FUNDAÇÃO ARMANDO ALVARES PENTEADO FACULDADE DE ECONOMIA ROOSEVELT, VARGAS E BALANGANDÃS BEATRIZ GERALDI LACAZ

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1 FUNDAÇÃO ARMANDO ALVARES PENTEADO FACULDADE DE ECONOMIA ROOSEVELT, VARGAS E BALANGANDÃS BEATRIZ GERALDI LACAZ Monografia de Conclusão de Curso apresentada à Faculdade de Economia para a obtenção do título de graduação em Relações Internacionais, sob a orientação da Prof. Crislaine Valéria de Toledo-Plaça. São Paulo 2010

2 LACAZ, Beatriz Geraldi. ROOSEVELT, VARGAS E BALANGANDÃS. São Paulo: FAAP, 2010, 85 p. (Monografia apresentada ao Curso de Graduação em Relações Internacionais da Faculdade de Economia da Fundação Armando Álvares Penteado) Palavras-Chave: Carmen Miranda - Franklin Roosevelt - Getúlio Vargas soft power Segunda Guerra Mundial. ii

3 iii Sempre fui muito mais desejada do que desejei. Carmen Miranda

4 iv AGRADECIMENTOS Agradeço à Professora Crislaine que me ajudou, me tranquilizou e me apoiou em todos os momentos. Obrigada por ter me orientado. Agradeço à minha mãe, meu pai e meu irmão: constantemente me ajudando, me dando apoio, força e incentivos. Sempre com novos livros, fotos, palpites e companhia. Sem vocês eu não teria conseguido. Vocês me inspiram todos os dias! Às minha amigas, por todo o carinho, preocupação, figurinhas trocadas, conversas, lamentações e apoio vocês me ajudaram muito. Ao Mario Cafiero pela inspiração e pela maravilhosa ilustração inicial. Ao Guto, tio e artista, pela ajuda na iconografia. À Kitty, que não fez nada, mas é uma companhia legal.

5 v SUMÁRIO Lista de Figuras Resumo INTRODUÇÃO A ECLOSÃO DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL Antecedentes A Eclosão da Guerra A Entrada dos Estados Unidos no Conflito O Papel Desempenhado pelo Brasil e pelos Países Latino-Americanos durante a Segunda Guerra Mundial A POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA NO PERÍODO Os Antecedentes Políticos na Década de A Era Getúlio Vargas, a Consolidação do Estado Novo e as Políticas Adotadas A PEQUENA NOTÁVEL E AS RELAÇÕES ENTRE BRASIL- ESTADOS UNIDOS Vida e Obra de Carmen Miranda Soft power: o estilo e a Influência de Carmen Miranda na Cultura e no Comportamento Norte-Americano A Política da Boa Vizinhança e sua Embaixatriz: o Papel Desempenhado por Carmen nas Relações entre os Países 68 CONCLUSÃO 77 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 79

6 vi LISTA DE FIGURAS Figura 1 Maria do Carmo Miranda da Cunha. 35 Figura 2 O adeus a Carmen Miranda: a mobilização e o reconhecimento nacional em torno da morte da cantora do it verde e amarelo. 38 Figura 3 A baiana de Carmen Miranda sua interpretação colorida, exuberante e alegre do Brasil. 40 Figura 4 A baiana ganha destaque na imprensa Capa da revista Click, Estados Unidos, Figura 5 As diferentes interpretações de Carmen Miranda para seu turbante a reinvenção do turbante. 42 Figura 6 Carmen Miranda empresta sua imagem ao Marketing: o poder da Pequena Notável em terras estrangeiras (Propaganda da cerveja Rheingold década de 1940). 46 Figura 7 Plataformas, balangandãs, turbantes: o it da Pequena Notável. 47 Figura 8 Carmen e a representação cultural brasileira através de diferentes signos. 52 Figura 9 Carmen e Aurora Miranda: Cantoras do Rádio (1936). 58 Figura 10 A Política da Boa Vizinhança: Heterolateralidade publicada pela revista O Cruzeiro de 1940 As relações entre Brasil e Estados Unidos através de símbolos nacionais: Roosevelt e Vargas. 63 Figura 11 Os frutos da Política de Boa Vizinhança: Roosevelt, Vargas e militares na base americana em Natal,

7 vii Figura 12 Pôster da New York World s Fair a divulgação em escala continental da Política de Boa Vizinhança. 67 Figura 13 The Lady with the Tutti-Futti Hat: Carmen Miranda atuando no filme Entre a Loira e a Morena (1943) O Brasil sempre presente nas apresentações da artista nos Estados Unidos. 71 Figura 14 - Carmen Miranda com Walt Disney e Jorge Guinle no lançamento do Zé Carioca, Figura 15 - Carmen Miranda e seu papel central nas relações entre Brasil e Estados Unidos durante a Política de Boa Vizinhança. 75

8 viii RESUMO O presente trabalho procura apresentar o papel relevante que Carmen Miranda desempenhou nas relações diplomáticas entre Brasil e Estado Unidos no período da Segunda Guerra Mundial. Por mais de dez anos a artista ganhou notoriedade como a Embaixatriz da Política de Boa Vizinhança, influenciando a cultura norte-americana com seus filmes, canções, atitudes e balangandãs. A atuação da Pequena Notável no período foi relevante para a adoção de políticas mais brandas de relacionamento entre os Estados (soft power) estabelecida entre Roosevelt e Vargas. Para contextualizar essa tese mostro os acontecimentos marcantes para a eclosão da Segunda Guerra Mundial, bem como seu desenrolar, dando papel de destaque ao posicionamento norte-americano e de países latino-americanos no conflito. Em seguida apresento uma breve síntese sobre a Era Vargas, enfatizando a diplomacia ambígua que acabou levando a aproximação brasileira aos Estados Unidos. Complementando, abordo fatos e curiosidades sobre a vida artística e pessoal de Carmen Miranda, além de mostrar sua influência na moda e cultura daquele país.

9 ix ABSTRACT This paper seeks to explain the role that Carmen Miranda played in diplomatic relations between Brazil and the United States during the Second World War. For over ten years the artist has gained notoriety as the Ambassador of Good Neighbor Policy, influencing American culture with his movies, songs, attitudes and trinkets. The performance of the Brazilian Bombshell in the period was relevant to the adoption of more lenient relationship between states (soft power) is established between Roosevelt and Vargas. To contextualize this thesis show significant events for the outbreak of World War II and its development, giving special prominence to the role of American and Latin American countries in conflict. Then I present a brief summary of the Vargas era, emphasizing the ambiguous diplomacy that won the Brazilian approach to the United States. Addition, I discuss facts and trivia about the personal and artistic life of Carmen Miranda, and to demonstrate its influence on fashion and culture of that country.

