Direito Constitucional TJ-SP Aula 01 - Aula Demonstrativa Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte

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3 O erro está em afirmar que o prazo é de 30 dias, uma vez que a Constituição diz que as informações serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade Gabarito: Errado. 3. (ESAF/ Procurador PGFN/ 2012) Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. É isso aí. Trata-se do direito de informação, previsto no art. 5, XXXIII, da CF/88. Gabarito: Correto. 4. (ESAF/Procurador PGFN/ 2012) São a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas, a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimentos de situações de interesse pessoal. Isso aí... é o teor do art. 5º,XXXIV, a e b. Gabarito: Correto. Limitação a retroatividade da lei XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada; Esses conceitos não são consensuais e frequentemente ocorrem brigas judiciais tentando reconhecer direitos adquiridos diversos. Segundo o art. 6º da Lei de Introdução às Normas de Direito Brasileiro (LINDB antiga Lei de Introdução ao Código Civil - LICC): a lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada e define os conceitos: ( 1º) Reputa-se ato jurídico perfeito: o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou. ( 2º) Consideram-se adquiridos: assim os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo ("data") pré-fixo, ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem. ( 3º) Chama-se coisa julgada ou caso julgado: a decisão judicial de que já não caiba recurso. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 3

4 O caso do ato jurídico perfeito (aquela coisa que já está consumada nos termos da lei, logo não pode ser alterada, pois "já se foi", já se consumou) e o caso da coisa julgada são de fácil entendimento. A grande discussão se dá no caso do direito adquirido. Vamos ver algumas discussões: Direito adquirido X nova constituição: Observe que a Constituição fala no termo "lei", assim, não se poderão invocar direitos adquiridos face à entrada em vigor de uma nova Constituição, até porque sabemos que o Poder Constituinte Originário é ilimitado, não há barreiras intransponíveis. Já em se tratando de Emendas Constitucionais, a questão é controversa, pois esta não é ilimitada como a Constituição originária e deve respeitar limitações constitucionais, como os direitos individuais. Direito adquirido X lei de ordem pública: STF ADI 493 O disposto no art. 5º, XXXVI, da Constituição Federal, se aplica a toda e qualquer lei infraconstitucional, sem qualquer distinção entre lei de direito público e lei de direito privado, ou entre lei de ordem pública e lei dispositiva. O que se quer dizer com esse julgado é que "qualquer lei infraconstitucional deve respeitar o disposto no art. 5º, XXXVI da Constituição". Assim, o direito adquirido e o ato jurídico perfeito aplicam-se inclusive às leis de ordem pública. Desta forma, conforme salientado por José Afonso da Silva, o correto seria dizer que não há direito adquirido individual que prevaleça sobre o interesse geral. Estando incorreto falar que não se pode invocar o direito adquirido face à lei de ordem pública ou lei de direito público. Para fins de elucidação dos termos: A lei pode ser classificada como direito público ou direito privado: Lei de direito privado - são leis que regulamentam relações estritas entre particulares, não envolvem interesses da sociedade como um todo nem os interesses do Estado. Leis de direito público - estabelecem relações envolvendo o Estado e defendendo o interesse público. Quanto à sua obrigatoriedade, as leis podem ser: Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 4

5 Leis de ordem pública (ou imperativas) - são também chamadas de cogentes, são aquelas leis imperativas que organizam a sociedade, proibindo ou autorizando condutas. Sendo de observância obrigatória, a autonomia particular não pode se opor a elas. Leis dispositivas - são aquelas leis não imperativas, estabelecem direcionamentos, mas sem negar a autonomia privada. São as normas que irão vigorar em caso de silêncio das partes. Mais uma vez ratificando: qualquer lei, independentemente do seu teor ou classificação deve respeitar o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. Direito adquirido X regime jurídico: A recorrente frase "não existe direito adquirido a regime jurídico" decorre de diversos julgados onde o STF reconheceu que a mudança das relações institucionais entre o Estado e seus servidores não podem ser impugnadas sob a alegação de que os servidores teriam direito adquirido àquelas relações vigentes no momento em que entraram em serviço. Por exemplo, se uma lei federal viesse a substituir ou modificar a lei 8112/90 (regime jurídico dos servidores federais) alterando alguns direitos previstos nesta norma, não poderiam os servidores federais alegar que pelo fato de terem entrado em serviço sob a vigência daquela norma teriam adquirido o direito a fazer jus aos benefícios contidos naquele diploma. Irretroatividade da lei X ente público que editou a lei: STF Súmula nº 654 A garantia da irretroatividade da lei, prevista no art. 5º XXXVI, da Constituição, não é invocável pela entidade estatal que a tenha editado. Essa súmula, deriva de alguns julgados do STF, principalmente sobre a aposentadoria especial. Ela visa fazer com que o Estado cumpra compromissos criados por ele mesmo, não podendo se proteger com a garantia constitucional quando ele próprio editou a lei que cria o ônus. Vamos citar um exemplo: imagine o fato de que exista uma lei dizendo: é garantida a aposentadoria especial para as classes de trabalhadores X e Y, por realizarem atividades insalubres durante 25 anos. Bom, posteriormente a entidade estatal edita uma lei declarando que a atividade dos trabalhadores da classe Z também é insalubre. O Estado é obrigado a reconhecer retroativamente os direitos da classe Z. Ele não pode dizer: "calma aê, a lei é irretroativa, antes disso não vou mudar nada, só vale daqui pra frente". Não pode! Porque para o STF a garantia da irretroatividade da lei não é invocável pela entidade estatal que a tenha editado. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 5

6 5. (FCC/Auxiliar-TJ-PA/ 2010) A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. Teor do art. 5º, XXXVI da Constituição: a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. Gabarito: Correto. 6. (FCC/AJEM-TRT 20/ 2011) No tocante aos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos, o direito adquirido. a) é a expectativa de direito. b) é a situação fática consumada independentemente de previsão na legislação. c) emana diretamente da lei em favor de um titular. d) é o direito que já se integrou ao patrimônio e que já foi exercido. e) é o ato jurídico stricto sensu. Segundo o art. 5º, XXXVI da Constituição, a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. Segundo o art. 6º da Lei de Introdução às Normas de Direito Brasileiro (LINDB antiga Lei de Introdução ao Código Civil - LICC): ( 1º) Reputa-se ato jurídico perfeito: o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou. ( 2º) Consideram-se adquiridos: assim os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo ("data") pré-fixo, ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem. ( 3º) Chama-se coisa julgada ou caso julgado: a decisão judicial de que já não caiba recurso. Letra A Errado. Expectativa de direito é aquele direito que ainda não foi adquirido, mas que a pessoa espera que um dia possa alcançar por haver alguma previsão normativa para tal. Letra B Errado. A coisa que já foi consumada não é direito adquirido, é ato jurídico perfeito (ato que já se consumou, logo, não pode ser alterado). Letra C Correto. Direitos adquiridos são os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, já possa exercer, pois cumpriu todos os requisitos previstos na lei. Letra D Errado. O direito adquirido realmente é aquele que já se incorporou ao patrimônio da pessoa, porém já foi exercido dá idéia de algo consumado! O Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 6

7 direito adquirido é algo que está em fruição ou que se adquiriu o direito para exercer. Letra E Errado. ato jurídico stricto sensu é um conceito muito amplo. Trata-se de qualquer comportamento, previsto em lei, do qual decorram efeitos jurídicos. Não pode ser usado para definir direito adquirido. Gabarito: Letra C. Juiz Natural XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; Juiz natural nada mais é do que dizer: para se julgar alguém já existe um órgão determinado previamente para tal, não podendo haver julgamento por órgãos excepcionais, pois isso seria parcial e arbitrário. Ressalta-se que este conceito não abrange somente os julgamentos do Judiciário. Por exemplo, o Senado Federal é o juízo natural para o julgamento do Presidente da República nos crimes de responsabilidade. Outra face deste princípio se encontra no inciso LIII ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente; Tribunal de exceção Aquele que é criado especificamente para julgar um crime, sem que existisse previamente. Também chamado de tribunal ad hoc, expressão latina que significa específico, para isto etc. STF Súmula nº 704 Não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo legal, a atração por continência ou conexão do processo do corréu ao foro por prerrogativa de função de um dos denunciados. 7. (VUNESP/ INVESTIGADOR- PC-SP/ 2013) Não haverá juízo ou tribunal de exceção, exceto quando se tratar de crime hediondo, inafiançável ou imprescritível, na forma da lei. Quanto à existência de tribunal de exceção, a Constituição não excepciona a regra, daí o erro. Gabarito: Errado. Promotor Natural: Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 7

8 É entendido como desdobramento do Juiz natural, mas é referente ao processo, e não à sentença. 1. Para sentenciar ou processar alguém, só autoridade competente. 2. Para dar respaldo a isso, a CF também garantiu: a) é privativa do Ministério Público a ação penal pública (art. 129 da CF); b) os membros do MP gozarão de inamovibilidade, salvo por interesse público (art. 128, 5º da CF) Tudo isso para garantir que não haja processo de exceção na justiça brasileira. Os cargos do Ministério Público são previstos em lei, fixos, não se admite cargos genéricos. Uadi Lammêgo Bulos ensina que o fundamento deste princípio é que o acusado possa ter o seu processo analisado de forma livre e independente, de acordo com a legalidade. 8. (CESPE/Analista Adm. MPU/ 2010) O princípio do promotor natural decorre da independência funcional e da garantia da inamovibilidade dos membros da instituição. O princípio do promotor natural é entendido como desdobramento do Juiz natural, mas é referente ao processo, e não à sentença. São todas as disposições que garantem que não haja processo de exceção na justiça brasileira. Gabarito: Correto. Tribunal do Júri XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados: a) a plenitude de defesa; b) o sigilo das votações; c) a soberania dos veredictos; d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida; A ideia do instituto do juri é um importante ponto do Estado Democrático de Direito, dando oportunidade à própria sociedade de julgr seus membros que cometerem garaves crimes. Aqui importante destacar que a plenitude da defesa tem uma abrangência maior que a ampla defesa e o contraditório, considerando que o acusado e o seu defensor podem utilizar de argumentos não jurídicos para a obtenção de sua absolvição, como por exemplo evocar questões de ordem sentimental, sociológica ou de política criminal. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 8

