Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente PNUMA. A Energia Sustentável: PNUMA à frente das mudanças das bases energéticas.

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1 Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente PNUMA A Energia Sustentável: PNUMA à frente das mudanças das bases energéticas.

2 Histórico do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) foi criado durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, realizada em Estocolmo, na Suécia, em 1972, que representou o primeiro grande evento da ONU para discussão de questões ambientais. O PNUMA é um órgão regulador vinculado à ONU, criado para monitorar o cumprimento do direito do homem de viver em um ambiente de boa qualidade. É responsável por fiscalizar as ações nacionais e internacionais para promover proteção do meio ambiente de forma sustentável e a tomada de consciência da população mundial acerca da questão ambiental. Com sede em Nairóbi, no Quênia, atua por meio de seis escritórios regionais, que visam descentralizar as decisões, reforçar o alcance regional e identificar, definir e desenvolver projetos e atividades mais eficazes. Os escritórios são divididos em Escritório Regional da Europa, Escritório Regional da África, Escritório Regional da América do Norte, Escritório Regional da Ásia e do Pacífico, Escritório Regional da América Latina e do Caribe e Escritório Regional da Ásia Ocidental. O PNUMA coordena todas as atividades dos organismos da ONU com relação ao meio ambiente, atuando junto a governos, comunidades científicas, indústrias e organizações não governamentais. O intuito principal é liderar e encorajar parcerias no cuidado ao ambiente, inspirando, informando e capacitando nações e povos a aumentar sua qualidade de vida sem comprometer as futuras gerações. Os programas são financiados pelo Fundo das Nações Unidas para o Meio Ambiente, que recebe contribuições voluntárias dos governos, complementadas pelo orçamento da ONU. Introdução Diversas catástrofes ocorrendo em um curto espaço de tempo. Fenômenos naturais cada vez mais intensos e rigorosos do que o normal. A natureza agindo de uma forma como nunca havíamos visto antes. Isso tudo não está ocorrendo ao acaso e ao mesmo tempo por pura coincidência, mas sim por causa do modo de vida impensado dos humanos. Duas palavras podem resumir por que estão ocorrendo esses diversos fenômenos: aquecimento global. Devido à forma como utilizamos a natureza para a

3 nossa sobrevivência e principalmente para o nosso bem-estar, estamos agravando um aquecimento terrestre que se desenvolveria naturalmente ao longo de séculos, e não ao longo de poucos anos, como está ocorrendo atualmente. O Fourth Assessment Report of the Intergovernmental Panel on Climate Change (Quarto Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima 1 ), do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC, sigla em inglês), acredita que todas as mudanças climáticas que vêm ocorrendo na Terra devem-se às ações antrópicas, principalmente devido à queima de combustíveis fósseis para a produção de energia. O principal gás agravante do efeito estufa advém da queima principalmente do petróleo, do gás natural e do carvão mineral (combustíveis fósseis), que é o dióxido de carbono (CO2). Devido ao aumento da demanda energética por causa do grande crescimento populacional, entre outros fatores ligados a esse crescimento, a concentração de dióxido de carbono aumentou substancialmente em poucos anos. Para piorar o quadro, outros compostos também aumentaram em concentração na atmosfera, como o óxido nitroso e o metano, que também contribuem para o aquecimento global. Para mudar esse quadro dramático, percebeu-se que o melhor jeito para mitigar as mudanças climáticas seria a redução da emissão desses gases de efeito estufa (GEE). Como a produção de energia era a que mais contribuía para a liberação desses gases na atmosfera, era nela que as maiores mudanças deveriam ocorrer. Substituir o petróleo, o gás natural e o carvão mineral como base energética sem dúvida é a melhor forma de minimizar a concentração de GEE na atmosfera. Assim, as fontes alternativas de energia seriam a solução para o problema. Conseguir que os países desenvolvidos abandonassem o uso de combustíveis fósseis em favor da exploração de fontes alternativas na produção de energia e já implantar nos países emergentes estas fontes seriam ações que mudariam completamente o quadro dramático para que estamos seguindo e se mostrariam como uma forma de salvar o planeta. Infelizmente, a realidade das fontes alternativas ainda é muito distante. A contribuição no fornecimento de energia ao redor do mundo das diversas fontes de alternativas não passa de 2% (não contando a nuclear e as hidroelétricas). Além disso, essas fontes de energia são muito caras e possuem um baixo custo- 1 Tradução oficial do Ministério da Ciência e Tecnologia MCT.

4 benefício, e as usinas hidroelétricas e as nucleares possuem atualmente uma distribuição muito limitada. O trabalho do PNUMA é discutir como implantar de forma sustentável essas fontes de energia alternativa, e se realmente será necessário cortar os combustíveis fósseis do quadro mundial. Histórico do problema A Terra, graças à sua evolução ao longo de alguns bilhões de anos, propiciou condições para a existência de vida, vindo a ser, hoje, a casa da humanidade. É sobre ela que vivemos, construímos nossas edificações, e dela extraímos tudo o que é necessário para a manutenção da espécie, tal como água, alimentos e matérias-primas para a produção de energia e fabricação de todos os produtos que usamos e consumimos. A energia é o grande motor do sistema Terra. Ao mesmo tempo, não há animal ou vegetal que subsista sem consumir alguma forma de energia. Os vegetais utilizam a energia proveniente do Sol para efetuar a fotossíntese e assim fabricar seus constituintes. Os animais, por sua vez, alimentam-se de vegetais ou outros animais para obter a energia necessária e se manterem vivos. Os seres humanos aprenderam ao longo dos séculos a utilizar diversas formas de energia que são encontradas na Terra, fator de extrema importância no desenvolvimento da civilização, permitindo a fabricação de instrumentos e armas, além de proporcionar o cozimento de alimentos e aquecimento de ambientes. A habilidade de obter e utilizar energia tem permitido que a humanidade ocupe áreas do planeta onde o clima é extremamente adverso, locomova-se de forma rápida e mantenha um complexo sistema de civilização, empregando diferentes fontes energéticas em distintas regiões do planeta. As primeiras intervenções da humanidade nos processos naturais coincidem com o domínio do fogo. A partir daí, os seres humanos começam a modificar as condições naturais da superfície do planeta. Estima-se que a exploração mineral iniciou-se há anos. No entanto, os registros mais antigos do uso artificial da terra e sua exploração mais ativa são de a.c., com o início da chamada revolução agrícola. Desde então, a humanidade explora os recursos naturais do planeta e modifica a superfície terrestre para atender suas necessidades, que crescem continuamente com o desenvolvimento das civilizações. Por outro lado, a constante e crescente exploração dos recursos naturais tem ocasionado intensas

