Comércio Internacional em Teoria e Exercícios para AFRFB Prof. Thális Andrade

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1 AULA 2 6. Práticas desleais de comércio Defesa comercial. Medidas Antidumping, medidas compensatórias e salvaguardas comerciais. E aí pessoal, alguma dúvida da última aula? Hoje então vamos aprofundar os acordos multilaterais de comércio vinculados ao procedimento de defesa comercial. No Brasil, atualmente temos os seguintes instrumentos clássicos de defesa comercial: Medidas antidumping combatem as exportações abaixo do valor de venda no mercado interno do país exportador, que causem dano à indústria nacional. Medidas compensatórias (Subsídios) combatem exportações de um país a preços subsidiados que causam dano à indústria nacional. Medidas de salvaguardas gerais combatem importações mundiais em tais quantidades que podem causar prejuízo grave à indústria nacional. Medidas de salvaguardas preferenciais combatem importações de um só país que causem desorganização de mercado para os produtores nacionais. Esse item já caiu Além disso, podemos citar, num conceito elástico de defesa comercial (latu sensu), os instrumentos recentemente criados no Brasil: Medidas anti-elisão (anticircumvention) - combatem importações de partes de peças de um produto em que já recai uma medida de defesa comercial. Medidas de certificação de origem não-preferencial combatem a triangulação de um produto produzido num país sob o qual já recai uma medida de defesa comercial. No entanto, esses dois últimos instrumentos não fazem parte do nosso edital de AFRFB 2012, ok?

2 Apenas os 3 primeiros são acordos multilaterais resultantes do compromisso único (single undertaking): o acordo antidumping, subsídios e medidas compensatórias e o acordo de salvaguardas (gerais). Já as salvaguardas transitórias, tais como as previstas no protocolo de acessão da china, são passíveis de solução de controvérsias na OMC. As demais regras antielisão e de certificação de origem não fazem parte dos acordos multilaterais e, portanto, não se enquadram no edital de Vamos ao nosso sumário da semana então! Sumário - Aula 02 O Sistema Brasileiro de Defesa Comercial O ACORDO ANTIDUMPING... 6 Valor Normal... 8 Preço de Exportação...10 Dano...10 Nexo Causal...12 Condução da Investigação Da aplicação de direitos...15 Medidas Provisórias...15 Compromissos de Preço...16 Encerramento da Investigação Encerramento com aplicação de direito antidumping...18 Revisão dos Direitos Antidumping...19 ACORDOS SOBRE SUBSÍDIOS E MEDIDAS COMPENSATÓRIAS (ASMC)...20 Tipos de subsídios abrangidos pelas ASMC Subsídios proibidos...21 Procedimento de investigação de subsídios...23 ACORDOS SOBRE SALVAGUARDAS...25 Condições para sua aplicação...26 Aumento de importações...27 Prejuízo grave à indústria doméstica Nexo causal entre aumento das importações e dano...29 Da duração das salvaguardas aplicadas...30 Das compensações

3 SALVAGUARDAS PREFERENCIAIS E TRANSITÓRIAS...31 Questões...34 Questões Comentadas...43 O Sistema Brasileiro de Defesa Comercial Como dissemos, hoje além dos tradicionais instrumentos de defesa comercial (antidumping, medidas compensatórias e salvaguardas gerais e preferenciais), temos agora procedimentos para combater mecanismos que visam burlar a aplicação de medidas antidumping e compensatórias, mais especificamente regras antielisão e certificação de origem não preferencial. Antes de adentrarmos nesses procedimentos propriamente, precisamos entender a seguinte questão: Como estão estruturadas as competências para as investigações e tomada de decisões nesses processos? Como já dissemos, para entendermos a estrutura desses procedimentos, devemos dividir os instrumentos de defesa comercial clássica (também entendida como defesa comercial stricto sensu) dos procedimentos de antielisão e certificação de origem não preferencial (entendida como defesa comercial lato sensu). Na defesa comercial tradicional, temos investigações de dumping (Decreto nº 1.602/95), subsídios (Decreto nº 1.751/95) e salvaguardas (Decreto nº 1.488/95). Esses decretos visam tão somente regulamentar os respectivos acordos resultantes da Rodada Uruguai, que como sabemos, todos foram internalizados pelo Decreto nº 1.355/94. Desde o processo de abertura de uma investigação até a efetiva aplicação de uma medida, podemos, basicamente, dividir a aplicação dessas medidas em dois níveis: (a) nível técnico; e, (b) nível político. 3

4 O nível técnico cuida da condução da investigação em si, tratando de toda a parte procedimental, determinando se há prática desleal de comércio ou surto de importações e seu consequente dano aos produtores nacionais. Ao final do procedimento (ou em sede provisória), o DECOM/SECEX (também conhecido como autoridade investigadora) elabora um parecer recomendando ao órgão decisório (CAMEX) a aplicação ou não de uma medida de defesa comercial. Essas investigações têm início no Departamento de Defesa Comercial (DECOM), órgão da estrutura da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior: Encerrada então a investigação, o Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior (CAMEX), que é a instância política com competência para decidir, nos limites do parecer do DECOM e mediante avaliação do interesse nacional, pela conveniência ou não da aplicação da medida. Essa atribuição está estabelecida no Decreto nº 4.732/2003, art. 2º, inc. XV, que dá a competência ao Conselho de Ministros da CAMEX fixar direitos antidumping e compensatórios, provisórios ou definitivos, e salvaguardas. Esse Conselho é composto por 7 Ministérios, a saber: Ministério das Relações Exteriores (MRE); Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC); Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA); Casa Civil; Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG); Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e Ministério da Fazenda (MF). Vejamos sua ilustração: 4

