SISTEMA DE CONTROLO INTERNO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "SISTEMA DE CONTROLO INTERNO"

Transcrição

1 Tribunal de Contas SISTEMA DE CONTROLO INTERNO Colectânea de Legislação Lisboa 2002

2 Tribunal de Contas Sistema de Controlo Interno Colectânea de Legislação Lisboa 2002

3 Direcção Presidente do Tribunal de Contas de Portugal Alfredo José de Sousa Coordenação Director Geral do Tribunal de Contas José F. F. Tavares Auditor Coordenador do Departamento de Consultadoria e Planeamento Manuel Freire Barros Apoio Técnico do Departamento de Consultadoria e Planeamento: Capa Lúcia Gomes Belo Assessoria Técnico Jurídica Maria Fernanda Rodrigues Beites Martins Informação Jurídica António Peixoto Cláudia Parreira Paginação e Composição gráfica Lúcia Gomes Belo Cláudia Parreira Execução gráfica Augusto A. Maris dos Santos Edição Tribunal de Contas de Portugal Junho 2002 Tiragem 500 ex. Depósito Legal /02

4 Índice NOTA DE APRESENTAÇÃO SISTEMA DE CONTROLO INTERNO Decreto Lei n.º 166/98, de 25 de Junho...29 Artigo 1.º Designação...29 Artigo 2.º Objecto...30 Artigo 3.º Componentes...30 Artigo 4.º Estrutura...30 Artigo 5.º Princípios de coordenação...30 Artigo 6.º Conselho Coordenador...31 Artigo 7.º Competências...31 Artigo 8.º Tribunal de Contas...31 Artigo 9.º Plano e relatório de actividades...31 Artigo 10.º Disposições finais e transitórias...32 Decreto Regulamentar n.º 27/99, de 12 de Novembro...33 Artigo 1.º Objecto...34 Artigo 2.º Princípio geral...34 Artigo 3.º Competências do Conselho Coordenador...34 Artigo 4.º Cooperação externa...35 Artigo 5.º Deveres gerais...35 Artigo 6.º Deveres especiais...35 Artigo 7.º Funcionamento do Conselho Coordenador...35 Artigo 8.º Reuniões...36 Artigo 9.º Deliberações...36 Artigo 10.º Apoio administrativo e técnico...36 Artigo 11.º Adjudicação de estudos...36 Artigo 12.º Encargos de funcionamento...36 Artigo 13.º Regulamento interno...36 REGIME GERAL COMUM DAS CARREIRAS DE INSPECÇÃO Decreto Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril...39 CAPÍTULO I Disposições gerais...40 Artigo 1.º Objecto...40 Artigo 2.º Âmbito...40 CAPÍTULO II Carreiras de inspecção...40 Artigo 3.º Carreiras...40 Artigo 4.º Carreira de inspector superior...41 Artigo 5.º Carreira de inspector técnico

5 Artigo 6.º Carreira de inspector adjunto Artigo 7.º Recrutamento excepcional Artigo 8.º Outros requisitos de acesso Artigo 9.º Intercomunicabilidade entre carreiras CAPÍTULO III Quadros de pessoal Artigo 10.º Previsão de carreiras de inspecção Artigo 11.º Previsão de lugares CAPÍTULO IV Suplemento de função inspectiva Artigo 12.º Pessoal de inspecção Artigo 13.º Pessoal dirigente CAPÍTULO V Disposições finais e transitórias Artigo 14.º Regulamentação Artigo 15.º Regra geral de transição Artigo 16.º Regras especiais de transição Artigo 17.º Adaptação de quadros de pessoal Artigo 18.º Salvaguarda de situações Artigo 19.º Produção de efeitos INSPECÇÃO DIPLOMÁTICA E CONSULAR...47 Decreto Lei n.º 55/94, de 24 de Fevereiro (Lei Orgânica) CAPÍTULO I Natureza e atribuições Artigo 1.º Natureza Artigo 2.º Atribuições CAPÍTULO II Orgânica Artigo 3.º Direcção Artigo 4.º Adjunto Artigo 5.º Secção Administrativa CAPÍTULO III Funcionamento Artigo 6.º Plano e relatório anual de actividade Artigo 7.º Inspecções ordinárias e extraordinárias Artigo 8.º Direitos e prerrogativas Artigo 9.º Dever de sigilo CAPÍTULO IV Pessoal e regime administrativo Artigo 10.º Pessoal Artigo 11.º Regime administrativo INSPECÇÃO GERAL DAS OBRAS PÚBLICAS, TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES...51 Decreto Lei n.º 409/87, de 31 de Dezembro (Lei Orgânica) CAPÍTULO I Natureza e atribuições Artigo 1.º Natureza e âmbito de actuação Artigo 2.º Atribuições CAPÍTULO II Órgãos, serviços e suas competências

6 Artigo 3.º Órgão...52 Artigo 4.º Competência do inspector geral...53 SECÇÃO II Serviços...53 Artigo 5.º Serviços...53 Artigo 6.º Serviço de Inspecção...53 Artigo 6.º-A Actuação do Serviço de Inspecção no domínio dos transportes rodoviários...54 Artigo 7.º Serviço de Apoio Técnico...55 Artigo 8.º Repartição Administrativa...55 CAPÍTULO III Pessoal...56 Artigo 9.º Quadro de pessoal...56 Artigo 10.º Regras de provimento...56 Artigo 11.º Pessoal dirigente...56 Artigo 12.º Carreira de inspector...57 Artigo 12.º A Classificação anual de serviço...58 Artigo 13.º Carreira técnica superior...58 Artigo 14.º Chefe de repartição...58 Artigo 15.º Pessoal administrativo e auxiliar...59 Artigo 16.º Afectação de pessoal...59 Artigo 16.º- A Contratos de tarefa e avença...59 Artigo 17.º Requisição, destacamento e comissão de serviço...59 Artigo 18.º Gratificações...60 Artigo 18.º-A Abonos e ajudas de custo...60 Artigo 19.º Direitos e prerrogativas...60 Artigo 19.º- A Domicílio legal...61 Artigo 20.º Sigilo profissional, incompatibilidade e deveres especiais...61 Artigo 20.º A Autoridade pública...61 CAPÍTULO IV disposições finais e transitórias...62 Artigo 21.º Primeiros provimentos...62 Artigo 22.º Relacionamento com outras entidades...62 Artigo 22.º- A Prestação de declarações...62 Artigo 22.º- B Fiscalização do resultado das acções da Inspecção Geral...63 Artigo 23.º Vigência...63 Decreto Lei n.º 60/89, de 23 de Fevereiro (Define o quadro do pessoal)...64 Artigo 1.º Quadro de pessoal...65 Artigo 2.º Carreira de inspecção...65 Artigo 3.º Transição de pessoal...65 Artigo 4.º Relevância de tempo de serviço prestado...65 Artigo 5.º Entrada em vigor...65 Decreto Lei n.º 124/91, de 21 de Março (Altera o quadro do pessoal)...66 Artigo 1.º...66 Artigo 2.º...66 Artigo 3.º

7 Artigo 4.º Decreto Regulamentar n.º 13/2001 de 30 de Junho (Escalas salariais do pessoal) Artigo 1.º Objecto e âmbito Artigo 2.º Transição Artigo 3.º Alteração ao quadro de pessoal Artigo 4.º Produção de efeitos Decreto Regulamentar n.º 27/2002, de 8 de Abril (Define a carreira de Inspecção da IGOTC) Artigo 1.º Objecto e âmbito Artigo 2.º Carreira de inspecção Artigo 3.º Conteúdo funcional da carreira de inspector superior Artigo 4.º Estágio Artigo 5.º Transição do pessoal Artigo 6.º Produção de efeitos Decreto-Lei n.º 116/2002, de 20 de Abril (Altera a Lei Orgânica da IGOTC) Artigo 1.º Alterações à Lei Orgânica da Inspecção-Geral de Obras Públicas, Transportes e Comunicações Artigo 2.º Aditamento de artigo à Lei Orgânica da Inspecção- Geral de Obras Públicas, Transportes e Comunicações INSPECÇÃO GERAL DA DEFESA NACIONAL...73 Decreto Lei n.º 72/2001, de 26 de Fevereiro (Lei Orgânica) CAPÍTULO I Natureza Artigo 1.º Natureza Artigo 2.º Âmbito Artigo 3.º Competências CAPÍTULO II Órgãos e serviços Artigo 4.º Inspector geral Artigo 5.º Competência do inspector geral Artigo 6.º Conselho de inspecção Artigo 7.º Estrutura Artigo 8.º Inspecções Artigo 9.º Competência dos inspectores directores Artigo 10.º Direcção de Serviços de Estudos, Planeamento e Apoio Técnico Artigo 11.º Divisão de Estudos, Planeamento e Apoio Técnico Artigo 12.º Núcleo de Informática Artigo 13.º Secção de Apoio Artigo 14.º Divisão de Apoio Geral Artigo 15.º Secção Administrativa Artigo 16.º Secção de Pessoal

8 Artigo 17.º Secção de Expediente Geral e Arquivo...79 CAPÍTULO III Funcionamento...79 Artigo 18.º Poderes instrutórios...79 Artigo 19.º Recolha de informações...80 Artigo 20.º Princípios de actuação...80 Artigo 21.º Competência para ordenar as inspecções...80 Artigo 22.º Exercício da acção inspectiva...80 Artigo 23.º Funcionamento das equipas de inspecção...81 Artigo 24.º Plano de inspecções...81 Artigo 25.º Análises de programas e sistemas...81 Artigo 26.º Relatório...81 Artigo 27.º Realização de inspecções da Inspecção Geral da Defesa Nacional através dos ramos...82 Artigo 28.º Requisição de pessoal militar...82 Artigo 29.º Plano e relatório de actividades da IGDN...82 CAPÍTULO IV Pessoal...83 Artigo 30.º Quadro de pessoal...83 Artigo 31.º Recrutamento de inspectores directores e inspectores coordenadores...83 Artigo 32.º Regime de pessoal...83 Artigo 33.º Cartão de identificação e livre trânsito...83 Artigo 34.º Sigilo profissional e incompatibilidades...83 CAPÍTULO V Disposições finais e transitórias...84 Artigo 35.º Pessoal dirigente...84 Artigo 36.º Transição para o quadro da Inspecção Geral da Defesa Nacional...84 Artigo 37.º Pessoal a exercer funções noutros serviços e organismos...84 Artigo 38.º Concursos...84 Artigo 39.º Reclassificação e reconversão profissionais...84 Artigo 40.º Disposição revogatória...84 Decreto Regulamentar n.º 39/2002, de 12 de Junho (Carreiras e escalas salariais)...85 Artigo 1.º Objecto...85 Artigo 2.º Carreira de inspector superior...86 Artigo 3.º Estágio...86 Artigo 4.º Conteúdo funcional da carreira...86 Artigo 5.º Quadro de pessoal...87 Artigo 6.º Regra de transição...87 Artigo 7.º Produção de efeitos...87 Artigo 8.º Entrada em vigor

9 INSPECÇÃO GERAL DA FORÇA AÉREA...89 Decreto Regulamentar n.º 54/94, de 3 de Setembro (Estabelece as atribuições, competência e organização dos serviços) CAPÍTULO I Natureza Artigo 1.º Natureza Artigo 2.º Competências Artigo 3.º Estrutura INSPECÇÃO GERAL DO EXÉRCITO...91 Decreto Regulamentar n.º 46/94, de 2 de Setembro (Estabelece as atribuições, competência e organização dos serviços) Artigo 1.º Natureza Artigo 2.º Competências Artigo 3.º Estrutura Artigo 4.º Gabinete do Inspector Geral SUPERINTENDÊNCIA DOS SERVIÇOS FINANCEIROS DA MARINHA...93 Decreto Regulamentar n.º 24/94, de 1 de Setembro (Estabelece as atribuições, competência e organização dos serviços) CAPÍTULO I Natureza Artigo 1.º Natureza Artigo 2.º Competências CAPÍTULO II Órgãos e serviços Artigo 3.º Estrutura orgânica Artigo 4.º Superintendente dos Serviços Financeiros Artigo 5.º Gabinete do Superintendente Artigo 6.º Direcção de Administração Financeira Artigo 7.º Estrutura Artigo 8.º Direcção do Apuramento de Responsabilidades Artigo 9.º Estrutura Artigo 10.º Chefia do Serviço de Apoio Administrativo Artigo 11.º Estrutura Artigo 12.º Conselho Administrativo Artigo 13.º Secretarias CAPÍTULO III Disposições finais e transitórias Artigo 14.º Extinção Artigo 15.º Norma revogatória

10 INSPECÇÃO GERAL DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA Decreto Lei n.º 227/95, de 11 de Setembro (Lei Orgânica) CAPÍTULO I Natureza, âmbito e competência Artigo 1.º Natureza Artigo 2.º Sede e âmbito Artigo 3.º Competências Artigo 4.º Princípios fundamentais CAPÍTULO II Órgãos e serviços Artigo 5.º Estrutura Artigo 6.º Inspector geral Artigo 7.º Competência do inspector geral Artigo 8.º Serviço de Inspecção e Fiscalização Artigo 9.º Competências do SIF Artigo 10.º Departamento de Assuntos Internos Artigo 11.º Repartição Administrativa e de Apoio Geral CAPÍTULO III Funcionamento Artigo 12.º Funcionamento das inspecções Artigo 13.º Poderes instrutórios Artigo 14.º Relatório das acções Artigo 15.º Acompanhamento do resultado das acções da IGAI Artigo 16.º Dever de cooperação CAPÍTULO IV Pessoal SECÇÃO I Quadro e carreiras Artigo 17.º Quadro privativo Artigo 18.º Pessoal dirigente Artigo 18.º- A Pessoal de chefia Artigo 19.º Pessoal de inspecção Artigo 20.º Função de interesse público Artigo 21.º Recrutamento do pessoal de inspecção Artigo 22.º Estágio Artigo 23.º Conteúdo funcional SECÇÃO II Direitos e deveres Artigo 24.º Remunerações Artigo 25.º Identificação e livre trânsito Artigo 26.º Transporte e deslocações Artigo 27.º Formação Artigo 28.º Sigilo profissional Artigo 29.º Regime de prestação do trabalho Artigo 29.º- A Uso e porte de arma Artigo 29.º- B Garantias CAPÍTULO IV Disposições transitórias Artigo 30.º Preenchimento transitório de lugares Artigo 31.º Valor do suplemento

11 Decreto Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto (Altera a Lei Orgânica) Decreto Lei n.º 3/99, de 4 de Janeiro (Altera a Lei Orgânica) Artigo 1.º Artigo 2.º INSPECÇÃO GERAL DA POLÍCIA DE SEGURANÇA PÚBLICA Lei de Organização e Funcionamento da Polícia de Segurança Pública (aprovada pela Lei n.º 5/99, de 27 de Janeiro) Artigo 1.º Natureza Artigo 2.º Competências SECÇÃO III Serviços dependentes do director nacional SUBSECÇÃO I Inspecção Geral Artigo 27.º Competência Artigo 28.º Inspector geral Artigo 29.º Equipas de inspecção GABINETE DE ASSESSORES E INSPECTORES DA GUARDA NACIONAL REPUBLICANA (LEI ORGÂNICA) Artigo 1.º Definição Artigo 2.º Missão geral Artigo 42.º Gabinete de Assessores e Inspectores INSPECÇÃO GERAL DE FINANÇAS Decreto Lei n.º 249/98, de 11 de Agosto (Lei Orgânica) CAPÍTULO I Natureza, missão e âmbito de intervenção Artigo 1.º Natureza e missão Artigo 2.º Âmbito de intervenção CAPÍTULO II Organização e gestão Artigo 3.º Princípios Artigo 4.º Áreas de especialização Artigo 5.º Estrutura de decisão Artigo 6.º Inspector geral de finanças Artigo 7.º Conselho de inspecção Artigo 8.º Direcção operacional Artigo 9.º Chefia logística Artigo 10.º Instrumentos de gestão CAPÍTULO III Exercício da actividade SECÇÃO I Dos princípios, direitos e garantias de actuação Artigo 11.º Intervenção da IGF Artigo 12.º Princípio da proporcionalidade