10 10 INTRODUÇÃO O tema da monografia de conclusão de curso procura estabelecer relações entre moda, cultura, soft power e relações internacionais, mostrando a influência de Carmen Miranda no cenário internacional, durante o período da Segunda Guerra Mundial. A importância deste projeto pode ser percebida pelo fato de que a Carmen foi a precursora da propagação cultural brasileira no cenário internacional; tendo como consequência direta o aumento da relevância do país na moda, na cultura, na política e economia; permitindo o desenvolvimento das relações brasileiras com grandes centros mundiais, no período compreendido entre 1939 e Para que esta discussão pudesse ser realizada, organizo minha monografia de forma que todos os conceitos e conhecimentos necessários à discussão fossem abordados previamente ao último capítulo. Para fundamentar esse trabalho utilizei como metodologia a pesquisa em livros acadêmicos, bibliografias sobre a vida de Carmen Miranda, filmes e sites da internet. Deste modo, no primeiro capítulo desenvolvo um panorama geral sobre a Segunda Guerra Mundial, mostrando os antecedentes do conflito; seu desenrolar; a atuação norte-americana durante a guerra, principalmente com o abandono da posição isolacionista e; por fim, a participação de países latino-americanos, mas principalmente a brasileira ao lado da Grande Aliança no conflito. O capítulo seguinte tem como objetivo apresentar uma breve síntese da situação interna do Brasil, tendo como base a Era Vargas e políticas adotadas. Foi por meio do abandono das decisões tomadas até então, a adoção de um posicionamento ambíguo e, posteriormente a aliança com os Estados Unidos, que a implementação da Política de Boa Vizinhança foi possível. O terceiro e último capítulo tem por finalidade unir todos os conceitos trabalhados, sendo então, possível a discussão da tese central da monografia. Primeiramente farei uma breve síntese da vida de Carmen Miranda, apontando os eventos mais marcantes e decisivos de sua trajetória. Em seguida mostrarei sua influência na cultura e na moda discutindo, inclusive, importantes premissas destes conceitos retratando de que forma a influência exercida pela Pequena Notável pode ser considerada como uma atitude de soft power.

11 11 Carmen Miranda conheceu a fama não apenas no Brasil, mas principalmente nos Estados Unidos, onde conseguiu atingir grande notoriedade, especialmente no que tange aos aspectos culturais. Assim, é possível afirmar que o aumento da importância do Brasil nas relações internacionais a partir da década de 40, teve uma participação significativa da atuação da Pequena Notável.

12 12 1. A ECLOSÃO DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL Neste capítulo procuro apresentar um panorama sucinto da Segunda Guerra Mundial, relembrando alguns dos eventos que levaram a sua deflagração; passando por seu término; mostrando, principalmente a atuação do Brasil e de países latinoamericanos; bem como o posicionamento dos Estados Unidos no conflito. 1.1 Antecedentes Com o fim da Primeira Guerra Mundial em 1918, ficou evidente a necessidade da reorganização do mapa europeu, uma vez que o conflito não havia resolvido todas as questões que havia gerado (TOTA, 2009b, p. 358). Dito de outra forma, a Primeira Grande Guerra explica a Segunda e, na verdade, foi sua causa, na medida em que um evento causa outro (HENIG, 1991, p. 15). A Conferência de Paz de Paris tinha como objetivo a criação de uma nova ordem internacional que tornasse inviável outra grande guerra (MACMILLAN, 2004, p. 6). Os acordos firmados em Paris culminaram no Tratado de Versalhes, ratificado em 1919, que estabeleceu como meta a garantia de paz entre as nações vitoriosas e aquelas derrotadas. Às nações perdedoras ficou determinada a imediata desmilitarização de suas tropas e a redução do contingente militar. Apesar de todos os esforços e negociações durante a Conferência, não foi possível satisfazer a Alemanha que foi considerada pelas demais nações como a grande responsável pelo conflito. Durante as negociações, os peacemakers 1 reuniram-se incansavelmente, dia após dia, argumentando, brigando e finalmente, refizeram o mundo (Idem, ibidem, p. 1). Assim, a Conferência de Paris produziu uma aparente reorganização do cenário geopolítico externo, dando uma superficial estabilidade ao cenário mundial; uma vez que muitos eram os países que estavam insatisfeitos com a nova situação internacional. O final da Primeira Guerra Mundial evidenciou de forma bastante clara a instabilidade do Sistema Internacional. A Alemanha, com sua rendição incondicional às tropas Aliadas, estava arruinada econômica, social e politicamente; na Rússia iniciavase um governo de caráter comunista; na Itália havia a ascensão do nacionalismo sob 1 Peacemakers: estadistas incumbidos da missão de paz durante as negociações da Conferência de Paz de Paris

13 13 comando de Mussolini; por toda a Europa o desenho geográfico havia passado por mudanças consideráveis que não podiam ser ignoradas (TOTA, 2009b, p. 358). A política do apaziguamento, adotada por muitos países no período entre as grandes guerras, principalmente decorrente do Tratado de Versalhes, visava negociações e acordos capazes de evitar novos conflitos. Esta estratégia, entretanto, não assegurou de forma permanente a paz mundial. Não tardou até que regimes e líderes autoritários se consolidassem na Europa, principalmente na Alemanha e Itália, com o objetivo de realizar conquistas territoriais sob Estados mais fracos, ignorando sua soberania e seus direitos. Eric Hobsbawm (1996, p.44) afirma que, independente da instabilidade da paz no período do pós-1918 e da probabilidade do colapso deste arranjo, é inegável que o que provocou a Segunda Guerra Mundial foi a agressão proferida à Polônia pela Alemanha e apoiada por Itália e Japão, ligadas por múltiplos tratados vigentes desde A guerra iniciada em setembro de 1939 pode ser (...) explicada (...) no contexto da deteriorização da ordem europeia durante a década de 1930, quando a crise econômica, a ascensão de ditaduras autoritárias, as profundas divisões ideológicas, as rivalidades nacionalistas e o colapso dos esforços da Liga das Nações para preservar a paz se combinaram para tornar provável um grande conflito (OVERY, 2009, p. 13). Desta maneira, durante o período que antecedeu a Segunda Grande Guerra, diversos foram os acontecimentos que alteraram o Sistema Internacional; em comum, todos eles evidenciavam que havia em curso uma onda expansionista de Estados autoritários e declínio da Liga das Nações, organização que deveria prover e assegurar a paz. Ainda segundo Hobsbawm (1996, p.31-32), a Segunda Guerra Mundial assumiu um caráter global: de forma geral todos os Estados independentes se envolveram, seja por vontade própria ou não. Deste modo, as colônias das potências imperiais não tiveram escolha; quase todo o globo foi beligerante ou ocupado, ou as duas coisas juntas:

