Produtividade do milho híbrido SHS 5050 em diferentes localidades

Transcrição

1 Revista Saberes UniAGES, Paripiranga, Bahia, Brasil, v. 1, n. 5, p , jan./abr ISSN: (versão online) Produtividade do milho híbrido SHS 5050 em diferentes localidades Antonio Marcos Rabelo da Cruz 1 Graciele Rabelo Santos 2 Jociquelli de Matos dos Santos 3 Júnior de Oliveira Santana 4 José Carlos da Costa Filho 5 Núria Mariana Campos 6 Resumo Foi realizada uma pesquisa de campo no ano agrícola de 2015 em cinco áreas diferentes, para analisar o índice de produtividade do milho híbrido da empresa Santa Helena SHS 5050, em relação aos fatores que podem contribuir para seu desenvolvimento, como, tipo de solo, média de precipitação de chuvas durante a safra, método de controle de plantas daninhas e índice de produtividade por hectare. Palavras-chave: Produtividade, Milho Híbrido SHS 5050, Fatores Contribuintes, Safra antoniorabelo2@hotmail.com. Lattes: gracielers1619@gmail.com 3 jocykelly @hotmail.com 4 junior_prf@live.com. Lattes: jotacarlossergipe@gmail.com 6 nuicampos@hotmail.com. Lattes: 30

2 Produtividade do milho híbrido SHS 5050 em diferentes localidades Productivity of SHS 5050 hybrid corn in different locations Antonio Marcos Rabelo da Cruz 7 Graciele Rabelo Santos 8 Jociquelli de Matos dos Santos 9 Júnior de Oliveira Santana 10 José Carlos da Costa Filho 11 Núria Mariana Campos 12 Abstract A field survey was conducted in the agricultural year 2015 in five different areas to analyze the productivity index of the Santa Helena SHS 5050 hybrid corn in relation to factors that may contribute to its development, such as soil type, average Rainfall precipitation during the harvest, weed control method and yield index per hectare. Key-words: Productivity. SHS 5050 Hybrid Corn. Taxpayer Factors. Crop antoniorabelo2@hotmail.com. Lattes: gracielers1619@gmail.com 9 jocykelly @hotmail.com 10 junior_prf@live.com. Lattes: jotacarlossergipe@gmail.com 12 nuicampos@hotmail.com. Lattes: 31

3 Revista Saberes UniAGES, Paripiranga, Bahia, Brasil, v. 1, n. 5, p , jan./abr ISSN: (versão online) Introdução Atualmente o milho (Zea mays) é uma das culturas mais produzidas e consumidas dentro e fora do Brasil. O cereal é um dos principais ingredientes utilizados na fabricação de biscoitos, pães, geleias, cerveja e vários outros. É muito utilizado também na alimentação dos animais ruminantes como fonte proteica (em grãos) ou como alimento volumoso (silagem de milho). Segundo Cruz (2014) a escolha de cada cultivar deve atender às necessidades específicas da região, pois não existe uma cultivar superior que consiga atender a todas as situações regionais. Pensando nisso, é interessante a utilização de um conjunto de cultivares com capacidade agronômica produtiva desejada para a região, de forma a maximizar a possibilidade de sucesso na produção em larga escala da cultura. Muitos agricultores utilizam variedades de sementes híbridas que lhe fornece características compatíveis com os índices de chuva, fertilidade do solo, resistência a doenças, veranicos e adaptabilidade à localização da área a se produzir. Nessa pesquisa foi utilizado como critério de análise, o milho hibrido da empresa Santa Helena (SHS 5050) que segundo Carvalho, et al, (2009), os híbridos, apresentam em média, melhor adaptação às condições edafoclimáticas da região agreste do nordeste brasileiro que as próprias variedades. Destacando-se a semente de milho híbrido SHS 5050, excelente alternativa de cultivo na região. Essa pesquisa teve como principal objetivo analisar a produtividade do milho híbrido SHS 5050 em cinco localidades diferentes, em relação aos fatores contribuintes para seu desenvolvimento. Materiais e métodos Foram entrevistados cinco produtores em cinco áreas diferentes que utilizavam o cultivo convencional do milho híbrido SHS Para a realização do trabalho foram coletadas informações disponibilizadas pelos produtores e índice de precipitação disponível no portal clima tempo. As áreas estudadas estavam localizadas na cidade do Sitio do Quinto-Ba, Itabaianinha SE e três em Paripiranga-Ba. A primeira era situada na região do Sitio do Quinto-Ba onde apresentava uma área de 8,65 hectares em um solo com a textura franco-argiloso, a segunda área, situa-se na região de Itabaianinha no estado de Sergipe onde apresentava uma área de 5,00 hectares em um solo argiloso, a área três medindo 121,21 hectares com textura argilosa onde se localiza na região de Paripiranga-Ba com latitude (S): S 10 39, longitude (W): W com elevação de 365 metros (m), além dessas áreas produtivas, a área quatro se encontrava situada no povoado chamado Mulungu de Paripiranga-Ba, medindo 4,50 hectares onde também tem como característica solo argiloso, a última área também se localizava em um povoado de Paripiranga intitulado em Travessão do Saco onde apresentava um solo argiloso. Resultados e discussão Na primeira área, localizada em um povoado do Sitio do Quinto-Ba, em solo franco-argiloso segundo análise de solo realizada pelo produtor e proprietário da área de 8,65 hectares, foi cultivado a semente SHS 5050, contendo 60 mil sementes. Foi semeado em um espaçamento entre linhas de 70 cm e entre plantas de 20 cm. O agricultor adotou o método convencional que é muito utilizado na região com a utilização de arados de três discos e grade niveladora. Foi observado que a média de precipitação nesta localidade durante a safra foi de 82 mm. A adubação química utilizada pelo produtor foi à formulação 10-30, sendo utilizados dois sacos por hectare. Nesta área continha a presença de poucas plantas daninhas como o carrapicho e juá que eram controlados com doses indicadas do Atrazina Nortox logo no estágio inicial das plantas daninhas no momento pós-plantio. Foi observada uma produtividade de kg por hectare, onde o produtor considerou ser uma boa safra de inverno. 32