5 Na tomada dessa decisão, o Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior (CAMEX), poderá, por exemplo: a) Adotar integralmente o valor da medida recomendada pelo DECOM b) Adotar parcialmente (reduzir) o valor da medida recomendada pelo DECOM c) Não aplicar a medida recomendada pelo DECOM Não aplicar a medida recomendada pelo DECOM? Isso pode? Pode sim. Percebam que a CAMEX não pode é extrapolar o valor da medida recomendada, devendo se ater aos limites máximos indicados no parecer técnico do DECOM. No entanto, como já dissemos, a CAMEX pode suspender a aplicação de um direito vigente, aplicar uma medida menor que a recomendada ou ainda nem sequer aplicar a medida recomendada pelo DECOM. Entendido onde se situam essas duas instâncias (processo de investigação e processo decisório) meus caros? 5

6 Vamos então ao primeiro e mais importante mecanismo de defesa comercial... O ACORDO ANTIDUMPING Depois de analisada a estrutura e o sistema brasileiro de investigação e aplicação das medidas de defesa comercial, iniciaremos agora o procedimento mais utilizado (>95% dos casos) na defesa comercial e, portanto, o mais importante. Diante de sua vasta utilização, tem sido a forma mais frequente de neoprotecionismo e a OMC tem demonstrado preocupações no tocante a sua proliferação. Os direitos antidumping têm como objetivo evitar que os produtores nacionais sejam prejudicados por importações realizadas a preços de dumping, prática esta considerada como desleal em termos de comércio em acordos internacionais. Para tanto, requer a instauração de um processo administrativo investigativo impulsionado pela indústria nacional e conduzido pelo Departamento de Defesa Comercial DECOM, também conhecido como autoridade investigadora, com a obrigatória notificação de todas as partes interessadas (importadores, exportadores, governos, fabricantes estrangeiros e nacionais) para que apresentem suas informações e argumentos, sendo todos eles analisados e confrontados. Ao final, o Departamento elabora um parecer e recomenda a aplicação de uma medida ou o encerramento de uma investigação sem imposição da mesma. Isso porque conforme já ressaltamos, a Câmara de Comércio Exterior (CAMEX) é que tomará a decisão final pela sua aplicação até o limite recomendado. Como já dissemos em nosso primeiro contato, para a aplicação de medidas antidumping deve haver, no curso desse processo investigativo, a constatação de dumping, de dano à produção doméstica e relação de causalidade entre ambos. Essa investigação deverá ser conduzida de acordo com as regras estabelecidas nos Acordos da OMC e na legislação brasileira (atualmente é o Decreto nº 1.602/95 em breve deve ser publicado novo decreto), garantindo-se a ampla oportunidade de defesa a todas as partes interessadas e a transparência na condução do processo. 6

7 Em caso de descumprimento dos procedimentos estabelecidos pelo Acordo Antidumping, em especial os relativos à garantia de oportunidade de defesa das partes, eventual medida aplicada pode ser contestada no judiciário brasileiro ou ainda perante a OMC. Mas afinal, o que é esse tal de dumping? Meus amigos, dumping é um termo que significa jogar alguma coisa fora. Trata-se de expressão usada para representar redução de preços de alguma forma. Por exemplo, temos dumping social quando a venda de produtos a baixos preços é decorrente de um mercado de trabalho doméstico aviltado (ex. trabalho escravo). Já dumping cambial se utiliza para designar venda a baixos preços em razão de desvalorização de moedas. Há ainda o dumping derivado da economia que se caracteriza como venda abaixo do preço de custo (não confundam este conceito com o dumping no comércio internacional hein?) O que nos interessa aqui é o dumping no comércio internacional. Esse dumping ocorre quando uma empresa exporta para o Brasil um produto a preço (preço de exportação) inferior àquele que pratica para o produto similar nas vendas para o seu mercado interno (valor normal). Desta forma, a diferenciação de preços já é por si só considerada como prática desleal de comércio, não havendo necessidade de que seja inferior ao preço de custo de fabricação, por exemplo. A banca geralmente tenta confundir os candidatos apontando que o dumping no comércio internacional só ocorre quando é abaixo do preço de custo. Tal afirmativa está errada, ok? Vejam o conceito sintetizado: Margem de dumping (absoluta) = Valor Normal - Preço de exportação Por exemplo, se uma empresa indiana vende plásticos neste país por US$ 100/t e os exporta para o Brasil, em condições comparáveis de comercialização (volume, estágio de comercialização, prazo de pagamento), por US$ 80/t, considera-se que há prática de dumping com uma margem absoluta de US$ 20/t. 7

8 Para encontramos a margem relativa (ou percentual) basta dividirmos o resultado pelo preço de exportação, ou seja: Margem de dumping (relativa) = (VN - Px) : Px Assim temos... (100 80) : 80 Isso representa uma margem relativa de dumping de 25%. Mas como fazemos essa comparação? Primeiramente, é preciso identificar o Produto Similar nacional que concorre com o importado. Neste caso hipotético, o plástico nacional será considerado similar ao produto objeto de dumping importado quando for idêntico, igual sob todos os aspectos, ou, na ausência de tal produto, outro produto que, embora não exatamente igual sob todos os aspectos, apresente características muito próximas às do produto que se está considerando. Feita essa identificação, é possível estabelecer preço de vendas no mercado interno do país exportador, o que nos remete a outro conceito: o Valor Normal. Valor Normal O valor normal, em princípio, é o preço, normalmente ex fabrica, sem impostos, e à vista, pelo qual a o produto similar é vendido no mercado interno do país exportador, em v olume significativo e em operações comerciais normais, isto é, vendas a compradores independentes e nas quais seja auferido lucro. Constatada diferença de preços de venda do plástico exportado pela Índia ao Brasil e o plástico v endido no mercado indiano, teremos a margem de dumping. Para o cálculo desse valor normal são observados diversos critérios como Prof. volume Thális significativo Andrade de vendas, compradores independentes, obtenção de lucro. 8

