UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO USP RODRIGO VIEIRA DE SÁ
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- Henrique Gonçalves Arruda
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1 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO USP RODRIGO VIEIRA DE SÁ A EXPANSÃO AGRÍCOLA PARA A REGIÃO DO MATOPIBA. DESAFIOS E PERSPECTIVAS FUTURAS. SÃO PAULO 2016
2 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO A HISTÓRIA DA EXPANSÃO DA FRONTEIRA AGRÍCOLA BRASILEIRA AS CARACTERÍSTICAS NATURAIS DA REGIÃO DO MATOPIBA PRINCIPAIS CULTURAS DESAFIOS ATUAIS E PERSPECTIVAS PARA O FUTURO CONCLUSÕES PRELIMINARES REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
3 1. INTRODUÇÃO Fronteira agrícola representa uma área de aumento das atividades agropecuárias sobre o meio natural, na maioria das vezes essa área é vitima de atividades ilegais como desmatamentos, queimadas e conflitos relacionados à posse da terra. Ao longo do tempo a fronteira agrícola brasileira foi se alterando. Durante o início da colonização portuguesa a expansão da fronteira agrícola se deu na região litorânea em uma área coberta por Mata Atlântica, buscando no período pré-colonial a extração predatória do Pau-Brasil e posteriormente a partir de 1530 o cultivo da cana de açúcar. Já no século XVII teve inicio a expansão das atividades agrícolas em direção ao interior do Brasil, incentivado pela busca de ouro e diamantes, especialmente na região de Minas Gerais. No final do século XIX e início do XX temos o crescimento das atividades agropecuárias na região sudeste, provenientes da produção do café. No inicio da década de 1970 temos uma expansão em direção à região Centro Oeste, principalmente nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e parte da região conhecida como Amazônia legal. Essa área foi atraída principalmente por imigrantes provenientes da região sul do Brasil. A ultima fronteira agrícola brasileira segundo o ministério da agricultura fica no interior da região Nordeste e Norte do Brasil, batizada com o nome de MaToPiBa. A palavra MaToPiBa é um acrônimo formada pelas duas primeiras letras dos nomes dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Essa região é considerada como a principal fronteira agrícola do Brasil na atualidade e é compreendida pelo bioma do cerrado desses estados. A delimitação dessa área foi feita pelo grupo de Inteligência Territorial Estratégica da Embrapa (GITE). Segundo esse grupo a região do MaToBiPa compreende uma região de cerca de 73 milhões de hectares, ao longo de 31 microrregiões, com 337 municípios, aproximadamente 324 mil dependências agrícolas, 46 unidades de conservação, 35 áreas indígenas e 781 assentamentos de reforma agrária e espaços quilombolas. Essa região é considerada como a principal fronteira agrícola do Brasil na atualidade porque a agricultura tem crescido muito nessa região nos últimos anos. Temos como exemplo o estado do Tocantins, que viu nos últimos 4 anos 2
4 sua área plantada crescer aproximadamente 25% ao ano, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Segundo o ministério da agricultura, até 2022 o Brasil plantará por volta de 70 milhões de hectares de lavouras, a região do MaToPiBa nesse mesmo período, terá a soma de 10 milhões de hectares, o que representará 16,4 do total da área plantada em
5 2. A HISTÓRIA DA EXPANSÃO DA FRONTEIRA AGRÍCOLA BRASILEIRA. Podemos caracterizar a exploração do Pau-Brasil como a primeira atividade econômica desenvolvida pelos portugueses em território brasileiro, assim como sua primeira fronteira agrícola. Tal atividade se desenvolveu na região litorânea desde o Rio Grande do Norte até o Rio de Janeiro. Por ser declarada como monopólio da coroa portuguesa a sua exploração foi feita inicialmente pelo sistema de arrendamento mediante o pagamento de um imposto, chamado de quinto. Para a extração do Pau-Brasil era utilizada a mão de obra livre indígena, em que estes recebiam como forma de