UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS HÍDRICOS JEFFERSON RICHARD ZIMMER
|
|
- Bento Affonso Klettenberg
- 6 Há anos
- Visualizações:
Transcrição
1 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS HÍDRICOS JEFFERSON RICHARD ZIMMER CARACTERIZAÇÃO HIDROGEOLÓGICA DO SISTEMA AQUÍFERO BAURU NA ÁREA URBANA DE PRIMAVERA DO LESTE/MT CUIABÁ/MT 2014
2 2 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS HÍDRICOS CARACTERIZAÇÃO HIDROGEOLÓGICA DO SISTEMA AQUÍFERO BAURU NA ÁREA URBANA DE PRIMAVERA DO LESTE/MT Dissertação de Mestrado apresentada à Universidade Federal de Mato Grosso Programa de Pós-Graduação em Recursos Hídricos. Orientador: Prof. Dr. Alterêdo Oliveira Cutrim. CUIABÁ/MT 2014
3 3 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho a Jesus, meu Senhor e Salvador. À minha maravilhosa esposa e meus amados filhos. À minha família de origem. Aos mestres, desde a primeira infância até hoje.
4 4 AGRADECIMENTOS Primeiramente, agradeço a Deus que me sustenta desde o ventre materno. Louvado seja o Senhor Jesus, digno de toda honra, louvor e glória. Agradeço a minha amada esposa Bruna Henriques de Jesus Zimmer, grande auxiliadora e minha maior incentivadora. Agradeço principalmente por sua paciência e sabedoria. Agradeço o amor de meus lindos filhos, Isaque e Jonas, crianças incríveis e surpreendentes. Meus grandes companheiros. Agradeço a minha família de origem, os meus pais, Léo e Luci, e meus irmãos, Juliano e Jonatha, que sempre contribuíram de várias formas na minha caminhada desde o início. Agradeço ao meu orientador e amigo, Alterêdo Cutrim, pelos ensinamentos repassados, pela paciência, pela confiança depositada em mim e, principalmente pelo exemplo de trabalho, dedicação e conduta profissional. Ao Programa de Pós-graduação em Recursos Hídricos da UFMT, em nome de todos os professores e técnicos que colaboraram com meu aprendizado e forneceram a estrutura necessária para o desenvolvimento deste trabalho. A CAPES pelo investimento financeiro e acadêmico. Aos queridos amigos e irmãos em Cristo que de alguma maneira colaboraram na minha jornada. A Igreja Presbiteriana do Brasil, pelo investimento na minha formação profissional. Principalmente a Igreja Presbiteriana do Areão. A todos aqueles que de alguma forma forneceram e auxiliaram na busca de dados necessários para esta pesquisa.
5 5 RESUMO Neste trabalho foi realizada a caracterização hidrogeológica do Grupo Bauru na área urbana de Primavera do Leste, usando dados existentes de poços tubulares, de geologia, de morfopedologia e de sondagem elétrica vertical. O Sistema Aquífero Bauru foi avaliado usando, condutividade hidráulica, coeficiente de armazenamento, nível estático, vazão, profundidade de poços e dados de qualidade de água. Os poços que explotam o Bauru foram analisados em termos de estrutura técnica e perfil geológico. Os resultados mostram que, na área, o Bauru tem características hidráulicas similares ao restante do Brasil, indicando boa capacidade para produção de água, conforme mostram as vazões dos poços tubulares. As suas águas são ácidas, alguns locais apresentam teor de ferro acima do VMP, porém podem ser consideradas potáveis. Os poços tubulares menos de 10% atendem os critérios técnicos das normas da ABNT, o que pode está contribuindo para alguns problemas locais de qualidade dessas águas, como turbidez, ferro, etc. O conhecimento e os dados produzidos constituem uma ferramenta indispensável para embasar a política de gestão de recursos hídricos nesta cidade e a realização de campanhas educativas voltadas ao uso sustentável dessas águas. Palavras-chave: Caracterização hidrogeológica, Sistema Aquífero Bauru, Poços.
6 6 ABSTRACT In this work the hydrogeological characterization of the Bauru Group was held in the urban area of Primavera do Leste, using existing data from wells, geology, morfopedologia and vertical electrical sounding. The Bauru Aquifer System was evaluated using hydraulic conductivity, storage coefficient, static water level, discharge, depth of wells and water quality data. The wells that explotam the Bauru were analyzed in terms of technical structure and geological profile. The results show that, in the area, Bauru is similar hydraulic characteristics to the rest of Brazil, indicating a good production capacity water, as shown the discharge wells. Its waters are acidic, some places have iron content above the VMP, but can be considered potable. The wells less than 10% meet the technical criteria of ABNT, which can is contributing to some local water quality problems such as turbidity, iron, etc. The knowledge and data produced are an essential to support the policy of water management in the city and performing on the sustainable use of these waters educational campaigns tool. Keywords: Hydrogeological Characterization, Bauru Aquifer System, Wells.
7 7 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO OBJETIVOS Geral Específicos ASPECTOS DA ÁREA DE ESTUDO Localização Aspectos sócio-econômicos Clima Vegetação Hidrografia Abastecimento de Água GEOLOGIA REGIONAL ESTRATIGRAFIA Grupo Bauru Formação Paredão Grande Formação Quilombinho Formação Cachoeira do Bom Jardim Formação Cambambe Formação Cachoeirinha GEOLOGIA LOCAL MORFOPEDOLOGIA TERMOS HIDROGEOLÓGICOS ESTUDOS DE CASO FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Pesquisa Bibliográfica... 42
8 Mapeamento Geológico Sondagem Elétrica Vertical SEV Hidrogeológica Distribuição vertical da água subterrânea Poço de monitoramento de níveis de água Porosidade Lei de Darcy Condutividade hidráulica Transmissividade hidráulica Sistemas hidrogeológicos Teste de bombeamento Reservas Qualidade de água MATERIAL E MÉTODOS Pesquisa Bibliográfica Aquisição e Processamento de Dados Geológicos Aquisição e Processamento de Dados de Poços Morfopedologia Determinação da Transmissividade e da Condutividade Hidráulica dos Aquíferos Explotados Aplicação de Sondagem Elétrica Vertical SEV Avaliação da Qualidade de Água dos Aquíferos Mapa Hidrogeológico de Primavera do Leste RESULTADO E DISCUSSÕES Geologia Hidrogeologia Avaliação do Sistema Aquífero Bauru... 65
9 Avaliação de poços que explotam os aquíferos CONCLUSÃO E CONSIDERAÇÕES REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 75
10 10 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Localização e Vias de Acesso da Área estudada Figura 2 - Mapa Hidrográfico de Primavera do Leste Figura 3 Mapa geológico da Bacia do Paraná extraído de Milani, E. J.; in: Geologia do Continente Sul Americano: Evolução da Obra de Fernando Flávio Marques de Almeida (1997) Figura 4 Coluna Estratigráfica da Bacia do Paraná extraído de Milani, E. J. in: Geologia do Continente Sul Americano: Evolução da Obra de Fernando Flávio Marques de Almeida (1997) Figura 5 - Painel estratigráfico do Grupo Bauru no estado de São Paulo (Soares et. al, 1980) Figura 6 Painel estratigráfico do Grupo Bauru no estado de Mato Grosso (Weska, 1996) Figura 9 Mapa de Solos da área urbana e periurbana de Primavera do Leste (Salomão et. al., 2001) Figura 10 Aquifero Livre e Confinado (DAE Bauru, 2006) Figura 11 Sistema de Aquiferos de meios isotrópicos Figura 12 - Zonas verticais de sub-superfície Figura 13 Representação esquemática de tipos de rochas Figura 14 - Esboço esquemático do dispositivo de Darcy Figura 15 - Ilustração mostrando os conceitos de Condutividade e Transmissividade hidráulica Figura 16 Variáveis do Teste de bombeamento (CPRM, 1998) Figura 17 Equipamentos de bombeamento (CPRM, 1998) Figura 18 - Dispositivos para medição de vazão (CPRM, 1998) Figura 19 Medidor de nível elétrico (CPRM, 1998) Figura 20 Esquematização de um poço de bombeamento Figura 21 - Arranjo Schlumberger Figura 22 Mapa Geológico da área Figura 23 Escarpas do Grupo Bauru Formação Cambambe Figura 24 - Mapa Hidrogeológico da área estudada...64 Figura 25 Condutividade Hidráulica do Sistema Aquífero Bauru...65
11 11 Figura 26 Transmissividade Hidráulica do Sistema Aquífero Bauru...67 Figura 27 - Mapa piezométrico do Bauru...67 Figura 28 - Mapa potenciométrico do Bauru...69 Figura 29 - Mapas de distribuição de vazões e profundidades de poços...70 Figura 30 Profundidades de poços no Sistema Aquífero Bauru...74 Figura 31 Vazão e Capacidade Específica no Sistema Aquífero Bauru...75
12 12 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Carta estratigráfica esquemática da área de estudo (modificado CPRM, 2004)...29 Tabela 2 Espessuras e profundidades das unidades geológicas estimadas através de SEV (Grillaud, 2010)...66 Tabela 3 Dados dos Parâmetros Físicos do Sistema Aquífero Bauru...69 Tabela 4 Dados dos Parâmetros Físicos do Sistema Aquífero Bauru...70 Tabela 5 Dados dos Parâmetros Bacteriológicos do Sistema Aquífero Bauru...71
13 13 1. INTRODUÇÃO Estudos de águas subterrâneas em áreas urbanas têm sido realizados há várias décadas nos países desenvolvidos. Estas águas circulam no subsolo, através dos vazios das rochas da Terra, cujas dimensões são milimétricas ou menores, ficando alojadas nos poros das rochas quando estas são sedimentares, e nas fraturas e fissuras quando são rochas cristalinas através dos vazios intersticiais e fraturas que ocorrem em tão grande número (Fetter, 2001). A UNESCO (Zektser & Everett, 1998) estimou que 30% das águas doces da Terra seriam águas subterrâneas, ou da ordem de 10,5 milhões de Km 3, até a profundidade geral de mil metros, em média, distribuídas nas demandas totais de água da população do mundo 10% consumo doméstico, 20 % comercial e 70% atividade industrial (agrícola). No Brasil, esses estudos estão localizados em áreas mais desenvolvidas seguindo a tendência mundial. No Estado de Mato Grosso, somente nas cidades de Rondonópolis, Jaciara, Cuiabá e Várzea Grande foram realizados estudos sobre os seus recursos hídricos subterrâneos (Cutrim, 2004; 2008 e 2011). O estado de Mato Grosso faz parte dessa realidade de escassez em pesquisas hidrogeológicas, apesar de seu grande potencial hídrico, como os representados pelas Bacias: Amazônica, Paraguai e Araguaia. As águas subterrâneas suprem a demanda de água de 90% das cidades e das atividades sócio econômicas. Nas cidades das regiões sul, sudeste e centro-norte, o suprimento da demanda do abastecimento público e das demais atividades é maior que 50% por águas subterrâneas, como é o caso da cidade de Primavera do Leste - MT. Nessa cidade são utilizadas as águas superficiais e subterrâneas para seu abastecimento público, porém a segunda é a principal fonte de recursos hídricos para suprir as demandas do setor industrial e de todas as atividades econômicas. Esta pesquisa se torna de fundamental importância, uma vez que gerou conhecimentos e dados sobre as águas subterrâneas que podem subsidiar a elaboração de uma proposta de gestão integrada desses recursos.
14 14 2. OBJETIVOS 2.1. Geral Esta pesquisa tem como objetivo principal a caracterização hidrogeológica do Sistema Aquífero Bauru, na área urbana de Primavera do Leste/MT, para gerar dados e conhecimentos para os setores social, econômico e órgãos gestores Específicos a) Avaliar os aquíferos explotados. b) Avaliar os poços que explotam os aquíferos. c) Atualizar o banco de dados hidrogeológicos da área. d) Propor medidas preventivas e corretivas para uso dos aquíferos à partir dos dados determinados.
15 15 3. ASPECTOS DA ÁREA DE ESTUDO 3.1. Localização A cidade de Primavera do Leste localiza-se na região Sudeste do Estado de Mato Grosso, nas coordenadas de latitude sul e longitude oeste de , cerca de 250 km de distância de Cuiabá (Figura 1). Figura 1 - Localização e Vias de Acesso Aspectos sócio-econômicos Primavera do Leste foi criada pela construtora Imobiliária Consentino em 1979, cresceu rapidamente tornando-se distrito do município de Poxoréu em 1981.
16 16 O município foi criado em 13 de maio de 1986, através da Lei Estadual nº Nesta ocasião foram apresentadas inúmeras sugestões para denominar o novo município, dentre as quais Nova Primavera e Alto Primavera. Prevaleceu mesmo o nome Primavera do Leste. Este município surgiu de um empreendimento colonizador, com o ideal de ser uma cidade moderna e planejada, destacando-se dos demais municípios pelo seu planejamento urbano. De acordo com a estimativa do IBGE em 2010, Primavera do Leste possui hoje um total de habitantes, IDH-M 0,805 (muito alto) e PIB per capita de R$ ,35. A base econômica do município está voltada para o agronegócio, sendo a 4ª economia de Mato Grosso. A agricultura e os fortes investimentos em pesquisas resultam em uma área com grande produção e alta produtividade, especialmente da soja Clima O clima enquadra-se na categoria de Tropical-quente (Nimer, 1989). Tem como característica marcante a frequência de temperaturas altas diariamente, alcançando em seus meses mais quentes (setembro e outubro) valores superiores a 40 C. Este tipo de clima apresenta dois períodos relativamente distintos, sendo o seco (abril a agosto) e outro úmido com chuvas abundantes (outubro/novembro a março). Na estação úmida a precipitação pluviométrica varia de a mm/ano Vegetação A cobertura vegetal do município de Primavera do Leste apresenta-se bastante variada, podendo observar os tipos florísticos: cerrados, matas ciliares e de galeria (SEPLAN-MT, 2000).
