UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ ARILDO BATISTA LOPES RESPONSABILIDADE PENAL DO ADOLESCENTE FRENTE AOS CRIMES HEDIONDOS

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1 UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ ARILDO BATISTA LOPES RESPONSABILIDADE PENAL DO ADOLESCENTE FRENTE AOS CRIMES HEDIONDOS CURITIBA 2016

2 ARILDO BATISTA LOPES RESPONSABILIDADE PENAL DO ADOLESCENTE FRENTE AOS CRIMES HEDIONDOS Trabalho de Conclusão de Curso na forma de Monografia Jurídica apresentado como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel no Curso de Direito da Universidade Tuiuti do Paraná. Orientador: Prof. Roberto Aurichio Júnior CURITIBA 2016

3 TERMO DE APROVAÇÃO ARILDO BATISTA LOPES RESPONSABILIDADE PENAL DO ADOLESCENTE FRENTE AOS CRIMES HEDIONDOS Esta monografia foi julgada e aprovada para a obtenção do título de Bacharel no Curso de Direito da Universidade Tuiuti do Paraná. Prof. Dr. Eduardo de Oliveira Leite Coordenação do Núcleo de Monografia Universidade Tuiuti do Paraná Curso de Direito Orientador: Prof. Roberto Aurichio Júnior Universidade Tuiuti do Paraná Curso de Direito Examinador: Prof. (a). Dr. (a). Universidade Tuiuti do Paraná Curso de Direito Examinador: Prof. (a). Dr. (a). Universidade Tuiuti do Paraná Curso de Direito Curitiba, de de 2016.

4 DEDICATÓRIA Agradeço ao Mestre Roberto Aurichio Junior, por ter me estendido a mão e oferecido a mais gratificante orientação deste trabalho, a fim de me proporcionar a tão sonhada última etapa do curso. À minha família, pelo orgulho, compreensão e apoio, isto tudo, me fez acreditar que era possível. A minha esposa que junto com minha filha, me deram incentivo, força e carinho, pois valeu a pena toda espera, todo sofrimento, todas as renúncias... Valeu a pena esperar... Hoje estamos colhendo juntos, os frutos do nosso empenho! Esta vitória é nossa.

5 AGRADECIMENTOS vida. À Deus, dedico o meu agradecimento maior, porque têm sido tudo em minha A minha formação como profissional não poderia ter sido concretizada sem a ajuda de meus amáveis e eternos pais José e Irene, que, no decorrer da minha vida, proporcionaram-me, além de extenso carinho e amor, os conhecimentos da integridade, da perseverança e de procurar sempre em Deus à força maior para o meu desenvolvimento como ser humano. Por essa razão, gostaria de dedicar e reconhecer a vocês, minha imensa gratidão e sempre amor. A minha Amada Esposa Mariliza Negoceki, que além de me fazer feliz, ajudou-me, durante todo o percurso de minha vida acadêmica, compreendendo-me e ensinando-me para que eu conquistasse o meu objetivo; à minha maravilhosa Filha Jamily Louise, que me inspira a viver. Um agradecimento especial aos meus queridos irmãos Ederson e Giovani que permaneceram sempre ao meu lado, nos bons e maus momentos. E aqueles que direta ou indiretamente, contribuíram para esta imensa felicidade que estou sentido nesse momento. A todos vocês, meu muito obrigado.

6 RESUMO O trabalho visa discutir a possibilidade da redução da maioridade penal para 16 anos com relação a pratica dos crimes hediondos, dentre eles sequestros, assassinatos e roubos, visto que existe uma prática crescente destes crimes que aterrorizam a sociedade que são praticados por adolescentes que pela atual legislação são considerados penalmente inimputáveis, porque atualmente a maioridade penal em nosso país é fixada aos dezoitos anos de idade. Primeiramente se faz um breve estudo acerca da evolução histórica da legislação brasileira no tocante à maioridade penal. Posteriormente, o estudo aborda princípios constitucionais e infraconstitucionais relacionados aos menores, e ainda, os critérios existentes usados para a aferição da maioridade penal. Este trabalho é feito a partir de uma pesquisa bibliográfica que permitiu a análise de diversas doutrinas que fundamentaram conceitos e opiniões a respeito do tema, além disso, utilizou-se de diferentes publicações como livros, artigos, dissertações, bem como, alguns artigos examinados na internet. A partir das análises de diversos posicionamentos que são favoráveis à redução da idade penal, o estudo deixa claro que é possível a redução da maioridade penal para dezesseis anos para aqueles que cometem crimes que causa repugnância na sociedade. Resta, no entanto, a inegável, afirmação que Estatuto da Criança e do Adolescente é benevolente por demais, tanto que o índice de tais crimes vem aumentando com a participação destes jovens. Diante disso, não podemos mais aceitar adolescentes que simplesmente por não possuírem dezoito anos continuem sendo considerados inimputáveis. Por fim, conclui-se que, a redução da maioridade penal é plausível como uma forma dentre outras no incremento da diminuição da criminalidade. Palavras-chave: Maioridade penal. Redução. Adolescente. Criminalidade.

7 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO DADOS HISTÓRICOS DA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA SOBRE A MAIORIDADE PENAL CÓDIGO CRIMINAL DO IMPÉRIO CÓDIGO PENAL REPÚBLICANO CÓDIGO DE MENOR CÓDIGO PENAL CÓDIGO PENAL MILITAR ADOLESCENTE NO CÓDIGO ELEITORAL O ADOLESCENTE NO VIGENTE CÓDIGO PENAL BRASILEIRO O ADOLESCENTE NO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO ADOLESCENTE E A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE A MENORIDADE NO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADOLESCENTE E AS MEDIDAS SÓCIO-EDUCATIVAS Medida Sócio Educativa de internação CRITÉRIOS PARA IMPUTAÇÃO DA PENA CRITÉRIOS BIOLÓGICO, PSICOLÓGICO E BIOPSICOLÓGICO INIMPUTABILIDADE EM RAZÃO DA IDADE PEC 171/93: REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL FRENTE AOS CRIMES HEDIONDOS DA POSSIBILIDADE DE SE REDUZIR A MAIORIDADE PENAL A LUZ DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE IDADE PENAL EM OUTROS PAÍSES POSIÇÕES DOUTRINÁRIAS E ARGUMENTOS A FAVOR DA REDUÇÃO POSIÇÕES DOUTRINÁRIAS E ARGUMENTOS CONTRA A REDUÇÃO LEI N 8.072/90, DOS CRIMES HEDIONDOS ADOLESCENTE INFRATOR E OS CRIMES HEDIONDOS POSIÇÕES JURIPRUDENCIAIS DOS TRIBUNAIS BRASILEIRO CONCLUSÃO REFERÊNCIAS... 39

