DMS maior de aveia preta e de trigo ocorreu aos 14 dias após a emergência das plantas, em relação as demais avaliações. No segundo corte (rebrote), o percentual de PB de aveia preta e de trigo foi mais elevados aos 42r28 dias após emergência das plantas, em comparação aos 56r56, aos 70r42 e aos 76r56 de aveia preta e aos 42r56, aos 56r56, aos 70r42 e aos70r56 de trigo (Tabela 27). Para o percentual de DMS, a aveia preta aos 42r28 após a emergência das plantas, foi superior a parte dos genótpos de aveia preta e todos os de trigo, exceto aos 70r42. Tabela 22. Efeito de doses de nitrogênio em cereais de inverno na 131

36 132 ILPF - Integração Lavoura-Pecuária-Floresta concentração de proteína bruta (PB), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA) e digestibilidade da matéria seca estimada (DMS) de forragem, da primeira época de semeadura, do primeiro e segundo cortes, média de 2003 a ª época de semeadura Cereais de inverno 1º corte 2º corte PB FDN FDA DMS PB FDN FDA DMS (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 1. A. branca UPF 18 24,5 cde 48,1 f 24,3 f 70,0 a 26,0 ab 45,1 g 23,3 d 70,7 a 2. A. preta IPFA ,2 abcd 51,9 bcd 26,6 de 68,2 bc 26,6 a 46,9 efg 23,9 d 70,3 a 3. A. preta Agro Zebu 25,5 abc 50,8 de 25,8 e 68,8 b 26,5 a 46,6 fg 23,6 d 70,5 a 4. Centeio BR 1 24,3 de 53,8 a 28,6 ab 66,6 ef 25,6 abc 50,7 abc 27,1 abc 67,8 bcd 5. Centeio BRS Serrano 24,7 bcde 51,1 de 26,1 de 68,5 bc 25,7 ab 50,4 bc 26,4 c 68,3 b 6. Cevada BRS ,5 f 51,4 cde 29,0 ab 66,3 ef 22,9 d 48,4 def 26,4 c 68,3 b 7. Cevada BRS ,1 f 51,6 cd 29,3 a 66,1 f 24,7 bc 48,9 cde 26,9 abc 67,9 bcd 8. Cevada BRS ,6 e 51,8 bcd 29,0 ab 66,3 ef 25,3 abc 47,9 ef 26,4 c 68,3 b 9. Triticale BRS ,3 abcd 53,0 abc 26,6 de 68,2 bc 24,8 bc 50,3 bcd 26,7 bc 68,1 bc 10. Triticale BRS ,5 abc 50,9 de 26,1 de 68,6 bc 25,7 ab 51,6 ab 28,0 ab 67,1 cd 11. Triticale Embrapa 53 25,7 ab 54,4 a 27,2 cd 67,7 cd 25,8 ab 51,8 ab 27,4 abc 67,5 bcd Continua...

37 Tabela 22. Continuação. 1ª época de semeadura Cereais de inverno 1º corte 2º corte PB FDN FDA DMS PB FDN FDA DMS (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 12. Trigo BRS Figueira 25,5 abc 54,4 a 28,8 ab 66,4 ef 24,2 cd 52,6 a 28,2 ab 66,9 d 13. Trigo BRS Umbu 26,1 a 53,3 ab 28,0 bc 67,1 de 25,3 abc 52,1 ab 28,2 a 66,9 d 14. Trigo BRS ,7 bcde 49,9 e 26,3 de 68,4 bc 26,0 ab 50,9 ab 27,2 abc 67,7 bcd Média 24,6 51,9 27,3 67,7 25,3 49,6 26,4 68,3 Doses de nitrogênio N1 24,2 b 52,3 a 27,7 a 67,3 b 24,7 b 49,9 a 26,9 a 67,9 b N2 24,5 b 51,7 b 27,0 b 67,8 a 25,5 a 49,5 a 26,2 b 68,5 N3 25,0 a 51,6 b 27,1 b 67,8 a 25,8 a 49,4 a 26,1 b 68,6 a A: aveia. Médias seguidas da mesma letra, na coluna, não diferem significativamente pelo teste de Tukey (P>0,05). 133

38 Tabela 23. Efeito de doses de nitrogênio em cereais de inverno na concentração de proteína bruta (PB), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA) e digestibilidade da matéria seca estimada (DMS) de forrragem, da segunda época de semeadura, com um corte, média de 2003 a º época de semeadura Cereais de inverno PB FDN FDA DMS (%) (%) (%) (%) 1. Aveia branca UPF 18 25,1 cde 49,1 def 24,7 h 69,7 a 2. Aveia preta IPFA ,9 abcd 48,0 f 24,7 h 69,7 a 3. Aveia preta Agro Zebu 26,9 ab 47,6 f 24,4 h 69,9 a 4. Centeio BR 1 24,8 def 53,8 a 28,9 ab 66,4 gh 5. Centeio BRS Serrano 27,1 a 48,5 ef 25,0 gh 69,4 ab 6. Cevada BRS ,9 ef 49,8 def 27,3 cde 67,6 def 7. Cevada BRS ,2 g 52,3 abc 30,0 a 65,5 h 8. Cevada BRS ,5 fg 50,5cde 28,2 bcd 66,9 efg 9. Triticale BRS ,9 ef 54,2 a 28,6 abc 66,6 fgh 10. Triticale BRS ,3 abc 50,8 bcde 26,4 efg 68,4 bcd 11. Triticale Embrapa 53 25,4 bcd 52,8 ab 27,1 de 67,8 de 12. Trigo BRS Figueira 25,9 abcd 50,8 bcde 26,2 efg 68,5 bcd 13. Trigo BRS Umbu 26,8 ab 49,5 edf 25,5 fgh 69,0 abc 14. Trigo BRS ,0 abcd 51,0 bcd 26,6 ef 68,2 cd Média 25,3 50,6 26,7 68,1 Doses de nitrogênio N1 24,6 c 50,9 a 27,1 a 67,8 b N2 25,0 b 50,8 a 26,7 a 68,1 b N3 26,2 a 50,3 a 26,2 b 68,5 a Médias seguidas da mesma letra, na coluna, não diferem significativamente pelo teste de Tukey (P>0,05) ILPF - Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

39 Tabela 24. Avaliação de cereais de inverno quanto à precocidade no rendimento de forragem para o vazio outonal na concentração de proteína bruta (PB), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA) e digestibilidade da matéria seca estimada (DMS), do primeiro e segundo cortes, média de 2003 a ª época de semeadura Cereais de inverno 1º corte 2º corte PB FDN FDA DMS PB FDN FDA DMS (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 1. A. branca UPF 18 23,5 abc 48,1 c 24,5 g 69,8 a 25,1 a 44,8 e 22,9 e 71,1 a 2. A. preta IPFA ,4 ab 52,2 ab 27,0 abcdef 67,9 bcdefg 23,7 abc 45,8 de 23,3 de 70,8 ab 3. A. preta Agro Zebu 23,5 a 50,8 bc 25,5 cdefg 69,0 abcde 23,8 abc 46,9 cde 23,1 e 70,9 a 4. Centeio BR 1 24,2 ab 52,3 ab 27,2 abcde 67,7 cdefg 22,9 abcd 49,8 abc 26,4 abc 68,3 cde 5. Centeio BRS Serrano 24,2 ab 51,0 abc 26,0 bcdefg 68,6 abcdef 24,5 ab 48,6 bcd 24,9 cde 69,5 abc 6. Cevada BRS ,4 d 50,7 bc 28,3 ab 66,9 f 22,7 bcd 47,0 cde 25,9 bc 68,7 cd 7. Cevada BRS ,5 bc 51,4 abc 28,6 a 66,7 g 23,0 abcd 46,6 de 25,3 bcd 69,2 bcd 8. Cevada BRS ,2 abc 50,3 bc 27,9 abc 67,2 efg 21,0 d 46,6 de 25,8 bc 68,8 cd 9. Triticale BRS ,2 a 50,6 bc 25,0 efg 69,4 abc 22,9 abcd 50,2 ab 26,5 abc 68,2 cde 10. Triticale BRS ,8 ab 49,6 bc 25,2 defg 69,3 abcd 23,1 abcd 49,8 abc 26,9 ab 67,9 de 11. Triticale Embrapa 53 25,3 a 50,7 bc 24,7 fg 69,6 ab 22,1 cd 52,3 a 28,2 a 66,9 e 12. Trigo BRS Figueira 23,8 ab 54,1 a 28,4 ab 66,8 fg 21,9 cd 51,7 a 28,1 a 67,0 e 13. Trigo BRS Umbu 25,3 a 51,1 abc 26,2 abcdefg 68,5 abcdefg 22,8 bcd 51,5 ab 28,4 a 66,8 e 14. Trigo BRS ,2 bc 50,4 bc 27,6 abcd 67,4 defg 25,2 a 49,6 abc 25,7 bc 68,9 cd Média 23,8 51,0 26,6 68,2 23,2 48,7 25,8 68,8 A: aveia. Médias seguidas da mesma letra, na coluna, não diferem significativamente pelo teste de Tukey (P>0,05). 135

40 Tabela 25. Avaliação de cereais de inverno quanto à precocidade no rendimento de forragem para o vazio outonal na concentração de proteína bruta (PB), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA) e digestibilidade da matéria seca estimada (DMS), do terceiro corte, média de 2003 a º corte Cereais de inverno PB FDN FDA DMS (%) (%) (%) (%) 1. Aveia branca UPF 18 21,4 abcd 46,5 e 24,6 h 69,8 a 2. Aveia preta IPFA ,2 abc 50,2 cd 26,9 efg 68,0 bcd 3. Aveia preta Agro Zebu 21,0 abcd 50,4 cd 27,0 defg 67,8 bcde 4. Centeio BR 1 21,3 abcd 53,8 ab 29,0 bcd 66,3 efg 5. Centeio BRS Serrano 23,3 a 49,6 d 26,1 gh 68,6 ab 6. Cevada BRS ,9 cde 50,3 cd 26,5 fgh 68,2 abc 7. Cevada BRS ,0 abcd 50,6 cd 27,3 cdefg 67,6 bcdef 8. Cevada BRS ,4 def 51,3 bcd 28,9 bcde 66,4 defg 9. Triticale BRS ,5 bcd 53,6 ab 29,4 ab 66,0 gh 10. Triticale BRS ,6 ab 52,0 bcd 28,4 bcdef 66,8 cdefg 11. Triticale Embrapa 53 21,2 abcd 53,9 ab 29,3 abc 66,0 fgh 12. Trigo BRS Figueira 17,7 ef 53,5 ab 29,6 ab 65,8 gh 13. Trigo BRS Umbu 19,1 d8ef 52,8 bc 29,7 ab 65,8 gh 14. Trigo BRS ,2 f 55,9 a 31,1 a 64,7 h Média 20,5 51,7 28,1 67,0 Médias seguidas da mesma letra, na coluna, não diferem significativamente pelo teste de Tukey (P>0,05). 136 ILPF - Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