9 Se não existirem vendas no mercado interno do país exportador ou quando as vendas não sejam realizadas em volume significativo ou em operações comerciais normais, pode-se utilizar como valor normal: 1. o preço de exportação do produto similar para terceiros países; ou 2. construção do valor normal, considerando as condições de produção e as práticas contábeis adotadas no país exportador. Caso a exportação seja proveniente de um país não considerado como de economia de mercado (como é o caso frequente da China, Vietnã entre outros países asiáticos), o valor normal poderá ser determinado com base no: 1. preço de venda praticado no mercado interno de um terceiro país de economia de mercado; 2. valor construído do produto similar em um terceiro país de economia de mercado; e 3. preço praticado por terceiro país de economia de mercado na exportação para outros países, exceto para o Brasil. Por exemplo, para vocês terem uma ideia, no caso de calçados originários da China, como os preços internos desse país não são de mercado (ex. China manipula câmbio, Estado controla as terras, etc.), a autoridade investigadora usou os preços de venda no mercado interno da Itália (3º país) para atribui o valor normal da China! É claro que vocês podem estar se perguntando, mas na Itália os preços não são bem altos? São, mas o artigo VI do GATT permite essa fórmula. Portanto, se o país, no caso o Brasil não reconheceu a China como economia de mercado, pode buscar outro país de mercado que venda o produto similar e usar este preço para se apurar a margem de dumping. 9

10 Preço de Exportação O preço de exportação será o preço efetivamente pago ou a pagar pelo produto exportado ao Brasil. Tal preço, preferencialmente, deverá ser ex fabrica (significa livre na porta da fábrica do exportador), sem impostos e à vista. A margem de dumping, como já dissemos, constitui-se na diferença entre o valor normal e o preço de exportação. No entanto, para que essa diferença seja calculada é necessário que haja justa comparação entre o preço de exportação e o valor normal, vigentes durante o período estabelecido para investigação de existência dumping. Para tanto, deve-se equilibrar as vendas para o mesmo nível de comércio, equilibrando-se os INCOTERMS (ex. se há frete interno ou não, seguro ou não, etc.). Além disso, diferenças na tributação, nos níveis de comércio, nas quantidades, nas características físicas, nas condições de comercialização e quaisquer outras que afetem a comparação de preços devem ser consideradas e, na medida do possível, eliminadas por meio de ajustes. As comparações dessas vendas devem, ainda, ser realizadas tão simultaneamente quanto possível. Verificados os conceitos que compõem a margem de dumping, vamos ao segundo requisito... Dano Quando analisamos o dano, estamos falando do prejuízo experimentado pela indústria doméstica. Essa indústria é entendida como a totalidade dos produtores nacionais de produto similar ao importado, ou o conjunto de produtores cuja produção do produto doméstico similar constitua parcela significativa da produção nacional. O dano propriamente dito é entendido no sentido de dano material ou ameaça de dano material à indústria doméstica já estabelecida, ou ainda retardamento na implantação de uma indústria. Para a determinação de dano, deverá ser avaliada a evolução dos seguintes indicadores: a) importações: 10

11 - valor e quantidade; - participação das importações objeto de dumping no total importado e no consumo aparente; - preços. b) indústria doméstica: - vendas e participação no consumo aparente; - lucros; - produção, capacidade produtiva e grau de ocupação; - estoques; - produtividade, emprego e salários; - retorno dos investimentos; - amplitude da margem de dumping; - crescimento e capacidade de captar recursos ou investimentos; - fluxo de caixa, balanço patrimonial e demonstrativos de resultado; - preços domésticos e margem de subcotação (diferença entre o preço do produto doméstico e o preço do produto importado internado). Para que seja configurada a existência de ameaça de dano material, serão considerados, além dos indicadores acima arrolados, os seguintes fatores: - taxa de crescimento significativa das importações do produto objeto de dumping; - suficiente capacidade ociosa ou iminente aumento substancial na capacidade produtiva do produtor estrangeiro; - importações realizadas a preços que terão efeito significativo em reduzir preços domésticos ou impedir o aumento dos mesmos; 11

12 - estoques do produto sob investigação. Vejamos uma questão aplicada ao assunto: (ESAF/ACE-MDIC/2012) O acordo sobre a implementação do artigo VI, do Acordo Geral Sobre Tarifas e Comércio de 1994, denominado Acordo Antidumping, estipula regras para a aplicação dessa medida entre os Membros da OMC. Sobre o Acordo Antidumping, pode-se afirmar que a determinação de dano deverá incluir exame do volume das importações a preços de dumping e do consequente impacto de tais importações sobre os produtores nacionais dos produtos investigados. Comentário: O item está correto e traz a redação do art. 14º, 1º do Decreto 1.602/95, onde a determinação de dano será baseada em provas positivas e incluirá exame objetivo: a) volume das importações objeto de dumping; b) seu efeito sobre os preços do produto similar no Brasil; e c) consequente impacto de tais importações sobre a indústria doméstica. Por último, é preciso ver se o alegado dumping é o fator causador do alegado dano. Isso se faz por meio da análise de causalidade ou nexo causal... Nexo Causal Na análise de causalidade, procura-se v erificar em que medida as importações objeto de dumping são responsáveis pelo dano causado à indústria doméstica, avaliando-se, inclusive, outros fatores conhecidos que possam estar causando dano no mesmo período. Os fatores relevantes nessas condições incluem, entre outros, volume e preço de importação que não se v endam a preços de dumping, impacto do processo de liberalização das importações sobre os preços domésticos, contração na demanda ou mudanças nos padrões de consumo, práticas restritivas ao comércio pelos produtores domésticos e estrangeiros, e a concorrência entre eles, progresso tecnológico, desempenho exportador e produtividade da indústria doméstica. Quando o dano for provocado por motivos alheios às importações objeto de dumping, o mesmo não será imputado àquelas importações e não serão aplicados direitos antidumping (análise de outros fatores). 12