17 17 O cerrado é do tipo vegetal predominante, variando de ralo a denso, em função do tipo de solo. Nas áreas ainda preservadas aparece mais denso, formando uma vegetação compacta com árvores de médio porte. As matas ciliares e de galerias, que se alongam pelos seus cursos de água ainda presente ajudam a caracterizar a vegetação da região Hidrografia A região de Primavera do Leste encontra-se no divisor de águas de duas grandes bacias: Paraguai e Tocantins. Entre os principais cursos de água está o Rio das Mortes que recebe afluentes das duas margens da Unidade Chapada dos Guimarães. Destaque para os córregos Traíras, dos Bois e Nova Esperança (Figura 2). Figura 2 - Mapa Hidrográfico de Primavera do Leste.
18 Abastecimento de Água Primavera do Leste conta com uma Captação de Água Bruta localizada no Córrego Traíras, com capacidade de retirar litros por hora. E também do Córrego Nova Esperança que tem capacidade para aduzir litros por hora. A principal fonte de abastecimento de água é a subterrânea captada por meio de poços tubulares profundos particulares. O sistema é totalmente hidrometrado, contando com ligações de água, sendo que em 2002 foi implantado o sistema de fluoretação da água tratada. Os habitantes atendidos são Hoje a área urbana conta com um sistema de abastecimento de água que atende os padrões de potabilidade exigido pelos organismos de controle da sua qualidade pelo Ministério da Saúde, e pela OMS (Organização Mundial de Saúde) nas estações de tratamento de água (ETA) operada pela empresa Águas de Primavera.
19 19 4. GEOLOGIA REGIONAL A área de estudo está inserida sobre a bacia sedimentar intracratônica denominada Bacia do Paraná (Figura 3), que ocupa uma área de Km 2 e dimensão norte-sul próxima de Km 2 no Brasil, estendendo-se ainda pelo Paraguai, Uruguai e Argentina. No território nacional a bacia abrange os estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. As rochas encontradas nessa Bacia foram depositadas e desenvolvidas durante o ciclo Brasiliano ( Ma), ainda no continente Gondwânico (Schobbenhaus Filho et. al,1975) A Bacia do Paraná tem sua evolução durante o Paleozóico e o Mesozóico, documentadas em suas estruturas 400 milhões de anos de história geológica. A Figura 4 mostra as seis supersequências principais: Rio Ivaí, Paraná, Gondwana I, Gondwana II, Gondwana III e Bauru (Millani, 1997). A supersequência Rio Ivaí (Ordoviciano- Siluriana) a mais antiga da Bacia, representa o primeiro cilco de sedimentação apoiada a um embasamento cratônico consolidado após as orogenias Brasilianas (Almeida e Hasui, 1984). O registro completo da Supersequencia Rio Ivaí é formada por conglomerados e arenitos na base (Formação Alto Garça), diamictítos de origem glacial (Formação Iapó) e folhelhos fossilíferos e siltitos (Formação Vila Maria) relacionadas à máxima inundação do cilco Ordoviciano- siluriano. A Supersequência seguinte, Paraná (Devoniana) materializa um ciclo transgressivo-regressivo, composta por sedimentos arenosos continentais a transicionais, ricos em icnofósseis (eodevonianos) sobrepostos por sedimentos marinhos silico-argilosos (Formação Ponta Grossa). A supersequência subsequente é a porção basal da sequência pensilvaniana/eo-triássica (Gondwana I), no intervalo correspondente ao Grupo Itararé (na parte sul) e à Formação Aquidauana (na parte norte), a qual foi acumulada sob marcada influência do clima glacial com forte afluxo sedimentar proveniente das áreas vizinhas expostas pela deglaciação. De acordo com a interpretação de Milani (1997), esta supersequência compreende uma parte basal transgressiva, correspondente aos Grupos Itararé (Formações Lagoa Azul, Campo Mourão, Taciba e Aquidauana) constituído por depósitos
20 20 sedimentares de origem glácio-marinha, e Guatá, formado pelas rochas de deposição em ambiente deltáico, marinho e litorâneo da Formação Rio Bonito e marinhos da Formação Palermo com a superfície de inundação máxima na sua parte intermediária. A parte superior, regressiva, está registrada nas rochas marinhas e transicionais do Grupo Passa Dois (Formações Irati, Serra Alta, Teresina, Corumbataí e Rio do Rastro), registrando ao seu final o início da instalação de clima desértico na bacia. A Supersequência Gondwana III, e representada no Neo-Jurássico/Eo- Cretáceo, um extenso campo de dunas eólicas cobriu inteiramente esta porção do continente (Formação Botucatu), seguido pelo mais volumoso extravasamento intracontinental de lavas basálticas do planeta (Formação Serra Geral) como manifestação magmática dos estágios precoces do rifteamento sul-atlântico.
21 21 Figura 3 Mapa geológico da Bacia do Paraná extraído de Milani, E. J.; in: Geologia do Continente Sul Americano: Evolução da Obra de Fernando Flávio Marques de Almeida (1997).
22 22 5. ESTRATIGRAFIA Distribuída regionalmente com elevada extensão territorial, a Bacia do Paraná ocorre em várias sequências deposicionais, sendo foco de pesquisa de vários pesquisadores na área das geociências (Figura 4). Figura 4 Coluna Estratigráfica da Bacia do Paraná extraído de Milani, E. J. in: Geologia do Continente Sul Americano: Evolução da Obra de Fernando Flávio Marques de Almeida (1997).
23 Grupo Bauru O Grupo Bauru foi estudado e reconhecido inicialmente por Gonzaga de Campos (1905). Soares et. al. (1980) elevaram esta unidade para categoria de Grupo no estado de São Paulo, com base em estudos realizados, subdividindo nas formações Caiuá, Santo Anastácio, Adamantina e Marília (Figura 5). Figura 5 - Painel estratigráfico do Grupo Bauru no estado de São Paulo (Soares et. al, 1980). Segundo Oliveira et. al. (1992), estas unidades foram correlacionadas com aquelas definidas nas regiões de Poxoréu e Dom Aquino, cujas seções tipos foram descritas respectivamente por Weska (1987) e que depois foram reconhecidas nos municípios de Dom Aquino e Poxoréu por Pisani & Arrais (1991), Maciel & Ribeiro (1991). Weska et al. (1993), propõe a elevação da unidade à categoria de Grupo para a região da Chapada dos Guimarães, Dom Aquino e Poxoréo em
24 24 Mato Grosso, e o dividem nas formações Paredão Grande, Quilombinho, Cachoeira do Bom Jardim e Cambambe (Figura 6). Figura 6 Painel estratigráfico do Grupo Bauru no estado de Mato Grosso (Weska, 1996) Formação Paredão Grande A formação é composta por rochas ígneas alcalinas (derrames, diques e rochas Vulcano-clásticas) recorrentes ao longo do desenvolvimento da sedimentação. A idade deste magmatismo é de 83,9 + 4 Ma. (Ar-Ar). Análises petrográficas caracterizaram as rochas componentes dos derrames como apresentando textura geral porfirítica ou microporfirítica, de grão fino com matriz intergranular a intersertal (Weska 1996; Gibson et al. 1997). Depósitos identificados como de natureza piroclástica foram descritos como brechas vulcânicas e tufos, podendo ocorrer interação com a sedimentação siliciclástica de ambiente desértico sob a forma de pavimentos contendo bombas vulcânicas ou sedimentos nas frações areia e silte englobados nos derrames.
25 Formação Quilombinho Esta unidade conglomerática basal está junto as formações vulcânicas, com espessuras da ordem de 30 a 50 m (Weska et al., 1988) sendo constituída por clastos dominantemente provenientes da erosão destes centros vulcânicos, ocorrendo ainda seixos de quartzo e clastos de rochas das unidades mais antigas. Ocorrem orto e paraconglomerados, arenitos e subordinadamente pelitos. As cores são róseas a acinzentadas e as camadas apresentam geometria lenticular. Os conglomerados exibem acamamento gradacional normal e inverso enquanto nos arenitos são encontradas estratificações cruzada tangencial e laminação plano-paralela. O ambiente deposicional é interpretado como de leque aluvial e a deposição sob regime de enxurradas, constituindo- se de depósitos de fluxo em lençol, barras conglomeráticas e areno-conglomeráticas e dunas tipo 3D. As camadas de pelitos exibem laminação plano-paralela e intercalações de camadas de arenito fino a muito fino com laminação cruzada cavalgante, indicando deposição por desaceleração do fluxo e decantação em condições de baixa energia, em sítios laterais aos canais fluviais (Weska, 2006) Formação Cachoeira do Bom Jardim Constituída por ortoconglomerado composto por seixos de rochas sedimentares e vulcânicas, com intercalações de lentes de arenito róseo com seixos na base e exibindo estratificação cruzada tangencial (Weska, 2006). Sucedendo as camadas basais ocorrem camadas sigmoidais amalgamadas de arenito médio a grosso, podendo ser conglomerático com seixos de quartzo e arenito dispersos, maciços ou com estratificação cruzada tangencial e camadas lenticulares de arenito fino, que passam a predominar em direção ao topo da unidade. Na região de Poxoréo a ocorrência de calcário (brecha e marga) reveste-se de importância para a atividade agrícola do Estado.
26 26 Ocorrem com menor frequência camadas de paraconglomerado e camadas com presença de fendas de ressecamento. Uma característica marcante desta unidade, conforme Costa et al. (2003) e Godoy et al. (2003) é a presença de calcretes. A sucessão de camadas representa um ciclo regressivo, ocasionado pelo aplainamento das áreas-fonte e uma deposição em ambiente desértico por sistemas de leques aluviais, fluvio-deltáico e lacustre, conforme interpretado por Weska et al. (1987) Formação Cambambe A Formação Cambambe é o topo do Grupo Bauru em Mato Grosso (Weska et al. 1993, Weska 2006) e sua espessura na região de Chapada dos Guimarães atinge duas centenas de metros (Weska et al. 1993). Constituída por arenitos e arenitos conglomeráticos, aos quais se intercalam lentes de conglomerados e siltitos. As cores são avermelhadas a róseas e a presença de silcretes é uma característica marcante desta unidade. Os conglomerados ocorrem como paraconglomerados com gradação e como ortoconglomerados maciços ou com estratificação cruzada acanalada, enquanto que os arenitos exibem laminação plano-paralela ou estratificação cruzada acanalada e cruzada tabular. As camadas de pelitos são maciças ou com laminação plano-paralela. O ambiente deposicional é interpretado como de leque aluvial, fluvial efêmero e lacustre em condições de extrema aridez (Costa et al., 2003 e Godoy et al., 2003) Formação Cachoeirinha A unidade foi identificada e caracterizada por Oliveira e Muhlmann (1965) a leste de São Vicente, Mato Grosso, sob a denominação de Unidade C.
27 27 Gonçalves e Schneider elevaram a categoria da unidade, definindo-a como Formação Cachoeirinha, cuja seção tipo situa-se no Distrito de Cachoeirinha, cerca de 30 km a norte de Poxoréu, onde ocorrem arenitos amarelados, medio a grossos, argilosos e niveis de conglomerados, além de argilito cinza-esverdeado com grãos de areia esparsos e estratificação incipiente. Estes sedimentos inconsolidados depositaram-se discordantemente sobre todas as formações subjacentes. A conceituação da Formação Cachoeirinha é muito controversa, havendo alguns autores que discordam de sua caracterização como unidade autônoma, englobando os sedimentos nas coberturas lateríticas (Ianhez et al., 1983). Em que pese estas restrições, adotou-se a definição de Pena et al. (1975) que a consideram uma sequência sedimentar isolada do Terciário Inferior. É constituída de argilas e areias brancas, cinza, amarelas e avermelhadas, intercaladas tanto com níveis conglomeráticos quanto com outros laterizados, todos lenticulares. Na área em apreço recobre os grupos Aquidauana e Bauru, em pequena extensão no extremo sudeste da folha. Assim como a Formação Araguaia, a Formação Cachoeirinha também teria sido originada por falhamentos e arqueamentos terciários, ambas sob a forma de bacias continentais.
28 28 6. GEOLOGIA LOCAL Grillaud (2010) caracteriza a geologia da área como sendo da Formação Cachoeirinha, do Terciário/Quaternário, sobreposta ao Grupo Bauru, pertencente à Bacia do Paraná. Os depósitos aluvionários existentes na área são constituídos por sedimentos areno-argilosos e cascalhos subordinados ao longo do córrego dos Bois e do córrego Traíras (Figura 7). Figura 7 Mapa Geológico Primavera do Leste e entorno (Modificado de Grillaud, 2010). Gonçalves e Schneider (1970), em relatório interno da PETROBRÁS, classificam a unidade geológica de superfície como Formação Cachoeirinha. Esses autores afirmam que esta formação é constituída por sedimentos inconsolidados, areno-argilosos, de cor vermelha, parcialmente laterizados, apresentando uma espessura que vai de 20 a 80 metros, ocorrendo nos níveis topográficos mais elevados, formando extensos chapadões e assentando discordantemente sobre os sedimentos do Grupo Bauru. Para Barros et. al. (1982), a Cobertura Detrito-Laterítica possui superfície aplainadas constituídas dominantemente por solos argilo-arenosos, cor vermelha, ricos em concreções ferruginosas. Weska et. al. (1993), situa a Formação Cachoeirinha como cobertura do Grupo Bauru no período Terciário, composta por cascalhos e areias
29 29 inconsolidadas com matriz areno-argilosa de coloração marrom, e na base a Formação Cambambe constituída por conglomerado petromítico, cíclico com seixos de silexitos e quartzos. O cimento é silicoso, intercalando lentes de siltito argiloso com pelotas de argila. Salomão et. al. (2001), diz que na área há uma camada de cobertura detrito-laterítica constituída por sedimentos ricos em concreções ferruginosas com níveis de argilas coloridas e areias inconsolidadas. A carta estratigráfica do CPRM (2004) serviu de base para enriquecer o conhecimento geológico da região e assim gerar dados para estudos hidrogeológicos (Tabela 1). Tabela 1 Carta estratigráfica esquemática da área de estudo (modificado CPRM, 2004). No perfil geológico elaborado a partir dos dados de poços perfurados na área urbana mais os perfis de SEV (Sondagem Elétrica Vertical) é possível identificar arenitos amarelados, médio-grosseiro, argiloso, estratificação espessa e material conglomerático; e argilito cinza, esverdeado com grãos de areia esparsos e estratificação incipiente (Figura 8).
30 30 Figura 8 - Perfil geológico - perfuração de um poço à direita local, e a esquerda um perfil geológico na região, do Grupo Bauru (Weska, 1993).