41 Tabela 26. Avaliação de cereais de inverno para rendimento de forragem verde, silagem e grãos na concentração de proteína bruta (PB), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA) e digestibilidade da matéria seca estimada (DMS), do primeiro (forragem) e segundo (silagem) cortes, média de 2003 a Forragem verde Silagem Cereais de inverno PB FDN FDA DMS PB FDN FDA DMS (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 1. A. branca UPF 18 21,5 efg 50,0 e 23,0 gh 71,0 ab 9,5 abc 58,3 h 32,0 64,0 ab 2. A. preta IPFA ,0 abc 52,1 bcde 24,9 cdef 69,5 cdef 10,9 a 65,1 bcd 37,1 ab 60,0 de 3. A. preta Agro Zebu 25,0 a 50,6 de 23,6 fgh 70,5 abc 10,2 ab 67,3 ab 39,4 a 58,2 e 4. Centeio BR 1 23,3 bcd 52,9 abcd 24,7 defg 69,7 bcde 8,3 cd 69,2 a 39,0 a 58,5 e 5. Centeio BRS Serrano 22,5 cdef 52,3 bcde 25,2 bcdef 69,3 cdefg 9,0 bcd 66,7 abc 37,3 ab 59,8 de 6. Cevada BRS ,0 fg 50,7 cde 26,6 abc 68,2 fgh 8,3 cd 59,3 gh 31,9 e 64,1 a 7. Cevada BRS ,8 g 52,9 abcd 27,7 a 67,3 h 7,8 d 61,4 fg 31,8 e 64,1 a 8. Cevada BRS ,5 cdef 53,2 abc 26,4 abcd 68,3 efgh 8,9 bcd 61,0 fgh 33,0 de 63,2 ab 9. Triticale BRS ,8 bcde 53,8 ab 24,3 efgh 70,0 abcd 8,1 cd 66,1 abcd 35,6 bc 61,2 cd 10. Triticale BRS ,2 ab 52,9 abcd 25,8 bcde 68,8 defg 8,3 cd 64,7 bcde 36,4 bc 60,5 cd 11. Triticale Embrapa 53 23,2 bcd 53,9 ab 22,7 h 71,2 a 9,3 bcd 63,4 def 33,9 cde 62,5 abc 12. Trigo BRS Figueira 23,7 abc 55,2 a 27,9 a 67,2 h 8,8 bcd 61,6 efg 34,5 bc 62,1 bc 13. Trigo BRS Umbu 23,4 abcd 53,6 ab 26,8 ab 68,1 gh 8,0 cd 64,6 bcde 35,6 bc 61,2 cd 14. Trigo BRS ,8 defg 49,9 e 25,6 bcde 69,0 defg 9,0 bcd 63,9 cdef 35,5 bc 61,2 cd Média 22,8 52,4 25,4 69,1 8,9 63,8 35,2 61,5 A: aveia. Médias seguidas da mesma letra, na coluna, não diferem significativamente pelo teste de Tukey (P>0,05). 137

42 138 ILPF - Integração Lavoura-Pecuária-Floresta Tabela 27. Concentração de proteína bruta (PB), de fibra em detergente neutro (FDN), de fibra em detergente ácido (FDA) e de digestibilidade da matéria seca estimada (DMS) de trigo BRS Figueira e de aveia preta Agro Zebu, de dois cortes, de 2003 a Embrapa Trigo. Passo Fundo, RS. 1º corte 2º corte Cereais de inverno PB FDN FDA DMS PB FDN FDA DMS (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 14: aveia preta 28,9 a 40,2 p 19,3 r 73,9 a trigo 26,9 abc 46,2 no 23,2 pq 70,8 bc : aveia preta 27,9 ab 48,7 klmno 24,2 opq 70,1 bcd trigo 27,2 ab 53,0 efghijk 27,2 hijklmno 67,7 defghijk : aveia preta 26,7 abc 49,8 ijklmno 26,0 klmnopq 68,6 bcdefgh r28: aveia preta 26,2 abcde 46,3 no 23,6 pq 70,5 bcd 24,7 a 47,5 ghi 23,9 g 70,3 a trigo 26,7 abc 48,6 klmno 25,5 lmnopq 69,0 bcdefg 22,8 abcd 52,5 cde 28,9 bcd 66,4 def 42r42: aveia preta 25,6 bcdefg 48,6 klmno 24,3 nopq 70,0 bcde 23,0 abc 48,5 fghi 25,3 efg 69,2 abc trigo 26,4 abcd 50,0 ijklmno 26,4 jklmnopq 68,3 bcdefghi 18,9 cdefg 54,2 bcd 30,2 bc 65,4 ef 42r56: aveia preta 26,9 abc 46,0 0 23,2 q 70,9 b 21,2 abcde 53,2 bcde 28,9 bcd 66,4 def trigo 26,1 abcdef 47,4 lmno 25,4 lmnopq 69,1 bcdefg 16,6 fg 58,4 a 33,3 a 63,0 g 56: aveia preta 23,7 defghi 49,2 jklmno 25,8 lmnopq 68,8 bcdefg trigo 23,0 ghij 51,4 ghijklmn 28,7 fghijkl 66,5 ghijklm r28: aveia preta 24,1 cdefgh 48,8 klmno 24,8 mnopq 69,6 bcdef 23,7 ab 46,6 i 24,2 fg 70,0 ab trigo 22,7 ghij 50,5 hijklmno 28,7 fghijkl 66,6 ghijklm 22,6 abcd 50,4 defghi 27,2 cdef 67,7 bcde 56r42: aveia preta 23,4 efghij 49,5 jklmno 26,8 jklmnopq 68,0 bcdefghi 22,1 abcd 50,6 defgh 26,7 defg 68,1 abcd trigo 22,5 hij 51,7 ghijklm 29,0 fghijkl 66,3 ghijklm 20,0 bcdef 54,6 abc 30,1 bc 65,5 ef Continua...

43 Tabela 27. Continuação. 1º corte 2º corte Cereais de inverno PB FDN FDA DMS PB FDN FDA DMS (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 56r56: aveia preta 22,7 ghij 49,0 jklmno 26,7 jklmnopq 68,1 bcdefghi 18,7 defg 51,6 cdef 27,3 cdef 67,7 bcde trigo 22,6 hij 52,2 fghijkl 29,5 efghijk 65,9 hijklmn 14,8 g 56,5 ab 31,8 ab 64,2 fg 70: aveia preta 22,4 hij 53,7 defghijk 28,0 ghijklm 67,1 fghijkl trigo 20,9 ijkl 55,1 cdefghi 30,6 defgh 65,1 klmno r28: aveia preta 22,3 hij 53,2 efghijk 27,9 ghijklmn 67,1 efghijkl 23,9 ab 47,1 hi 24,7 efg 69,6 abc trigo 21,4 hijkl 55,3 bcdefgh 30,5 defghi 65,1 jklmno 22,7 abcd 50,6 defgh 27,4 cde 67,6 cde 70r42: aveia preta 22,5 hij 51,7 ghijklm 26,5 jklmnopq 68,2 bcdefghi 20,0 bcdef 48,5 fghi 25,4 efg 69,1 abc trigo 21,9 hij 55,3 bcdefgh 30,5 defghi 65,1 jklmno 17,2 efg 49,5 efghi 26,8 defg 68,0 abcd 70r56: aveia preta 23,2 fghij 52,0 ghijkl 26,9 ijklmnop 68,0 cdefghij 16,2 fg 51,1 cdefg 27,8 cde 67,3 def trigo 21,6 hijk 54,1 cdefghij 29,8 efghij 65,7 ijklmn 15,7 g 52,2 cdef 29,3 bcd 66,1 def 84: aveia preta 20,7 jkl 53,2 efghijk 28,3 ghijklm 66,8 fghijkl trigo 18,9 kl 55,8 bcdefg 31,4 cdefg 64,5 lmnop : aveia preta 18,6 lm 58,6 abcd 32,2 bcdef 63,8 mnopq trigo 15,3 n 58,8 abcd 34,3 abc 62,2 pqr : aveia preta 15,8 mn 57,9 bcde 32,3 bcdef 63,7 mnopq trigo 10,7 p 59,1 abc 35,4 ab 61,3 qr : aveia preta 14,7 n 59,0 abc 33,7 abcd 62,6 opqr trigo 10,3 op 57,4 bcdef 33,9 abcd 62,5 opqr Continua

44 140 ILPF - Integração Lavoura-Pecuária-Floresta Tabela 27. Continuação. 1º corte 2º corte Cereais de inverno PB FDN FDA DMS PB FDN FDA DMS (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 140: aveia preta 13,4 no 63,7 a 37,0 a 60,1 r trigo 8,9 pq 60,3 ab 34,9 abc 61,7 pqr : aveia preta 11,4 op 58,6 abcd 33,1 bcde 63,1 npoq trigo 6,8 qr 55,3 bcdefgh 32,8 bcde 63,3 nopq : aveia preta 10,3 p 60,4 ab 34,1 abcd 62,3 opqr trigo 5,7 r 51,7 ghijklm 30,5 defghi 65,1 jklmno Média 20,6 52,7 28,7 66,5 20,3 51,3 27,7 67,3 r: repetição. Médias seguidas da mesma letra, na coluna, não diferem significativamente pelo teste de Tukey (P>0,05).