14 14 A guerra, portanto começou em 1939 como um conflito puramente europeu e, de fato, depois que a Alemanha entrou na Polônia, que foi derrotada e dividida em três semanas com a agora neutra URSS, como uma guerra puramente europeia ocidental de Alemanha contra Grã- Bretanha e França. Na primavera de 1940, a Alemanha levou de roldão a Noruega, Dinamarca, Países Baixos, Bélgica e França com ridícula facilidade, ocupando os quatro primeiros países e dividindo a França, numa zona diretamente ocupada e administrada pelos alemães vitoriosos e num Estado satélite francês (...), com capital num balneário provinciano, Vichy. Só restou em guerra com a Alemanha a Grã-Bretanha, sob uma coalizão de todas as forças nacionais, chefiadas por Winston Churchill e baseada na total recusa a qualquer tipo de acordo com Hitler (Idem, ibidem, p. 46). Durante este período, o mundo assistiu a um crescimento sem precedentes dos Estados Unidos e a adoção de medidas isolacionistas na política externa daquele país. Em 1933, quando da posse de Franklin Delano Roosevelt, a política externa norteamericana baseava-se no princípio da não intervenção em conflitos europeus, princípio encontrado na Lei de Neutralidade promulgada entre 1935 e 1937 pelo Congresso americano (TOTA, 2009, p. 359). Em outras palavras: os Estados Unidos haviam repudiado o acordo de Versalhes já em novembro de 1919 e não queriam qualquer envolvimento político nas lutas entre potências europeias (HENIG, 1991, p. 19). Enquanto isso, no mesmo ano, na Alemanha ocorria a posse de Adolf Hitler e do Partido Nazista. Seu principal objetivo era transformar o país em uma potência militar, restaurando os tempos em que o império ditava as regras da política europeia, Deutschland Erwash, ou Alemanha Desperta!. Assim, os nazistas começaram a reconstruir a Alemanha (TOTA, 2009, p. 360). Com estes ideais, o Führer instaurou seu Gleichschautung 2, momento em que adotou a coordenação de um Estado sob autoridade total de um só líder, visando a imposição da ditadura e a reconstrução do país. Além do desenvolvimento das indústrias pesadas, melhorias das forças aéreas e demais indícios de que os governos totalitários preparavam-se para a guerra, Hitler buscava também a conquista de seu Lebensraum 3, destinado à acomodação do povo germânico (Idem, ibidem, p ). 2 Termo utilizado pelo Partido Nazista para instaurar um sistema totalitário, disseminando uma forma de pensamento e doutrina para todos os alemães. 3 Para a ideologia nazista, os alemães, sendo a raça superior, tinham o direito ao espaço vital.

15 15 Somado ao rearmamento alemão, outro projeto de grande importância para o país consistia na anexação da Áustria, sob o pretexto de Anschluss 4, garantindo a anexação natural de um país que passaria a fazer parte da Grande Alemanha. 1.2 A Eclosão da Guerra Não tardou até que os ataques à Polônia fossem iniciados. Nas palavras de Richard Overy (2009, p. 85): às 4h45 da madrugada [de 1º de setembro de 1939], o navio-escola alemão Schleswig Holstein, ancorado em frente ao porto de Danzing, abriu fogo contra o forte polonês (...), iniciando a Segunda Guerra Mundial (TOTA, 2009b, p. 364). Coube aos países aliados à Polônia, França e Grã-Bretanha, o envio de um ultimato à Alemanha decretando o término dos ataques; no entanto Hitler pouco se preocupou com a mobilização e deu continuidade à sua ofensiva; atitude que provocou em 3 de setembro, a declaração de guerra da aliança à Alemanha (Idem, ibidem). Tão logo ocorreu a conquista da Polônia, Hitler voltou seus objetivos para a Europa Ocidental, mais precisamente para a Dinamarca e Noruega que em 9 de abril de 1940 foram atacadas. Ao mesmo tempo, Stálin, na Rússia, planejou e invadiu a Finlândia, entre novembro de 1939 e março de Do outro lado do mundo, no Oriente, ainda em 1939, o Japão começou um movimento de expansão em busca de matérias-primas necessárias para suprir sua industrialização e seus avanços econômicos. Em 1940 o conflito se acirrou: a Holanda foi tomada entre os dias 10 e 14 de maio e posteriormente a França seria atacada em 4 de junho, quando (...) as tropas nazistas marcharam pelos bulevares parisienses e a bandeira alemã com a cruz suástica foi fixada na Torre Eiffel (Idem, ibidem, p. 367). Em 25 de junho, mesmo mês em que ocorreu a entrada italiana na guerra (ao lado do Eixo), os conflitos na capital francesa terminaram com a assinatura do armistício entre França e Alemanha. Com a queda francesa os olhares de Hitler se voltaram para os territórios britânicos. Churchill, agora primeiro-ministro britânico, 4 Hitler acreditava que todos os alemães deveriam concentrar-se dentro de um mesmo território, assim, Anschluss seria a proposta do líder para a constituição de uma pátria alemã que pudesse abrigar todos os alemães.