13 Condução da Investigação Para podermos impor medidas que combatam o dumping, além de sua comprovação, é preciso demonstrar que sua ocorrência tem causalidade com um dano experimentado pela indústria doméstica. A comprovação desses 3 elementos, portanto, se dá no âmbito de um processo administrativo conduzido de acordo com as regras estabelecidas pela OMC, mais especificamente o Acordo Antidumping. Tais regras buscam garantir ampla oportunidade de defesa a todos os interessados (importadores, produtores domésticos, exportadores) e a transparência na condução do processo. O descumprimento dos procedimentos estabelecidos pelo Acordo Antidumping da OMC, (tais como ampla defesa, metodologia de cálculo da margem, etc.), podem implicar a contestação da medida que vier a ser adotada ao final da investigação e a consequente revogação da mesma por determinação da OMC. Para instauração do processo administrativo, os produtores nacionais ou entidades de classe poderão solicitar a abertura de investigação com vistas à aplicação de medida antidumping. Vale destacar que a autoridade investigadora (SECEX/DECOM) também pode abrir a investigação por conta própria (ex officio). Nessa petição, devem ser apresentados indícios de prova de dumping, de dano e de nexo causal entre as importações objeto de dumping e o dano alegado. Ao receber a petição, a autoridade investigadora faz uma análise preliminar, verificando se está devidamente instruída ou se são necessárias informações complementares. Vejamos uma questão recente que se insere neste assunto: (ESAF/ACE-MDIC/2012) O Acordo sobre a Implementação do Artigo VI do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio 1994 preconiza que uma investigação para determinar a existência, o grau e o efeito de qualquer dumping será iniciada pelo governo do país cujas exportações tenham sido afetadas pela prática do dumping mediante petição da indústria doméstica. Comentário: No que toca à abertura da investigação, temos ainda outra possibilidade. O art. 62 do Decreto nº 1.602/95 permite que terceiro país, por suas autoridades, poderá apresentar petição para aplicação de medidas antidumping. Para o uso dessa hipótese, o motivo para tanto é que o governo de C pode estar tendo suas exportações deslocadas em razão da prática de dumping de outro exportador B. Neste caso, as 13

14 autoridades do exportador C (afetado pelo deslocamento das exportações de B que pratica o dumping) é que solicita que o país importador A abra a investigação. Veja que a petição de C não é feita pela sua indústria doméstica, pois em princípio, ela nada tem a ver com o dumping. O pedido é feito pelo governo de C! Analisando esses argumentos, a ESAF acatou as razões de recurso e afastou essa assertiva (letra D ), inicialmente indicada como a resposta da questão. Em seu parecer, a banca disse que a alternativa possui erro ao afirmar que uma investigação para determinação de dumping é iniciada pelo governo do país cujas exportações tenham sido afetadas pela prática do dumping (...). Efetivamente, a redação peca, pois a entrada de importações com margem de dumping afeta a produção doméstica no setor ou do produto considerado e não as suas exportações. Assim, a indústria doméstica prejudicada que pleiteia uma investigação à autoridade de seu país, é aquela que sofre com as importações. Por essas razões a questão foi anulada. Ao longo do curso da investigação, os elementos de prova da existência de dumping e de dano por ele causado serão considerados simultaneamente. Para tanto, o período de investigação de existência de dumping deverá compreender os doze meses mais próximos possíveis anteriores à data da abertura da investigação. Já o período da investigação da existência de dano deverá ser representativo - a fim de permitir uma melhor análise e não deverá ser inferior a três anos, incluindo, necessariamente, o período de investigação de dumping. A análise de dano contempla um período mais amplo que o do dumping, uma vez que esta é uma análise comparativa da situação da indústria. É relevante a demonstração da ocorrência do dano no período de dumping. No Brasil, o rigor da autoridade investigadora é maior, pois sua análise de dano toma costumeiramente os últimos 05 anos. Todas as informações requeridas em uma investigação de dumping serão comunicadas às partes interessadas conhecidas por meio de questionários específicos para cada espécie de parte interessada (ex. questionário do importador, da indústria doméstica, do produtor/exportador), que terão ampla oportunidade de apresentar por escrito os elementos de prova que considerarem pertinentes. Serão levadas em conta as dificuldades encontradas pelos interessados no fornecimento dessas informações e, na medida do possível, lhes será prestada assistência. 14

15 Da aplicação de direitos Após um parecer de determinação positiva de dumping, a aplicação de direitos pode se dar de forma provisória (na hipótese de determinação preliminar), ou de modo definitivo (na hipótese de determinação final), ou ainda se aplicar um compromisso de preços na exportação. Vejamos as possibilidades de sua aplicação antes do encerramento da investigação. Medidas Provisórias No caso das Medidas Provisórias, elas somente serão aplicadas se: - a investigação tiver sido aberta em conformidade com os procedimentos anteriormente citados; o ato que contenha a determinação de abertura tiver sido publicado e tiver sido dada oportunidade para que os interessados se manifestem; - uma determinação preliminar positiva da existência de dumping e consequente dano à indústria doméstica tiver sido alcançada; - as autoridades competentes julgarem que tais medidas são necessárias para impedir que ocorra um dano maior à indústria durante o período de investigação; e, - houver decorrido pelo menos 60 dias da data da abertura da investigação. O valor da medida antidumping provisória não poderá exceder à margem de dumping e serão aplicadas na forma de direito provisório. As medidas antidumping provisórias (4 a 6 meses) poderão vigorar por um período de até quatro meses. Este período poderá ser de até seis meses, quando as autoridades competentes - a pedido dos exportadores que tenham representatividade do comércio em questão e que poderão apresentar novos fatos que modifiquem a decisão final - decidirem pela dilação do prazo. Quando as autoridades, no curso de uma investigação, considerarem suficiente para extinguir o dano a aplicação de uma medida antidumping inferior à margem de 15

