3 Resíduos Sólidos. 3.1 Definição

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1 3 Resíduos Sólidos 3.1 Definição Define-se resíduos sólidos como os resíduos nos estados sólidos e semisólidos que resultam de atividades da comunidade, de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamentos de águas e esgotos, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos d água ou exijam para isto soluções técnicas e economicamente inviáveis em face a melhor tecnologia disponível.(abnt NBR ) 3.2 Classificação dos resíduos São várias as maneiras de se classificar os resíduos sólidos. As mais comuns são quanto aos riscos potenciais de contaminação do meio ambiente e quanto à natureza ou origem. Quanto aos riscos potenciais de contaminação do meio ambiente, de acordo com a NBR 10004/2004 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), os resíduos sólidos são classificados em: 1- Resíduos classe I ou Perigosos São aqueles que, em função de suas características intrínsecas de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade ou patogenicidade, apresentam riscos à saúde pública através do aumento da mortalidade ou da

2 36 morbidade, ou ainda provocam efeitos adversos ao meio ambiente quando manuseados ou dispostos de forma inadequada. 2- Resíduos classe II ou Não perigosos a) Resíduos classe II A ou Não inertes. São os resíduos que podem apresentar características de combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade, com possibilidade de acarretar riscos à saúde ou ao meio ambiente, não se enquadrando nas classificações de resíduos Classe I Perigosos ou Classe II B Inertes. b) Resíduos classes II B ou Inertes. São aqueles que, por suas características intrínsecas, não oferecem riscos à saúde e ao meio ambiente, e que, quando amostrados de forma representativa, segundo a norma NBR , e submetidos a um contato estático ou dinâmico com água destilada ou deionizada, à temperatura ambiente, conforme teste de solubilização segundo a norma NBR , não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade da água, conforme listagem nº 8 (Anexo H da NBR ), excetuando-se os padrões de aspecto, cor, turbidez e sabor. Quanto à origem os resíduos sólidos podem ser agrupados em cinco classes, a saber: Doméstico ou residencial: são os resíduos gerados nas atividades diárias em casas, apartamentos, condomínios e demais edificações residenciais. Comercial: são os resíduos gerados em estabelecimentos comerciais, cujas características dependem da atividade ali desenvolvida. Nas atividades de limpeza urbana, os tipos "doméstico" e "comercial" constituem o chamado "lixo domiciliar", que, junto com o lixo público, representam a maior parcela dos resíduos sólidos produzidos nas cidades.

3 37 Público: são os resíduos presentes nos logradouros públicos, em geral resultantes da natureza, tais como folhas, galhadas, poeira, terra e areia, e também aqueles descartados irregularmente e indevidamente pela população, como entulho, bens considerados inservíveis, papéis, restos de embalagens e alimentos. Domiciliar especial: grupo que compreende os entulhos de obras, pilhas e baterias, lâmpadas fluorescentes e pneus. Observe que os entulhos de obra, também conhecidos como resíduos da construção civil, só estão enquadrados nesta categoria por causa da grande quantidade de sua geração e pela importância que sua recuperação e reciclagem vêm assumindo no cenário nacional. De fontes especiais: são resíduos que, em função de suas características peculiares, passam a merecer cuidados especiais em seu manuseio, acondicionamento, estocagem, transporte ou disposição final. Fazem parte desta classe os resíduos dos tipos industrial, radioativo, de portos, aeroportos e terminais rodo ferroviários, agrícola e de serviços de saúde. 3.3 Atividades gerenciais ligadas aos RSU A quantidade de resíduos gerada por uma população em uma determinada região varia em função de fatores, como renda, época do ano, estilo de vida, cultura de consumo, habitantes e métodos de acondicionamento de mercadorias Acondicionamento Acondicionar os resíduos sólidos domiciliares significa prepará-los para a coleta de forma sanitariamente adequada, como ainda compatível com o tipo e a quantidade de resíduos.

