Whey Protein (WPC 80)

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1 Whey Protein (WPC 80) Concentrado proteico do soro do leite As proteínas do soro do leite, também conhecidas como Whey Protein são extraídas durante o processo de fabricação do queijo. Possuem alto valor nutricional, contendo alto teor de aminoácidos essenciais, especialmente os de cadeia ramificada (BCAA). Também apresentam alto teor de cálcio e de peptídeos bioativos do soro. Pesquisas recentes demonstram sua grande aplicabilidade no esporte, com possíveis efeitos sobre a síntese protéica muscular esquelética, redução da gordura corporal, assim como na modulação da adiposidade e melhora do desempenho físico. Whey Protein (WPC 80) é uma proteína concentrada do soro do leite com atributos funcionais essenciais para aplicação em produtos alimentícios e suplementação nutricional. É uma proteína bastante concentrada e de altíssima qualidade, oferece fácil digestão e possui alta concentração de aminoácidos, importantes para o anabolismo, fazendo com que ela seja a proteína preferida por atletas e desportistas que desejam aumentar ou manter a massa muscular, evitando catabolismo. Também é ideal para ser incluída em fórmulas nutricionais balanceadas para pessoas de qualquer idade, inclusive crianças e idosos. É um produto lecitinado, contendo um elevado conteúdo de proteínas do soro do leite, obtendo-se como resultado, um produto com facilidade de dissolução e boa solubilidade para diversas aplicações na área magistral. Whey Protein concentrado na forma pó (WPC 80) é ideal para manipulação de pós para preparo extemporâneo (shakes, sachês, sopas, iogurte, entre outras) com considerável valor biológico e baixa quantidade de carboidratos e gordura, podendo ser recomendado a qualquer hora do dia. Propriedades Combinação ideal de aminoácidos para melhorar a composição corporal, melhora do desempenho físico e o ganho de massa muscular; Solúvel, fácil de digerir com altíssimo valor biológico; Sacia a fome mais rapidamente em comparação a outras fontes proteicas e promove a manutenção da massa muscular (atividade anti-catabólica); Contém ingredientes bioativos como imunoglobulinas e lactoferrinas, que auxiliam na manutenção de um sistema imunológico saudável; Possui uma considerável concentração de BCAA; Oferece aminoácidos essenciais ao organismo; Contribui para a redução dos sintomas de overtraining; Coadjuvante no tratamento e prevenção da sarcopenia em idosos. Baixa quantidade de carboidratos e gordura. Mecanismo de ação As proteínas presentes no Whey Protein de um modo geral apresentam uma estrutura globular de dissulfeto, que conferem certo grau de estabilidade estrutural e garantia de absorção. As frações, ou peptídeos do soro, são constituídos de: beta-lacto-globulina (BLG), alfa-lactoalbumina (ALA), albumina do soro bovino (BSA), imunoglobulinas (Ig s) e glicomacropeptídeos (GMP). Essas frações podem variar em tamanho, peso molecular e função, fornecendo às proteínas da Whey Protein características especiais (KINSELLA, 1989; AIMUTIS, 2004). As proteínas da Whey Protein podem exibir diferenças na sua composição de macronutrientes e micronutrientes, dependendo da forma utilizada para sua obtenção (SALZANO, ). No geral, a Whey Protein apresenta um excelente perfil de aminoácidos, caracterizando-as como proteínas de alto valor biológico. Possuem peptídeos bioativos do soro, que conferem a essas proteínas diferentes propriedades funcionais. Os aminoácidos essências, com destaque para os de cadeia ramificada, favorecem o anabolismo, assim como a redução do catabolismo proteico, favorecendo o ganho de força e massa muscular e reduzindo a perda de massa muscular durante a perda de peso. O alto teor de cálcio favorece a redução da gordura corporal, por mecanismo associado ao hormônio 1,25(OH) 2 D, responsável por estimular a transferência de cálcio para os adipócitos e aumentar a lipogênese e a redução da lipólise. Melhoram também o desempenho muscular, por elevarem as concentrações de glutationa, diminuindo assim a ação dos agentes oxidantes nos músculos esqueléticos. Exercem papel importante na saúde humana, como por exemplo, como agente redutor do risco cardíaco e melhora da imunidade. Além disso, as proteínas presentes na Whey