16 dumping verificada, os prazos previstos anteriormente passam a ser de seis e nove meses (6 e 9m), respectivamente. Vejamos questão sobre o tema: (ESAF/ACE-MDIC/2012) Considerando a aplicação de medidas compensatórias em resposta a práticas de subsídios que distorcem as condições de concorrência, é correto afirmar que terão caráter retroativo quando não tiverem sido aplicadas medidas provisórias ou concedida oferta de garantias, pelo exportador, sob a forma de depósito em espécie ou fiança. Comentário: O item está errado, pois a cobrança retroativa justamente quando há aplicação de medidas provisórias. A cobrança retroativa ocorre, segundo o art. 64 do Decreto 1751/95, quando: Direitos definitivos poderão ser cobrados sobre produtos importados subsidiados, que tenham sido despachados para consumo, até noventa dias antes da data de aplicação das medidas compensatórias provisórias, sempre que se determine, com relação ao produto em questão, que o dano é causado por importações volumosas, em período relativamente curto, o que levará provavelmente a prejudicar seriamente o efeito dos direitos compensatórios definitivos aplicáveis. Compromissos de Preço Outra possibilidade é o estabelecimento de um compromisso com os exportadores que praticam dumping. Nesse caso, a investigação poderá ser suspensa, sem a aplicação de medidas antidumping provisórias ou direitos antidumping definitivos, se o exportador assumir - voluntariamente - compromissos de revisão de preços ou de cessação das exportações a preços de dumping, destinadas ao Brasil, desde que as autoridades envolvidas julguem que tal compromisso elimine os efeitos prejudiciais decorrentes do dumping. Se a oferta for aceita pela SECEX, caberá à CAMEX homologar o compromisso, publicando Resolução CAMEX no Diário Oficial da União e - conforme o caso - da decisão quanto ao prosseguimento ou suspensão da investigação, notificando-se as partes interessadas. A investigação sobre dumping e dano poderá prosseguir se for uma decisão das autoridades envolvidas ou do interesse do exportador. O exportador com o qual se firmou um compromisso de preços deve estar ciente que as autoridades competentes poderão solicitar, a qualquer tempo, dados que permitam verificar o fiel cumprimento do compromisso de preços. 16

17 Encerramento da Investigação Conforme vimos anteriormente, após toda a análise das informações apresentadas, a autoridade pode concluir que os indícios de dumping, dano e nexo causal não se comprovaram de fato, não havendo aplicação de direitos; ou, confirmar a existência desses elementos, recomendando a aplicação de uma medida. Vejamos com mais detalhes essas situações... A investigação será encerrada sem aplicação de direitos antidumping nos casos em que: - não houver comprovação suficiente da existência de dumping ou de dano dele decorrente; - a margem de dumping for "de minimis"; ou - o volume de importações objeto de dumping real ou potencial, ou o dano causado for insignificante. - a SECEX deferir pedido de arquivamento formulado pelo peticionário. A ausência de dumping ou dano afasta a aplicação de uma medida. Vale destacar que a grande maioria das investigações que não possuem direitos aplicados se devem em razão da ausência de dano. Ou seja, não é relativamente difícil encontrar dumping, mas relacionar sua ocorrência a um dano material é algo mais difícil. Mesmo diante da existência de dumping, se essa margem for um percentual do preço de exportação, for inferior a 2% (dois por cento), a investigação deve ser encerrada sem aplicação de direitos, pois a margem é tolerável, conhecida como de minimis. Da mesma forma, a investigação deve ser encerrada sem aplicação de direitos para determinado país exportador se o volume de importações provenientes desse país for inferior a 3% (três por cento) do total das importações brasileiras de produto similar. Isso só não vai ocorrer se os países que, individualmente, respondem por menos de 3% (três por cento) das importações de produto similar importado pelo Brasil, forem coletivamente responsáveis por mais de 7% (sete por cento) das importações do produto. 17

18 Portanto, o volume das importações deve ser significante; do contrário, a investigação deve ser encerrada sem aplicação de direitos. Encerramento com aplicação de direito antidumping Como já vimos, o direito antidumping é a medida imposta às importações realizadas a preços de dumping, com o objetivo de neutralizar seus efeitos danosos à indústria nacional. Este direito deverá ser igual ou inferior à margem de dumping apurada. A investigação será encerrada com aplicação de direitos, quando o DECOM chegar a uma determinação final da existência de dumping, de dano e de nexo causal entre eles. O direito antidumping será calculado mediante a aplicação de alíquotas ad valorem - um percentual sobre o valor aduaneiro da mercadoria em base CIF ou específicas fixada em dólares dos Estados Unidos da América e convertida em moeda nacional fixas ou variáveis, ou pela conjugação de ambas. Nessa aplicação, podemos ter os direitos antidumping calculados individualmente. A duração dos direitos antidumping e compromissos de preços deve se dar enquanto houver a necessidade de neutralizar o dumping causado. Em princípio, há um prazo máximo para isso, pois todo direito antidumping definitivo ou compromissos de preços serão extintos no máximo em cinco anos após a sua aplicação, ou cinco anos a contar da data da conclusão da mais recente revisão, que tenha abrangido dumping e dano dele decorrente. Contudo, este prazo poderá ser prorrogado mediante requerimento - devidamente fundamentado - formulado pela indústria doméstica ou em seu nome, ou por iniciativa de órgãos ou entidades da Administração Pública Federal, ou da SECEX, desde que demonstrado que a extinção dos direitos poderia levar à continuação ou retomada do dumping e do dano dele decorrente. Os interessados terão então cinco meses antes da data do término da vigência do direito ou do compromisso de preços para se manifestarem, por escrito, sobre a conveniência de uma revisão e para solicitarem audiência, se necessário. 18