4 38 Nas cidades brasileiras a população utiliza os mais diversos tipos de recipientes para acondicionamento do lixo domiciliar: vasilhames metálicos (latas) ou plásticos (baldes); sacos plásticos de supermercados ou especiais para lixo; caixotes de madeira ou papelão; latões de óleo, algumas vezes cortados ao meio; contêineres metálicos ou plásticos, estacionários ou sobre rodas; embalagens feitas de pneus velhos. A importância do acondicionamento adequado está em: evitar acidentes; evitar a proliferação de vetores; minimizar o impacto visual e olfativo; reduzir a heterogeneidade dos resíduos (no caso de haver coleta seletiva); facilitar a realização da etapa da coleta Coleta Coletar o lixo significa recolher o lixo acondicionado por quem o produz para encaminhá-lo, mediante transporte adequado, a uma possível estação de transferência, a um eventual tratamento e à disposição final. Coleta-se o lixo para evitar problemas de saúde que ele possa propiciar. A coleta e o transporte do lixo domiciliar produzido em imóveis residenciais, em estabelecimentos públicos e no pequeno comércio são, em geral, efetuados pelo órgão municipal encarregado da limpeza urbana. Para esses serviços, podem ser usados recursos próprios da prefeitura, de empresas sob contrato de terceirização ou sistemas mistos, como o aluguel de viaturas e a utilização de mão-de-obra da prefeitura.

5 Estação de transferência ou de transbordo Nas cidades de médio e grande portes que sofrem forte expansão urbana, aumentam também as exigências ambientais e a resistência da população em aceitar a implantação, próximo as suas residências, de qualquer empreendimento ligado à disposição final de resíduos sólidos. Além do mais, os terrenos urbanos ficam muito caros para localização de aterro, que demanda grandes extensões de áreas, e assim os aterros sanitários estão sendo implantados cada vez mais distantes dos centros da massa de geração de resíduos. O aumento na distância entre o ponto de coleta dos resíduos e o aterro sanitário causa os seguintes problemas: atraso nos roteiros de coleta, alongando a exposição do lixo nas ruas; aumento do tempo improdutivo da guarnição de trabalhadores parados à espera do retorno do veículo que foi vazar sua carga no aterro; aumento do custo de transporte; redução da produtividade dos caminhões de coleta, que são veículos especiais e caros. Para solução desses problemas, algumas municipalidades vêm optando pela implantação de estações de transferência ou de transbordo que são locais onde os caminhões coletores descarregam sua carga em veículos com carrocerias de maior capacidade para que, posteriormente, sejam transportadas até o destino final Tratamento e disposição final a) Incineração: consiste no processo de queima controlada dos resíduos sólidos. Possibilita uma sensível redução de volume, produzindo um material inerte (escórias e cinzas), de cerca de 10% do volume inicial.. Tal redução é obtida em fornos especiais nos quais se pode garantir ar de combustão, turbulência, tempos de retenção e temperaturas adequadas. Uma má combustão gerará fumaça, cinzas e odores

6 40 indesejáveis. O processo de incineração pode ser empregado para tratamento de diversos tipos de resíduos sólidos (urbanos, de serviços de saúde, industriais, públicos, etc) e pode se tornar rentável quando utilizado para fins de geração de energia térmica ou elétrica e venda de crédito de carbono. A incineração, exceto para os resíduos de serviços de saúde não é recomendada nos países em desenvolvimento, e menos ainda em pequenas comunidades, devido às seguintes razões: É exigido um elevado capital inicial; Necessita altos custos operacionais; São necessários técnicos, altamente qualificados, caros e escassos; A operação e a manutenção são complexas e apresentam muitos problemas; Não possui flexibilidade para tratamento de quantidades adicionais de resíduos; Comumente, em função do baixo poder calórico e do alto grau de umidade do nosso lixo, exige combustível auxiliar, salvo se instalada uma fase preliminar de preparo dos resíduos para combustão (CDR). b) Compostagem: é um processo pelo qual o conteúdo orgânico do lixo, é reduzido por ação bacteriológica de microorganismos contidos na mesma massa de lixo, resultando num material denominado composto, que nada mais é que um condicionador de solos (não é fertilizante), de baixo valor comercial, menor que os custos de produção. O método de compostagem como tratamento do lixo poderá ser altamente positivo para os países em desenvolvimento, já que por ele se recupera um recurso proveitoso do lixo, como é a matéria orgânica, e em função da necessidade de separação do resto dos resíduos sólidos, se converte em uma boa oportunidade para se iniciar a prática da reciclagem de outros materiais. No entanto, antes de se decidir pela construção de uma unidade de compostagem, deve-se analisar cuidadosamente se o produto conta com um mercado para sua comercialização, já que a maioria das usinas de compostagem tem fracassado.