45 Fig. 23. Rendimento de massa seca e de grãos (t/ha) de trigo BRS Figueira, após um corte, de 2003 a Embrapa Trigo. Passo Fundo, RS. Fig. 24. Rendimento de massa seca e de grãos (t/ha) de trigo BRS Figueira, após dois cortes, de 2003 a Embrapa Trigo. Passo Fundo, RS. 141

46 Fig. 25. Rendimento de massa seca e de grãos (t/ha) de aveia preta Agro Zebu, após um corte, de 2003 a Embrapa Trigo. Passo Fundo, RS. Fig. 26. Rendimento de massa seca e de grãos (t/ha) de aveia preta Agro Zebu, após dois corte, de 2003 a Embrapa Trigo. Passo Fundo, RS. 142 ILPF - Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

47 Capítulo 7 Silagem de Cereais de Inverno Roberto Serena Fontaneli e Renato Serena Fontaneli Introdução A atividade agropecuária para ser racionalmente explorada depende fundamentalmente de um adequado planejamento forrageiro. Há uma ampla variedade de volumosos que pode ser utilizada na formulação de rações para o gado leiteiro. Muitas destas forragens podem substituir parcial ou totalmente outros nas rações. Em muitos países europeus como Alemanha, Itália e Inglaterra, a utilização das silagens de cereais de inverno como fonte de volumosos de qualidade é prática comum. Os animais que recebem silagens de cereais de inverno como volumoso apresentam níveis adequados de desempenho. Na região Sul do Brasil os cereais de inverno são cultivados com os propósitos de produção de grãos, cobertura para a o sistema plan- 143

48 tio direto e pastagens. As pastagens de cereais de inverno são excelentes plantas forrageiras durante o estádio vegetativo pois, apresentam elevados níveis de digestibilidade e proteína, baixos teores de fibra. Essas características permitem aos animais atingirem bons níveis de ingestão de MS, boas taxas de ganho em peso (maior que 1,0 kg/d) e produções elevadas de leite (mais 18 kg/vaca/d). Porém, com a maturação há uma intensa modificação nas taxas de folhas/ colmos reduzindo a digestibilidade e concentração de proteína, aumento do teor de fibra e com isso reduzindo o consumo e consequentemente o desempenho dos animais. Comparativamente os cereais de inverno produzem silagens de plantas inteiras inferiores energeticamente à silagem de planta inteira de milho devido a diversos fatores: constituição anatômicas, morfológicas e físico-químico. Apesar disso, a prática na elaboração da silagem de cereais de inverno deve ser incentivada, principalmente, pelos seguintes fatores: utilização da terra no período do inverno para produção de volumosos de qualidade; redução dos riscos de falta de volumoso por intempéries climáticas; redução da competição das áreas de verão pelo plantio de milho para silagem o que permite que o milho seja utilizado para produção de grãos destinados à comercialização; geração de renda com a venda de silagem excedente. Valor nutritivo de silagens de cereais de inverno 144 ILPF - Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

49 A Tabela 28 contém a composição nutricional típica de cereais de inverno. Os valores são médias de análises obtidas no Laboratório de Nutrição Animal do Centro de Pesquisa em Alimentação da Universidade de Passo Fundo (CEPA UPF) e estão sujeitas a alteração a medida que são incorporadas novas amostras a população original para cada tipo de forrageira. Há uma variação grande nos nutrientes devido aos diferentes tipos de solos, disponibilidade água, estação de crescimento, programa de fertilização e principalmente o grau de maturidade no momento da colheita. Tabela 28. Composição nutricional com base na concentração de proteína bruta (PB), fibra insolúvel em detergente neutro (FDN), fibra insolúvel em detergente ácido (FDA), cálcio (Ca), fósforo (P) e energia líquida para lactação (ELl) de algumas silagens de cereais de inverno no estádio de massa mole. CEPA. FAMV Forragem PB FDN FDA Ca P ELl (%) (%) (%) (%) (%) (Mcal/kg) Silagem de cevada 11,7 b 56,0 b 35,5 c 0,47 c 0,30 b 1,43 a Silagem de aveia 13,7 a 58,7 ab 39,1 a 0,56 b 0,31 b 1,37 c Silagem de centeio 8,3 c 59,8 a 36,9 bc 0,41 c 0,36 a 1,40 b Silagem de triticale 9,4 c 59,0 a 37,9 b 0,65 a 0,32 b 1,39 bc Silagem de trigo 14,4 a 56,7 b 38,2 b 0,63 a 0,34 ab 1,38 bc Médias seguidas pela mesma letra, na coluna, não diferem estatisticamente (P>0,05). Um exemplo de variação na composição nutricional para silagem de aveia está sumariada na Tabela 29. Existem vários trabalhos demostrando a variabilidade nutricional em fun- 145

50 ção do estádio vegetativo das espécies. Tabela 29. Composição nutricional, com base no teor de proteína bruta (PB) e digestibilidae in vitro da massa seca (DIVMS) e produção de biomassa seca (MS) de três silagens de cereais de inverno em três estágios de maturidade. Estágio de maturidade Forragem Emborrachamento Grão leitoso Grão massa dura PB DIVMS t/ha PB DIVMS t/ha PB DIVMS MS (%) (%) (%) (%) (%) (%) t/ha Silagem de trigo 20,1 a 76,2 a 3,61 b 15,7 a 62,3 a 6,75 c 11,9 a 59,8 a 9,34 b Silagem de aveia 19,8 a 77,6 a 3,88 b 14,6 b 61,5 a 7,44 b 11,5 a 56,9 b 10,13 a Silagem de centeio 13,1 b 66,0 b 4,45 a 8,8 c 56,0 b 8,65 a 7,2 b 54,2 c 9,39 b Médias seguidas pela mesma letra, na coluna, não diferem estatisticamente (P>0,05). Na Dairy Forage Research Center (MERTENS, 1996) foi conduzido ensaio para avaliar a qualidade de algumas forragens. As rações foram formuladas com um nível constante de FDN na ração total. Os resultados do ensaio estão na Tabela 30. Note que a taxa de concentrado e volumoso variou em função das respectivas concentrações de FDN nas forrageiras. O leite produzido foi similar para todas as cinco espécies, contudo o nível de concentrado diário variou de 8,0 a 13,0 kg/vaca. Qualidade forrageira é a chave para ser bem sucedido na formulação de rações para o gado leiteiro e obter melhores resultados econômicos. Silagens de cereais de inverno são geralmente colhidos a partir do estágio de grão leitoso até grão em massa mole o que propicia maximizar a produção de ELl por unidade área (Tabela 29 e Fig. 27). Concentrações altas de proteína serão encontrada em estágio vegetativo ou no emborrachamento com comprometimento na produção de MS. 146 ILPF - Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

51 Tabela 30. Produção de leite de vacas leiteiras alimentada com silagens de cereais de inverno com semelhante concentração de FDN. Silagem Composição Sudão Azevém Alfafa Trigo Milho Composição volumoso MS (%) 40,2 44,8 57,9 51,7 42,1 PB (%) 12,8 15,5 17,2 10,2 8,3 FDN (%) 54,8 48,4 45,2 54,4 41,6 Composição concentrado MS (%) 66,64 70,67 74,11 73,80 84,25 PB (%) 22,98 20,02 18,36 25,76 37,67 FDN (%) 12,28 12,88 13,25 11,80 11,41 Composição ração MS (%) 55,0 57,4 64,9 64,2 57,6 PB (%) 18,5 17,7 17, ,1 FDN (%) 31,0 31,1 31,4 30,3 30,5 % volumoso 44,2 51,5 57,2 43,6 63,6 % concentrado 55,8 48,5 42,8 56,4 36,4 Resposta Animal IMS, kg 22,05 23,36 23,64 22,73 22,05 IMS, %PV 3,75 3,82 3,98 3,63 3,62 IMS volumoso, kg 9,71 11,98 13,43 9,87 13,94 IMS concentrado, kg 12,34 11,38 10,21 12,86 8,11 FDN Total, kg 6,80 7,25 7,38 6,89 6,70 FDN Total, % PV 1,16 1,19 1,25 1,10 1,10 FDN do volumoso, kg 5,32 5,80 6,07 5,37 5,80 FDN volumoso, % 0,91 0,95 1,03 0,86 0,96 Leite, kg/vaca/d 32,41 33,68 33,59 33,50 34,59 Gordura leite, % 3,6 3,8 3,6 3,4 3,5 Proteína leite, % 3,1 3,1 3,0 3,0 3,1 IMS = ingestão de massa seca de forragem Fonte: Adaptada de Mertens,

52 (A) (B) (C) (D) Fig. 27. (A) Ensilagem de cereais de inverno, (B) Trigo e cevada para ensilagem- Passo Fundo, RS, (C) Feno e silagem de cereais de inverno - Castro, PR (D) Silagem de centeio. Fotos: Renato S. Fontaneli. Alguns pontos que devem considerados para o uso de forrageiras alternativas na ração de vacas leiteiras: 1. Trabalhe sob orientação técnica ao selecionar a forrageira mais indicada para as condições edafoclimáticas de sua propriedade. Esse procedimento permite ter um suporte sobre o manejo a ser empregado (fertilizações, controle de pragas e momento para colheita). 2. Testes da composição nutricional deve ser utilizado devido a grande variação que existente entre e dentro do mesmo 148 ILPF - Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

53 tipo de forrageira. A tecnologia NIRS é precisa e a mais acessível (custo menor) forma de análise. 3. Se as plantas foram ensiladas com teor de umidade entre 65 e 70%, adequadamente picada (1,0 a 5,0cm), bem compactada, vedada, resultará em uma silagem bem fermentada de boa qualidade. 4. Rações balanceadas para FDN na base de 0,75% a 0,85% de FDN do volumoso em relação ao peso corporal é um bom referencial para a formulação. 5. A colheita no momento apropriado é crítica para obtenção de forragem com valor nutritivo desejado. A digestibilidade de muitas dessas espécies reduz rapidamente com o avanço da maturidade. Caso a colheita for atrasada o consumo, a digestibilidade e a produção de leite serão reduzidos. 6. O período de adaptação para o novo alimento (silagem) deve ser gradual e deve ser no mínimo de 15 dias. 149

54 150 ILPF - Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

55 Capítulo 8 Análise Econômica de Cereais de Inverno de Duplo Propósito Cláudia De Mori, João Carlos Ignaczak, João Leonardo Fernandes Pires, Henrique Pereira dos Santos e Renato Serena Fontaneli Aspectos econômicos da Integração Lavoura-Pecuária Os cereais de inverno constituem importantes componentes na estabilidade de fluxo de caixa e na solidez de unidades agrícolas e também constituem base da alimentação humana e/ou animal. A produção dos cereais de inverno concentra-se na região sul, que responde por aproximadamente 90% do volume produzido. Em torno de 20% da área cultivada com grãos no verão na região sul tem sido ocupada para produção de grãos no inverno e aproximadamente 38% se agregarmos o cultivo de aveia preta para cobertura (IBGE, 2006). 151