5 pressões sobre o meio ambiente em determinadas regiões, prejudicando a própria vida. A análise do histórico da ocupação da Terra pela humanidade mostra que a população global era da ordem de 5 milhões de habitantes anos atrás, cresceu para 250 milhões no início da Era Cristã, e atingiu 1 bilhão em torno do ano de Segundo estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU), atingimos cerca de 6 bilhões de pessoas no ano Isso significa que o consumo de bens e mercadorias cresceu em proporções gigantescas num período de tempo relativamente curto, considerando-se a história da humanidade. As características de desenvolvimento acima descrito exigem um consumo cada vez maior de matérias-primas tanto quanto energéticas. Estima-se que o consumo de matérias-primas minerais varia entre 8 ton/ano por pessoa nas regiões menos desenvolvidas e de 15 ton/ano ou até 20 ton/ano por pessoa nas mais desenvolvidas. Além disso, o consumo de energia por habitante parece aumentar dependendo do estágio de desenvolvimento em que a sociedade se encontra, levando a supor que, quando os povos se desenvolvem, cresce a demanda de energia per capita. Para possibilitar o conforto da população atual, o volume de materiais mobilizados pela humanidade é maior do que aquele mobilizado pelos processos geológicos característicos da dinâmica externa da Terra. Tal constatação coloca a humanidade como grande agente modificador da superfície do planeta na atualidade. Ao longo do tempo, várias formas de energia foram utilizadas, umas sucedendo outras ou ainda sob uso concomitante, dependendo da disponibilidade e do custo de obtenção. Os primeiros registros sobre o aumento intensivo do uso de fontes energéticas ocorrem com a Revolução Industrial, na Europa Ocidental, durante a segunda metade do século XVIII. Com o advento das máquinas a vapor, o carvão mineral foi elevado à condição de principal fonte primária de energia, com consequente diminuição do emprego de lenha, largamente utilizada no continente europeu até meados do século X. Antes disso, o carvão mineral era usado somente para atividades domésticas, em pequena escala. Por essa época, os Estados Unidos, que dispunham de um potencial energético considerável representado por recursos hídricos e grandes florestas, começa a traçar um perfil de consumo caracterizado pelo uso intensivo de energia. A exploração americana do carvão se deu depois da europeia, contudo o crescimento da produção de minas cresceu de tal forma que, durante o século XIX, o país esteve entre os maiores produtores mundiais.

6 Também foi nos Estados Unidos, na metade do século XIX, que o petróleo deu os primeiros passos para entrar na matriz energética mundial. Os aumentos sucessivos de produção, primeiro no próprio território norte-americano e depois no Oriente Médio, tornaram o petróleo uma das principais fontes de energia do mundo em vista das facilidades econômicas e técnicas de exploração, do transporte e armazenamento. No final do século XIX, o aproveitamento tecnológico da eletricidade marcaria o início de uma nova era da civilização, com a disponibilidade de uma fonte energética que viria, crescentemente, viabilizar inúmeras atividades e processos, desde a iluminação pública, passando pelo desenvolvimento de novos motores, até chegar aos atuais controles eletrônicos. A eletricidade redesenhou os conceitos de processos produtivos na indústria e propiciou o acesso a um novo patamar de qualidade de vida, proporcionado por novos bens de consumo e serviços. A matriz energética mundial transformou-se, ao longo do século XX, de uma total dominação do carvão e petróleo (fontes fósseis) para uma mistura de diversas tecnologias energéticas e combustíveis, como mostrado na Figura 1. Figura 1 Evolução da matriz energética mundial ( ) Fonte: Shell Atualmente, estima-se que aproximadamente um terço da população mundial não tem acesso à energia elétrica e, mesmo em sociedades mais industrializadas, com padrão de vida melhor, ainda coexistem formas rudimentares de transformação e uso da energia. Estima-se que as reservas conhecidas de petróleo devem durar apenas mais 75 anos; as de gás natural, um pouco mais de

7 100 anos; as reservas de carvão, aproximadamente 200 anos. A Ásia é o maior continente produtor de energia (34% do total), seguida da América (31,1%) e da Europa (25,6%). A América do Norte é o maior consumidor, principalmente os Estados Unidos, que consomem mais de um terço do total produzido. A produção mundial de energia, em 2003, somou o equivalente a 9,8 mil megatoneladas de petróleo, dos quais 86,2% são provenientes de fontes não renováveis carvão, gás natural e petróleo. Embora tenham uso crescente, as fontes renováveis são responsáveis por apenas 13,8% do total produzido. Principal fonte primária de energia, o petróleo contribui com 35,8% na produção total em As perspectivas de especialistas apontam que a predominância desta sobre outras fontes ainda deverá perdurar durante as próximas duas décadas, embora possa haver redução do consumo em decorrência do aproveitamento de outros insumos, como o gás natural. Segundo os dados da Agência Internacional de Energia (EIA, sigla em inglês), até 1997, o carvão era a segunda principal fonte de energia mundial. Os mesmos dados apontam a China (33,8%), os Estados Unidos (25,6%) e a Índia (8,3%) como os maiores produtores mundiais de carvão. Motivos ambientais e econômicos, que relacionam a queima desse combustível com a acidificação das chuvas e a formação do smog urbano, no entanto, contribuíram para a redução de 5% no consumo do carvão, durante a década de Essa redução, de acordo com os levantamentos realizados pelo World Watch Institute (WWI), indica que o produto teria caído para terceiro lugar, pouco abaixo do gás natural. Principalmente por seu menor teor de poluição e pelo aproveitamento da sua associação com o petróleo, o gás natural apresenta atualmente o maior crescimento de consumo entre os combustíveis fósseis. Os maiores produtores mundiais de gás natural, em 2003, foram a Federação Russa (22,1%), os Estados Unidos (21,0%) e o Canadá (6,9%) (BP, 2003). Em vista dos menores índices de poluição e das características como fonte combustível substituta, o gás natural pode garantir energia para automóveis, produção de energia em termoelétricas e nas indústrias de refrigerantes e cerâmica, por isso é apontado pelo Energy Information Administration of US Department of Energy como a fonte primária que terá maior crescimento no uso até Os recursos energéticos utilizados atualmente pelas nações industrializadas são os combustíveis fósseis (carvão mineral, petróleo e gás natural), hidroeletricidade, energia nuclear, energia geotérmica, solar, eólica, energia proveniente da biomassa, de marés e de ondas. Os países mais desenvolvidos caracterizam-se por um perfil de consumo exagerado tanto de matérias-primas como de energia. Na busca por uma melhor