7 41 A experiência brasileira tem obtido pouco êxito por: Requerer a separação dos resíduos É pouco flexível ao tratamento de quantidades adicionais de lixo; O mercado consumidor do composto é muito instável; Exige um razoável investimento inicial; Requerer altos custos de operação e manutenção; Requerer altos custos de transporte do produto final até as zonas rurais. c) Aterro sanitário: Até os dias de hoje, o aterro sanitário é a técnica que melhor se adapta à nossa região, para dispor de maneira sanitária os resíduos sólidos, tanto do ponto de vista técnico, como econômico. O aterro sanitário é uma técnica de eliminação final do lixo no solo, que não causa moléstia nem perigo para a saúde e segurança pública, não prejudicando o ambiente durante sua operação, nem depois de terminado. Essa técnica utiliza princípios de engenharia para confinar o lixo em uma área a menor possível por meio de compactação, cobrindoo com camadas de terra diariamente. Prevê e controla os problemas que poderiam ser causados pelos líquidos e gases produzidos no aterro, pelo efeito da decomposição da matéria orgânica. Suas principais vantagens são: Baixos custos de investimentos, operação e manutenção; É um método completo e definitivo, podendo receber todo o tipo de lixo, inclusive quantidades adicionais; Emprega mão-de-obra não qualificada; Recupera áreas consideradas improdutivas ou marginais, tornando-as úteis, em especial para recreação. Sua principal desvantagem é o alto risco de transformar-se em um lixão, em função de desinteresse das autoridades ou de má operação. Cabe destacar que em aterros sanitários, a economia de escala faz-se notar de maneira considerável, razão pela qual, sempre que possível é economicamente vantajoso a integração de municípios em uma solução única ( um aterro

8 42 sanitário atendendo a mais de um município). Entretanto, alguns fatores tais como distancias entre os centros de massa geradores de resíduos, condições dos acessos e intensidade de tráfego tornam economicamente inviáveis esta integração e indicam a solução isolada. d) Segregação de materiais: Consiste na separação de materiais potencialmente comercializáveis (recicláveis) que se encontram nos resíduos sólidos. A reciclagem caracteriza-se como processos de transformação dos diversos componentes do lixo em novos materiais. Os componentes do lixo são utilizados como insumos (matéria prima) para a fabricação de novos produtos. Os processos de segregação / reciclagem dependem fundamentalmente da existência de uma demanda dos produtos a serem produzidos e da disponibilidade e custos das matérias primas necessárias. A coleta seletiva é um facilitador dos processos de segregação / reciclagem, devendo ser adotada apenas nos casos onde houver viabilidade econômica. 3.4 A Importância do setor de resíduos sólidos O tema da limpeza urbana está assumindo papel de destaque entre as crescentes demandas da sociedade brasileira e das comunidades locais. Seja pelos aspectos ligados à veiculação de doenças e, portanto, à saúde pública; seja pela contaminação de cursos d'água e lençóis freáticos, na abordagem ambiental; seja pelas questões sociais ligadas aos catadores em especial às crianças que vivem nos lixões ou ainda pelas pressões advindas das atividades turísticas, é fato que vários setores governamentais e da sociedade começam a se mobilizar para enfrentar o problema, por muito tempo relegado a segundo plano. A mídia está atenta, o Ministério Público e os órgãos ambientais atuam voltados especialmente na busca de soluções negociadas com as prefeituras em relação à erradicação dos lixões e do trabalho infantil que neles ocorre. Programas governamentais, nos níveis federal e estadual, vêm-se consolidando, com linhas de financiamento a projetos e Planos de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, em