12 Artigo 13.º Princípio da cooperação Artigo 14.º Dever de sigilo Artigo 15.º Garantia do exercício da função inspectiva SECÇÃO II Da eficácia das acções Artigo 16.º Deveres de colaboração e informação Artigo 17.º Princípio do contraditório Artigo 18.º Garantia da eficácia Artigo 19.º Dever de participação CAPÍTULO IV Pessoal Artigo 20.º Carreira de inspecção Artigo 21.º Quadro de pessoal Artigo 22.º Classificação anual de serviço Artigo 23.º Provimento do pessoal dirigente Artigo 24.º Provimento do pessoal da carreira de inspecção Artigo 25.º Provimento do pessoal técnico de finanças Artigo 26.º Provimento do restante pessoal Artigo 27.º Regime de provimento e selecção Artigo 28.º Impedimentos e incompatibilidades Artigo 29.º Remunerações Artigo 30.º Domicílio profissional CAPÍTULO V Disposições finais e transitórias Artigo 31.º Orientação de acções Artigo 32.º Preenchimento de lugares Artigo 33.º Transição Artigo 34.º Chefes de repartição Artigo 35.º Pessoal Artigo 36.º Concursos pendentes Artigo 37.º Norma revogatória Decreto Lei n.º 353/89, de 16 de Outubro (Escalas salariais) Artigo 35.º Remunerações Artigo 35.º- A Remunerações dos dirigentes Decreto Lei n.º 363 A/98, de 19 de Novembro (Altera a Lei Orgânica) Decreto Lei n.º 173/99, de 20 de Maio (Atribui à IGF a competência para a elaboração do relatório sobre instrumentos financeiros no âmbito do QCA) Artigo 1.º Âmbito Artigo 2.º Atribuições Artigo 3.º Natureza Artigo 4.º Princípios orientadores Artigo 5.º Articulação Artigo 6.º Da emissão do relatório Artigo 7.º Dever de colaboração Artigo 8.º Contactos com a Comissão Europeia Artigo 9.º Relatórios intercalares

13 Artigo 10.º Conservação de documentos Artigo 11.º Sigilo Artigo 12.º Disposições finais Decreto Lei n.º 491/99, de 17 de Novembro (Atribui à IGF a organização a actualização das participações detidas pelo Estado e outros entes públicos) Artigo 1.º Objecto Artigo 2.º Entes públicos Artigo 3.º Informação anual Artigo 4.º Informação periódica Artigo 5.º Norma revogatória Artigo 6.º Entrada em vigor Portaria n.º 79/2000, de 19 de Fevereiro (Mapas de participações) Decreto Lei n.º 205/2001 de 27 de Julho (Suplemento de função inspectiva) Artigo 1.º Suplemento de função inspectiva Artigo 2.º Montante Artigo 3.º Equipas inspectivas Artigo 4.º Norma derrogatória Decreto-Lei n.º 91/2002, de 12 de Abril (Altera a Lei Orgânica) Artigo 1.º - Alteração ao Decreto-Lei n.º 249/98, de 11 de Agosto Artigo 2.º - Reclassificação Artigo 3.º Criação do lugar Artigo 4.º Norma revogatória Artigo 5.º Produção de efeitos INSPECÇÃO GERAL DO MINISTÉRIO DO TRABALHO E DA SOLIDARIEDADE Decreto Lei n.º 80/2001, de 6 de Março (Lei Orgânica) CAPÍTULO I Natureza, âmbito de actuação e competências Artigo 1.º Natureza Artigo 2.º Sede e competência territorial Artigo 3.º Âmbito de actuação Artigo 4.º Competências CAPÍTULO II Órgãos e serviços Artigo 5.º Direcção Artigo 6.º Competências do inspector geral Artigo 7.º Serviços Artigo 8.º Serviço de Auditoria e Inspecção Artigo 9.º Núcleo de Apoio Técnico Artigo 10.º Direcção de Serviços de Apoio à Gestão e Administração

14 CAPÍTULO III Funcionamento Artigo 11.º Desenvolvimento da acção da IGMTS Artigo 12.º Equipas de auditoria e inspecção Artigo 13.º Cumprimento das determinações Artigo 14.º Princípio do contraditório Artigo 15.º Dever de cooperação Artigo 16.º Notificação e requisição de testemunhas ou declarantes Artigo 17.º Direitos e prerrogativas Artigo 18.º Verificação de infracções Artigo 19.º Nomeação de peritos e técnicos especializados CAPÍTULO IV Do pessoal Artigo 20.º Quadro de pessoal Artigo 21.º Pessoal dirigente Artigo 22.º Carreira de inspecção Artigo 23.º Outro pessoal Artigo 24.º Domicílio necessário Artigo 25.º Dever de sigilo Artigo 26.º Impedimentos e incompatibilidades Artigo 27.º Identificação e livre trânsito Artigo 28.º Funcionários e agentes de outros serviços e organismos CAPÍTULO V Disposições transitórias e finais Artigo 29.º Transição para o quadro da IGMTS Artigo 30.º Pessoal a exercer funções em outros serviços ou organismos Artigo 31.º Concursos Artigo 32.º Reclassificação e reconversão profissionais Artigo 33.º Quadro de pessoal e estatuto remuneratório Artigo 34.º Encargos orçamentais Artigo 35.º Norma revogatória Decreto Regulamentar n.º 32/2002, de 22 de Abril (Carreiras e estatuto remuneratório) CAPÍTULO I Disposições gerais Artigo 1.º Objecto Artigo 2.º Âmbito CAPÍTULO II Regime das carreiras de inspecção Artigo 3.º Carreiras de inspecção Artigo 4.º Condições de ingresso na carreira de inspector superior Artigo 5.º Admissão a estágio Artigo 6.º Regimes de estágio Artigo 7.º Condições de acesso nas carreiras de inspecção Artigo 8.º Conteúdos funcionais Artigo 9.º Identificação e exercício de autoridade pública CAPÍTULO III Quadro de pessoal

15 Artigo 10.º Aprovação do quadro de pessoal CAPÍTULO IV Disposições transitórias e finais Artigo 11.º Regime geral de transição para a carreira de inspector superior Artigo 12.º Transição para a carreira de inspector-adjunto Artigo 13.º Outras situações de transição para a carreira de inspector superior Artigo 14.º Forma de integração do pessoal no quadro da IGMTS Artigo 15.º Produção de efeitos INSPECÇÃO GERAL DOS SERVIÇOS DE JUSTIÇA Decreto Lei n.º 101/2001, de 29 de Março (Lei Orgânica) CAPÍTULO I Natureza, âmbito e competências Artigo 1.º Natureza Artigo 2.º Sede e âmbito Artigo 3.º Competências Artigo 4.º Nível de intervenção Artigo 5.º Relação com outras entidades CAPÍTULO II Órgãos e serviços Artigo 6.º Direcção Artigo 7.º Competência do inspector geral Artigo 8.º Competência dos subinspectores gerais Artigo 9.º Serviços Artigo 10.º Serviço de Inspecção Artigo 11.º Núcleo de Apoio Técnico Artigo 12.º Direcção de Serviços de Organização e Sistemas de Informação Artigo 13.º Direcção de Serviços de Administração e Gestão CAPÍTULO III Funcionamento Artigo 14.º Planos de actividades Artigo 15.º Inspecções, auditorias, sindicâncias e inquéritos Artigo 16.º Queixas, reclamações e denúncias Artigo 17.º Processos disciplinares Artigo 18.º Instrução dos processos Artigo 19.º Poderes instrutórios Artigo 20.º Confidencialidade e publicidade dos processos Artigo 21.º Dever de colaboração Artigo 22.º Acompanhamento do resultado das acções CAPÍTULO IV Pessoal Artigo 23.º Regime do pessoal Artigo 24.º Quadro Artigo 25.º Estatuto remuneratório do inspector geral e dos subinspectores gerais Artigo 26.º Pessoal de inspecção

16 Artigo 27.º Carreira de inspector superior Artigo 28.º Recrutamento em comissão de serviço Artigo 29.º Estatuto remuneratório do pessoal de inspecção em comissão de serviço Artigo 30.º Salvaguarda de direitos Artigo 31.º Dispensa de estágio Artigo 32.º Conteúdo funcional do pessoal de inspecção Artigo 33.º Coordenação Artigo 34.º Regime de exercício de funções do pessoal de inspecção Artigo 35.º Sigilo profissional Artigo 36.º Regalias funcionais Artigo 37.º Formação e aperfeiçoamento profissional CAPÍTULO V Disposições finais e transitórias Artigo 38.º Entrada em vigor Decreto Regulamentar n.º 15/2001, de 12 de Outubro (Carreira e escalões salariais do pessoal) Artigo 1.º Objecto Artigo 2.º Carreira de inspector superior Artigo 3.º Recrutamento excepcional para lugar de acesso Artigo 4.º Admissão a estágio Artigo 5.º Regime do estágio Artigo 6.º Conteúdo funcional Artigo 7.º Transição de pessoal Artigo 8.º Formalidades da transição Artigo 9.º Produção de efeitos INSPECÇÃO GERAL E AUDITORIA DE GESTÃO DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA Decreto Lei n.º 192/91, de 21 de Maio (Lei Orgânica) CAPÍTULO I Natureza e atribuições Artigo 1.º Natureza Artigo 2.º Competências CAPÍTULO II Órgãos e serviços e suas competências Artigo 3.º Órgãos e serviços Artigo 4.º Direcção Artigo 5.º Conselho de Auditoria de Gestão da IGA (CIGA) Artigo 6.º Serviços de Auditoria de Acções Estruturais e de Gestão (SAEG) Artigo 6.º A Serviços de Auditoria de Acções Conjunturais e de Gestão (SACOG) Artigo 7.º Serviços de Inspecção e Processos Especiais (SIPE) Artigo 7.º- A Divisão de Estudos, Planeamento, Tratamento de Informação e Organização (ESPLANTIO)

17 Artigo 8.º Serviços de administração Artigo 8.º- A Secretariado de Apoio CAPÍTULO III Pessoal Artigo 9.º Regime e quadro de pessoal Artigo 10.º Carreira de inspecção Artigo 11.º Carreira de inspector técnico administrativo Artigo 12.º Prerrogativas Artigo 13.º Dever de cooperação CAPÍTULO IV Disposições transitórias Artigo 14.º Transição de pessoal Artigo 15.º Integração de pessoal Artigo 16.º Revogação Decreto Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro (Altera a Lei Orgânica) Decreto Regulamentar n.º 7/2001, de 28 de Maio (Escalas salariais do pessoal) Artigo 1.º Escalas salariais Artigo 2.º Transição Artigo 3.º Alteração do quadro de pessoal da carreira de inspecção Artigo 4.º Produção de efeitos Decreto Regulamentar n.º 34/2002, de 23 de Abril (Carreiras e escalas salariais) Artigo 1.º Objecto e âmbito Artigo 2.º Carreiras de inspecção Artigo 3.º Ingresso e acesso nas carreiras Artigo 4.º Conteúdos funcionais Artigo 5.º Quadro de pessoal Artigo 6.º Regras de transição Artigo 7.º Regime de estágio Artigo 8.º Formação profissional Artigo 9.º Produção de efeitos INSPECÇÃO GERAL DA EDUCAÇÃO Decreto Lei n.º 271/95, de 23 de Outubro (Lei Orgânica) CAPÍTULO I Natureza, âmbito e competências Artigo 1.º Natureza Artigo 2.º Competências Artigo 3.º Áreas de actuação Artigo 4.º Actividade inspectiva CAPÍTULO II Órgãos e serviços Artigo 5.º Direcção Artigo 6.º Competências do inspector geral Artigo 7.º Conselho de Inspecção

18 Artigo 8.º Serviços Artigo 9.º Competências dos núcleos da área da educação pré escolar e dos ensinos básico, secundário e profissional Artigo 10.º Competências dos núcleos da área do ensino superior e dos serviços educativos Artigo 11.º Competências do Gabinete de Apoio Jurídico Artigo 12.º Gabinete de Apoio Geral Artigo 13.º Competências da Repartição Administrativa Artigo 14.º Competências da Repartição Financeira Artigo 15.º Gabinete de Planeamento, Documentação e Formação Artigo 16.º Gabinete de Informática Artigo 17.º Delegações regionais Artigo 18.º Estrutura das delegações regionais Artigo 19.º Competências das delegações regionais Artigo 20.º Acções inspectivas CAPÍTULO III Pessoal SECÇÃO I Princípios gerais Artigo 21.º Quadro do pessoal Artigo 22.º Recrutamento e provimento Artigo 23.º Recrutamento e provimento do pessoal dirigente Artigo 24.º Classificação de serviço do pessoal de inspecção Artigo 25.º Impedimentos e incompatibilidades SECÇÃO II carreira de inspecção superior Artigo 26.º Ingresso e acesso na carreira de inspecção superior Artigo 27.º Regime de estágio Artigo 28.º Remunerações Artigo 29.º Domicílio profissional Artigo 30.º Direitos Artigo 31.º Dever de sigilo CAPÍTULO IV Disposições finais e transitórias Artigo 32.º Transição de pessoal Artigo 33.º Transição para a carreira de inspecção superior Artigo 34.º Transição de pessoal técnico superior Artigo 35.º Integração de docentes Artigo 36.º Preenchimento de lugares Artigo 37.º Concursos pendentes Artigo 38.º Quadro único do Ministério da Educação Artigo 39.º Revisão Artigo 40.º Aplicação às Regiões Autónomas Artigo 41.º Norma revogatória Decreto Lei n.º 2/96, de 4 de Janeiro (Altera a Lei Orgânica) Artigo 1.º Suspensão Artigo 2.º Reposição em vigor Artigo 3.º Produção de efeitos