8 qualidade de vida, a tendência seguida pelos países menos desenvolvidos é atingir os padrões de consumos dos países industrializados do Hemisfério Norte. Entretanto, fica evidente que isso levaria a níveis insustentáveis de consumo de matérias-primas e combustíveis, de maneira que as nações em desenvolvimento deverão buscar caminhos diferentes, evitando o mesmo nível de consumo e desperdício praticados naqueles países, uma vez que os recursos globais são limitados e sua utilização pode acarretar sérios danos ao meio ambiente. Ao mesmo tempo em que a produção de energias limpas deu um salto tecnológico, o mundo passou a depender como nunca de fontes energéticas que lançam gases que provocam o efeito estufa na atmosfera. Estudos citados em 2007 pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) da ONU afirmam que os investimentos mundiais em energias renováveis nunca foram tão altos - chegaram a US$ 38 bilhões em Ainda assim, mostram os mesmos estudos, as emissões de gases do setor energético nunca foram tão volumosas. Juntas, as emissões de gases que causam o efeito estufa equivalem a 49 bilhões de toneladas de dióxido de carbono lançadas anualmente na atmosfera. Destas, 26 bilhões de toneladas estão relacionadas à produção de energia, que inclui o fornecimento e o aquecimento de casas e empresas e o setor de transporte. Se mantidas as atuais políticas energéticas, estas emissões poderiam atingir o equivalente a 40 bilhões de toneladas até 2030, segundo os cálculos apresentados pelo IPCC. Explorar as possibilidades de mudanças é essencial para nortear as ações dos investimentos por parte das empresas, das medidas governamentais por parte dos Estados e das considerações do que é melhor para as suas famílias, comunidades e para o mundo por parte dos cidadãos. Não se pode conhecer o futuro antes que ele chegue, contudo pode-se pensar sobre ele, desafiando as considerações, reconhecendo as incertezas críticas, alcançando novas possibilidades e entendendo as dinâmicas. Mudar o padrão de consumo e mudar a matriz energética estão entre os maiores desafios que o mundo terá de enfrentar se quiser reduzir as emissões de gases que contribuem para o agravamento do efeito estufa e para o aquecimento global.

9 O Aquecimento Global O Quarto Relatório do IPCC traz informações surpreendentes sobre o que está ocorrendo e o que ocorrerá com a Terra se as emissões de GEE continuarem do jeito que estão hoje. Diversas são as consequências que o Aquecimento Global traz para o globo terrestre. O derretimento das calotas polares faz com que os níveis dos mares aumentem e, somado com a expansão térmica da água dos oceanos, faz com que o nível deste suba, trazendo preocupação imediata a milhares de ilhas e países como os Países Baixos, pois a água poderia cobrir seus territórios, fazendo com que eles desaparecessem da Terra. Além disso, o oceano é o maior sequestrador de dióxido de carbono da atmosfera, e o aquecimento de suas águas diminui esse poder de absorção, fazendo com que mais desse GEE se acumule no ar. Outro problema observado foi na quantidade de precipitações em vastas regiões da Terra. Um aumento significativo de precipitação foi observado na parte leste da América do Norte e da América do Sul, no norte da Europa, no norte da Ásia e na Ásia central. Observou-se que o clima ficou mais seco no Sahel, no mediterrâneo, no sul da África e em partes do sul da Ásia. Os cientistas do IPCC acreditam que se houver uma redução substancial das emissões de GEE na atmosfera ainda há a possibilidade se salvar a Terra, porém, se nada mudar, em 2100 a temperatura terrestre poderá ter um aumento de 4ªC, complicando ainda mais os diversos problemas observados hoje. O aquecimento da Terra é algo natural sob certas condições, e é importante para a nossa sobrevivência. Os raios solares que atingem o globo terrestre são os responsáveis pelo aquecimento. Enquanto uma parte dos raios aquece a Terra, outra parte é refletida de volta para o espaço. O agravamento desse aquecimento se dá quando os raios antes refletidos são absorvidos pelos gases na atmosfera, que são exatamente os GEE, gases de efeito estufa, que absorvem os raios solares e emitem novamente para a atmosfera em forma de radiação infravermelha, esquentando mais que o necessário a Terra e provocando o Aquecimento Global. As Fontes Alternativas As hidroelétricas produzem energia elétrica com base na energia hidráulica, aproveitando a energia potencial gravitacional da água de uma represa elevada. O fluxo de água da represa passa por uma turbina fazendo esta girar, produzindo