16 16 tinha consciência de que o objetivo da máquina de guerra nazista era dominar a Grã- Bretanha (Idem, ibidem). Logo em setembro de 1940, foram iniciados os ataques aéreos contra o sul da Grã-Bretanha, (...) despejando toneladas de bombas em instalações portuárias e aeródromos. Depois povoados e, em seguida, cidades. Londres foi atingida. No entanto, os aviões alemães encontraram tenaz resistência por parte da RAF (TOTA, 2009b, p. 367). Dentro deste contexto, Norman Davies (2009, p.107) ressalta que: O fator chave aqui foram os EUA. O presidente Roosevelt mostrou-se solidário ao sofrimento da Grã-Bretanha e ficou determinado a dar toda a ajuda possível, exceto uma declaração de guerra. Não servia aos interesses de longo prazo da América que a Grã-Bretanha caísse. Mas o auxílio tinha que ser sub-reptício. Os EUA não tinham um exército significativo. E o congresso ainda estava dominado pelo isolacionismo. (...) a Marinha dos EUA começou a fornecer cobertura parcial aos comboios do Atlântico. E, em março de 1941, o presidente formalizou o Esquema de Empréstimo e Arrendamento. A Grã- Bretanha foi salva da insolvência financeira pelos EUA e, desse modo, deixou de ser uma grande potência independente. Churchill foi incumbido, então, de trazer os Estados Unidos para a guerra. Enquanto Roosevelt estava inclinado à aproximar-se e dar apoio a Grã-Bretanha, contando com o aval da população, que havia se solidarizado àquele país, graças à cobertura jornalística empenhada no ocorrido; o Congresso americano, por outro lado, se manteve firme na decisão de não intervir militarmente, pelo menos não antes de Essa configuração seria alterada já no ano seguinte (Idem, ibidem, p. 179). 1.3 A Entrada dos Estados Unidos no Conflito No início de dezembro de 1941, Washington decifrou mensagens codificadas japonesas que indicavam que as tropas daquele país atacariam Pearl Harbor. Franklin D. Roosevelt leu o papel e passou-o a Harry L. Hopkins com as palavras: This means War é a guerra (DAHMS, 1968, p. 360). Em paralelo às disputas na Europa, em 7 de dezembro daquele ano, as tropas americanas em Pearl Harbor foram atacadas pelo Exército japonês, ascendendo um

17 17 pavio perigoso e tornando a guerra, a partir de então, em um conflito verdadeiramente de caráter mundial. Em outras palavras, segundo Sean Prudy (2010, p. 218): A invasão italiana da Etiópia (em 1935), a Guerra Civil Espanhola (de 1936 a 1939) (...) a tomada da Áustria (em 1938) e as invasões da Polônia e da Tchecoslováquia por Hitler (em 1938) nenhum desses eventos provocou a entrada dos Estados Unidos na guerra. Foi a briga entre os impérios do Pacífico que garantiu a participação dos Estados Unidos no conflito mundial (...). no dia 7 de dezembro de 1941, a força aérea japonesa fez um ataque surpresa a (...) Pearl Harbor (...). No dia seguinte, o Congresso Americano declarou guerra contra o Japão. Hellmuth Dahms (1968, p. 360), bem como Jean Monestier (2010, p ), afirmam que Roosevelt tinha conhecimento de que a Constituição norte-americana impunha restrições com relação ao direito de declarar guerra, por isso, o presidente não o fez antes dos ataques. Roosevelt esperou que o Japão bombardeasse Pearl Harbor para que a decisão de declarar guerra ao país fosse tomada em conjunto, ou seja, o presidente norte-americano desejava que o ataque japonês provocasse no congresso e na população um movimento favorável à guerra. Assim, o ataque à base norte-americana no Havaí possibilitou ao presidente Roosevelt o abandono da posição isolacionista: Os Estados Unidos abandonavam sua política de isolacionismo. Poucos dias depois, a Itália e a Alemanha declaravam guerra aos Estados Unidos, num ato de solidariedade ao Japão, integrante do Eixo, como ficou conhecida a aliança entre os países nazi-fascistas (Itália e Alemanha) e o Japão (TOTA, 2009b, p. 372). O Japão, ao atacar os Estados Unidos, buscava não apenas aumentar sua influência nas regiões próximas ao país, caso das Filipinas; como também esperava obter fontes de matérias-primas para suas indústrias, uma vez que os Estados Unidos estavam impondo pesadas sanções financeiras aos combustíveis e materiais estratégicos necessários ao desenvolvimento japonês (Idem, ibidem). A partir de então, com a presença norte-americana na guerra, tornou-se possível a consolidação pela Grande Aliança (também conhecida como os Três Grandes ) (DAVIES, 2009, p. 72), integrada por Grã-Bretanha, Estados Unidos e União Soviética; que se opunham mutuamente ao Eixo (TOTA, 2009b, p, 372). Assim, fazendo uso das

18 18 palavras de Davies (Ibidem, p. 72), os Três Grandes (...) consistiam no principal capitalista do mundo, no imperialista-democrata mais eloqüente do mundo e no líder comunista mundial. A entrada dos Estados Unidos no conflito possibilitou que estratégias como o Empréstimo-Arrendamento 5 e também a rendição incondicional (Idem, ibidem, p. 77) fossem utilizados. A Alemanha, como integrante do Eixo, declarou guerra aos Estados Unidos, dando assim ao governo Roosevelt a oportunidade de entrar no conflito europeu ao lado da Grã-Bretanha (...) (HOBSBAWM, 1996, p. 48). Essa situação foi muito favorável ao governo norte americano que já possuía convicção de que a Alemanha nazista representava uma ameaça à posição de supremacia do país; desta forma, os americanos concentraram-se em ganhar, primeiramente, a guerra contra a Alemanha, e só depois contra o Japão (Idem, ibidem). No ano seguinte, em 1942, Hitler voltou sua atenção à conquista de Stalingrado, representando não somente interesses estratégicos, mas também buscando uma vitória que possuísse um profundo significado simbólico, uma vez que esta era a cidade que possuía Stálin no nome. Com a invasão de Stalingrado e a tomada de seu governo viria a imediata percepção de que o regime soviético não mais existiria, ocorrendo uma imediata subordinação russa e eslava aos alemães (TOTA, 2009b, p. 374). Apesar de todo o entusiasmo que envolvia esta batalha, os planos do Führer não saíram conforme o planejado. Para Hobsbawm, a partir do final de 1942 ninguém duvidou que a Grande Aliança contra o Eixo seria vitoriosa: os aliados começaram a concentrar-se no que fazer com sua previsível vitória (1996, p. 49). Enquanto a batalha no Cáucaso se desenrolava, as forças nazi-fascistas percorriam a África em busca de novas conquistas. Em 1942, contando com o apoio bélico norte-americano, os britânicos, durante a batalha de El Alamein, conseguiram provocar a derrota nazi-fascista. Em novembro seguinte, deflagrou-se a Operação Tocha, momento em que uma força naval anglo-americana desembarcou no Marrocos e na Argélia, dominando tropas francesas (TOTA, ibidem, p. 376). O fortalecimento das relações entre Estados Unidos e Grã-Bretanha possibilitou mais um lance no tabuleiro da guerra: a invasão da Sicília em julho de A lei de Empréstimo e Arrendamento possibilitou aos Estados Unidos efetuar a venda, transferência, troca, arrendamento e também o empréstimo de materiais bélicos a qualquer país sempre que interessasse na defesa do país.