8 7 1 INTRODUÇÃO O objeto deste trabalho e de grande reflexão no meio da sociedade onde a controvérsia referente a idade em que o adolescente poderá ou não respondes pelos seus atos. Por outro lado, é de amplo conhecimento dos membros da sociedade que a um aumento substancial nos crimes hediondos cometidos pelos adolescentes. Demais, deduz-se que o assunto abordado tem reflexo direto e atual no dia a dia, a razão que é crescente o número de notícias as quais tem-se conhecimento através das mídias acerca dos recorrentes casos que envolvem, em tese, o crime desta natureza cometido por estes adolescentes nesse ínterim, há que se reconhecer a importância do presente trabalho, a fim de demonstrar em análise e comprovar, a constatação da evolução crescente do número de adolescentes na prática de atitudes criminosas, os quais já não mais se limitam ao cometimento de pequenos delitos mas sim de crimes hediondos. A notícia afirmando, com frequência com que os adolescentes que cometem em crimes cruéis, como exemplo o homicídio qualificado, estupro, extorsão mediante sequestro, latrocínio entre outros trouxe para a sociedade o medo por causa da certeza da impunidade, porque atualmente o adolescente e um ser de direito e não responde criminalmente pelos seus atos, mas sim responde medida sócio educativa. O adolescente não é mais aquele jovem dos meados do Século passado. Atualmente, verifica-se a evolução jamais vista em outro período, as transformações foram de ordem política, tecnológica e social tendo no entanto acesso `a uma gama de informações quase de maneira compulsiva. No entanto levando em consideração o processo evolutivo e o progresso, coloca-se o jovem com idade igual ou superior a 16 anos hoje no mesmo nível de um adulto de alguns anos atrás. Entretanto a sociedade não pode não poder mais suportar a enorme e crescente onda de crimes violentos envolvendo jovens dessa faixa etária.

9 2 DADOS HISTÓRICOS DA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA SOBRE A MAIORIDADE PENAL 8 Ao longo do tempo, houveram cinco códigos e uma Constituição que nortearam as decisões sobre a conduta de crimes cometidos por jovens e adolescentes. No Brasil colônia, as ordenações do reino tiveram larga aplicação. No período colonial não havia uma codificação consolidada pátria, estando o território nacional regido pelas legislações e ordenações provenientes da metrópole, a qual estendia o seu âmbito de abrangência às terras coloniais americanas. Como Colônia portuguesa, o Brasil estava submetido às Ordenações do Reino, que eram as compilações de todas as leis vigentes em Portugal, mandadas fazer por alguns de seus monarcas e que passavam a constituir a base do direito vigente (GARCIA, 2016). 2.1 CÓDIGO CRIMINAL DO IMPÉRIO 1830 Durante a fase imperial tem início a preocupação com os infratores, menores ou maiores, e a política repressiva era fundada no temor da crueldade das penas, copiada pelo modelo português a pena era subjetiva e poderia ser aplicada pelo juiz que poderia até aplicar a prisão perpetua. Segundo GARCIA (2016): O Código fixou a imputabilidade penal plena aos 14 anos de idade, estabelecendo, ainda, um sistema biopsicológico para a punição de crianças entre sete e quatorze anos. Entre sete e quatorze anos, os menores que agissem com discernimento poderiam ser considerados relativamente imputáveis, sendo passíveis de recolhimento às casas de correção, pelo tempo que o Juiz entendesse conveniente, contanto que o recolhimento não excedesse a idade de dezessete anos. 2.2 CÓDIGO PENAL REPÚBLICANO 1890 O primeiro Código Penal dos Estados Unidos Do Brasil manteve a mesma linha do código anterior com pequenas modificações. Menores de 9 anos eram

10 inimputáveis a verificação do discernimento foi mantida para adolescentes entre 9 e 14 anos apenas eram definidas caso a caso. Segundo GARCIA (2016): 9 Irresponsável penalmente seria o menor com idade até nove anos. Quanto ao menor de quatorze anos e maior de nove anos, era adotado ainda o critério biopsicológico, fundado na ideia do "discernimento", estabelecendose que ele se submeteria à avaliação do magistrado. 2.3 CÓDIGO DE MENOR 1926 Em 1926 foi publicado o primeiro Código de menores do Brasil que cuidava dos infantes expostos e menores abandonados. No campo infracional o adolescente até 14 anos eram objetos de medidas punitivas com finalidade educacional. Mas os jovens com idade entre 14 e 18 anos eram passíveis de punição, mas com responsabilidade atenuada. Para GARCIA (2016): Em 1926 fica instituído o Código de Menores, Decreto Legislativo de 1º de dezembro daquele ano, impossibilitando a imposição de prisão ao menor de 18 anos que houvesse praticado um ato infracional. Este poderia ficar em uma casa de educação ou preservação até que atingisse os 21 anos, caso não ficasse sob custódia dos pais ou um responsável. 2.4 CÓDIGO PENAL 1940 A constituição da República do Brasil de 1937, permeada de lutas pelos direitos humanos, buscou, além do aspecto jurídico, ampliar o horizonte social da infância e juventude, bem como dos setores mais carentes da população. A tutela, nesse momento histórico, caracterizava-se pelo regime de internações, pela primeira vez é usado o critério biopsicológico para atestar que o adolescente poderá responder pelos seus atos. Para GARCIA (2016): O tema da responsabilidade criminal do menor infrator encontra tem sede não só legal como constitucional, havendo triplo tratamento da matéria no Código Penal, Estatuto da Criança e do Adolescente e na Constituição Federal de 1988, respectivamente.