10 então energia. Os cinco maiores produtores de energia hidrelétrica do mundo são: Canadá, China, Brasil, Estados Unidos e Rússia. Contudo, são grandes os problemas em se produzir energia dessa forma. O país primeiro deve possuir um relevo e bacias hidrográficas adequadas, o que é relativamente raro no mundo, e o custo ambiental é amplo, destruindo a fauna e a flora local. A energia nuclear é vista hoje por muitos como a mais provável em substituir os combustíveis fósseis. Tem funcionamento similar às termonucleares, em que a fissão do urânio (matéria prima desse tipo de energia) produz calor, o calor esquenta a água transformando-a em vapor, o vapor por sua vez passa por uma turbina fazendo esta girar e produzir energia elétrica. Ao contrário dos combustíveis fósseis, a produção de energia nuclear não libera GEE, nem emite gases causadores da chuva ácida e nenhum metal carcinogênico, como pode acontecer com os combustíveis fósseis. A Figura 2 resume a participação das energias no contexto mundial. Fig 2 A energia nuclear em 2001 participava como a terceira maior fonte de produção de energia no mundo. Fonte: Indústrias Nucleares O Greenpeace, porém, é totalmente contra a criação de mais usinas nucleares. Essa organização acredita que os países desviam verbas que eram para ser destinadas a outras fontes alternativas de energia (sem contar as hidrelétricas),

11 além de tornarem os países que não possuem essa tecnologia como dependentes dos que a possuem, não promovendo um desenvolvimento sustentável. Além disso, o local de destinação do lixo nuclear ainda é incerto, podendo causar riscos à vida humana. A energia solar e a energia eólica são duas fontes que praticamente não produzem qualquer tipo de poluição (alguns consideram que poluem sonora e visualmente). Sem contar com as duas energias já citadas acima, a eólica e a solar são as mais desenvolvidas e utilizadas pelos países que possuem essas tecnologias. Contudo, as duas são totalmente dependentes das condições do tempo. Locais com baixa incidência solar, constantemente nublados e nos períodos noturnos, a produção de energia solar torna-se deficiente, assim como em locais com ventos de baixa velocidade a produção de eletricidade a partir da energia eólica também não é eficiente. Ainda, essas duas energias, assim como a energia dos oceanos, energia geotérmica, biomassa, entre outras, possuem um custo muito grande para a sua criação e com pequeno retorno na produção de energia elétrica em comparação aos combustíveis fósseis. Ou seja, o custo-benefício dessas fontes alternativas de energia ainda é muito baixo, necessitando-se de grandes investimentos em pesquisas para que elas se tornem fontes viáveis para os países, de modo a promover uma substituição das atuais bases energéticas. Protocolo de Kyoto Resultado da 3ª Conferência das Partes (COP-3) da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas Globais, realizada em 1997, no Japão, o Protocolo de Kyoto entra em cena diante de muitas divergências políticas ambientais, mas com muita força diante das pressões dos ambientalistas. A Conferência reuniu representantes de 166 países para discutir providências em relação ao aquecimento global, e representou uma inovação nas políticas globais para o meio ambiente. O acordo entrou em vigor em 16 de fevereiro de 2005, ratificado por 36 países do grupo mais ricos do planeta, e limita emissões dos seis gases que provocam o efeito estufa. O Protocolo prevê uma redução total de 5,2% nas emissões em relação aos níveis registrados em 1990, e deve ser atingida no período que se estende de 2008 a Os países da União Europeia, por exemplo, têm de cortar as emissões em 8%, enquanto o Japão se comprometeu com uma

12 redução de 5%, ao passo que alguns países que têm emissões baixas podem até aumentá-las. Dessa forma, sob o princípio de "responsabilidades comuns, mas diferenciadas", que reconhece um dever maior dos países ricos pelo combate ao aquecimento global, por terem contribuído mais para ele e por terem mais condições de pagar, o protocolo não fixou metas de emissão para os países pobres e em desenvolvimento. Acabou criando três mecanismos: a troca de emissões entre países com metas a cumprir (comércio de emissões), a implantação de projetos conjuntos para reduzir emissões e o chamado MDL, ou Mecanismo de Desenvolvimento Limpo. A maioria dos cientistas que estudam o clima diz que as metas instituídas em Kyoto apenas tocam a superfície do problema e, para evitar as piores conseqüências das mudanças climáticas, seria preciso uma redução de 60% das emissões e não apenas 5%. Posicionamento de Blocos A questão das mudanças nas bases energéticas internacionais não é original. Há muito já se fala em alternativas ao petróleo e aos demais combustíveis fósseis. Já foram assinados vários tratados internacionais a respeito do tema, sendo o mais famoso destes o Protocolo de Kyoto. Portanto, se o tema já foi tratado em inúmeras outras ocasiões, por que debatê-lo mais uma vez? Simples: embora a discussão seja a mesma, o cenário é outro. Países hoje não pensam mais se devem ou não mudar suas bases energéticas. Com raríssimas exceções, a resposta é unânime e positiva. Por quê? Ora, porque não é com o ambiente que estão preocupados, mas sim com suas economias. Enquanto o principal motivo de se provocar uma mudança radical na matriz energética principal de um país, isto é, substituir o petróleo por outras fontes, era o bem-estar ambiental, essa preocupação era meramente ética ou moral. O meio ambiente muda aos poucos, e, por mais catastróficas que possam ser as consequências de uma elevação de poucos graus na temperatura média terrestre, essas conseqüências não são suficientemente graves ao homem contemporâneo. A expectativa de catástrofes climáticas é, se não questionável, abstrata. É difícil imaginar cidades como Nova Iorque ou Londres debaixo do oceano, e espera-se de certa forma que os cientistas achem uma solução para isso antes que aconteça.