19 19 Antonio Tota afirma que enquanto as tropas aliadas marchavam em direção ao norte da Itália, o general Dwight Eisenhower 6 preparava o desembarque nas praias francesas. Deste modo, na madrugada de 6 de junho de 1944, o Dia D, (...) uma poderosa força de mais de 6 mil navios, 5 mil aviões e 36 divisões de infantaria, sem contar com para-quedistas, iniciou os desembarques nas praias da Normandia (2009b, p ). Com as praias invadidas, as tropas aliadas conseguiram chegar a Paris em 26 de agosto, retomando a capital francesa das mãos nazistas. Entre agosto e outubro daquele ano, ocorreu o levante da Varsóvia, considerado a maior ação militar realizada pelos movimentos de resistência durante a Segunda Guerra Mundial. No final de 1944 e início de 1945, as tropas Aliadas se aproximavam das margens do rio Reno. Com a ocupação de Dresden, em fevereiro de 1945, o fim da guerra começou a ser desenhado. Sob esta conjuntura os Aliados mais uma vez reuniram-se: (...) para decidir o destino da Europa e do mundo do pós-guerra, iniciava-se a Conferência de Yalta. (...) Em fevereiro de 1945, reuniram-se Churchill, Stálin e Franklin Delano Roosevelt (...). Na pauta da reunião havia quatro principais pontos de discussão: a formação das Nações Unidas, a questão da Alemanha, o Leste Europeu e o Extremo Oriente (TOTA, 2009b, p. 382). Na primavera de 1945, Hitler retirou-se ao seu bunker 7, de onde não mais sairia com vida, esperando o resultado da guerra. O Exército Vermelho marchava ferozmente em direção a Berlim. O ataque ocorreu em 16 de abril de 1945, dando praticamente nenhuma chance de defesa ao Exército alemão. Não restava muito a se fazer pela Alemanha, a não ser a rendição incondicional. Com o cessar fogo alemão, em maio daquele ano, terminava a guerra na Europa. 6 Dwight Eisenhower ( ): comandante supremo das forças anglo-americanas durante a Segunda Guerra Mundial. Responsável pelos desembarques na Sicília pelos Aliados e na Normandia no Dia D. 7 Bunkers, também conhecidos como Casamatas, são unidades de defesa utilizadas, principalmente, durante as guerras; fabricadas de concreto e com aberturas que viabilizam um contra-ataque.

20 20 Apesar do final da guerra no continente europeu, os conflitos permaneceram no Oriente, principalmente entre tropas norte-americanas e japonesas, que acabaram por culminar no uso da bomba atômica. O Exército norte-americano avançava progressivamente, cercando o Japão e tomando o controle das ilhas de Iwojima e Okinawa. Em 6 de agosto de 1945, as tropas dos Estados Unidos lançaram a bomba atômica sobre a cidade de Hiroshima; três dias depois outra foi lançada em Nagasaki. A rendição do Japão ocorreu pouco depois, em 19 de agosto, assim: a vitória em 1945 foi total, a rendição incondicional (HOBSBAWM, 1996, p. 49). Tota (2009b, p. 359) afirma que a hegemonia, até então exercida pela Europa deixava de existir, uma vez que suas principais potências haviam sofrido enormes perdas financeiras e humanas. Nesse contexto se consolidou a ascensão norteamericana, tanto militar, quanto econômica e também tecnológica. O término da Segunda Guerra Mundial os Estados Unidos obtiveram crescimento em diversas dimensões, em outras palavras, os Estados Unidos haviam saído da guerra como país vencedor. Sendo vencedor no campo militar e vencedor no campo econômico, assumindo uma posição de fornecedor de materiais bélicos, alimentos e matérias-primas para seus aliados na Europa. Neste contexto, conforme afirma Purdy (2010, p. 217) é possível perceber que: a guerra pôs fim à Depressão e ao desemprego, dobrando o PIB do país em quatro anos. 1.4 O Papel Desempenhado pelo Brasil e pelos Países Latino- Americanos durante a Segunda Guerra Mundial. Até 1942 a guerra parecia distante dos brasileiros. No entanto, esta percepção foi alterada, quando em 15 de agosto daquele ano, a embarcação brasileira Baependi foi torpedeada por um submarino alemão. Não tardou até que movimentos de mobilização anti-eixo se consolidassem por todo país. Já em 22 de agosto o presidente Getúlio Vargas declarou estado de beligerância contra o Eixo (FERRAZ, 2005, p. 7-8). Francisco Ferraz (Ibidem, p. 9) afirma que a guerra em que o país resolveu aderir já era considerada a maior guerra da história, seja pela amplitude geográfica ou

21 21 pela de recursos bélicos e humanos empregados, assim, é mais correto dizer que não foram os brasileiros que foram à guerra, mas sim a guerra que chegou aos brasileiros. Antes mesmo da entrada do Brasil e demais países estratégicos no conflito, a presença brasileira já era sentida através do fornecimento de produtos de grande importância aos países envolvidos. A guerra entre as potências estava restrita a um bloqueio marítimo britânico contra o fluxo de produtos importados para o esforço bélico do inimigo (Idem, ibidem, p. 11). Deste modo, havia a necessidade de uma corrida a produtos estratégicos de ambos os lados de influência. A aproximação do conflito nas Américas preocupou os Estados Unidos, uma vez que era possível às tropas alemãs, a tomada do litoral Nordeste brasileiro. Esta invasão teria como objetivo a formação de uma base no Canal do Panamá, grande entreposto para a circulação de bens e materiais estratégicos provenientes dos países latinoamericanos, com destino a territórios norte-americanos. Com a entrada dos Estados Unidos na guerra, não apenas houve a consolidação da Grande Aliança, outra consequência imediata foi a crescente influência e preponderância americana sobre os países da América Latina, assim: Em janeiro de 1942, realizou-se no Rio de Janeiro um encontro dos chanceleres americanos. Na ocasião, os Estados Unidos conseguiram que todos os países da América Latina rompessem relações diplomáticas com o Eixo. Duas exceções: a Argentina e o Chile, que só romperiam com o Eixo praticamente no final da guerra (TOTA, 2009b, p. 373). A declaração de guerra norte-americana ao Eixo provocou a adoção de medidas mais enérgicas por parte dos governos latino-americanos. Dentro deste contexto, Ferraz afirma que (...) não era mais possível ostentar neutralidade e, pressionada pelo vizinho mais poderoso, a maioria dos países latino-americanos rompeu relações diplomáticas com a Alemanha, a Itália e o Japão, ainda em janeiro de 1942 (...) (2005, p. 14). O rompimento das relações diplomáticas brasileiras acabou por evidenciar uma situação que já era bastante concreta: Desde o início das hostilidades na Europa, os governos latinoamericanos já eram pressionados por militares e diplomatas dos