31 31 7. MORFOPEDOLOGIA O estudo pedológico é de grande importância no auxilio de estudos hidrogeológicos. A morfologia do solo está ligada a fatores muito importantes das águas subterrâneas, sendo o primeiro deles a capacidade de filtração do solo, podendo servir como um filtro natural para os aquíferos, regulando a infiltração de contaminantes para essas águas, outro fator é a capacidade de armazenar água para recarregar o aquífero e em muitos casos permitem produzir água suficiente para abastecer pequenas propriedades (ABAS, 2014). Segundo Costa (2003) na região tem-se compartimentos pedológicos proporcionalmente homogêneos no que se refere aos fatores do meio físico e circulação hídrica. Na área de estudo os fundos de vale encontram-se as colinas, que se declinam suavemente em forma de U amplos, onde o solo é constituído por horizonte gleizado e horizonte plíntico sob substrato da Formação Cachoeirinha e Cambambe, sendo observadas inúmeras surgências de água. Nas proximidades dos fundos de vale estão as planícies de inundação de alguns rios e córregos, onde os solos são constituídos por gleissolos e plintosolos. Na área estudada foram observados os seguintes solos: a) Latossolo Vermelho-Amarelo: essa classe pedológica envolve os solosminerais hidromórficos, com horizonte B latossólico de coloração vermelha a vermelho-amarelado com matizes da ordem de 2,5 YR a 7,5 YR e teores de Fe 2 O 3 provenientes do ataque sulfúrico iguais ou inferiores a 11% e normalmente acima de 7% quando argilosos ou muito argilosos e não concrecionários, e não apresentam atração magnética (Guerra & Cunha 1996). Também com matizes de 7,5YR a 10YR de textura argilosa média, estrutura granular microagregada com grau de desenvolvimento fraca e uma porosidade média com a presença de muitos microporos e permeabilidade média. Esses solos são muito profundos de seqüência A-B de diferenciação suave (DORES, 2000). As características morfológicas observadas em campo dos Latossolos Vermelho - Amarelo da região de Primavera do Leste permitem inferir que o funcionamento hídrico por água de chuva apresenta tendência para alta
32 32 infiltração, tanto nos horizontes superficiais como subsuperficiais, abastecendo o lençol freático, que se encontra a uma profundidade acima de 4 metros. b) Areia Quartzosa - nesta classe estão os solos profundos de constituição areno-quartzosa compreendendo, as classes texturais areia e areia franca, coloração amarelada e avermelhada, extremamente pobre em nutrientes e com horizonte A fracamente desenvolvido. Esses solos comumente ocorrem em superfície de topografia plana e suavemente ondulada. Na área em apreço apresentam-se principalmente no compartimento de fundo de vale. c) Solo Hidromorfico (Solo Glei Humico e Plintico) - essa classe de solo compreende indivíduos formados por camadas estratificadas, ou não, de natureza arenosa e com lençol freático próximo à superfície. Apresentam, em geral, horizonte superficial pouco desenvolvido embora ocorram em ambientes de drenagem extremamente deficiente, não possuem cores neutras cinzentas devido ao material sedimentar ser de natureza areno-quartzosa e desprovido, quase que completamente, de material argiloso. As características morfológicas estão relacionadas com os domínios de depressões quaternárias e apresentam relevo praticamente plano, ou seja, esses solos são desenvolvidos em várzeas áreas deprimidas planícies aluvionais locais de terras baixas, vinculadas a excesso de água, ou mesmo em bordas de chapadas em áreas de surgência de água subterrânea. O solo GLEI PLÍNTICO se diferencia pela presença de um nível plíntico porém em quantidade bem menor do volume do horizonte gleizado. Esses solos ocorrem em áreas mal drenadas com a presença do lençol freático aflorante e subaflorante (Salomão, 2001). Nesse caso as águas de chuva não se infiltram, constituindo áreas de acúmulo de água. d) Plintossolo Concrecionário - o solo Plíntico geralmente é oriundo de solos onde as imposições intempéricas de diferentes condições morfoclimáticas atuaram ou atuam diretamente sobre eles resultando num material endurecido de cor avermelhada e quando os solos apresentam petroplintita (nódulos e concreções lateríticas) são denominados de Plintossolos Concrecionários (Pétricos). Quando a petroplintita se encontra pouco profunda e formando uma camada contínua e espessa (couraça laterítica) as limitações quanto as
33 33 facilidades de escavações se tomam mais sérias, como também, se constituem em um impedimento natural para a percolação das águas de chuva, portanto nos Plintossolos Concrecionários o comportamento hídrico se caracteriza pelo escoamento essencialmente superficial (Guerra & Cunha, 1996). Na área, estes solos ocorrem no compartimento de Borda de Platô. Foi constatada a presença de Areias Quartzosas, sobrepostas a um horizonte plíntico com a presença de fragmentos de nódulos arredondados e subarrendondados e lamelares em uma superfície degradada sugerindo que já houve a existência de uma couraça laterítica sobre a Formação Cachoeirinha, que é composta por cascalho, seixos de quartzo e uma couraça detritolaterítica (Salomão, 2001). e) Solo Litólico - esta classe de solos são rasos ou muito rasos, pouco desenvolvidos, com seqüência de horizonte A, C e R ou A e R. Em geral, apresentam horizonte A diretamente sobre o substrato rochoso, embora podem exibir horizonte B incipiente muito pouco espesso acima do material rochoso pouco intemperizado, sobreposto ao substrato rochoso. Normalmente são solos muito pobres e ácidos. Os solos Litólicos apresentam uma grande diversificação morfológica, e geralmente contidos a paisagens mais íngremes, associados a afloramentos de rochas das encostas das serras (Guerra & Cunha, op. cit). Nas duas toposseqüências realizadas no perímetro periurbano de Primavera do Leste, os solos apresentaram algumas mudanças devido à morfologia do terreno (Figura 9).
34 34 Figura 9 Mapa de Solos da área urbana e periurbana de Primavera do Leste (Salomão et. al., 2001).
35 35 8. TERMOS HIDROGEOLÓGICOS Foram relacionados alguns conceitos hidrogeológicos para melhor entendimento dos resultados alcançados, e para que esteja de acordo com os objetivos deste trabalho. O universo hidrogeológico possui uma imensa riqueza de conceitos segundo Wrege (1995), sendo as principais definições: Aquíferos - denominação destinada às formações geológicas ou camadas que apresentam condições favoráveis para armazenar (porosidade) e circular (permeável) um volume considerável de água. Aquífero livre ou Aquífero Raso - é um aquífero onde as suas águas encontram-se em contato com a atmosfera em toda a sua extensão através de uma zona de aeração e em condições normais de pressão (Figura 10). Figura 10 Aquifero Livre e Confinado (DAE Bauru, 2006). Aquífero confinado ou cativo - é um aquífero encerrado entre dois Aquicludes ou Aquitardes (Figura 10).
36 36 Aquicludes - denominação dada às formações geológicas ou camadas com capacidade de armazenar grandes volumes de água, mas que permite uma circulação muito lenta ou quase nula. Aquífugo - Formação geológica absolutamente impermeável, não armazena nem transmitem água subterrânea. Por exemplo: granitos, gnaisses e basaltos sem alteração e sem fraturas. Aquitardes - Formação geológica que podendo conter quantidades apreciáveis de água, transmitem muito lentamente, não sendo viável o seu aproveitamento econômico. Capacidade específica - significa a relação entre vazão obtida de um poço e o respectivo rebaixamento do aquífero. Captação - captação de água subterrânea é todo e qualquer dispositivo que permita extrair a água contida em um sistema aquífero, quer seja por gravidade (galerias), por bombeamento ou por qualquer outro sistema de elevação. Condutividade hidráulica - parâmetro que expressa a permeabilidade de um meio (no sentido qualitativo). Estabelece a relação entre o escoamento específico (= velocidade de Darcy) e o gradiente hidráulico na lei de Darcy. A condutividade hidráulica é função das propriedades do meio e do fluido, depende, portanto, da temperatura. Exploração - são os processos que objetivam descobrir e quantificar os recursos. Explotação - de água subterrânea significa a sua extração para disponibilizá-la ao uso. Gerenciamento - significa o conjunto de ações administrativas que visam controlar ações sobre um sistema aquífero para atingir objetivos e prazos satisfazendo a política de recursos hídricos.
37 37 Hidrogeologia dos meios Isotrópicos - os meios porosos (arenitos e similares) são divididos em dois tipos de aquíferos, o confinado e o livre, isto em relação a pressão hidrostática do meio (Figura 11). Figura 11 Sistema de Aquíferos de meios isotrópicos. (modificado de Pinto et. al., 1976). Pressão de Confinamento Pressão a que ficam submetidas as águas armazenadas nos aquíferos confinados. Tal pressão, superior à pressão atmosférica, é engrenada pela influência das estruturas pela influência das estruturas no comportamento dos fluxos, aliada ao peso da camada confinante e afins sobrepostos. Rebaixamento - ação de baixar artificialmente o nível piezométrico ou freático de um aquífero. Recarga - quantidade de água que escoa verticalmente até atingir o nível freático, aumentando assim a quantidade de água subterrânea armazenada. Reserva ativa ou renovável ou reguladora - corresponde ao volume de água do aquífero que oscila com a sazonalidade.
38 38 Reserva explotável - é o volume de água que pode ser extraído do aquífero em condições técnicas e econômicas viáveis. Reserva permanente - é o volume de água do aquífero que não sofre influência da sazonalidade. Rio efluente - rio que recebe água das formações geológicas adjacentes. Rio influente - rio que cede água às formações geológicas adjacentes. Transmissividade - exprime a capacidade de um material de transportar a água nele Armazenada. Vazão Específica - é a razão entre vazão de bombeamento (Q) e o rebaixamento (s) produzido no poço em função do bombeamento, para um determinado tempo. Zonas aquíferas São domínios aquíferos poucos extensos, encerrados em contextos litológicos, cujas permeabilidades são muito variáveis, e que pode chegar a ser praticamente nulas em parcelas muito importantes. Zona jorrante - é o domínio geográfico no qual os níveis piezométricos de um sistema aquífero se encontra acima da superfície topográfica. Zona saturada - parte de um meio poroso natural onde todos os poros se encontram totalmente preenchidos por água e onde a pressão é igual ou superior à atmosférica. Zona não saturada - zona compreendida entre a superfície topográfica e a zona saturada. Zona vadosa - o mesmo que zona não saturada.
39 39 9. ESTUDOS DE CASO Oliveira (2010) estudou a Sub-Bacia Hidrográfica de Alcântara, no âmbito da Hidrogeologia Urbana de Lisboa. Realizaram duas campanhas de amostragem, uma na estação úmida e outra na estação seca, para recolher amostras de água em vários locais dentro da Sub-Bacia de Alcântara com vista à comparação da composição química da água. A análise estatística foi feita por amostragem, correlacionando-se as amostras para verificar a existência de semelhanças ou diferenças na composição química da água. Herrera e Orozco (2010), em seu trabalho, estudam as características geológicas e hidrogeológicas do setor Ojo de Agua na bacia sul da Cidade da Guatemala, onde 72% do uso da água procede de aquíferos no Vale Central e também cerca de 20% do uso total da cidade de Guatemala. Levando em conta a importância do abastecimento público por água potável de qualidade e tendo em vista a necessidade de continuar a usufruir deste aqüífero de forma sustentável, esta pesquisa determinou o modelo hidrogeológico conceitual e estabeleceu novos locais de perfuração. Chama a atenção a direção do fluxo de águas subterrânea definida por controle tectônico, devido a um sistema de falhas com orientação NS. Viviani e Hirata (2008), falando sobre a problemática do uso da água em São Paulo SP, maior cidade da América Latina, diz que a água subterrânea é um recurso muito importante para o Brasil em suas áreas urbanas. A dependência é aumentada por causa da falta de água superficial de boa qualidade, a bom preço, bem como pelo preço da água subterrânea e, em algumas áreas, pela falta de outra opção (em áreas pobres periurbanas). Ainda que o correto controle da ocupação da terra pode reduzir drasticamente os problemas de contaminação de aquíferos. Também lembra a necessidade de pessoal técnico bem treinado e que o conceito de sustentabilidade associado à extração e vulnerabilidade à contaminação de aqüíferos não é ainda bem entendido pela população de forma geral. Reginato e Strieder (2004), mostram neste trabalho a caracterização hidrogeológica e hidrodinâmica do aquífero fraturado da Formação Serra Geral. A área de estudo localiza-se na região nordeste do estado do Rio Grande do Sul e em parte da bacia hidrográfica Taquari-Antas, abrangendo um total de
40 40 onze municípios. Foram analisados dados de 690 poços tubulares onde foram identificados dados sobre a profundidade dos poços, posição do nível estático, número de entradas de água, vazão e os parâmetros transmissividade e capacidade específica. Com essa análise, foi efetuada uma caracterização geral para o sistema aquífero, bem como uma caracterização detalhada para onze regiões abrangidas pelos municípios. Nesse caso, observou-se que cada região possui comportamento diferenciado e apresenta potencialidades diferentes. Aguiar e Veríssimo (2012), neste projeto teve o objetivo de gerar e disponibilizar informações e conhecimento sobre a ocorrência, potencialidade, circulação e utilização das águas subterrâneas na porção oriental da Bacia Sedimentar do Parnaíba, especificamente, na zona de afloramento do aquífero Serra Grande. Os estudos iniciaram pelo levantamento do conhecimento existente, passando pela caracterização geológica e geométrica do reservatório e culminaram na caracterização hidrogeológica propriamente dita. Espera-se, ao final dos estudos, que essas informações sirvam para fomentar o uso adequado dos recursos hídricos e, consequentemente, o desenvolvimento socioeconômico sustentável da região, melhorando as condições de vida da população. Moreira e Braga (2009), relatam que a utilização do método da eletrorresistividade têm tido grande avanço nas áreas ambiental e hidrogeológica. A possibilidade de aquisição de dados geofísicos em grande escala a um custo relativamente baixo permite sua aplicação em estudos ambientais e hidrogeológicos, preferencialmente integrados as técnicas diretas de investigação. Campos (1998) apresenta um estudo hidrogeológico da cidade de Porto Velho (RO). Esse trabalho consiste na caracterização dos aquíferos sedimentares constituídos por sedimentos fluviais e colúvio-aluviais, utilizando dados de poços tubulares. O estudo permitiu o conhecimento da vazão e da capacidade específica, além da determinação da transmissividade e da condutividade hidráulica desses aquíferos. Campos et al. (2002) apresentam a caracterização hidrogeológica do Sistema Aqüífero Sedimentar de São Paulo, constituído pelas Formações
41 41 Resende, São Paulo, Tremembé, Itaquaquecetuba e coberturas alúviocoluvionares. Campos e Reis (2002) realizaram uma avaliação hidrogeológica na área urbana do município de Ariquemes - RO. Nesse estudo os autores determinaram a condutividade hidráulica, a transmissividade e o armazenamento do aqüífero constituído pela alteração das rochas graníticas. Além disso, foi feita a classificação da água desse aqüífero. Rosa Filho et al. (1996) identificaram os principais aqüíferos usados para o abastecimento da cidade de Curitiba PR, e os principais tipos de usos das águas desses aqüíferos. Cutrim (2007), com o objetivo de fazer a caracterização hidrogeológica do Grupo Parecis, em Lucas do Rio Verde (MT), utilizou dados da geologia regional e de poços tubulares profundos e de monitoramento de nível estático no ano hidrológico. O Sistema Aquífero Parecis (SAP) foi identificado como livre, com espessura média de 200 metros, transmissividade de 8,64 m 2 /dia a 7,52 m 2 /dia, condutividade hidráulica de 7,20x10-1 m/dia a 6,73x10-1 m/dia, capacidade específica de 2,63 m 2 /h a 2,27 m 2 /h, para suprir poços com vazão de até 100 m 3 /h. Os dados mostram que o SAP é um sistema aquífero com capacidade para suprir grandes demandas de água.