13 A questão é, portanto, econômica. Se ameaças ambientais não são palpáveis o suficiente, o aumento vertiginoso no preço do petróleo é. Frente à possibilidade de ter um aumento incompatível nos gastos com importações de óleo bruto, é economicamente mais viável, no longo prazo, à maioria dos países, investir em matrizes alternativas ao petróleo. E aqui é que se começa mais uma vez a falar no meio ambiente. Já que é acordado que as mudanças são necessárias, então por que não mudar para uma base energética menos agressiva ao meio ambiente? Porém, agora se cria uma nova questão. Não há consenso em qual matriz é a menos danosa, além de haver claramente diferenças de potenciais nos países de diferentes partes do planeta. Mesmo que tentem, os habitantes do Egito não terão a mesma facilidade que o Brasil de produzirem biodiesel, e o Brasil por sua vez não tem a capacidade instalada de energia nuclear da França. Alguns dos pontos a serem discutidos serão então: que tipo de matriz deve ser priorizada? Quais incentivos serão dados aos paises que estiverem diversificando as suas bases energéticas de acordo com o melhor para o meio ambiente? Quais devem ser as alternativas viáveis ao petróleo? Dentre outras. Vejamos o que cada país tem a dizer sobre o assunto: Brasil O Brasil é um grande defensor do biodiesel como o combustível do futuro. Líder mundial nas pesquisas nesse campo, os brasileiros empenham grande esforço para chegar a uma produção em escala desse combustível natural, já que, enquanto as opções para a geração de energia são muitas, substitutos à gasolina ou ao diesel são escassos ainda, e o biodiesel é a opção mais viável atualmente. Quanto à geração de energia elétrica, o Brasil defende um aumento no uso de energia nuclear, já tendo feito acordos com a França e Alemanha para o término da construção de Angra 3 assim como outras usinas de mesmo porte. No tocante às hidrelétricas e demais fontes alternativas, o Brasil é visto como um exemplo mundial, com um consumo de combustíveis fósseis mínimo. No entanto, o Brasil vem aumentando seu consumo de gás natural, importado da Bolívia, para a produção de energia elétrica. Pode-se dizer, do ponto de vista dos ambientalistas, que isso é um imenso retrocesso na política energética brasileira, que batizou o modelo energético de biomassa como o modelo brasileiro.

14 Argentina A Argentina, assim como o Brasil, defende a implantação do biodiesel como uma das melhores alternativas ao petróleo num futuro próximo. Desde 2000, vigora nesse país uma lei que isenta de impostos qualquer linha de produção de biodiesel por dez anos. A partir de então, várias fábricas desse combustível se instalaram, corroborando o interesse do mercado por combustíveis alternativos. Cuba Por mais que a contribuição de Cuba para o aquecimento global seja pequena, as consequências para esse país são grandes, com a possível perda de grandes áreas devido ao aumento do nível do mar. Assim Cuba já possui programas para reflorestamento e incentivos para a pesquisa de energia solar. Por mais que desagrade os norte-americanos, Cuba vê a possibilidade de retomar a construção de uma usina nuclear. Venezuela, Equador e Bolívia Esses três países têm interesses comuns na questão energética. A Venezuela tem 80% de seu PIB dependente da exportação de petróleo. A Bolívia se encontra numa situação similar com o gás natural. O Equador foi aceito como membro da OPEP mais uma vez em dezembro de A esses países interessa a continuidade do uso de petróleo como uma fonte básica de energia, pois uma fatia enorme de suas exportações depende desse minério. Porém, isso não os impede de impor grandes esforços na diversificação de suas bases energéticas. Embora possuidores de grande estoque em combustíveis fósseis, as três nações têm também outras formas de aquisição de energia elétrica, seja por rios, mares, sol, dentre outras. A Venezuela, por exemplo, tem mais de 60% de sua energia produzida via usinas hidrelétricas. Como explicitado acima, a diversificação das bases energéticas é uma questão econômico-estratégica, e os países com potencial de exploração sobre energias renováveis não podem se dar ao luxo de manter esse potencial inexplorado, de maneira sustentável, claro. México O México é mais um dos gigantes energéticos latino-americanos junto com o Brasil e com a Venezuela. Exportador de petróleo e energia elétrica, convém economicamente ao México que outros países continuem a utilizar-se do petróleo.

15 Porém, este tenta diversificar sua matriz energética, seguindo o exemplo de outros países latino-americanos. Atualmente, cerca de 70% da produção energética provém de fontes termelétricas, e cerca de 24% de hidrelétricas, sendo o restante de outras fontes como a eólica. Jamaica Sendo um dos países mais afetados pelas alterações climáticas, a Jamaica está trabalhando num plano de 20 anos para mudar a face da Ilha e prepará-la para os piores riscos climáticos. Denominado Visão 2030, este plano prevê que até 2030 a Jamaica pretende reduzir as importações de petróleo de 95 para 30%, com as energias renováveis representando 15% do consumo energético já em República Dominicana As novas diretrizes para energias renováveis foram aprovadas em maio de 2007 e promulgada em maio de Com isso, atraiu mais de 3 bilhões de dólares em investimentos para os próximos três anos em diferentes tipos de energia. Entre os incentivos, podemos citar a isenção de todos os impostos sobre a produção e a exigência de 25% na utilização de energia vinda de fontes renováveis, até Peru Até 2011, 56% da energia peruana era gerada por hidroelétricas. Gás natural e derivados de petróleo alimentavam o restante das usinas. Signatário do Protocolo de Kyoto, o Peru tem compromissos de cortar CO2 e reduzir a dependência de combustíveis fósseis com investimentos em renováveis. O ministro das minas e energia Jorge Merino disse que o programa irá permitir o acesso à eletricidade para 95% da população até Hoje, este acesso é restrito a 66%. Países Europeus Diferentemente da América Latina, a Europa não possui tantos recursos disponíveis para a geração de energia. Em verdade, grande parte da energia consumida na União Europeia é importada. Ainda hoje, cerca de 80% da energia consumida no continente provém de fontes fósseis. Diante desse contexto,

