Conhecimento dos graduandos de odontologia de Campina Grande-PB sobre proteção radiológica

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1 Artigos Originais/Original Articles Conhecimento dos graduandos de odontologia de Campina Grande-PB sobre proteção radiológica Knowledge of dentistry undergraduate from Campina Grande-PB on radiation protection Diego Filipe Bezerra Silva I Dário José de Macêdo II Camila Nóbrega Diniz III Cícero Carlos Farias Brasileiro IV Denise Nóbrega Diniz V Resumo Introdução: A utilização de exames radiográficos para diagnóstico e plano de tratamento é frequente na Odontologia. A radiação X utilizada nesses exames é capaz de provocar efeitos deletérios ao organismo. No entanto, os níveis de dose de radiação na prática odontológica são relativamente baixos, mas devese considerar o efeito cumulativo de exposições repetidas. Por isso, é essencial conhecer as medidas de radioproteção, além de fatores que possam reduzir o risco de radiação excessiva. Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi avaliar o conhecimento que os graduandos em Odontologia da cidade de Campina Grande/PB possuem a respeito da radiação ionizante aplicada na clínica de Radiologia. Material e métodos: Foram aplicados 88 questionários com questões objetivas sobre o tema abordado. Os dados foram organizados e analisados por meio de técnicas estatísticas descritivas. Resultados: Mediante análise das respostas obtidas, observou-se que 77% dos entrevistados utilizavam os posicionadores, 97% seguiam corretamente a técnica radiográfica, e 99% usavam avental plumbífero e protetores de tireoide nos pacientes, 74% utilizavam o método tempo/temperatura de processamento, 99% usavam o tempo de exposição determinado pelo departamento, 99% mantinham a porta fechada quando do acionamento do aparelho, e 86% mandavam o acompanhante segurar o filme radiográfico, no caso dos pacientes incapazes de manter o filme na cavidade bucal. Conclusão: Conclui-se que havia conhecimento da maioria dos estudantes sobre radioproteção, porém nota-se a necessidade da manutenção constante do protocolo de biossegurança com intuito de nortear todo esse processo educativo e conscientizador e evitar problemas futuros. Palavras-chave: Proteção Radiológica. Radiologia. Radiação ionizante. Abstract Introduction: The use of radiographic examinations for diagnosis and treatment plan is common in dentistry. The X-rays used in these tests can cause harmful effects to the body. However, the radiation dose levels in dental practice are relatively low, but must considered the cumulative effect of repeated exposure. So it is essential to know the radiation protection measures, as well as factors that may reduce the risk of excessive radiation. Thus, the aim of this study was to evaluate the knowledge that students in Dentistry in the city of Campina Grande / PB have about the ionizing radiation applied in clinical radiology. Material and methods: We applied 88 questionnaires with objective questions on the topic discussed. Data were organized and analyzed using descriptive statistical techniques. Results: Upon analysis of the responses, it was observed that 77% of respondents used the positioners, 97% correctly followed the radiographic technique, and 99% used lead apron and thyroid protectors in patients, 74% used the method processing time/temperature, 99% used the exposure time determined by the department, 99% had the door closed when the device drives, and 86% sent the companion hold the radiographic film in the case of patients unable to keep the film in the oral cavity. Conclusion: We conclude that there were knowledge of most students on radiation protection, but the need for constant maintenance of the biosafety protocol aiming to guide all this educational and conscientizing process and avoid future problems is noticiable. Key-words: Radiation Protection. Radiology. Ionizing radiation. I II III IV V Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Campina Grande/PB Brasil Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande (FCM-CG), Campina Grande/PB Brasil Centro Universitário de João Pessoa (UNIPÊ), João Pessoa/PB Brasil Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Campina Grande/PB Brasil Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Campina Grande/PB Brasil FOL Faculdade de Odontologia de Lins/Unimep 27(1) jan.-jun