9 Importante destacar que tal soberania se refere aos fatos criminosos, haja vista que as questões relacionadas à aplicação da pena quem julga é o juiz presidente do tribunal do juri, desta forma, a pena imposta no tribunal do juri pode ser aumentada em grau de recurso pelo tribunal respectivo para julgar o recurso, o que este tribunal não pode fazer é condenar/ absolver o réu contrariando a decisão dos jurados.assim, está errado falar que as decisões do juri são irrecorríveis ou imutáveis (essa pegadinha cai muito em concursos). Por favor, não quero ninguém decorando essas coisas do Código de Processo Penal, eu coloquei apenas de forma a exemplificar a possibilidade de recurso da decisão do Júri. Beleza?? Ninguém vai ficar me perguntando: "Professor, não entendi o art. 593, III do CPP...", não é pra entender mesmo não, é só pra saber que existe. Valeu?! Só para fins de exemplificação novamente, no caso de recurso, poderá se convocar um novo Júri para fazer novo julgamento. Se for somente retificar algum erro na aplicação da pena, o tribunal faz, mas para julgar novamente, só se for outro Júri, justamente pela soberania dos veredictos. Um outro ponto bastante cobrado em concursos é o fato de a competência do tribunal do Júri não prevalecer sobre as prerrogativas de foro conferidas pela própria Constituição Federal. Assim, ainda que nesses crimes dolosos contra a vida, o Presidente da República, por exemplo, será julgado pelo STF, devido à sua prerrogativa e não pelo Júri. Porém, lembramos que apenas a Constituição Federal poderá estabelecer prerrogativas de foro que prevalecerão sobre o Júri. Consoante a isso, dispõe a Súmula nº 721: STF Súmula nº 721 A competência constitucional do tribunal do júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituição Estadual. STF Súmula nº 603 A competência para o processo e julgamento de latrocínio* é do juiz singular e não do júri. *Latrocínio, (roubo seguido de morte) é considerado crime contra o patrimônio e não crime doloso contra a vida. 9. (VUNESP/ Escrivão- PC-CE/ 2015) No que diz respeito aos direitos e garantias fundamentais previstos na Constituição da República, é correto afirmar é reconhecida a instituição do júri, com a competência para o julgamento dos crimes culposos contra a vida. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 9

10 Fique atento, a competência do Tribunal do Júri é para julgar CRIMES DOLOSOS CONTRA A VIDA e não culposos. Gabarito: Errado. 10. (VUNESP/ Oficial Administrativo- PC-SP/ 2014) Conforme reza a Constituição da República, a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida é do(a ) (a) juizado especial federal. (b) júri. (c) Juiz criminal de primeira instância. (d) justiça militar. (e) Ministério Público. Os crimes dolosos contra a vida serão julgados pelo Tribunal do Júri. Gabarito: Letra B. 11. (FCC/Técnico-TJ-PI/ 2009) É reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, NÃO havendo a) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida. b) a plenitude de defesa. c) o sigilo das votações. d) a soberania dos vereditos. e) o juízo ou o tribunal de exceção. Segundo o art. 5º, XXXVIII: "É reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados: a) a plenitude de defesa; b) o sigilo das votações; c) a soberania dos veredictos; d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;" A letra E, é a única não elencada. Refere-se ao art. 5º, XXXVII: Não haverá juízo ou tribunal de exceção. Tribunal de exceção é aquele que é criado especificamente para julgar um crime, sem que existisse previamente. Também é chamado de tribunal "ad hoc". Gabarito: Letra E. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 10

11 12. (FCC/AJAA - Contabilidade - TRE-AM/ 2010) é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados a plenitude de defesa, o sigilo das votações, a soberania dos veredictos e a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida. Teor do art. 5º, XXXVIII: É reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados: a) a plenitude de defesa; b) o sigilo das votações; c) a soberania dos veredictos; d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;" Gabarito: Correto. Legalidade penal e Irretroatividade da lei penal: XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal; XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; 13. (VUNESP/ Inspetor- PC-CE/ 2015) A lei penal não retroagirá, salvo quando for para punir o réu. Comentário: Art. 5º, XL - a lei penal não retroagirá, salvo para BENEFICIAR o réu, e não prejudicar o réu. 14. (FCC/Analista - MPE-SE/ 2009) Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal. Comentário: Trata-se do princípio da legalidade penal, previsto no inciso XXXIX do art. 5º da Constituição. Gabarito: Correto. Proteção aos direitos e liberdades fundamentais XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais; Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 11

12 15. (CESPE/ANAC/ 2009) É imprescritível a ação tendente a reparar violação dos direitos humanos ou dos direitos fundamentais da pessoa humana. Decorrente do princípio fundamental da dignidade da pessoa humana, e pelo fato da ausência de disposição constitucional, temos que as violações aos direitos humanos podem ser punidas a qualquer tempo, não podendo se falar em prescrição do direito do Estado de puni-las. Gabarito: Correto. Crimes inafiançáveis XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei; XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático; Anistia: o Estado renuncia ao seu direito de punir determinados fatos. A anistia não é pessoal, direciona-se aos fatos. Graça: concedida pessoalmente, extingue diretamente a pena imposta em sentença judicial transitada em julgado. Indulto: ocorre da mesma forma que graça, porém é coletivo e não individual. Competência para conceder anistia: privativa da União (art. 21, XVII) sempre através de lei federal com deliberação no CN (art. 48, VIII). Competência para conceder indulto (e graça): é de discricionariedade do Presidente da República (art. 84, XII) podendo ainda ser delegada aos Ministros de Estado, PGR ou AGU (art. 84, único). Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 12

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14 As letras A, B, e E formam o "3T" do 3TH - logo, são insuscetíveis de graça ou anistia, mas não são imprescritíveis. O latrocínio, na letra D, não foi expressamente elencado pela Constituição. A Letra C é a resposta, já que o racismo é crime inafiançável, imprescritível e que ainda sujeita o infrator à pena de reclusão. Gabarito: Letra C. 18. (FCC/Analista - TRF 5ª/ 2008) A prática do racismo constitui crime inafiançável e prescritível, sujeito às penas de reclusão, detenção ou multa. Errado. Constitui crime inafiançável e imprescretível, e que ainda sujeita o infrator a pena de reclusão, nos termos da lei (CF, art. 5º, XLII). Gabarito: Errado. Sucessão da pena XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido; Baseado neste dispositivo, vemos que a pena é intransferível, deve ser aplicada somente àquele que cometeu a infração, não podendo ser passada aos seus sucessores. A Constituição, no entanto, admite que haja uma sanção patrimonial a estes sucessores (filhos, herdeiros e etc.) que consiste na obrigação de reparar danos e no perdimento de bens limitado ao valor que foi recebido pela sucessão, para o caso de penas com consequências patrimoniais (multas, indenizações e etc.). 19. (FCC/AJAJ-TRE-AP/ 2011) Pitágoras foi condenado a reparar os danos morais que causou à Libero por racismo. Porém, Pitágoras faleceu sem pagar a dívida, o que motivou Libero a pleitear de Tibério, filho do falecido, o pagamento. No tocante aos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos previstos na Constituição Federal, tal cobrança em face de Tibério é a) possível, desde que Pitágoras tenha deixado bens, ressalvando que a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido. b) impossível, porque a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens jamais serão estendidas aos sucessores e contra eles executadas, mesmo se o falecido deixou bens. c) impossível, porque a Constituição Federal veda expressamente. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 14

15 d) possível, porque por força da Constituição Federal, mesmo não tendo praticado o racismo, é responsável solidário da obrigação de reparar o dano pelo simples fato de ser filho do condenado, sendo irrelevante se Pitágoras faleceu ou não e se deixou ou não bens. e) impossível, porque a sentença de mérito que condenou Pitágoras à reparar os danos morais não condenou seu sucessor, Tibério, como responsável subsidiário da obrigação, mesmo havendo bens deixados pelo falecido à titulo de herança. Comentário: A questão tentava extrair do candidato o conhecimento sobre o teor do art. 5º, XLV da Constituição: Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido; Assim, a pena é intransferível, deve ser aplicada somente àquele que cometeu a infração, não podendo ser passada aos seus sucessores. A Constituição, no entanto, admite que haja uma sanção patrimonial a estes sucessores (filhos, herdeiros e etc.) que consiste na obrigação de reparar danos e no perdimento de bens limitado ao valor que foi recebido pela sucessão, para o caso de penas com consequências patrimoniais (multas, indenizações e etc.). Gabarito: Letra A. 20. (FCC/Analista - MPE-SE/ 2009) Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, extinguindo-se com sua morte a obrigação de reparar danos e a decretação do perdimento de bens. Errado. A Constituição diz em seu art. 5º, XLV que nenhuma pena passará da pessoa do condenado, mas, poderá a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido. Gabarito: Correto. Individualização da pena XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: a) privação ou restrição da liberdade; b) perda de bens; c) multa; d) prestação social alternativa; Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 15

16 e) suspensão ou interdição de direitos; Por exemplo, uma pessoa condenada por crime de improbidade administrativa terá seus direitos políticos suspensos por força do art. 37, 4º, e pelo art. 15 da CF. XLVII - não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; b) de caráter perpétuo; c) de trabalhos forçados; d) de banimento; e) cruéis; (CF, art. 84, XIX) Compete privativamente ao Presidente da República declarar guerra e a mobilização nacional (total ou parcialmente), no caso de agressão estrangeira: autorizado pelo CN; ou referendado pelo CN, quando ocorrer no intervalo das sessões legislativas; 21. (FCC/TJAA - TRE-AM/ 2010) No tocante aos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos, é correto afirmar que: a) a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as penas de privação ou restrição da liberdade, perda de bens, multa, prestação social alternativa e suspensão ou interdição de direitos. b) a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de detenção, nos termos da lei. c) a lei considerará crime inafiançável e suscetível de graça ou anistia a prática da tortura. d) constitui crime inafiançável e prescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático. e) nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, independentemente do valor do patrimônio transferido. Letra A - Correta. Pelo art. 5º, XLVI, temos que a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: a) privação ou restrição da liberdade; b) perda de bens; c) multa; Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 16