16 energeticamente nefasto, a União Europeia embora composta de países com seus programas singulares diante do contexto global, propôs: reduzir o consumo energético em 20% em relação às projecções para 2020; aumentar em 20% até 2020 a percentagem de energias renováveis no consumo energético total; aumentar para pelo menos 10% até 2020 a percentagem dos biocombustíveis no consumo total de gasolina e de gasóleo, desde que estejam comercialmente disponíveis biocombustíveis sustentáveis de segunda geração, obtidos a partir de culturas não alimentares; reduzir as emissões de gás com efeito de estufa em pelo menos 20% até 2020; reforçar o mercado interno da energia de forma a que beneficie realmente todos os cidadãos e empresas; melhorar a integração da sua política energética nas outras políticas comunitárias, como a política agrícola e a política comercial; reforçar a cooperação internacional. França e Reino Unido Enquanto 80% da energia europeia vem de fontes fósseis, a França é o oposto. Pois 80% da energia francesa provém de usinas termonucleares. No Reino Unido, esse número chega apenas a cerca de 20%. No entanto, recentemente França e Reino Unido fizeram um acordo de cooperação no desenvolvimento de uma nova tecnologia nuclear, que estaria pronta para a venda global em 15 anos. Esse acordo tem também, talvez até principalmente, fins estratégicos. O então presidente francês Nicolas Sarkozy, em pronunciamento, exaltou a necessidade da manutenção de armas nucleares como prevenção frente à nova ameaça iraniana. É claro que esse acordo recebeu inúmeras críticas de organizações pró meio ambiente, mas, a energia nuclear é quantitativamente menos poluente que as energias fósseis, e a diversificação nas bases energéticas europeias é um dos principais argumentos em favor desse acordo anglo-francês. Itália Considerada erradicada do país em 1970, a malária volta a reaparecer no país e a causa seria o aumento da temperatura pelo aquecimento global. Seguindo uma

17 mesma visão da Polônia, a Itália crê que o acordo europeu para as mudanças climáticas iria afetar muito a economia dos Estados, causando assim desemprego e outros problemas. Contudo, a Itália está investindo em fontes renováveis de energia. Espanha Uma grande preocupação que assola a Espanha é a desertificação nas áreas mais afastadas do litoral. Há ocorrências de altas nas médias das temperaturas. Até 2020, a Espanha pretende ter 20% de toda sua energia produzida por fontes alternativas, além de reduzir em 15% suas emissões de GEE. Este país vem se esforçando nas mais diversas áreas para mitigar a sua contribuição no aquecimento global. Estados Federados da Micronésia Composta por diversas ilhas no oceano Pacífico, a Micronésia teme que parte do seu território venha a submergir por conta da elevação do nível doa mar, consequência do aquecimento global. Assim, faz pressão para que diversos países, até mesmo EUA e outros, mudem e rápido suas bases energéticas. A Micronésia é um dos Estados que menos contribui para as mudanças climáticas. Suíça Espera-se que o tamanho e duração das camadas de neve diminuam ao longo dos invernos. Com isso, acredita-se que a indústria do turismo, assentamentos humanos e a agricultura sejam severamente afetados. O principal agente lançador de GEE na atmosfera é o transporte (cerca de 1/3 do total de GEE). O governo suíço vem tentando fazer com que sua população mude para carros mais eficientes e limpos, a fim de reduzir a contribuição do país para o aquecimento global. Ucrânia A Ucrânia já foi o país mais dependente de energia nuclear do planeta, há apenas dois anos atrás, com mais de 50% de sua energia consumida provinda de usinas termonucleares. Porém, o assunto energia nuclear na Ucrânia nem sempre é muito bem-vindo. Lembranças do catastrófico acidente de Chernobyl ainda assolam as famílias que tiveram seus membros perdidos na ocasião. Em 2006, Kiev sugeriu um

18 modelo de expansão do parque industrial termonuclear, que naturalmente sofreu várias críticas. Os opositores do aumento do uso de energia nuclear, incluindo ativistas, cientistas e famílias que sofreram perdas em Chernobyl propõem um modelo energético baseado na biomassa, modelo este conhecido como o modelo brasileiro. Alemanha Em posição oposta ao seu antecessor, o atual governo alemão tomou uma série de medidas para o aumento do uso de energia nuclear na Alemanha. Um recente acordo assinado com a França prevê uma cooperação na utilização de energia atômica como principal geradora de eletricidade na Europa. A Alemanha também assinou recentes acordos com o Brasil para a construção de novas usinas de geração de energia atômica. O país já foi um dos líderes globais em pesquisas nucleares, mas recentemente toma como meta a desativação de suas plantas de geração de energia nuclear. Porém, uma das mais fervorosas políticas do governo sucessor é desfazer as medidas adotadas por seus antecessores e recolocar a Alemanha numa posição de líder mundial na geração de energia atômica. Polônia Cerca de 90% de toda energia produzida pela Polônia é produzida a partir de carvão mineral. Este país assumiu uma liderança à frente de alguns países do Leste Europeu (Hungria, Eslováquia, Romênia, Bulgária e Grécia) para evitar que se chegue a um acordo sobre as Mudanças Climáticas na Europa. Seu principal argumento é que tais países ficariam dependentes de energia da Rússia. Há uma grande pressão para que fontes alternativas de energia sejam introduzidas na Polônia. Grécia Apesar da resistência a mudança das suas bases energéticas, a Grécia diz investir 5.5 bilhões de euros em áreas relacionadas a fontes alternativas de energia. A Grécia possui um grande potencial para desenvolver energia solar, sendo, contudo, uma área ainda recém-pesquisada. Ao total, 70% da produção de energia vêm da importação de combustíveis fósseis. Os principais fornecedores de petróleo são a Federação Russa, a Arábia Saudita e o Irã. A Federação Russa também é a principal fornecedora de gás natural.