2 Diego Filipe Bezerra Silva et al. Introdução Desde a descoberta dos raios X, por Wilhelm Conrad Röntgen, em novembro de 1895, estudos vêm mostrando a importância dessa radiação para a humanidade. 1 O exame radiográfico é um dos principais métodos diagnósticos utilizados em todos os campos dos serviços médicos e contribui para a promoção da saúde, tanto em nível individual quanto em nível nacional. 2 Embora suplementar, radiografias desempenham um papel indispensável no planejamento diagnóstico, tratamento e acompanhamento de distúrbios orais e maxilofaciais. 3 A avaliação de exames radiográficos para a obtenção do diagnóstico na Odontologia é necessária, entretanto, a radiação X utilizada nesses exames é capaz de provocar efeitos deletérios aos seres vivos, 4 podendo causar danos a várias células do corpo, 5 induzindo à carcinogênese. 6 Apesar disso, os níveis de dose de radiação na prática odontológica são relativamente baixos, mas deve-se considerar o efeito cumulativo de exposições repetidas. 7 A fim de combater os riscos induzidos pela radiação, os cirurgiões-dentistas devem aderir às orientações de proteção contra radiações. 3 Com o objetivo de reduzir a exposição dos pacientes à radiação, o uso adequado de um avental de chumbo, protetor de tireoide, 6,8 colimação e técnicas adequadas estão incluídos para a prática do exame radiológico. 8 O método preferível para a proteção do operador é sair da sala durante a exposição radiográfica ou a utilização de uma barreira de proteção. 9 Para otimizar a implementação de medidas de radioproteção na prática odontológica, é essencial identificar os fatores que podem influenciar práticas eficazes de proteção contra radiações. No entanto, há uma escassez de investigações para as várias questões relacionadas à proteção contra as radiações, tanto a nível global, 3 quanto no contexto nacional. A metodologia mais aplicada nessas investigações consiste na elaboração de questionários, contendo diversas questões objetivas e/ou subjetivas sobre o tema em questão. 1 Sendo assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar o conhecimento que os graduandos em Odontologia da cidade de Campina Grande/PB possuem a respeito da radiação ionizante aplicada na clínica de Radiologia. Material e métodos Foi feito um estudo descritivo com abordagem quantitativa por meio de levantamento de dados, utilizando um questionário com perguntas objetivas referentes ao tema, o qual foi previamente validado quanto ao seu conteúdo, pertinência e objetivos. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Campina Grande-PB, Brasil (PROTOCOLO Nº ). Esta pesquisa foi realizada com 121 graduandos do 5º. ao 10º. período do curso de Odontologia da UEPB, Campus I, dos quais apenas 88 responderam ao questionário recebido. Foram incluídos no estudo os alunos que estavam cursando ou que já cursaram o componente curricular Radiologia Odontológica, e que concordaram em participar da pesquisa. Todos os dados foram organizados em uma planilha do software Excel for Windows (versão 2013) e submetidos à análise estatística com o auxílio do programa Statistical Package for the Social Sciences (versão 17.0; SPSS Inc., Chicago, IL, USA). Depois foram analisados e apresentados por meio de técnicas estatísticas descritivas, sob a forma de gráficos e tabelas, utilizando números absolutos e porcentagem. 16 FOL Faculdade de Odontologia de Lins/Unimep 27(1) jan.-jun. 2017

3 Conhecimento dos graduandos de odontologia de Campina Grande-PB sobre proteção radiológica Resultados No Gráfico 1 estão os resultados sobre a frequência de uso do posicionador pelos alunos. A maioria (77%) dos entrevistados respondeu que utilizavam os posicionadores com frequência, enquanto que 22% não costumavam usar esses equipamentos e 1% não respondeu à questão. Quanto às medidas de proteção ao paciente, 99% dos alunos responderam que usavam o avental plumbífero e o protetor de tireoide. Em relação ao método de processamento, o mais utilizado, segundo os alunos, era o método tempo/ temperatura (74%). A maioria dos entrevistados (99%) utilizou o tempo de exposição determinado pelo departamento e, quanto ao fechamento da porta ao acionar o aparelho, 99% desses relataram que a fechavam. Tabela 1. Questões relacionadas à proteção do paciente, ao método de processamento utilizado, ao tempo de exposição e ao fechamento da porta durante o acionamento do aparelho. Gráfico 1 Frequência de uso do posicionador pelos estudantes. Em relação à técnica radiográfica, 97% dos entrevistados afirmaram que se preocupavam em segui-la corretamente para evitar repetições de tomadas radiográficas (Gráfico 2). Gráfico 2 Obediência à técnica radiográfica preconizada. Os resultados da Tabela 1 mostram as questões relacionadas ao uso do avental plumbífero e protetor de tireoide, método usado para o processamento dos filmes radiográficos, o tempo de exposição utilizado em uma tomada radiográfica, e em relação ao fechamento da porta durante o acionamento do aparelho. Quando o paciente é incapaz de manter o filme radiográfico em posição para a realização do exame, 86% dos alunos responderam que mandavam o acompanhante segurar o filme, e, segundo 9% deles, o colega auxiliar é quem segurava o filme (Tabela 2). FOL Faculdade de Odontologia de Lins/Unimep 27(1) jan.-jun

