ARRANJO PRODUTIVO LOCAL EM PEGMATITOS NA REGIÃO DO SERIDÓ (RN): CAMPANHA DE ESCLARECIMENTO SOBRE A RADIOATIVIDADE E O RISCO DE MALIGNIDADES

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1 ARRANJO PRODUTIVO LOCAL EM PEGMATITOS NA REGIÃO DO SERIDÓ (RN): CAMPANHA DE ESCLARECIMENTO SOBRE A RADIOATIVIDADE E O RISCO DE MALIGNIDADES Thomas Ferreira da Costa Campos 1, Valéria Fonseca da Silva Pastura 2 ; Reinaldo Antônio Petta 1, Michael Meyer 3 ; Anderson Guimarães Guedes 1 1 Departameto de Geologia da UFRN Laboratório de Radioatividade Natural (LARANA), thomascampos@geologia.ufrn.br; 2 Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN); 3 Geology Institute (RWTH) Aachen, Germany ABSTRACT The State of Rio Grande do Norte and Paraíba are known by their vast granite/pegmatite and sedimentary areas. These rocks show minerals with different Uranium, Thorium and Potassium contents. Whose isotope radioactive contributes to the elevation of the level of regional radioactivity and radon production in the soils and water. Some Seridó (RN-Brazil) municipal districts have been presenting in the last years elevated taxes of birth with genetic defects and mortality for different cancer types, namely the cities that are in the Pegmatite Borborema Province, when compared with the indexes of other areas. These malignities can be associated to the natural radioactive contamination through "NORMs" and "TNORMs due to the rudimentary mining activities that occur in great number in this area. In way to guide the goverment institutions and the population in the general, about the risk of contamination and irradiation coming from the pegmatite minerals, was stablish an explanation campaign on those risks and their influences on the malignity. This campaign was be accomplished on April 2007 through the research project entitled DESENVOLVIMENTO EM REDE DO ARRANJO PRODUTIVO EM PEGMATITOS RN/PB CT MINERAL / FINEP / UFRN / UFCG / UFPE / CNEN Key Words: Public Health, Radioactivity, Pegmatite INTRODUÇÃO A palavra radiação é um termo genérico que inclui desde as ondas de rádio e luz até as radiações gama. Por conseguinte, utilizaremos o termo radiações ionizantes para as radiações que ao atravessarem a matéria podem modificá-la (pois pode ou não ocorrer), tornando-a eletricamente carregada, isto é, ionizada. Nos tecidos vivos, os íons produzidos pela radiação podem afetar os processos biológicos normais. Neste contexto, a humanidade encontra-se exposta naturalmente às radiações ionizantes, correlacionadas com um enorme número de fontes emissoras, seja ela artificial provocada pelo funcionamento das centrais e testes nucleares (0,3%), como pelos tratamentos médicos (18%). O que nos resta cerca de 82% da dose média anual passível de ser atribuída a radiação natural da Terra (e.g.: as radiações cósmicas provenientes do espaço sideral; e as radiações α, β, γ e X provenientes da desintegração radioativa de alguns elementos químicos contidos nas rochas, água, solos e materiais de construção). Os radionuclídeos primordiais responsáveis pela radiação terrestre são o Urânio (U), Tório (Th), e o Potássio (K) e seus Descendentes. Entre os descendentes destas séries radiativas destacamos o Radônio 222 e seus produtos decaimento radioativo (Polônio 218, Bismuto 214, Polônio 214 e Chumbo 214), os quais por si só são responsáveis por mais de 50% da radiação natural média anual. Em virtude de que são os descendentes radiativos do decaimento do 222 Rn que irradiarão os tecidos pulmonares caso o Radônio seja inalado. Devemos salientar ainda que o Radônio é, e sempre foi, um componente natural do ar que o homem respira. Apesar de que em termos de isótopos este gás não ser considerado de existência natural, visto que é produzido pelo decaimento do Rádio, um outro elemento radioativo que provem da desintegração do Urânio, e que se encontra em quantidades muito pequenas, seja nos solos, como também nos materiais de construção, nas plantas, nos animais e obviamente também no corpo humano. O 222 Rn é