19 Outra questão importante se refere à retroatividade. Os direitos antidumping definitivos poderão ser cobrados sobre produtos que tenham sido despachados para consumo até 90 (noventa) dias antes da data de aplicação das medidas antidumping provisórias, sempre que: - haja antecedentes de dumping causador de dano, ou que o importador estava ou deveria estar ciente de que o produtor ou exportador pratica dumping e de que este causaria dano; e - o dano seja causado por volumosas importações de um produto a preços de dumping em período relativamente curto, o que, levando em conta o período em que foram efetuadas e o volume das importações objeto de dumping e também o rápido crescimento dos estoques do produto importado, provavelmente prejudicaria seriamente o efeito corretivo dos direitos antidumping definitivos aplicáveis, desde que tenha sido dada oportunidade aos importadores envolvidos para se manifestarem. Revisão dos Direitos Antidumping A pedido de parte interessada ou por iniciativa das autoridades envolvidas, poderá ser feita a revisão no todo ou em parte das decisões sobre a aplicação do direito antidumping, desde que haja decorrido, pelo menos, um ano da imposição de direitos antidumping definitivos e que sejam apresentados elementos de prova suficientes de que: - a aplicação do direito deixou de ser necessária para neutralizar o dumping; - seria improvável que o dano subsistisse ou se reproduzisse caso o direito fosse revogado ou alterado; ou - o direito existente não é ou deixou de ser suficiente para neutralizar o dumping causador do dano. Constatada a existência de elementos de prova que justifiquem a revisão, esta será aberta. A revisão deverá ser concluída no prazo de 12 (doze) meses contado a partir da data de sua abertura, devendo, igualmente, Resolução CAMEX decidir pela prorrogação do direito por mais 5 anos. 19

20 Passamos agora para alguns detalhes do acordo de subsídios, outro instrumento para combate dessa prática desleal de comércio. ACORDOS SOBRE SUBSÍDIOS E MEDIDAS COMPENSATÓRIAS (ASMC) Um aspecto interessante desse acordo de defesa comercial em relação aos demais é a possibilidade não somente de um membro iniciar unilateralmente uma investigação (unilateral track) e aplicar uma medida compensatória (antisubsídios), mas também, permitir que o membro conduza a investigação da existência de um subsídio no âmbito do próprio órgão de solução de controvérsias da OMC (multilateral track). É, portanto, considerado dois acordos em um. Na via unilateral, tal qual o antidumping, as medidas compensatórias terão lugar quando houver requer a prévia investigação da prática desleal de subsídio, determinando-se que as importações subsidiadas estejam causando dano à indústria doméstica fabricante do produto similar. Na via multilateral, um membro exportador afetado pelas medidas entenda que o membro que as aplicou tenha cometido alguma inconsistência no procedimento, pode acionar o OSC da OMC para reverter a aplicação da medida. Mas afinal, o que é subsídio? Segundo o ASMC, o subsídio é uma contribuição financeira, realizada pelo governo ou órgão público que confira uma vantagem para o produtor. Destrinchando esse conceito, a definição de subsídio possui 3 elementos: a) ser uma contribuição financeira; b) realizado por governo ou entidade pública do território de um membro; e, c) que confira um benefício. O subsídio só pode existir quando tomar a forma de contribuição financeira, ou represente qualquer forma de sustentação de renda ou de preços 20

21 que, direta ou indiretamente, contribua para aumentar exportações ou reduzir importações de qualquer produto. O segundo requisito para se subsídio é que a contribuição seja feita pelo governo ou entidade pública do território de um membro. Isso significa que o ASMC se aplica não somente às medidas dos governos nacionais, mas também a medidas de outras entidades com participação do governo tais como empresas públicas e sociedades de economia mista. Finalmente, essa contribuição financeira de um governo não é entendida como subsídio se não for capaz de conferir um benefício. Além desses três elementos, podemos inserir um 4º requisito que é a especificidade, ou seja, quando a autoridade outorgante, ou a legislação pela qual essa autoridade deve reger-se, explicitamente luminar o acesso ao subsídio a uma empresa ou indústria, ou a um grupo de empresas ou indústrias, dentro da jurisdição daquela autoridade. Tipos de subsídios abrangidos pelas ASMC Atualmente, o ASMC divide os subsídios nas categorias proibidos e acionáveis. Vale lembrar que o acordo originalmente continha uma terceira categoria chamada de não acionáveis. Essa categoria existiu por 5 anos, encerrando-se em 31 de Dezembro de Portanto, hoje todos os subsídios específicos são proibidos ou acionáveis. Subsídios proibidos O artigo 3 do ASMC caracteriza como subsídios proibidos (caixa vermelha): a) Subsídios à exportação: são aqueles cuja concessão ocorre seja via legislação ou situação de fato vinculada à performance exportadora. No entanto, o simples fato de um subsídio ser 21

22 garantido às empresas que exportam, não pode isoladamente ser considerado um subsídio à exportação. b) Subsídios à substituição de importações: são aqueles cuja concessão ocorre pela predileção dos produtos domésticos em detrimento dos importados. Essas duas hipóteses são de plano reputadas proibidas, pois se presume que distorçam o comércio internacional, e então são mais suscetíveis a causar efeitos adversos a outros membros. Eles podem então serem contestados via solução de controvérsias na OMC (multilateral track) com base num procedimento mais acelerado e, se ficar constatado que se trata de subsídio proibido, ele deve ser retirado sem demora. Nesses casos, os membros não precisam demonstrar a existência de efeitos comerciais, pois o foco é na natureza do subsídio em si. Os subsídios podem ainda estarem sujeitos a medidas compensatórias de algum membro (unilateral or domestic track) se as importações subsidiadas estão causando dano à indústria doméstica. Subsídios acionáveis A maioria dos subsídios, tais como inúmeros subsídios à produção, são reputados de subsídios acionáveis (caixa amarela). Enquanto os subsídios proibidos não podem ser concedidos em hipótese alguma, os subsídios acionáveis somente serão reputados como inconsistentes se causarem efeitos adversos aos interesses de outro membro. Portanto, além da comprovação da especificidade do subsídio, o membro reclamante deve demonstrar que o subsídio específico causa efeitos adversos, podendo esses efeitos assumir três formas: dano, prejuízo grave e anulação ou diminuição de benefícios. O caso de dano ocorre quando as importações subsidiadas deterioram os indicadores da indústria doméstica no território de um membro reclamante. Da mesma forma que os subsídios proibidos, esse efeito adverso dos subsídios acionáveis pode ser contestado na via multilateral ou unilateral No entanto, somente uma forma de defesa deve ser aplicada. 22