4 Diego Filipe Bezerra Silva et al. Tabela 2. Postura do alunado em relação ao paciente incapaz de manter a película em posição para a realização do exame. Discussão Na prática odontológica, o uso de radiografias como método complementar de diagnóstico é inevitável, por isso é essencial o conhecimento correto das técnicas, além das medidas de proteção, para prover a segurança tanto para o operador quanto para o paciente. As técnicas radiográficas intrabucais são as mais utilizadas no contexto odontológico, e as repetições são frequentes por conta dos erros. É recomendado que essas técnicas sejam feitas com o uso de posicionadores radiográficos, para que os erros e, por conseguinte, as reexposições à radiação sejam minimizados. 4 A exposição de uma pessoa ao raios-x proporcionará efeitos biológicos somáticos ou genéticos que podem variar de acordo com a dose absorvida. Por isso, é tão importante o conhecimento dos efeitos deletérios da radiação X com o intuito de controlar e evitar exposições desnecessárias e sem proteção. A dose de exposição sobre o paciente, o profissional e o meio ambiente deve ser a mínima possível e sempre respeitando as normas de radioproteção que estão incluídas na legislação brasileira, na Portaria 453/88 da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). 10 Em nosso estudo, 77% dos estudantes responderam que utilizam os posicionadores para o exame radiográfico. Corroborando nossos resultados, 76,8% dos entrevistados no estudo de Melo, Melo 1 responderam que usavam os posicionadores. Em outros estudos realizados com cirurgiões-dentistas indianos e paulistas, observou-se que 50% a 57% destes responderam que faziam uso dos posicionadores. 2,4,7 Em contrapartida, apenas 11,7% dos cirurgiões-dentistas turcos responderam que faziam uso dos posicionadores para os procedimentos. 11 A tireoide é um órgão extremamente radiossensível e, por isso, recomenda-se a utilização do protetor de tireoide durante as tomadas radiográficas, pois este diminui os níveis de dose de radiação em cerca de 75%. 12 No presente estudo, foi observado que 99% dos pacientes fazem uso do protetor de tireoide junto ao avental plumbífero como forma de proteção à radiação. De modo semelhante, Razi et al. 13 notaram que 92% dos profissionais estavam cientes quanto à importância do uso do equipamento de proteção radiológica. No estudo de Mesquita Filho et al., 14 com 90 cirurgiões-dentistas que trabalhavam em consultórios odontológicos privados do Estado de Minas Gerais, 93,2% afirmaram que faziam uso do avental e 56,1% utilizavam protetor de tireoide. Já em outros estudos foi verificado que no máximo 6% dos pacientes utilizavam esses equipamentos de proteção. 7,8 O método tempo/temperatura foi o mais utilizado pelos nossos entrevistados, representando 74%. Entretanto, no estudo de Melo, Melo, 1 apenas 33% dos cirurgiõesdentistas do município de Aracaju usavam esse método. Já no estudo de Oliveira et al., 15 58,9% dos profissionais entrevistados realizavam o processamento pelo método manual. O tempo de exposição utilizado, segundo os estudantes, é o preconizado pela instituição (99%). De acordo com Ilgüy et al., 11 70,3% dos 18 FOL Faculdade de Odontologia de Lins/Unimep 27(1) jan.-jun. 2017

5 Conhecimento dos graduandos de odontologia de Campina Grande-PB sobre proteção radiológica profissionais entrevistados responderam que mudavam o tempo de exposição de acordo com a região. No estudo de Chaudhry et al., 8 74% dos entrevistados afirmaram que usavam o mesmo tempo de exposição para todos os pacientes e técnicas. De acordo com a Portaria Federal 453/88, 10 o processamento químico deve ser realizado por meio do controle do tempo/ temperatura, usando um termômetro, cronômetro e uma tabela com as especificações dos fabricantes, na qual, a partir da temperatura dos químicos, determina o tempo de exposição e o tempo das demais etapas, evitando falhas no processamento e proporcionando menor tempo de exposição associado à melhor qualidade de imagem. Em relação ao fechamento da porta durante a tomada radiográfica, 99% dos estudantes responderam que saíam da sala e fechavam a porta. Sitra et al. 7 relataram que 42,5% dos dentistas ficavam atrás da porta durante a tomada radiográfica, e Math et al. 2 observaram que 19,4% ficavam por trás de uma barreira protetora. A maioria dos nossos entrevistados (86%) respondeu que pede