pagamento as mais diversas bugigangas, prática conhecida como escambo. Devido à itinerância e por ser uma atividade predatória a exploração do Pau-brasil não ajudou no povoamento da colônia. Por volta de 1930 os portugueses realmente começaram a colonizar o Brasil, marcando o fim do período pré-colonial. Por não acharem ouro ou outros minerais preciosos em terras brasileiras os portugueses se viram obrigados a explorar alguma atividade que fosse economicamente viável. Eles escolheram a cana de açúcar porque já possuíam experiência nesse cultivo, através das culturas nas ilhas dos Açores e Madeira. Além disso, o açúcar proveniente da cana possuía uma grande demanda na Europa e poderia gerar altos lucros. A cultura da cana de açúcar se deu na região litorânea do Brasil em grandes propriedades no sistema de plantation e com mão de obra escrava de origem africana. Com o desenvolvimento da cana de açúcar a população foi aumentando e aos poucos migrando rumo ao interior, para formar uma economia complementar a economia da cana de açúcar, porém essa interiorização da ocupação do território ainda era pequena e só ia se concretizar com o inicio da exploração do ouro em Minas Gerais. Com a crise da exploração da cana de açúcar devido à concorrência das colônias holandesas, francesas e inglesas na América Central Portugal via o seu lucro cair cada vez mais e começou a estimular seus habitantes e funcionários a explorarem novas terras rumo ao interior do Brasil em busca de Ouro. Com a descoberta do Ouro na região de Minas Gerais grande parte da 4
6 população que vivia no litoral imigrou para o interior do Brasil, assim como milhares de Portugueses migraram para o Brasil. Esse surto migratório fez com que o eixo econômico do Brasil se deslocasse para a região sul e sudeste e houvesse um crescimento de uma classe média composta por artesãos, médicos, advogados, artistas e intelectuais. Depois da era do ouro veio a economia do café, que em um primeiro momento se concentrou na região do vale do Paraíba e posteriormente foi migrando aos poucos rumo ao interior do Estado de São Paulo nas zonas de terras de maior qualidade, como a terra roxa. Os excedentes financeiros da economia cafeeira ajudaram no desenvolvimento industrial e urbano da região sudeste. Além disso, houve uma grande imigração europeia para ofertar mão de obra para as lavouras de café indústrias dessa região. No início da década de 1970, o governo militar começou a incentivar a ocupação da Amazônia com o objetivo de torna-la uma importante região agrícola. Como isso não aconteceu o interesse do governo federal se voltou para a região do cerrado, mais bem localizado em relação aos mercados do Centro-Sul, marcando, assim, o início do desenvolvimento agrícola na região Centro-Oeste, apoiado por programas governamentais. Já na década de 1980 a região representava 40% da produção nacional de grãos. E no final da década de 1980 foram implantadas as primeiras agroindústrias na região. A nova fronteira agrícola brasileira atraiu o capital agroindustrial, consolidando um processo de integração de cadeias produtivas, mais especificamente, as cadeias grãos-farelos-óleos e grãos-rações-carnes. O Centro-Oeste aumentou sua área colhida de grãos em 10% e sua produção de grãos em 50% na década de 90 em comparação com a década anterior. Esse dinamismo se deve à soja cuja área colhida no Centro-Oeste aumentou de uma média de 36% nos anos 80 para 54% na década seguinte, substituindo em larga escala o arroz. 3. AS CARACTERÍSTICAS NATURAIS DA REGIÃO DO MATOPIBA O clima da região segundo o IBGE pode ser fracionado em três zonas climáticas: tropical Brasil central (53%), tropical zona equatorial (44%) e equatorial (3%). 5
7 Figura 1. Delimitação do MATOPIBA proposta pelo GITE/Embrapa Fonte: GITE/Embrapa Na região central é predominante o clima tropical semiúmido cobrindo cerca de 80% do território, com temperaturas médias acima dos 18º durante todos os meses do ano, e períodos de seca de 4 a 5 meses. Na região leste o clima é caracterizado por um clima semiárido, com baixa umidade e precipitação e temperaturas altas (acimas dos 18º em todos os meses do ano). 6