42 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Pesquisa Bibliográfica São os principais conceitos teóricos necessários ao desenvolvimento de um trabalho, é o suporte teórico para os estudos, análise e reflexões, sobre os dados e/ou informações coletadas. A fundamentação teórica é uma apresentação de idéias presentes nas obras estudadas, mostrando a relação que possuem com o tema pesquisado Mapeamento Geológico O conhecimento geológico de uma determinada área ou região é obtido através da execução de pesquisas de campo e de laboratório, denominadas levantamento geológico ou mapeamento geológico. O termo levantamento geológico designa genericamente as atividades de cartografia geológica ou mapeamento geológico (ou geofísico, geoquímico, hidrogeológico). O seu propósito básico é estabelecer a natureza, a forma tridimensional, a posição espacial, a origem, a idade, a evolução, e a importância regional ou global dos corpos rochosos (Price, 1992). Os levantamentos geológicos correspondem a uma atividade estratégica de longo prazo, que envolve a utilização de várias disciplinas especializadas das geociências, como a petrografia, sedimentologia, paleontologia, estratigrafia, geologia estrutural, petrologia, foto-interpretação, sensoriamento remoto, geofísica, geoquímica, metalogenia, geocronologia, etc. A utilização dos resultados dos levantamentos geológicos também se reveste desse caráter multidisciplinar, pois os mesmos trazem informações úteis à descoberta e ao gerenciamento dos recursos minerais, energéticos e hídricos; ao desenvolvimento da agricultura (fertilizantes, corretivos agrícolas) e da construção civil (areia, argila, brita, calcário); para o planejamento da ocupação do solo e da gestão territorial; para a prevenção de catástrofes naturais (enchentes, deslizamentos de massa, terremotos, erupções
43 43 vulcânicas); para a proteção do meio ambiente; para o planejamento das políticas públicas; e, para a própria evolução das ciências geológicas. De uma maneira geral, pode-se dizer que o conhecimento geológico de um determinado país é diretamente proporcional ao número de cartas ou mapas geológicos existentes em seu território, e de suas respectivas escalas. Em princípio, quanto maior a escala dos mapas mais precisa e detalhado será o conhecimento Sondagem Elétrica Vertical SEV A eletrorresistividade é um método geofísico cujo principio está baseado na determinação da resistividade elétrica dos materiais que, juntamente com a constante dielétrica do material geológico e a permeabilidade magnética, expressam fundamentalmente as propriedades desse material. Os diferentes tipos de materiais existentes no ambiente geológico, apresentam como uma de suas propriedades fundamentais o parâmetro físico resistividade elétrica, o qual reflete algumas de suas características servindo para caracterizar seus estados em termos de alteração, fraturamento e etc. e até identifica-los litologicamente, sem necessidade de alterações físicas (BRAGA,2007). Segundo Lakubovskii & Liajov uma rocha de condutora de corrente elétrica pode ser considerada como sendo um agregado com estrutura de minerais sólidos, líquidos e gases, na qual sua resistividade é influenciada pelos seguintes fatores: 1) Resistividade dos minerais que formam a parte sólida da rocha; 2) Resistividade dos líquidos e gases que preenchem seus poros; 3) Umidade e porosidade das rochas; 4) Textura da rocha e a forma e distribuição de seus poros; 5) Processos que ocorrem no contato dos líquidos contidos nos poros e a estrutura mineral, tais como: processo de adsorção de íons na superfície do esqueleto mineral, diminuindo a resistividade total destas rochas. A técnica da sondagem elétrica vertical consiste, basicamente, na análise e interpretação de um parâmetro físico (resistividades e\ou carga
44 44 aparente), obtido a partir de medidas efetuadas na superfície do terreno, investigando de maneira pontual a variação em profundidade. Existem dois tipos de arranjo para o desenvolvimento da técnica da SEV: Schlumberger e Wenner. Enquanto o primeiro arranjo e utilizado nos países europeus, principalmente França e Rússia, e no Brasil, o segundo é utilizado mais comumente no Canadá, Estados Unidos e Inglaterra. Arranjo Schlumberger além de ser mais prático no campo, sendo necessário apenas o deslocamento de dois eletrodos, as leituras nos equipamentos são menos sujeitas as interferências produzidas por ruídos indesejáveis, tais como, potenciais artificiais produzidos por cabos e estações de alta tensão. Arranjo Wenner neste arranjo os quatros eletrodos apresentam uma separação crescente durante todo o desenvolvimento do ensaio, sendo, deslocados simultaneamente, mantendo sempre a relação: AM = MN = NB = a, e o centro do arranjo permanece fixo. O desenvolvimento de campo de uma SEV inicia-se pela escolha exata do centro do perfil a ser levantado AMNB, colocando uma forma de identificação, ou seja, uma estaca. A medida que aumenta a distancia dos eletrodos de corrente AB, consequentemente aumenta o volume total da superfície, alcançando camadas mas profundas. A operação de campo nas medidas terrestres consiste basicamente em injetar corrente em dois pontos da superfície do terreno e medir a resposta dessa excitação em forma de diferença de potencial. Normalmente são utilizados dois eletrodos de corrente e dois de potencial, dispostos seguindo uma linha reta. Outro parâmetro a ser pensado antes da execução em campo, são os arranjos dos eletrodos. Existem no mínimo 5 tipos de arranjos consagrados. Outra consideração que devemos estar atentos e quanto aos alinhamentos dos perfis a ser levantados, devendo obedecer a critérios geológicos e topográficos, para que as leituras sofram menos interferências e traduzem a radiografia do ponto investigado mais próximo possível da realidade. Os resultados sucessivos estarão, portanto, ligados com as variações das atividades aparentes e\ou cargabilidades aparentes com a profundidade.
45 45 As curvas de campo de uma SEV são interpretadas através da seguinte metodologia: 1. Inicialmente os dados de campo são processados através dos softwares apropriados ao tratamento dos dados obtidos em campo onde, basicamente, cada ponto de medida é considerado como uma camada geoelétrica distinta com dois parâmetros associados, resistividade e espessura; 2. A segunda etapa consisti no agrupamento de camadas que possuem comportamento geoelétrico semelhantes, utilizando as informações geológicas locais disponíveis; 3. Após as etapas 1 e 2, os dados são novamente processados e modelados com a introdução de um modelo inicial de n-camadas com suas respectivas, resistividades e espessuras, obtido da primeira etapa de interpretação. O objetivo da interpretação dos dados de eletrorresistividade é determinar a distribuição da resistividade média dos materiais em subsuperfície e transformá-la em informação geológica. A primeira etapa produz o modelo geoelétrico e a segunda um modelo geológico. Vale ressaltar que existem dois tipos de interpretação numa sondagem elétrica vertical, a quantitativa e a qualitativa. A utilização de curvas logarítmicas, para representação e interpretação dos dados de campo, deve-se ao fato que as variações das estruturas geoelétricas representativas são realçadas, e principalmente, reduzem os cálculos teóricos para o traçado das curvas-modelos, usadas na interpretação (Lakubovskii & Liajov, 1980; Kunetz, 1996; e Orellana, 1972). Os dados geoelétricos, obtidos em cada SEV (resistividade e\ou cargabilidade), são representados por meio de uma curva bilogaritimica em função dos espaçamentos AB\2 arranjo Schlumberger ou arranjo Wenner. O objetivo da interpretação quantitativa é determinar a espessura e a resistividade media de cada camada. A análise qualitativa, nada mais é que uma analise morfológica que existe na interpretação de uma SEV. É neste momento que o interprete define de maneira qualitativa, o modelo geoelétrico da área estuda. Ela deve ser feita de maneira visual, com todas as SEV s em conjunto, procurando identificar as
46 46 camadas geoelétricas e seus comportamentos em termos espaciais ao longo da área estudada, considerando, sempre a geologia local. Uma questão importante nas analises morfológicas das SEV s, diz respeito às variações das resistividades em subsuperficie, correspondendo às distribuições verticais das resistividades e\ou cargabilidade dentro de um volume determinado de subsolo. Estas variações podem ser classificadas segundo seu número de camadas geoelétricas. Os resultados obtidos através do levantamento de campo, são apresentados em mapas de locação, mapa de resistividade 2D e 3D, perfis elétricos e geoelétricos, associados as interpretações qualitativa e quantitativa de cada modelo produzido Hidrogeológica Distribuição vertical da água subterrânea Abaixo da superfície do terreno, há basicamente duas zonas horizontais, saturada e não saturada, de acordo com a proporção relativa do espaço poroso ocupado pela água (Figura 12). a) Zona saturada (zona de saturação): fica abaixo da superfície freática (local em que a água está submetida à pressão atmosférica) e todos seus vazios estão preenchidos. b) Zona não saturada (zona de aeração ou vadosa): está entre a superfície freática e a superfície do terreno e seus poros estão parcialmente preenchidos por gases e água. Ela pode ser dividida em três partes (Figura 12): a. Zona capilar: da superfície freática até o limite de ascensão capilar da água. b. Zona intermediária: entre o limite de ascensão capilar da água e o limite de alcance das raízes das plantas. c. Zona de evapotranspiração: entre os extremos radiculares da vegetação e a superfície do terreno.
47 47 Figura 12 - Zonas verticais de sub-superfície (Feitosa e Filho, 2000: modificado de Bear e Verruijt, 1987) Poço de monitoramento de níveis de água Poço de Monitoramento é o poço instalado com a finalidade de monitorar as condições da água subterrânea da formação geológica quanto ao nível d'água e suas características físicas, químicas, biológicas e radiológicas. Difere-se dos poços de produção pelo pequeno diâmetro e pela extensão do filtro. Os poços multiníveis tem a mesma função de poços de monitoramento, porém são capazes de monitorar diferentes estratos isoladamente, de acordo com os objetivos do trabalho a ser realizado. Os poços de monitoramento são perfurados em áreas contaminadas ou não, para obtenção de amostras das águas subterrâneas e informações hidrogeológicas. O objetivo é fornecer acesso controlado às águas do aquífero freático em áreas industriais ou comerciais, para monitoramento da qualidade das águas subterrâneas. A instalação dos poços de monitoramento pode ser realizada através de sondagem manual ou com equipamentos mecanizados de sondagem, de acordo com o procedimento da ABNT, que estabelece as condições mínimas
48 48 exigidas para a construção de poços de monitoramento e fornece subsídios para a elaboração de projetos de redes de monitoramento das águas subterrâneas Porosidade A porosidade total (P) ou simplesmente porosidade de um solo ou rocha pode ser definida como a relação entre Volume de vazios (Vv) e Volume total (Vt): P = Vv/Vt = 1 ρb/ρm ρb = densidade volumétrica ρm = densidade dos grãos A porosidade total é expressa em %, portanto a equação é definida como: P = Vv/Vt x 100 (%) A porosidade depende do tamanho dos grãos. Grãos variados tendem a ter menor porosidade do que grãos uniformes, devido a ocupação dos espaços vazios pelos grãos menores (Figura 13). Figura 13 Representação esquemática de tipos de rochas (Custódio e Llamas, 1983).
49 Lei de Darcy Em 1856, Henry Darcy, engenheiro hidráulico francês, pesquisava o escoamento de água em um filtro de areia utilizando um dispositivo (figura 14), chegando as seguintes conclusões em relação à vazão do escoamento (volume por unidade de tempo): a) Proporcional à seção transversal (A) do filtro; b) Proporcional à diferença de cargas hidráulicas (h 1, e h 2 ), entre os piezômetros 1 e 2 (Figura 14); c) Inversamente proporcional à distância (L) entre os piezômetros 1 e 2 (Figura 14). Figura 7 - Esboço esquemático do dispositivo de Darcy (Feitosa e Filho, 2000). Então, a fórmula de Darcy pode ser expressa da seguinte forma:
50 50 Onde: Q = KA. (h1-h2) / L K = coeficiente de proporcionalidade ou condutividade hidráulica [L / T] Condutividade hidráulica A condutividade hidráulica (K), expressa em m/s, refere-se à facilidade da formação aquífera de exercer a função de um condutor hidráulico e depende tanto das características do meio (porosidade, tamanho, distribuição, forma e arranjo das partículas), quanto da viscosidade do fluido (Figura 15). Essa propriedade é utilizada também para estimar a velocidade de deslocamento da água e das plumas de contaminação, pela seguinte fórmula: V = K. i Onde: i = gradiente hidráulico, ou seja, a diferença de carga hidráulica entre dois pontos distantes horizontalmente. Em comparação com a topografia de um terreno, i seria a declividade Transmissividade hidráulica A transmissividade (T), dada em m 2 /s, corresponde à quantidade de água que pode ser transmitida horizontalmente por toda a espessura saturada do aquífero (Figura 15). Pode ser conceituado como a taxa de escoamento da água através de uma faixa vertical do aquífero, com largura unitária submetida a um gradiente hidráulico unitário. Para aqüíferos confinados a transmissividade é calculada pela expressão: T = K. b Onde: T é a transmissividade [L 2 /T] K é a condutividade hidráulica [L/T] b é a espessura saturada do aqüífero.