17 d) prestação social alternativa; e) suspensão ou interdição de direitos. Letra B - Errado. O "R" de racismo deve ser associado ao "R" de reclusão. Assim, está errado falar que sujeita o infrator à pena de detenção, já que o correto seria reclusão. Letra C - Errado. Todo o crime que começa com T ou H (3TH - Tortura, Tráfico, Terrorismo, ou Hediondo), é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia. O erro da questão é falar que é "suscetível" de graça ou anistia. Letra D - Errado. Trata-se de crime inafiançável e imprescritível, nos termos do art. 5º, XLIV. Letra E - Errado. A execução (perdimento dos bens) ocorrerá somente até o limite do patrimônio transferido (CF, art. 5º, XLV). Gabarito: Letra A. 22. (FCC/Técnico-TCE-GO/ 2009) Constituição proíbe a instituição de pena de: a) morte, sem exceção b) caráter perpétuo, salvo em caso de guerra declarada. c) trabalhos forçados. d) restrição de liberdade. e) restrição de direitos. A questão trata de uma disposição constitucional que está na CF, art. 5º XLVI e XLVII. A Constituição então diz: XLVI a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: a) privação ou restrição da liberdade; b) perda de bens; c) multa; d) prestação social alternativa; e) suspensão ou interdição de direitos. XLVII não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; b) de caráter perpétuo; c) de trabalhos forçados; Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 17

18 d) de banimento; e) cruéis. Perceba que em hipótese alguma podemos ter penas cruéis, de banimento, trabalho forçado ou perpétua. Porém, no caso de pena de morte é admitida se estivermos em guerra externa declarada. Voltando à questão: Letra A - Errado. Existe a exceção da guerra externa declarada. Letra B - Errada. A exceção da guerra é para a pena de morte e não para a pena perpétua. Letra C - Correto. Letra D e E - Estas podem pelo inciso XLVI. Gabarito: Letra C. 23. (ESAF/Auditor da Receita Federal/ 2012) A Constituição Federal de 1988 admite a aplicação da pena de banimento. Não permite não. Tal modalidade é expressamente vedada pelo art. 5º, XLVII, d. Gabarito: Errado. Direitos dos presos XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado; XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral; L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação; Demais direitos dos presos: LXII - ter a sua prisão comunicada imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada; LXIII Ser informado sobre seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, e ser assistido pela família e pelo advogado; LXIV Identificação dos responsáveis por sua prisão ou interrogatório policial; LXV Ter sua prisão relaxada imediatamente se ela for ilegal; LXVI Não ser levado à prisão, ou não ser mantido nela, caso a lei admita liberdade provisória, seja com ou sem fiança; Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 18

19 LXXV Receber indenização por erro judiciário, ou se ficar preso além do tempo fixado na sentença; 24. (VUNESP/ Inspetor- PC-CE/ 2015) Quanto aos direitos e garantias fundamentais, é correto afirmar que (a) a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados, imediatamente, ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada. (b) a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade policial. (c) o preso não tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão, assegurando-se a estes a proteção necessária. Letra A. Correto, é o que diz o art. 5º, LXII. Letra B. Errado. O erro está em afirmar que que relaxa a prisão é autoridade policial, quando na verdade o juiz que tem tal atribuição. Letra C. Errado. O preso tem direito à identificação dos agentes que realizaram a prisão. Gabarito: Letra A. Extradição LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei; LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião; Extradição: É um pedido que um país faz a outro, quando alguém que está no território deste foi condenado ou está sendo processado por alguma infração penal no país que pediu a extradição, para que, assim, possa ser processado ou cumpra pena em seu território. Geralmente ocorre nos termos de tratados internacionais bilaterais de extradição. Para países sem tratados com o Brasil, deverá ser observado o Estatuto do Estrangeiro (Lei nº 6.815/80). A extradição geralmente é efetuada observando tratados bilaterais, mas está condicionada a observância de 3 requisitos básicos, de ordem geral: 1- Não ser crime político nem crime de opinião; 2- O crime a ele imputado deve ter dupla tipificação (ou seja, tem que ser algo que seja considerado crime tanto no país que pede a extradição quanto no Brasil); 3- A pena imposta ao extraditado não pode ser superior ao máximo da lei brasileira (30 anos). Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 19

20 A extradição pode ser classificada como ativa ou passiva: ativa quando solicitada pelo Brasil a outro Estado (Brasil fez o pedido = ativa); passiva quando requerida por outro Estado ao Brasil (o Brasil recebeu o pedido = passiva); A Constituição só previu regras para a extradição passiva, ou seja, os casos de um país estrangeiro pedir a extradição de alguém que se encontra no território nacional, essa extradição passiva será julgada pelo STF, nos termos da Constituição, art. 102, I, g: "Compete ao STF, julgar a extradição solicitada por Estado estrangeiro". Não compete ao STF julgar, porém, a extradição ativa, que deve ser pedida diretamente pelo Presidente da República sem intervenção do Judiciário. Então, podemos organizar a extradição da seguinte forma: Extradição passiva de brasileiro: nato nunca; naturalizado pode, se cometer: crime comum antes da naturalização; tráfico ilícito a qualquer tempo, na forma da lei. Extradição passiva de estrangeiro: pode ser extraditado, salvo se o motivo for crime político ou de opinião; Conceitos conexos Deportação: Ato compulsório de competência da Polícia Federal, que ocorre quando algum estrangeiro entrou irregular no País ou nele permanece sem a devida autorização (os vistos ). É um ato para coibir a clandestinidade. Se um deportado futuramente conseguir o visto poderá ingressar no território nacional. Expulsão: A expulsão é um ato discricionário, mas ocorre quando um estrangeiro regularmente inserido no território nacional pratica um ato que torne sua permanência inconveniente ou por ter praticado algum delito ou infração prevista em lei que justifique tal medida. Segundo o Estatuto do Estrangeiro, compete ao chefe do Executivo Federal decretar a expulsão ou revogá-la segundo seus critérios de oportunidade e conveniência (art. 66). Entrega: É um ato feito por um Estado a um tribunal internacional de jurisdição permanente, como por exemplo o Tribunal Penal Internacional de Roma (conforme previsto na CF, art. 5º, 4º), a entrega de brasileiros, em princípio, é permitida. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 20

21 Jurisprudência relevante: Embora caiba ao STF julgar a extradição passiva, o Supremo decidiu que esta decisão está sujeita ao crivo do Presidente da República e que a decisão do Presidente da República em negar extradição é um ato político de soberania nacional, não podendo ser revisto pelo Supremo. 25. (VUNESP/ Investigador- PC-SP/ 2015) Não poderá haver penas de morte, cruéis ou de interdição de direitos individuais. Errado. Poderá sim haver a pena de interdição de direitos. Gabarito: Errado. 26. (VUNESP/ Investigador- PC-SP/ 2015) Não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião. Errado. Poderá ser concedida a extradição de extrangeiro, mas não por crime de opinião. Gabarito: Errado. 27. (FCC/AJEM - TRT 8º/ 2010) A espécie de extradição requerida por um Estado soberano estrangeiro ao Brasil é classificada de: a) bilateral. b) unilateral. c) objetiva. d) fundamental. e) passiva. A extradição pode ser ativa ou passiva: ativa quando solicitada pelo Brasil a outro Estado (Brasil fez o pedido = ativa); passiva quando requerida por outro Estado ao Brasil (o Brasil recebeu o pedido = passiva); Lembrando que a Constituição só previu regras para a extradição passiva, ou seja, os casos de um país estrangeiro pedir a extradição de alguém que se encontra no território nacional, essa extradição passiva será julgada pelo STF, nos termos da Constituição, art. 102, I, g: "Compete ao STF, julgar a extradição solicitada por Estado estrangeiro". Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 21

22 Não compete ao STF julgar, porém, a extradição ativa, que deve ser pedida diretamente pelo Presidente da República sem intervenção do Judiciário. Gabarito: Letra E. 28. (FCC/Analista - TRT 15ª/ 2009) Será, em qualquer hipótese, concedida a extradição de estrangeiro por crime político. Justamente o contrário. É vedada a extradição por crime político ou de opinião (CF, art. 5º, LII). Gabarito: Errado. 29. (FCC/AJEM-TRT-23ª/ 2011) Homero obteve a cidadania brasileira, após processo de naturalização, porém seu país de origem, Jamaica, requereu ao Brasil sua extradição por crime comum. Segundo a Constituição Federal, sua extradição só será concedida no caso a) de crime de opinião praticado antes do processo de naturalização. b) de crime político praticado antes do processo de naturalização. c) do delito ter sido praticado antes da naturalização. d) de crime político praticado depois do processo de naturalização. e) de crime de opinião praticado depois do processo de naturalização. Comentário: Homero é um cidadão brasileiro! É naturalizado, mas é brasileiro. Como é a Extradição passiva de brasileiro? nato nunca; naturalizado pode, se cometer: crime comum antes da naturalização; tráfico ilícito a qualquer tempo, na forma da lei. Lembrando que, seja brasileiro ou estrangeiro, não se pode extraditar ninguém se o motivo for crime político ou de opinião; Sabendo-se que crime político e de opinião impedem qualquer extradição, já se eliminam as letras A, B, D e E, sobrando somente a C. Gabarito: Letra C. 30. (FCC/TJ Segurança - TRT 1ª/ 2011) A pessoa que tiver cometido um ato no exterior considerado como crime pelo Estado estrangeiro e como contravenção penal pelo ordenamento jurídico do Brasil a) não será extraditada em respeito ao princípio da autodeterminação dos povos. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 22

23 b) não será extraditada em respeito ao principio da presunção de inocência. c) não será extraditada, porém permanecerá presa no Brasil, onde responderá pelo ato praticado no exterior em respeito ao princípio da cooperação mútua. d) será extraditada em respeito ao princípio da cooperação mútua. e) não será extraditada, face ao não preenchimento do requisito da dupla tipicidade. Comentário: A extradição geralmente é efetuada observando tratados bilaterais, mas está condicionada a observância de 3 requisitos básicos, de ordem geral: 1- Não ser crime político nem crime de opinião; 2- O crime a ele imputado deve ter dupla tipificação (ou seja, tem que ser algo que seja considerado crime tanto no país que pede a extradição quanto no Brasil); 3- A pena imposta ao extraditado não pode ser superior ao máximo da lei brasileira (30 anos). Desta forma, como o ato cometido pela pessoa não é considerado crime no Brasil, ela não poderá ser extraditada. Gabarito: Letra E. Juiz natural (e promotor natural) outra face LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente; Devido processo legal ( due process of law ) LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; Mas o que seria o devido processo legal? Segundo o Ministro do STF Celso de Mello, os elementos da garantia constitucional do due process of law seriam: direito ao processo (garantia de acesso ao Judiciário); direito à citação e ao conhecimento prévio do teor da acusação; direito a um julgamento público e célere, sem dilações indevidas; direito ao contraditório e a ampla defesa (direito à autodefesa e à defesa técnica advogado); direito de não ser processado com fundamento em provas revestidas de ilicitude; direito de igualdade entre as partes; direito ao benefício da gratuidade; Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 23