8 Tabela 1. Unidades climáticas do MATOPIBA Unidades Climáticas Tropical Brasil Central, quente - média > 18 C em todos os meses, semiúmido 4 a 5 meses secos Tropical Zona Equatorial, quente - média > 18 C em todos os meses, semiúmido 4 a 5 meses secos Tropical Zona Equatorial, quente - média > 18 C em todos os meses, semiárido 6 meses secos Tropical Brasil Central, quente - média > 18 C em todos os meses, semiárido 6 meses secos Equatorial, quente - média > 18 C em todos os meses, úmido 3 meses secos Tropical Brasil Central, quente - média > 18 C em todos os meses, semiárido 7 a 8 meses secos Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), *Valores calculados utilizando a Projeção Cônica de Albers SIRGAS Área (Ha) % do MATOPIBA 46,48% 31,47% 12,59% 6,07% 3,35% 0,04% Além do clima também é necessário ter conhecimento sobre o regime pluviométrico e da quantidade média de horas de luz recebidas ao mês, isso se deve porque muitas plantas possuem metabolismos distintos e dessa forma necessitam de quantidades de chuvas, luz e temperaturas distintas. Quanto ao regime de chuvas a região que engloba o território da Bahia foi a região que apresentou as menores médias de chuvas nos últimos 20 anos, com uma média de 75 mm por ano, porém foi a região que teve a maior quantidade de luz, com uma média de 245 horas de luz por mês. Já o Tocantins foi o estado em que foram registradas as maiores médias pluviométricas, com uma média de 135 mm, assim como foi a região que recebeu a menor quantidade de luz, com uma média de 200 horas de luz por mês. O Piauí se destaca por ser o estado com as maiores médias de temperaturas do MATOPIBA, com uma média de 27,7º, também é caracterizada como a segunda região com maior incidência de luz, com uma média de 233 horas de luz por mês assim como a segunda menor quantidade de chuvas, com média de 89 mm, tais resultados são característicos de um clima semiárido. O maranhão fica na segunda posição em termos de 7
9 precipitação média, com 129 mm e com temperaturas médias de 27,2º e a terceira maior quantidade de horas de luz ao mês, com uma media de 210 horas por mês. Na região do MATOPIBA há 12 classes de solos, baseando-se no 1º nível do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS) (EMBRAPA, 2006, 2011). O latossolo é a classe dominante, com aproximadamente 28 milhões de hectares (38%) distribuídos em toda a região. Estes solos têm como característica principal possuir fertilidade baixa, entretanto com características físicas favoráveis para o uso agrícola, como boa permeabilidade e alta porosidade). O latossolo amarelo representa cerca de 30,55% do total de latossolos. Eles se encontram principalmente no oeste da Bahia e no sul do Maranhão e Piauí, nos domínios das bacias sedimentares. O neossolo é a segunda maior classe de solos da região, ocorrendo em 18 milhões de hectares (23,7%), se dividindo em duas subordens: neossolo quartzarênico (13,3%) e neossolo litólico (10,4%). Os neossolos quartzarênicos são formados essencialmente por areias quartzosas o que confere uma baixa fertilidade natural. São solos profundos a muito profundos, com alta porosidade e permeabilidade, dificultando a retenção da água (Embrapa, 2006). Estão situados principalmente no Sudoeste da Bahia e no norte e nordeste do Tocantins, na região do Jalapão. Já os neossolos litólicos são solos rasos normalmente associados a terrenos mais declivosos, como ocorrência predominante nas áreas à sul do Piauí e do Maranhão. Na terceira posição estão os plintossolos, com aproximadamente 14 milhões de hectares (19,2%). São solos ácidos e de baixa fertilidade natural e também caracterizados pela segregação localizada de ferro, que atua como agente de cimentação. São geralmente formados em condições de restrição à percolação de água, porém, sujeitos ao efeito temporário de excesso de humidade (Embrapa, 2006). Essa variação do freático dá origem ao horizonte plintítico, formado por argila, quartzo, baixo teor de matéria orgânica e alto teor de ferro e alumínio. Os plintossolos pétricos respondem por 13,10% dos solos desta classe. Ocorrem na porção central do Tocantins e no leste do Maranhão e são formados quando há o endurecimento irreversível da plintita. 8