51 51 Para aquíferos freáticos a espessura muda com o tempo, de acordo com a recarga ou descarga. Figura 15 - Ilustração mostrando os conceitos de Condutividade e Transmissividade hidráulica (Feitosa e Filho, 2000: modificado de Driscoll, 1986) Sistemas hidrogeológicos a) Sistemas porosos: ocorrem em rochas sedimentares, sedimentos inconsolidados e solos. São bons produtores de água e ocorrem em grandes áreas. b) Sistemas fraturados ou fissurados: ocorrem em rochas ígneas e metamórficas, onde a porosidade primária não é significativa do ponto de vista de armazenamento e transmissão de água. A sua produtividade, que geralmente não é grande, depende da densidade de fraturas ativas e sua intercomunicação. c) Sistemas cársticos: são formados em rochas solúveis e podem constituir aquíferos com grandes volumes de água.
52 Teste de bombeamento Os testes de bombeamento representam, sem nenhuma dúvida, a forma de mais fácil aplicação e maior garantia em seus resultados, que é usada tradicionalmente para determinar os parâmetros hidrodinâmicos dos aquíferos e para verificar a qualidade da construção das obras de captação de água subterrânea, além de ser a ferramenta indispensável para se determinar as vazões de explotação de poços. As variáveis envolvidas no bombeamento de um poço e que devem ser monitoradas são as seguintes (Figura 16): Vazão de Bombeamento (Q): é o volume de água por unidade de tempo extraído do poço por um equipamento de bombeamento; Tempo (t): é o tempo decorrido a partir do início do bombeamento. Rebaixamento do Nível da Água dentro do Poço (s): é a distância entre o nível estático (NE) e o nível dinâmico (ND). Sendo: Nível estático (NE) é a distância da superfície do terreno ao nível da água dentro do poço antes de iniciar o bombeamento; Nível dinâmico (ND) é a distância entre a superfície do terreno e o nível da água dentro do poço após o início do bombeamento; Figura 16 Variáveis do Teste de bombeamento (CPRM, 1998).
53 53 Na execução dos testes de bombeamento serão individualizados dois grandes grupos de rochas: a) Rochas Cristalinas: Os testes em rochas cristalinas deverão ser executados através de um bombeamento contínuo por um período de, no mínimo, 12 horas, independente da estabilização dos níveis. Após o término do bombeamento é aconselhável o registro da recuperação dos níveis por um período de 6 horas. A vazão inicial do teste deve ser avaliada ao final da perfuração, durante a etapa de limpeza/desenvolvimento do poço, para não exceder a sua potencialidade e mascarar os resultados do teste. Os testes em rochas cristalinas devem ser executados com bombas (submersa ou injetora) ou compressor de ar (Figura 17). Figura 17 Equipamentos de bombeamento (CPRM, 1998). Em geral as vazões de poços no cristalino são baixas, logo pode-se indicar o método volumétrico como um meio prático e rápido para o registro das vazões (Figura 18). Entretanto é aconselhável utilizar os seguintes referenciais para evitar erros de avaliação acima de 5% (Vazões até 3,6 m3/h - Volume mínimo do recipiente = 20 L / Vazões entre 3,6 e 36,0 m3/h Volume mínimo do recipiente = 200 L). b) Rochas Sedimentares: Os testes em rochas sedimentares deverão ser executados através de um bombeamento contínuo por um período de, no mínimo, 24 horas, ou até a completa estabilização dos níveis, que só ocorre com freqüência em poços captando aqüíferos rasos (dunas, aluviões, coberturas) próximos a massas de água superficial. Após o término do bombeamento é aconselhável o registro da recuperação dos
54 54 níveis por um período de 12 horas. A vazão inicial do teste deve ser avaliada ao final da perfuração, durante a etapa de limpeza/desenvolvimento do poço. Os testes em rochas sedimentares deverão ser executados com bombas (submersa ou injetora) podendo ser aceito compressor de ar, se devidamente dimensionado para a vazão do poço e com a utilização de um injetor adequado. Nos testes de bombeamento em rochas sedimentares pode-se também utilizar o método volumétrico, conforme indicação anterior, porém é aconselhável a utilização de um dispositivo mais preciso (escoador de orifício circular), principalmente para vazões acima de 36,0 m3/h. Figura 18 - Dispositivos para medição de vazão (CPRM, 1998). Os níveis da água dentro do poço devem ser medidos através do medidor de nível elétrico. Esse dispositivo consiste basicamente de um cabo elétrico ligado a uma fonte, tendo na outra extremidade um eletrodo que, ao tocar na superfície da água, fecha o circuito e aciona um alarme sonoro ou luminoso (Figura 19).
55 55 Figura 19 Medidor de nível elétrico (CPRM, 1998). É aconselhável a utilização de cronômetro no início do teste, principalmente enquanto as medidas estiverem espaçadas de 1 minuto. Quando as medidas estiverem com espaçamento superior a 5 minutos é aceitável a utilização de um relógio comum. Os mais indicados são do tipo digital Reservas Segundo Custódio e Llamas (2000), as reservas são classificadas e definidas da seguinte maneira: a) Reserva reguladora Representam a quantidade de água livre armazenada pelo terreno aquífero ao curso de uma recarga importante por alimentação natural. São submetidas ao efeito do ritmo sazonal ou interanual das precipitações. b) Reservas permanentes ou profundas constituem as águas acumuladas que não variam em função das precipitações anuais e permitem uma explotação mais importante e regularizada em períodos de vários anos. c) Reservas totais ou naturais conjunto de reservas permanentes com as reservas reguladoras constituindo a totalidade de água existente num aquífero ou sistema aquífero.
56 Qualidade de água A Portaria MS Nº 2914 de 12/12/2011, basicamente estabelece: a) A responsabilidades por parte de quem produz a água, a quem cabe o exercício do controle de qualidade e das autoridades sanitárias, a quem cabe à missão de vigilância da qualidade para consumo humano b) Que a água produzida e distribuída para consumo humano deve ser controlada. c) A quantidade mínima e a frequência que as amostras de água devem ser coletadas, bem como os parâmetros e limites permitidos. Toda a água destinada ao consumo humano deve obedecer ao padrão de potabilidade, definido como o conjunto de valores permitidos como parâmetro da qualidade da água para consumo humano, e está sujeita à vigilância da qualidade da água.
57 MATERIAL E MÉTODOS Pesquisa Bibliográfica Foi realizado estudo de casos de caracterização hidrogeológica para aumentar a base de conhecimento sobre essa temática. Aplicado então os métodos propostos nesta pesquisa com as adequações mais coerentes com a proposta. A pesquisa bibliográfica foi realizada nos seguintes temas: hidrogeologia, geologia, morfopedologia, uso e ocupação, consumo e demanda de água. Em todos os temas acima citados, foram usadas desde as obras clássicas mais abrangentes até os estudos de casos divulgados em revistas especializadas, anais e CDs de eventos científicos e dissertações e teses. Assim como para a geologia foram usados livros, artigos e relatórios que envolvam a geologia regional e local Aquisição e Processamento de Dados Geológicos O levantamento geológico baseou-se no trabalho de Grillaud (2010), onde é feita a identificação das unidades litoestratigráficas bem como as suas relações de campo, a definição do empilhamento estratigráfico da área estudada e a análise estrutural, com ênfase nas estruturas rúpteis (fraturas e falhas). Os perfis de poços também forneceram dados litológicos que foram analisados e selecionados. Todas essas informações foram conferidas em trabalhos de campo Aquisição e Processamento de Dados de Poços Os dados de poços foram coletados na SEMA - Secretaria de Estado e Meio Ambiente e empresas particulares de perfuração de poços da região.
58 58
59 Determinação da Transmissividade e da Condutividade Hidráulica dos Aquíferos Explotados Os coeficientes de transmissividade e condutividade hidráulica dos aquíferos foram determinados através de dados de produção de poço, usando o software Aquifer Test. O aquífero aluvial em estudo deve ser considerado, para efeito de modelamento e obtenção dos parâmetros hidrogeológicos, como um aquífero livre, foi utilizada a metodologia de Neuman apropriada para a fase transiente (dependente do tempo) em aquíferos livres (Figura 20). Figura 20 Esquematização de um poço de bombeamento. A equação que rege o problema descrito pela figura 20 é: onde: h = Espessura saturada do aquífero. r = Distância do ponto ao poço de bombeamento. z = Coordenada Carteziana vertical. Ss = Coeficiente de Armazenamento específico. Kr = Condutividade hidráulica radial (ou horizontal). Kv = Condutividade hidráulica vertical.
60 60 t = Tempo. A solução para a equação (1) (Método de Neuman) é dada por: Onde, T = transmissividade = h0 Kr e W (ua e ub) é a função de poço para aquíferos livres (Fetter, 2001), onde: A equação 3 é obtida através do ajuste dos dados de rebaixamento vs. tempo à curva de Theis usando dados do início do bombeamento, quando o aquífero livre libera água através de mecanismos iguais aos de aquíferos confinados e o fluxo é predominantemente horizontal. A equação 4 é obtido através do ajuste dos dados de rebaixamento vs. tempo à curva de Theis usando dados da fase final do bombeamento, quando o aquífero livre libera a maior parte da água através de drenagem dos poros e o fluxo é predominantemente vertical Aplicação de Sondagem Elétrica Vertical SEV Grillaud (2010) aplicou a técnica da Sondagem Elétrica Vertical (SEV), que permitiu investigar a variação vertical de resistividade. Ela consiste em injetar corrente elétrica no meio através de dois pontos e medir o potencial em dois outros localizados entre os de corrente. Através da corrente, da diferença de potencial e do fator geométrico (função das distâncias entre os pontos de injeção de corrente e medidas de potencial) determina-se a resistividade aparente do meio (Bhattacharya & Patra, 1968). Quanto maior a distância entre os pontos de injeção de corrente maior será a profundidade investigada.
61 61 Os dados de campo foram coletados, utilizando o arranjo Schlumberger (Figura 21) e um Resistivímetro SYCAL R2, com potência máxima de 250 W e voltagens de 100, 200, 400 e 800 V. A abertura máxima dos eletrodos de corrente (AB/2) foi de m e MN AB/5, a resistência de contato nos eletrodos foi controlada através do uso de água salgada. Na interpretação das SEV s foi usado o método do Ridge Regression (Tikhonov & Arsenin, 1977). A profundidade investigada foi vinculada ao intervalo (AB/4, AB/6). Figura 21 - Arranjo Schlumberger Avaliação da Qualidade de Água dos Aquíferos Com base nos parâmetros estabelecidos na Portaria MS Nº 2914 de 12/12/2011, foram avaliados os dados dos poços outorgados na área de estudo. Foram analisados os dados mais representativos tanto dos parâmetros físicos: Turbidez, Cor, ph, Dureza e Condutividade; como dos parâmetros químicos: Ferro, Cálcio, Cloreto, Sódio e Sulfato; e Bacteriológicos: Coliformes Totais e Coliformes Fecais. Essas informações foram retiradas do banco de dados dos poços. Após análise, foram criadas tabelas para cada grupo de parâmetros, os físicos, os químicos e os bacteriológicos, segundo os aquíferos estudados.
62 Mapa Hidrogeológico de Primavera do Leste No mapa hidrogeológico, as informações mais importantes apresentadas foram os aquíferos e/ou sistemas aquíferos. Além destas informações fizeram parte deste mapa os dados geológicos e estruturais. O mapa hidrogeológico da cidade de Primavera do Leste foi elaborado usando-se as informações geológicas e os parâmetros hidrodinâmicos do aquífero. A formulação deste mapa teve como base o mapa geológico, onde foram efetuadas as adequações para produzir o mapa hidrogeológico da área em escala adequada, usando o software Surfer.
63 RESULTADO E DISCUSSÕES Geologia A caracterização geológica está baseada nos perfis geológicos dos poços e nos trabalhos de Grillaud (2010) e de Salomão (2001). Em campo foram feito trabalhos comprobatórios, onde foi registrada ocorrência apenas da Formação Cambambe (Figura 23), conforme indicada por Weska (1996) como o topo da coluna estratigráfica do Grupo Bauru e a Formação TQDL (Terciário Quaternário Detrito Laterítica) ao longo das drenagens (Figura 22). A compreensão das características litológicas permite entender o processo de infiltração da água no subsolo, a forma como as unidades geológicas armazenam e transmitem a água subterrânea e as influências nos seus aspectos relativos à quantidade e qualidade. Figura 22 Mapa Geológico da área.
64 64 Figura 23 Escarpas do Grupo Bauru Formação Cambambe (Salomão et. al, 2001) Hidrogeologia Na área a hidrogeologia é constituída pelo Sistema Aquífero Bauru (Figura 24), constituído principalmente por arenito. Figura 24 - Mapa Hidrogeológico da área estudada.
65 Avaliação do Sistema Aquífero Bauru A partir de teste de bombeamento de 37 poços foram calculadas a condutividade e a transmissividade hidráulica desse sistema aquífero. A condutividade variou de 10-5 m/s e 4,42x10-3 m/s (Figura 25) e a transmissividade 1,8x10-4 a 1,06x10-1 m 2 /s (Figura 26). Os valores destes parâmetros estão muito próximos daqueles produzidos pelo Aquífero Bauru em outras áreas, onde a condutividade hidráulica varia entre 10-4 e 10-6 m/s (Oliveira e Campos, 2004). Figura 25 Condutividade Hidráulica do Sistema Aquífero Bauru. Figura 26 Transmissividade Hidráulica do Sistema Aquífero Bauru.