56 De outro lado, a atividade animal no Brasil constitui uma importante fonte de renda do setor rural e o país tem se consolidado como um importante produtor mundial de carne, tendo uma taxa anual de crescimento do rebanho de 0,76 % no período de e uma taxa anual de crescimento de exportação de carnes de 9,0% no período de segundo Jank et al. (2005). Segundo estimativas do Anuário... (2006), a região sul possuía 13,0% do rebanho nacional de bovinos em 2005, 21,23 milhões de cabeças. Neste ano, aproximadamente 25,5% do rebanho da região sul era de bovinos de leite e 74,5% de bovinos de corte, sendo 35,7% do rebanho de corte de origem de cruzamento industrial e 64,26% de zebuínos, europeus e mestiços de corte. Segundo dados do Censo Agropecuário de 1995/96, estima-se que a produção de leite no Brasil envolva 1,2 milhão de propriedades (IBGE, 2006). O uso da tecnologia de integração lavoura-pecuária (ILP), entendida como processo produtivo envolvendo as atividades de agricultura e pecuária em consorciação, sucessão ou rotação, permite a geração de renda adicional pelo incremento de produção e estabilidade de fluxo de renda da propriedade rural, maximiza e distribui o uso de mão-de-obra durante o ano. A tecnologia contribui para maior produtividade dos rebanhos e disponibilização de produtos de alto valor protéico em época de entressafra com redução de custos de produção e de perdas. Além disso, o sistema delineado colabora na manutenção e melhoria das características físicas, químicas e biológicas do solo, com efeitos positivos na produtividade das culturas subseqüentes. Em regiões como o Cerrado, a tecnologia ILP tem sido empregada como processo de recuperação/renovação de pastagem. Dentro desse concei- 152 ILPF - Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

57 to, as áreas de lavouras dão suporte à pecuária por meio da produção de alimentação animal, seja na forma de grãos, silagem e feno, seja na forma de pastejo direto. Estudos de avaliação econômica de sistemas de produção mistos, envolvendo produção de grãos combinados com pastagens de inverno, para viabilizar o plantio direto e a exploração do potencial da propriedade rural, tem sido relatados por Fontaneli et al. (1996a), Ambrosi et al. (2001), Santos et al. (2003, 2004). O estudo de Fontaneli et al. (1996a) envolvendo quatro sistemas de produção misto no período de , demonstrou equiparação de receita líquida de sistemas de produção mistos (lavoura-pecuária) e sistemas de produção de grãos, sob plantio direto. No estudo, o sistema II (trigo/soja e pastagem de aveia preta + ervilhaca/milho), de maior receita líquida no referido período, não diferiu significativamente dos sistemas I (trigo/soja, pastagem de aveia preta/ soja e pastagem de aveia preta/soja) e III (trigo/soja, pastagem de aveia preta + ervilhaca/ soja e pastagem de aveia preta + ervilhaca/milho) (Fig. 28). Com base nos mesmos sistemas de produção, Ambrosi et al. (2001), através da metodologia da dominância estocástica da receita líquida, demonstrou que do ponto de vista de rentabilidade e de menor risco, o sistema II (trigo/soja e pastagem de aveia preta + ervilhaca/milho) apresentou-se como a melhor alternativa de produção no período estudado com relação ao sistemas I (trigo/soja, pastagem de aveia preta/soja e pastagem de aveia preta/soja), III (trigo/soja, pastagem de aveia preta + ervilhaca/soja e pastagem de aveia preta + ervilhaca/milho) e IV (trigo/soja, aveia branca/soja e aveia branca/soja). 153

58 Fig. 28. Receita líquida média (US$/ha) de sistemas de produção mistos no período de 1990/1995. Fonte: Fontaneli et al. (1996a). Santos et al. (2003), ao realizar comparações de seis sistemas de produção de grãos combinados com pastagens anuais de inverno e anuais de verão, em sistemas de plantio direto, no período de 1995/1999, em Passo Fundo - RS, pela análise da média variância, identificou diferença significativa entre a receita líquida dos sistemas comparados, a saber: sistema I (trigo/soja, pastagem de aveia preta + ervilhaca/milho), sistema II (trigo/soja, pastagem de aveia preta + ervilhaca + azevém/milho), sistema III (trigo/soja, pastagem de aveia preta + ervilhaca/pastagem de milheto), sistema IV (trigo/soja, aveia branca/soja, pastagem de aveia preta + ervilhaca + azevém/ pastagem de milheto); sistema V (trigo/soja, aveia branca/ soja e pastagem de aveia preta + ervilhaca/pastagem de milheto) e sistema VI (trigo/soja, aveia branca/soja, pastagem de aveia preta + ervilhaca/pastagem de milheto). Na média 154 ILPF - Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

59 conjunta dos anos, o sistema II (R$ 351,00/ha) foi superior aos sistemas III (R$ 257,00/ha), IV (R$ 267,00/ha), V (R$ 237,00/ha) e VI ( R$ 233,00/ha), enquanto o sistema I (R$ 335,00/ha) foi superior aos sistemas V e VI (Tabela 31). Santos et al. (2004), pela dominância estocástica, demonstrou que no período estudado, o Sistema II dominou os demais sistemas estudados. Pela análise, os sistemas foram classificados na seguinte ordem decrescente: Sistema II, Sistema I, Sistema IV, Sistema III e Sistema V, sendo o Sistema VI, o pior em termos de rentabilidade e de risco. O trigo como cultura de duplo propósito, forragem e grãos, tem sido usado em diversos países, como EUA e Uruguai, como alternativa econômica em sistemas de produção agrícola. Epplin et al. (2001), analisando e comparando o retorno líquido de cultivo de trigo grão e trigo em duplo propósito de duas décadas de plantio no período de , no Estado de Oklahoma, EUA, observaram maiores retornos do cultivo de trigo grão em quatro safras, enquanto o trigo em duplo propósito gerou maior retorno líquido em 16 safras. A estimativa de média de retorno líquido de trigo grão foi de US$148,26/ha, enquanto nos dois sistemas de trigo duplo propósito, os valores foram de U$175,44 e US$168,03 (Tabela 32). Buscando analisar as relações entre sistemas de cultivo de trigo (trigo grão e trigo duplo propósito), a partir dos levantamentos de coeficientes de sistemas de produção de grãos ou mistos usados no estado do RS, foram elaborados quatro sistemas de cultivo de trigo, descritos na Tabela 33, dos quais em um deles refere-se a trigo duplo propósito (uso forrageiro e produção de grão), e efetuou-se a simulação de indicadores econômicos para comparação dos sistemas. 155

60 156 ILPF - Integração Lavoura-Pecuária-Floresta Tabela 31. Receita líquida média anual (R$/ha) e dominância estocástica da receita líquida, em sistemas de produção mistos combinados com pastagens anuais de inverno, 1995 a 1999, Passo Fundo, RS. Análise de dominância estocástica da receita Sistemas de Receita líquida média líquida dos sistemas produção (R$/ha) I II III IV V VI Sistema I 335,00 ab Sistema II 351,00 a Sistema III 257,00 bc Sistema IV 267,00 bc Sistema V 237,00 c Sistema VI 233,00 c Sistema I (trigo/soja, pastagem de aveia preta + ervilhaca/milho), sistema II (trigo/soja, pastagem de aveia preta + ervilhaca + azevém/ milho), sistema III (trigo/soja, pastagem de aveia preta + ervilhaca/pastagem de milheto), sistema IV (trigo/soja, aveia branca/soja, pastagem de aveia preta + ervilhaca + azevém/pastagem de milheto); sistema V (trigo/soja, aveia branca/soja e pastagem de aveia preta + ervilhaca/pastagem de milheto) e sistema VI (trigo/soja, aveia branca/soja, pastagem de aveia preta + ervilhaca/pastagem de milheto). Fonte: Santos et al., 2003, 2004.

61 Tabela 32. Estatística descritiva de retorno líquido médio anual (US$/ha) de sistemas de produção de trigo (trigogrão e trigo duplo propósito), período , Oklahoma/USA. trigo duplo propósito Trigo duplo propósito Variável Unidade Trigo - (plantado em 20 (plantado em 1 de Grão de setembro) setembro) Retorno líquido médio US$/ha 148,26 175,44 168,03 Retorno líquido mínimo US$/ha 61,78 64,25 59,30 Retorno líquido máximo US$/ha 254,52 281,70 281,70 Desvio padrão US$/ha 64,25 66,72 59,30 CV % Fonte: Epplin et al.,

62 158 ILPF - Integração Lavoura-Pecuária-Floresta Tabela 33. Descrição de sistemas de produção de grãos ou mistos usados para estimativa de custo e renda. Sistema Plantio Direto Nível baixo de uso de Nível médio de uso de Nível alto de uso de Uso para duplo insumos externos insumos externos insumos externos propósito PD N1 PD N2 PD N3 DP kg/ha (25sc/ha) kg/ha (36,5sc/ha) kg/ha (45 sc/ha) kg/ha (38,3sc/ha) kg MS/ha 1,5l Glifosate 1,5l Glifosate + 4g/ha 1,5l Glifosate + 4g/ha 1,5l Glifosate + 4g/ha Metasulfuron-metil + Metasulfuron-metil + Metasulfuron-metil + óleo mineral óleo mineral óleo mineral 120 kg/ha semente sem 130 kg/ha semente 150 kg/ha semente 130 kg/ha semente tratamento (própria) tratada com fungicida tratada com fungicida tratada com fungicida (fiscalizada) (50% fiscalizada + 50% (fiscalizada) própria) e 10% tratada com inseticida (Imidaclopride) 120 kg/ha kg/ha kg/ha kg/ha g/ha Metasulfuron-metil 4g/ha Metasulfuron-metil 4g/ha Metasulfuron-metil - (20% área) (40% área) (40% área) 50 kg/ha uréia 100 kg/ha uréia 120 kg/ha uréia 150 kg/ha uréia (2 aplicações) 0,75l/ha Tebuconazole 0,75l/ha Tebuconazole 0,75l/ha Tebuconazole 0,75 l/ha Tebuconazole 0,75l/ha Epoxiconazole + Pyroclostrobin - 0,1 kg/ha Diflubenzurom 0,1 l/ha Lufenurom

63 Com base em preços médios de insumos e de trigo coletados em Passo Fundo, RS, em abril de 2005 e abril de 2006, observam-se custos variáveis de produção de R$ 464,60 a R$ 924,00 por hectare, em 2005, e de R$ 347,70 a R$ 695,70 por hectare, em 2006 (Tabela 34). O custo variável por saca de produto foi de R$ 18,20 a R$ 20,50, em 2005, e de R$ 13,90 a R$ 15,50, em 2006 (Figura 29). A tabela 34 apresenta a receita bruta, a margem bruta e a relação receita bruta/ custo variável dos sistemas de produção estabelecidos, considerando o preço médio de trigo pago ao produtor no RS de R$20,00/saca 60 kg, em abril de 2005, e de R$ 18,00/saca 60 kg, em abril de 2006, segundo a EMATER/RS. Observase que o uso de trigo em duplo propósito apresenta valores positivos de margem bruta nas estimativas para os anos de 2005 e 2006 e que o PDN1 e PDN2 também são positivos nas mesmas simulações, porém, com valores menores na maioria dos casos. Em simulações considerando variações de preços de produto de R$18,00, R$20,00 e R$22,00 a saca de 60kg, para os anos de 2005 e 2006 (Figura 30), a margem bruta do sistema trigo duplo propósito apresentou-se com estabilidade, mostrando-se como alternativa a ser considerada para propriedades que possuem atividade de produção mista, produção de grão e produção animal, especialmente em situações de baixos preços de produto. Além do trigo duplo propósito, alternativas como aveia, centeio, cevada e triticale também tem sido avaliadas quanto as suas potencialidades para produção de forragem e para uso em duplo propósito. 159