11 CÓDIGO PENAL MILITAR 1969 No auge do regime militar foi publicado o Decreto-Lei n.1.044, de , que instituiu o código penal e reduziu a idade penal para 16 anos se comprovada o discernimento acerca da ilicitude do fato. O retorno da aplicação do sistema biopsicológico também aos menores de 18 anos, possibilitando uma redução de pena de 1/3 até a metade, caso o menor apresentasse entre 16 e 18 anos, no momento da prática delitiva. Para GARCIA (2016): É possível constatar que se consagrava uma presunção de inculpabilidade relativa, tal qual defendida pelo presente trabalho, possibilitando a perquirição da consciência e capacidade de entendimento, em cada caso concreto, diante da análise das circunstancias e do sujeito infrator. 2.6 ADOLESCENTE NO CÓDIGO ELEITORAL O legislador originário estabeleceu que os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos tem a capacidade e lucidez na tomada de decisões ao lhes atribuir a capacidade eleitoral ativa, conforme expressa previsão constante no artigo 14, 1º, inciso II, alínea c, da Magna Carta, in verbis: Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I - Plebiscito; II - Referendo; III - iniciativa popular. 1º O alistamento eleitoral e o voto são: I - Obrigatórios para os maiores de dezoito anos; II - Facultativos para: a) os analfabetos; b) os maiores de setenta anos; c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. Portanto, segundo a Constituição Federal, homens e mulheres entre 16 e 18 anos estão aptos a votar em candidatos para qualquer cargo público eletivo (vereador, prefeito, deputado estadual, deputado federal, senador e Presidente da República). Conquanto a responsabilidade só é atribuída a quem possua elevado

12 11 grau de maturidade. Esta é a conclusão que leva a implicações do voto no processo político e na escolha do destino da nação. A propósito, o Desembargador baiano ANTONIO PESSOA CARDOSO (ASSOCIAÇÃO DOS MAGISTRADOS BRASILEIROS, 2016) escreveu: A consciência política, quando se confere ao menor de 18 anos o direito de escolher seus governantes, deve coincidir com a consciência penal. A Constituição Federal, art. 14, 1º, inc. II, alínea c, o Código Eleitoral consignam o direito de o menor de 18 anos escolher seus governantes e o Código Civil, editado em 2002, reduziu a maioridade civil de 21 para 18 anos de idade, permitindo que o cidadão, com 16 anos, possa constituir empresa, assumir obrigações fiscais e trabalhistas; com tudo isto, a responsabilidade penal não é fixada aos 16 anos, sob o argumento de que o adolescente não tem maturidade para entender que matar, roubar, estuprar são procedimentos errados e as pessoas que se envolvem nessas práticas merecem penas. No entanto a conclusão que chegamos é que o adolescente conhece toda importância da escolha dos integrantes dos Poderes Legislativo e Executivo, mas não tem consciência das condutas delituosas, por isso é inimputável. O que é mais complexo? Evidente, o processo eleitoral.

13 12 3 O ADOLESCENTE NO VIGENTE CÓDIGO PENAL BRASILEIRO No Conceito jurídico considera adolescente aquele indivíduo entre doze e dezoito anos de idade. E o Art. 27 do Código Penal Brasileiro traduz fazendo surgir assim a figura do ser inimputável, ou seja, aquele que por estar impossibilitado de entender o caráter ilícito do fato, torna-se isento de sofrer as penas previstas no Código Penal Brasileiro. Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial, conforme redação dada pela Lei nº 7.209, de , traduzindo assim a não imputabilidade e esta afirmação é confirmada pelo artigo 26 do Código De Processo Penal: É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Portanto por ser considerado um indivíduo com desenvolvimento mental incompleto e por estar impossibilitado de entender o caráter ilícito do fato, o menor de 18 anos é considerado inimputável. Com relação à Imputabilidade entende BITENCOURT (2012): A imputabilidade, por presunção legal, inicia-se, no âmbito do Direito Penal de adultos, aos dezoito anos. Para definir a maioridade penal a legislação brasileira seguiu o sistema biológico, ignorando o desenvolvimento mental do menor de dezoito anos, considerando-o inimputável, independentemente de possuir a plena capacidade de entender a ilicitude do fato ou de determinar-se segundo esse entendimento, desprezando, assim, o aspecto psicológico. Conforme DE JESUS (1999, p. 149), imputabilidade penal é o conjunto de condições pessoais que dão ao agente capacidade para lhe ser juridicamente imputada a prática de um fato punível ou conduta que contraria os mandamentos da ordem jurídica. Nesse sentido, Procurador de Justiça do Estado de Minas Gerais, Rogério Greco considera a imputabilidade por imaturidade natural ocorrendo em virtude de

14 13 uma presunção legal, na qual, por questões de política criminal, entendeu o legislador brasileiro que os menores de 18 anos não gozam de plena capacidade de entendimento que lhes permita imputar a prática de um fato típico e ilícito (GRECO, 2015, p. 104). 3.1 O ADOLESCENTE NO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO O Art. 5º do código civil brasileiro dispõe que a "menoridade cessa aos 18 (dezoito) anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil ". A cessação da incapacidade pode ocorrer pela emancipação, quando o menor tiver 16(dezesseis) anos completos; pelo casamento; pelo exercício de emprego público efetivo; pela colação de grau em curso de ensino superior e pelo estabelecimento civil ou comercial ou pela existência de relação de emprego, desde que, em razão deles, o menor de 16 (dezesseis) anos completos tenha economia própria. De acordo DIGIÁCOMO (2013, p. 155): Todavia, ainda que nessas hipóteses seja considerado adolescente, estando, por conseguinte, sujeitos às disposições da legislação especial (lei 8069/1990). Vale lembrar que mesmo emancipados, nos moldes do art. 5º, par. único, do CC, jovens entre 16 (dezesseis) e 18 (dezoito) anos de idade, continuam respondendo como adolescentes diante da prática de atos infracionais, estando também sujeitos às disposições contidas no ECA (vide comentários ao art. 2º, do ECA). 3.2 ADOLESCENTE E A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 O constituinte originário estabeleceu expressamente no art. 228 da Constituição Federal de 1988 que: São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial. GRECO (2015, p. 104) ensina que nossa constituição Federal teve a preocupação de consignar expressamente, em seu art.228, que são penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial. Portanto a constituição federal deixa clara que a aplicação da sanção penal fica a cargo da lei especial.