10 Tabela 2. Distribuição percentual das classes de solo no MATOPIBA. Classe % Relativa Latossolo 37,96% Neossolo 24,57% Plintossolo 19,24% Argissolo 9,56% Gleissolo 2,66% Cambissolo 2,58% Nitossolo 1,04% Luvissolo 0,66% Chernossolo 0,47% Planossolo 0,31% Dunas 0,19% Vertissolo 0,09% Fonte: Embrapa Solos, *Valores calculados utilizando a Projeção Cônica de Albers SIRGAS PRINCIPAIS CULTURAS A produção de grãos se destaca entre os principais cultivos do MaPiToBa, segundo o Rabobank, a produção de grãos dessa região deve chegar a 20 milhões de toneladas até 2021, sendo que na última década a área plantada de soja foi dobrada. Na temporada 2014/2015, a produção de soja aumentou 21,7% e chegou a cerca de 10,5 milhões de toneladas, que equivalem a 11% da produção nacional de soja. O estado da Bahia se destaca pela sua alta produtividade, com quilos por hectare e 4,2 milhões de toneladas colhidas. Segundo produtores da região de Balsas (MA), a produção poderia ter sido maior se não fosse a lagarta e a mosca branca que atacaram as plantações no início deste ano, além da falta de chuva. 9
11 Figura 2. Produção de soja na região do MaToPiBa No ciclo 2013/2014, o Matopiba colheu 4,42 milhões de toneladas de milho. A produção aumentou para 4,45 milhões de toneladas na safra de 2015, o que equivale a 5% do total nacional. O Maranhão se destacou com a produção de 1,3 milhão de toneladas. A maior produtividade foi registrada no Piauí, com kg/ha. A produção de algodão em pluma do Matopiba, em uma área de 315 mil hectares, chegaram a 495 mil toneladas na safra 2015, sendo a maior parte na Bahia. O volume equivale a 32% da produção brasileira. Já no cultivo de arroz quem se destaca é o Tocantins com uma produção de 605 mil toneladas e produtividade de kg/ha. A região produziu 986 mil toneladas do cereal na safra 2014/2015, que equivale a 8% do total nacional. 10
12 5. DESAFIOS ATUAIS E PERSPECTIVAS PARA O FUTURO Um dos principais problemas da região do MaToPiBa é a concentração fundiária e de renda da região. Um estudo da Embrapa mostra que 80% das áreas agrícolas da região são muito pobres e geram apenas 5% da renda bruta da região. Outros 14% são pobres e geram 8% da renda, e os restantes 6% concentra cerca de 80% da renda. A região possui inúmeros problemas, a começar pelo registro das terras. Para registrarem suas terras, os agricultores necessitam do registro do georreferenciamento, que é um item obrigatório para o Cadastro Ambiental Rural (CAR). No Tocantins, por exemplo, ele custa R$ 1,6 mil, um valor alto devido a grande quantidade de agricultores de baixa renda. Além disso, há documentos que custam três vezes mais no Matopiba do que em outras regiões do país. A infraestrutura é outro importante problema da região. Há dificuldade de acesso, armazenamento e escoamento da produção. Muitas vezes, os produtores são obrigados a recuperar as estradas para garantir a retirada da produção de suas terras. Os maiores produtores da região têm uma participação financeira na conservação das estradas, além do mais há regiões em que os próprios agricultores fazem a conservação e cobram um pedágio dos demais para ter condições de transitar. A energia elétrica é outra dificuldade. Apenas 50 % das propriedades tem acesso a energia elétrica, as demais necessitam de geradores para suprir suas necessidades, e o gerador representa um custo alto. A região de Balsas, no sul do Maranhão, e o oeste da Bahia, já têm produção consolidada, com presença de grandes empresas do setor, melhor infraestrutura e terras mais caras. Se as estradas deixam a desejar, a proximidade com os portos de Belém, de São Luís, de Pecém, no Ceará, e de Suape, em Pernambuco, ajuda a escoar a produção. Locais consolidados, como Balsas (Maranhão), Uruçuí (Piauí) e Bom Jesus da Lapa (Bahia), a infraestrutura deixa a desejar, com estradas mal conservadas e sem acostamento. 11