19 Lei n.º 18/96, de 20 de Junho (Altera a Lei Orgânica) Artigo único Decreto Lei n.º 233/97, de 3 de Setembro (Altera a Lei Orgânica) Decreto Lei n.º 70/99, de 12 de Março (Altera a Lei Orgânica) INSPECÇÃO GERAL DA SAÚDE Decreto Lei n.º 291/93, de 24 de Agosto (Lei Orgânica) CAPÍTULO I Natureza e atribuições Artigo 1.º Natureza Artigo 2.º Atribuições Artigo 3.º Competências CAPÍTULO II Órgãos e serviços Artigo 4.º Órgão Artigo 5.º Competência do inspector geral Artigo 6.º Competência dos subinspectores gerais Artigo 7.º Serviços Artigo 8.º Serviço de Inspecção e de Auditoria de Gestão Artigo 9.º Serviço de Acção e Auditoria Disciplinares Artigo 10.º Gabinete de Apoio Técnico Artigo 11.º Repartição Administrativa CAPÍTULO III Funcionamento Artigo 12.º Acção dos inspectores Artigo 13.º Equipas de inspectores Artigo 14.º Inspecções ordinárias e temáticas Artigo 15.º Auditorias de gestão e disciplinares Artigo 16.º Requisição de testemunhas ou declarantes Artigo 17.º Designação de peritos Artigo 18.º Interrupção de férias Artigo 19.º Oposição ao exercício de acção inspectiva Artigo 20.º Acompanhamento do resultado das acções da IGS CAPÍTULO IV Pessoal SECÇÃO I Quadro e carreiras Artigo 21.º Quadro de pessoal Artigo 22.º Carreira de inspecção superior Artigo 23.º Ingresso na carreira de inspecção superior Artigo 24.º Acesso na carreira de inspecção superior Artigo 25.º Estágio Artigo 26.º Conteúdo funcional Artigo 27.º Formação SECÇÃO II Poderes, direitos e deveres, regime de trabalho e incompatibilidades Artigo 28.º Poderes Artigo 29.º Verificação de infracções

20 Artigo 30.º Cartão de identificação e livre trânsito Artigo 31.º Uso e porte de arma de defesa Artigo 32.º Suplementos Artigo 33.º Abonos de transporte e ajudas de custo Artigo 34.º Domicílio legal Artigo 35.º Sigilo profissional Artigo 36.º Regime de duração do trabalho CAPÍTULO V Disposições transitórias e finais Artigo 37.º Transição do pessoal Artigo 38.º Concursos Artigo 39.º Sucessão Artigo 40.º Norma revogatória Decreto Regulamentar n.º 28/2002, de 8 de Abril (Carreiras e escalas salariais) Artigo 1.º Objecto Artigo 2.º Carreira de inspector superior Artigo 3.º Conteúdo funcional Artigo 4.º Ingresso e acesso na carreira Artigo 5.º Transição Artigo 6.º Dotação global Artigo 7.º Direito subsidiário Artigo 8.º Produção de efeitos INSPECÇÃO GERAL DO AMBIENTE Decreto Lei n.º 549/99, de 14 de Dezembro (Lei Orgânica) CAPÍTULO I Natureza, atribuições e competências Artigo 1.º Natureza Artigo 2.º Sede e competência territorial Artigo 3.º Atribuições Artigo 4.º Competência Artigo 5.º Outras competências Artigo 6.º Estatuto processual Artigo 7.º Direito de acesso Artigo 8.º Medidas Artigo 9.º Medidas preventivas Artigo 10.º Documentação Artigo 11.º Recomendações Artigo 12.º Outros meios Artigo 13.º Dever de cooperação Artigo 14.º Comunicações CAPÍTULO II Órgãos e serviços e suas competências Artigo 15.º Órgãos e serviços Artigo 16.º Inspector geral Artigo 17.º Competência do inspector geral

21 Artigo 18.º Competência dos subinspectores gerais Artigo 19.º Conselho administrativo Artigo 20.º Competência do conselho administrativo Artigo 21.º Funcionamento do conselho administrativo Artigo 22.º Conselho geral Artigo 23.º Competência do conselho geral Artigo 24.º Funcionamento do conselho geral Artigo 25.º Serviço de Inspecção Ambiental Artigo 26.º Unidades de intervenção Artigo 27.º Serviço de Inspecção Administrativa Artigo 28.º Direcção de Serviços Administrativos e Financeiros Artigo 29.º Divisão de Serviços Administrativos Artigo 30.º Divisão de Serviços Financeiros Artigo 31.º Gabinete de Estudos e Planeamento Artigo 32.º Gabinete de Apoio Técnico CAPÍTULO III Do pessoal SUBSECÇÃO I Quadros e carreiras Artigo 33.º Quadro Artigo 34.º Recrutamento e provimento SUBSECÇÃO II Direitos e deveres Artigo 35.º Formação Artigo 36.º Impedimentos e incompatibilidades Artigo 37.º Comissões de serviço Artigo 38.º Sigilo profissional Artigo 39.º Cartão de identificação CAPÍTULO IV Funcionamento e gestão financeira Artigo 40.º Instrumentos de gestão e controlo Artigo 41.º Receitas CAPÍTULO V Disposições finais e transitórias Artigo 42.º Transição de pessoal Artigo 43.º Concursos pendentes Artigo 44.º Disposições finais Decreto Regulamentar n.º 12/2001, de 28 de Junho (Carreiras e escalas salariais) CAPÍTULO I Disposições gerais Artigo 1.º Objecto CAPÍTULO II Carreiras de inspecção Artigo 2.º Carreiras CAPÍTULO III Conteúdos funcionais Artigo 3.º Inspectores superiores Artigo 4.º Inspectores adjuntos Artigo 5.º Estágio CAPÍTULO IV Quadro de pessoal Artigo 6.º Previsão de lugares CAPÍTULO V Suplemento de função inspectiva Artigo 7.º Pessoal de coordenação das unidades de intervenção

22 CAPÍTULO VI Disposições finais e transitórias Artigo 8.º Regra geral de transição Artigo 9.º Concursos Artigo 10.º Entrada em vigor INSPECÇÃO GERAL DA ADMINISTRAÇÃO DO TERRITÓRIO 273 Decreto Lei n.º 64/87, de 6 de Fevereiro (Lei Orgânica) Artigo 1.º Natureza Artigo 2.º Âmbito e actuação Artigo 3.º Atribuições Artigo 4.º Direcção Artigo 5.º Competência do inspector geral Artigo 6.º Estrutura geral Artigo 7.º Constituição e direcção do Serviço de Inspecção às Autarquias Artigo 8.º Competência do Serviço de Inspecção às Autarquias Artigo 9.º Constituição e direcção do Serviço de Inspecção ao Ministério Artigo 10.º Competência do Serviço de Inspecção ao Ministério Artigo 11.º Constituição da Direcção de Serviços de Estudos Artigo 12.º Competência da Direcção de Serviços de Estudos Artigo 13.º Direcção, constituição e competência da Repartição Administrativa Artigo 14.º Colaboração com a Inspecção Geral de Finanças e a Alta Autoridade contra a Corrupção (AACC) Artigo 15.º Planos anuais e questionário Artigo 16.º Competência do Ministro Artigo 17.º Dever de cooperação Artigo 18.º Requisição de testemunhas ou declarantes Artigo 19.º Duração e relatório dos serviços externos Artigo 20.º Direitos e prerrogativas dos inspectores Artigo 21.º Deveres específicos dos inspectores Artigo 22.º Impedimentos Artigo 23.º Gratificação Artigo 24.º Abonos e ajudas de custo Artigo 25.º Interrupção de licença para férias de funcionários e agentes dos serviços visitados Artigo 26.º Carreira técnica superior de inspecção administrativa Artigo 26.º - A Classificação anual de serviço Artigo 27.º Quadro e dotação de pessoal Artigo 28.º Pessoal dirigente e de chefia Provimento Artigo 29.º Protecção criminal Artigo 30.º Identificação e livre trânsito

23 Decreto Lei n.º 99/89, de 29 de Março (Altera a Lei Orgânica) Artigo 1.º Artigo 2.º Artigo 3.º Artigo 4.º Artigo 5.º Decreto Lei n.º 121 A/90, de 12 de Abril (Altera a Lei Orgânica) Artigo único Decreto Lei n.º 242/93, de 8 de Julho (Altera a Lei Orgânica) Artigo único INSPECÇÃO GERAL DAS ACTIVIDADES CULTURAIS Decreto Lei n.º 80/97, de 8 de Abril (Lei Orgânica) CAPÍTULO I Natureza e atribuições Artigo 1.º Natureza Artigo 2.º Atribuições CAPÍTULO II Órgãos e serviços Artigo 3.º Órgãos Artigo 4.º Inspector geral Artigo 5.º Conselho administrativo Artigo 6.º Conselho de inspecção Artigo 7.º Serviços Artigo 8.º Departamento de Auditoria e Contencioso Artigo 9.º Direcção de Serviços de Inspecção Artigo 10.º Divisão de Inspecção de Espectáculos e Direito de Autor Artigo 11.º Divisão de Inspecção de Gestão Artigo 12.º Direcção de Serviços de Licenciamento Artigo 13.º Divisão de Recintos de Espectáculos Artigo 14.º Divisão de Registo e Controlo de Actividades Culturais Artigo 15.º Divisão de Estudos, Planeamento e Informação Artigo 16.º Serviço Regional do Porto Artigo 17.º Repartição Administrativa Artigo 18.º Delegados municipais CAPÍTULO III Administração financeira e patrimonial Artigo 19.º Instrumentos de gestão Artigo 20.º Receitas CAPÍTULO IV Pessoal Artigo 21.º Quadro de pessoal Artigo 22.º Carreiras de inspecção Artigo 23.º Carreira de inspector superior Artigo 24.º Ingresso na carreira de inspecção superior

24 Artigo 25.º Acesso na carreira de inspector superior Artigo 26.º Regime de estágio para ingresso na carreira de inspector superior Artigo 27.º Conteúdo funcional Artigo 28.º Carreira de subinspector de espectáculos e direitos de autor Artigo 29.º Regime de estágio para ingresso na carreira de subinspector de espectáculos e direito de autor Artigo 30.º Conteúdo funcional Artigo 31.º Poderes Artigo 32.º Dever de cooperação Artigo 33.º Sigilo profissional Artigo 34.º Regime de duração do trabalho Artigo 35.º Remunerações Artigo 36.º Suplemento Artigo 37.º Cartão de identificação CAPÍTULO V Disposições transitórias e finais Artigo 38.º Cessação das comissões de serviço Artigo 39.º Normas de transição Artigo 40.º Transição de pessoal das carreiras de inspecção Artigo 41.º Transição do pessoal da carreira de consultor jurídico Artigo 42.º Escalões de transição Artigo 43.º Recrutamento transitório de pessoal para a carreira de inspector superior Artigo 44.º Cargos de chefia administrativa Artigo 45.º Concursos, contratos, requisições e destacamentos Artigo 46.º Dependência transitória Artigo 47.º Sucessão Artigo 48.º Revogações Artigo 49.º Entrada em vigor Decreto Regulamentar n.º 11/2001, de 19 de Junho (Escalas salariais) Artigo 1.º Carreiras de inspecção Artigo 2.º Escalas salariais Artigo 3.º Transição Artigo 4.º Alteração do quadro de pessoal Artigo 5.º Regime supletivo Artigo 6.º Produção de efeitos Decreto Regulamentar n.º 21/2002, de 22 de Março (Carreiras e escalas salariais) Artigo 1.º Objecto Artigo 2.º Carreiras Artigo 3.º Conteúdos funcionais Artigo 4.º Estágio Artigo 5.º Transição do pessoal das carreiras de inspecção

25 Artigo 6.º Concursos Artigo 7.º Quadro de pessoal Artigo 8.º Entrada em vigor INSPECÇÃO GERAL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Decreto Lei n.º 154/2001, de 7 de Maio (Lei Orgânica) CAPÍTULO I Natureza, missão e atribuições Artigo 1.º Natureza e missão Artigo 2.º Âmbito territorial Artigo 3.º Atribuições CAPÍTULO II Organização e gestão Artigo 4.º Princípios Artigo 5.º Órgãos Artigo 6.º Inspector geral Artigo 7.º Conselho de Inspecção Artigo 8.º Serviços Artigo 9.º Serviços de Inspecção e Auditoria Artigo 10.º Divisão de Gestão de Recursos Humanos e de Formação Artigo 11.º Divisão de Gestão Financeira e Patrimonial Artigo 12.º Divisão de Informação e Gestão Informática Artigo 13.º Inspectores directores Artigo 14.º Instrumentos de gestão Artigo 15.º Receitas CAPÍTULO III Exercício da actividade Artigo 16.º Intervenção da IGAP Artigo 17.º Princípio da cooperação Artigo 18.º Princípio da proporcionalidade e da isenção Artigo 19.º Dever de sigilo Artigo 20.º Garantia do exercício da função inspectiva Artigo 21.º Identificação Artigo 22.º Deveres de colaboração e informação Artigo 23.º Princípio do contraditório Artigo 24.º Garantia da eficácia Artigo 25.º Dever de participação Artigo 26.º Impedimentos e incompatibilidades CAPÍTULO IV Gestão dos recursos humanos Artigo 27.º Regime do pessoal Artigo 28.º Quadro de pessoal Artigo 29.º Remunerações dos dirigentes Artigo 30.º Provimento de pessoal dirigente CAPÍTULO V Disposições transitórias e finais Artigo 31.º Regra geral de transição Artigo 32.º Tempo de serviço Artigo 33.º Pessoal em exercício de funções na IGAP

26 Artigo 34.º Concursos pendentes, pessoal em regime de estágio e requisitado Artigo 35.º Auditorias de gestão Artigo 36.º Norma revogatória Artigo 37.º Entrada em vigor

27

28 NOTA DE APRESENTAÇÃO Actualizada a 30 de Junho de 2002, a colectânea de legislação relativa ao Sistema de Controlo Interno, que ora se publica, substitui, revendo e actualizando, o 2.º volume da Colectânea de legislação orgânica composto pelos diplomas orgânicos dos serviços de controlo interno da Administração Pública, publicado em Setembro de A presente edição insere-se no objectivo permanente de dotar o Tribunal e os seus Serviços de Apoio de informação jurídica ordenada, actualizada e completa sobre o sistema de controlo interno, dada a particular relevância que este assume face ao dever de colaboração que os órgãos e serviços que o integram têm para com o Tribunal de Contas, conforme dispõe o artigo 12.º da Lei n.º 98/97, de 26 de Agosto. Lisboa, 30 de Junho de 2002 O Conselheiro Presidente Alfredo José de Sousa 27

29

30 SISTEMA DE CONTROLO INTERNO Decreto Lei n.º 166/98, de 25 de Junho O Programa do XIII Governo confere um lugar de destaque à função controlo no quadro da reforma da Administração Pública, com particular ênfase para o «reforço e revisão do sistema de controlo financeiro». Em coerência com este princípio programático, o artigo 11.º da Lei n.º 52 C/96, de 27 de Dezembro, que aprovou o Orçamento do Estado para 1997, incumbiu o Governo de legislar no sentido de estruturar o sistema nacional de controlo interno da administração financeira do Estado. O presente diploma visa, pois, dar satisfação a este objectivo, consagrando um modelo articulado, integrado e coerente, estruturado em três níveis, com definição das entidades responsáveis e dos princípios fundamentais de actuação, que habilitem a uma melhor coordenação e utilização dos recursos afectos à função controlo. Neste sentido, é criado o Conselho Coordenador do Sistema Nacional de Controlo Interno, a quem, para além das funções de coordenação do sistema, é confiada a missão de consolidar metodologias harmonizadas de controlo e de estabelecer critérios mínimos de qualidade do sistema nacional de controlo interno, susceptíveis de garantir um elevado nível de protecção dos interesses financeiros do Estado. Apostando na mobilização de todas as estruturas da administração para este objectivo, procura se, ainda, promover a difusão de uma «cultura do controlo» em todos os níveis da administração financeira do Estado que permita a assunção de uma generalizada consciência da decisiva relevância do controlo como forma privilegiada de melhorar a gestão. Assim se compreende a evolução ultimamente constatada no sentido da criação de inspecções gerais junto de alguns ministérios onde estas não existiam, bem como a criação no seio delas de núcleos de auditoria financeira, conviventes com as preocupações de auditoria técnica. Importa agora integrar a actuação de todos os órgãos de controlo interno, de acordo com a filosofia expressa no presente diploma, a qual teve ainda em conta a experiência adquirida com o modelo adoptado para o sistema nacional de controlo do QCA II instituído pelo Decreto Lei n.º 99/94, de 19 de Abril. Foram ouvidos os órgãos de governo próprios das Regiões Autónomas. Assim, nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: Artigo 1.º Designação 1 É instituído pelo presente diploma o sistema de controlo interno da administração financeira do Estado, designado abreviadamente por SCI, colocado na dependência do Governo e em especial articulação com o Ministério das Finanças. 29