24 direito à observância do princípio do juiz natural; direito ao silêncio (privilégio contra a autoincriminação); direito à prova; direito de presença e de participação ativa nos atos de interrogatório judicial dos demais litisconsortes penais passivos, quando existentes. Em outras ocasiões, já foi demonstrado que este princípio constitucional também é o responsável por trazer implicitamente o princípio da razoabilidade e proporcionalidade, muito cobrado em concurso, pois é essencial para uma administração pública eficiente, célere e que respeita o Estado Democrático. Duplo grau de jurisdição: Duplo grau de jurisdição, à sua moda clássica, é a possibilidade de um reexame integral da sentença por um órgão diverso do que a proferiu e de hierarquia superior na ordem judiciária. No Brasil, existe possibilidade de ocorrência do duplo grau de jurisdição. Porém, segundo o Supremo, o duplo grau de jurisdição, no âmbito da recorribilidade ordinária, não consubstancia garantia constitucional Isso porque existem julgados que não poderão ser revistos, como, por exemplo, aqueles de competência originária do STF, onde não é admitida a recorribilidade a instância superior. Ainda nas palavras do STF, não é possível, sob as sucessivas Constituições da República, erigir (instituir) o duplo grau em princípio e garantia constitucional, tantas são as previsões, na própria Lei Fundamental, do julgamento de única instância ordinária. Para sintetizar o tema, Uadi Lammêmgo Bulos traz um importante ensinamento: "No Brasil, somente a carta de 1824 consagrou o duplo grau de jurisdição de modo pleno e irrestrito (...). As demais Constituições não prescreveram, in verbis, o vetor deixando-o implícito na ordem jurídica. É o caso do Texto Magno de 1988". 31. (CESPE/OAB/ ) O duplo grau de jurisdição, no âmbito da recorribilidade ordinária, não consubstancia garantia constitucional. Exato. Gabarito: Correto. 32. (ESAF/MPOG/ 2002) O duplo grau de jurisdição não foi erigido pelo constituinte de 1988 ao nível de direito individual fundamental. Isso mesmo. Gabarito: Correto. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 24

25 Contraditório e a ampla defesa LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; Súmula Vinculante nº 5 A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição. Súmula Vinculante nº 14 É direito do defensor do representado ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa. 33. (CESPE/Procurador-TCE-ES/ 2009) São de observância obrigatória os princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa em processo administrativo disciplinar, configurando cerceamento de defesa a ausência de defesa técnica, por advogado, em tal hipótese. O erro da questão figura no fato de que, segundo a Súmula Vinculante nº 5, a falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição, não se configurando cerceamento de defesa. Gabarito: Errado. Presunção de inocência LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória; Trânsito em julgado significa quando não houver mais como recorrer da sentença. O princípio da presunção de inocência também pode ser enxergado sob um outro prisma: ninguém precisa provar que não fez alguma coisa, o dever de provar se dá em relação à ocorrência dos fatos, quem acusa alguém de algo é que deve provar que este algo aconteceu. 34. (VUNESP/ Oficial Adm.- PC-SP/ 2014) Segundo a Constituição Federal, para que alguém seja considerado culpado é suficiente (a) condenação recorrível do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. (b) sentença judicial criminal de primeira instância recorrível. (c) decisão unânime do tribunal do júri da qual ainda caiba recurso. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 25

26 (d) denúncia do Ministério Público recebida pelo Poder Judiciário. (e) sentença penal condenatória transitada em julgado. Somente com o trânsito em julgado de sentença penal condenatória o réu será definitivamente considerado culpado. Gabarito: Letra E. Identificação criminal LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei; Este inciso foi regulamentado pela lei 12037/09 que dispõe que a identificação civil é atestada por qualquer documento público que permita a identificação, como: carteira de identidade, carteira de trabalho, passaporte e etc. A disposição não é absoluta, pois ainda que apresentado o documento público, poderá se promover a identificação criminal caso este contenha rasuras, indícios de falsificação, for constatada de pluralidade de nomes, a identificação criminal for essencial às investigações e etc. 35. (VUNESP/ Auxiliar de Papiloscopista/ 2013) O civilmente identificado não será submetido à identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei. Correto, justamente o que diz o art. 5º, LVIII. Gabarito: Correto. 36. (ESAF/ATA-MF/ 2009) O civilmente identificado pode ser submetido à identificação criminal, nos termos da lei. Desde que nos termos da lei, será possível submeter o civilmente identificado à identificação criminal (CF, art. 5º, LVIII). A lei que regulamenta tal identificação é a Lei 12037/09. Gabarito: Correto. Ação penal privada subsidiária da pública LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal; Em regra, os crimes são de ação penal pública. A ação penal pública é privativa do Ministério Público (art. 129, I), mas esta deve ser intentada no prazo legal Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 26

27 (regra geral: 5 dias se o indiciado estiver preso e 15 dias se estiver solto, a partir do recebimento do inquérito policial), se excedido este prazo, o particular poderá agir com a ação privada subsidiária da pública. 37. (ESAF/ATA-MF/ 2009) Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal. Exato teor do inciso LIX do art. 5º. Gabarito: Correto. 38. (ESAF/ENAP/ 2006) Em razão da titularidade da ação penal, conferida pela Constituição Federal ao Ministério Público, não há possibilidade de ser proposta ação privada nos crimes de ação pública. A Constituição permite em seu art. 5º, LIX a chamada ação penal privada subsidiária da pública, que é uma ação penal interposta pelo particular para poder suprir a ação penal pública que o Ministério Público deveria ter proposto, mas não propôs no prazo legal. Gabarito: Errado. Publicidade dos atos processuais LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem; 39. (VUNESP/ Motorista- São José dos Campos/ 2013) A lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando (a) houver acordo entre as partes litigantes. (b) o crime for hediondo ou afiançável. (c) o crime for de grande repercussão internacional. (d) o crime for julgado perante o Tribunal do Júri. (e) a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem. Segundo a Constituição, os únicos motivos para se atribuir sigilo aos processos são defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem; Gabarito: Letra E. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 27

28 40. (FCC/Assistente - TCE - AM/ 2008) A publicidade dos atos processuais não pode ser restringida pela lei. Poderá ser restringida quando a defesa da intimidade ou o interesse social assim exigir (CF, art. 5º, LX). Gabarito: Errado. Prisão LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei; CF, art. 228 São penalmente inimputáveis os menores de 18 anos, sujeitos às normas da legislação especial. LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada; LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado; LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial; 41. (FCC/TJAA-TRF1ª/ 2011) Ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo, além de outra hipótese, no caso de a) tráfico de drogas. b) tortura. c) racismo. d) terrorismo. e) transgressão militar, definida em lei. Na Constituição, art. 5º, LXI temos uma proteção que garante que ninguém seja preso, a não ser que tenha sido pego em flagrante ou que uma autoridade judiciária competente para tal, através de ordem escrita e fundamentada, ordene a sua prisão. Porém, essa regra admite uma única exceção, é o caso dos militares. Os militares possuem algumas regras especiais de conduta e estão sujeitos a Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 28

29 prisão, ordenada pelo superior hierárquico, caso cometam transgressões a determinados pontos de seus regulamentos. Vale lembrar, que essa prisão especial dos militares, por expressa disposição constitucional (CF, art º) não se sujeita (em regra) à habeas corpus, pois ela se insere no poder disciplinar de seus superiores. No entanto, atualmente, alguns tribunais já estão admitindo este habeas corpus quando o pedido se fundar em ilegalidades. Gabarito: Letra E. 42. (FCC/AJAJ-TRE-AP/ 2011) Bernardino foi preso, porém os policiais que o prenderam estavam encapuzados sendo impossível identificá-los. Segundo a Constituição Federal, Bernardino a) não tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão, porque no caso prevalece a segurança dos policiais. b) tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão. c) tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão apenas no ato do seu interrogatório em juízo e desde que a tenha requisitado à autoridade judiciária, sob pena de preclusão, medida essa preventiva à segurança dos policiais e para evitar a prescrição penal. d) não tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão porque a Constituição Federal confere aos policiais o direito de sigilo independentemente do motivo. e) tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão, desde que no seu depoimento pessoal prestado à autoridade policial, a tenha requisitado, sob pena de preclusão, porque é irrelevante saber quem o prendeu com o fim de evitar a ocorrência da prescrição penal. Essa questão nos remete aos direitos dos presos, vamos relembrá-los: XLVIII - ter a sua pena cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado; XLIX - ter respeitada a sua integridade física e moral; L - No caso de "presidiárias", devem ter condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação; LXII - ter a sua prisão comunicada imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada; LXIII Ser informado sobre seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, e ser assistido pela família e pelo advogado; LXIV Identificação dos responsáveis por sua prisão ou interrogatório policial; Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 29

30 LXV Ter sua prisão relaxada imediatamente se ela for ilegal; LXVI Não ser levado à prisão, ou não ser mantido nela, caso a lei admita liberdade provisória, seja com ou sem fiança; LXXV Receber indenização por erro judiciário, ou se ficar preso além do tempo fixado na sentença; Veja que a Constituição garante ao preso o direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou interrogatório policial e não faz para isso nenhuma ressalva ou condição. Dessa forma a resposta é seca: Segundo a Constituição Federal, Bernardino tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão. Gabarito: Letra B. 43. (FCC/AJAA-TRT-23ª/ 2011) No tocante aos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos, conforme prevê o artigo 5º da Constituição Federal, a) não poderá ser restringida a publicidade dos atos processuais, inexistindo exceções. b) será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal. c) nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei, o militar só será preso em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente. d) a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre não serão comunicados imediatamente à família do preso ou à pessoa por ele indicada, cuja comunicação só será realizada após o preso prestar depoimento perante a autoridade policial. e) o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada apenas a assistência de advogado, vedada à da família. Comentário: Letra A - Errado. A assertiva nos remete ao art. 5º da Constituição, quando ele diz no seu inciso LX: a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem. Letra B - Correto. Essa é a "ação privada subsidiária da pública". Em regra, os crimes são de ação penal pública. A ação penal pública é privativa do Ministério Público (art. 129, I), mas esta deve ser intentada no prazo legal, se excedido este prazo, o particular poderá agir com a ação privada subsidiária da pública, já que a Constituição estabelece em seu art. 5º, LIX: será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal. Letra C - Errado. Vejam só o que diz a Constituição estabelece em seu art. 5º, LXI: ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 30