2 Protein têm sido muito utilizadas pela indústria de alimentos, em diferentes áreas (HARAGUCHI, 2006). O conceito de proteínas com diferentes velocidades de absorção tem sido utilizado por profissionais e cientistas que trabalham com desempenho físico. Estudos demonstram que as proteínas presentes na Whey Protein são absorvidas mais rapidamente que outras, como a caseína por exemplo. Essa rápida absorção faz com que as concentrações plasmáticas de muitos aminoácidos, atinjam altos valores logo após a sua ingestão (DANGIN, 2001). Whey Protein WPC 80 - Informações nutricionais: *Não contém Glúten INFORMAÇÃO NUTRICIONAL Porção de 100gr Valor energético 406 Kcal / 1698 Kj Carboidratos 7,4g Proteínas totais >76g Gorduras totais 7,7g Gorduras saturadas 3,5g Gorduras poli-insaturadas 1,2g Gorduras monoinsaturadas 1,6g Gorduras trans 0g Colesterol 213mg Fibras alimentares 0g Cálcio 404mg Ferro 1,4mg Sódio 202mg Potássio 570mg Magnésio 60mg Fósforo 290mg Vitamina A 129mcg PERFIL DE AMINOÁCIDOS Porção de 100gr Aminoácido g / 100g de proteína Aminoácido g / 100g de proteína Ácido aspártico 10,2 Tirosina 2,3 Treonina 5,3 Fenilalanina 2,6 Serina 3,8 Histidina 1,4 Ácido glutâmico 13,9 Lisina 6,5 Glicina 1,4 Arginina 1,8 Alanina 3,8 Prolina 4,5 Valina 4,4 Cistina 2,2 Isoleucina 4,7 Metionina 1,9 Leucina 7,8 Triptofano 1,8 Fonte: Material do Fabricante Efeitos da Whey Protein sobre o anabolismo muscular A diminuição da massa muscular esquelética está associada à idade e à inatividade física. Já está suficientemente comprovado que a manutenção ou o ganho de massa muscular esquelética, principalmente em pessoas idosas, contribui para uma melhor qualidade e prolongamento da vida. Exercícios físicos, principalmente os resistidos com pesos, são de extrema importância para impedir a atrofia e favorecer o processo de hipertrofia muscular (PHILIPS, 1999; HASTEN, 2000), melhorando a qualidade de vida de indivíduos. van Loon et al. (2000) demonstraram que a ingestão de uma solução contendo proteínas do soro do leite (Whey Protein) e carboidratos aumentou significativamente as concentrações de 7 aminoácidos essenciais, incluindo os BCAA, em comparação à caseína. Esmarck et al. (2001) avaliaram o efeito da suplementação protéica em um grupo de 13 idosos, submetidos a um programa de treinos resistidos com pesos, por 12 semanas. Os resultados foram mensurados através do ganho de força (repetições máximas e medidas de força dinâmica e isocinética) e a hipertrofia muscular (biópsia e ressonância

3 magnética). Observou-se que o grupo que recebeu suplementação, logo após a realização das sessões de exercício, apresentou um ganho significativamente maior de força e de hipertrofia muscular, quando comparado com o grupo que recebeu a suplementação protéica apenas 2 horas após a realização dos exercícios. Podemos concluir que a Whey Protein pode ser utilizada com total segurança em idosos para tratamento e prevenção da sarcopenia e para pessoas que desejam aumentar ou manter a massa muscular de maneira saudável. Redução da gordura corporal Vários trabalhos têm demonstrado que as proteínas do soro do leite (Whey Protein) favorecem o processo de redução da gordura corporal, por meio de mecanismos associados ao cálcio, e por apresentar altas concentrações de BCAA. Diversos estudos epidemiológicos têm verificado uma relação inversa entre a ingestão de cálcio, proveniente do leite e