66 66 Ocorre de modo livre em todo área, tem espessura variando de 118 m a 344,50 m, sendo coberto apenas por uma camada pedológica com espessura variando de 3 a 9 m (Tabela 2). Esta espessura associada à sua litologia e aos seus parâmetros hidrodinâmicos indicam um sistema aquífero de grande potencialidade. Tabela 2 - Espessuras e profundidades das unidades geológicas estimadas através de SEV (Grillaud, 2010). SEV 1 SEV 2 SEV 3 SEV 4 Geologia (790506/ ) (785010/ ) (789618/ ) (785350/ ) H D H D H D H D Solo ,75 0 Grupo Bauru , H = espessura (m) e D = profundidade (m). O nível piezométrico do Bauru varia de 3,7 a 56,8 m, ocorrendo os menores valores (4 a 10 m) a nordeste, onde há menos urbanização e mais empreendimentos rurais. Os maiores valores (12 a 50 m) estão onde há maior concentração de poços e maior urbanização, com grande concentração de estabelecimentos comerciais (Figura 27). Figura 27 - Mapa piezométrico do Bauru.
67 67 A potenciometria (Figura 28) mostra a direção do fluxo subterrâneo convergindo em dois sentidos principais, um para NW e outro para SE. A região de maior potenciometria segue uma linha principal NE/SW, formando um divisor de águas subterrâneas, que coincide com o divisor de águas superficiais. Figura 28 - Mapa potenciométrico do Bauru. Os perfis geológicos da maioria dos poços tubulares apresentaram pouca alteração litológica e descrição pobre, descritos basicamente como areia inconsolidada e arenito. Não ultrapassando os 120 m de profundidade. Porém, para efeito de confirmação de profundidades e variações litológicas, os levantamentos geofísicos na área foram investigados com sondagem elétrica vertical (SEV) com AB/2 máximo de metros. A avaliação das vazões mostrou uma variação de 15 a 24 m 3 /h a sul, onde também se encontram as maiores profundidades de poços, variando de 50 a 128 m. As menores variam de 1 a 6 m 3 /h na porção sudeste, no local de maior urbanização e de menores profundidades dos poços, variando de 20 a 45 m (Figura 29).
68 68 A diversidade de vazão ocorre por questões construtivas dos poços, grande variação da capacidade da bomba instalada, variação da penetração do poço na zona saturada e a heterogeneidade litológica do Grupo Bauru. Figura 29 Mapas de distribuição de vazões e profundidades de poços. A avaliação da potabilidade das águas do Sistema Aquífero Bauru, usando a Portaria 2914 de dezembro de 2011, foi realizada considerando os aspectos seguintes: a) Parâmetros físicos (Tabela 3): Cor, PH e Dureza Total, estão com valores dentro do limite VMP (Valores Máximos Perimitidos). A Turbidez na maioria dos poços apresentou valores fora do limite permitido (de 0,5 a 1,0 FTU), provavelmente devido à composição litológica do aquífero e problemas cosntrutivos dos poços. Quanto a Condutividade hidráulica, os poços P0022 e P0024 apresentaram valores acima do permitido, indicando talvez algum erro pontual na coleta ou na construção dos poços.
69 69 Tabela 3 Dados dos Parâmetros Físicos do Sistema Aquífero Bauru. c) Parâmetros químicos (Tabela 4): O Cloreto, o Sódio e o Sulfato apresentaram teores dentro do padrão de potabilidade, com exceção dos valores de Cálcio, todos os demais parâmetros ficaram abaixo do recomendável, variando de 0,40 a 9,84 mg/l, quando a variação permitida é de 10 a 100mg/l. A composição litológica não tem minerais associados ao cálcio, isto explica os valores baixos. Os teores de Ferro estão muito elevados para os padrões aceitáveis, sendo 0,60 mg/l no poço P0012 e 0,56 mg/l no poço P0041, quando o aceitável é de no máximo 0,30 mg/l. Talvez a cimentação inadequada desses poços possa ser a principal responsável pelos elevados teores de ferro encontrados por permitir a captação de água com teor de ferro muito
70 70 elevado. Também é provável a presença de ferro-bactérias, pois a litologia do aquífero não favorece esse fator. Tabela 4 Dados dos Parâmetros Físicos do Sistema Aquífero Bauru. c) Parâmetros bacteriológicos (Tabela 5): apenas um poço apresentou valor fora do normal, o poço P0024, com 240 coliformes totais, porém com ausência de coliforme fecal. Isso pode ter ocorrido por contaminação do meio, erro na análise ou até mesmo erro na manipulação ou coleta da amostra. Considerando que a grande maioria dos parâmetros analisados está dentro dos limites de potabilidade e as alterações presentes não são expressivas ou preocupantes, pode-se dizer que a água do Sistema Aquífero Bauru é de boa qualidade, podendo ser utilizada para o consumo humano, industrial, lazer, etc., pois esses teores não são prejudiciais à saúde humana, e não causam danos maiores aos equipamentos dos poços.
71 71 Tabela 5 Dados dos Parâmetros Bacteriológicos do Sistema Aquífero Bauru Avaliação de poços que explotam os aquíferos A eficiência hidráulica dos poços pode ser definida como sendo a relação entre as perdas de cargas naturais do aquífero e as perdas ocorridas durante o bombeamento. Um poço pode ser considerado hidraulicamente eficiente quando se consegue obter os resultados esperados em termos de capacidade produtiva com o mínimo custo (França, 2008). O poço representa a principal conexão hidráulica entre a superfície e o aquífero. Sua eficiência está relacionada a dois aspectos fundamentais: ao projeto construtivo do poço e ao procedimento de perfuração e construção. A maior parte dos perfis construtivos dos poços inventariados no Sistema Aquífero Bauru apresenta características semelhantes. Porém, na
Caracterização da Ecorregião do Planalto Central
do Planalto Central A Ecorregião do Planalto Central abrange uma área de 157.160,8 km² (7,84% do bioma Cerrado). É uma região de grande complexidade morfológica com superfícies aplainadas e diferentes
Leia maisPROPOSTA DE REVISÃO ESTRATIGRÁFICA E ASPECTOS HIDROGEOLÓGICOS DO GRUPO URUCUIA NA BACIA SANFRANCISCANA.
PROPOSTA DE REVISÃO ESTRATIGRÁFICA E ASPECTOS HIDROGEOLÓGICOS DO GRUPO URUCUIA NA BACIA SANFRANCISCANA. Paulo Henrique Prates Maia & Zoltan Romero Cavalcante Rodrigues 1- Introdução Ø Durante a evolução
Leia maisIntrodução ao Ciclo hidrológico
Introdução ao Ciclo hidrológico Água Uma realidade com várias dimensões Ciclo hidrológico Movimento permanente Sol evaporação + Gravidade precipitação escoamento superficial escoamento subterrâneo O conceito
Leia maisPROPOSTA DE PADRONIZAÇÃO DAS DENOMINAÇÕES DOS AQUÍFEROS NO ESTADO DE SÃO PAULO. José Luiz Galvão de Mendonça 1
PROPOSTA DE PADRONIZAÇÃO DAS DENOMINAÇÕES DOS AQUÍFEROS NO ESTADO DE SÃO PAULO José Luiz Galvão de Mendonça 1 Resumo - A falta de padronização das denominações dos aquíferos que ocorrem no Estado de São
Leia maisPALEOAMBIENTE DEPOSICIONAL DA FORMAÇÃO BARREIRAS NA PORÇÃO CENTRO-SUL DA ÁREA EMERSA DA BACIA DE CAMPOS (RIO DE JANEIRO)
PALEOAMBIENTE DEPOSICIONAL DA FORMAÇÃO BARREIRAS NA PORÇÃO CENTRO-SUL DA ÁREA EMERSA DA BACIA DE CAMPOS (RIO DE JANEIRO) Thaís Coelho BRÊDA 1 ; Claudio Limeira MELLO 1 ; Bruno Lopes GOMES 1 thaisbreda@geologia.ufrj.br
Leia maisMini - curso Monitoramento de Águas Subterrâneas
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS E EXATAS CURSO DE GEOGRAFIA 7º SEMANA ACADÊMICA INTEGRADA Mini - curso Monitoramento de Águas Subterrâneas Prof. Dr. Jose Luiz Silvério da
Leia maisOS AQUÍFEROS BOTUCATU E PIRAMBÓIA NO ESTADO DE SÃO PAULO: NOVOS MAPAS DE ISÓBATAS DO TOPO, ESPESSURA E NÍVEL D'ÁGUA.
OS AQUÍFEROS BOTUCATU E PIRAMBÓIA NO ESTADO DE SÃO PAULO: NOVOS MAPAS DE ISÓBATAS DO TOPO, ESPESSURA E NÍVEL D'ÁGUA. José Luiz Galvão de Mendonça 1 e Thereza Mitsuno Cochar Gutierre 1 Resumo - Os aquíferos
Leia maisDivisão Ambiental Prazer em servir melhor!
Prazer em servir melhor! Caracterização hidrogeológica: Estudo ambiental em área de futuro aterro sanitário Este trabalho teve como objetivo realizar a caracterização geológica e hidrogeológica, assim
Leia maisÁgua subterrânea... ou... Água no subsolo
ÁGUA SUBTERRÂNEA Água subterrânea... ou... Água no subsolo Celso Dal Ré Carneiro Miguel D. de Oliveira Martins Depto. Geociências Aplicadas ao Ensino Instituto de Geociências, Unicamp 2002 Aqüíferos São
Leia maisBLOCO V ÁGUA COMO RECURSO NO MOMENTO ATUAL. Temas: Escassez. Perda de qualidade do recurso (água) Impacto ambiental
EXPOSIÇÃO ÁGUA BLOCO V ÁGUA COMO RECURSO NO MOMENTO ATUAL Temas: Escassez. Perda de qualidade do recurso (água) Impacto ambiental Prospecção de águas subterrâneas com o uso de métodos geofísicos Vagner
Leia maisAQUÍFERO BARREIRAS: ALTO POTENCIAL HÍDRICO SUBTERRÂNEO NA PORÇÃO DO BAIXO RIO DOCE NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO.
AQUÍFERO BARREIRAS: ALTO POTENCIAL HÍDRICO SUBTERRÂNEO NA PORÇÃO DO BAIXO RIO DOCE NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO. José Augusto Costa Gonçalves - jaucosta@unifei.edu.br Eliane Maria Vieira Universidade Federal
Leia maisCapítulo 4 Caracterização da Área de Estudos. Capítulo 4
Capítulo 4 4.1 Aspectos gerais Visto que nossa pesquisa visava ao mapeamento do N.A. e à obtenção do teor de umidade do solo através do emprego integrado dos métodos geofísicos GPR e de sísmica de refração
Leia maisRECURSOS HÍDRICOS. Prof. Marcel Sena Campos (65)
RECURSOS HÍDRICOS Prof. Marcel Sena Campos senagel@gmail.com (65) 9223-2829 Recursos hídricos são as águas superficiais ou subterrâneas disponíveis para qualquer tipo de uso. Você sabia? Quase toda a
Leia maisBACIA DO PARNAÍBA: EVOLUÇÃO PALEOZÓICA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS FACULDADE DE GEOLOGIA PRÁTICA DE CAMPO EM GEOLOGIA GERAL DOCENTE DR. FRANCISCO DE ASSIS MATOS DE ABREU DISCENTE RAFAELA MARITHA ARAÚJO PARAENSE - 201608540013
Leia maisPLINTOSSOLOS. Ordem. Sheila R. Santos 1
PLINTOSSOLOS Ordem Apresentam horizonte com pronunciado acúmulo de óxidos de Fe e/ou Al na forma de nódulos e/ou concreções, ou mesmo de camadas contínuas. Sheila R. Santos 1 Sheila R. Santos 2 Sheila
Leia mais(Adaptado de Revista Galileu, n.119, jun. de 2001, p.47).