31 Ou seja, os militares, quando cometerem crimes próprios de militares ou aquelas transgressões internas, poderão ser presos internamente através do poder hierárquico e disciplinar de seus superiores, sem que seja preciso uma ordem judicial. Letra D e E - Erradas. É aquela listinha de direitos dos presos: XLVIII - ter a sua pena cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado; XLIX - ter respeitada a sua integridade física e moral; L - No caso de "presidiárias", devem ter condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação; LXII - ter a sua prisão comunicada imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada; LXIII Ser informado sobre seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, e ser assistido pela família e pelo advogado; LXIV Identificação dos responsáveis por sua prisão ou interrogatório policial; LXV Ter sua prisão relaxada imediatamente se ela for ilegal; LXVI Não ser levado à prisão, ou não ser mantido nela, caso a lei admita liberdade provisória, seja com ou sem fiança; LXXV Receber indenização por erro judiciário, ou se ficar preso além do tempo fixado na sentença; Gabarito: Letra B. Prisão ilegal LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária; Liberdade provisória LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança; Prisão civil por dívida: LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel; Então temos que a prisão civil por dívida, na literalidade do texto constitucional segue o seguinte: regra Não pode haver; Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 31

32 exceção Poderá prender o responsável por inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e o depositário infiel. Nas palavras do Supremo, "a norma que se extrai do inciso LXVII do artigo 5º da Constituição Federal é de eficácia restringível (contida). Pelo que as duas exceções nela contidas podem ser aportadas por lei, quebrantando, assim, a força protetora da proibição, como regra geral, da prisão civil por dívida". Desta forma, temos a regra: Não cabe prisão civil por dívida. Essa proibição pode ser relativizada caso haja alguma lei que preveja a prisão por inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel. Se a lei prever a prisão nestes casos, estará restringindo a proibição da norma. Em 2008, o Supremo passou a entender não ser mais possível no Brasil a prisão civil por dívida do depositário infiel, o que motivou inclusive a edição da súmula vinculante 25: Súmula Vinculante nª25 É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito. 1- Mas porque o Supremo, passou a entender que, mesmo expresso na Constituição, tal prisão não seria válida? Tudo isso devido a um tratado internacional (pacto de San Jose da Consta Rica) assinado pelo Brasil. 2- Mas este tratado teve força para revogar a Constituição? Não. Para entender o tema, primeiro, é necessário observar o 3º deste art. 5º. Nele, vemos que a regra é que os tratados internacionais após serem internalizados serão equivalentes às leis ordinárias, mas, eles serão equivalentes às emendas constitucionais (status constitucional), se "versarem sobre direitos humanos" e "forem internalizados com a mesma votação de uma emenda constitucional". 3- E o pacto de San Jose? Ele foi votado por este procedimento de emendas? Não, pois na época não existia esta previsão constitucional do art. 5º 3º. O STF passou, então, a entender que os tratados internacionais sobre direitos humanos, caso não passem pelo rito de votação de uma emenda constitucional, não irá adquirir o status constitucional (emenda constitucional), porém, por si só já possuem um status de supralegalidade (estágio acima das leis, e abaixo da Constituição) podendo revogar leis anteriores e devendo ser observados pelas leis futuras. Esse entendimento foi a partir do final de Veja o julgado:... Prevaleceu, no julgamento, por fim, a tese do status de supralegalidade da referida convenção, inicialmente defendida pelo Ministro Gilmar Mendes no julgamento do RE /SP, (...). Vencidos, Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 32

33 no ponto, os Ministros Celso de Mello, Cezar Peluso, Ellen Gracie e Eros Grau, que a ela davam a qualificação constitucional, perfilhando o entendimento expendido pelo primeiro no voto que proferira nesse recurso. O Min. Marco Aurélio, relativamente a essa questão, se absteve de pronunciamento. Como nós vimos que a prisão do depositário infiel ou do inadimplente de alimentos só seria possível através de uma previsão legal, esta lei que porventura esteja prevendo a prisão do depositário infiel ficaria sem efeitos, pois estaria sendo inaplicável pelo pacto de San Jose, o qual tem status supralegal (acima das leis). Atualmente, é possível a prisão civil do depositário infiel? Não. Pois com base na tese da norma supralegal dos tratados internacionais de direitos humanos que não passaram pelo rito previsto no art. 5º, 3º da CF, como ocorreu com o Pacto de San José da Costa Rica, a legislação infraconstitucional que previa tal prisão e estava em contrário com o Pacto ficou revogada. Tal entendimento deu origem a súmula vinculante 21. A Constituição prevê a prisão do depositário infiel? Sim, porém, esta prisão é inaplicável. 44. (VUNESP/ Escrivão- PC-CE/ 2015) Assinale a alternativa que contempla hipótese de exceção à regra de que a Constituição Federal não admite a prisão civil por dívidas. (a) Devedor de obrigação monetária por dívida de jogo. (b) Inadimplemento de dívida de fiador de contrato de locação. (c) Descumprimento de obrigação pecuniária de contrato de financiamento bancário. (d) Inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia. (e) Responsável civil por obrigação derivada de acidente automobilístico. A única hipótese prevista na Constituição que efetivamente autoriza a prisão civil por dívida é o não pagamento voluntário de pensão alimentícia. Gabarito: Letra D. 45. (CESPE/ANAC/ Adaptada) É vedada a prisão civil por dívida, salvo, conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), quando se tratar de obrigação alimentícia ou de depositário infiel. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 33

34 "Segundo o STF" a única possibilidade é o inadimplente voluntário e inescusável (injustificável) de obrigação alimentícia. Gabarito: Errado. 46. (CESPE/Procurador-TCE-ES/ 2009) Consoante entendimento do STF, a norma constitucional segundo a qual não há prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel, não é de eficácia restringível. Ela é de eficácia restringível (contida), pois, se houver lei, poderá haver prisão civil por dívida, relativizando a proibição da regra geral. Gabarito: Errado. Remédios constitucionais Os remédios constitucionais recebem esse nome, pois são ações constitucionais que funcionam como verdadeiros "remédios" contra os abusos cometidos. Por exemplo, se alguém sofrer abuso ao seu direito de locomoção, esse mal será remediado com um habeas corpus, se o abuso for relativo ao direito de informação, será usado um habeas data. Os principais remédios constitucionais serão vistos agora: habeas corpus, habeas data, Mandado de Segurança, Mandado de Injunção e Ação Popular. Alguns autores ainda incluem neste grupo outras medidas como o direito de petição e direito de obter certidões, presentes no inciso XXXIV. 47. (VUNESP/ Assessor Leg.- São Carlos-SP/ 2013) São, entre outros, remédios constitucionais previstos na Constituição Federal: (a) habeas corpus, mandado de segurança e plebiscito. (b) mandado de segurança, ação popular e direito de petição. (c) ação popular, habeas data e direito de resposta. (d) inquérito civil, habeas data e ação popular. (e) direito de petição, habeas corpus e direito de resposta. São remédios constitucionais mandado de segurança, ação popular e direito de petição. Gabarito: Letra B. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 34

35 48. (FCC/Técnico- TRT 15ª/ 2009) Os chamados "remédios constitucionais" previstos no art. 5º, da C.F., constituem-se como normas de eficácia limitada, pois exigem normatividade processual que lhes desenvolva a aplicabilidade. Errado. Em que pese a existência de doutrina em contrário, segundo a jurisprudência do STF, os remédios constitucionais possuem aplicabilidade imediata, podendo ser invocados independentemente de estarem regulamentados ou não por diploma infraconstitucional. Gabarito: Errado. Habeas Corpus LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder; Organizando: Motivo: violência ou coação da liberdade de locomoção; (Abuso contra o direito que todos possuem de ir, vir, permanecer, estar, passar e etc.) Quem pode usar: qualquer pessoa; Quem pode sofrer a ação: qualquer um que use de ilegalidade ou abuso de poder. Modos de HC: Preventivo: Caso haja ameaça de sofrer a coação; Repressivo: Caso esteja sofrendo a coação. Custas: (LXXVII) São gratuitas as ações de habeas-corpus ; Segundo o Código de Processo Penal (CPP), no art. 648, a coação será considerada ilegal: I quando não houver justa causa; II quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei; III quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo; IV quando houver cessado o motivo que autorizou a coação; V quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei a autoriza; VI quando o processo for manifestamente nulo; VII quando extinta a punibilidade. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 35

36 CPP, art. 654 O habeas corpus poderá ser impetrado por qualquer pessoa, em seu favor ou de outrem, bem como pelo Ministério Público. 49. (VUNESP/ Oficial Ad,- PC-SP/ 2014) O remédio constitucional que tem por objetivo tutelar o direito de locomoção é o(a ) (a) mandado de injunção. (b) mandado de segurança. (c) ação popular. (d) habeas corpus. (e) habeas data. Veja que o remédio que tutela a liberdade de locomoção é o habeas corpus. Gabarito: Letra D. 50. (FCC/Técnico-TCE-GO/ 2009) Sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, será concedido a) mandado de injunção. b) habeas corpus. c) habeas data. d) ação popular. e) mandado de segurança. O remédio constitucional usado para assegurar liberdade de ir e vir é o habeas corpus. Desta forma, vemos que o correto seria assinalar a letra B! Gabarito; Letra B. Mandado de segurança LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por "habeas-corpus" ou "habeas-data", quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: a) partido político com representação no Congresso Nacional; Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 36