64 160 ILPF - Integração Lavoura-Pecuária-Floresta Tabela 34. Estimativas de custo variável de produção (R$/ha), de receita bruta (R$/ha), de margem bruta (R$/ha) e de relação renda bruta /custo variável dos sistemas de produção de grãos e mistos com trigo - safras 2005 e Indicadores PD N1 PD N2 PD N3 DP PD N1 PD N2 PD N3 DP Custo variável 1 - R$ /ha 454,60 687,70 924,00 742,60 347,70 543,30 695,70 590,90 Receita Bruta - R$ /ha 500,00 733,33 900,00 766,67 450,00 648,00 810,00 729, R$ 20,00 sc. 60kg R$18,00/sc. 60 kg Margem Bruta - R$ /ha (-54,57) 45,67 (-24,02) 24,06 102,30 104,70 114,30 138,70 (Receita Bruta - Custo Variável) Relação Renda Bruta/Custo variável 0,90 1,07 0,97 1,13 1,29 1,19 1,16 1,23 Legenda: PD N1 - Sistema Plantio Direto / Nível baixo de uso de insumos externos PD N2 - Sistema Plantio Direto / Nível médio de uso de insumos externos PD N3 - Sistema Plantio Direto / Nível alto de uso de insumos externos DP - Sistema Plantio Direto / Uso para duplo propósito 1 Custos variável e fixo envolvidos no processo produtivo, incluem gastos com insumos, depreciação de máquinas e equipamentos, operações financeiras, assistência técnica, gastos pós colheita, etc. não inclui remuneração pelos fatores produtivos (terra e capital fixo)

65 Fig. 29. Estimativas de custo variável de sistemas produção de grãos e mistos com trigo por hectare, 2005 e Fig. 30. Margem Bruta (R$/ha) de sistemas de produção de 161

66 grãos e mistos simulados, considerando variações de preço de produto, abril 2005 e A Tabela 35 apresenta estimativas de margem bruta de uma avaliação de 14 genótipos de cereais de inverno (aveia branca, centeio, cevada, trigo e triticale) para produção de forragem verde para alimentação animal. Pelos dados da tabela 35 podemos observar que as margens brutas variaram com significância estatística entre as culturas entre R$ 68,80/ha (cevada BRS 224 em 2005) e R$ 3.180,90/ha (centeio BRS Serrano em 2003), havendo interação entre anos e culturas. Considerando-se os grupos estatísticos estabelecidos pelo teste de Duncan, na média agregada de , pode-se considerar o centeio BRS Serrano como sendo a melhor alternativa de retorno em termos de margem bruta por hectare, sem superar a aveia preta Agro Zebu. A aveia preta Agro Zebu, como terceira opção, foi semelhante ao centeio BR1 e o trigo BRS Umbu, a aveia preta IPFA e o trigo BRS 277. Por sua vez, os genótipos de triticale, cevada e aveia branca apresentaram os menores resultados de renda bruta considerando-se a análise agregada dos anos, no entanto, não diferindo estatisticamente dos genótipos aveia preta IPFA e trigos BRS 277, BRS Umbu e BRS Figueira. Tais cálculos tiveram como base dados de experimentos realizados na Embrapa Trigo, no município de Passo Fundo, RS, com delineamento experimental blocos ao acaso, com três repetições, sendo os preços de insumos considerados os valores dos mesmos em junho de cada ano e os preços recebidos, valores médios de mercado no período de setembro a agosto de cada ano. A Tabela 36 apresenta estimativas de margem bruta (R$/ha) 162 ILPF - Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

67 para os mesmos 14 genótipos de cereais de inverno, mas que foram testados comparando sua potencialidade em manejo de produção de forragem+grãos e de produção de forragem+silagem. Semelhante aos resultados apresentados na tabela anterior, os cálculos tiveram como base dados de experimentos realizados na Embrapa Trigo, no município de Passo Fundo, RS, com delineamento experimental de blocos ao acaso, com três repetições, sendo que para cada tipo de utilização os ensaios foram analisados anualmente e em conjunto. Para a análise conjunta foram utilizadas as médias dos genótipos em cada local. Como preços dos insumos foram considerados os valores dos mesmos em junho de cada ano e os preços recebidos, valores médios de mercado no período de setembro a agosto de cada ano. Pelos dados da Tabela 37 observamos que os valores da margem bruta obtida por cada genótipo variaram de um ano para o outro. Examinando-se os dados anuais, vê-se que em 2003, com exceção das aveias, todos os genótipos obtiveram valores de margem bruta menores quando no sistema forragem+silagem. No entanto, em 2004 e 2005, todos os genótipos testados obtiveram margens brutas maiores ao serem usados no manejo de produção de forragem + silagem. Salienta-se que neste período (2004/2005), os produtos agrícolas sofreram redução de preços pagos ao produtor e, por sua vez, os preços de leite obtiveram aumento. A configuração dos preços dos produtos e dos insumos e importante na decisão do produtor na escolha do manejo a ser adotado. Considerando os genótipos sob a opção de produção de forragem + grãos, observa-se que os valores de margem bruta variaram de R$ 453,40/ha negativo, para o caso da aveia preta IPFA no ano de 2004, a R$1.784,80/ha 163

68 no caso do centeio BRS Serrano no ano de O cultivar BRS Serrano destacou-se por apresentar, nos três anos e na média geral, margem bruta estatisticamente superior aos demais genótipos. O centeio BR1 e o trigo BRS 277 apresentaram-se como segunda e terceira alternativas de potencialidade para manejo em duplo propósito (forragem + grão), respectivamente. Os genótipos de aveia preta apresentaram-se com menores resultados, inclusive com valores negativos em dois dos três anos, condizendo com sua vocação de produção de forragem. Do ponto de vista da avaliação destes genótipos para produção de forragem verde e posteriormente corte para elaboração de silagem, os resultados apresentaram faixa de variação de R$ 194,92/ha (cevada BRS 225 em 2003) a R$ 5.480,00/ha (centeio BRS Serrano em 2004). Considerandose o grupo estatístico em que os genótipos foram enquadrados nos três anos e na análise conjunta, vê-se que o centeio BRS Serrano configurou-se como alternativa superior, diferindo estatisticamente dos demais genótipos em termos de margem bruta gerada nos três anos e na média geral dos anos. Como segunda alternativa para este tipo de manejo, pode-se considerar o centeio BR 1, a aveia branca UPF 18 e o trigo BRS 277; a terceira opção poderia ser ocupada pela aveia preta IPFA e a quarta, pela aveia preta Agro Zebu e pelo triticale Embrapa 53. O bom desempenho do centeio BRS Serrano em ambos os manejos está relacionado ao rendimento de massa verde nos experimentos e pelo preço de mercado do cereal. No entanto, o centeio possui mercado 164 ILPF - Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

69 limitado e aumento na oferta do mesmo pode impactar negativamente no seu preço. Tabela 35. Estimativa de margem bruta média (R$/ha) de cereais de inverno na produção potencial de forragem verde, nos anos 2003, 2004 e 2005 e em análise conjunta do período. Embrapa Trigo. Passo Fundo, RS, Média Cereais de Inverno Aveia branca UPF ,70 d 515,00 e 549,50 cd 792,10 d 2. Aveia preta IPFA ,30 c 1.246,50 bcd 759,10 c 1.359,60 bcd 3. Aveia preta Agro Zebu 2.566,00 b 1.549,50 ab 911,50 bc 1.675,60 ab 4. Centeio BR ,70 c 1.510,60 abc 1.111,20 b 1.526,80 bc 5. Centeio BR Serrano 3.180,90 a 1.994,60 a 1.532,40 a 2.236,00 a 6. Cevada BRS ,80 def 1.336,50 bc 143,90 e 795,10 d 7. Cevada BRS ,60 d 979,80 cde 68,80 e 771,10 d 8. Cevada BRS ,70 de 1.122,70 bcd 547,60 cd 866,60 cd 9. Triticale BRS ,10 ef 757,50 de 706,70 cd 942,20 cd 10. Triticale BRS ,90 def 1.259,00 bcd 693,80 cd 697,10 d 11. Triticale Embrapa ,40 f 1.058,00 bcd 624,70 cd 721,30 d 12. Trigo BRS Figueira 1.132,00 d 1.395,60 bc 369,20 de 965,60 cd 13. Trigo BRS Umbu 1.042,50 de 1.598,50 ab 565,20 cd 1.068,70 bcd 14. Trigo BRS ,40 c 1.243,10 bcd 615,10 cd 1.200,50 bcd CV % 16,53 22,08 29,22 165