1. (UNISAL) Em 2010, a UFPA (Universidade Federal do Pará) anunciou estudos surpreendentes sobre o Aquífero Alter do Chão na Amazônia, que rivaliza em importância com o Aquífero Guarani no Centro-Sul do
Leia maisCAPÍTULO 4 HIDROGEOLOGIA. 4.1 Aspectos Gerais. 4.2 Unidades Hidrogeológicas
CAPÍTULO 4 HIDROGEOLOGIA 4.1 Aspectos Gerais A área de estudo está inserida na Província Hidrogeológica Escudo Oriental (Rebouças et al., 1999) onde predomina o sistema aqüífero fraturado em rochas cristalinas
Leia maisESTUDO DA RECARGA DO AQÜÍFERO FURNAS NA CIDADE DE RONDONÓPOLIS-MT
ESTUDO DA RECARGA DO AQÜÍFERO FURNAS NA CIDADE DE RONDONÓPOLIS-MT Alterêdo Oliveira Cutrim 1 & Aldo da Cunha Rebouças 2 Resumo - Esta pesquisa foi realizado na cidade de Rondonópolis, com o objetivo de
Leia maisCiclo hidrológico e água subterrânea. Água como recurso natural Água como agente geológico Clima Reservatórios Aquíferos
Hidrogeologia Ciclo hidrológico e água subterrânea Água como recurso natural Água como agente geológico Clima Reservatórios Aquíferos RESERVATÓRIOS DO SISTEMA HIDROLÓGICO Total da água existente no
Leia maisHidrogeologia vs. Engª do Ambiente
Hidrogeologia vs. Engª do Ambiente Hidrogeologia - Ramo das Geociências (Ciências da Terra) que se ocupa do estudo das águas subterrâneas. Geologia: Leis relativas à existência e circulação das águas subterrâneas
Leia maisVULNERABILIDADE DE AQÜÍFEROS
VULNERABILIDADE DE AQÜÍFEROS Claudio Benedito Baptista Leite, Dr. Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo - IPT Agrupamento de Geologia Aplicada ao Meio Ambiente AGAMA Seção de Recursos
Leia maisGeotécnica Ambiental. Aula 2: Revisão sobre solos
Geotécnica Ambiental Aula 2: Revisão sobre solos Fatores de Formação As propriedades e características do solo são função dos fatores de formação Material de Origem Solos derivados de granitos x basaltos
Leia maisCARACTERÍSTICAS DOS RESERVATÓRIOS
Escola Politécnica da Universidade de São Paulo Departamento de Engenharia de Minas e de Petróleo CARACTERÍSTICAS DOS RESERVATÓRIOS PMI 1673 - Mecânica de Fluidos Aplicada a Reservatórios Prof. Eduardo
Leia maisCAPÍTULO VIII DISCUSSÕES E CONCLUSÕES
CAPÍTULO VIII DISCUSSÕES E CONCLUSÕES Os resultados desta pesquisa mostraram que o Sistema Aqüífero Urucuia (SAU) representa um manancial subterrâneo de dimensão regional, do tipo intergranular, constituído
Leia mais3 Aspectos Geológicos e Geotécnicos
3 Aspectos Geológicos e Geotécnicos Nos itens a seguir serão abordados os aspectos geológicos e geotécnicos de maior interesse na área da Barragem de Terra da Margem Esquerda. 3.1. Características Gerais
Leia maisGEOGRAFIA. Solos. Prof ª. Ana Cátia
GEOGRAFIA Solos Prof ª. Ana Cátia - CAMADAS DO SOLO Solos . TIPOS DE SOLOS - ARGILOSO: é formado por grãos pequenos e compactos, sendo impermeável e apresentando grande quantidade de nutrientes, característica
Leia maisO Homem sempre utilizou materiais de origem geológica que a Natureza lhe fornecia. Idade da Pedra Idade do Bronze Idade do Ferro
O Homem sempre utilizou materiais de origem geológica que a Natureza lhe fornecia. Idade da Pedra Idade do Bronze Idade do Ferro Os são os materiais sólidos, líquidos ou gasosos que podem ser extraídos
Leia maisEVAPOTRANSPIRAÇÃO INTERCEPTAÇÃO PELO DOSSEL
EVAPOTRANSPIRAÇÃO INTERCEPTAÇÃO PELO DOSSEL INFILTRAÇÃO NASCENTE Fonte: (VALENTE & GOMES, 2004) 1 Escoamento Sub-superficial É o deslocamento de água, proveniente de precipitação, que pela infiltração
Leia maisCARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS E HIDRÁULICAS DOS POÇOS TUBULARES DA APA CARSTE LAGOA SANTA E ENTORNO, MG
CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS E HIDRÁULICAS DOS POÇOS TUBULARES DA APA CARSTE LAGOA SANTA E ENTORNO, MG Amanda Maria Santos Andrade Ferreira 1 ; Leila Nunes Menegasse Velásquez 2 ; Aurélio Fernando Paiva
Leia maisFigura 07: Arenito Fluvial na baixa vertente formando lajeado Fonte: Corrêa, L. da S. L. trabalho de campo dia
40 Figura 07: Arenito Fluvial na baixa vertente formando lajeado Fonte: Corrêa, L. da S. L. trabalho de campo dia 11-10-2005. O arenito friável forma um pacote de maior espessura, com baixa cimentação
Leia maisEPUSP Engenharia Ambiental AQUÍFEROS. PEF3304 Poluição do Solo
EPUSP Engenharia Ambiental AQUÍFEROS PEF3304 Poluição do Solo Aquífero Aquífero é um estrato ou formação geológica que permite a circulação de água através de seus poros ou fraturas e de onde a água subterrânea
Leia maisEPUSP Engenharia Ambiental AQUÍFEROS. PEF3304 Poluição do Solo
EPUSP Engenharia Ambiental AQUÍFEROS PEF3304 Poluição do Solo Aquífero Aquífero é um estrato ou formação geológica que permite a circulação de água através de seus poros ou fraturas e de onde a água subterrânea
Leia mais8 Conclusões e Considerações Finais
8 Conclusões e Considerações Finais O trabalho de modelagem numérica desenvolvido nesta Tese alcançou o objetivo proposto, que foi o de fornecer uma primeira avaliação da dinâmica do fluxo subterrâneo
Leia maisUniversidade Tecnológica Federal do Paraná. CC54Z - Hidrologia. Infiltração e água no solo. Prof. Fernando Andrade Curitiba, 2014
Universidade Tecnológica Federal do Paraná CC54Z - Hidrologia Infiltração e água no solo Prof. Fernando Andrade Curitiba, 2014 Objetivos da aula Definir as grandezas características e a importância da
Leia maisAtividades. As respostas devem estar relacionadas com o material da aula ou da disciplina e apresentar palavras
Atividades As respostas devem estar relacionadas com o material da aula ou da disciplina e apresentar palavras chaves importantes. Aula 11 4.1. Solos da Amazônia A região da Amazônia, em sua maior parte,
Leia maisLOCAÇÃO DE POÇOS TUBULARES PROFUNDOS NA BACIA DO PARANÁ, NO MUNICÍPIO DE RONDONÓPOLIS - MT, USANDO SONDAGEM ELÉTRICA VERTICAL
LOCAÇÃO DE POÇOS TUBULARES PROFUNDOS NA BACIA DO PARANÁ, NO MUNICÍPIO DE RONDONÓPOLIS - MT, USANDO SONDAGEM ELÉTRICA VERTICAL Alterêdo Oliveira Cutrim 1 ; Shozo Shiraiwa 2 ; João Carlos Casarin 3 & Aldo
Leia maisA HIDROSFERA. É a camada líquida da terra
A HIDROSFERA A HIDROSFERA É a camada líquida da terra Gasosa Formas em que a água é encontrada sólida Formas em que a água é encontrada Líquida Formas em que a água é encontrada Distribuição da água na
Leia maisGEOGRAFIA - 1 o ANO MÓDULO 07 ESTRUTURA GEOLÓGICA BRASILEIRA
GEOGRAFIA - 1 o ANO MÓDULO 07 ESTRUTURA GEOLÓGICA BRASILEIRA Como pode cair no enem? A partir dos dados apresentados, assinale a alternativa correta. a) A maior quantidade de minerais concentra-se em áreas
Leia maisÁgua Subterrânea 16/03/2016. Revisão: Composição do solo: Revisão: Porosidade do solo: Porosidade do solo:
Revisão: Água Subterrânea de Aquino Lemos Filho Dr. Engenharia de Água e Solo Universidade Federal Rural do Semi-Árido Mossoró, RN Revisão: Composição do solo: - É a relação entre volume de vazios e volume
Leia maisHIDROGEOLOGIA. Acção de Formação Modelos Hidrogeológicos: Elaboração e Experimentação. Novembro de 2004
HIDROGEOLOGIA Acção de Formação Modelos Hidrogeológicos: Elaboração e Experimentação Novembro de 2004 Sumário 1. Conceitos: condutividade hidráulica, transmissividade e coeficiente de armazenamento 2.
Leia maisAmbientes tectônicos e sedimentação
Rochas Sedimentares Ambientes tectônicos e sedimentação Intemperismo físico e químico de rochas sedimentares, ígneas e metamórficas Erosão Transporte Deposição Diagênese e litificação (compactação ) =
Leia maisANÁLISE FACIOLÓGICA DE DEPÓSITOS DA FORMAÇÃO BARREIRAS(?) NA REGIÃO DOS LAGOS, ENTRE MARICÁ E SAQUAREMA (RIO DE JANEIRO)
ANÁLISE FACIOLÓGICA DE DEPÓSITOS DA FORMAÇÃO BARREIRAS(?) NA REGIÃO DOS LAGOS, ENTRE MARICÁ E SAQUAREMA (RIO DE JANEIRO) Pedro Henrique Walter 1, Claudio Limeira Mello 1, João Victor Veiga Chrismann 1,
Leia maisA Granito; B Gnaisse (embasamento); R Dique de Diabásio; S Derrame; P Falha
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA GEOMORFOLOGIA II FLG - 1252 EXERCÍCIO 1 Diurno e Noturno- Quintas Feiras das 14 às 18 hs e 19:30 às
Leia maisCAPÍTULO 2 ÁREA DE ESTUDOS A proposta do Sítio Controlado de Geofísica Rasa - SCGR
16 CAPÍTULO 2 ÁREA DE ESTUDOS O SCGR 2.1. A proposta do Sítio Controlado de Geofísica Rasa - SCGR Comumente, os levantamentos geofísicos são realizados em áreas onde pouca ou quase nenhuma informação sobre
Leia maisAnálise da Susceptibilidade a Processos Erosivos, de Inundação e Assoreamento em Itajobi-SP a Partir do Mapeamento Geológico- Geotécnico
Análise da a Processos Erosivos, de Inundação e em Itajobi-SP a Partir do Mapeamento Geológico- Geotécnico Lucas Duarte Beggiato Departamento de Geotecnia, Universidade de São Paulo, São Carlos, São Paulo
Leia maisFÁCIES SEDIMENTARES DA SUPERSEQUÊNCIA GONDWANA I NA BORDA LESTE DA BACIA DO PARANÁ, REGIÃO DE ALFREDO WAGNER/SC
Grupo de Análise de Bacias - UFSC FÁCIES SEDIMENTARES DA SUPERSEQUÊNCIA GONDWANA I NA BORDA LESTE DA BACIA DO PARANÁ, REGIÃO DE ALFREDO WAGNER/SC Zielinski, J. P. T.1; Nascimento, M. S.1 1Universidade
Leia maisOrogênese (formação de montanhas): o choque entre placas tectônicas forma as cordilheiras.
O RELEVO TERRESTRE A superfície terrestre não é uniforme, mas sim composta por irregularidades, apresentando formas altas ou baixas, planas ou onduladas. O relevo pode ser definido como o conjunto das
Leia maisAtividade 14 Exercícios Complementares de Revisão sobre Geologia Brasileira
Atividade 14 Exercícios Complementares de Revisão sobre Geologia Brasileira Atenção: Pesquise PREFERENCIALMENTE em seu Livro e complemente a pesquisa em sites. 1. Comparação entre as Classificações do
Leia maisAPLICAÇÃO DO MÉTODO GEOFÍSICO DE ELETRORRESISTIVIDADE NA PROSPECÇÃO DE ÁGUA SUBTERRÂNEA NO CAMPUS DA UFCG EM POMBAL-PB
APLICAÇÃO DO MÉTODO GEOFÍSICO DE ELETRORRESISTIVIDADE NA PROSPECÇÃO DE ÁGUA SUBTERRÂNEA NO CAMPUS DA UFCG EM POMBAL-PB Juliana T. Batista 1 ; Lucas E. B. Oliveira 1 ; Paula R. L. de Andrade 1 ; Francisco
Leia mais2 Geologia 2.1. Carvão
2 Geologia 2.1. Carvão O carvão é uma rocha sedimentar combustível contendo mais que 50% em peso e mais que 70% em volume de material orgânico, tendo sofrido soterramento e compactação de uma massa vegetal
Leia maisSe formam a partir de materiais praticamente inertes, extremamente resistentes ao intemperismo (areias de quartzo);
NEOSSOLOS Ordem Solos pouco desenvolvidos, sem horizonte B diagnóstico Se formam a partir de materiais praticamente inertes, extremamente resistentes ao intemperismo (areias de quartzo); Foram recentemente
Leia maisCaracterísticas da hidrografia brasileira
Características da hidrografia brasileira Todos rios direta ou indiretamente são tributários do Oceano Atlântico. Predomínio de foz em estuário. Domínio de rios de planalto. Regime pluvial tropical austral
Leia maisCARACTERÍSTICAS FÍSICAS DO LOCAL - GEOMORFOLOGIA
3.3.1 Aspectos Geomorfológicos No que diz respeito à geomorfologia, podem ser diferenciados dois sistemas de relevos principais. O primeiro deles, são colinas de elevações suaves, com cristas arredondadas,
Leia maisBRASIL: RELEVO, HIDROGRAFIA E LITORAL
BRASIL: RELEVO, HIDROGRAFIA E LITORAL Estrutura geológica Geomorfologia: ciência que estuda as formas de relevo. Relevo condiciona o processo de produção e organização do espaço geográfico. (...) a maior
Leia maisNome do Sítio Experimental: Cruz Alta. Localização e Mapas do Sítio Experimental: Latitude: Longitude: Altitude: 432 m
Nome do Sítio Experimental: Cruz Alta Localização e Mapas do Sítio Experimental: Latitude: -28.6036 Longitude: -53.6736 Altitude: 432 m Rio Grande do Sul torre Cruz Alta torre DESCRIÇÃO: Descrição Geral:
Leia maisSuper Intensivo Geografia Física. Profº André Tomasini
Super Intensivo Geografia Física Profº André Tomasini Projeções Cartográficas Foram criadas pela necessidade de representar uma figura esférica em um plano, tentando respeitar o máximo possível as
Leia maisÁGUA SUBTERRÂNEA: USO E PROTEÇÃO
ÁGUA SUBTERRÂNEA: USO E PROTEÇÃO Luciana Martin Rodrigues Ferreira 1ºSeminário Estadual Água e Saúde, 25 e 26 de agosto de 2011 Reservas de água no mundo Environment Canada (1993) Distribuição de água
Leia maisHidrogeologia: Conceitos e Aplicações
Hidrogeologia: Conceitos e Aplicações Módulo 1 - A Água Subterrânea 3 5 Capítulo 1.1 - Evolução Histórica do Conhecimento 1.1.1 Introdução 5 1.1.2 A Hidrogeologia no Mundo 6 1.1.3 A Hidrogeologia no Brasil
Leia maisZONEAMENTO DA VULNERABILIDADE À CONTAMINAÇÃO DO SISTEMA AQUÍFERO GUARANI EM SUA ÁREA DE AFLORAMENTO NO ESTADO DE SÃO PAULO, BRASIL
ZONEAMENTO DA VULNERABILIDADE À CONTAMINAÇÃO DO SISTEMA AQUÍFERO GUARANI EM SUA ÁREA DE AFLORAMENTO NO ESTADO DE SÃO PAULO, BRASIL José Luiz Albuquerque Filho (IPT); Priscila Ikematsu (IPT); Marina Costa
Leia maisGeologia do Brasil. Página 1 com Prof. Giba
Geologia do Brasil O território brasileiro é formado, basicamente, por dois tipos de estrutura geológica: os escudos cristalinos (blocos cratônicos) e as bacias sedimentares. As formações serranas originaram-se
Leia maisCiclo Hidrológico. Augusto Heine
Ciclo Hidrológico Augusto Heine CONCEITO: O Ciclo da Água É o fenômeno global de circulação fechada da água entre a superfície terrestre e a atmosfera, impulsionado fundamentalmente pela energia solar
Leia maisEstudos Ambientais. Solos CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ - CEAP
Estudos Ambientais Solos CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ - CEAP Objetivos da aula Definir os conceitos de solo e intemperismo Compreender o processo de formação do solo Conhecer os tipos de solos existentes.