seus derivados, e a gordura corporal (ZEMEL, 2004). Uma provável explicação seria que o aumento no cálcio dietético reduz as concentrações dos hormônios calcitrópicos, principalmente o 1,25 hidroxicolecalciferol (1,25(OH) 2 D). Em altas concentrações, esse hormônio estimula a transferência de cálcio para os adipócitos. Nos adipócitos, altas concentrações de cálcio levam à lipogênese e à redução da lipólise. Portanto, a supressão dos hormônios calcitrópicos mediada pelo cálcio dietético, pode ajudar a diminuir a deposição de gordura nos tecidos adiposos (ZEMEL, 2004). Layman et al. (2003, 2004) mostraram que dietas com maior relação proteína/carboidratos são mais eficientes para o controle da glicemia e da insulina pós-prandial, favorecendo, dessa forma, a redução da gordura corporal e a preservação da massa muscular durante a perda de peso. Layman et al. (2004) submeteram mulheres obesas (>15% do peso ideal) a dois tipos de dietas isocalóricas. Um grupo (Protéico) recebeu dieta com 1,5g/Kg/dia de proteína e outro grupo (Controle) recebeu dieta contendo 0,8g/Kg/dia de proteína. Todos os voluntários foram precisamente controlados, quanto à ingestão das dietas e à realização de exercícios. Após 10 semanas, os autores observaram que o grupo Protéico apresentou valores estatisticamente maiores de glicemia em jejum e menores valores de glicemia pós-prandial. A dieta protéica gerou, também, melhor controle da insulina pós-prandial, com valores estatisticamente menores (p<0,05). Em outro estudo, com o mesmo grupo de mulheres e aplicando os mesmos tipos de dietas, Layman (2003) observou que, após 16 semanas, a dieta protéica ocasionou uma perda significante de peso, gordura corporal e resultou uma menor perda de massa magra (p<0,05). Em estudo anterior, realizado com ratos, Bouthegourd et al (2002) observaram que, refeições pré-exercício, contendo Whey protein, enriquecidas com a fração ALA, foram mais eficientes para a manutenção da massa muscular na perda de peso e mantiveram uma alta taxa de oxidação lipídica durante o exercício, similar às taxas observadas quando o exercício era realizado em jejum. Hall et al. (2003) estudaram seus efeitos sobre o apetite, percepção de fome, saciedade e hormônios gastrintestinais. Observaram que, quando os voluntários ingeriam uma solução contendo 48g da Whey Protein, 90 minutos antes da refeição, apresentavam uma redução significativa do apetite, da ingestão energética e aumento da saciedade, em comparação a um grupo que ingeriu a mesma solução contendo caseína. Essa percepção, apesar de subjetiva, estava relacionada às maiores concentrações sanguíneas de CCK e do GLP-1, geradas pela ingestão da solução contendo Whey Protein. Efeitos sobre o desempenho físico Lands et al. (1999) compararam o efeito de um suplemento à base de Whey Protein concentrado (WPC 80) e da caseína (controle) sobre o desempenho físico de adultos jovens, medido por meio de teste isocinético em bicicletas. Administrando 20g/dia de Whey Protein WPC 80 durante três meses, o grupo suplementado com a Whey Protein concentrada (WPC 80) apresentou um aumento de 35,5% na concentração de glutationa. Além disso, os voluntários suplementados conseguiram gerar mais potência e maior quantidade de trabalho em testes de velocidade, sugerindo melhor rendimento. O provável efeito estaria relacionado ao alto teor de cisteína das proteínas da Whey Protein WPC 80, que resultaria em aumento da concentração da disfunção muscular causada pelos agentes oxidantes. Esse foi o primeiro trabalho relacionando os efeitos das proteínas da Whey Protein concentrada (WPC 80) aos parâmetros diretos do desempenho físico. Com base nos estudos mencionados, podemos concluir que as proteínas da Whey Protein apresentam um excelente perfil de aminoácidos, caracterizando-se como proteínas de alto valor biológico.