22 22 Estados Unidos para autorizar o uso de bases aéreas e navais por suas Forças Armadas e para fornecer com exclusividade para os Aliados matérias-primas estratégicas (Idem, ibidem, p. 15). Aos poucos, a neutralidade que até então o Brasil havia adotado, deu espaço ao apoio declarado aos Estados Unidos. Coube então ao Brasil um papel de importância estratégica crucial àquele país durante a Segunda Guerra Mundial. Neste período, o Brasil permitiu que o país construísse uma base aeronaval no Rio Grande do Norte, mais precisamente em Natal, denominada de Trampolim da Vitória contra a Alemanha. Concomitantemente um contingente de tropas brasileiras foram enviadas para a guerra, dando apoio os Aliados (Idem, ibidem, p 33). Tamanho era o envolvimento brasileiro na questão, que propagandas norteamericanas passaram a ser vinculadas ao Brasil: As Américas em guerra!!! Era assim que os programas irradiados diretamente de Nova York para o Brasil e em português, buscavam apoio do povo brasileiro na causa da luta contra o fascismo (TOTA, 2009b, p. 373). Neste cenário desenvolve-se a Política de Boa Vizinhança. Purdy a caracteriza como um instrumento que pretendia pôr fim às abertas intervenções militares na América Latina em favor de relações econômicas mais estreitas (2010, p. 214). Roosevelt assinou vários acordos comerciais com países latinoamericanos e os investimentos dos Estados Unidos na região triplicaram entre 1934 e 1941, aumentando a influência política por meio do controle econômico (...). Roosevelt também aumentou as relações formais com os militares latino-americanos e montou os primeiros esquemas de ajuda financeira na área de desenvolvimento social e cultural, visando ao apoio dos países latino-americanos (...) (Idem, ibidem, p ). Este processo contou principalmente com o apoio do magnata norte-americano Nelson Rockfeller, responsável pelo Office for Coordination of Commercial and Cultural Relations Between the Americans Republics, mais tarde rebatizado de Office of the Coordination of Inter-American Affairs, também conhecido como Birô Interamericano (FERRAZ, 2005, p. 30). Essa agência tinha como atribuição principal manter constantemente uma imagem favorável dos Estados Unidos, (...) por meio de uma bem montada máquina de propaganda. Foi nessa época que, por exemplo, Walt

23 23 Disney criou personagens latino-americanos, cujo melhor exemplo foi Zé Carioca (TOTA, 2009b, p. 373). Era de responsabilidade do Birô: (...) promover medidas para estimular a recuperação das economias da América Latina e produzir programas de educação, cultura e propaganda que disseminassem os valores norte-americanos de maneira a garantir não apenas a proeminência política, econômica e militar dos Estados Unidos, mas também cultural (FERRAZ, 2005, p. 30). Com essa política de aproximação entre os Estados Unidos e a América Latina, diversos filmes, documentários e programas de rádio foram elaborados a fim de promover um maior contato cultural entre os países. Ainda neste período, numa via de mão-dupla, diversos artistas brasileiros ganharam notoriedade e reconhecimento internacional; dentre eles se destaca a cantora Carmen Miranda. Em termos mais simples, o Birô adotou diversas medidas que possibilitaram o desenvolvimento da Política de Boa Vizinhança entre Brasil e Estados Unidos, e, neste sentido, tanto o governo Roosevelt, quanto o de Getúlio Vargas foram fundamentais para sua implementação. 2. A POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA NO PERÍODO Neste capítulo meu objetivo é mostrar de que forma a atuação do governo de Getúlio Vargas foi relevante para alterar o contexto externo, onde se desenvolvia a Segunda Guerra Mundial e a consequente implementação da Política de Boa Vizinhança. 2.1 Os Antecedentes Políticos na Década de 1930 A chegada do século XX provocou uma americanização (OLIVEIRA, 2005, p. 29) da política externa brasileira, centralizada principalmente na atuação do Barão de

24 24 Rio Branco 8. Esta mudança na forma de condução da política externa representou um maior interesse brasileiro em romper com o isolacionismo vigente, passando a atuar de forma mais categórica também no cenário internacional, principalmente no continente americano, onde tinha como objetivo a aproximação com os Estados Unidos (Idem, ibidem). Para Rubens Ricupero (2006, p ), Rio Branco procurou consolidar uma unwritten alliance com o intuito de aumentar o poder de barganha brasileiro, através do apoio do Brasil às medidas adotas pelos Estados Unidos, mesmo que estas fossem extremamente criticadas pelos demais países latino-americanos. Assim, o Barão visava estimular ações de amizade com os países do continente, além de integrar o movimento do Pan-americanismo como forma de eliminar desavenças entre os países do continente. De acordo com Henrique de Oliveira (2005, p. 35), a formação de uma aliança entre Brasil e Estados Unidos durante o reinado (RICUPERO, 2006, p. 16) de Rio Branco, visava a consolidação de fronteiras naturais e a redução da influência europeia na região. Com o deslocamento do eixo de Londres para Washington, o Brasil adquiriu maior autonomia no Sistema Internacional, ficando claro que a política externa vigente até a década de 1930 representava a continuidade da forma de atuação aplicada por Rio Branco. Neste contexto, a americanização da política externa brasileira representou um processo de alinhamento automático, onde tanto as questões político-diplomáticas, quanto as questões de cunho econômico e comercial passaram a ganhar relevância. Em toda a América Latina o cataclisma representado pela crise de 1929 mostrou consequências profundas: os problemas sociais assumiram proporções assustadoras e a organização política dos países latino-americanos foi abalada nos seus alicerces (MOURA, 1991, p. 25). A crise mundial trazia consigo consequências diretas à produção agrícola, deixando-a sem mercado e com fazendeiros indo à falência, além de elevadas taxas de desemprego (FAUSTO, 2002, p. 185). Com a crise veio a derrocada do modelo primário-exportador, fazendo-se necessária a reconstrução das economias nacionais dos países latino-americanos, principalmente com a alteração do centro dinâmico destas economias que passaram a voltar-se para o mercado interno 8 José Maria da Silva Paranhos Júnior, conhecido como Barão do Rio Branco, foi jornalista, diplomata, historiador, professor, político e biógrafo. Nasceu no Rio de Janeiro, em 20 de abril de 1845 e faleceu em 10 de fevereiro de 1912.