13 A rentabilidade do produtor, ao longo dos anos, está diminuindo, devido aos custos de produção. Temos como exemplo a soja para ilustrar a mudança. Na década de 1990, os custos eram da ordem de 280 dólares por hectare. Hoje, está em torno de 830 dólares/hectare pelo alto custo dos fertilizantes, defensivos agrícolas e logística ruim. Por outro lado, a possibilidade de incorporação de novas terras anima os produtores. No oeste baiano, por exemplo, 2,2 milhões de hectares são cultivados e 3,5 milhões de hectares podem ser agregados ao sistema produtivo. Os municípios de Cocos, Jaborandi e Baianópolis se destacam pelo potencial para irrigação, pecuária e geração de energia solar e eólica. Apesar do saldo desastroso da falta de logística, as características da região atraem cada vez mais produtores. As uniformidades do clima, do solo e do relevo facilitam a mecanização. É uma combinação perfeita para o crescimento da produção. Os números confirmam as boas expectativas. O estudo Projeções do Agronegócio no Brasil, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, aponta que até a safra 2024/2025 a produção de grãos nos quatro Estados deve chegar a 22,5 milhões de toneladas, podendo atingir 28 milhões ante os 18,6 milhões de toneladas da safra 2014/2015. A área plantada deve se expandir em 16,3%, chegando a 8,7 milhões de hectares, mas com a capacidade de atingir 11,4 milhões de hectares. Para a safra 2015/2016, a projeção da Companha Nacional de Abastecimento (Conab), divulgada em dezembro de 2015, é que a produção de grãos do Matopiba chegue a 20,1 mil toneladas, ante 210,9 da produção total do Brasil, ou seja, 9,28% dos grãos do País. A porcentagem coloca o Matopiba em quinto lugar no ranking de unidades da federação. O primeiro lugar é de Mato Grosso, com 24,74%. Em quarto está Goiás, com 9,98%. Há uma evolução em termos de área e de adoção de tecnologias no Matopiba nos últimos anos. 12
14 6. CONCLUSÕES PRELIMINARES A região do MaToPiBa já se consolidou com a principal fronteira agrícola brasileira da atualidade, é a região brasileira que mais amplia a produção de grãos, graças à expansão combinada de soja e milho sobre pastagens e áreas de cerrado. A produção de soja da região já representa 10% do total nacional. A grande disponibilidade de terras planas e baratas (se comparadas a outras regiões do Brasil) é um dos fatores que ajuda a expansão agrícola dessa região, porém a região ainda possui muitos problemas, principalmente os ligados a péssima infraestrutura da região, como falta de energia elétrica e carência de rodovias e ferrovias para o escoamento da produção. Além do mais, a região necessitará de pesados investimentos em tecnologia e pesquisa necessários para tornar viáveis e rentáveis a produção na região que tem clima mais quente e diversos pontos de solos degradados ou de baixa fertilidade Apesar das dificuldades, os índices de produtividade local tem permitido uma participação competitiva no mercado do agronegócio. O surgimento do Matopiba é positivo não somente para a região, mas para todo o Brasil. Se forem feitos os investimentos necessários em tecnologia e infraestrutura o Brasil poderá se tornar o maior exportador de soja e milho do mundo. 13
15 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Matopiba: caracterização das áreas com grande produção de culturas anuais. Vários autores. Nota técnica Embrapa (2014) Desigualdades socioespaciais nas cidades do agronegócio, Denise Elias e Renato Pequeno (Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais, 2007) (5 de maio as 14 23). 14
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