23 O prejuízo grave, por sua vez, geralmente ocorre quando o efeito de um subsídio é: a) deslocar ou impedir a importação de produto similar produzido por outro Membro no mercado do Membro outorgante do subsídio, ou no mercado de terceiro país; ou, b) significante redução de preços do produto subsidiado em relação ao preço do produto similar de outro Membro no mesmo mercado ou significativa contenção de aumento de preços, redução de preços ou perda de vendas no mesmo mercado; ou, c) aumentar a participação no mercado mundial de determinado produto primário ou commodity subsidiado pelo Membro outorgante, quando se compara com a participação média que o Membro detinha no período de três anos anteriores e quando tal aumento se mantém como firme tendência durante algum tempo após a concessão dos subsídios. Essas três hipóteses de prejuízo grave somente podem ser contestadas na via multilateral. Já a anulação ou diminuição dos benefícios ocorre quando há anulação ou prejuízo de vantagens resultantes para outros Membros, direta ou indiretamente, do GATT 1994, em especial as tarifas consolidadas sob o Artigo II do GATT Esse subsídio somente pode ser contestado na via multilateral. Procedimento de investigação de subsídios As investigações de subsídios tem trâmite muito similar à investigação de dumping de que falamos bastantes nos artigos anteriores. Para não chover no molhado vejamos aqui somente os aspectos que diferencia esse procedimento do antidumping. Segundo o ASMC, um membro pode aplicar medidas compensatórias somente depois de determinar na investigação, a existência cumulativa dos seguintes requisitos: 23

24 a) importações subsidiadas; b) dano material à indústria doméstica fabricante do produto similar, ameaça de dano material ou atraso na implantação de uma indústria doméstica; e c) nexo causal entre as importações subsidiadas e o dano. O dano e nexo causal tem praticamente o mesmo sentido do disposto no acordo antidumping. A principal diferença é que na aplicação de medidas compensatórias se exige importações subsidiadas ao invés de importações dumpeadas. Conforme já dissemos, para que exista subsídio devemos ter uma contribuição financeira, feita pelo governo ou entidade pública dentro do território de um membro, e que confira um benefício. Reunindo esses três elementos, temos identificado o subsídio no sentido do ASMC, devendo ele ainda ser específico. A exemplo das regras procedimentais do acordo antidumping, o ASMC contém regras detalhadas sobre a investigação de subsídios, a imposição de medidas provisórias ou definitivas, a duração das medidas, regras que asseguram transparência, contraditório, etc. Após a investigação, ocorre a elaboração do parecer da autoridade investigadora recomendando ou não a aplicação de medidas compensatórias para neutralizar esses subsídios. A decisão final vocês já sabem... Cabe à CAMEX por meio de resolução decidir pela aplicação ou não. Não se esqueçam que todo o procedimento segue praticamente o mesmo rito que a investigação antidumping. Passemos então ao último instrumento de defesa comercial regulado pela OMC: as salvaguardas gerais. 24

25 ACORDOS SOBRE SALVAGUARDAS Em virtude de os membros terem firmado compromissos tarifários bem como de não aplicarem quotas às importações, os membros da OMC também reconheceram que, em determinadas situações, a liberalização poderia acarretar sérios prejuízos à indústria doméstica. Nesse contexto, a salvaguarda vem como uma possibilidade legítima de excepcionar os compromissos pactuados no âmbito da OMC, de forma a proteger sua indústria doméstica, em caráter temporário, com a observância de certos requisitos, para circunstâncias econômicas inesperadas. Outras provisões sobre salvaguardas podem ser encontradas em diversos acordos, por exemplo: a) Art. XIX do GATT/1947: contém regra geral sobre salvaguarda a qual foi clarificada pelo Acordo de Salvaguardas; b) Arts. XII e XVIIIB: contém provisões sobre balança de pagamentos; c) Art. V do Acordo de Agricultura; A salvaguarda pode ser aplicada por um membro da OMC como forma de proteger uma indústria doméstica específica do aumento de importações do produto que esteja causando ou ameaçando causar prejuízo grave à indústria, além de facilitar o seu ajustamento. No Brasil, segundo o art. 8º, incisos I e II do Decreto 1.488/95, as salvaguardas definitivas podem assumir a seguinte forma. I - elevação do imposto de importação, por meio de adicional à Tarifa Externa Comum - TEC, sob a forma de alíquota ad valorem, de alíquota específica ou da combinação de ambas; II - restrições quantitativas. No caso de restrições quantitativas, tais medidas não reduzirão o volume das importações abaixo do nível de um período recente, como tal considerado a média das importações nos últimos três anos representativos para os quais se disponha de dados estatísticos, a não ser que exista uma justificativa clara de que é necessário um nível diferente para prevenir a ameaça de prejuízo grave ou reparar o prejuízo grave. 25

26 Para cotas, o Governo brasileiro também poderá celebrar acordo com os Governos dos países diretamente interessados no fornecimento do produto, sobre sua distribuição entre os mesmos. Não sendo viável o acordo, será fixada quota para cada país diretamente interessado, tomando por base a participação relativa de cada um, em termos de valor ou de quantidade, na importação do produto, considerando um período representativo anterior e levando em conta fatores especiais que possam estar afetando o comércio deste produto. Foi questão recente da ESAF: (ESAF/ACE-MDIC/2012) A medida de defesa comercial que não representa reação a práticas desleais de comércio corresponde a salvaguardas comerciais. Comentário: Essa questão foi mel na chupeta. Dentre os 3 instrumentos de defesa comercial previstos nos acordos multilaterais da OMC (salvaguarda, antidumping e acordo de subsídios e medidas compensatórias), o único em que não se investiga prática desleal de comércio é a salvaguarda. No entanto, neste se analisa apenas o surto de importações, nexo causal e prejuízo grave (que é diferente de dano)! A aplicação de salvaguardas deve ser precedida de uma investigação (tal qual a investigação de dumping ou de subsídios), desnecessitando, no entanto, que haja uma prática desleal de comércio. Trata-se, portanto, de mecanismo que visa dar fôlego à indústria afetada pelo incremento da competição inesperada decorrente da liberalização comercial. Todavia, caso o procedimento de aplicação de salvaguarda não obedeça aos requisitos do Acordo de salvaguardas, os membros prejudicados com sua aplicação podem acionar o órgão de solução de controvérsias. Até agosto de 2012 tínhamos apenas uma salvaguarda vigente no Brasil que era a do coco ralado. Depois dessa data, como a salvaguarda é por período determinado, ela não pode mais ser prorrogada. Condições para sua aplicação Conforme já mencionado, uma medida de salvaguarda se aplica a todas as origens indistintamente, ou seja, se aplica numa base de não discriminação entre os membros da OMC (não seletividade). 26