37 b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados; Atualmente o mandado de segurança, tanto individual quanto coletivo, é regulamentado pela lei 12016/09. Embora não esteja expresso na CF, o mandado de segurança também pode ser preventivo ou repressivo como o habeas corpus. Organizando: Motivo: proteger direito líquido e certo, não amparado por HC ou HD. Quem pode usar: qualquer pessoa (PF, PJ ou até mesmo órgão público independente ou autônomo) seja na forma preventiva ou repressiva. Quem pode sofrer a ação: autoridade pública ou agente de PJ no exercício de atribuições do poder público que use de ilegalidade ou abuso de poder. Segundo a lei 12016/09, equiparam-se às autoridades: Os representantes ou órgãos de partidos políticos; Os administradores de entidades autárquicas; Os dirigentes de pessoas jurídicas ou as pessoas naturais no exercício de atribuições do poder público, somente no que disser respeito a essas atribuições. Modos de MS: Individual: impetrado em nome de uma única pessoa; Coletivo: impetrado por: a) Partido político com representação no CN; b) Organização sindical; c) Entidade de classe; ou d) Associação, desde que esta esteja legal constituída e em funcionamento há pelo men ano. Na defesa de seus interesses legítimos relativos a seus integrantes ou à finalidade partidária (lei 12016). Em de esa de di eitos líquidos e certos da totalidade, ou de parte, dos seus membros ou associados, na forma dos seus estatutos e desde que pertinentes às suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial (lei 12016). Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 37

38 O requisito de "legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano" para impetrar MS coletivo, segundo o STF, deve ser aplicável apenas às "associações", não sendo um requisito essencial para a impetração por partes dos demais legitimados relacionados. Cabimento: Segundo a Lei /09, não cabe mandado de segurança contra: Os atos de gestão comercial praticados pelos administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de concessionárias de serviço público. Ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução; Decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo; Decisão judicial transitada em julgado. 51. (FCC/Oficial-DPE-SP/2010) Dentre os requisitos constitucionalmente estabelecidos para o cabimento do mandado de segurança inclui-se: a) ameaça à liberdade de locomoção. b) ausência de norma regulamentadora de direitos e liberdades constitucionais. c) recusa de fornecimento de informações constantes de bancos de dados do governo relativas ao lesado. d) ato lesivo, desde que, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural. e) ofensa a direito líquido e certo do lesado, não amparado por habeas corpus ou habeas data. No caso da letra A, o remédio seria o habeas corpus. No caso da letra B seria o mandado de injunção. Na letra C, seria um habeas data e na letra D seria uma ação popular. A única que está correta é a letra E, já que o mandado de segurança será concedido para proteger direito líquido e certo, não amparado por "habeascorpus" ou "habeas-data". Gabarito: Letra E. 52. (FCC/AJAJ-TRE-AP/2011) Segundo a Constituição Federal, o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por partido político com representação: Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 38

39 a) no mínimo em dez Municípios localizados num único Estado. b) na Câmara de Vereadores do Município onde está localizada sua sede. c) na Assembleia Legislativa do Estado onde está localizada sua sede. d) no mínimo com três Assembleias Legislativas de três Estados. e) no Congresso Nacional. Comentário: Essa é a típica questão pra ninguém tirar zero na prova. O partido político tem que ter representação no Congresso! Gabarito: Letra E. 53. (FCC/AJAJ-TRE-AP/2011) Está legitimada a impetrar mandado de segurança coletivo em defesa dos interesses de seus associados, a associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos a) dez meses. b) seis meses. c) um ano. d) quatro meses. e) nove meses. Mais uma questão feita para ninguém zerar. A associação, segundo o art. 5º, LXX da Constituição, para que possa impetrar um MS coletivo, precisa estar legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano. Gabarito: Letra C. Mandado de Injunção LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania; Organizando: Motivo: Falta de norma regulamentadora tornando inviável o exercício: dos direitos e liberdades constitucionais; das prerrogativas inerentes à: nacionalidade; Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 39

40 soberania; e cidadania. Quem pode usar: Qualquer pessoa. Quem pode sofrer a ação: A autoridade competente para editar a norma em questão. Modos de MI: individual: impetrado em nome de uma única pessoa; coletivo: não está previsto na Constituição. Mas é admitido, devendo cumprir os mesmos requisitos do MS Coletivo. 54. (VUNESP/ Agente PC-SP/ 2013) A cidadania é constitucionalmente protegida pelo ordenamento jurídico brasileiro. E, nesse sentido, a Constituição Brasileira dispõe que sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício das prerrogativas inerentes à cidadania conceder-se-á (a) mandado de segurança. (b) ação popular. (c) mandado de injunção. (d) habeas data. (e) habeas corpus. falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício das prerrogativas inerentes à cidadania conceder-se-á mandado de injunção. Gabarito: Letra C. 55. (FCC/AJAA-TRE-PE/ 2011) De acordo com a Constituição Federal brasileira, conceder-se-á mandado de injunção: a) para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas-data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública. b) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público. c) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo. d) para assegurar o conhecimento de informações rela- 0tivas à terceira pessoa, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 40

41 e) sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania. Trata-se do remédio constitucional previsto no art. 5º, LXXI da Constituição. Vejamos: conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania; Gabarito: Letra E. Habeas data LXXII - conceder-se-á "habeas-data": a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo; Organizando: Motivos: a) conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante (após ter pedido administrativamente e ter sido negado); b) retificar dados, caso não prefira fazer isto por meio sigiloso administrativamente ou judicialmente. Quem pode usar: qualquer pessoa. Quem pode sofrer a ação: qualquer entidade governamental ou ainda nãogovernamental, mas que possua registros ou bancos de dados de caráter público. Custas: (LXXVII) são gratuitas as ações de habeas-data ; Obs. 1 A Lei 9507/97 que regulamenta o "habeas data" dispõe logo em seu art. 1º parágrafo único: Considera-se de caráter público todo registro ou banco de dados contendo informações que sejam ou que possam ser transmitidas a terceiros ou que não sejam de uso privativo do órgão ou entidade produtora ou depositária das informações. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 41

42 Deve-se ter muita atenção, pois as bancas constantemente tentam confundir o candidato com este remédio constitucional. O habeas data é usado para se requerer informações sobre a pessoa do impetrante que constam em banco de dados públicos, são aquelas informações pessoais. Primeiro deve-se pedir administrativamente e, se negado, impetra-se o HD. Não confunda com o caso de se negarem o direito líquido e certo de receber informações em órgãos públicos, assegurado pelo art. 5º, XXXIII, quando as informações não forem pessoais ao impetrante, nem com o indeferimento do direito de petição ou de obter certidões art. 5º, XXXIV. 56. (VUNESP/ Investigador PC-SP/ 2013) Tendo em vista os direitos humanos fundamentais na vigente Constituição da República brasileira, o direito de locomoção e a obtenção ou correção de dados e informações constantes de arquivos de entidades governamentais ou caráter público podem ser garantidos, respectivamente, pelos seguintes remédios constitucionais: (a) alvará de soltura e ação civil pública. (b) habeas data e mandado de segurança. (c) mandado de injunção e habeas data. (d) habeas corpus e mandado de injunção. (e) habeas corpus e habeas data. o direito de locomoção e a obtenção ou correção de dados e informações constantes de arquivos de entidades governamentais ou caráter público podem ser garantidos, respectivamente por habeas corpus e habeas data. Gabarito: Letra E. 57. (FCC/AJEM - TRT 8º/ 2010) A empresa pública federal Y inscreveu os dados de Tício no órgão de proteção ao crédito governamental, sendo que ele, ao ter acesso às informações no banco de dados, notou que estavam incorretas. Para retificar as informações restritivas Tício terá que a) impetrar mandado de injunção. b) impetrar habeas data. c) impetrar mandado de segurança repressivo. d) impetrar mandado de segurança preventivo. e) propor ação popular. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 42

43 O correto seria impetrar o habeas data, já que este é o remédio constitucional que tem por objeto: a) conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante (após ter pedido administrativamente e ter sido negado); b) retificar dados, caso não prefira fazer isto por meio sigiloso administrativamente ou judicialmente. Lembrando que a questão foi falha. Ele não "terá" que impetrar um HD, mas sim pedir que retifiquem administrativamente. Somente caso se neguem a retificar seus dados é que ele poderá ajuizar o referido remédio constitucional. Gabarito: Letra B. 58. (FCC/Auxiliar - TJ-PA/ 2009) Um cidadão pretende ter assegurado o conhecimento de informações relativas à sua pessoa, constantes de registros de determinada entidade governamental. Para isso, a Constituição Federal garante a ele a impetração de habeas data. Correto. Neste caso, o remédio a ser utilizado é realmente o habeas data, já que a Constituição prevê, em seu art. 5º, LXXII, que conceder-se-á habeas data para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público. Lembrando que ainda pode ser usado no caso de retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo. É importante ressaltar, que segundo a jurisprudência, só poderá ser ajuizado o habeas data depois de haver uma negativa de fornecimento das informações por parte da administração. Ação popular LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada máfé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; Organizando: Quem pode propor: qualquer cidadão, ou seja, somente aquele nacional que estiver em gozo de seus direitos políticos. Motivo: anular ato lesivo: ao patrimônio público ou de entidade a qual o Estado participe; Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 43

44 à moralidade administrativa; ao meio ambiente; ao patrimônio histórico e cultural. Custas judiciais: Fica o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência. Não é qualquer pessoa que pode propor, mas, apenas o cidadão, ou seja, quem está em gozo de seus direitos civis e políticos. Existe outra ferramenta para se proteger os interesses da sociedade: a ação civil pública, que deve ser interposta para proteção de interesses sociais difusos e coletivos (Lei nº 7.347/85). Diferentemente da ação penal pública, a ação civil publica não é privativa do Ministério Público, podendo ser, além do Ministério Público, intentada por: qualquer ente federativo ( União, Estados, Municípios e DF); autarquia, Fundação Pública, Sociedade de Economia Mista ou Empresa Pública; defensoria Pública; associação constituída há pelo menos um ano e que possua como finalidade a proteção ao meio ambiente, ao consumidor, ao patrimônio histórico etc. 59. (FCC/AJEM-TRT-23ª/2011) Cassio tomou conhecimento que a praça pública próxima à sua residência será fechada por interesses escusos, posto que no terreno, cuja propriedade foi transferida ilegalmente para o particular, será erguido um complexo de edifícios de alto padrão, que beneficiará o Prefeito Municipal com um apartamento. Segundo a Constituição Federal, visando anular o ato lesivo que teve notícia, Cassio poderá propor a) ação de arguição de descumprimento de preceito fundamental. b) mandado de injunção. c) mandado de segurança. d) habeas data. e) ação popular. Comentário: Trata-se daquele remédio constitucional que serve para anular ato lesivo: ao patrimônio público ou de entidade a qual o Estado participe; à moralidade administrativa; ao meio ambiente; Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 44