19 Países Baixos Os países baixos têm fama por seus moinhos de vento, que são usados também para a geração de energia elétrica. Nos Países Baixos, a energia eólica corresponde a uma porcentagem considerável da produção energética. Em 2000, a Siemens Nederland instalou um parque de produção de energia eólica estimado em 14 milhões de euros na cidade de Haya. Esse parque contem oito turbinas, que produzem energia para lares. Além disso, há um projeto de expansão desse parque com a adição de mais nove turbinas gerando 1.5 MW cada. A base energética dos Países Baixos é extremamente variada, indo desde usinas termonucleares a moinhos e cata-ventos e mais recentemente a queima de cascas de café, importadas do Brasil. Em fevereiro de 2008, um carregamento de cascas de café brasileiro foi importado pela Holanda, com destino à pequena cidade de Geertruidenberg, na fronteira com a Bélgica, e que serviriam para a geração de energia na cidade. Estima-se que esse carregamento poderá garantir energia elétrica aos mais de habitantes dessa cidade por mais de quatro meses. Suécia Entre os objetivos do país em matérias energéticas figura o de conseguir um saldo líquido nulo de emissões de gases com efeito de estufa em O seu sistema de certificados verdes para a eletricidade fez crescer a geração renovável de forma sustentada e sem aumentar o custo para o consumidor. Atualmente, a geração de eletricidade no país emite apenas carbono e os combustíveis fósseis representam uma contribuição muito baixa para o bolo energético nacional. Bulgária Até a entrada na União Europeia, em janeiro de 2007, a Bulgária era um grande produtor e exportador de energia, gerada sobretudo em suas usinas nucleares. Mas, sob pressão de franceses e alemães, a Bulgária fechou quatro reatores de sua maior usina, a de Kozloduy, como condição para ingressar no bloco. Hungria De 25 a 27 de setembro, a capital da Hungria vai receber a Ökoindustria, terceira Feira Internacional das Energias Renováveis, Eficiência Energética e Indústria Ambiental. O país em si, é grande utilizador da energia geotérmica, principalmente para o aquecimento de residências.

20 República Tcheca Em 2005, o governo tcheco estabeleceu um marco legal para incentivar a geração de energia por fontes renováveis. As usinas de geração fotovoltaicas possuem um isenção de impostos durante os primeiros cinco anos de operação. Depois deste período pagam apenas 19% de imposto sobre o lucro. Países Asiáticos Rússia A posição russa é simples: ela deseja se tornar um fornecedor global de energia. Já hoje, e Rússia é responsável por metade das importações de energia da União Europeia, e esse valor cresce, podendo chegar a 70% num futuro muito próximo (na ambição russa, seria em 2010). A Rússia é um dos campos petrolíferos mais abundantes do planeta, possui minas de carvão, é rica em gás natural e ainda tem tecnologia eletronuclear. Além disso, já é vista como uma possível solução para a crise no Oriente Médio, que poderia levar o mundo a um blackout. Verdade é que a Rússia não se conforma em ter perdido a hegemonia, no mínimo em um hemisfério, depois do final da Guerra Fria, e hoje esse sonho de hegemonia vem à tona com o Presidente Putin e seus planos, um deles sendo este de fornecedor global de energia. Pode parecer ambicioso, mas é bastante verídico. A Rússia tem capacidade para tal feito e é um dos países apontados como uma das maiores economias em 2050 pelo famoso jornal econômico Goldman Sachs. No caso da Rússia, é bastante visível o que foi explicitado na introdução deste documento, em que a formulação de energias novas é algo economicamente estratégico. Para a Rússia, interessa que os outros países continuem a utilizar-se de petróleo, o que a recompensaria economicamente, mas também interessa o desenvolvimento de novas técnicas energéticas para uso interno de exportação de tecnologia. China A China é um dos países que mais crescem no mundo. Exatamente por isso, é um dos mais preocupados com a sua matriz energética. O crescimento econômico demanda aumento no consumo de energia, e a China, que já vem sendo bastante criticada pelo seu modelo de base de consumo de energia, pretende dobrar seu consumo de energias renováveis até Para isso, o país conta com planos

21 ambiciosos, construindo hidrelétricas e cata-ventos, além de contar com a biomassa como fonte alternativa de energia. Até 2010, a China deve ter instalados: -- projetos hidroelétricos, com uma capacidade total de 190 milhões de quilowatts, e de energia eólica, com uma capacidade total de 10 milhões de quilowatts; -- projetos de bioenergia cuja capacidade chegará a 5,5 milhões de quilowatts, e a de energia solar será de 300 mil quilowatts; -- equipamentos hidrelétricos e aquecedores solares de água produzidos na China deverão ser competitivos nos mercados internacionais; -- os produtores de equipamentos de energia eólica deverão produzir, em massa, unidades de geração com capacidades de pelo menos 1,5 milhão de watts. Índia Como um dos países mais populosos do mundo, a Índia tem um alto consumo de energia. Porém, o grande problema da Índia é que, além do alto consumo, este não é nem um pouco eficiente. Comparando-se a eficiência no consumo de energia entre a Índia e o Japão (levando em conta consumo energético e tamanho do PIB), a Índia gasta em média nove vezes mais energia que o Japão (país mais eficiente no gasto energético) para o mesmo retorno em capital. À luz desses fatos, Japão e Índia começaram um diálogo ano passado sobre racionamento de energia e políticas de maior eficiência energética, aspecto no qual o Japão pretende prestar ajuda à Índia. Com isso espera-se desafogar um pouco a grande demanda indiana por energia e com isso reduzir os níveis de emissão de poluentes na atmosfera. Existe também o comprometimento nipo-indiano de desenvolver tecnologias limpas para o uso do carvão vegetal, biomassa e energia solar. Coreia do Norte Já havendo graves problemas de fome na Coreia do Norte, uma alteração no clima iria aprofundar mais ainda esse problema, uma vez que as terras disponíveis para a agricultura se tornariam impróprias. A energia nuclear era uma ajuda para a Coreia do Norte. Ela foi signatária do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP) em 1974, mas, em dezembro de 2002, o governo norte-coreano expulsou um grupo de inspetores da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) e o país abdicou do TNP. Quatro anos depois, após um novo acordo ser fechado, os norte-coreanos concordaram em receber novamente a AIEA, que pretende verificar se o país cumprirá a promessa de desligar o principal reator de seu programa nuclear. Em