70 166 ILPF - Integração Lavoura-Pecuária-Floresta Médias seguidas da mesma letra, na coluna, não diferem significativamente teste de Duncan (P>0,01). Tabela 36. Estimativa de margem bruta média (R$/ha) de cereais de inverno manejados em duas situações, para produção de forragem e grãos e para produção de forragem verde e silagem, e avaliação conjunta. Embrapa Trigo. Passo Fundo, RS, Forragem + Grão Forragem verde + Silagem Cereais de Inverno Média Média 1. Aveia branca UPF ,20 cd -275,50 gh - 218,26 fg 62,48 def 912,77 b 3.208,00 bc 1.521,10 defg 1.880,62 bcd 2. Aveia preta IPFA ,20 gh -453,40 h - 432,64 h 301,75 f 893,93 b 2.649,30 cbd 2,754,00 b 2.099,08 bc 3. Aveia preta Agro Zebu 77,30 gh -421,80 h - 434,42 h -259,64 ef 393,85 c 2.335,90 cd 2.062,50 bcd 1.597,42 bcde 4. Centeio BR ,60 b 585,00 b 317,36 b 661,99 b 536,69 c 3.776,50 b 2,705,70 bc 2.339,63 b 5. Centeio BR Serrano 1.784,80 a 828,60 a 672,62 a 1.095,34 a 1.329,40 a 5.480,70 a 4.280,00 a 3.696,70 a 6. Cevada BRS ,50 de - 72,80 efg 61,75 c 183,48 cd 13,84 ef 1.614,60 d 606,70 h 745,05 e 7. Cevada BRS ,30 efg 84,40 def - 90,20 de 106,83 cde 39,48 e 2.570,20 cd 866,40 gh 1.158,69 de 8. Cevada BRS ,00 fg - 58,00 defg - 319,42 g -59,14 def - 194,92 g 1.636,90 d 900,40 fgh 780,79 e 9. Triticale BRS ,80 efg 107,90 def - 90,29 de 78,14 cdef 171,63 de 2.458,90 cd 1.727,20 defg 1.452,58 cde 10. Triticale BRS ,90 efg 167,00 cde - 119,29 def 109,20 cde 171,18 de 2.397,30 cd 1.062,90 efgh 1.210,46 de 11. Triticale Embrapa ,00 h - 134,90 fg - 152,94 ef -178,95 def - 168,38 fg 2.787,20 bcd 1.904,90 bcde 1.507,91 bcde 12. Trigo BRS Figueira 140,40 fg 388,80 bc - 97,61 de 143,86 cd 64,41 e 2.946,10 bc 1.379,40 defgh1.463,30 cde 13. Trigo BRS Umbu 460,20 def 89,60 def -27,90 cd 173,97 cd 343,11 cd 2.161,70 cd 1.808,90 cdef 1.437,90 cde 14. Trigo BRS ,20 bc 186,10 cd 289,84 b 462,05 bc 478,71 c 2.331,80 cd 1.867,80 bcde 1.559,44 bcde

71 CV % 19,34 23,52 13,73-13,65 19,62 20,84 - Médias seguidas da mesma letra, na coluna, não diferem significativamente pelo teste de Duncan (P>0,05). Unidades de observação A Fig. 31 apresenta dados médios de rendimento de massa seca (kg/ha) e rendimento de grãos (kg/ha) de quatro alternativas de culturas de inverno para duplo propósito implantadas em unidades de observação (UO s) nos municípios de Almirante Tamandaré, Boa Vista do Cadeado, Chapada, Ernestina, Ijuí, Nova Alvorada, Passo Fundo, Serafina Corrêa e Victor Graeff, RS, em Cada cultura foi testada sob o manejo para produção de grãos (grãos), para obtenção de forragem com realização de um único corte e produção de grão (um corte) e para obtenção de forragem com realização de dois cortes e produção de grão (dois cortes). Observa-se, um incremento médio de 128 a 181% no rendimento de massa seca das parcelas onde se realizou um corte para as parcelas onde realizaram-se dois cortes. Com relação ao rendimento de grãos, em comparação ao sistema só grão, observou-se decréscimos de 42 a 82%, respectivamente, nos rendimentos das parcelas com um corte e dois cortes para todas as culturas. O comparativo de renda bruta média (R$/ha), custo variável médio (R$/ha) e margem bruta (R$/ha) por cultura nestas unidades é apresentado na Tabela 37. Os custos variáveis médios de implantação das unidades de observação de aveia preta foram os menores dentre as demais culturas. Tomando como referência as unidades de observação de aveia pre- 167

72 ta com dois cortes, alternativa bastante usada pelos produtores, observa-se acréscimos nos custos variáveis de 1,01% (UO s trigo um corte) a 23,78% (UO s cevada dois cortes) com relação as demais alternativas. Com relação a margem bruta média por hectare obtida nestas UO s, observou-se resultados positivos na maioria das alternativas, com exceção nas UO s aveia preta grão e um corte. Tomando-se novamente a alternativa aveia preta - dois cortes como referência, observou-se margens brutas médias superiores nas UO s de cevada dois cortes, triticale - dois cortes, trigo dois cortes e trigo grão, com acréscimos de 54,7%, 52,2%, 57,6% e 4,9%, respectivamente. Observou-se, também, que as margens brutas foram crescentes dentro da mesma cultura para aveia preta e cevada considerando as alternativas de grão, um corte e dois cortes. No caso de triticale e de trigo, observou-se que as UO s onde realizou-se um corte apresentaram as menores margens brutas com relação as alter- 168 ILPF - Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

73 nativas de produção de grão somente e produção de forragem (dois cortes) e grão. Fig. 31. Rendimentos médios de massa seca (kg/ha) e de grãos (kg/ha) obtidos em unidades de observação de cereais de invernos para duplo propósito no RS, Tabela 37. Estimativa de renda bruta média (R$/ha), custo variável médio (R$/ha) e margem bruta média (R$/ha) de culturas para duplo propósito implantadas em unidades de observação no RS em Número de Renda bruta (R$/ha) Custo variável (R$/ha) Margem bruta (R$/ha) Cultura Unidades de Grãos Um Dois Grãos Um Dois Grãos Um Dois Observação corte cortes corte cortes corte cortes Aveia Preta 9 119,09 424,31 798,23 534,85 520,54 586,03 (410,17) (49,75) 310,05 Cevada 8 691,86 815, ,88 699,03 699,03 725,37 41,90 219,49 479,63 Triticale 9 843,37 759, ,17 633,46 604,85 653,39 279,16 241,27 472,09 169

74 Trigo ,86 831, ,64 620,53 594,78 647,28 325,37 263,76 488,87 Ao efetuarmos uma comparação da relação entre a receita bruta obtida pelo custo variável despendido por cultura e manejo (Figura 32), vê-se que tal relação é negativa apenas nos casos da aveia preta para produção de grãos somente e produção de forragem (um corte) + grão. Na análise destas unidades, pode-se dizer que a estratégia de uso de cereal para produção de grão + forragem propiciou acréscimo de renda por unidade monetária investida com relação ao manejo para produção de grãos, no caso de aveia e cevada com um e dois cortes. No caso de triticale e trigo, o acréscimo de renda por unidade monetária investida no sistema grão + forragem foi maior que o sistema grão somente quando houveram dois 170 ILPF - Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

75 cortes, o que pode estar relacionado com a necessidade de maximizar o rendimento de forragem em função da perda de rendimento de grão. Fig. 32. Relação entre receita bruta/ custo variável de culturas para duplo propósito implantadas em unidades de observação em municípios do RS, As atividades de pecuária e lavoura podem ser complementares entre si. A observação de aspectos técnicos e econômicos na escolha das alternativas tem sido desenvolvida em diversos estudos para auxiliar a tomada de decisão dos produtores. Como observamos nos dados apresentados anteriormente existem alternativas que devem ser analisadas pelos produtores como sistemas mistos passíveis de uso em combinações produtivas. Questões relacionadas ao preço dos produtos e dos insumos são importantes para decisão sobre o manejo a ser escolhido (grão, forragem + grão, forragem + silagem). A escolha da espécie e do cultivar também configura-se como elemento importante na definição do sistema. Em situações de propriedades que já possuem atividade de produção mista, pode-se dizer que alternativas ao cultivo de aveia preta para o pastoreio tem se mostrado viáveis, não só do ponto de vista de seus benefícios conservacionistas, como também, econômicos, e podem conferir flexibilidade ao processo produtivo de acordo com as variações de preços de produtos e insumos. 171

76 172 ILPF - Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

77 Capítulo 9 Gramíneas Perenes de Inverno Renato Serena Fontaneli, Roberto Serena Fontaneli e Henrique Pereira dos Santos Festuca (Festuca arundinacea Schreb.) Descrição morfológica A festuca é uma gramínea perene de longa duração, cespitosa, com rizomas curtos. O colmo pode atingir de 0,60 a 1,20 m. Essa espécie tem sistema de radicular profundo. As folhas de festuca apresentam cor verde-escuro, brilhante, com nervuras destacadas e bordas ásperas. A lâmina foliar possui de 5 a 9 mm de largura. A inflorescência de festuca é uma panícula, com 15 a 30 cm de comprimento, com numerosos ramos e espiguetas largas (Fig. 5). 173

78 Características agronômicas Festuca é uma gramínea perene, precoce, produz forragem cedo, no outono, por não apresentar mecanismo de dormência no verão. Mantém-se verde durante todo o ano, desde que haja condições de umidade e disponibilidade de nitrogênio. Durante o verão e o período mais frio, a produção de forragem é reduzida. Adapta-se bem em áreas declivosas, sendo excelente planta para programas de conservação de solo, em virtude da amplitude de raízes. Também possui estolões horizontais curtos e muito espessos, graças aos quais expande-se progressivamente na superfície do solo, retendo-o bem. Em razão do lento estabelecimento, característica das espécies perenes, é conveniente manter o terreno limpo e controlar plantas daninhas. Adaptação e estabelecimento Festuca é a gramínea perene de inverno que apresenta maior resistência às condições da Campanha do Estado do Rio Grande do Sul. É a mais produtiva e persistente, além de apresentar algum crescimento no verão (OLIVEIRA & MORAES, 1995). Tolera bem frio e excesso de umidade, entretanto, calor excessivo e deficiência de umidade prejudicam sua persistência. Embora tolerante a solos ácidos, quando muito pobres em fósforo ou sujeitas a secas prolongadas 174 ILPF - Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

79 durante o verão, a espécie não se desenvolve adequadamente e, nesse caso, tem persistência curta. Apresenta média exigência em fertilidade, mas responde bem a fertilização e demonstra seu potencial em solos férteis e profundos. Prefere solos úmidos, formando sistema de raízes amplamente desenvolvido. Adapta-se a solos de ph entre 4,5 e 9,5 (OLIVEIRA & MORAES, 1995). Sobrevive em vários tipos de solo, preferindo os mais férteis. Responde bem à adubação nitrogenada. Para adubação de manutenção e nitrogenada de cobertura, deve ser seguida a recomendação para a cultura (MANUAL..., 2004). No verão, o crescimento está mais limitado pela disponibilidade de água do que pela temperatura. A temperatura ótima para crescimento está ao redor de 25 ºC, e a paralisação de crescimento dá-se em temperatura inferior a 7 ºC, por isso o período de uso é relativamente longo. A época de semeadura de festuca é outonal, preferencialmente de abril a maio, podendo ser estabelecida em sistema plantio direto. É indicado de 15 a 20 kg de sementes/ha em cultivo em linhas espaçadas de 0,2 a 0,3 m ou deve-se aumentar para 20 a 25 kg/ha quando for realizado à lanço. O peso de sementes é de aproximadamente 2,3 g. Quando consorciada, indica-se usar 10 a 15 kg/ha de semente. Festuca pode ser propagada por mudas enraizadas, no início do outono. Festuca consorcia-se bem com cornichão, trevo branco, trevo vermelho e alfafa. Em solos úmidos, deve-se dar preferência ao trevo branco. 175