31 Artigo 2.º Objecto 1 O SCI compreende os domínios orçamental, económico, financeiro e patrimonial e visa assegurar o exercício coerente e articulado do controlo no âmbito da Administração Pública. 2 O controlo interno consiste na verificação, acompanhamento, avaliação e informação sobre a legalidade, regularidade e boa gestão, relativamente a actividades, programas, projectos, ou operações de entidades de direito público ou privado, com interesse no âmbito da gestão ou tutela governamental em matéria de finanças públicas, nacionais e comunitárias, bem como de outros interesses financeiros públicos nos termos da lei. Artigo 3.º Componentes Integram o SCI as inspecções gerais, a Direcção Geral do Orçamento, o Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social e os órgãos e serviços de inspecção, auditoria ou fiscalização que tenham como função o exercício do controlo interno. Artigo 4.º Estrutura 1 O SCI considera se estruturado em três níveis de controlo, designados de operacional, sectorial e estratégico, definidos em razão da natureza e âmbito de intervenção dos serviços que o integram. 2 O controlo operacional consiste na verificação, acompanhamento e informação, centrado sobre decisões dos órgãos de gestão das unidades de execução de acções é constituído pelos órgãos e serviços de inspecção, auditoria ou fiscalização inseridos no âmbito da respectiva unidade. 3 O controlo sectorial consiste na verificação, acompanhamento e informação perspectivados preferentemente sobre a avaliação do controlo operacional e sobre a adequação da inserção de cada unidade operativa e respectivo sistema de gestão, nos planos globais de cada ministério ou região, sendo exercido pelos órgãos sectoriais e regionais de controlo interno. 4 O controlo estratégico consiste na verificação, acompanhamento e informação, perspectivados preferentemente sobre a avaliação do controlo operacional e controlo sectorial, bem como sobre a realização das metas traçadas nos instrumentos provisionais, designadamente o Programa do Governo, as Grandes Opções do Plano e o Orçamento do Estado. 5 O controlo estratégico, de carácter horizontal relativamente a toda a administração financeira do Estado no sentido definido pelo artigo 2.º do Decreto Lei n.º 158/96, de 3 de Setembro, é exercido pela Inspecção Geral de Finanças (IGF), pela Direcção Geral do Orçamento (DGO) e pelo Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social (IGFSS), de acordo com as respectivas atribuições e competências previstas na lei. Artigo 5.º Princípios de coordenação 1 Os órgãos de controlo referidos no artigo anterior planeiam, realizam e avaliam as suas acções de forma articulada, tendo em vista assegurar o funcionamento coerente e 30

32 racional do sistema nacional de controlo interno, baseado na suficiência, na complementaridade e na relevância das respectivas intervenções. 2 A suficiência dos controlos pressupõe que o conjunto de acções de controlo realizados assegure a inexistência de áreas não sujeitas a controlo ou sujeitas a controlos redundantes. 3 A complementaridade dos controlos pressupõe a actuação dos órgãos de controlo no respeito pelas suas áreas de intervenção e pelos níveis em que se situam, com concertação entre eles quanto às fronteiras a observar e aos critérios e metodologias a utilizar nas intervenções. 4 A relevância dos controlos pressupõe o planeamento e realização das intervenções, tendo em conta a avaliação do risco e materialidade das situações objecto de controlo. Artigo 6.º Conselho Coordenador 1 A fim de assegurar a observância dos princípios referidos no artigo anterior e garantir o funcionamento do sistema, é criado o Conselho Coordenador do SCI, composto por todos os inspectores gerais, pelo director geral do Orçamento, pelo presidente do conselho directivo do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social e pelos demais titulares de órgãos sectoriais e regionais de controlo interno. 2 O Conselho Coordenador é também um órgão de consulta do Governo em matéria de controlo interno, funciona junto do Ministério das Finanças e é presidido pelo inspector geral de Finanças. Artigo 7.º Competências Ao Conselho Coordenador compete, designadamente: a) emitir pareceres sobre os projectos de leis orgânicas dos órgãos sectoriais e re gionais de controlo; b) emitir pareceres sobre os planos e relatórios sectoriais de actividade; c) elaborar o plano e relatório anuais do SCI; d) estabelecer normas sobre metodologias de trabalho e aperfeiçoamento técnico profissional dos recursos humanos afectos ao SCI. Artigo 8.º Tribunal de Contas O Tribunal de Contas pode fazer se representar nos trabalhos sobre os planos e relatórios anuais, como observador, no Conselho Coordenador do SCI, devendo lhe ser enviados os documentos referidos nas alíneas a) e b) do artigo 7.º Artigo 9.º Plano e relatório de actividades 1 O plano de actividades anual do SCI deverá incluir mapas que congreguem as previsões de receitas e despesas correspondentes às actividades que, para cada um dos órgãos constituintes do SCI, estejam programadas na decorrência da sua inserção no sistema. 31

33 2 A previsão de receitas terá em conta as formas de financiamento, quer por via directa do Orçamento do Estado, quer resultantes da afectação de verbas à função controlo que, por princípio, os programas e projectos devem prever, quer ainda as que possam decorrer de contraprestações, em termos a fixar pelo Ministro das Finanças, sempre que a intervenção de um órgão de controlo revista a natureza de prestação de serviço solicitado por terceiros. 3 Sem prejuízo da obrigatoriedade da elaboração de planos e relatórios anuais de actividade pelos órgãos de controlo referidos no artigo 3.º, o Conselho Coordenador apresentará ao Ministro das Finanças o plano e o relatório anuais sintéticos da actividade do SCI no domínio da actividade financeira do Estado até 15 de Dezembro de cada ano e 15 de Maio do ano seguinte, respectivamente. 4 O relatório referido no número anterior deve ser apresentado ao Governo até 30 de Junho imediato e será apreciado em Conselho de Ministros. Artigo 10.º Disposições finais e transitórias 1 Será estabelecida em decreto regulamentar a disciplina operativa do SCI e modo de funcionamento do Conselho Coordenador do SCI. 2 O Conselho Coordenador apresentará ao Ministro das Finanças, no prazo de seis meses contados a partir da entrada em vigor do presente decreto lei, o projecto de diploma referido no número anterior. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 16 de Abril de António Manuel de Oliveira Guterres Jaime José Matos da Gama José Veiga Simão António Luciano Pacheco de Sousa Franco Jorge Paulo Sacadura Almeida Coelho Jorge Paulo Sacadura Almeida Coelho João Cardona Gomes Cravinho José Eduardo Vera Cruz Jardim Joaquim Augusto Nunes de Pina Moura Fernando Manuel Van Zeller Gomes da Silva Eduardo Carrega Marçal Grilo Maria de Belém Roseira Martins Coelho Henriques de Pina Elisa Maria da Costa Guimarães Ferreira Manuel Maria Ferreira Carrilho José Mariano Rebelo Pires Gago António Luís Santos da Costa José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa. Promulgado em 9 de Junho de Publique se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO. 32

34 Decreto Regulamentar n.º 27/99, de 12 de Novembro 1 Através do Decreto Lei n.º 166/98, de 25 de Junho, foi instituído o sistema de controlo interno da administração financeira do Estado (SCI), estruturado em três níveis (do controlo operacional, sectorial e estratégico), tendo, de igual modo, sido criado o Conselho Coordenador do SCI, com a missão de garantir o respectivo funcionamento, no quadro dos princípios de coordenação para o efeito estabelecidos (da suficiência, da complementaridade e da relevância), quadro em que se pretende que os vários órgãos de controlo envolvidos planeiem, realizem e avaliem as suas acções de forma articulada, com vista a assegurar o funcionamento coerente e racional do sistema. 2 Nos termos do artigo 10.º do citado diploma legal, a disciplina operativa do SCI bem como o modo de funcionamento do respectivo Conselho Coordenador foram remetidos para decreto regulamentar, competindo a este órgão a apresentação do atinente projecto ao Ministro das Finanças. 3 Esta regulamentação, norteada e balizada que é pelas disposições do diploma habilitante, visa, em primeira linha, dar corpo aos identificados princípios de coordenação e, conexamente, às competências do Conselho Coordenador, atenta a sua assinalada missão de garante do funcionamento do sistema. Da confluência destas duas vertentes resulta o desenvolvimento das competências do Conselho Coordenador constante do artigo 3.º, essencialmente subsumíveis às funções que podemos denominar de coordenação (através da emanação de recomendações, normas e directrizes, tendo como destinatários os componentes do sistema), de recolha e tratamento de informação e de consulta e informação ao Governo, em particular ao Ministro das Finanças. Resulta, ainda, o estabelecimento de deveres gerais e especiais para os componentes do sistema, sem cuja imposição, aliás, se não garantiria o eficaz funcionamento do SCI. Tais deveres, enumerados nos artigos 5.º e 6.º, reconduzem se, essencialmente, a dois núcleos, um, de cooperação, na vertente de prestação de informação e de cedência de apoio técnico, o outro, de observância das normas técnicas emanadas do Conselho Coordenador. 4 Em ordem a potenciar o cabal desempenho da sua missão, num quadro de permanente abertura, actualização e qualidade, prevê se, ainda, a possibilidade de o Conselho Coordenador promover a cooperação externa, bem como recorrer à aquisição de estudos (artigos 4.º e 11.º). Regulam se, também, os aspectos gerais concernentes ao funcionamento deste órgão, no tocante a reuniões e deliberações, remetendo se os demais aspectos de funcionamento interno para regulamento a aprovar pelo próprio Conselho e a homologar pelo Ministro das Finanças, solução aconselhada pela natural necessidade de conferir maior flexibilidade a tal instrumento (artigos 7.º, 8.º, 9.º e 13.º). 5 Por fim, na decorrência da inserção do Conselho Coordenador no Ministério das Finanças e da atribuição da sua presidência ao inspector geral de Finanças, estabelece se que os encargos com o funcionamento daquele órgão são suportados pelo orçamento da Inspecção Geral de Finanças, a quem cabe assegurar o apoio administrativo e o apoio técnico permanente (artigos 10.º e 12.º). Foram ouvidos os órgãos de governo próprio das Regiões Autónomas. Assim: 33

35 No desenvolvimento do regime jurídico estabelecido pelo Decreto Lei n.º 166/98, de 25 de Junho, e nos termos da alínea c) do artigo 199.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: Artigo 1.º Objecto O presente diploma estabelece a disciplina operativa do sistema de controlo interno da administração financeira do Estado, abreviadamente designado por SCI, bem como o modo de funcionamento do respectivo Conselho Coordenador. Artigo 2.º Princípio geral O Conselho Coordenador, enquanto garante do funcionamento do SCI, promove a cooperação entre os serviços e órgãos que compõem aquele sistema, por forma a implementar uma actuação articulada, no quadro da observância dos princípios de coordenação definidos no artigo 5.º do Decreto Lei n.º 166/98, de 25 de Junho. Artigo 3.º Competências do Conselho Coordenador No exercício das suas competências, incumbe ao Conselho Coordenador, no quadro das orientações emanadas do Governo e, nomeadamente, do Ministro das Finanças, no âmbito das suas competências próprias: a) anualmente, até 31 de Julho, elaborar e propor ao Governo, através do Ministro das Finanças, recomendação sobre as grandes linhas estratégicas a que deve obedecer o planeamento das suas actividades; b) elaborar e apresentar ao Ministro das Finanças, respectivamente, até 31 de Janeiro e 30 de Junho, o plano e o relatório anual sintéticos da actividade do SCI, acompanhados de pareceres sobre os planos e relatórios sectoriais de actividades; c) organizar e manter actualizada uma base de dados sobre o SCI que permita conhecer a composição concreta do sistema e outros aspectos que se mostrem relevantes para o diagnóstico e avaliação do seu funcionamento; d) assegurar a recolha e tratamento de informação, designadamente através da realização de estudos, com vista ao acompanhamento e avaliação do funcionamento do sistema; e) recolher informação relativa ao controlo interno de auditoria de gestão de recursos humanos e modernização administrativa que permita o acompanhamento desta forma de controlo; f) emitir parecer sobre os projectos de leis orgânicas dos órgãos sectoriais e regionais de controlo, bem como sobre quaisquer outros projectos de diplomas legais com incidência na orgânica e funcionamento do SCI que lhe sejam submetidos para o efeito; g) sempre que se justifique, informar o Governo, através do Ministro das Finanças, de aspectos do funcionamento do SCI que considere relevantes, podendo sugerir as medidas legislativas ou outras que repute adequadas à correcção ou ao melhoramento do sistema ou do seu funcionamento; 34

36 h) emitir e divulgar, junto dos serviços e órgãos que compõem o SCI, normas sobre metodologias de trabalho que se mostrem adequadas à melhoria da qualidade e eficácia do exercício dos controlos; i) emitir e divulgar, junto dos componentes do sistema, directrizes tendentes a viabilizar o aperfeiçoamento técnico profissional dos recursos humanos afectos ao SCI, designadamente em matéria de formação profissional; j) adoptar ou promover a adopção, através dos componentes do SCI, das demais medidas que, no âmbito das competências legalmente definidas, se mostrem necessárias e adequadas ao melhor funcionamento do SCI. Artigo 4.º Cooperação externa No prossecução da sua missão, o Conselho Coordenador coopera, nos termos a definir através do seu regulamento interno, com outras instituições nacionais ou internacionais. Artigo 5.º Deveres gerais No quadro da cooperação a que se refere o artigo 2.º, os componentes do sistema: a) fornecem ao Conselho Coordenador, em tempo útil, toda a informação por este solicitada, sem prejuízo da troca de informação que realizem entre si; b) Prestam ao Conselho Coordenador, nos termos do presente diploma e na medida das suas disponibilidades, o apoio necessário ao respectivo funcionamento; c) observam as normas técnicas sobre metodologias de trabalho e aperfeiçoamento técnico profissional dos recursos humanos afectos ao SCI, emanadas do Conselho Coordenador; d) têm em consideração as recomendações e directrizes emanadas do Conselho Coordenador. Artigo 6.º Deveres especiais Sem prejuízo do estabelecido no artigo anterior, incumbe, em especial, aos organismos de controlo estratégico e sectorial: a) elaborar os planos de actividades, de harmonia com as recomendações a propósito emitidas pelo Conselho Coordenador; b) enviar ao Conselho Coordenador, respectivamente, até 15 de Novembro e 15 de Abril de cada ano, os respectivos planos e relatórios anuais de actividade; c) fornecer ao Conselho Coordenador, em tempo útil, todos os elementos necessários à elaboração, por este, do plano e relatório anuais do SCI. Artigo 7.º Funcionamento do Conselho Coordenador 1 O Conselho Coordenador reúne, em plenário, ordinariamente cinco vezes por ano e extraordinariamente sempre que o presidente, por sua iniciativa ou a requerimento de qualquer dos restantes membros, o convoque. 35