4 Produtividade do milho híbrido SHS 5050 em diferentes localidades Na área dois, situada no município de Itabaianinha Se, em um solo argiloso, foi cultivado o milho hibrido da Santa Helena SHS 5050, em um espaçamento entre plantas de 20 cm e entre linhas de 60 cm. A adubação realizada pelo produtor foi a química com a utilização de dois sacos e meio por hectare do Para o combate as plantas daninhas foram utilizadas o Atrazina Nortox nas dosagens recomendadas na bula. Na colheita o agricultor considerou uma boa produção, colhendo kg por hectare, porém, relatou que poderia ter sido um pouco melhor. Na área três, em uma propriedade situada no povoado lagoa da vaca município de Paripiranga-BA, contendo 121, 21 Hectares, através de análise de solo classificado com solo Argiloso, no ano agrícola de 2015 safra de inverno cultivou-se a semente milho hibrido da Empresa Santa Helena SHS 5050, contendo 60 mil sementes por hectare e espaçamento entre linhas de plantio 70 cm e entre plantas cm, o preparo de solo foi pelo método convencional com uma gradagem pesada e outras duas gradagem leves para quebra dos torrões e nivelamento do solo. O índice pluviométrico de chuvas na região durante todo o ciclo de desenvolvimento do cultivar foi de 500 mm em média, com o uso de adubação química, recomendada em análise de solo, a formulação do adubo 10-30, uma saca de 50 kg por tarefa, somando 165 kg de adubação química por hectare. Para o controle das plantas daninhas, foi realizado através de controle químico, com o agroquímico de nome comercial Atrazina Nortox. O agricultor obteve bons resultados com o hibrido, onde desempenhou todo o seu potencial produtivo nessas condições descritas, alcançando uma produtividade de 130 sacas por hectare. Na área quatro, localizada no interior de Paripiranga-Ba, chamada Pau-Preto, continha 4,50 hectares e o solo apresentava uma textura argilosa, onde foi cultivado o milho híbrido da santa Helena SHS O espaçamento utilizado entre linhas foi de 70 cm e entre as plantas 20 cm, o agricultor também optou pelo método convencional que é o mais utilizado na região. Foi observado que a precipitação durante a safra foi de 135 mm, onde favoreceu para um ótimo desenvolvimento da planta, desde a germinação até a fase reprodutiva. Foi utilizada como adubação química o map 1152 e a ureia. Em relação ao controle de ervas daninhas foi ministrado Atrazina Nortox 500 SC onde foi utilizado 2,5 doses por hectare. Foi colhido kg considerado pelo produtor uma ótima safra. Na área cinco, em uma propriedade localizada no povoado de Paripiranga-Ba, com de 21 hectares e solo de textura franco-argiloso, foi cultivado a semente da Santan Helena SHS Sua semeadura foi realizada em um espaçamento de 50 cm entre linhas e 20 cm entre plantas. O agricultor adotou o método convencional, com a utilização de arado de 4 discos e grade niveladora. A média de precipitação nesta localidade foi de 132 mm no período da safra. Para a adubação foi adotado o método químico utilizando três sacos por hectare do Nesta área continha a presença de ervas daninhas como carrapicho e matapasto que eram controlados com doses recomendadas do Atrazina Nortox. Foi observado uma produtividade de kg por hectare. Foi observado que a precipitação pluviométrica, as condições de solo, clima, topografia, manejo agrícola e dentre outras, influenciam diretamente no desenvolvimento das plantas de milho (Zea. mays) e na produtividade do grão, desde o período de emergência até a colheita. O método de controle das plantas daninhas utilizado foi o controle químico, devido às áreas de produção agrícola ser relativamente de média a grande, utilizando-se de pulverizadores mecanizados com tratores. Segundo Oliveira Jr (2011) o controle químico das ervas daninhas através de herbicidas se torna mais eficiente no início do ciclo de desenvolvimento da plântula, período em que se têm maiores perdas por disputas, relata também que além disto, o uso de herbicidas proporciona um controle mais efetivo nas linhas de plantio, onde muitas vezes outros métodos de controle não têm a mesma eficiência. A flexibilidade quanto à época de aplicação, principalmente em áreas de grande extensão, também é um fator importante, pois o controle das plantas daninhas pode ser feito em etapas, adequando a demanda de trabalho ao maquinário, implementos e mão-de-obra disponíveis (OLIVEIRA JR. CANSTANTIN. INOUE, 2011, p. 127). A textura do solo é outro fator importante em relação ao armazenamento de água, onde se observa 33