transportável pela água, e pode contribuir para as exposições a que o público em geral, fica sujeito, exposições por ingestão que se traduziria na exposição do sistema digestivo e dos pulmões, considerando que o 222 Rn se irá libertando da água, quando inalado também irá irradiar o pulmão, a par de outros mecanismos. É muito importante salientar que o Radônio é solúvel nos fluidos do corpo humano e nas gorduras, apresentando assim um perigo potencial para o corpo inteiro. Consequentemente, a presença de Radônio na água, contribui duplamente para a exposição de indivíduos, por ingestão direta da água que se consome, e pela exposição devida à inalação quando o Radônio emana, isto é, quando ele se liberta da água. Em termos de saúde humana podemos afirmar que os radionuclídeos naturais quando inalados e ou ingeridos são distribuídos entre os órgãos de acordo com o metabolismo do elemento envolvido e com a sensibilidade diferenciada que os órgãos possuem em relação aos diferentes tipos de radiação. Para além da toxicidade química, é assente que o Urânio oferece os seus riscos, como material radioativo, tanto o de origem natural como o artificial. Todavia quer um, quer outro tipo de risco está fortemente dependente de vários fatores, alguns dos quais relacionáveis com o próprio metabolismo, por exemplo, os compostos "solúveis" ou transportáveis de Urânio ao depositarem-se nos pulmões, passam rapidamente para a corrente sanguínea, não obstante dados relativos à excreção de pessoas e de animais evidenciarem que uma proporção elevada da fração que vai para a corrente sanguínea seja excretada rapidamente pela urina. O que não impede, contudo, que quantidades significativas fiquem no organismo e

2 que sejam depositadas nos rins, e até mesmo nos ossos, aonde se vem a dar um reforço à acumulação de radiação no organismo. Não podemos também deixar de referir que relativamente aos compostos insolúveis ou não transportáveis, onde o problema ganha outra relevância, sendo mais crítico o caso da irradiação do pulmão a que se fica sujeito. Portanto o tipo de ação do Urânio (radiológicas ou por toxidade química) dependerá sobretudo da composição isotópica do urânio e do modo de como se processará a sua entrada no corpo humano, isto é, para compostos inalados "insolúveis" ou "não transportáveis" de Urânio natural, e até mesmo do enriquecido, o perigo maior é o adveniente da irradiação a que o pulmão fica sujeito, e para "compostos solúveis" ou "transportáveis" inalados, ou compostos de Urânio absorvidos pelo "tractus gastro-intestinal", e acima de certo grau de incorporação, o maior perigo é sem dúvida o da chamada toxicidade química, afetando os rins e posterior fixação e irradiação nos ossos. Consequentemente, para doses baixas e médias, resultantes da deposição interna de Rádio no corpo humano, o dano biológico mais severo é o determinado pelo aparecimento de câncer, que aparece afetando tanto o tecido do esqueleto como dos pulmões. Atribui-se ao Rádio 226, a indução de dois tipos específicos de malignidades:- Sarcomas ósseos e carcinomas da cabeça. Atribuem-se os carcinomas da cabeça ao decaimento do 226 Ra para o Radônio 222 no interior do corpo humano. A acumulação do gás Radônio, nas cavidades da cabeça, segundo a literatura, funciona como sendo o maior indutor destes carcinomas. Recorda-se que os efeitos da radiação encontram-se dependente da dose e do tipo de radiação que o ser humano recebe. Estes efeitos podem ser mais ou menos danoso a saúde e são acumulativos. A prospecção e exploração mineira levam os trabalhadores envolvidos nestas atividades, bem como a população que vive nos arredores onde ocorrem estas atividades extrativas a entrarem em contato com materiais radioativos de ocorrência natural (NORM, sigla em inglês) no subsolo, nomeadamente o gás Radônio, visto que estas atividades mineiras movem os NORMs dos locais inacessíveis para locais mais perto da população. As tecnologias empregadas nestas atividades, por outro lado, modificam estes elementos, cujo contato