Leia maisFormação do Solo. Luciane Costa de Oliveira
Formação do Solo Luciane Costa de Oliveira Solo É o sustentáculo da vida e todos os organismos terrestres dele dependem direta ou indiretamente. É um corpo natural que demora para nascer, não se reproduz
Leia maisde lençóis subterrâneos, bacias brasileiras
Aula 03 Ciclo hidrológico, tipos de lençóis subterrâneos, bacias brasileiras A água é uma substância predominante na Terra, sendo encontrada na atmosfera, na forma de vapor; na superfície, sob a forma
Leia mais7 Hidrologia de Água Subterrânea
7 Hidrologia de Água Subterrânea Importância do estudo para engenharia: Aquífero = Fonte de água potável Tratamento da água subterrânea contaminada Propriedades do meio poroso e geologia da subsuperfície
Leia mais1 Na figura abaixo há uma medida estrutural tirada em um afloramento com contato geológico.
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA GEOMORFOLOGIA II FLG - 1252 EXERCÍCIO 1 Noturno- Quartas Feiras das 19:30 às 23:20 hs Prof. Dr. FERNANDO
Leia mais4.2 DADOS DE ELETRORRESISTIVIDADE
4.2 DADOS DE ELETRORRESISTIVIDADE A análise dos dados das investigações elétricas foi realizada tanto com base na interpretação qualitativa quanto na interpretação quantitativa. A interpretação qualitativa
Leia maisESTRUTURA INTERNA DA TERRA CROSTA
Dinâmica da terra ESTRUTURA INTERNA DA TERRA CROSTA MANTO NÚCLEO EXTERNO NÚCLEO INTERNO CROSTA OU LITOSFERA: é a fina camada exterior que envolve o planeta. Tem consistência sólida e flutua sobre um material
Leia maisAluviões. Miocénico. Paleogénico. Neo-cretácico. Cretácico. Rio Tejo
LISBOA E-NOVA Geologia de Lisboa e Permeabilidade Ponto de Encontro -3 de Fevereiro de 2011 Aluviões Miocénico Paleogénico Neo-cretácico Cretácico Rio Tejo Geomorfologia Solos arenosos Solos argilosos
Leia maisGEOFÍSICA APLICADA À CARACTERIZAÇÃO DO CARSTE DE LAGOA DA CONFUSÃO TO
GEOFÍSICA APLICADA À CARACTERIZAÇÃO DO CARSTE DE LAGOA DA CONFUSÃO TO Gilney Cardoso Pereira 1 ; Fernando de Morais 2. 1 Aluno do Curso de Geografia; Campus de Porto Nacional TO; e-mail: gil_cardoso75@hotmail.com
Leia maisXVI CONGRESSO BRASILEIRO DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS E XVII ENCONTRO NACIONAL DE PERFURADORES DE POÇOS
XVI CONGRESSO BRASILEIRO DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS E XVII ENCONTRO NACIONAL DE PERFURADORES DE POÇOS O USO DO SOFTWARE VISUAL POÇOS NO CADASTRO DE POÇOS TUBULARES PROFUNDOS NO MUNICÍPIO DE CAMPO GRANDE, MS
Leia maisUNIDADE I - SOLOS, ORIGEM, FORMAÇÃO E MINERAIS CONSTITUINTES
UNIDADE I - SOLOS, ORIGEM, FORMAÇÃO E MINERAIS CONSTITUINTES 1.1 - Origem e formação dos solos O solo é um típico material composto por uma combinação de partículas sólidas, líquidas e gasosas, representadas
Leia maisCARACTERÍSTICAS FÍSICAS DOS SOLOS E INTERAÇÃO COM ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DOS SOLOS E INTERAÇÃO COM ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 2 Vagner R. Elis Produção e destinos de resíduos urbanos: problemas de contaminação ambiental 2.1 Introdução 2.2 Propriedades físicas
Leia maisTema 4 Uso da Água Subterrânea na RMSP
ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia Hidráulica e Sanitária PHD 2537: Águas em Sistemas Urbanos Tema 4 Uso da Água Subterrânea na RMSP Introdução Definição: Água subterrânea
Leia mais3 Caracterização do Sítio Experimental
Caracterização do Sítio Experimental 3 Caracterização do Sítio Experimental 3.1 Localização Os trabalhos de campo foram realizados no município de São Sebastião do Passé, a nordeste do estado da Bahia,
Leia maisPALEOSSOLOS ARGILOSOS PODEM INFLUENCIAR A DETERMINAÇÃO DE FLUXO DA ÁGUA SUBTERRÂNEA EM AQUÍFERO DE BAIXA PERMEABILIDADE?
PALEOSSOLOS ARGILOSOS PODEM INFLUENCIAR A DETERMINAÇÃO DE FLUXO DA ÁGUA SUBTERRÂNEA EM AQUÍFERO DE BAIXA PERMEABILIDADE? Código: 12166 Kamylla de Fátima Barbosa da Silva Lucas Jardim, Fernanda C. Vieira,
Leia maisConsiderações gerais sobre a hidrogeologia do continente
Considerações gerais sobre a hidrogeologia do continente Três grandes unidades geológicas i) - o Maciço Hespérico (Paleozóico) ii) - As Orlas Mesozóicas iii) - As Bacias Terciárias do Tejo e do Sado O
Leia maisCAPÍTULO 4: ROCHAS SEDIMENTARES 4.1. INTRODUÇÃO:
CAPÍTULO 4: ROCHAS SEDIMENTARES 4.1. INTRODUÇÃO: As rochas sedimentos podem ser definidas como tipo rochoso derivado de outras rochas, depositado na forma de fragmentos ou precipitado quimicamente, que
Leia maisGEOLOGIA E GEOMORFOLOGIA:ESTRUTURA GEOLÓGICA, TIPOS DE ROCHAS E RECURSOS MINERAIS. MÓDULO 04 GEOGRAFIA I
GEOLOGIA E GEOMORFOLOGIA:ESTRUTURA GEOLÓGICA, TIPOS DE ROCHAS E RECURSOS MINERAIS. MÓDULO 04 GEOGRAFIA I COMPOSIÇÃO INTERNA DO PLANETA COMPOSIÇÃO INTERNA DO PLANETA NÚCLEO temperaturas que ultrapassam
Leia maisRELATÓRIO DE CAMPO - GEOMORFOLOGIA II
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS. RELATÓRIO DE CAMPO - GEOMORFOLOGIA II Comentado [AVAL1]: NOTAS: INTRODUÇÃO: 0 DESENVOLVIMENTO: 6,0 CONSIDERAÇOES E BIBLIOGRAFIA:
Leia maisPROSPECÇÃO HIDROGEOLÓGICA PELOS MÉTODOS DE GEOFÍSICA ELÉTRICA POR CORRENTE CONTÍNUA NO MUNICÍPIO DE ÁGUA BOA MS
PROSPECÇÃO HIDROGEOLÓGICA PELOS MÉTODOS DE GEOFÍSICA ELÉTRICA POR CORRENTE CONTÍNUA NO MUNICÍPIO DE ÁGUA BOA MS M Roberto Naime 1 e Régis Alexandre Lahm 2 1. APRESENTAÇÃO O presente trabalho consubstancia
Leia maisSolos e suas várias importâncias
SOLOS Solos e suas várias importâncias Fornecer alimentos, madeira e terra para construções. Capacidade de decompor resíduos e purificar a água. Capacidade de regular as enchentes. Na paisagem, produzindo
Leia maisASPECTOS DO AQÜÍFERO GUARANI NA REGIÃO DE MARÍLIA - SP
ASPECTOS DO AQÜÍFERO GUARANI NA REGIÃO DE MARÍLIA - SP Emílio Carlos Prandi 1 ;João Augusto de Oliveira Filho 1 ; João Carlos Polegato 1 & Luiz Antônio da Silva 1 Resumo - Na região Oeste do Estado de
Leia maisECO GEOGRAFIA. Prof. Felipe Tahan BIOMAS
ECO GEOGRAFIA Prof. Felipe Tahan BIOMAS DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS Os domínios morfoclimáticos representam a combinação de um conjunto de elementos da natureza relevo, clima, vegetação que se inter-relacionam
Leia maisDefinição. Unidade Territorial com características naturais bem. Por essa razão, muitas vezes o termo é usado
Definição Compreende-se como sendo uma Unidade Territorial com características naturais bem marcantes e que o individualizam. Por essa razão, muitas vezes o termo é usado como sinônimo para identificar
Leia maisCaracterísticas dos Solos Goianos
Universidade do Estado de Mato Grosso Campus Universitário de Pontes e Lacerda Departamento de Zootecnia Disciplina: Geologia Docente: Prof. Dr. Eurico Características dos Solos Goianos Discente: Kepler
Leia maisANÁLISE DO COMPORTAMENTO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NO GRUPO CUIABÁ
ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NO GRUPO CUIABÁ Renato Blat Migliorini 1 e Annkarinn Aurélia Kimmelmann e Siva** 2 INTRODUÇÃO Este trabalho constitui parte de um projeto maior, objeto da
Leia maisANÁLISE DOS FLUXOS HÍDRICOS SUBTERRÂNEOS NO ENTORNO DA LAGOA DA CONFUSÃO TO.
26 a 29 de novembro de 2013 Campus de Palmas ANÁLISE DOS FLUXOS HÍDRICOS SUBTERRÂNEOS NO ENTORNO DA LAGOA DA CONFUSÃO TO. Diana Fernandes Neres 1 Fernando Morais 2 1 Aluno do Curso de Geografia Bacharelado
Leia maisCAPÍTULO 2 ASPECTOS FISIOGRÁFICOS Clima Relevo Hidrografia Solos Vegetação... 13
ÍNDICE AGRADECIMENTOS RESUMO ABSTRACT CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO... 01 1.1 Localização e Vias de Acesso 01 1.2 Água e Mineração em Coronel Murta... 01 1.3 Objetivo... 04 1.4 Levantamento de Dados Físico-Químicos
Leia maisCiclo hidrológico: ciclo fechado no qual a água de movimenta
Ciclo hidrológico e qualidade da água Ciclo hidrológico: ciclo fechado no qual a água de movimenta A água está em constante movimento e descreve um ciclo na natureza: evapora do mar, açudes, rios lagoas
Leia maisDr. Mário Jorge de Souza Gonçalves
Avaliação Qualitativa da Porosidade /Permeabilidade de Aquíferos em Função da Dinâmica Sazonal das Precipitações e das Vazões na Bacia Hidrográfica do Rio Verde-BA. Dr. Mário Jorge de Souza Gonçalves Novembro
Leia maisAGG 209 INTRODUÇÃO À PETROFÍSICA AULA 1
AGG 209 INTRODUÇÃO À PETROFÍSICA AULA 1 O QUE É PETROFÍSICA? O termo petrofísica foi introduzido por Archie (1950) para descrever o estudo das propriedades físicas das rochas que dizem respeito à distribuição
Leia maisNOÇÕES DE HIDROGEOLOGIA PARA ABASTECIMENTO DE ÁGUA
NOÇÕES DE HIDROGEOLOGIA PARA ABASTECIMENTO DE ÁGUA José Eduardo Alamy Filho 1 Harry Edmar Schulz 2 EESC-USP (Escola de Engenharia de São Carlos Universidade de São Paulo); Departamento de Hidráulica e
Leia maisGeologia e relevo. Bases geológicas e Classificação do relevo
Geologia e relevo Bases geológicas e Classificação do relevo Bases Geológicas Placas tectônicas Formação geológica brasileira é antiga e estável, pois são escudos cristalinos e bacias sedimentares Essa
Leia maisAPRECIAÇÃO COMPARATIVA ENTRE AS BACIAS SEDIMENTARES DE SÃO PAULO (BSP) E CURITIBA (BSC)
APRECIAÇÃO COMPARATIVA ENTRE AS BACIAS SEDIMENTARES DE SÃO PAULO (BSP) E CURITIBA (BSC) São Paulo LUIZ F. VAZ THEMAG ENGENHARIA 5/dez/2012 Curitiba Twin Ci9es Solos das Regiões Metropolitanas de São Paulo
Leia maisGEOLOGIA GERAL GEOGRAFIA
GEOLOGIA GERAL GEOGRAFIA Segunda 18 às 20h Quarta 20 às 22h museu IC II Aula 6 Rochas Sedimentares Turma: 2016/01 Profª. Larissa Bertoldi larabertoldi@gmail.com Ciclo das Rochas Rochas Sedimentares Rochas
Leia maisMODELAGEM POR GEOPROCESSAMENTO DA CAPACIDADE DE ARMAZENAMENTO DE ÁGUA NOS SOLOS DO MUNICÍPIO DE RIO BRANCO/AC
MODELAGEM POR GEOPROCESSAMENTO DA CAPACIDADE DE ARMAZENAMENTO DE ÁGUA NOS SOLOS DO MUNICÍPIO DE RIO BRANCO/AC Eixo Temático 1 Lúcio Flávio Zancanela do Carmo, doutorando em Solos e Nutrição de Plantas
Leia maisHernan Sales Barreiro¹. Dr. Natanael Barbosa² & MSc. João Batista Andrade³
9717- APLICAÇÃO DO MÉTODO DA ELETRORRESISTIVIDADE NA PROSPECÇÃO HIDROGEOLÓGICA DOS AQUÍFEROS METASSEDIMENTARES DA CHAPADA DIAMANTINA CENTROSETENTRIONAL, BAHIA Hernan Sales Barreiro¹ Dr. Natanael Barbosa²
Leia maisMaterial de apoio. Origem e Constituição. Origem e Constituição. Curso básico de mecânica dos solos (Carlos Souza Pinto, Oficina de Textos, 2006);
Universidade Paulista Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia Departamento de Engenharia Civil Professora Moema Castro, MSc. Material de apoio 2 Curso básico de mecânica dos solos (Carlos Souza Pinto,
Leia maisProfessora: Amanara Potykytã de Sousa Dias Vieira HIDROLOGIA
Professora: Amanara Potykytã de Sousa Dias Vieira HIDROLOGIA O que é? Na hidrologia, estuda-se a água presente na natureza, buscando-se a quantificação do armazenamento e movimentação da água nos vários
Leia mais