15 A MENORIDADE NO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é uma lei federal (8.069 promulgada em julho de 1990), que trata sobre os direitos das crianças e adolescentes em todo o Brasil onde o adolescente passou a ser reconhecido como sujeito de direitos e deveres, considerados como pessoas em desenvolvimento a quem se deve prioridade absoluta do Estado. O ECA portanto, prevê um tratamento diferenciado para os adolescentes infratores, classificando-os como pessoas especiais de direitos, procurando garantir que sua formação seja sólida e harmoniosa perante a sociedade, garantindo assim a retomada de uma vida social plena sem problemas ou incidentes, lastreados em valores éticos, sociais e familiares, afastando-os de uma vida pregressa gregária que não deve prevalecer, em nenhuma hipótese durante a o seu desenvolvimento, sob pena de se tornar um doente incurável (SANTIAGO, 2016). Portanto o Estatuto da criança e do adolescente, trouxe o conceito de proteção especial ao adolescente trazendo, desta forma, a teoria de proteção integral idealizada pelo artigo 227 da carta maior "São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial."15, portanto a proteção especial alcança o jovem até 21 anos, como afirma DIGIÁCOMO (2013, P. 155): Se ato infracional praticado enquanto o agente tiver idade entre 12 (doze) e 17 (dezessete) anos, será tratado como adolescente mesmo após completar 18 (dezoito) anos. Vide também art. 2º, par. único, do ECA, acerca da possibilidade de aplicação e execução de medidas socioeducativas a jovens entre 18 (dezoito) e 21 (vinte e um) anos que tenham praticado atos infracionais enquanto adolescentes. 3.4 ADOLESCENTE E AS MEDIDAS SÓCIO-EDUCATIVAS É indubitável que o Estatuto da Criança e do Adolescente abriga uma proteção ao adolescente infrator, não atingindo a suas finalidades que é intimidar e recuperar os jovens que praticam atos infracionais horrendos. Portanto, o ECA traz

16 15 as medidas sócios educativas que acredita ser capaz de recuperar o jovem para não mais praticar os atos infracionais, dentre as medidas sócio educativas o estatuto elenca em seu art. 112, qual medida o poder judiciário poderá implementar: Art Verificada a prática de ato infracional, a autoridade competente poderá aplicar ao adolescente as seguintes medidas: I - Advertência; II - Obrigação de reparar o dano; III - prestação de serviços à comunidade; IV - Liberdade assistida; V - Inserção em regime de semiliberdade; VI - Internação em estabelecimento educacional; VII - qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI. 1º A medida aplicada ao adolescente levará em conta a sua capacidade de cumpri-la, as circunstâncias e a gravidade da infração. 2º Em hipótese alguma e sob pretexto algum, será admitida a prestação de trabalho forçado. 3º Os adolescentes portadores de doença ou deficiência mental receberão tratamento individual e especializado, em local adequado às suas condições. Portanto o processo de execução das medidas utiliza-se de métodos pedagógicos, psiquiátricos e psicológicos, visando à proteção integral do adolescente que cometeu o ato infracional, uma tentativa reinserção na sociedade Medida Sócio Educativa de internação O adolescente que cometeu o ato infracional tipificado como crime hediondo, poderá pela legislação atual ficar até três anos cumprido medida de carácter pedagógico, portanto se tiverem um bom comportamento poderá de maneira surpreendente se recuperado em três anos. No entanto nada impede que este jovem que pratica tal conduta responda em medida em meio aberto. Neste sentido afirma DIGIÁCOMO (2013, p. 163): As medidas socioeducativas são destinadas apenas a adolescentes acusados da prática de atos infracionais, devendo por força do art. 104, par único do ECA ser considerada a idade do agente à data do fato (a criança está sujeita APENAS a medidas de proteção - arts. 105 c/c 101 do ECA) e, embora pertençam ao gênero "sanção estatal"(decorrentes da não conformidade da conduta do adolescente a uma norma penal proibitiva ou impositiva), não podem ser confundidas ou encaradas como penas, pois

17 têm natureza jurídica e finalidade diversas. Enquanto as penas possuem um caráter eminentemente retributivo/punitivo, as medidas socioeducativas têm um caráter preponderantemente pedagógico, com preocupação única de educar o adolescente acusado da prática de ato infracional, evitando sua reincidência. Como o ato infracional não é crime e a medida socioeducativa não é pena, incabível fazer qualquer correlação entre a quantidade ou qualidade (se reclusão ou detenção) de pena in abstracto prevista para o imputável que pratica o crime e a medida socioeducativa destinada ao adolescente que pratica a mesma conduta, até porque inexiste qualquer prévia correlação entre o ato infracional praticado e a medida a ser aplicada, nada impedindo - e sendo mesmo preferível, na forma da Lei e da Constituição Federal - que um ato infracional de natureza grave receba medidas socioeducativas em meio aberto. 16 Definitivamente, os prazos atuais são muito curtos para a recuperação destes adolescentes, tornando verdadeiramente um prêmio pela prática de tais atos. Além disso, as mudanças nos prazos de internação em locais separados dos adolescentes que cometem atos infracionais famélicos e de menor gravidade poderão fazer com que se tenha uma eficiência maior no sistema socioeducativo, com vistas à recuperação dos adolescentes, o que se refletirá no sistema penal adulto, uma vez que os adolescentes recuperados e inseridos na sociedade não se tornarão adultos criminosos. Para o Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia CARDOSO (2016): As leis que fixam a responsabilidade penal alicerçam-se no critério biológico, ou seja, privilegiam a idade, desconsiderando a capacidade física e psíquica do infrator que recebe da Vara da Infância e da Juventude, se condenado, uma das seguintes penas : advertência, obrigação de reparar o dano, prestação de serviços à comunidade, liberdade assistida, inserção em regime de semiliberdade ou internação em estabelecimento educacional, a exemplo da FEBEM; mas uma dessas medidas socioeducativas não pode durar mais de três anos e o menor nunca será levado ao sistema penitenciário. A criança de até 12 anos simplesmente não pode ser punida pelo Estado.