25 25 (MENDONÇA; PIRES, 2002, p ). Diante deste contexto, Gerson Moura (1991, p. 25) afirma que: Os governos (...) pareciam impotentes para solucionar os problemas do dia; movimentos radicais de várias matrizes clamavam por mudanças drásticas e por todo lado emergiam regimes ditatoriais de cunho ultranacionalista, que anunciavam o fim das liberdades democráticas e o estabelecimento de uma nova ordem. No plano das relações internacionais (...) [houve] desorganização e diminuição do comércio internacional, com reflexos imediatos sobre as economias industriais e não-industriais; adoção de rígidas medidas protecionistas e reforço de laços imperiais (...) e o desafio das potências do Eixo Japão, Itália e Alemanha às posições hegemônicas que Grã-Bretanha e França ainda defendiam dentro e fora da Europa e que os EUA detinham no continente americano e no Pacífico. Por outro lado, no Brasil, os anos de 1930 trouxeram o enfraquecimento de uma das heranças do Barão de Rio Branco: o componente ideológico. A competição existente entre democratas liberais e o nazi-fascismo, [encontrava] eco na divisão da elite dirigente e da opinião pública no Brasil. Com a diluição da convergência ideológica, o governo brasileiro passou a utilizar-se dos elementos pragmáticos, podendo então ser percebido através da tentativa de manter tanto o acordo comercial de com os Estados Unidos, quanto os acordos de marcos de compensação com a Alemanha nazista (RICUPERO, 2006, p. 22). Por outro lado, durante a década de 1930 verificou-se a tentativa de dar continuidade às políticas de Rio Branco, principalmente no tocante à política de amizade com as nações americanas leia-se Estados Unidos (CERVO; BUENO, 1986, p. 68). As oligarquias que antes comandavam pretendiam, na década de 1930, reconstruir o Estado nos velhos moldes. Opondo-se a essas ideias estavam os tenentes que passaram a apoiar Getúlio Vargas, sendo sua meta aumentar o poder central do governo em todas as esferas possíveis. O desenrolar de tal objetivo teve início durante a década de 1920, quando vários grupos já haviam mostrado descontentamento com relação ao governo oligárquico (PRIORI; VENANCIO, 2010, p. 248). Na década seguinte Vargas dissolveu o Congresso Nacional assumindo os poderes executivo e legislativo. No campo econômico ratificou a importância do café, evitando o excesso de 9 Acordo baseado no princípio da Nação Mais Favorecida

26 26 demanda e assegurando a manutenção dos preços estabelecidos (FAUSTO, 2002, p. 186). Nas palavras de Oliveira (2005, p. 45): O esquema da política exterior dos anos 20, voltado para as relações privilegiadas com os Estados Unidos e o apoio financeiro inglês no sentido de manter os preços do café, não se revela adequado na década seguinte. Vargas chegou ao poder com a responsabilidade de proceder a nova adequação entre as necessidades sociais e as políticas públicas: emprego para as massas urbanas, indústrias para os operários e burguesia nacional, modernos meios de segurança para as Forças Armadas, mercados externos para produtos agrícolas, ferro e aço para mover o sistema de seu conjunto. Durante a primeira metade da década de 1930 houve um grande surto de industrialização, acompanhado por uma onda nacionalista apoiada tanto pelo Partido Comunista Brasileiro, quanto pelo Integralismo e também pelo Centro Liberal (JAGUARIBE, 2006, p. 3). Boris Fausto (2002, p. 189 e 293) ressalta que de 1930 a 1934, dois pontos interrelacionados são importantes para a definição do processo político brasileiro: o tenentismo e a luta entre o poder central e os grupos regionais. A década de 1930 provocou mudanças sociopolíticas no Brasil: o que antes era conhecida como a sociedade de notáveis, passou a dar lugar à classe média e à elaboração da Constituição de 1934, que estabeleceu uma república federativa baseada na Constituição alemã de Weimar. Há também que se ressaltar que: o fortalecimento das Forças Armadas, especialmente do Exército, caracterizou a história dos anos Ele se expressou pelo crescimento do número de efetivos, pelo reequipamento e pela obtenção de posição de prestígio (FAUSTO, 2002, p. 196). No entanto esta organização militar não se tornou coesa, o que possibilitou o surgimento de um grupo que apoiava Vargas, sendo este chefiado principalmente por: (...) Góis Monteiro e Eurico Gaspar Dutra. Góis era um formulador da política do Exército e Dutra o principal executor. Os dois monopolizaram os principais cargos militares depois de Góis foi chefe do Estado-maior de 1937 a 1943; Dutra foi ministro da Guerra

27 27 de 1937 a 1945, quando se afastou para concorrer à Presidência da República (Idem, ibidem). Deste modo, é possível notar que no contexto político brasileiro onde as tensões entre esquerda (Aliança Nacional Libertadora) e a direita (Integralismo), somadas à intentona comunista de 1935, proporcionaram um clima propício à instituição do Estado Novo (JAGUARIBE, 2006, p. 4). 2.2 A Era Getúlio Vargas, a Consolidação do Estado Novo e as Políticas Adotadas Segundo Fausto (2002, p. 200), no dia 10 de novembro de 1937, tropas da polícia militar cercaram o congresso e impediram a entrada dos congressistas, dando a Vargas o poder para estabelecer uma nova ordem política, a chamada ditadura do Estado Novo: O regime foi implementado no estilo autoritário (...). O movimento popular e os comunistas tinham sido abatidos e não poderiam reagir; a classe dominante aceitava o golpe como (...) inevitável e até benéfico. O Congresso dissolvido submeteu-se quando vários de seus colegas estavam presos (Idem, ibidem). Contudo, o Estado Novo não representou um corte integral nas políticas até então adotadas, uma vez que diversas de suas instituições e modus operandi datavam do período compreendido entre 1930 a 1937; principalmente no tocante às relações comerciais que continuaram baseadas nas exportações e adoção da prática de substituição de importação (Idem, ibidem, p ). No entanto, de 1937 a 1945, Vargas com suas ações que muito se assemelhavam aos ideais fascistas europeus, torna-se um chefe militar em escala nacional (PRIORI; VENANCIO, 2010, p. 253). Vargas tinha como ideal centralizar todas as ações de política econômica, paralelamente à defesa do setor cafeeiro. Assim, as medidas implementadas provocaram mudanças e reajustes nas relações de diferentes classes e segmentos em relação ao Estado e também alterou a natureza do próprio Estado, do sistema institucional e do processo político (MENDONÇA; PIRES, 2002, p. 210).