4 Informações de qualidade e segurança Whey Protein não contém Glúten. Até o momento não foram documentados efeitos colaterais relacionados ao consumo da Whey Protein por pessoas saudáveis. No entanto, em algumas situações clínicas, o consumo deste suplemento não é recomendado, como por exemplo, pessoas portadoras de problemas renais e diabéticos que necessitam de restrição protéica; indivíduos que apresentam alergia as frações proteicas do leite. Pessoas intolerantes à lactose, devem consumir Whey Protein WPC 80 sob orientação do médico e /ou nutricionista, iniciando a suplementação com pequenas doses a fim de avaliar a tolerância do organismo. Indicações A Whey Protein WPC 80 pode ser considerada um alimento funcional, ou seja, aquele que promove inúmeros benefícios à saúde e boa forma física. Pode ser indicada como suplemento nutricional para praticantes de atividade física de média a intensa, atletas, idosos e o público infantil em geral que necessite de suplementação proteica (recomendação médica e/ou nutricionista). Sugestão de dosagem A dose diária sugerida pode variar, dependo do objetivo do tratamento. Pessoas envolvidas em treinos de resistência necessitam em média de 1,2 a 1,4g/Kg/ dia, enquanto atletas de força necessitam em média 1,6 a 1,7g/Kg/dia e 0,8 a 1,0g/Kg/dia para suplementação destinada a idosos e indivíduos que praticam atividade física moderada a intensa, ou pessoas que necessitem da suplementação proteica. Informações farmacotécnicas Não é necessário aplicar o fator de correção. Fórmulas com Whey Protein não necessitam de excipiente, somente a adição de aroma e edulcorante. Edulcorantes como Sucralose, Aspartame, Acessulfame podem ser triturados previamente e adicionados ao Whey Protein durante o processo de manipulação. Whey Protein WPC 80 é ideal para a manipulação de pós para preparo extemporâneo como: shake, sachês, sopas, mousses, frapês, iogurtes, entre outras, associado ou não com outras substâncias sejam elas alopáticas, fitoterápicos e suplementos, etc. Whey Protein WPC 80 também pode ser dispensado em sua forma natural em sachê ou colher dosadora. Whey Protein WPC 80 apresenta-se na forma pó uniforme e sem grumos de coloração branca a amarelada; sabor e odor lácteos característicos e boa dissolução. Informações de armazenamento Armazenar a temperatura ambiente, ao abrigo da luz e calor, em local fresco, seco e arejado.

5 Referências bibliográficas Material do Fabricante. Aimutis WL. Bioactive properties of milk proteins with particular focus on anticariogenesis. J Nutr, 2004; 134(4): 989s- 95s. Anthony JC, Anthony TG, Kimball SR, Jefferson LS. Signaling pathways involved in translation control of protein synthesis in skeletal muscle by leucine, J Nutr, 2001; 131(3):856s-60s. Bouthegourd JCJ, Roseau SM, Makarios-Lahhan L, Leruyet PM, Tomé DG, Even PC. A pre exercise alfa-lactalbuminenriched whey protein meal preserves lipid oxidation and decreases adiposity in rats. Am J Physiol End Met, 2002; 283(3): E565-E72. Dangin M, Boirie Y, Garcia-Rodenas C, Gachon P, Fauquant J, Callier P, et al. The digestion rate of protein is an indepent regulating factor of postprandial protein retention. Am J Physiol End Met, 2001; 280(2):E340-E8. Esmarck B, Andersen JL, Olsens S, Richter EA, Mizuno M, Kjaer M. Timing of post exercise protein intake is important for muscle hypertrophy with resistance training in elderly humans. J Physiol, 2001; 535(1): Hall WL, Millward DJ, Long SJ, Morgan LM. Casein and whey exert different effects on plasma amino acids profiles, gastrointestinal hormone secretion Haraguchi FK, Abreu WC, De Paula H. Whey protein: composition, nutritional properties, applications in sports and benefits for human health, Rev Nutr, 2006; 19(4): Hasten DL, Pak-Loduca J, Obert KA, Yarasheski KE. Resistance exercise acutely increases MHC and mixed muscle protein synthesis rates in and years old. Am J Physiol End Met, 2000; 278(4): E Kinsella JE, Whitehead DM. Proteins in whey: chemical, physical and functional properties. Adv Foods Nutr Res, 1989; 33: Lands LC, Grey VL, Smoutas AA. Effect of supplementation with cysteine donor on muscular performance. J Appl Physiol, 1999; 87(4): Layman DK, Baum JL. Dietary protein impact on glycemic control during weight loss. J Nutr., 2004; 134(4):968s-73s. Layman DK, Shiue H, Sather C, Erickson D, Baum J. Increased dietary protein modifies glucose and insulin homeostasis in adult woman during weight loss. J Nutr, 2003; 133(2): Philips SM, Tipton KD, Ferrando AA, Wolfe RR. Resistance training reduces the acute exercise-induced increase in muscle protein turnover. Am J Physiol End Met, 1999; 276(1): E van Loon LJC, Saris WHM, Verhagen H, Wagenmakers JM. Plasma insulin responses after ingestion of different amino acid or protein mixtures with carbohydrate. Am J Clin Nutr, 2000; 72(1): Zemel MA. Role of calcium and dairy products in energy partitioning and weight management. Am J Clin Nutr, 2004; 79(5): 907s-12s. Última atualização 06/09/2013

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