18 17 4 CRITÉRIOS PARA IMPUTAÇÃO DA PENA Para se verificar quais os critérios para que se dê a responsabilidade penal no direito brasileiro tem -se que conceituar a imputabilidade penal. No entanto o código penal brasileiro traz o conceito de inimputabilidade nos arts. 26, caput, e 27, destes artigos podemos interpretar o conceito de imputabilidade. De acordo com PRADO (2014, p. 198) Imputabilidade: "É a plena capacidade (estado ou condição) de culpabilidade-entendida como capacidade de entender o querer e, por conseguinte, de responsabilidade criminal (o imputável responde pelos seus atos)". Deste modo PRADO escreve que o Código Penal define os inimputáveis como aqueles que carecem da capacidade da culpabilidade: quando por anomalia mental, são incapazes de entender o caráter ilícito do fato ou determinar-se de acordo com esse entendimento. Portanto chegamos à conclusão que são imputáveis aqueles que têm consciência (da ilicitude do fato) e vontade (possibilidade de escolher entre praticar ou não o ato). Imputabilidade é a capacidade atribuída a alguém de ser responsabilizado penalmente pela infração penal cometida, e inimputabilidade é a ausência dessa capacidade. Difere da responsabilidade penal, que é a obrigação do criminoso de cumprir a pena cominada à infração penal que cometeu. Em relação à imputabilidade do adolescente afirma NUCCI (2009, p. 301): "Apesar de se observar que, na prática, menores com 16 ou 17 anos, por exemplo tem plena capacidade de compreender o caráter ilícito do que praticam, tendo em vista que o desenvolvimento acompanha, como é natural a evolução dos tempos, tornando a pessoa mais precocemente preparada para compreensão integral dos fatos da vida" 4.1 CRITÉRIOS BIOLÓGICO, PSICOLÓGICO E BIOPSICOLÓGICO São três os critérios que buscam definir a imputabilidade penal: biológico, psicológico e biopsicológico.

19 18 No entanto o critério biológico leva em consideração, com relação ao adolescente como aquele em que se considera, pura e simplesmente, a idade do agente, independentemente de outros aspectos, para determinar se o mesmo será ou não isento de pena, independentemente se este possui ou não capacidade de entender o caráter ilícito do ato praticado. Portanto, com a adoção do critério biológico, muitas vezes o adolescente infrator, mesmo sendo capaz de compreender o caráter ilícito da ação que está cometendo não responde penalmente. No mesmo sentido, MIRABETE (2004, p. 216) traz o seguinte ensinamento Adotou-se no dispositivo um critério puramente biológico (idade do autor do fato) não se levando em conta o desenvolvimento mental do menor, que não está sujeito à sanção penal ainda que plenamente capaz de entender o caráter ilícito do fato e determinar-se de acordo com esse entendimento. Trata-se de uma presunção absoluta de inimputabilidade que faz com que o menor seja considerado como tendo desenvolvimento mental incompleto em decorrência de um critério de política criminal. Implicitamente, a lei estabelece que o menor de 18 anos não é capaz de entender as normas da vida social e agir conforme esse entendimento. Portanto depreende do ensinamento do ilustre jurista de que o caráter puramente biológico (idade do autor do fato) não se leva em conta o desenvolvimento mental do adolescente, que não está sujeito à sanção penal ainda que plenamente capaz de entender o caráter ilícito do fato e de determinar-se de acordo com esse entendimento concedendo ao adolescente que pratica um crime hediondo as medidas protetivas do estatuto da criança e do adolescente. Quanto ao critério psicológico, segundo o qual, a inimputabilidade ocorrerá quando o agente, ao tempo do crime, não tiver condições de compreender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com este entendimento. Para NUCCI (2009, p. 231) "o critério psicológico leva-se em consideração unicamente a capacidade que o agente possui para apreciar o caráter ilícito do fato ou de comporta-se de acordo com esse entendimento." Portanto, conclui-se que neste sistema, não há necessidade que a incapacidade de entender ou querer derive de uma causa mental preexistente. No que tange ao critério biopsicológico, a inimputabilidade decorre da junção dos dois critérios anteriores, o psicológico e o biológico, portanto o critério

20 19 biopsicológico ou misto foi escolhido pelo nosso legislador como pressuposto para imputabilidade penal. Em relação ao critério biopsicológico NUCCI (2009, p. 297) assim assevera: Levam-se em conta os dois critérios anteriores unidos, ou seja, verifica-se se o agente é mentalmente são e se possui capacidade de entender a ilicitude do fato ou de determinar-se de acordo com este entendimento. É o principio adotado pelo Código Penal, como se pode vislumbrar no art. 26. Entretanto o critério biopsicológico é adotado pelo Direito Pátrio em relação àqueles indivíduos que possuem idade maior de 18 (dezoito) anos que venham a cometer algum tipo de delito tipificado como crimes, infrações entre outros, o que possibilita a não aplicação da respectiva sanção penal normalmente aplicada, caso se constate alguma causa de exclusão da imputabilidade prevista no artigo 26 do Código Penal. Portanto, a crítica que se faz ante a não aplicação do critério biopsicológico também para os adolescentes entre 16 (dezesseis) e 18 (dezoito) anos, é especificamente sob a alegação de incapacidade do mesmo de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. No mesmo sentido fundamenta NUCCI (2012, p. 295) afirmando que: Não é mais crível que menores com 16 ou 17 anos, por exemplo, não tenha condições de entender o caráter ilícito do que praticam, tendo em vista que o desenvolvimento mental acompanha, como é natural, a evolução dos tempos, tornando a pessoa mais precocemente preparada para a compreensão integral dos fatos da vida. O menor de 18 anos já não é o mesmo do início do século, não merecendo continuar sendo tratado como uma pessoa que não tem noção do caráter ilícito do que faz ou deixa de fazer. (2012, p. 295). Neste sentido esclarece PRADO (2014, p. 198) "considera-se apenas as condições psicológicas do agente à época do fato". 4.2 INIMPUTABILIDADE EM RAZÃO DA IDADE