28 28 No aspecto socioeconômico o governo de Vargas representou uma aliança entre a burguesia industrial e a burocracia civil e militar, tendo como objetivo semelhante promover a industrialização brasileira, sem que houvesse danos gravosos à sociedade (FAUSTO, 2002, p. 201). Em outras palavras, (...) por volta de 1945, nossa industrialização finalizava seu primeiro grande ciclo. (...) Pela primeira vez, a produção fabril brasileira ultrapassa a agrícola como principal atividade da economia (PRIORI; VENANCIO, 2010, p. 254). As Forças Armadas exerceram sua influência no governo através de diversos organismos técnicos e sua coesão ocorria em torno de um objetivo comum: a modernização do país segundo o modelo autoritário. A partir de 1942, com a entrada norte-americana na Segunda Guerra Mundial e com o consequente apoio brasileiro ao país, tanto Dutra quanto Góis Monteiro passaram a se opor ao apoio, sendo considerados dentro das Forças Armadas, praticantes de atividade subversiva (FAUSTO, 2002, p. 203). Durante os anos de 1938 a 1942, houve melhoras nas relações bilaterais entre Brasil e Estados Unidos, inclusive com a assinatura de diversos tratados e, principalmente, com a implementação da missão Aranha (CERVO; BUENO, 1986, p. 72). Fausto (2002, p. 209) afirma que analisando o período de 1930 a 1945, a política externa brasileira pode ser compreendida através de sucessivos alinhamentos e realinhamentos que colocaram o Brasil na rota das principais potências mundiais. Em outros termos: A crise mundial acentuou o declínio da hegemonia inglesa e a emergência dos Estados Unidos. Isso se deu, sobretudo a partir do momento em que as medidas do presidente Roosevelt, de combate à crise, começaram a surtir efeito. Ao mesmo tempo, surgiu outro competidor na cena internacional a Alemanha nazista, a partir de Diante desse quadro, o governo brasileiro adotou uma orientação pragmática; tratou de negociar com quem lhe oferecesse melhores condições de tirar vantagem da rivalidade entre as grandes potências (Idem, ibidem). Como decorrência destas mudanças, a política externa brasileira passou a envolver-se mais com questões que tangenciavam os países latino-americanos, nunca deixando de lado, entretanto, as relações com os Estados Unidos, (...) o Brasil substitui

29 29 o alinhamento automático por uma política mais pragmática, levando em conta seus interesses junto à Alemanha (...) (JAGUARIBE, 2006, p.4). No âmbito comercial, as relações entre o Brasil e a Alemanha aumentaram principalmente como decorrência do comércio compensado, levando os alemães a comprarem produtos de procedência brasileira devendo, então, haver a reciprocidade brasileira. Não tardou até que a presença comercial alemã no Brasil passasse por um grande crescimento que afetou, dentre outras coisas, a posição comercial norteamericana (CERVO; BUENO, 1986, p. 71). O período de caracterizou-se pela crescente participação da Alemanha no comércio exterior do Brasil. Ela se tornou a principal compradora do algodão brasileiro e o segundo mercado para o café. Foi sobretudo no setor de importações que a influência alemã cresceu (...). As transações com a Alemanha eram atraentes não só para (...) grupos exportadores como também para os que defendiam a necessidade de modernizar e industrializar o país. Os alemães acenaram sempre com a possibilidade de romper a linha tradicional do comércio exterior das grandes nações (...) (FAUSTO, 2002, p. 202). Conforme Hélio Jaguaribe (2006, p. 4), a política externa do Estado Novo é, (...) marcada por deliberada ambiguidade. O regime de Vargas, embora (...) distante do nazi-fascismo (...) era (...) próximo ao estadismo burocrático de Salazar. Assim, é possível afirmar que Vargas não pretendia identificar-se com o Eixo, principalmente em decorrência da política de aproximação com os Estados Unidos; nem mesmo desejava tornar-se seu inimigo. Diante do avanço alemão, os Estados Unidos adotaram uma política combinada de pressão e ao mesmo tempo cautela. Enquanto grupos econômicos norte-americanos desejavam a aplicação de medidas de represália contra o Brasil; Roosevelt preferiu se opor a qualquer medida extrema que pudesse aproximar ainda mais o país da Alemanha (FAUSTO, 2002, p ). Vargas, diante de tamanha ambiguidade, em discurso proferido em 11 de junho de 1940, ao mesmo tempo em que elogiou de modo eloquente os sistemas totalitários de governo e previu o fim das democracias, também (...) garantiu às autoridades norte-americanas que o Brasil não se afastaria da solidariedade pan-americana

30 30 (CERVO; BUENO, 1986, p ). Desta forma, durante a Segunda Guerra Mundial, o presidente brasileiro demonstrou apoio tanto ao Eixo, quanto às nações democráticas: A derrota da França, com a ocupação de grande parte de seu território, parece indicar uma tendência à vitória da Alemanha. Pronunciamentos de Vargas em 1941 abrem espaço para um possível futuro ajustamento do Brasil ao Eixo. Na medida, entretanto, em que a resistência soviética logra deter o avanço germânico e em que a intervenção americana desequilibra as relações de força a favor dos Aliados, Vargas compreende que o Eixo perderá a guerra e passa a apoiar a coligação democrática (JAGUARIBE, 2006, p. 4). Embora no início da Segunda Guerra Mundial os Estados Unidos permanecessem neutros, tinham conhecimento de que a situação na América Latina era preocupante, dada a crescente presença alemã. Assim, segundo Oliveira (2005, p. 49): Se, por um lado, a guerra aumentou a polarização absoluta tornando a neutralidade difícil para os países pequenos, por outro lado, dava inesperada importância a alguns deles, sendo este o caso brasileiro, principalmente durante a década de 1940, quando os políticos brasileiros tiveram que demonstrar uma posição menos neutra e mais parcial a um dos lados. Para Moura (1991, p. 26), os interesses alemães na América Latina se justificariam uma vez que haveria ênfase no autoritarismo antiparlamentar, protecionismo econômico e nacionalismo militar, em outras palavras: Os planos alemães para a América Latina eram de natureza principalmente comercial. A Alemanha desejava garantir novos clientes para melhorar sua situação econômica interna (...). A partir do Novo Plano ou ( Plano Schacht ) de 1934, o governo alemão adotou uma série de medidas protecionistas, como a criação de uma moeda especial, a prática de dumping e acordos bilaterais de compensação. Para os países latino-americanos envolvidos nessa política econômica, seus efeitos foram de grande importância, já que criaram opções para um crescente comércio exterior. Outro ponto que a Alemanha buscava alcançar na América Latina dizia respeito às influências políticas e ideológicas. Estas influências ocorriam através de canais diplomáticos e econômicos, capazes de criar um ambiente propício à entrada alemã na

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