45 ao patrimônio histórico e cultural. Qual é ele? Isso aí... ação popular. Gabarito: Letra E. 60. (FCC/Analista -MPE-SE/2009) O cidadão que pretenda questionar ato considerado lesivo à moralidade administrativa, praticado pelo Prefeito do Município em que reside, pleiteando sua anulação, tem legitimidade para propor ação popular, ficando isento de custas judiciais e ônus da sucumbência, salvo comprovada má-fé. Correto. É o remédio constitucional previsto no art. 5º, LXXIII da Constituição. Este remédio só pode ser interposto pelo cidadão que está em pleno gozo de seus direitos políticos. Gabarito: Correto. Assistência jurídica estatal LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos; Pela literalidade, veja que não precisa ser reconhecidamente pobre, basta comprovar não ter recursos suficientes para a demanda. Indenização por erro judiciário LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença; 61. (CESPE/PGE ES/ Adaptada) A responsabilidade civil pelo erro judiciário constitui garantia fundamental e será apurada com base na teoria objetiva. Sobre a teoria objetiva, vide o art. 37, 6º. Gabarito: Correto. 62. (CESPE/PGE ES/ Adaptada) A mera prisão cautelar indevida, nos termos da atual jurisprudência do STF, já é suficiente para gerar o direito à indenização. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 45

46 A mera prisão cautelar não se enquadraria, segundo o STF, no caso de erro judiciário, pois constitui apenas uma prevenção. Gabarito: Errado. Demais isenções e gratuidades LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei: a) o registro civil de nascimento; b) a certidão de óbito; LXXVII - são gratuitas as ações de "habeas-corpus" e "habeas-data", e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania. Organizando as gratuidades e imunidades do art. 5º Direito de petição e de obter certidões Isento do pagamento de taxas; Ação Popular Isenta de custas judiciais e ônus da sucumbência, salvo comprovada má-fé. Habeas Corpus e Habeas Data Gratuitos. Atos necessários ao exercício da cidadania Gratuitos, na forma da lei. Registro de nascimento e certidão de óbito Gratuitos aos reconhecidamente pobres Assistência Jurídica integral pelo Estado Gratuita a quem comprove insuficiência de recursos. 63. (FCC/Analista - TRT 15ª/ 2009) Dentre outras, são gratuitas as ações de habeas data, e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania. Trata-se da disposição do art. 5º, LXXVII da Constituição Federal. É importante observar o seguinte detalhe: habeas corpus e habeas data Gratuitos. Atos necessários ao exercício da cidadania Gratuitos, na forma da lei. Gabarito: Correto. 64. (ESAF/ATRFB/ 2012) São gratuitas as ações de habeas corpus, habeas data e mandado de segurança. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 46

47 Segundo o art. 5º, LXXVI, a gratuidade não abrange, a princípio o mandado de segurança. Gabarito: Errado, Razoável duração do processo e celeridade LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. (Incluído pela EC 45/04) É isso aí...agora vamos responder todas as questões da aula para fixarmos o conteúdo, até a próxima!! Vítor cruz e Rodrigo Duarte. LISTA DAS QUESTÕES DA AULA: 1. (VUNESP/ Analista- DESENVOLVEST/ 2014) Entre os direitos e garantias expressos no art. 5.º da Constituição Federal, encontra-se a previsão de que o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor. 2. (VUNESP/ Oficial Avaliador-TJ-PA/ 2014) todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de responsabilidade. 3. (ESAF/ Procurador PGFN/ 2012) Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. 4. (ESAF/Procurador PGFN/ 2012) São a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas, a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimentos de situações de interesse pessoal. 5. (FCC/Auxiliar-TJ-PA/ 2010) A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. 6. (FCC/AJEM-TRT 20/ 2011) No tocante aos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos, o direito adquirido. a) é a expectativa de direito. b) é a situação fática consumada independentemente de previsão na legislação. c) emana diretamente da lei em favor de um titular. d) é o direito que já se integrou ao patrimônio e que já foi exercido. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 47

48 e) é o ato jurídico stricto sensu. 7. (VUNESP/ INVESTIGADOR- PC-SP/ 2013) Não haverá juízo ou tribunal de exceção, exceto quando se tratar de crime hediondo, inafiançável ou imprescritível, na forma da lei. 8. (CESPE/Analista Adm. MPU/ 2010) O princípio do promotor natural decorre da independência funcional e da garantia da inamovibilidade dos membros da instituição. 9. (VUNESP/ Escrivão- PC-CE/ 2015) No que diz respeito aos direitos e garantias fundamentais previstos na Constituição da República, é correto afirmar é reconhecida a instituição do júri, com a competência para o julgamento dos crimes culposos contra a vida. 10. (VUNESP/ Oficial Administrativo- PC-SP/ 2014) Conforme reza a Constituição da República, a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida é do(a ) (a) juizado especial federal. (b) júri. (c) Juiz criminal de primeira instância. (d) justiça militar. (e) Ministério Público. 11. (FCC/Técnico-TJ-PI/ 2009) É reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, NÃO havendo a) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida. b) a plenitude de defesa. c) o sigilo das votações. d) a soberania dos vereditos. e) o juízo ou o tribunal de exceção. 12. (FCC/AJAA - Contabilidade - TRE-AM/ 2010) é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados a plenitude de defesa, o sigilo das votações, a soberania dos veredictos e a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida. 13. (VUNESP/ Inspetor- PC-CE/ 2015) A lei penal não retroagirá, salvo quando for para punir o réu. 14. (FCC/Analista - MPE-SE/ 2009) Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal. 15. (CESPE/ANAC/ 2009) É imprescritível a ação tendente a reparar violação dos direitos humanos ou dos direitos fundamentais da pessoa humana. 16. (VUNESP/ Advogado-TJ-SP/ 2013) Conforme dispõe a vigente Carta Magna brasileira, a prática do racismo constitui, nos termos da lei, crime Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 48

49 (a) inafiançável, imprescritível, insuscetível de graça ou anistia, sujeito à pena de reclusão. (b) inafiançável e insuscetível de graça ou anistia, sujeito à pena de reclusão. (c) inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de detenção. (d) inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão. (e) inafiançável, imprescritível, insuscetível de graça ou anistia, sujeito à pena de reclusão e vedada a progressão de regime. 17. (FCC/Técnico - TRT 8º/ 2010) Segundo a Constituição Federal, constitui crime imprescritível a prática de: a) tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins. b) tortura. c) racismo. d) latrocínio. e) terrorismo. 18. (FCC/Analista - TRF 5ª/ 2008) A prática do racismo constitui crime inafiançável e prescritível, sujeito às penas de reclusão, detenção ou multa. 19. (FCC/AJAJ-TRE-AP/ 2011) Pitágoras foi condenado a reparar os danos morais que causou à Libero por racismo. Porém, Pitágoras faleceu sem pagar a dívida, o que motivou Libero a pleitear de Tibério, filho do falecido, o pagamento. No tocante aos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos previstos na Constituição Federal, tal cobrança em face de Tibério é a) possível, desde que Pitágoras tenha deixado bens, ressalvando que a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido. b) impossível, porque a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens jamais serão estendidas aos sucessores e contra eles executadas, mesmo se o falecido deixou bens. c) impossível, porque a Constituição Federal veda expressamente. d) possível, porque por força da Constituição Federal, mesmo não tendo praticado o racismo, é responsável solidário da obrigação de reparar o dano pelo simples fato de ser filho do condenado, sendo irrelevante se Pitágoras faleceu ou não e se deixou ou não bens. e) impossível, porque a sentença de mérito que condenou Pitágoras à reparar os danos morais não condenou seu sucessor, Tibério, como responsável subsidiário da obrigação, mesmo havendo bens deixados pelo falecido à titulo de herança. 20. (FCC/Analista - MPE-SE/ 2009) Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, extinguindo-se com sua morte a obrigação de reparar danos e a decretação do perdimento de bens. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 49

50 21. (FCC/TJAA - TRE-AM/ 2010) No tocante aos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos, é correto afirmar que: a) a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as penas de privação ou restrição da liberdade, perda de bens, multa, prestação social alternativa e suspensão ou interdição de direitos. b) a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de detenção, nos termos da lei. c) a lei considerará crime inafiançável e suscetível de graça ou anistia a prática da tortura. d) constitui crime inafiançável e prescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático. e) nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, independentemente do valor do patrimônio transferido. 22. (FCC/Técnico-TCE-GO/ 2009) Constituição proíbe a instituição de pena de: a) morte, sem exceção b) caráter perpétuo, salvo em caso de guerra declarada. c) trabalhos forçados. d) restrição de liberdade. e) restrição de direitos. 23. (ESAF/Auditor da Receita Federal/ 2012) A Constituição Federal de 1988 admite a aplicação da pena de banimento. 24. (VUNESP/ Inspetor- PC-CE/ 2015) Quanto aos direitos e garantias fundamentais, é correto afirmar que (a) a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados, imediatamente, ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada. (b) a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade policial. (c) o preso não tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão, assegurando-se a estes a proteção necessária. 25. (VUNESP/ Investigador- PC-SP/ 2015) Não poderá haver penas de morte, cruéis ou de interdição de direitos individuais. 26. (VUNESP/ Investigador- PC-SP/ 2015) Não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião. 27. (FCC/AJEM - TRT 8º/ 2010) A espécie de extradição requerida por um Estado soberano estrangeiro ao Brasil é classificada de: a) bilateral. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 50