21 20 O Código Penal de 1940, em sua redação original comtemplava em seu art. 23 dispunha que os menores de dezoito anos são penalmente irresponsáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial. Mas atualmente, com nova redação estabelece em seu art. 27 "que os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial". Portanto o mesmo direcionamento dado pelo art. 228 da constituição federal de 1988 "são penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial". E a legislação especial veio com advento da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 que trouxe a seguinte redação em seu art. 104: São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às medidas previstas nesta lei. Sobre a inimputabilidade do adolescente e o critério de aferição assevera NUCCI (2009, p. 301): Trata-se da adoção, nesse contexto, do critério puramente biológico, isto é, a lei penal criou a presunção absoluta de que o menor de 18 anos, em face do desenvolvimento mental incompleto, não tem condições de compreender o caráter ilícito do que faz ou capacidade de determinar-se de acordo com esse entendimento. Nesse contexto de adoção do critério puramente biológico preleciona PRADO (2015, p. 199): Consagra-se aqui o princípio da inimputabilidade absoluta por presunção, com fulcro no critério biológico da idade do agente, e que, a partir da carta de 1988, tem assento constitucional (art. 228, CF). Porém ficam os menores de 18 anos sujeitos às disposições especificas do Estatuto da criança e do adolescente (art.104, Lei 8069/1990). Ainda no que tange ao critério biológico como adoção de política criminal ensina GRECO (2015, p. 104): A inimputabilidade por imaturidade natural ocorre em virtude de uma presunção legal, na qual, por questões de política criminal, entendeu o legislador brasileiro que os menores de 18 anos não gozam de plena capacidade de entendimento que lhe permita imputar a pratica de um fato típico e ilícito. Adotou-se, portanto, o critério puramente biológico.

22 21 Portanto esta imputabilidade é apreciada no momento da ação ou omissão, podendo, no entanto, por política criminal, ser estendida até vinte e um anos nos casos e que o adolescente for apreendido pelo cometimento de um crime tipificado como hediondo.

23 5 PEC 171/93: REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL FRENTE AOS CRIMES HEDIONDOS 22 O constituinte de 1988, ao prever a possibilidade de alteração do texto constitucional através de um processo legislativo especial, definido assim o nosso ordenamento como rígido. DA SILVA (2005 pg. 42) ainda explica que "rígida é constituição somente alterável mediante processos, solenidades e exigências formais especiais, diferentes e mais difíceis que os de formação das leis ordinárias ou complementares." As emendas são modificações imposta ao texto da Constituição Federal. É um processo cuja elaboração e para adaptar e permanecer atualizada diante de relevantes mudanças políticas e sociais. Tal dispositivo encontra-se disciplinado no artigo 60 da carta magna. Por ser uma constituição rígida, o quórum para aprovação é mais elevado que o ordinário, sendo necessário o voto de três quintos (60%) dos membros das duas Casas em dois turnos de votação, na mesma sessão legislativa. Segundo a AGÊNCIA BRASIL (2016): Ao todo, tramitavam na Câmara 39 PECs propondo a redução da maioridade penal. Todas foram apensadas à PEC 171, pela medida ser a mais antiga em tramitação na Casa. A PEC original, apresentada pelo então deputado Benedito Domingos (DF), propunha a redução da maioridade penal de 18 anos para 16 em relação a todos os crimes. Na votação final, tanto do primeiro quanto do segundo turno, os deputados aprovaram a diminuição da idade penal para os crimes hediondos como estupro e latrocínio e também para homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte. Portanto, ao longo dos anos, houveram vários projetos de emenda à Constituição Federal de 1988, com intuito de reduzir a maioridade penal no Brasil. No entanto, o projeto que teve êxito, mas alterado em relação ao original que fora apresentada pelo então deputado Benedito Domingos (DF), que propunha a redução da maioridade penal de 18 anos para 16 em relação a todos os crimes. Segundo a CÂMARA DOS DEPUTADOS (2016):

24 O texto aprovado é uma emenda apresentada pelos deputados Rogério Rosso (PSD-DF) e André Moura (PSC-SE). Essa emenda excluiu da proposta inicialmente rejeitada pelo Plenário os crimes de tráfico de drogas, tortura, terrorismo, lesão corporal grave e roubo qualificado entre aqueles que justificariam a redução da maioridade, no entanto, o texto aprovado, a maioridade será reduzida nos casos de crimes hediondos como estupro e latrocínio e também para homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte. 23 Pela emenda aprovada, os jovens de 16 e 17 anos deverão cumprir a pena em estabelecimento separado dos adolescentes que cumprem medidas socioeducativas e dos maiores de 18 anos. 5.1 DA POSSIBILIDADE DE SE REDUZIR A MAIORIDADE PENAL A LUZ DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 As limitações materiais ao poder de reforma da constituição de um Estado se solidifica como clausula pétreas, onde matérias preestabelecidas pelo constituinte originário não serão sequer passiveis de emenda constitucional, nos termos do artigo 60, 4º, CF. A discursão, portanto seria a possibilidade da redução sem ferir o preceito constitucional, a respeito da possibilidade de a constituição ser emendada, assevera NUCCI (2009, p. 302): A única via para contornar essa situação, permitindo que a maioridade penal seja reduzida, seria através de emenda constitucional, algo perfeitamente possível, tendo em vista que, por clara opção do constituinte, a responsabilidade penal foi inserida no capítulo da família, da criança, do adolescente e do idoso, e não no contexto dos direitos e garantias individuais (Capítulo I, art. 5º, CF). No mesmo sentido ensina GRECO (2015): Apesar da inserção no texto de nossa Constituição Federal referente à maioridade penal, tal fato não impede, caso haja vontade política para tanto, de ser levada a efeito tal redução, uma vez que o mencionado art. 228 não se encontra entre aqueles considerados irreformáveis, pois não se amolda ao rol das cláusulas pétreas elencadas nos incisos I a IV, do parágrafo 4, do art. 60 da Carta Magna.