37 2 O Conselho poderá também reunir por secções especializadas, cuja composição e funcionamento serão estabelecidos no regulamento previsto no artigo 13.º do presente diploma. Artigo 8.º Reuniões 1 As reuniões são convocadas, por escrito, pelo presidente com a antecedência mínima de 15 dias úteis. 2 Das reuniões, em plenário, do Conselho Coordenador, bem como das reuniões das secções especializadas, se existirem, serão lavradas actas. Artigo 9.º Deliberações 1 O plenário do Conselho Coordenador delibera validamente estando presente a maioria dos seus membros. 2 As deliberações são tomadas por maioria dos membros presentes. Artigo 10.º Apoio administrativo e técnico O apoio administrativo e técnico ao Conselho Coordenador é assegurado pela Inspecção Geral de Finanças, sem prejuízo da prestação de colaborações pontuais facultadas pelos demais organismos representados naquele órgão, sempre que tal se mostre necessário, designadamente em função da especificidade técnica das matérias a tratar. Artigo 11.º Adjudicação de estudos Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, o presidente pode propor, nos termos da lei, a adjudicação de estudos que se mostrem necessários ao exercício das competências do Conselho Coordenador. Artigo 12.º Encargos de funcionamento Os encargos de funcionamento do Conselho Coordenador, incluindo os relativos ao pagamento de ajudas de custo e transportes a que os seus membros tenham direito, são suportados pelo orçamento da Inspecção Geral de Finanças. Artigo 13.º Regulamento interno O Conselho Coordenador, reunido em plenário, aprova o seu regulamento de funcionamento interno, a homologar pelo Ministro das Finanças. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 2 de Junho de António Manuel de Oliveira Guterres Jaime José Matos da Gama Jaime José Matos da Gama António Luciano Pacheco de Sousa Franco Jorge Paulo Sacadura Almeida Coelho Jorge Paulo Sacadura Almeida Coelho João Cardona Gomes Cravinho José Eduardo 36

38 Vera Cruz Jardim Joaquim Augusto Nunes de Pina Moura Luís Manuel Capoulas Santos Eduardo Carrega Marçal Grilo Maria de Belém Roseira Martins Coelho Henriques de Pina Eduardo Luís Barreto Ferro Rodrigues Elisa Maria da Costa Guimarães Ferreira Manuel Maria Ferreira Carrilho José Mariano Rebelo Pires Gago António Luís Santos da Costa José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa. Promulgado em 13 de Outubro de Publique se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO. Referendado em 21 de Outubro de O Primeiro Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres. 37

39

40 REGIME GERAL COMUM DAS CARREIRAS DE INSPECÇÃO Decreto Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril Num contexto de transformação da sociedade actual, registou se um movimento espontâneo de procura de soluções mais adequadas para as definições de carreira dos profissionais que têm a seu cargo o exercício de funções de inspecção ou fiscalização, conduzindo à atomização de estatutos, sistemas de carreiras e sistemas remuneratórios. O presente diploma, considerando aquelas experiências e os princípios definidos no Decreto Lei n.º 184/89, de 2 de Junho, tem por objectivo conferir identidade própria a todo um corpo de profissionais que, no âmbito da Administração Pública, desenvolve funções inspectivas em diferentes áreas. A natureza de actividade de controlo associada à qualidade de autoridade pública e a especificidade técnica e relacional do exercício de tais funções determinam a sua prossecução por um agrupamento de pessoal especializado inserido numa carreira de regime especial. A diversidade das missões, os âmbitos de intervenção e a sua tradução ao nível das competências e funções impõem a previsão de mecanismos de adequabilidade que, cruzando critérios de complexidade no exercício e de quantidade de profissionais necessários, permitam um leque aberto mas comum de opções para a definição dos respectivos quadros de pessoal. Com essa finalidade, procede se à criação de três carreiras com diferentes requisitos habilitacionais de ingresso de inspector superior, de inspector técnico e de inspector adjunto, bem como à definição de regras de acesso e de intercomunicabilidade vertical, visando articular as prioridades de desenvolvimento dos serviços com a condução exigente e estimulante de trajectos individuais de carreira. Desta configuração pode ainda esperar se o favorecimento da intercomunicabilidade horizontal, através do recurso ao recrutamento excepcional para lugares de acesso, designadamente para suprir défices imponderáveis ao nível das competências disponíveis nos serviços ou indispensáveis ao quadro de desenvolvimento da sua missão. Num ambiente de transformação global, a Administração Pública assume um papel importante como factor de competitividade do conjunto da sociedade. Tal consideração pressupõe que se assegure e mantenha, em permanente estado de actualização, uma capacidade de intervenção qualificada, suportada numa concepção do gesto profissional inspectivo adequada aos princípios do Estado de direito democrático. Para tanto, estabelece se a articulação dos processos de formação inicial e contínua com as regras de ingresso, acesso e intercomunicabilidade nas carreiras, cuja concretização, ao nível da identificação das necessidades e configuração dos processos formativos, deverá ser regulamentada de acordo com as regras e princípios constantes do Decreto Lei n.º 50/98, de 11 de Março. O Decreto Lei n.º 184/89, de 28 de Julho, assumiu como objectivo pôr cobro à vasta teia de subsistemas retributivos e de remunerações acessórias. As gratificações de inspecção, que, na falta de um sentido agregador, assumiam configurações variadas, mantiveram os seus montantes com regras de actualização anual, que redundaram na sua erosão. Fixa se, agora, um novo regime e condições de atribuição com a criação de um suplemento de função inspectiva para compensação dos ónus específicos inerentes ao exercício de tais funções, nomeadamente o ónus social, o acréscimo de incompatibilidades, a exigência de disponibilidade e a irregularidade de trabalho diário e semanal, bem como a prestação de 39

41 trabalho em ambiente externo com carácter de regularidade. Este suplemento, sem prejuízo dos princípios e regras que regem a duração e horário de trabalho e de abono de ajudas de custo e transporte na Administração Pública, substitui os actuais suplementos abonados às carreiras de inspecção, independentemente da sua designação. Com o presente diploma, de cujo âmbito de aplicação se excluem os serviços de inspecção não providos de carreira de inspecção ou dispondo de carreira com o estatuto de corpo especial, visa se, igualmente, dar início a um processo de aproximação progressiva de todas as inspecções. Foram observados os procedimentos decorrentes da Lei n.º 23/98, de 26 de Maio. Foram ouvidos os órgãos de Governo próprio das Regiões Autónomas. Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta, para valer como lei geral da República, o seguinte: CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Artigo 1.º Objecto O presente decreto lei estabelece o enquadramento e define a estrutura das carreiras de inspecção da Administração Pública. Artigo 2.º Âmbito 1 O disposto neste diploma aplica se às inspecções gerais, bem como aos serviços e organismos da administração central e regional autónoma, incluindo os institutos públicos nas modalidades de serviços personalizados do Estado e de fundos públicos, que tenham nos respectivos quadros de pessoal carreiras de inspecção próprias para exercício de funções compreendidas no âmbito do poder de autoridade do Estado. 2 Exceptuam se do disposto no número anterior os serviços e organismos que actualmente disponham de carreiras constituídas como corpo especial. 3 A aplicação do presente diploma às inspecções e aos serviços e organismos da administração regional autónoma faz se por decreto legislativo regional, atendendo às suas especificidades orgânico administrativas. CAPÍTULO II CARREIRAS DE INSPECÇÃO Artigo 3.º Carreiras 1 As carreiras de inspecção são as seguintes: a) Inspector superior; b) Inspector técnico; c) Inspector adjunto. 2 As carreiras mencionadas nos números anteriores são de regime especial, fixando se as respectivas estruturas e escalas salariais, que definem a sua remuneração base, no mapa I anexo ao presente diploma, do qual faz parte integrante. 40

42 3 O pessoal a que é aplicável o presente diploma está investido do poder de autoridade e exerce as suas funções em regime jurídico de emprego público. Artigo 4.º Carreira de inspector superior 1 Integram a carreira de inspector superior as categorias de inspector superior principal, inspector superior, inspector principal e inspector. 2 O ingresso na carreira de inspector superior faz se, em regra, para a categoria de inspector, de entre indivíduos habilitados com licenciatura adequada, aprovados em estágio, com classificação não inferior a Bom (14 valores), a regulamentar para cada um dos serviços ou organismos, nos termos do artigo 14.º 3 O recrutamento para as categorias de acesso da carreira de inspector superior faz se mediante concurso e obedece às seguintes regras: a) Inspector superior principal, de entre inspectores superiores com, pelo menos, três anos de serviço classificados de Muito bom ou cinco anos classificados de Bom; b) Inspector superior, de entre inspectores principais com, pelo menos, três anos de serviço classificados de Muito bom ou cinco anos classificados de Bom, mediante concurso de provas públicas, que consistirá na apreciação do currículo profissional do candidato; c) Inspector principal, de entre inspectores com, pelo menos, três anos de serviço na categoria classificados de Bom. Artigo 5.º Carreira de inspector técnico 1 Integram a carreira de inspector técnico as categorias de inspector técnico especialista principal, inspector técnico especialista, inspector técnico principal e inspector técnico. 2 O ingresso na carreira de inspector técnico faz se, em regra, para a categoria de inspector técnico, de entre indivíduos habilitados com curso superior adequado que não confira o grau de licenciatura, aprovados em estágio com classificação não inferior a Bom (14 valores), a regulamentar para cada um dos serviços ou organismos, nos termos do artigo 14.º 3 O recrutamento para as categorias de acesso da carreira de inspector técnico faz -se mediante concurso e obedece às seguintes regras: a) Inspector técnico especialista principal, de entre inspectores técnicos especialistas com, pelo menos, três anos de serviço na categoria classificados de Muito bom ou cinco anos classificados de Bom; b) Inspector técnico especialista, de entre inspectores técnicos principais com, pelo menos, três anos de serviço na categoria classificados de Muito bom ou cinco anos classificados de Bom; c) Inspector técnico principal, de entre inspectores técnicos com, pelo menos, três anos de serviço na categoria classificados de Bom. 41

43 Artigo 6.º Carreira de inspector adjunto 1 Integram a carreira de inspector adjunto as categorias de inspector adjunto especialista principal, inspector adjunto especialista, inspector adjunto principal e inspector- -adjunto. 2 O ingresso na carreira de inspector adjunto faz se para a categoria de inspector adjunto, de entre indivíduos habilitados com o 12.º ano de escolaridade, aprovados em estágio com classificação não inferior a Bom (14 valores), a regulamentar para cada um dos serviços ou organismos, nos termos do artigo 14.º 3 O recrutamento para as categorias de acesso da carreira de inspector adjunto faz se mediante concurso e obedece às seguintes regras: a) Inspector adjunto especialista principal, de entre inspectores adjuntos especialistas com, pelo menos, três anos na categoria classificados de Muito bom ou cinco anos classificados de Bom; b) Inspector adjunto especialista, de entre inspectores adjuntos principais com, pelo menos, três anos de serviço na categoria classificados de Muito bom ou cinco anos classificados de Bom; c) Inspector adjunto principal, de entre inspectores adjuntos com, pelo menos, três anos de serviço na categoria classificados de Bom. Artigo 7.º Recrutamento excepcional Excepcionalmente, em casos devidamente fundamentados, podem ser recrutados, mediante concurso interno, para lugares de acesso funcionários de outras carreiras que possuam as habilitações adequadas e experiência profissional de duração não inferior à normalmente exigível para acesso à categoria. Artigo 8.º Outros requisitos de acesso Complementarmente às regras de acesso estabelecidas para as carreiras previstas no presente diploma, pode estabelecer se no diploma previsto no artigo 14.º a obrigatoriedade de frequência de cursos de formação adequados, exigindo aproveitamento nos casos em que aquela formação seja objecto de avaliação. Artigo 9.º Intercomunicabilidade entre carreiras 1 Os inspectores técnicos especialistas com três anos de serviço na categoria e os inspectores técnicos especialistas principais, em ambos os casos com a habilitação mínima de curso superior que não confira o grau de licenciatura, podem candidatar se à categoria de inspector principal da carreira de inspector superior, desde que em alternativa: a) sejam detentores dos requisitos habilitacionais exigíveis para ingresso nesta carreira; b) tenham frequentado, com aproveitamento, a formação definida nos termos do artigo 14.º; 42

44 c) tenham obtido qualificações reconhecidas no âmbito dos sistemas educativo ou da formação profissional, em domínios relevantes para a missão dos serviços, a definir no aviso de abertura de concurso. 2 Os inspectores técnicos com três anos de serviço na categoria e os inspectores técnicos principais podem candidatar se a concursos para a categoria de ingresso na carreira de inspector superior, com dispensa da frequência e aprovação no respectivo estágio, desde que reúnam os requisitos habilitacionais exigíveis para o ingresso nesta carreira. 3 Os inspectores adjuntos especialistas com três anos de serviço na categoria e os inspectores adjuntos especialistas principais podem candidatar se à categoria de inspector técnico principal, desde que em alternativa: a) sejam detentores dos requisitos habilitacionais exigíveis; b) tenham frequentado, com aproveitamento, a formação definida nos termos do artigo 14.º; c) tenham obtido qualificações reconhecidas no âmbito dos sistemas educativo ou da formação profissional, em domínios relevantes para a missão dos serviços, a definir no aviso de abertura. 4 Os inspectores adjuntos com três anos de serviço na categoria e os inspectores- -adjuntos principais podem candidatar se a concursos de ingresso na carreira de inspector técnico, com dispensa da frequência e aprovação no respectivo estágio, desde que reúnam os requisitos habilitacionais exigíveis para o ingresso nesta carreira. 5 Nos casos referidos nos números anteriores, a integração na nova carreira e categoria faz se em escalão a que corresponda índice igual àquele que o funcionário detém na categoria de origem ou no índice superior mais aproximado, se não houver coincidência. CAPÍTULO III QUADROS DE PESSOAL Artigo 10.º Previsão de carreiras de inspecção A previsão nos quadros de pessoal de uma ou mais carreiras de entre as criadas por este diploma, para além das directamente resultantes da transição, será precedida de adequada acção de análise de funções que a justifique. Artigo 11.º Previsão de lugares As carreiras de inspector superior, de inspector técnico e de inspector adjunto têm dotações globais de lugares. CAPÍTULO IV SUPLEMENTO DE FUNÇÃO INSPECTIVA Artigo 12.º Pessoal de inspecção 1 O pessoal abrangido pelo presente diploma tem direito a um suplemento de função inspectiva, para compensação dos ónus específicos inerentes ao seu exercício. 2 O suplemento a que se refere o número anterior é fixado no montante de 22,5% da respectiva remuneração base. 43