9 43 paralelo aos esforços para a formulação de políticas e legislação correspondentes a esse tema. Nesse cenário, pressionados por tais demandas, estão os Municípios, os principais responsáveis e o nível competente a prestar os serviços de limpeza urbana e garantir condições adequadas de disposição final do lixo. A despeito dos esforços de muitas prefeituras na implementação de programas, planos e ações para melhoria dos sistemas de limpeza urbana e de seu gerenciamento, e apesar de várias iniciativas realizadas pelas comunidades, em especial na direção de projetos de coleta seletiva e reciclagem, é sabido que o quadro geral é bastante grave: além de recursos, são necessários o aprimoramento e a capacitação das administrações municipais para enfrentar o problema. É necessário que os recursos destinados à limpeza urbana, por serem sempre menores que o desejado, sejam muito bem aproveitados; para isto, é fundamental que as equipes encarregadas do planejamento e da operação dos serviços nas prefeituras estejam capacitadas e apliquem os recursos disponíveis com bom senso, utilizando tecnologias e métodos adequados e respeitando as peculiaridades econômicas, sociais e culturais da população local. 3.5 O Setor no Brasil e em Niterói Os resíduos sólidos urbanos estão entre as fontes geradoras de gases de efeito estufa. Atualmente, esses resíduos respondem por 3% das emissões do mundo e por 1% daquelas do Brasil. Adicionalmente, os resíduos expõem a população desnecessariamente a problemas de saúde, principalmente pela destinação incorreta do material dos lixões. Nas grandes metrópoles do País, existe outro problema: o esgotamento dos espaços dos atuais aterros e a falta de terrenos para a construção de novos. Segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), o Brasil gerou em 2009, 57 milhões de toneladas de lixo urbano.

10 44 Desse total, 50.2 milhões de toneladas são coletados, ou seja, cerca de 6,8 milhões de toneladas de lixo urbano têm destino incerto. Do lixo urbano coletado, cerca de 28.6 milhões de toneladas vão para aterros sanitários, e 21.7 milhões de toneladas vão para aterros controlados e lixões. O problema é agravado com a insuficiência de coleta seletiva, procedimento pelo qual os resíduos recicláveis são separados dos demais componentes do lixo urbano. Principais conseqüências desta insuficiência de coleta seletiva: mais emissões de gás carbônico e esgotamento mais rápido da capacidade dos depósitos de resíduo. Outros países conseguiram resolver esse problema com ações integradas e soluções completas. Além de estimularem a coleta seletiva, a reciclagem mecânica e a correta destinação final dos resíduos, esses países desenvolveram tecnologia para realizar a recuperação energética em processos limpos. No tratamento dos resíduos sólidos urbanos, a coleta seletiva e sua conseqüente reciclagem mecânica constituem-se na prioridade de número um, uma vez que esse processo tem também a vantagem de gerar emprego e renda para os catadores e para a mão de obra dos recicladores, ambos intensivos em mão de obra. Esta solução já é uma realidade em vários países desenvolvidos e emergentes. Nesses países, cerca de 150 milhões de toneladas por ano de lixo são destinadas a mais de 850 usinas de geração de energia, todas perfeitamente adequadas às mais rígidas normas ambientais. Isso porque, depois de separados, os resíduos são combinados para melhorar a eficiência do processo e assim incrementar a geração energética por meio dos gases resultantes que produzem o vapor que aciona o turbo gerador de energia térmica ou elétrica. O rejeito é utilizado na fabricação de material de construção, como telhas e tijolos. Os gases extraídos da caldeira são neutralizados em circuito fechado e, já limpos, lançados na atmosfera. Os resíduos destinados à reciclagem energética são apenas aqueles que não se prestam à reciclagem mecânica, como, por exemplo, restos orgânicos, tecidos e fraldas descartáveis usadas, dentre outros. Portanto, a prioridade é não só manter, como também expandir a coleta seletiva e a reciclagem mecânica dos resíduos recicláveis, o que vai assegurar a manutenção do posto de trabalho dos catadores. Os resíduos plásticos que já não