22 troca, o governo receberá assistência no seu campo energético, com a obtenção de petróleo, garantias de segurança e aceitação internacional. Japão O Japão não possui recursos naturais tão abundantes como Brasil ou Rússia e, por isso, precisa de uma alternativa energética extremamente eficiente. Grande parte de energia utilizada no Japão provém de importações, enquanto outra grande parte, de termonucleares. Este país divide com a França a posição de maior consumidor de energia nuclear, com tecnologias altamente avançadas nesse campo, por exemplo, com a reutilização de lixo atômico provindo da quebra do Urânio radioativo. Muito embora esta pareça ser a solução ideal para o povo japonês, a realidade é diversa. Em julho de 2007 um terremoto causou problemas, inclusive o vazamento de produto nuclear do maior reator do Japão. Esse acontecimento, além de causar o fechamento por tempo indeterminado da usina e prejudicar o abastecimento energético no país, abriu os olhos do mundo para um outro problema, antes não mencionado explicitamente nas críticas à energia nuclear: Mais uma vez, fica evidente que a geração nuclear não garante segurança energética, afirmou Rebeca Lerer, da campanha de energia do Greenpeace Brasil. Devido aos riscos de segurança inerentes à tecnologia nuclear, os reatores podem ser desligados e a população acaba sofrendo duas vezes, com as ameaças de contaminação e a falta de energia. Além disso, no caso do Japão, quando uma usina nuclear é desligada, geralmente são acionadas usinas termelétricas movidas a combustíveis fósseis para garantir o suprimento de eletricidade. Vale lembrar que termelétricas fósseis são grandes emissoras de gases do efeito estufa. Ao Japão, portanto, cabe ainda a procura de uma nova fonte energética que se adapte às necessidades do país e que possa garantir abastecimento energético aos habitantes da ilha. Coreia do Sul Com uma proposta de reduzir em até 30% as suas emissões de GEE, a Coreia do Sul é o quarto maior poluidor da Ásia. De 1990 até 2005, as indústrias sul-coreanas dobraram a emissão de dióxido de carbono na atmosfera. Há também a pretensão de reduzir a dependência de petróleo até Seria em 35% da energia total necessária, uma queda de 44% em comparação com 2005.

23 Indonésia Sendo composta por diversas ilhas, a Indonésia está especialmente vulnerável aos impactos do aquecimento global, uma vez que o aumento dos níveis de água dos oceanos irá inundar terras disponíveis para a agricultura, ameaçando a segurança alimentar do país. Segundo o governo, a maior fonte de emissão de GEE é em relação às florestas. Pretendem assim, atuar contra incêndios florestais e desmatamentos. Índia De acordo com um estudo divulgado pela consultoria Ernest & Young, a Índia é o terceiro país com maior investimento em energias sustentáveis. O governo indiano lançou, em 2010, a missão solar nacional, um plano de 19 bilhões de dólares, com a meta de gerar 20 mil megawatts de eletricidade solar até o ano de Para garantir o sucesso do programa, o país criou um sistema que obriga empresas distribuidoras de energia a comprarem uma determinada quantidade de energia renovável para a rede. Oriente Médio e África Os países do Oriente Médio e do Norte da África começaram a discutir políticas conjuntas de implementação de projetos de energia renovável. Representantes de 21 nações da região se reuniram no Iêmen e decidiram intensificar a troca de tecnologia e de informações sobre iniciativas de sucesso na área. Os participantes do encontro também se prontificaram a pressionar organismos multilaterais e países industrializados para que ajudem a financiar a implantação de um centro regional de energia renovável no Iêmen, que seria encarregado de pesquisar e disseminar conhecimento sobre o assunto. Durante a reunião, o representante-residente do PNUD no Iêmen, James Rawley, destacou que a agência apoia programas de desenvolvimento de energia limpa. Esses programas devem ser implementados de maneira a colaborar para o desenvolvimento econômico, social e ambiental dos países, e podem contribuir para melhorar a qualidade de vida de pessoas que moram afastadas dos centros urbanos, destacou Rawley.

24 Participaram do encontro ministros e representantes de Argélia, Bahrain, Djibuti, Egito, Irã, Kuwait, Líbano, Líbia, Mauritânia, Marrocos, Omã, Autoridade Palestina, Qatar, Arábia Saudita, Sudão, Síria, Tunísia, Emirados Árabes Unidos e Iêmen, O governo alemão também enviou um representante. (fonte: PNUD Brasil, A produção de energia renovável poderá fazer sair África da pobreza. Esta é pelo menos uma convicção que partilham cada vez mais Estados africanos, a começar pelos países que não são produtores de petróleo. Mas o principal obstáculo ao desenvolvimento da produção de energia solar, eólica, geotérmica ou de biomassa (os grandes projetos de hidroeletricidade são objeto de um artigo separado) continua a ser o seu custo relativamente elevado, ainda que a prazo, com o barril de petróleo a poder atingir em breve os 100 dólares, os investimentos se tornem cada vez mais atrativos. [ ] Ainda que sejam produtores liliputianos, quatro outros países ACP figuram na lista dos principais produtores mundiais de biocombustíveis: Maurícia (26 milhões de galões), Zimbábue (6 milhões) e Quênia e Suazilândia, cada um produzindo três milhões de galões. Outros países também decidiram lançar-se na produção de biocombustíveis, como o Benin, Etiópia, Gana, Guiné-Bissau, Malawi, Moçambique, Nigéria e, claro, o Senegal. (fonte: The Courier, Irã O caso do Irã é famoso. Um dos maiores exportadores de petróleo no mundo, o Irã há pouco começou o desenvolvimento de um programa nuclear com a ajuda da Rússia. O grande problema enfrentado pelo Irã, é que, devido à sua declarada ira pelos países ocidentais, é visto pelas potências como uma ameaça, e sofreu várias sanções pela continuação de seu programa nuclear. Deixando de lado as ameaças e suspeitas mútuas entre Irã e (principalmente) EUA, o Irã acredita que a tecnologia nuclear irá ser a grande solução para um possível problema energético global, por isso investe tanto em pesquisas nessa área, já que não vê, dentre as opções existentes hoje, alguma que seja mais vantajosa que a energia nuclear.

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