para o acompanhante do paciente segurar o filme radiográfico, quando este é incapaz de fazêlo. Já no estudo de Neves et al., 4 71% dos dentistas responderam que seguravam os filmes nesses casos. Consideraçõs finais Muitos dos estudantes entrevistados no presente estudo preocupam-se em executar corretamente as técnicas radiográficas e fazem uso dos posicionadores. Também observou-se que a maioria desses estudantes preocupa-se com a proteção do paciente, utiliza o tempo de exposição preconizado pela universidade, e fecha a porta ao acionar o aparelho. O método mais usado é o tempo/temperatura. Além disso, foi constatado que grande parte dos entrevistados pede ao acompanhante do paciente para segurar o filme, quando este é incapaz de segurá-lo. Diante do exposto, notase a necessidade da manutenção constante do protocolo de biossegurança com o intuito de nortear todo esse processo educativo e conscientizador e evitar problemas futuros. Referências 1. Melo MFB, Melo SLS. Condições de radioproteção dos consultórios odontológicos. Ciênc Saúde Coletiva, 2008; 13(supl. 2): Math SY, Murugeshappa DG, Annigeri R., Kalra D. Compliance of Indian dentists with oral radiology safety measures. J Oral Maxillofac Radiol., 2013; 1: Binnal A., Rajesh G., Denny C., Ahmed J., Nayak V. Insights into the state of radiation protection among a subpopulation of Indian dental practitioners. Imaging Sci Dent., 2013; 43(4): Neves FS, Vasconcelos TV, Bastos LC, Góes LA, Freitas DQ. Atitudes dos cirurgiõesdentistas em relação à proteção radiológica, de acordo com a lei brasileira. Rev Odontol Bras Central, 2010; 19(51): Mehta A., Gupta M., Upadhyaya N. Status of occupational hazards and their prevention among dental professionals in Chandigarh, India: A comprehensive questionnaire survey. Dent Res J., 2013; 10(4): Lee BD, Ludlow JB. Attitude of the Korean dentists towards radiation safety and selection criteria. Imaging Sci Dent., 2013; 43(3): Sitra G., Jonathan Daniel M., Srinivasan SV, Prashad KV. Radiation protection protocol observed amongst dentist population in the union territory of Puducherry. J Indian Acad Oral Med Radiol., 2008; 20: Chaudhry M., Jayaprakash K., Shivalingesh KK, Agarwal V., Gupta B., Anand R. et al. Oral radiology safety standards adopted by the general dentists practicing in National Capital Region (NCR). J Clin Diagn Res., 2016; 10(1): ZC42-5. FOL Faculdade de Odontologia de Lins/Unimep 27(1) jan.-jun

6 Diego Filipe Bezerra Silva et al. 9. Shahab S., Kavosi A., Nazarinia H., Mehralizadeh S., Mohammadpour M., Emami M. Compliance of Iranian dentists with safety standards of oral radiology. Dentomaxillofac Radiol., 2012; 41(2): Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Brasil). Portaria nº. 453, de 1 de junho de Diretrizes de proteção radiológica em radiodiagnóstico médico e odontológico. Diário Oficial da União, 2 jun Ilgüy D., Ilgüy M., Dinçer S., Bayirli G. Survey of dental radiological practice in Turkey. Dentomaxillofac Radiol., 2005; 34(4): Hoogeveen RC, Hazenoot B., Sanderink GC, Berkhout WE. The value of thyroid shielding in intraoral radiography. Dentomaxillofac Radiol., 2016; 45(5): Razi T., Bazvand L., Ghojazadeh M. Diagnostic dental radiation risk during pregnancy: Awareness among general dentists in Tabriz. J Dent Res Dent Clin Dent Prospects., 2011; 5(2): Mesquita Filho M., da Cruz DT, Von Atzingen AC. Conhecimento e procedimentos em radioproteção em consultórios odontológicos: uma visão bioética. Revista Brasileira de Pesquisa em Saúde (RBPS), 2012; 14(2): Oliveira MV, Silva MBF, Junqueira JLC, Oliveira LB. Avaliação sobre o conhecimento dos cirurgiões-dentistas de Montes Claros- MG sobre técnicas radiográficas, medidas de radioproteção e de biossegurança. Arq Odontol., 2012; 48(2): Dados dos Autores Diego Filipe Bezerra Silva Graduando do curso de Odontologia da Universidade Estadual da Paraíba. Campina Grande/PB Brasil. diego_fbs@outlook.com Dário José De Macêdo Graduando do curso de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande. Campina Grande/PB Brasil. dario.jmacedo@gmail.com Camila Nóbrega Diniz Graduada em Odontologia pelo Centro Universitário de João Pessoa. João Pessoa/PB Brasil. camilanobregadiniz@gmail.com Cícero Carlos Farias Brasileiro Graduado em Odontologia pela Universidade Estadual da Paraíba. Campina Grande/PB Brasil. brasileiro.cicero@yahoo.com.br Denise Nóbrega Diniz Doutora em Estomatologia pela Universidade Federal da Paraíba. Professora do Componente Curricular Processos Patológicos e Diagnósticos - Radiologia da Universidade Estadual da Paraíba. denisend@superig.com.br Submetido em: Aceito em: FOL Faculdade de Odontologia de Lins/Unimep 27(1) jan.-jun. 2017