45 3 O suplemento é abonado em 12 mensalidades e releva para efeitos de aposentação, sendo considerado no cálculo da pensão pela forma prevista na alínea b) do n.º 1 do artigo 47.º do Estatuto da Aposentação. Artigo 13.º Pessoal dirigente O pessoal dirigente ou equiparado nomeado para exercer funções de direcção sobre o pessoal abrangido por este diploma tem direito a um suplemento de função inspectiva de montante igual a 22,5% da respectiva remuneração base, abonado nos termos previstos no n.º 3 do artigo anterior. CAPÍTULO V DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Artigo 14.º Regulamentação 1 A aplicação do disposto no presente diploma aos serviços e organismos a que se refere o n.º 1 do artigo 2.º faz se, em cada caso, mediante decreto regulamentar. 2 Os decretos regulamentares previstos no número anterior, a aprovar no prazo de 90 dias, estabelecem, designadamente, as carreiras a prever, o conteúdo funcional, as regras próprias de transição e demais regulamentação considerada necessária. 3 Os decretos regulamentares podem, ainda, prever a integração nas carreiras de inspecção de funcionários integrados noutras carreiras, desde que desempenhem funções de natureza inspectiva e reúnam os requisitos legais exigidos. 4 Para a carreira de inspector adjunto pode também prever se a transição de funcionários que, não reunindo os requisitos legais exigidos, desempenhem funções inspectivas e detenham formação profissional adequada. 5 Os estágios a que se referem os artigos 4.º, 5.º e 6.º têm a duração mínima de um ano. Artigo 15.º Regra geral de transição 1 Os funcionários dos serviços e organismos abrangidos pelo presente diploma, integrados em carreiras de inspecção, transitam para carreira com iguais requisitos habilitacionais de ingresso. 2 A categoria de integração na nova carreira é a equivalente à detida na data da transição, sem prejuízo da introdução dos ajustamentos necessários para a sua adaptação à nova estrutura da carreira, tendo em conta, designadamente, o disposto no artigo 16.º 3 A transição faz se para o escalão igual ao que o funcionário detém na categoria de origem. 4 O tempo de serviço prestado na categoria de origem conta para efeitos de promoção como se tivesse sido prestado na nova categoria, sem prejuízo do disposto no número seguinte. 5 Quando a transição resulte da fusão de duas categorias, releva na nova categoria, para efeitos de promoção, apenas o tempo de serviço prestado na categoria mais elevada da anterior carreira. 44

46 Artigo 16.º Regras especiais de transição 1 Os funcionários que à data da entrada em vigor do presente diploma reúnam os requisitos necessários à aplicação dos mecanismos de intercomunicabilidade de carreiras a que se refere o artigo 9.º transitam para a categoria correspondente da carreira constante do presente diploma. 2 Para efeitos da transição a que se refere o número anterior, os requisitos de qualificação profissional a que se referem os n. os 1 e 3 do artigo 9.º do presente diploma consideram se preenchidos pela posse das qualificações exigidas pelas regras de intercomunicabilidade ou de acesso, constantes dos diplomas que regiam as anteriores carreiras. 3 Os lugares em que actualmente estão providos os funcionários referidos no n.º 1 são extintos e automaticamente aditados à categoria para a qual transitam. Artigo 17.º Adaptação de quadros de pessoal A adaptação dos quadros de pessoal ao regime previsto no presente diploma não pode determinar aumento do número global de lugares das carreiras de pessoal de inspecção, salvo se houver contrapartida no abatimento de lugares de outras carreiras. Artigo 18.º Salvaguarda de situações 1 A aplicação do presente diploma não prejudica regimes especiais mais favoráveis já previstos em legislação específica, não podendo igualmente dela resultar a atribuição de remunerações totais inferiores às já praticadas, considerando se como remuneração total a soma da remuneração base e do suplemento. 2 Nos casos em que o suplemento seja abonado em 14 mensalidades, mantém se o actual regime para os funcionários que dele beneficiem, desde que o montante anualizado seja superior ao que resultar da aplicação deste diploma. 3 Independentemente da sua qualificação, os suplementos abonados às carreiras de inspecção à data da entrada em vigor do presente diploma são substituídos pelo suplemento previsto no artigo 12.º, mantendo se nos actuais montantes e sem qualquer actualização, até à sua total absorção, caso sejam de montante superior. Artigo 19.º Produção de efeitos A transição para as novas carreiras criadas pelo presente diploma, bem como o correspondente abono do suplemento de função inspectiva, produz efeitos reportados a 1 de Julho de Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 18 de Janeiro de António Manuel de Oliveira Guterres Jorge Paulo Sacadura Almeida Coelho Júlio de Lemos de Castro Caldas Joaquim Augusto Nunes Pina Moura Eduardo Luís Barreto Ferro Rodrigues António Luís Santos Costa Mário Cristina de Sousa Luís Manuel Capoulas Santos Maria Manuela de Brito Arcanjo Marques da Costa José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa José Estêvão Cangarato Sasportes Alberto de Sousa Martins. 45

47 Promulgado em 20 de Março de Publique se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO. Referendado em 30 de Março de O Primeiro Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres. MAPA I ANEXO (artigo 3.º, n.º 2) 46

48 INSPECÇÃO DIPLOMÁTICA E CONSULAR Decreto Lei n.º 55/94, de 24 de Fevereiro (Lei Orgânica) 1 O presente diploma visa dotar a Inspecção Diplomática e Consular dos meios necessários à realização da importante tarefa que lhe cabe no quadro de uma política de rigor em todos os domínios da actividade do Ministério dos Negócios Estrangeiros. A atribuição aos serviços externos de um novo regime administrativo, na sequência da reforma da estrutura do Ministério dos Negócios Estrangeiros, impõe que a Inspecção Diplomática e Consular veja acrescida a sua capacidade de acção preventiva e correctiva. Assim: Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 201.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: CAPÍTULO I NATUREZA E ATRIBUIÇÕES Artigo 1.º Natureza A Inspecção Diplomática e Consular é o serviço central do Ministério dos Negócios Estrangeiros responsável pelo controlo e auditoria de gestão nos domínios diplomático e consular. 2 Artigo 2.º Atribuições São atribuições da Inspecção Diplomática e Consular: a) verificar o cumprimento das leis, regulamentos e instruções administrativas por parte dos serviços internos e externos do Ministério dos Negócios Estrangeiros; b) proceder a inspecções diplomáticas ou consulares e elaborar os pertinentes relatórios; c) informar sobre a assistência prestada pelos consulados aos portugueses residentes na área da respectiva jurisdição consular; d) submeter à aprovação do Ministro o plano de actividades; e) verificar o cumprimento das obrigações que incumbem aos funcionários do Ministério dos Negócios Estrangeiros colocados nos serviços externos, em matéria de representação; 1 Com as alterações introduzidas pelo Decreto Lei n.º 330/97, de 27 de Novembro. 2 Alterado pelo artigo 13.º do Decreto-Lei n.º 330/97, de 27 de Novembro. A versão originária era a seguinte : A Inspecção Diplomática e Consular é o serviço central do Ministério dos Negócios Estrangeiros, dotado de autonomia administrativa, responsável pelo controlo e auditoria da gestão nos domínios diplomático e consular. 47

49 f) assegurar o apoio administrativo às comissões temporárias designadas pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros para efeitos de inquérito ou inspecção em missões diplomáticas ou consulares; g) desenvolver quaisquer outras actividades conexas com as suas atribuições, que lhe sejam superiormente cometidas; h) propor medidas visando a melhoria do funcionamento dos serviços objecto da sua intervenção; i) efectuar estudos e elaborar pareceres respeitantes às matérias compreendidas na sua área de intervenção. CAPÍTULO II ORGÂNICA Artigo 3.º Direcção A Inspecção Diplomática e Consular é dirigida pelo inspector geral diplomático e consular, equiparado, para todos os efeitos, a director geral. Artigo 4.º Adjunto O inspector geral diplomático e consular é coadjuvado, no exercício das suas funções, por um adjunto do inspector geral, equiparado, para todos os efeitos, a director de serviços, que o substitui nas suas ausências ou impedimentos. Artigo 5.º Secção Administrativa 3 (Revogado) CAPÍTULO III FUNCIONAMENTO Artigo 6.º Plano e relatório anual de actividade A Inspecção Diplomática e Consular procede à elaboração do plano de actividades e do relatório anual, a submeter a despacho do Ministro dos Negócios Estrangeiros. 3 Revogado pelo artigo 15.º do Decreto-Lei n.º 330/97, de 27 de Novembro. A versão originária era a seguinte: 1 A Secção Administrativa é o serviço de gestão e apoio administrativo da Inspecção Diplomática e Consular nas áreas de expediente geral, administração financeira e economato. 2 Compete, em especial, à Secção Administrativa: a) Assegurar os serviços de contabilidade, economato e administração de pessoal e respectivo expediente, sem prejuízo das atribuições do Departamento Geral de Administração; b) Organizar os processos de aquisição de bens e serviços da Inspecção Diplomática e Consular, em colaboração com os serviços competentes do Departamento Geral de Administração; c) Prestar o apoio administrativo que lhe for solicitado. 48

50 Artigo 7.º Inspecções ordinárias e extraordinárias 1 As inspecções são ordinárias ou extraordinárias. 2 As inspecções ordinárias são previstas no plano anual de actividades, devendo ser efectuadas de maneira a que, de quatro em quatro anos, todos os serviços externos sejam objecto de inspecção. 3 Independentemente da previsão expressa no plano anual de actividades, podem ser determinadas por despacho do Ministro dos Negócios Estrangeiros inspecções extraordinárias caso sobrevenham factores que o justifiquem. 4 Finda a inspecção de um posto, o responsável pela inspecção elabora o respectivo relatório, do qual constará, além da situação geral do posto, as matérias especiais que constem das instruções recebidas e as propostas que julgue necessárias à disciplina dos funcionários e ao melhoramento dos serviços. 5 O responsável pela inspecção pode, logo que finde a inspecção de um posto, propor à consideração superior as medidas que julgue inadiáveis. Artigo 8.º Direitos e prerrogativas Os responsáveis pelas inspecções, no exercício dessas funções, gozam dos direitos e prerrogativas seguintes: a) acesso aos serviços objecto de intervenção; b) utilizar instalações adequadas ao exercício das suas funções em condições de dignidade e eficácia e obter a colaboração de funcionários que se mostre indispensável; c) corresponder se com quaisquer entidades públicas ou privadas sobre assuntos de interesse para o exercício das suas funções ou para obtenção dos elementos que se mostrem indispensáveis; d) proceder ao exame de quaisquer elementos em poder de entidades objecto de intervenção da Inspecção, quando se mostrem indispensáveis à realização das respectivas tarefas; e) proceder à selagem de quaisquer instalações, dependências, cofres ou móveis, bem como à requisição ou reprodução de documentos em poder de serviços ou organismos objecto de intervenção da Inspecção, quando se mostre indispensável à realização de quaisquer diligências, para o que será levantado o correspondente auto, dispensável no caso de simples reprodução de documentos. Artigo 9.º Dever de sigilo Os funcionários da Inspecção estão sujeitos ao segredo profissional. 49

51 CAPÍTULO IV PESSOAL E REGIME ADMINISTRATIVO 4 Artigo 10.º Pessoal 1 A Inspecção Diplomática e Consular dispõe do pessoal dirigente constante do quadro anexo ao presente diploma, que dele faz parte integrante. 2 O restante pessoal será destacado da Secretaria Geral, por despacho do secretário geral, sob proposta do inspector geral. 3 Podem ser designados para missões temporárias ou extraordinárias no âmbito da Inspecção Diplomática e Consular, quando as circunstâncias o aconselhem, embaixadores ou ministros plenipotenciários na disponibilidade, por despacho do Ministro dos Negócios Estrangeiros, os quais ficam adstritos à Inspecção apenas pelo período de tempo necessário ao cumprimento da missão. Artigo 11.º Regime administrativo 5 O apoio financeiro e administrativo à Inspecção Diplomática e Consular cabe ao Departamento Geral de Administração, a cujo director compete a autorização e pagamento das suas despesas. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 4 de Novembro de Aníbal António Cavaco Silva Jorge Braga de Macedo José Manuel Durão Barroso. Promulgado em 21 de Janeiro de Publique se. O Presidente da República, MÁRIO SOARES. Referendado em 24 de Janeiro de O Primeiro Ministro, Aníbal António Cavaco Silva. Inspector geral... 1 Adjunto Alterado pelo artigo 14.º do Decreto-Lei n.º 330/97, de 27 de Novembro. A versão originária era a seguinte: Pessoal. Aditado pelo artigo 14.º do Decreto-Lei n.º 330/97, de 27 de Novembro. 50

52 INSPECÇÃO GERAL DAS OBRAS PÚBLICAS, TRANSPORTES E CO- MUNICAÇÕES Decreto Lei n.º 409/87, de 31 de Dezembro (Lei Orgânica) 6 O Decreto Lei n.º 270/86, de 3 de Setembro, que consagra a orgânica do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, criou uma inspecção geral com a missão fundamental de proceder à regular inspecção das actividades dos órgãos e serviços do Ministério e dos organismos autónomos e empresas tuteladas, com vista a assegurar o cumprimento das leis, regulamentos, contratos, directivas e instruções ministeriais e garantir a reintegração do interesse público e da legalidade violados. Ainda nos termos do aludido diploma legal, a organização, funcionamento, quadro e regime de pessoal serão definidos por diploma próprio, que revestirá a forma de decreto- -lei. Neste contexto, tendo em conta a extensão do Ministério e, sobretudo, a natureza e diversidade dos seus serviços e dos organismos e empresas tuteladas, optou se, prudentemente, por um modelo organizacional flexível e de reduzida dimensão, sem, contudo, perder de vista a necessidade da sua reestruturação, a curto prazo, à luz da experiência inspectiva entretanto recolhida. Assim: O Governo decreta, nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 201.º da Constituição, o seguinte: CAPÍTULO I NATUREZA E ATRIBUIÇÕES Artigo 1.º Natureza e âmbito de actuação 1 A Inspecção Geral de Obras Públicas, Transportes e Comunicações, criada pelo Decreto Lei n.º 270/86, de 3 de Setembro, adiante designada por Inspecção Geral, é o serviço de inspecção do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações funcionando na directa dependência do Ministro. 2 - A IGOPTC exerce a sua actividade inspectiva relativamente aos órgãos e serviços centrais que integram o Ministério do Equipamento Social, às comissões permanentes e organismos autónomos que funcionam no respectivo âmbito, às empresas tuteladas pelo Ministro ou relativamente às quais este exerce competências no âmbito da função accionista do Estado, às empresas titulares de contratos de concessão de que o Ministério seja parte e às que operam no âmbito da actividade de transporte rodo 6 Com as alterações introduzidas pelos Decretos Lei n.º 60/89, de 23 de Fevereiro, n.º 124/91, de 21 de Março, e n.º 116/2002, de 20 de Abril. 51