11 45 puderem ser reciclados são indispensáveis à reciclagem energética, porque promovem a combustão, substituindo o óleo diesel ou óleo combustível. Essa situação significa menos necessidade de combustível fóssil e mais uma reutilização de embalagens plásticas, estando aí incluídas as sacolas plásticas que usamos para descartar o lixo doméstico - um ganho fundamental para a sustentabilidade. A Reciclagem Energética não substitui a reciclagem mecânica. Complementa-a, e, mais importante ainda, gera novos empregos. A Associação Brasileira de Empresas de Limpeza e Resíduos Especiais (Abrelpe) e a Plastivida Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos firmaram um acordo de cooperação e iniciaram estudos sobre a viabilidade econômica, tecnológica e regulatória da instalação de usinas de reciclagem energética no País. Essas usinas seriam instaladas principalmente nos municípios que já não têm espaço para a destinação do seu lixo. A ideia é integrar a produção de energia gerada a partir da reciclagem do lixo urbano na matriz energética brasileira. A reciclagem energética é uma iniciativa pioneira necessária, urgente e indispensável e que se apresenta como uma alternativa para resolver o grave problema do lixo urbano no Brasil, até porque essa tecnologia vem sendo largamente usada no mundo todo O cenário brasileiro a) Geração, coleta e destinação final de resíduos sólidos urbanos No Brasil a geração de resíduos sólidos urbanos (RSU) intensificou-se no ano de 2009, quando a produção total passou de 57 milhões de toneladas, superando o resultado de 2008 em aproximadamente 4 milhões de toneladas. No mesmo período, enquanto a geração de RSU cresceu 7,7%, a população cresceu 1%. A geração per capita aumentou 6,6%, de 337 para 359,4 kg/habitante/ano. Esse aumento real na quantidade de resíduos descartados indica que as ações no

12 46 país para minimização da geração de resíduos ainda não obtiveram resultados satisfatórios. A coleta de RSU cresceu 8% em 2009 em relação a A relação entre a coleta e a geração de RSU melhorou muito pouco, de 87,94% para 88,16%. A comparação destes dados de geração com a quantidade de resíduos coletados mostra que quase 7 milhões de toneladas de RSU deixaram de ser coletadas em 2009 e, certamente, tiveram destino impróprio (ABRELPE 2008 e 2009 e IBGE (contagem da população 2008 e 2009)) Seguindo a tendência já revelada em 2008, de aumento na abrangência dos serviços de coleta, a comparação entre as quantidades de RSU coletados em 2009 e 2008, indica de forma expressiva que o país caminha de maneira constante para universalizar os serviços de coleta, pois enquanto o índice per capita cresceu 6,8%, a quantidade de RSU coletado cresceu 8%. A comparação entre os dados de 2009 e 2008 evidencia que houve um crescimento na destinação final adequada dos RSU coletados, consolidando-se assim o fato positivo de que mais da metade dos resíduos urbanos coletados no Brasil são corretamente tratados. No entanto, a constatação de que quase 22 milhões de toneladas tiveram destinação em aterros controlados ou lixões, os quais não garantem a devida proteção ambiental, com sérios riscos de degradação, demonstra que a universalização destes serviços ainda está bem distante. Tabela 1 - Destinação final dos RSU (milhões ton.) Fonte: ABRELPE (2009, 2008) b) Coleta de resíduos de construção e demolição RCD Em 2009, adicionalmente aos RSU constantes do item anterior, os municípios brasileiros coletaram 28,5 milhões de toneladas de Resíduos de Construção e Demolição (RCD), quantidade que apresentou um crescimento médio em relação a 2008 de 14%. As quantidades são expressivas em todas as regiões e exigem atenção especial dos municípios no destino dado a tais resíduos. No entanto, essas quantidades não refletem o total dos resíduos gerados nas