5 Revista Saberes UniAGES, Paripiranga, Bahia, Brasil, v. 1, n. 5, p , jan./abr ISSN: (versão online) que solos argilosos têm maior capacidade de campo comparado a solos arenosos. De acordo com Landau; Sans e Santana (2009): Solos de textura média, com teores de argila em torno de 30-35% ou mesmo argilosos com boa estrutura, como os latossolos, que possibilitam drenagem adequada, apresentam boa capacidade de retenção de água e de nutrientes disponíveis para as plantas, são os mais recomendados para a cultura do milho. Somando-se a isto percebe-se que o milho é uma planta que demanda muita água para o seu desenvolvimento, entretanto é muito eficiente no uso da água por se tratar de uma planta com metabolismo C4. CONCLUSÃO Através dessa pesquisa de campo, foi possível demonstrar o índice de produtividade do milho hibrido da Santa Helena SHS 5050 na região do Sitio do Quinto-Ba, Paripiranga-Ba e Itabaianinha Se, onde a área que mostrou uma grande produtividade por hectare estava localizada em Paripiranga-Ba, onde apresentou uma média de precipitação durante a safra de 135 mm referente aos meses de abril a julho e uma produtividade de kg/há. Tabela. 1: Valores obtidos em campo. Áreas Hibrido Textura do Solo Área 1 SHS 5050 Franco- Argiloso Média de precipitação durante a safra Área do Terreno Método de controle das plantas daninhas. Produtividade por Hectare 82 mm 8,65 ha Método Químico kg Área 2 SHS 5050 Argiloso 118 mm 5,00 ha Método Químico kg Área 3 SHS 5050 Argiloso 125 mm 121,21 ha Método Químico kg Área 4 SHS 5050 Argiloso 135 mm 4,50 ha Método Químico kg Área 5 SHS 5050 Franco- Argiloso 132 mm 21,00 ha Método Químico kg 34

6 Produtividade do milho híbrido SHS 5050 em diferentes localidades Referências CRUZ, José Carlos. PEREIRA FILHO, Israel Alexandre. QUEIROZ. Luciano Rodrigues. Quatrocentas e sessenta e sete cultivares de milho estão disponíveis no mercado de sementes do Brasil para a safra 2013/14. EMBRAPA Milho e Sorgo: Sete Lagoas-MG, Disponível em: Acessado em: 10 de abril CARVALHO, Hélio Wilson Lemos de. Et al. Desempenho de cultivares de milho na região agreste do Nordeste brasileiro: Safra de Embrapa, Comunicado técnico, Aracaju-SE, vol. N. Página 1-12, jan LANDAU, Elena Charlotte. SANS, Luiz Marcelo Aguiar. SANTANA, Derli Prudente. Cultivo do milho: Clima e solo. [on line]. Disponível na internet via Arquivo capturado em 22 de abril de OLIVEIRA JR, Rubem Silverio de. CONSTANTIN, Jamil. INOUE, Miriam Hiroko. Biologia e manejo de plantas daninhas. 22º ed. Curitiba, PR: Omnipax,