53 viário e das actividades auxiliares e complementares desta, sem prejuízo das competências legalmente atribuídas a outros serviços e organismos do Ministério ou a outras inspecções-gerais. 7 Artigo 2.º Atribuições A Inspecção Geral tem por finalidade assegurar o cumprimento das leis, regulamentos, contratos, directivas e instruções ministeriais e garantir a reposição do interesse público e da legalidade violada, incumbindo lhe, nomeadamente: a) realizar inspecções ordinárias, com vista à avaliação regular da eficiência e efectividade das instituições inspeccionadas; b) realizar as inspecções extraordinárias superiormente determinadas; c) efectuar os inquéritos, sindicâncias e peritagens necessários para a prossecução das suas atribuições; d) propor e instruir, se necessário, os processos disciplinares resultantes da sua actividade inspectiva e instruir os que lhe forem superiormente determinados; e) propor superiormente as medidas correctivas decorrentes da sua actividade inspectiva; f) colaborar com os restantes órgãos e serviços na realização dos objectivos do Ministério; g) colaborar com as inspecções gerais de outros ministérios; h) colaborar com organismos estrangeiros e internacionais em matérias das suas atribuições. i) fiscalizar, por sua iniciativa ou por determinação superior, o cumprimento das regras relativas à actividade de transporte rodoviário e às actividades auxiliares e complementares desta, por parte das entidades que operem nesses sectores, quer nas respectivas instalações quer na estrada; 8 j) proceder ao levantamento dos autos de notícia decorrentes das acções de fiscalização a que se refere a alínea anterior. 9 CAPÍTULO II ÓRGÃOS, SERVIÇOS E SUAS COMPETÊNCIAS SECÇÃO I ÓRGÃOS E SUAS COMPETÊNCIAS Artigo 3.º Órgão 1 A Inspecção Geral tem como órgão dirigente o inspector geral, equiparado, para todos os efeitos legais, a director geral. 7 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 116/2002, de 20 de Abril. A versão originária era a seguinte: 2 A Inspecção Geral exerce a sua actividade inspectiva relativamente aos órgãos e serviços que integram o Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações e, bem assim, aos organismos autónomos e a empresas total ou parcialmente tuteladas pelo Ministro, sem prejuízo das competências legalmente atribuídas a outros serviços e organismos do Ministério ou à Inspecção Geral de Finanças. 8 Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 116/2002, de 20 de Abril. 9 Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 116/2002, de 20 de Abril. 52

54 2 No exercício das suas funções o inspector geral é coadjuvado pelo subinspector- -geral, equiparado, para todos os efeitos legais, a subdirector geral. 3 O subinspector geral é o substituto legal do inspector geral. Artigo 4.º Competência do inspector geral 1 Ao inspector geral compete: a) superintender, dirigir e coordenar todos os serviços da Inspecção Geral; b) representar a Inspecção Geral; c) submeter a aprovação o plano anual de inspecções ordinárias; d) propor a realização de inspecções extraordinárias sempre que as circunstâncias o aconselhem; e) determinar o início e os prazos de duração das acções de inspecção; f) propor superiormente a realização de inquéritos e sindicâncias e, bem assim, a instauração de processos disciplinares em resultado de acções de inspecção; g) distribuir o pessoal pelos serviços da Inspecção Geral; h) aprovar regulamentos internos no domínio das atribuições da Inspecção Geral. 2 O inspector geral pode delegar ou subdelegar no subinspector geral, respectivamente, as suas competências próprias. SECÇÃO II SERVIÇOS Artigo 5.º Serviços Para a prossecução das suas atribuições a Inspecção Geral dispõe dos seguintes serviços: a) Serviço de Inspecção (SI); b) Serviço de Apoio Técnico (SAT); c) Repartição Administrativa (RA). Artigo 6.º Serviço de Inspecção O SI é constituído pelo conjunto dos inspectores, a quem compete, especialmente: a) realizar inspecções ordinárias e extraordinárias; b) efectuar inquéritos, sindicâncias, peritagens ou outras missões que lhes forem determinadas; c) propor os processos disciplinares resultantes da sua actividade inspectiva, assim como instruir os que lhes forem superiormente determinados; d) Fiscalizar o cumprimento das disposições legais e regulamentares respeitantes à actividade transportadora rodoviária e às actividades auxiliares e complementares desta; 10 e) Fiscalizar o cumprimento das disposições legais e regulamentares relativas ao exercício da actividade de transportador, do mercado de transportes, 10 Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 116/2002, de 20 de Abril. 53

55 das actividades auxiliares e complementares da actividade transportadora rodoviária e da profissão de motorista de veículos utilizados no transporte rodoviário. 11 Artigo 6.º-A Actuação do Serviço de Inspecção no domínio dos transportes rodoviários 12 1 A acção do Serviço de Inspecção no domínio dos transportes rodoviários é essencialmente de natureza preventiva e pedagógica, consistindo na prestação aos gestores, empresários e condutores das informações e orientações técnicas que se revelem indispensáveis à eficaz observância das normas legais e regulamentares a cujo cumprimento se encontram vinculados. 2 Sem prejuízo do disposto no número anterior, a verificação pessoal e directa, ainda que por forma não imediata, por parte dos inspectores, quando em exercício de funções, de qualquer infracção, punível com coima, às normas legais ou regulamentares relativas às actividades de transporte rodoviário e auxiliares e complementares desta dá origem ao levantamento imediato de auto de notícia, sendo dispensável a indicação de testemunhas. 3 As queixas, reclamações e denúncias não comprovadas pessoalmente pelos inspectores dão origem, quando constituam infracção, punível com coima, às normas legais ou regulamentares relativas às actividades de transporte rodoviário e auxiliares e complementares desta, ao levantamento de autos de notícia, instruídos com os meios de prova de que se disponha e com a indicação de, pelo menos, duas testemunhas, até ao máximo de três por infracção. 4 O auto de notícia, depois de verificado o controlo de conformidade pelo inspector-geral, é remetido à DGTT para processamento de contra-ordenação, não podendo ser sustado. 5 O produto das coimas aplicadas em resultado do disposto no número anterior é distribuído da seguinte forma: a) 60% para o Estado; b) 20% para a DGTT; c) 20% para a IGOPTC. 6 O produto das coimas aplicadas por outras entidades, resultante de autos de notícia levantados pela IGOPTC, será distribuído pela forma que a legislação própria dessas entidades determinar. 7 O produto das coimas que, nos termos do presente artigo, passa a reverter para a IGOPTC será afecto, entre outros fins, a suportar os encargos com ajudas de custo decorrentes das novas atribuições de fiscalização Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 116/2002, de 20 de Abril. Aditado pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 116/2002, de 20 de Abril. 54

56 Artigo 7.º Serviço de Apoio Técnico 1 O SAT é constituído por técnicos superiores licenciados, com reconhecida competência profissional nas áreas de actuação do Ministério, bem como nas que se integram na esfera das atribuições da Inspecção Geral, incumbindo lhes: a) elaborar estudos, informações e pareceres sobre matérias das atribuições da Inspecção Geral, assim como participar na elaboração de diplomas legais; b) proceder ao tratamento de documentação nacional e internacional sobre matérias da sua especialidade e sua divulgação pelos serviços da Inspecção Geral ou de outros que eventualmente o solicitem; c) cooperar com organismos nacionais, estrangeiros ou internacionais em matérias das atribuições da Inspecção Geral. 2 O SAT terá o nível de direcção de serviços e é dirigido por um director de serviços. Artigo 8.º Repartição Administrativa 1 A RA é o serviço de apoio instrumental ao qual compete assegurar a execução dos procedimentos administrativos inerentes ao funcionamento da Inspecção Geral, designadamente em matérias de organização e tratamento dos processos inspectivos, orçamento e contabilidade, administração de pessoal, património e expediente geral. 2 A RA compreende as seguintes secções: a) Secção de Processos (SP); b) Secção de Pessoal e Expediente Geral (SPEG); c) Secção de Contabilidade e Economato (SCE). 3 À SP compete: a) dactilografar, reproduzir e manusear os processos inspectivos; b) manter um ficheiro actualizado de todos os processos tramitados; c) arquivar e manter os processos já concluídos e despachados; d) proceder à distribuição pelos serviços adequados dos relatórios e demais correspondência atinente à tramitação dos processos inspectivos. 4 À SPEG compete: a) assegurar todos os procedimentos administrativos relativos à gestão e administração do pessoal; b) tratar de todo o expediente relacionado com a recepção, expedição e distribuição da correspondência; c) assegurar a organização e manutenção do arquivo geral da Inspecção Geral; d) assegurar um serviço de informação e recepção de reclamações; e) assegurar, de modo geral, a reprodução de documentos. 5 À SCE compete: a) tratar de todo o expediente relacionado com o orçamento e sua execução, processando todas as despesas, designadamente quanto a remunerações e abonos dos funcionários e agentes da Inspecção Geral; b) assegurar a administração do material da Inspecção Geral, elaborando as propostas de aquisição, distribuindo o material pelos serviços e mantendo actualizado o inventário. 55

57 CAPÍTULO III PESSOAL Artigo 9.º Quadro de pessoal A Inspecção Geral dispõe do pessoal constante do quadro anexo ao presente diploma, do qual faz parte integrante. 13 Artigo 10.º Regras de provimento 14 O provimento do pessoal do quadro a que se refere o artigo anterior é feito nos termos da lei geral. Artigo 11.º Pessoal dirigente Os lugares do pessoal dirigente são providos nos termos da lei geral Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 60/89, de 23 de Fevereiro. Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 124/91, de 21 de Março. A versão originária era a seguinte: 1 O provimento do pessoal do quadro a que se refere o artigo anterior é feito, por nomeação provisória ou em comissão de serviço, pelo período de um ano. 2 Findo o prazo referido no número anterior o funcionário será: a) provido definitivamente, se tiver revelado aptidão para o lugar; b) exonerado, ou regressará ao serviço de origem, conforme se trate de nomeação provisória ou comissão de serviço, se não tiver revelado aptidão para o lugar. 3 Se o funcionário a nomear já tiver provimento definitivo em outro lugar da função pública poderá ser, desde logo, provido definitivamente, nos casos em que exerça funções da mesma natureza. 4 O disposto no número anterior não prejudica a nomeação, em comissão de serviço, por um período a determinar até ao limite fixado no n.º 1, com base na opção do funcionário ou por conveniência da Inspecção-Geral. 5 O tempo de serviço em regime de comissão conta, para todos os efeitos legais, como prestado: a) no lugar de origem, quando à comissão não se seguir provimento definitivo; b) no lugar do quadro da Inspecção-Geral em que vier a ser provido definitivamente, finda a comissão. 56

58 Artigo 12.º Carreira de inspector 15 1 A carreira de inspector desenvolve se pelas categorias de inspector superior principal, inspector superior, inspector principal e inspector, a que correspondem as remunerações constantes do anexo n.º 7 ao Decreto Lei n.º 353 A/89, de 16 de Outubro. 2 O recrutamento para as categorias da carreira de inspector obedece às seguintes regras: a) Inspector superior principal de entre inspectores superiores com, pelo menos, três anos de serviço classificados de Muito bom ou cinco anos classificados, no mínimo, de Bom; b) Inspector superior de entre inspectores principais com, pelo menos, três anos de serviço classificados de Muito bom ou cinco anos classificados, no mínimo, de Bom, mediante concurso de provas públicas, que consistirá na apreciação e discussão do currículo profissional do candidato; c) Inspector principal de entre inspectores com, pelo menos, três anos de serviço na categoria, classificados, no mínimo, de Bom; d) Inspector de entre licenciados em Direito, Engenharia, Economia, Finanças ou Organização e Gestão de Empresas, aprovados em estágio com classificação não inferior a Bom (14 valores). 15 Primeiramente alterado pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 60/89, de 23 de Fevereiro. A redacção actual foi introduzida pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 124/91, de 21 de Março sendo a redacção cessante, introduzida pelo Decreto-Lei n.º 60/89, a seguinte: 1 A carreira de inspector desenvolve-se pelas categorias de inspector superior principal, inspector superior, inspector principal e inspector, a que correspondem, respectivamente, as letras de vencimento A, B, C e D. 2 O recrutamento para as categorias da carreira de inspector obedece às seguintes regras: a) Inspector superior principal de entre inspectores superiores com, pelo menos, três anos de serviço classificados de Muito bom ou cinco anos classificados, no mínimo, de Bom; b) Inspector superior de entre inspectores principais com, pelo menos, três anos de serviço classificados de Muito bom ou cinco anos classificados, no mínimo, de Bom, mediante concurso de provas públicas, que consistirá na apreciação e discussão do currículo profissional do candidato; c) Inspector principal de entre inspectores com, pelo menos, três anos de serviço na categoria classificados, no mínimo, de Bom; d) Inspector de entre licenciados em Direito, Engenharia, Economia, Finanças ou Organização e Gestão de Empresas, aprovados em estágio com classificação não inferior a Bom (14 valores). 3 Ao estágio para ingresso na carreira de inspector é aplicável, com as necessárias adaptações, o regime dos estágios definido no artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 265/88, de 28 de Julho, com as seguintes especialidades: a) Durante o período de estágio um ano, os estagiários serão remunerados pela letra F da tabela de vencimentos da função pública e têm direito à gratificação estabelecida pelo artigo 18.º do Decreto-Lei n.º 409/87, de 31 de Dezembro; b) O relatório final de estágio poderá ser substituído pelos relatórios dos trabalhos efectuados por cada estagiário ao longo do ano. 4 Compete, genericamente, ao pessoal da carreira de inspecção realizar inspecções, efectuar inquéritos, sindicâncias, peritagens e, bem assim, instruir processos disciplinares ou executar outras tarefas que lhe sejam determinadas no âmbito das atribuições da Inspecção-Geral, designadamente estudos, informações e pareceres técnicos nas áreas das respectivas especialidades. 57

59 3 Ao estágio para ingresso na carreira de inspector é aplicável o disposto no Decreto Lei n.º 427/89, de 7 de Dezembro, bem como o regime de estágios definido no artigo 5.º do Decreto Lei n.º 265/88, de 28 de Julho, com as seguintes especialidades: a) durante o período de um ano os estagiários serão remunerados pelo escalão constante do anexo n.º 7 ao Decreto Lei n.º 353 A/89, de 16 de Outubro, e têm direito à gratificação a que se refere o artigo 18.º do Decreto-Lei n.º 409/87, de 31 de Dezembro, com as alterações decorrentes do Decreto Lei n.º 353 A/89, de 16 de Outubro; b) o relatório final de estágio poderá ser substituído pelos relatórios dos trabalhos efectuados por cada estagiário ao longo do ano. 4 Compete, genericamente, ao pessoal da carreira de inspecção realizar inspecções efectuar inquéritos, sindicâncias, peritagens e, bem assim, instruir processos disciplinares ou executar outras tarefas que lhe sejam determinadas no âmbito das atribuições da Inspecção Geral, designadamente estudos, informações e pareceres técnicos nas áreas das respectivas especialidades. Artigo 12.º A Classificação anual de serviço 16 1 Aos funcionários da carreira de inspector da Inspecção Geral será aplicado o sistema de classificação de serviço consagrado no Decreto Regulamentar n.º 44- -B/83, de 1 de Junho, com as necessárias adaptações, aprovadas por portaria do Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações e do membro do Governo que tiver a seu cargo a função pública. 2 Enquanto não for aplicada a portaria referida no número anterior a classificação de serviço será atribuída de harmonia com o disposto no Decreto Regulamentar n.º 44 B/83, de 1 de Junho. Artigo 13.º Carreira técnica superior O recrutamento e selecção, o ingresso e o acesso na carreira técnica superior regem se pelas leis gerais da função pública. Artigo 14.º Chefe de repartição O recrutamento do chefe de repartição far se á nos termos do disposto no artigo 6.º do Decreto Lei n.º 265/88, de 28 de Julho Aditado pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 124/91, de 21 de Março. Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 124/91, de 21 de Março. A versão originária era a seguinte: O lugar de chefe de repartição será provido, mediante concurso, de entre indivíduos habilitados com curso superior e experiência profissional adequada ou de entre chefes de secção com, pelo menos, três anos de bom e efectivo serviço na categoria. 58