25 24 Ainda nesta senda posiciona-se GRECO (2015 p. 105): A única implicação prática da previsão da inimputabilidade penal no texto da Constituição Federal é que, agora, somente por meio de um procedimento qualificado de emenda, a menoridade penal poderá ser reduzida, ficando impossibilitada tal redução via lei ordinária. Desta forma, fica evidenciado que o tema é complexo, mas na opinião de vários autores pode sem sobra de dúvida ter a legislação modificada para que o adolescente seja responsabilizado criminalmente pelos seus atos no caso dos crimes hediondos. 5.2 IDADE PENAL EM OUTROS PAÍSES O Estatuto da criança e do adolescente estabelece que para os menores de 12 anos incompletos são tomadas apenas medidas de proteção, art. 101 do ECA, e para os adolescentes entre 12 a 18 anos medidas de proteção ou se necessárias medidas socioeducativas, art. 112 do ECA, e excepcionalmente os jovens entre 18 a 21 anos, medidas socioeducativas. A idade penal varia de país para país e que uma idade penal menor não está necessariamente vinculada a menor desenvolvimento ou menos democracia. Por exemplo, se compararmos a idade penal no Brasil com alguns países da Europa, veremos que, ao contrário do que muita gente acredita, a idade penal no Brasil é bem maior do que a média (FOLHA UOL, 2016). Portanto cada país opta diferentemente quanto pena a ser aplicada a menores de idade, dependendo não só de suas influências geográficas e religiosas, mas também suas opções sociais, e a capacidade de a sociedade/estado lidar com as pessoas que pune (FOLHA UOL, 2016) Na Índia a fixa de idade limite é de 7 anos para responder pelo crime cometido; Inglaterra e Nova Zelândia punem o criminoso a partir dos 10 anos; o Canadá, Israel e Holanda punem a partir de 12 anos; a Itália e Alemanha levam as

26 25 crianças aos tribunais a partir dos 14 anos; Portugal, Argentina Espanha e Chile, a partir de 16 anos; Brasil, Colômbia, Venezuela, Dinamarca e França a partir de 18 anos. Nos Estados Unidos não se adota o sistema biológico e, portanto, não existe idade mínima, mas considera-se a índole e a consciência a respeito do ato praticado. Enfim, não temos argumentos sérios para não punir os adolescentes, pois os países mais desenvolvidos não endossam a fixação de idade para isentá-los de culpa (ASSOCIAÇÃO DOS MAGISTRADOS BRASILEIROS, 2016).

27 26 6 POSIÇÕES DOUTRINÁRIAS E ARGUMENTOS A FAVOR DA REDUÇÃO Os doutrinadores divergem sobre o tema, alguns defendem a imputabilidade a partir dos 18 (dezoito) anos de idade levando em consideração critério biológico, outros são adeptos à redução para os 16 (dezesseis) anos tendo como base o critério psicológico, argumentam que os adolescentes com idade superior a 16 anos são sujeitos capazes, com condições de discernimento, e possuem maturidade suficiente para responder por seus atos e cumprir sua pena no sistema diferenciado dos menores de 16 anos. Em torno deste tema Afirma o notável jurista NUCCI (2009, p. 301): Apesar de se observar que, na prática, menores com 16 ou 17 anos, por exemplo, têm plenas condições de compreender o caráter ilícito do que praticam, tendo em vista que o desenvolvimento mental acompanha, como é natural, a evolução dos tempos, tornando a pessoa mais precocemente preparada para a compreensão integral dos fatos da vida, o Brasil ainda mantém a fronteira fixada nos 18 anos. Portanto, o Código Penal Brasileiro e nem a Constituição de 1988 no que tange a matéria penal não acompanhou a evolução do adolescente que vem passando por diversas transformações sociais, biológicas onde cada vez mais cedo são jovens conscientes e capazes de compreender perfeitamente seus atos. Ainda de acordo com NUCCI (2009, p. 302): O menor de 18 anos já não é o mesmo do início do século, não merecendo continuar sendo tratado como uma pessoa que não tem noção do caráter ilícito do que faz ou deixa de fazer, sem poder conduzir-se de acordo com esse entendimento. Além disso a condição de maturidade do maior de 16 anos tem seu reconhecimento na constituição de 1988 quando comtempla em seu art. 14, parágrafo 1º, alínea a, diz que o alistamento eleitoral e o voto, são facultativos para os maiores de dezesseis anos e menores de dezoito anos", dando a estes adolescentes o direito de escolher seus representantes politicamente portanto o maior de 16 anos que pratica um crime hediondo não será julgado conforme um

28 27 adulto plenamente incapaz, mas fica explanada mais uma incoerente questão. Sobre este argumento afirma REALE (2001, p. 161) ao defender que: Tendo o agente ciência de sua impunidade, está dando justo motivo à imperiosa mudança na idade limite da imputabilidade penal, que deve efetivamente começar aos dezesseis anos, inclusive, devido à precocidade da consciência delitual resultante dos acelerados processos de comunicação que caracterizam nosso tempo. Aliás, não se compreende que possa exercer o direito de voto quem, nos termos da lei vigente, não seria imputável pela prática do delito eleitoral. Outro argumento é que os adolescentes são levados para organizações criminosas por intermédio de delinquentes maiores, por serem inimputáveis, aqueles adolescentes tem a certeza que nenhuma punição acontecerá e não serão responsabilizados caso sejam surpreendidos, tendo a certeza da impunidade. Nesse sentido, assevera JORGE (2002): Não podemos assistir de braços cruzados a escalada de violência, onde menores de 18 anos praticam os mais hediondos crimes e já integram organizações delituosas, sendo inteiramente capazes de entender o caráter ilícito do fato e de determinar-se de acordo com esse entendimento. O Estatuto da Criança e do Adolescente, por benevolente que é, não tem intimidado os menores. Como forma de ajustamento à realidade social e de criar meios para enfrentar a criminalidade com eficácia, impõe-se seja considerado imputável qualquer homem ou mulher a partir dos dezesseis anos de idade. Ainda de acordo com JORGE (2002) a legislação vigente para os menores, qual seja, o Estatuto da Criança e do Adolescente é considerado tolerante em excesso com o adolescente infrator, não cumprindo sua função de intimidar jovens para que eles não desrespeitem a lei. Portanto, além de possuírem o convencimento de que o ato que praticam é criminoso, estes adolescentes utilizam-se conscientemente dessa inimputabilidade que os abrange, praticando variados crimes na sua forma hedionda, valendo-se, inclusive, da certeza dessa impunidade que a sua particular condição lhe proporciona. Neste sentido posiciona o Procurador da República Kleber Martins Araújo (ARAÚJO, 2016):