13 47 respectivas regiões, pois a responsabilidade da coleta e destino final dos mesmos é do seu gerador. c) Coleta seletiva A abrangência das iniciativas municipais de coleta seletiva mostrou estabilidade em 2009, relativamente aos percentuais registrados em Dos municípios existentes no Brasil, 56,6% (em 2008 o percentual foi de 55,9%) afirmaram contar com iniciativas de coleta seletiva. Porém, muitas vezes essas atividades de coleta seletiva praticadas pelos municípios resumem-se à disponibilização de pontos de entrega voluntária à população ou na simples formalização de convênios com cooperativas de catadores para a execução dos serviços. d) Empregos diretos gerados pelos serviços de limpeza urbana e o mercado brasileiro O crescimento médio de pouco mais de 7% (de para ) registrado de 2008 para 2009 nos empregos diretos gerados pelos serviços de limpeza urbana revela-se superior ao crescimento da população urbana brasileira, que foi de cerca de 1% no mesmo período. Reafirma-se, assim, a importância do setor de limpeza urbana no equilíbrio social por oferecer, com perenidade, um grande número de postos de trabalho nos quais predominam atividades de mão de obra intensiva. O mercado de serviços de limpeza urbana no país cresceu R$ 700 milhões (de R$ 16.8 bilhões para R$ 17.5 bilhões) entre 2008 e e) Coleta municipal de resíduos de serviços de saúde RSS As resoluções federais atribuem aos geradores a responsabilidade pelo tratamento e destinação final dos Resíduos de Serviços de Saúde - RSS. Por esta razão, os municípios somente apresentam informações sobre os resíduos que estão sob sua responsabilidade, o que usualmente restringe-se aos resíduos gerados em suas próprias unidades de saúde. Quanto aos demais geradores, o município somente apresenta informações quando assume totalmente a gestão dos RSS gerados em seu território. Feitas essas considerações, nota-se que foi discreto o

14 48 crescimento de 2009 em relação a 2008 (209,3 mil toneladas para 221,3 mil toneladas). f) Destino final dos RSS coletados A coleta de RSS executada por grande parte dos municípios é parcial, o que contribui significativamente para o desconhecimento sobre a quantidade total e o destino dos RSS gerados no Brasil. Figura 1 - Destino final dos RSS coletados pelos Municípios em 2009 ABRELPE (2009) g) Reciclagem As atividades de reciclagem de resíduos sólidos urbanos no Brasil ainda registram índices insatisfatórios e apresentam alto potencial de ampliação para os próximos anos. No entanto o registro de determinados setores que representam alguns dos materiais recicláveis com índices de reciclagem mais expressivos demonstra que para esses materiais o Brasil conseguiu destacar-se perante o cenário mundial de reciclagem. Alumínio, papel, plástico e vidro, são os quatro setores industriais que abrigam as principais atividades de reciclagem pós consumo no país Niterói Com um Produto Interno Bruto (PIB) de quase R$ 8.9 bilhões (IBGE, 2007), uma população de aproximadamente 479 mil habitantes (IBGE, 2009),

15 49 Niterói apresenta o mais elevado índice de desenvolvimento humano IDH do Estado do Rio de Janeiro, ficando na 3ª colocação no ranking brasileiro. Os indicadores de saneamento ambiental são expressivos para o universo de domicílios (IBGE, 2001) existentes na cidade: 98% dispõem de rede geral de abastecimento de água, 73% de rede geral de esgotamento sanitário e 97% de coleta domiciliar de lixo (IBGE,2000). Com um desempenho reconhecido pela população, a CLIN (Companhia de Limpeza Urbana de Niterói) tem tido, no entanto, na questão da disposição final dos resíduos sólidos gerados em território niteroiense, o seu maior desafio. Cerca de 850 toneladas de resíduos domiciliares, da construção civil, da limpeza de logradouros, de podas e jardins, entre outros, são coletados e dispostos diariamente no aterro Controlado do Morro do Céu.

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