ou proximidade pode trazer riscos potenciais de contaminação para o ambiente e os seres humanos. Em termos ambientais, este fato leva a geração de materiais radioativos de ocorrência natural modificados tecnologicamente (TNORM, sigla em inglês), cujo contato ou proximidade pode aumentar substancialmente os riscos potenciais de contaminação e irradiação para o ambiente e o público. Devido ao fato de estarem sendo executados nesta região os projetos DESENVOLVIMENTO EM REDE DO ARRANJO PRODUTIVO EM PEGMATITOS RN/PB CT MINERAL / FINEP, - SUB-PROJETO AMBIENTAL e pelo projeto FORMALIZAÇÃO DE ATIVIDADES MINERAIS NA REGIÃO DO SERIDÓ (MCT/FINEP/MME) uma enorme quantidade de dados geológicos, informações de minerais radioativos, núcleos populacionais, cursos e reservatórios de água, além de mapas e de arquivos digitais de imagens de satélites, tornou-se necessária à organização de uma Campanha de Esclarecimento aos garimpeiros e a população no geral sobre A Radiação Natural e os Riscos de Malignidades. A PROBLEMÁTICA DA ATIVIDADE GARIMPEIRA NO SERIDÓ No caso da região pegmatítica do Seridó (Fig.1 e 2), o risco da irradiação externa e sua propagação na região, às vezes não parecem ser excessivamente sérios devido ao fato de não haver concentrações populacionais muito próximas aos corpos radioatividade, e como a radiação recebida diminui com o quadrado da distância, a irradiação só ocorre quando os garimpeiros abrem frente de trabalho nestes corpos mais contaminados. A preocupação se dá quando os mineradores, buscando extrair outros minerais e pedras preciosas destes pegmatitos, executam procedimentos evidentemente imprudentes, como trabalhar em galerias com pouca ventilação, o que aumenta fortemente o teor de radônio no ar, bem como concentrar e armazenar amostras radioativas em locais próximos a cursos de água, ou até mesmo levar as amostras para casa, o que a converterá em uma "anomalia radioativa". Na região seridoense, a irradiação e contaminação interna é uma das mais preocupantes devido a não haver por parte dos mineradores nenhum conhecimento mais profundo dos perigos e nem equipamentos de proteção, e assim manipulam minerais radioativos sem depois lavar as mãos quando estão comendo e mesmo fumando, podendo ocorrer acidentes provocados por ingestão (já registrado), que a depender da toxidade, solubilidade do mineral e o seu grau de alteração, os seus efeitos podem ser bastante agressivos. Nas minas que já desenvolvem trabalhos em sub-superficie, a emanação do gás Radônio pode ser o maior risco proveniente dos minerais radioativos. Como a sua ocorrência na natureza é controlada por variáveis físicas, tais como a pressão, temperatura, emissividade de Radônio das rochas, assim como pelo tempo e pela geoquímica dos seus progenitores, o ambiente fechado e de pouca ventilação das galerias pode concentrá-lo. Por outro lado, a contaminação da água pelo radônio está controlada pela concentração química do elemento Rádio (Ra) nos solos que cobrem estas rochas por onde a água percola, e ainda pela emissividade deste gás radiativo em fraturas que estejam subjacentes a lagoas, açudes e outras fontes de água. Estudos geoquímicos e hidroquímicos ambientais preliminares [e.g.: Os corpos pegmatíticos da região do Seridó apresentam radiação gama: cps; e teor de urânio (U 3 O 8 ) e tório (ThO 2 ) nas Columbo-Tantalitas (e/ou policrásio?) que variam entre 0,3% - 3,0% e 0,1% - 0,5% respectivamente. Enquanto, as crostas amareladas existentes nesses minerais apresentam teores de urânio variando entre 20% a 60%] sugerem que as águas subterrâneas ácidas e oxidantes atacam e dissolvem os minerais pegmatíticos radioativos, gerando soluções mineralizadoras ricas em íons [UO 2 2+, Ca 2+, HCO 3-1 e PO 4-3 ]. Caso estas soluções se mantenham ácidas, elas irão contaminar os aqüíferos, salvo se encontrarem uma barreira geoquímica (alcalina e redutora) que forçarão a precipitação da autunita e outros minerais secundários de urânio, como ocorre em alguns corpos pegmatitos da região de Parelhas.