80 Manejo O fácil estabelecimento de festuca depende do manejo (Fig. 6 e 32), que consiste em pastejá-la uma ou duas vezes no primeiro ano. Após estabelecida, resiste ao pisoteio, graças ao desenvolvido sistema de raízes, formando um resistente tapete. Quando cultivada sementes livres de fungo endofítico (Neotyphodium coenophiadum) deve ser pastejada moderadamente, deixando-se altura de resteva de pelo menos 7 cm. Quando for desejável elevado desempenho animal, semelhante ao do azevém, deve-se estabelecer festuca com sementes livres de fungo endofítico. (A) (B) Fig. 32. (A) Pastagem de festuca no estádio vegetativo, (b) Florescimento, (C) e (D) Pastagem de festuca consorciada com trevos em Passo Fundo, RS. Fotos: Renato S. Fontaneli. (C) (D) 176 ILPF - Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

81 Para melhor controle e não comprometer o estabelecimento, pode-se optar por não fazer pastejo na festuca no ano do estabelecimento, reservando-a para feno ou multiplicação de semente. Deve ser cortada para feno no emborrachamento para elevado valor nutritivo. A partir do segundo ano, o pastejo poderá ser iniciado em abril e conduzido até início de dezembro. Pela resistência ao pisoteio, pode suportar carga animal média de 600 a 900 kg de peso vivo/ha (2 a 3 novilhos/ha), por períodos relativamente prolongados. É indicado fazer uma roçada de meados a fim de verão, diferindo-se para acumular forragem para o outono/inverno. Festuca pode produzir anualmente até 10 t de MS/ha. É uma planta facilmente aceita por bovinos quando tenra, mas tem a folhagem rejeitada no amadurecimento, razão pela qual a vegetação deve ser mantida sempre bem manejada. O pastejo de festuca pode ser realizado quando essa gramínea atingir altura de aproximadamente 20 cm, deixando-se a altura de resteva de 7 a 10 cm. Em trabalho desenvolvido na Embrapa Trigo, em Passo Fundo, com sistemas de produção mistos (lavoura + pecuária), avaliando pastagens anuais de inverno e perenes, no período de maio a outubro de 1994 a 1996, sob plantio direto, as estimativas de ganho de peso vivo de novilhos foram: em consorciações de aveia preta + ervilhaca (273 kg/ha), de festuca + cornichão + trevo branco + trevo vermelho (299 kg/ha), de pensacola + cornichão + trevo branco + trevo vermelho (326 kg/ha) e de alfafa (287 kg/ ha), e não foram encontradas diferenças significativas (P>0,05) entre as médias de ganho de peso animal (Tabela 38). No período de novembro a abril de 1994/95 a 1996/97, avaliando-se pastagens perenes, alfafa (602 kg/ha) e pensacola + cornichão +trevo branco + trevo vermelho (

82 kg/ha) produziram ganho de peso mais elevado (Tabela 39). Em Lages, SC, Rosa et al. (2008) obtiveram em dois anos média de 5,3 t MS/ha com a cultivar Epagri-312 com 40% de fungo endofítico, forragem com 20% de PB e 70% de digestibilidade da matéria seca. Tabela 38. Efeitos de sistemas de produção de grãos envolvendo pastagens anuais de inverno e perenes no ganho de peso animal, de maio a outubro de 1994 a 1996, sob sistema plantio direto. Embrapa Trigo, Passo Fundo, RS. Sistema de Ano produção Média kg/ha Sistema I Aveia preta + ervilhaca b 285 b 330 a 273 Sistema II Festuca + cornichão + trevo branco + trevo vermelho 464 a 248 b 186 c 299 Sistema III Pensacola + cornichão + trevo branco + trevo vermelho 415 a 432 a 132 d 326 Sistema IV Alfafa 192 b 411 a 258 b 287 Média CV (%) Ganho de peso animal = 10 kg de MS de pastagem de inverno = 1 kg de peso vivo animal (Restle et al., 1998). Sistema I: trigo/soja, aveia branca/soja e aveia preta + ervilhaca/milho; Sistema II: festuca, cornichão, trevo branco e trevo vermelho, durante quatro anos, depois retornando a produção de grãos; Sistema III: pensacola, cornichão, trevo branco e trevo vermelho, reforçado no inverno com aveia preta, durante quatro anos, depois retornando a produção de grãos; Sistema IV: alfafa para corte, como parcela adicional, durante quatro anos, depois retornando a produção de grãos. Médias seguidas da mesma letra, na coluna, não diferem significativamente pelo teste de Duncan (P>0,05). Fonte: Santos et al. (2002). 178 ILPF - Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

83 Tabela 39. Efeitos de sistemas de produção de grãos envolvendo pastagens perenes no ganho de peso animal, de novembro a abril de 1994/95 a 1996/97, sob sistema plantio direto. Embrapa Trigo, Passo Fundo, RS. Sistema de Ano produção 1994/ 1995/ 1996/ Média kg/ha Sistema I Festuca + cornichão + trevo branco + trevo vermelho c 295 b 297 b 261 b Sistema II Pensacola + cornichão + trevo branco + trevo vermelho 377 b 573 a 431 a 460 ab Sistema III Alfafa 697 a 648 a 462 a 602 a Média CV (%) Ganho de peso animal = 10 kg de MS de pastagem de inverno = 1 kg de peso vivo animal (Restle et al., 1998). Sistema I: festuca, cornichão, trevo branco e trevo vermelho, durante quatro anos, depois retornando a produção de grãos; Sistema II: pensacola, cornichão, trevo branco e trevo vermelho, reforçado no inverno com aveia preta, durante quatro anos, depois retornando a produção de grãos; Sistema III: alfafa para corte, como parcela adicional, durante quatro anos, depois retornando a produção de grãos. Médias seguidas de mesma letra, na coluna, não diferem significativamente Duncan (P>0,05) Fonte: Santos et al. (2002). 179

84 Capim dos Pomares ou Dáctilo (Dactylis glomerata) Descrição morfológica O capim dos pomares é uma espécie perene de estação fria, cespitosa, com folhas verde azuladas com lâminas em forma de v quando cortadas transversalmente. As bainhas são achatadas e a lígula é longa. A planta cresce até 60 a 90 cm. A inflorescência é uma panícula aberta (Fig. 33). Características agronômicas Capim dos pomares é menos tolerante a seca e solos mal drenados que a festuca, porém é uma das gramíneas mais tolerante à seca. É uma planta perene de curta duração, pois persiste por dois a quatro anos. A forragem é de elevado valor nutritivo quando manejada adequadamente. Além de componente de pastagens pode ser fenada. Pode ocorrer ferrugem, manchas foliares e ser danificadas por lagartas dos capinzais. Adaptação e estabelecimento É uma gramínia com alta tolerância ao frio e exigência em fertilidade média. A semeadura deve ser realizada no outono, mar- 180 ILPF - Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

85 ço a maio, utilizando-se 15 a 20 kg/ha de sementes. É mais exigente em fertilidade que a festuca e bem responsiva a adubação nitrogenada. Manejo Requer manejo mais cuidadoso que festuca. Manejo com pastejo com lotação contínua e elevada pressão de pastejo compromete o estande. Pastejo moderado é o indicado, aumentando a persistência quando associada com leguminosas como trevo branco, trevo vermelho e cornichão (Fig. 33). O primeiro corte para feno deve ser realizado no elongamento e início da emissão das panículas, e os subsequentes cortes quando o crescimento permitir. Em Lages, SC (ROSA et al., 2008) obtiveram em dez cortes rendimento anual médio de 5,2 t MS/ha com digestibilidade média da matéria orgânica de 65% e teor de PB de 22%. Fig. 33. Capim dos pomares. Fotos: Renato S. Fontaneli. 181

86 Cevadilha-serrana (Bromus auleticus) Descrição morfológica Cevadilha é uma uma espécie perene de estação fria, cespitosa, com folhas estreitas, lisas, contraídas em forma de M ou W. A planta cresce até 60 a 90 cm. A inflorescência é uma panícula ereta (Fig. 6). Características agronômicas Cevadilha cresce bem em solos bem drenados, argilosos ou argilo-arenosos, com ph de 6,0 a 7,0, sendo mais exigente que festuca. É uma planta componente de pastagens, podendo ser fenada ou ensilada. Quando cultivada isoladamente deve ser dada atenção a fertilização nitrogenada ou deve ser consorciada com alfafa ou leguminosas perenes de inverno. A forragem é de elevado valor nutritivo quando manejada adequadamente. Adaptação e estabelecimento A semeadura deve ser realizada no outono, março a maio, ou no início da primavera utilizando-se 15 a 20 kg/ha de sementes. Cevadilha-serrana apresenta alta tolerância ao frio, mé- 182 ILPF - Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

87 dia exigência em fertilidade e alta tolerância à estiagem (ROSA et al., 2008). Manejo Requer manejo mais cuidadoso que festuca. Manejo com pastejo intenso e frequente, enfraquece o estande. Pastejo moderado e rotacionado é o mais indicado. O primeiro corte para feno deve ser realizado no elongamento e início da emissão das panículas, e os subsequentes cortes quando o crescimento permitir. A produtividade média de dois anos em Lages, SC, foi de 4,7 t MS/ha, com digestibilidade da matéria orgânica de 72% e PB de 18% (ROSA et al, 2008). 183

88 184 ILPF - Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

89 Capítulo 10 Gramíneas Anuais Verão Renato Serena Fontaneli, Roberto Serena Fontaneli e Henrique Pereira dos Santos Milheto ou Capim Italiano (Pennisetum americanum) Descrição morfológica Milheto é uma gramínea anual de verão, cespitosa, de porte ereto, e apresenta perfilhamento abundante. A altura do colmo pode superar 3,0 m. Pode atingir 1,5 m aos 50 a 55 dias após a emergência. Apresenta folhas com lâminas largas com bordos serreados. A lígula é pilosa. A inflorescência é uma panícula cilíndrica e longa (Fig. 34). 185

90 Fig. 34. Inflorescência de milheto e rebrote vigoroso de milheto em Coxilha, RS. Fotos: Renato S. Fontaneli. Características agronômicas Milheto requer mais calor do que milho e sorgo para germinar e se estabelecer de maneira uniforme e proveitosa (FRIBOURG, 1995). A prática tem revelado que só são bemsucedidas as semeaduras realizadas a partir de setembro, quando a temperatura do solo situa-se em torno de 20 ºC. Sob essa condição, a forrageira germina bem e o crescimento de plantas ocorre com rapidez e compensa o plantio antecipado. Dependendo da necessidade de pastagem, a semeadura de milheto pode ser escalonada da primavera ao verão, formando-se diversos potreiros, o que aumentará o período de aproveitamento do elevado volume de massa verde proporcionado por essa apreciada forrageira anual. O período de utilização pode estender-se de novembro a maio. 186 ILPF - Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