51 b) unilateral. c) objetiva. d) fundamental. e) passiva. 28. (FCC/Analista - TRT 15ª/ 2009) Será, em qualquer hipótese, concedida a extradição de estrangeiro por crime político. 29. (FCC/AJEM-TRT-23ª/ 2011) Homero obteve a cidadania brasileira, após processo de naturalização, porém seu país de origem, Jamaica, requereu ao Brasil sua extradição por crime comum. Segundo a Constituição Federal, sua extradição só será concedida no caso a) de crime de opinião praticado antes do processo de naturalização. b) de crime político praticado antes do processo de naturalização. c) do delito ter sido praticado antes da naturalização. d) de crime político praticado depois do processo de naturalização. e) de crime de opinião praticado depois do processo de naturalização. 30. (FCC/TJ Segurança - TRT 1ª/ 2011) A pessoa que tiver cometido um ato no exterior considerado como crime pelo Estado estrangeiro e como contravenção penal pelo ordenamento jurídico do Brasil a) não será extraditada em respeito ao princípio da autodeterminação dos povos. b) não será extraditada em respeito ao principio da presunção de inocência. c) não será extraditada, porém permanecerá presa no Brasil, onde responderá pelo ato praticado no exterior em respeito ao princípio da cooperação mútua. d) será extraditada em respeito ao princípio da cooperação mútua. e) não será extraditada, face ao não preenchimento do requisito da dupla tipicidade. 31. (CESPE/OAB/ ) O duplo grau de jurisdição, no âmbito da recorribilidade ordinária, não consubstancia garantia constitucional. 32. (ESAF/MPOG/ 2002) O duplo grau de jurisdição não foi erigido pelo constituinte de 1988 ao nível de direito individual fundamental. 33. (CESPE/Procurador-TCE-ES/ 2009) São de observância obrigatória os princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa em processo administrativo disciplinar, configurando cerceamento de defesa a ausência de defesa técnica, por advogado, em tal hipótese. 34. (VUNESP/ Oficial Adm.- PC-SP/ 2014) Segundo a Constituição Federal, para que alguém seja considerado culpado é suficiente (a) condenação recorrível do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. (b) sentença judicial criminal de primeira instância recorrível. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 51

52 (c) decisão unânime do tribunal do júri da qual ainda caiba recurso. (d) denúncia do Ministério Público recebida pelo Poder Judiciário. (e) sentença penal condenatória transitada em julgado. 35. (VUNESP/ Auxiliar de Papiloscopista/ 2013) O civilmente identificado não será submetido à identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei. 36. (ESAF/ATA-MF/ 2009) O civilmente identificado pode ser submetido à identificação criminal, nos termos da lei. 37. (ESAF/ATA-MF/ 2009) Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal. 38. (ESAF/ENAP/ 2006) Em razão da titularidade da ação penal, conferida pela Constituição Federal ao Ministério Público, não há possibilidade de ser proposta ação privada nos crimes de ação pública. 39. (VUNESP/ Motorista- São José dos Campos/ 2013) A lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando (a) houver acordo entre as partes litigantes. (b) o crime for hediondo ou afiançável. (c) o crime for de grande repercussão internacional. (d) o crime for julgado perante o Tribunal do Júri. (e) a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem. 40. (FCC/Assistente - TCE - AM/ 2008) A publicidade dos atos processuais não pode ser restringida pela lei. 41. (FCC/TJAA-TRF1ª/ 2011) Ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo, além de outra hipótese, no caso de a) tráfico de drogas. b) tortura. c) racismo. d) terrorismo. e) transgressão militar, definida em lei. 42. (FCC/AJAJ-TRE-AP/ 2011) Bernardino foi preso, porém os policiais que o prenderam estavam encapuzados sendo impossível identificá-los. Segundo a Constituição Federal, Bernardino a) não tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão, porque no caso prevalece a segurança dos policiais. b) tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão. c) tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão apenas no ato do seu interrogatório em juízo e desde que a tenha requisitado à autoridade Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 52

53 judiciária, sob pena de preclusão, medida essa preventiva à segurança dos policiais e para evitar a prescrição penal. d) não tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão porque a Constituição Federal confere aos policiais o direito de sigilo independentemente do motivo. e) tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão, desde que no seu depoimento pessoal prestado à autoridade policial, a tenha requisitado, sob pena de preclusão, porque é irrelevante saber quem o prendeu com o fim de evitar a ocorrência da prescrição penal. 43. (FCC/AJAA-TRT-23ª/ 2011) No tocante aos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos, conforme prevê o artigo 5º da Constituição Federal, a) não poderá ser restringida a publicidade dos atos processuais, inexistindo exceções. b) será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal. c) nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei, o militar só será preso em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente. d) a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre não serão comunicados imediatamente à família do preso ou à pessoa por ele indicada, cuja comunicação só será realizada após o preso prestar depoimento perante a autoridade policial. e) o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada apenas a assistência de advogado, vedada à da família. 44. (VUNESP/ Escrivão- PC-CE/ 2015) Assinale a alternativa que contempla hipótese de exceção à regra de que a Constituição Federal não admite a prisão civil por dívidas. (a) Devedor de obrigação monetária por dívida de jogo. (b) Inadimplemento de dívida de fiador de contrato de locação. (c) Descumprimento de obrigação pecuniária de contrato de financiamento bancário. (d) Inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia. (e) Responsável civil por obrigação derivada de acidente automobilístico. 45. (CESPE/ANAC/ Adaptada) É vedada a prisão civil por dívida, salvo, conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), quando se tratar de obrigação alimentícia ou de depositário infiel. 46. (CESPE/Procurador-TCE-ES/ 2009) Consoante entendimento do STF, a norma constitucional segundo a qual não há prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel, não é de eficácia restringível. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 53

54 47. (VUNESP/ Assessor Leg.- São Carlos-SP/ 2013) São, entre outros, remédios constitucionais previstos na Constituição Federal: (a) habeas corpus, mandado de segurança e plebiscito. (b) mandado de segurança, ação popular e direito de petição. (c) ação popular, habeas data e direito de resposta. (d) inquérito civil, habeas data e ação popular. (e) direito de petição, habeas corpus e direito de resposta. 48. (FCC/Técnico- TRT 15ª/ 2009) Os chamados "remédios constitucionais" previstos no art. 5º, da C.F., constituem-se como normas de eficácia limitada, pois exigem normatividade processual que lhes desenvolva a aplicabilidade. 49. (VUNESP/ Oficial Ad,- PC-SP/ 2014) O remédio constitucional que tem por objetivo tutelar o direito de locomoção é o(a ) (a) mandado de injunção. (b) mandado de segurança. (c) ação popular. (d) habeas corpus. (e) habeas data. 50. (FCC/Técnico-TCE-GO/ 2009) Sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, será concedido a) mandado de injunção. b) habeas corpus. c) habeas data. d) ação popular. e) mandado de segurança. 51. (FCC/Oficial-DPE-SP/2010) Dentre os requisitos constitucionalmente estabelecidos para o cabimento do mandado de segurança inclui-se: a) ameaça à liberdade de locomoção. b) ausência de norma regulamentadora de direitos e liberdades constitucionais. c) recusa de fornecimento de informações constantes de bancos de dados do governo relativas ao lesado. d) ato lesivo, desde que, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural. e) ofensa a direito líquido e certo do lesado, não amparado por habeas corpus ou habeas data. 52. (FCC/AJAJ-TRE-AP/2011) Segundo a Constituição Federal, o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por partido político com representação: Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 54

55 a) no mínimo em dez Municípios localizados num único Estado. b) na Câmara de Vereadores do Município onde está localizada sua sede. c) na Assembleia Legislativa do Estado onde está localizada sua sede. d) no mínimo com três Assembleias Legislativas de três Estados. e) no Congresso Nacional. 53. (FCC/AJAJ-TRE-AP/2011) Está legitimada a impetrar mandado de segurança coletivo em defesa dos interesses de seus associados, a associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos a) dez meses. b) seis meses. c) um ano. d) quatro meses. e) nove meses. 54. (VUNESP/ Agente PC-SP/ 2013) A cidadania é constitucionalmente protegida pelo ordenamento jurídico brasileiro. E, nesse sentido, a Constituição Brasileira dispõe que sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício das prerrogativas inerentes à cidadania conceder-se-á (a) mandado de segurança. (b) ação popular. (c) mandado de injunção. (d) habeas data. (e) habeas corpus. 55. (FCC/AJAA-TRE-PE/ 2011) De acordo com a Constituição Federal brasileira, conceder-se-á mandado de injunção: a) para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas-data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública. b) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público. c) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo. d) para assegurar o conhecimento de informações rela- 0tivas à terceira pessoa, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público. e) sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 55

56 56. (VUNESP/ Investigador PC-SP/ 2013) Tendo em vista os direitos humanos fundamentais na vigente Constituição da República brasileira, o direito de locomoção e a obtenção ou correção de dados e informações constantes de arquivos de entidades governamentais ou caráter público podem ser garantidos, respectivamente, pelos seguintes remédios constitucionais: (a) alvará de soltura e ação civil pública. (b) habeas data e mandado de segurança. (c) mandado de injunção e habeas data. (d) habeas corpus e mandado de injunção. (e) habeas corpus e habeas data. 57. (FCC/AJEM - TRT 8º/ 2010) A empresa pública federal Y inscreveu os dados de Tício no órgão de proteção ao crédito governamental, sendo que ele, ao ter acesso às informações no banco de dados, notou que estavam incorretas. Para retificar as informações restritivas Tício terá que a) impetrar mandado de injunção. b) impetrar habeas data. c) impetrar mandado de segurança repressivo. d) impetrar mandado de segurança preventivo. e) propor ação popular. 58. (FCC/Auxiliar - TJ-PA/ 2009) Um cidadão pretende ter assegurado o conhecimento de informações relativas à sua pessoa, constantes de registros de determinada entidade governamental. Para isso, a Constituição Federal garante a ele a impetração de habeas data. 59. (FCC/AJEM-TRT-23ª/2011) Cassio tomou conhecimento que a praça pública próxima à sua residência será fechada por interesses escusos, posto que no terreno, cuja propriedade foi transferida ilegalmente para o particular, será erguido um complexo de edifícios de alto padrão, que beneficiará o Prefeito Municipal com um apartamento. Segundo a Constituição Federal, visando anular o ato lesivo que teve notícia, Cassio poderá propor a) ação de arguição de descumprimento de preceito fundamental. b) mandado de injunção. c) mandado de segurança. d) habeas data. e) ação popular. 60. (FCC/Analista -MPE-SE/2009) O cidadão que pretenda questionar ato considerado lesivo à moralidade administrativa, praticado pelo Prefeito do Município em que reside, pleiteando sua anulação, tem legitimidade para propor ação popular, ficando isento de custas judiciais e ônus da sucumbência, salvo comprovada má-fé. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 56

57

58 Vítor Cruz e Rodrigo Duarte. Direito Constitucional TJ-SP

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