3 Fortaleza A B Km Natal J o ã o Pessoa Recife Bacia de Pernambuco Zonas de Cisalhamento Maceió Empurrões LEGENDA Aracaju Cobertura Fanerozóica Formações Molássicas Cambrianas Granitóides Brasilianos e Complexos de Arco Supracrustais Neoproterozóicas Província Pegmatítica da Boborema Corpos Pegmatíticos Supracrustais Mesoproterozóicas Supracrustais Paleoproterozóicas Gnaisses e Migmatitos Paleoproterozóicos a Arqueanos Fig.1 Mapa de localização e Geológico Simplificado da Província Pegmatítica da Borborema (A) e da Região de Equador-Parelhas (B). Chama-se atenção para o exame de dique pegmatíticos existente na região. OBJETIVOS Utilizar-se de uma campanha de esclarecimento como uma ferramenta de educação ambiental. Visto que a utilização da educação ambiental, como instrumento para consolidar as ações necessárias à obtenção dos objetivos, tende a formar uma rede de disseminação, cujo foco é levar a um melhor gerenciamento das atividades garimpeiras, que possam implicar em risco à saúde dos garimpeiros, seus familiares e a população no geral. Desenvolver ações de promoção à prevenção dos riscos de contaminação pessoal através da distribuição de material didático e da realização de palestras, Avaliar as ações dos garimpeiros nas áreas de abrangência, em especial daquelas que apresentam maiores fatores de risco, para formular itens de segurança diversos, Detectar o local de estocagem dos minérios e definir uma solução de armazenamento, Definir qual será a melhor estrutura para implantação de um sistema de controle dos minérios com altos teores e, se necessário, a implantação de um sistema de controle radiológico dos garimpeiros. METODOLOGIA A metodologia consistiu na criação de uma rede de disseminação em Educação Ambiental onde fazem parte, cooperativas, sindicatos, escolas, Organizações não governamentais (ONG) e outras entidades representativas das regiões garimpeiras com o objetivo de fomentar ações de segurança radiológica, garantindo a saúde do trabalhador e de seus familiares. É importante a formação da rede, pois os garimpeiros não são trabalhadores fixos (mudam constantemente de garimpo), além do fato da atividade ser sazonal, dependendo do clima e de fatores econômicos, desta forma, garantimos a continuidade do trabalho através dos multiplicadores que serão formados. A atuação da campanha consistiu na: Distribuição da cartilha (Fig.2A), Cuidados no garimpo com os minérios radioativos: urânio e tório, nos locais de garimpo, sendo feita leitura com os garimpeiros e familiares presentes para sanar as dúvidas; Distribuição do cartaz (Fig.2B) Cuidados no garimpo com os minérios radioativos: urânio e tório, em pousadas, bares e outros locais de freqüência dos garimpeiros, contendo informações sobre os cuidados básicos que devem ser tomados durante a exploração,

4 Apresentação de palestras e seminários sobre radioatividade natural e quais os métodos de prevenção quanto à contaminação, em escolas e entidades afins. Nos garimpos, a utilização da cartilha e do cartaz visou principalmente, atuar na capacidade de memorização visual, uma vez que os garimpeiros, em sua maioria, não possuem um grau adequado de instrução. Nas escolas, a leitura da cartilha terá o objetivo de utilizar as crianças como agente multiplicador junto às famílias, na orientação dos pais e também porque estarão adquirindo novos conhecimentos caso se tornem garimpeiros. Futuramente, pretende-se editar um vídeo com noções básicas de radioatividade e radioproteção, cujo foco serão os professores, visando tirar dúvidas quanto aos conceitos apresentados na cartilha. (A) (B) Fig.2: Cartilha (A) e Cartaz (B) desenvolvidos pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e aplicada durante as reuniões na região do Seridó. METAS FUTURAS Levantar todos os recursos potenciais dos municípios para auxiliar na disseminação da campanha, Implantar a campanha de esclarecimento em todos os municípios garimpeiros da região que apresentem riscos de contaminação, Através da identificação dos indicadores, desenvolver procedimentos preventivos radiológicos que deverão ser aplicados pelas cooperativas, Monitorar e avaliar os dados coletados e utilizá-los para tomar decisões programáticas, Estabelecer prazos mensuráveis no planejamento da parceria. AGRADECIMENTOS A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) pela parceria, em especial a Dra. Valéria Fonseca da Silva Pastura que com muito esforço pessoal, esteve conosco durante esta campanha, ministrando em conjunto com o professor Thomas F. da C. Campos (UFRN) várias palestras em todos os principais municípios garimpeiros da região do Seridó. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA TANNER AB (1994) Measurements and Determination of Radon Source Potential - a Literature Review. NISTIR 5399, Gaithersburg, 190pp VIANA, MECM; TAUATA, L; OLIVEIRA, L; OLIVEIRA, AE; OLIVEIRA, JP; CLAIN AF & FERREIRA, ACM (1998) Evaluation of Brazilian intercomparison program data from 1991 to 1995 of radionuclides assay in environmental samples. Applied Radiation and Isotopes 49: IRCP : Annual Limits of Intake of Radionuclides by Worker Based on the 1990 Recommendations, 1 o. edition, International Commission on Radiological Protection, Vienna FPTRPC Draft Guidelines for the Management of Naturally Occurring Radioactive Materials (NORM). Federal Provincial Territorial Radiation Protection Committee, January, 2000.

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