91 Adaptação e estabelecimento Milheto desenvolve-se bem em solos arenosos e pouco compactados (FRIBOURG, 1995). Nesse tipo de solo, pode ser mais produtivo que sorgo, apresentando, como este, alta resistência à seca. É tolerante a solos ácidos e muito responsivo à adubação nitrogenada. Produz forragem de elevada qualidade quando bem manejado. Atualmente está sendo usado com muito sucesso para cobertura de solo em plantio direto, na região do Cerrado, por apresentar sistema de raízes abundante e agressivo, que descompacta e estrutura o solo e recicla nutrientes. Para adubação de manutenção e nitrogenada de cobertura, seguir a recomendação para a cultura (MANUAL..., 2004). Miheto pode ser estabelecido por plantio direto, com 12 a 15 kg de semente/ha, em linhas espaçadas de 0,30 a 0,50 m, ou de 25 a 30 kg/ha quando a lanço. em consorciações pode-se reduzir a quantidade de sementes para 10 a 12 kg/ha. O peso de sementes é de aproximadamente 6,5 g. As sementes devem ficar a 3,0 cm de profundidade do solo. A semeadura não deve ser realizada quando o solo apresentar temperatura inferior a 18 a 20 ºC, para que não haja prejuízos em relação à germinação de sementes. Consorcia-se bem com várias leguminosas, especialmente feijão-miúdo e lab-lab, o que determina o aumento do volume de massa verde e, em especial, o valor protéico da pastagem. Recomenda-se semear kg de semente de milheto e 40 kg/ha de semente de feijão-miúdo [Vigna unguiculata (L.) Walp] 187

92 ou 20 kg/ha de semente de lab-lab [Lablab purpureus (L.) Sweet]. Manejo Milheto é muito nutritivo e proporciona rápido ganho de peso animal. Milheto diferente do sorgo, não apresenta durrina, sendo nesse sentido atóxica para os animais em qualquer estádio vegetativo, para corte, pastejo direto, feno e silagem (Fig. 35). Milheto, ao contrário de milho para grão, recuperase com notável velocidade, após o corte ou pastejo, permitindo aproveitamento a cada 2 a 5 semanas. O pastejo de milheto deve ser realizado quando as plantas apresentarem altura de 50 a 60 cm, deixando-se de 15 a 20 cm de resteva (FRIBOURG, 1995). Durante o período vegetativo, que é de 120 a 150 dias, produz abundante quantidade de forragem de elevado valor nutritivo, podendo superar 15 t MS/ha (FONTANELI et al., 2001, 2006). Quando bem manejado e fertilizado, possibilita até oito cortes ou pastejos durante a estação de crescimento. Sendo manejado para silagem, pode produzir mais que milho e sorgo. O teor de proteína bruta na massa seca da forragem varia de 7% a mais de 20%. Em trabalho desenvolvido na Embrapa Trigo, com sistemas de produção mistos, durante três anos, sob plantio direto, as médias de ganho de peso vivo com novilhos variaram de 675 a 798 kg/ha (Tabela 40) em três a quatro ciclos de pastejo rotacionados. 188 ILPF - Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

93 (A) (B) Fig. 35. Pastagem de milheto em sistema ILP (A) 10 de janeiro, (B) 26 de março Embrapa Trigo, Passo Fundo, RS. Fotos: Renato S. Fontaneli. Tabela 40. Efeitos de sistemas de produção de grãos envolvendo pastagem de verão no ganho de peso animal, de 1995/96 a 1997/98, sob sistema plantio direto. Embrapa Trigo, Passo Fundo, RS. Sistema de Ano produção 1995/ / /98 Média kg/ha Sistema I Milheto a Sistema II Milheto 478 b Sistema III Milheto 650 a Sistema IV Milheto 426 b Média CV (%) Ganho de peso animal = 10 kg de MS de pastagem de inverno = 1 kg de peso vivo animal (Restle et al., 1998). - Sistema I: trigo/soja e aveia preta + ervilhaca/milheto; Sistema II: trigo/soja e aveia preta + azevém + ervilhaca/milheto; Sistema III: trigo/soja, aveia branca/soja e aveia preta + ervilhaca/milheto; Sistema IV: trigo/soja, aveia branca/soja e aveia preta + azevém + ervilhaca/milheto. Médias seguidas de mesma letra, na coluna, não diferem significativamente pelo teste de Duncan (P>0,05). Fonte: Santos et al. (2002). 189

94 Sorgos Forrageiros, Capim Sudão ou Aveia de Verão [Sorghum bicolor (L.) Moench] Descrição morfológica É uma gramínea anual de verão, cespitosa, com altura de 0,6 a 4,5 m de altura. Sorgo pode ter colmos suculentos, eretos, dispostos em forma de touceiras. As folhas são lineares, com 25 a 50 mm de largura e 50 a 100 cm de comprimento. A inflorescência de sorgo é panícula, aberta e com ramificações curtas, nos sorgos forrageiros e com sementes menores que os graníferos (Fig. 36). (A) (B) Fig. 36. (A) Sorgo pastejo ou corte BRS 800, (B e C) Sorgo silageiro BRS 610 em Coxilha, RS, (D) Pastagem de sorgo AG 2501 em Sertão, RS. Fotos: Renato S. Fontaneli. (C) (D) 190 ILPF - Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

95 Características agronômicas Sorgo é uma planta de clima tropical ou subtropical, utilizada principalmente para pastejo, corte verde e silagem, pois para feno é difícil secar devido aos colmos muito grossos, a menos que use-se segadora-condicionadora que amassam os colmos, facilitando a secagem. É cultivado em diversas regiões do mundo até cerca de m de altitude, cujas temperatura média gira entre 21 e 30 ºC. Atualmente, sorgo forrageiro já dispõe de certa tradição entre os agricultores brasileiros e é muito semeado, principalmente no sul de Minas Gerais e no Vale do Paraíba, SP (RECOMENDAÇÕES..., 1988). Sorgo forrageiro constitui um grupo de híbridos e variedades que possuem características agronômicas muito variáveis. De modo geral, apresentam tipo e comportamento semelhante ao milheto. Todavia, ao contrário de milheto, o produtor não pode colher sementes para vender ou usar na propriedade, pois em geral os genótipos disponíveis no comércio são de híbridos, cujas sementes produzem população de plantas atípicas. Na produção de sorgo para forragem, existem cultivares adaptadas para uso em silagem, pastejo ou corte verde. Dentre as principais características consideradas na escolha de uma determinada cultivar, destacam-se rendimento de massa verde e valor nutritivo. O valor nutritivo como silagem é de 85 a 90% do obtido com milho (BALL et al., 2007). 191

96 Adaptação e estabelecimento Para as condições do Rio Grande do Sul, sorgo é semeado desde fins de setembro até início de fevereiro, obtendo-se os melhores resultados nas semeaduras de meados de outubro a meados de dezembro. O sorgo adapta-se bem em solos médios e arenosos, profundos e permeáveis, livres de acidez nociva, com ph variando de 5,5 a 6,5. Requer moderada fertilidade. Para adubação dessa cultura, seguir as recomendações técnicas (MANUAL..., 2004). É resistente à seca e pouco resistente a geada. O sorgo forrageiro é cultivado a partir de sementes, sendo suficiente cerca de 10 kg/ ha, em linhas distanciadas de 0,20 a 0,50 m ou a lanço de 15 a 20 kg/ha. O peso de sementes pode ser superior a 40 g. Pode ser estabelecido sob plantio direto. A profundidade de semeadura pode variar de 3 a 5 cm. Se o solo estiver úmido, semear mais superficialmente. A população indicada para sorgo forrageiro varia de plantas/ha (FERREIRA, 1984) a plantas/ha (RECOMENDAÇÕES, 1988). O sorgo pode ser consorciado com leguminosas como o lablab [Lablab purpureous (L.) Sweet] e o feijão-miúdo [Vigna unguiculata (L.) Walp]. Manejo Sorgo forrageiro produz abundante forragem verde, que pode ser usada em pastejo, corte, feno ou silagem (Fig. 36). O sorgo 192 ILPF - Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

97 deve ser pastejado quando as plantas atingem 0,60 m, ou mais, para evitar problemas de risco de intoxicação (MANEJO, 1992) por durrina, alcalóide nitrogenado precursor do ácido cianídrico ou prússico. Os animais têm de ser adaptados ao pastejo de sorgo. No início do pastejo os animais não devem estar famintos, e os primeiros pastejos devem ser por períodos curtos (3 horas/dia). Sorgos forrageiros requerem pastejo rotacionado, alta carga animal por curtos períodos, deixando-se uma altura de resteva de 10 a 20 cm. Apresenta grande resistência ao pisoteio e alta palatabilidade. Essa gramínea responde bem à aplicação de nitrogênio após cada corte ou pastejo. Sob condições favoráveis, pode ser cortado a cada 3 a 4 semanas. Sorgo é muito produtivo, produz cerca de 30 a 60 t/ha de forragem verde, mas por curto período, cerca de 80 a 120 dias de utilização. Para feno as plantas dever ser cortadas com 0,8 a 1,0 m de altura e, para silagem, quando os grãos estiverem pastosos, com 30 a 35% de matéria seca. Teosinto ou Dente de Burro [Zea mays subsp. mexicana (Schrad.) H.H. Iltis] Descrição morfológica É uma gramínea anual de verão, cespitosa, com altura de 0,6 a 1,5 m de altura. Teosinto é originário da América, sendo considerado o ancestral do milho. Possui colmos grossos, eretos, dispostos em forma de touceiras. As lâminas foliares 193

98 são largas, semelhante ao milheto, sorgos e milho, com 25 a 50 mm de largura e 50 a 80 cm de comprimento (Fig. 37). A inflorescência é uma espiga rudimentar, com parte das sementes expostas e com sementes de cor parda, na forma de um dente canino, muito duras. As sementes são liberados ao ambiente assim que se tornam maduros. Fig. 37. Plantas de teosinto ou dente de burro. Fotos: Renato S. Fontaneli. Características agronômicas Planta rústica e de fácil estabelecimento. Menos exigente em fertilidade de solos que sorgos e milheto, com menor po- 194 ILPF - Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

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