27 Em simples termos, sua aplicação exige a observância das seguintes condições: a) aumento do volume de importações em termos absolutos e relativos (percentual); b) prejuízo grave causado ou sua ameaça à indústria doméstica fabricante do produto similar ou diretamente concorrente; e, c) nexo causal entre o aumento de importações e o prejuízo grave. Vejamos o significado de cada requisito. Aumento de importações No que diz respeito ao aumento das importações, o Acordo sobre Salvaguardas sugere que o aumento do v olume de importações em termos absolutos e relativos tenha sido recente, repentino, e significativo tanto quantitativamente como qualitativamente, de forma a causar ou ameaçar causar prejuízo. Dessa forma, pode se dizer que, apesar de não ser necessária a identificação de uma prática desleal de comércio, o aumento de importações considerado para as salvaguardas deve ser mais relevante que o aumento de importações sugeridos pelos Acordos Antidumping e de Subsídios e Medidas Compensatórias. Percebam que aqui não há prática de dumping ou subsídios, mas tão somente aumento de abrupto de importações que causam ou ameaçam causar um prejuízo grave. Vejamos o que é isso... Prejuízo grave à indústria doméstica A indústria doméstica no Acordo de Salvaguardas é concebida como conjunto dos produtores de bens similares ou diretamente concorrentes, estabelecidos no território brasileiro, ou aqueles, cuja produção conjunta de bens 27

28 similares ou diretamente concorrentes constitua uma proporção substancial da produção nacional de tais bens. Essa definição é mais ampla que a prevista para o Acordo Antidumping e de Subsídios e Medidas Compensatórias, pois inclui os fabricantes do produto similar, bem como dos produtos diretamente competitivos. Uma vez definida sua indústria, a autoridade investigadora deve, mediante processo regular, fazer uma determinação de prejuízo grave ou sua ameaça. Esse prejuízo grave é definido pelo Acordo como: I - prejuízo grave: a deterioração geral significativa da situação de uma determinada indústria doméstica; II - ameaça de prejuízo grave: o prejuízo grave claramente iminente, determinado com base nos fatos e não apenas em alegações, conjecturas ou possibilidades remotas; A não caracterização de prejuízo grave (fato passado), não afasta a possibilidade de aplicação de salvaguarda com base na configuração da ameaça de prejuízo grave (presente ou futuro próximo). A caracterização do prejuízo passa pela avaliação de todos os fatores objetivos e quantificáveis relacionados à situação da indústria doméstica afetada, particularmente os seguintes: I - o volume e a taxa de crescimento das importações do produto, em termos absolutos e relativos; II - a parcela do mercado interno absorvida por importações crescentes; III - o preço das importações, sobretudo para determinar se houve subcotação significativa em relação ao preço do produto doméstico similar; IV - o consequente impacto sobre a indústria doméstica dos produtos similares ou diretamente concorrentes, evidenciado pelas alterações de fatores econômicos tais como: produção, capacidade utilizada, estoques, vendas, participação no mercado, preços (quedas ou sua não elevação, que poderia ter ocorrido na ausência de importações), lucros e perdas, rendimento de capital investido, fluxo de caixa e emprego; 28

29 V - outros fatores que, embora não relacionados com a evolução das importações, possuam relação de causalidade com o prejuízo ou ameaça de prejuízo à indústria doméstica em causa. Podemos dizer que o requisito de existência ou ameaça de prejuízo grave para aplicação de medidas de salvaguardas é mais rigoroso que a existência ou ameaça de dano material estabelecido no Acordo Antidumping e no Acordo de Subsídios e Medidas Compensatórias. Isso porque o propósito do Acordo de Salvaguardas não é combater prática desleal de comércio, mais sim um aumento inesperado de importações. Além do mais, a palavra prejuízo/dano é qualificada pelo adjetivo grave, que enfatiza a extensão e profundidade do prejuízo que a indústria doméstica esteja sofrendo ou possa sofrer. Podemos adicionar a essa conclusão o fato de que a salvaguarda obedece ao princípio da não seletividade, ou seja, não se destina a esse ou aquele membro exportador, restringindo o comércio com todos os membros que exportam determinado produto para o país. Nexo causal entre aumento das importações e dano A determinação de prejuízo grave deve ser decorrente do aumento das importações. Se outros fatores, diferentes do aumento das importações, estiverem causando prejuízo à indústria doméstica ao mesmo tempo, o prejuízo não deve ser atribuído ao aumento das importações. Não significa dizer que o aumento de importações seja suficiente para causar ou ameaçar causar prejuízo grave. Tampouco significa que somente o aumento de importações será capaz de causar ou ameaçar causar prejuízo grave à indústria doméstica. Portanto, o nexo causal entre aumento de importações e prejuízo grave pode existir mesmo que outros fatores estejam contribuindo para isso ao mesmo tempo. Trata-se, simplesmente, do estabelecimento de um genuíno e substancial relacionamento de causa e efeito entre aumento de importações e prejuízo grave. 29

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