29 28 A insignificância da punição, certamente, pode trazer consigo o sentimento de que o "o crime compensa", pois leva o indivíduo a raciocinar da seguinte forma: "É mais vantajoso para mim praticar esta conduta criminosa lucrativa, pois, se eu for descoberto, se eu for preso, se eu for processado, se eu for condenado, ainda assim, o máximo que poderei sofrer é uma medida socioeducativa. Logo, vale a pena correr o risco". Trata-se, claro, de criação hipotética, mas não se pode negar que é perfeitamente plausível. A fim de fortalecer esse ponto de vista o Promotor de Justiça Thales de Oliveira (UOL, 2016) argumenta que sua experiência, somada a dados estatísticos, evidencia que, a partir de 16 anos, há um ingresso mais forte na criminalidade violenta, associada a práticas como latrocínio e homicídio. Thales de Oliveira ainda ressalta que: "diferentemente do que se costuma imaginar, os adolescentes infratores não são apenas usados por quadrilhas criminosas em razão de sua inimputabilidade, mas já assumem as organizações, liderando muitas delas" (UOL, 2016). 6.1 POSIÇÕES DOUTRINÁRIAS E ARGUMENTOS CONTRA A REDUÇÃO Entre os partidários que são contrários à redução da imputabilidade penal para os maiores de 16 anos que cometem crimes hediondos, defendem a ideia de que com esta redução penal haveria a consequente inclusão de adolescentes infratores na vala comum de nosso sistema carcerário. Contudo não reduziria a criminalidade por meio do medo, uma vez que estudos apontaram que tal previsão abstrata não cumpre sua função intimidadora. MIRABETE (2001, p. 201) se posiciona no sentido de que não é possível realizar a redução, como se depreende do trecho: Ninguém pode negar que o jovem de 16 a 17 anos, de qualquer meio social, tem hoje amplo conhecimento do mundo e condições de discernimento sobre a ilicitude de seus atos. Entretanto, a redução do limite de idade no direito penal comum representaria um retrocesso na política penal e penitenciária brasileira e criaria a promiscuidade dos jovens com delinquentes contumazes. O Estatuto da Criança e do Adolescente prevê, aliás, instrumentos eficazes para impedir a prática reiterada de atos ilícitos por pessoas com menos de 18 anos, sem os inconvenientes mencionados.

30 29 Federal: Morais (1998, p. 56) firma o entendimento que o art. 228 da Constituição Entendemos impossível essa hipótese, por tratar-se a inimputabilidade penal, prevista no art. 288 da Constituição Federal, de verdadeira garantia individual da criança e do adolescente em não serem submetidos à persecução penal em Juízo, nem tampouco poderem ser responsabilizados criminalmente. Ainda, como justificativa maior, não poderia ser possível alteração da maioridade penal visto que o artigo 27 do Código Penal é abarcado pela Constituição Federal em seu artigo 228, bem como o artigo 104 do Estatuto da criança e do Adolescente, que também fixa a idade de dezoito anos como limite para a imputabilidade do adolescente visto que o artigo 228 é compreendido como um direito e garantia fundamental, portanto, é considerado cláusula pétrea. Neste sentido afirma DIGIÁCOMO (2013, p. 155): A inimputabilidade penal é fixada aos dezoito anos pelo art. 228, da Constituição Federal, sendo, inclusive, considerada cláusula pétrea por expressar um direito individual de natureza análoga àqueles relacionados no art. 5º, da mesma Carta Magna. Desta forma, a teor do disposto no art. 60, 4º, da Constituição Federal, não é possível sequer deliberar sobre proposta de emenda à constituição. Assim sendo, tal dispositivo é insuscetível de alteração ou supressão, ainda que por emenda constitucional, preservando-se o direito de toda criança ou adolescente acusado da prática de infração penal não ser alvo de persecução criminal, estando sim sujeito à aplicação das disposições contidas no ECA.

31 30 7 LEI N 8.072/90, DOS CRIMES HEDIONDOS Nos anos 90, motivado pela onda de sequestros que assombrava o País o Legislador fora forçado pela opinião pública a redigir e aprovar a Lei 8.072/90, a chamada Lei dos Crimes Hediondos, que veio compor então o nosso ordenamento jurídico com o objetivo de refrear, não só os sequestros que se proliferavam de forma assustadora, mas também os demais crimes definidos como hediondos cujo fundamento está insculpido no artigo 5º, inciso XLIII, da Magna Carta de 1988, in verbis: XLIII a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem. Neste sentido hediondo é aquele crime que causa repugnância, aversão, repudio, pela sociedade em geral e, por consequência, presume-se que o indivíduo que o pratica possui um maior grau de periculosidade. Conforme o artigo 1 da Lei n 8.072/90, atualmente são considerados crimes hediondos: [...] I Homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, 2o, incisos I, II, III, IV, V, VI e VII); (Redação dada pela Lei nº , de 2015) I-A lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, 2o) e lesão corporal seguida de morte (art. 129, 3o), quando praticadas contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição; (Incluído pela Lei nº , de 2015) II - Latrocínio (art. 157, 3o, in fine); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994) III - extorsão qualificada pela morte (art. 158, 2o); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994) IV - Extorsão mediante sequestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e l, 2 e 3 ); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994) V - Estupro (art. 213, caput e 1o e 2o); (Redação dada pela Lei nº , de 2009) VI - Estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e 1o, 2o, 3o e 4o); (Redação dada pela Lei nº , de 2009)

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