60 Artigo 15.º Pessoal administrativo e auxiliar Os lugares de chefe de secção, oficial administrativo, auxiliar administrativo, motorista de ligeiros e telefonista serão preenchidos nos termos da lei geral. Artigo 16.º Afectação de pessoal 18 Por despacho do inspector geral podem os inspectores ser afectados ao SAT e os técnicos superiores ao SI, sempre que tal se mostre conveniente e pelo tempo julgado necessário, gozando os últimos dos mesmos benefícios e regalias do pessoal da carreira de inspecção, durante o período em que se verifique a afectação. Artigo 16.º- A Contratos de tarefa e avença 19 Para a realização de trabalhos que se considerem indispensáveis à prossecução das actividades da Inspecção Geral, esta poderá celebrar contratos de tarefa e avença nos termos da lei geral. Artigo 17.º Requisição, destacamento e comissão de serviço 20 1 Para a execução de tarefas inspectivas especiais ou quando, por falta de pessoal, tal se mostre necessário, pode requisitar se ou destacar se pessoal para a Inspecção Geral, de harmonia com o disposto no artigo 27.º do Decreto Lei n.º 427/89, de 7 de Dezembro, e no artigo 37.º do Decreto Lei n.º 41/84, de 3 de Fevereiro O pessoal destacado, requisitado ou em comissão de serviço na Inspecção Geral tem direito a todas as regalias e fica sujeito a todas as obrigações inerentes ao pessoal do quadro da Inspecção Geral. 3 Os encargos com os vencimentos do pessoal destacado nos termos do n.º 1 serão suportados pelo serviço de origem, salvo a gratificação a que se refere o artigo 18.º, a qual será abonada pela Inspecção Geral Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 124/91, de 21 de Março. A versão originária era a seguinte: Por despacho do inspector-geral podem os inspectores ser afectados ao SAT, bem como os técnicos superiores ser afectados ao SI, sempre que tal se mostre conveniente e pelo tempo julgado necessário. Aditado pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 124/91, de 21 de Março. Alterada a epígrafe pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 124/91, de 21 de Março. A versão originária era a seguinte: Mobilidade de pessoal. Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 124/91, de 21 de Março. A versão originária era a seguinte: 1 - Para a execução de tarefas inspectivas especiais ou quando, por falta de pessoal, tal se mostre necessário, pode, por despacho ministerial, mediante proposta do inspector-geral, ser destacado ou requisitado, conforme os casos, para a Inspecção-Geral pessoal de outros serviços do Ministério ou de organismos ou de empresas dependentes ou tutelados. 59

61 Artigo 18.º Gratificações O inspector geral, o subinspector geral, o director de serviços e os inspectores têm direito a uma gratificação mensal de importância equivalente a 20% do respectivo vencimento e diuturnidades. Artigo 18.º-A Abonos e ajudas de custo 22 O pessoal de inspecção ou a ele afecto, sempre que, por motivos de serviço, se desloque da sua residência oficial, tem direito a ajudas de custo e à utilização de transportes públicos em 1.ª classe, podendo ainda fazer uso de automóvel da sua propriedade, tudo nas condições estabelecidas na lei geral aplicável. Artigo 19.º Direitos e prerrogativas 23 Os inspectores gozam dos seguintes direitos e prerrogativas: 24 a) utilizar, nos locais de trabalho, por cedência das entidades inspeccionadas, instalações próprias, bem como os meios de que careçam; b) utilizar um cartão de identificação com a menção «Livre trânsito», do modelo aprovado para uso no Ministério; c) ter acesso e livre trânsito, quando em exercício de funções, em instalações dos órgãos, serviços, organismos autónomos e empresas dependentes ou sob tutela do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações; d) corresponder se, quando em serviço fora da Inspecção Geral, com todas as autoridades, bem como com quaisquer pessoas singulares ou colectivas, sobre assuntos de serviço da sua competência; e) examinar livros, documentos e arquivos dos serviços inspeccionados; f) requisitar às autoridades policiais a colaboração que se mostre necessária ao exercício das suas funções, designadamente nos casos de resistência a esse exercício por parte dos destinatários; g) proceder à selagem de quaisquer instalações, dependências, cofres ou móveis e à apreensão, requisição ou reprodução de documentos quando isso se mostre indispensável à prova de infracções detectadas, para o que será levantado o respectivo auto, dispensável no caso de simples reprodução de documentos; Aditado pelo artigo 2.º Decreto-Lei n.º 124/91, de 21 de Março. Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 124/91, de 21 de Março. A versão originária era a seguinte: Prerrogativas Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 124/91, de 21 de Março. A versão originária era a seguinte: 1 - Para desempenho da função inspectiva devem os dirigentes dos órgãos, serviços, organismos ou empresas a inspeccionar afectar aos inspectores, a solicitação destes, instalações próprias e os meios humanos e materiais de que careçam. 2 - O pessoal que presta serviço na Inspecção-Geral tem direito a cartão de identificação com a menção «livre-trânsito», do modelo aprovado para uso no Ministério. 3 - O cartão referido no número anterior confere ao respectivo titular, em exercício de funções, o direito de livre circulação em instalações dos órgãos, serviços, organismos autónomos e empresas dependentes ou sob tutela. 60

62 h) participar ao Ministério Público a recusa de quaisquer informações ou elementos solicitados nas condições das alíneas d) e e), bem como a falta injustificada na colaboração solicitada ao abrigo das alíneas a) e c). Artigo 19.º- A Domicílio legal 25 1 Os inspectores têm, em regra, domicílio legal em Lisboa. 2 Em casos devidamente justificados, a residência poderá ser fixada nas sedes dos distritos, mediante despacho do inspector geral. 3 O uso da faculdade constante do número anterior depende da concordância dos funcionários abrangidos. 4 Os funcionários deslocados nos termos dos números anteriores têm a sua sede funcional em instalações dos serviços que integram o Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações ou dos organismos autónomos tutelados pelo Ministério. Artigo 20.º Sigilo profissional, incompatibilidade e deveres especiais 1 Toda a actividade desenvolvida no âmbito das atribuições da Inspecção Geral está sujeita a sigilo profissional. 2 É vedado ao pessoal da Inspecção Geral: 26 a) exercer qualquer actividade, pública ou privada, susceptível de comprometer a isenção exigida no exercício das suas funções, salvo casos especiais devidamente justificados e autorizados pelo Ministro, precedidos de parecer favorável do inspector geral; b) intervir em processos de inspecção, inquérito, sindicância ou processos disciplinares em que sejam visados parentes ou afins de qualquer grau da linha recta ou até ao 3.º grau da linha lateral. 3 Os funcionários da Inspecção Geral devem desempenhar com o maior escrúpulo, correcção e diligência os serviços de que estiverem incumbidos. 27 Artigo 20.º A Autoridade pública 28 O inspector geral, o subinspector geral, os inspectores e os técnicos superiores, quando afectos ao serviço de inspecção, são considerados como autoridade pública Aditado pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 124/91, de 21 de Março. Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 124/91, de 23 de Março. A versão originária era a seguinte: É vedado aos funcionários da Inspecção-Geral exercer qualquer actividade, pública ou privada, susceptível de comprometer a isenção exigida no exercício das suas funções, salvo casos especiais devidamente justificados e autorizados pelo Ministro, precedidos de parecer favorável do inspector-geral. Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 124/91, de 21 de Março. Aditado pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 124/91, de 21 de Março. 61

63 CAPÍTULO IV DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Artigo 21.º Primeiros provimentos 1 Os primeiros provimentos em lugares do quadro da Inspecção Geral serão feitos, à medida das necessidades do serviço, por despacho ministerial, mediante proposta do inspector geral, de entre indivíduos providos nos quadros da função pública possuidores de habilitações exigidas para o lugar a preencher e de categoria a que corresponda a mesma letra de vencimento, integrada em carreira do mesmo grupo de pessoal. 2 Aos funcionários providos em lugares do quadro da Inspecção Geral, nos termos deste artigo, é lhes contado, na nova categoria, para efeitos de promoção e antiguidade na carreira, todo o tempo prestado na categoria e carreira anteriores. Artigo 22.º Relacionamento com outras entidades Todos os órgãos e serviços do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações e, bem assim, os organismos autónomos e empresas total ou parcialmente tutelados pelo Ministro devem prestar à Inspecção Geral toda a colaboração que por esta lhes seja solicitada, designadamente fornecendo elementos estatísticos, realizando estudos e prestando informações ou esclarecimentos relativos às suas actividades. Artigo 22.º- A Prestação de declarações 29 1 A Inspecção Geral poderá requisitar a comparência, para prestação de declarações ou depoimentos em quaisquer processos administrativos, de funcionários ou agentes do Estado, bem como de trabalhadores de organismos autónomos e de empresas total ou parcialmente tuteladas pelo Ministério. 2 A notificação para comparência de quaisquer outras pessoas, para os efeitos referidos no número anterior e observadas as disposições aplicáveis no Código de Processo Penal, poderá ser requisitada às autoridades policiais. 3 As declarações e depoimentos referidos no número anterior devem ser colhidos em locais onde existam serviços do Ministério ou, na sua inexistência, na residência dos respectivos autores, ou ainda na localidade de trabalho ou actividade profissional do declarante ou depoente. 4 Toda a pessoa notificada ou avisada que não compareça no dia, hora e local designados, nem justifique a falta, será punida nos termos da lei. 29 Aditado pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 124/91, de 21 de Março. 62

64 Artigo 22.º- B Fiscalização do resultado das acções da Inspecção Geral 30 A Inspecção Geral controlará a execução pelas entidades ou serviços competentes das medidas preconizadas nos seus relatórios, processos ou outros documentos para correcção ou reparação das irregularidades, deficiências ou outras anomalias detectadas. Artigo 23.º Vigência O presente diploma entra em vigor no dia 1 de Janeiro de Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 10 de Dezembro de Aníbal António Cavaco Silva Miguel José Ribeiro Cadilhe João Maria Leitão de Oliveira Martins. Promulgado em 30 de Dezembro de Publique se. O Presidente da República, MÁRIO SOARES. Referendado em 30 de Dezembro de O Primeiro Ministro, Aníbal António Cavaco Silva. 30 Aditado pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 124/91, de 21 de Março. 63

65 Quadro de pessoal a que se refere o artigo 9.º 31 Decreto Lei n.º 60/89, de 23 de Fevereiro (Define o quadro do pessoal) O Decreto Lei n.º 265/88, de 28 de Julho, procede à reestruturação e revalorização das carreiras técnica superior e técnica da função pública. Nos termos do n.º 4 do artigo 2.º desse diploma, a estrutura fixada para aquelas carreiras, constante dos seus mapas anexos, é aplicável, com as necessárias adaptações, às carreiras de inspecção que se integrem nos grupos de pessoal técnico superior e técnico, mediante decreto lei. Integrando se a carreira de inspector da Inspecção Geral do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, cuja Lei Orgânica foi aprovada pelo Decreto Lei 31 Vide, as alterações introduzidas pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 60/89, de 23 de Fevereiro, pelo artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 124/91, de 21 de Marços e pelo artigo 3.º do Decreto Regulamentar nº 13/2001, de 30 de Junho. 64

66 n.º 409/87, de 31 de Dezembro, no grupo de pessoal técnico superior, importa proceder à sua reestruturação e revalorizarão. Assim: Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 201.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: Artigo 1.º Quadro de pessoal O quadro de pessoal a que se refere o artigo 9.º do Decreto Lei n.º 409/87, de 31 de Dezembro, na parte referente à carreira de inspector, é substituído pelo quadro anexo ao presente diploma, do qual faz parte integrante. Artigo 2.º Carreira de inspecção 32 Artigo 3.º Transição de pessoal 1 Os inspectores superiores e os inspectores coordenadores transitam, respectivamente, para inspector superior principal e inspector superior. 2 As transições a que se refere o número anterior, bem como as revalorizações das restantes categorias da carreira de inspector, estão sujeitas a anotação pelo Tribunal de Contas e a publicação no Diário da República. Artigo 4.º Relevância de tempo de serviço prestado O tempo de serviço prestado anteriormente nas categorias revalorizadas ou reclassificadas pelo presente diploma releva para todos os efeitos legais, com excepção dos remuneratórios. Artigo 5.º Entrada em vigor O presente diploma produz efeitos, no que se refere às reclassificações e revalorizações nele estabelecidas, nos termos do artigo 15.º do Decreto Lei n.º 265/88, de 28 de Julho. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 26 de Janeiro de Aníbal António Cavaco Silva Miguel José Ribeiro Cadilhe João Maria Leitão de Oliveira Martins. Promulgado em 9 de Fevereiro de Publique se. O Presidente da República, MÁRIO SOARES. Referendado em 9 de Fevereiro de O Primeiro Ministro, Aníbal António Cavaco Silva. 32 As alterações foram introduzidas nos locais apropriados. 65

67 Quadro de pessoal a que se refere o artigo 1.º Decreto Lei n.º 124/91, de 21 de Março (Altera o quadro do pessoal) O preâmbulo da Lei Orgânica da Inspecção Geral de Obras Públicas, Transportes e Comunicações, aprovada pelo Decreto Lei n.º 409/87, de 31 de Dezembro, e alterada pelo Decreto Lei n.º 60/89, de 23 de Fevereiro, previa uma reestruturação a curto prazo, à luz da experiência inspectiva entretanto recolhida. Volvidos dois anos e meio de actividade, ficou demonstrado que o número de efectivos, em termos de pessoal de inspecção, é manifestamente desajustado dos objectivos que a Inspecção Geral se propõe alcançar. Neste contexto, as soluções preconizadas neste diploma visam, fundamentalmente, um reforço da carreira de inspector, bem como a previsão de algumas prerrogativas determinantes da actuação inspectiva que possam contribuir para a eficiência e eficácia dos serviços. Assim: Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 201.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: Artigo 1.º 33 Artigo 2.º 34 Artigo 3.º O quadro de pessoal a que se refere o artigo 9.º do Decreto Lei n.º 409/87, de 31 de Dezembro, e o artigo 1.º do Decreto Lei n.º 60/89, de 23 de Fevereiro, é substituído pelo quadro anexo ao presente diploma, que dele faz parte integrante. Artigo 4.º O presente diploma entra em vigor no dia imediato ao da sua publicação As alterações foram introduzidas nos locais apropriados. As alterações foram introduzidas nos locais apropriados. 66

68 Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 7 de Fevereiro de Aníbal António Cavaco Silva Luís Miguel Couceiro Pizarro Beleza Joaquim Martins Ferreira do Amaral. Promulgado em 12 de Março de Publique se. O Presidente da República, MÁRIO SOARES. Referendado em 13 de Março de O Primeiro Ministro, Aníbal António Cavaco Silva. ANEXO Quadro a que se refere o artigo 9.º do Decreto Lei n.º 409/87, com a alteração introduzida pelo artigo 3.º Decreto Regulamentar n.º 13/2001 de 30 de Junho (Escalas salariais do pessoal) Procedeu se, através do Decreto Lei n.º 404 A/98, de 18 de Dezembro, à revisão do regime geral de carreiras da Administração Pública. Todavia, os princípios e soluções nele contidos devem, por força do disposto no n.º 3 do artigo 17.º, ser tornados extensivos às carreiras de regime especial, estando a carreira técnica superior de inspecção da Inspecção Geral das Obras Públicas, Transportes e Comunicações em condições de beneficiar da aplicação dos referidos princípios e soluções. Visa se, assim, com o presente diploma, proceder aos ajustamentos salariais, bem como à conversão, com dotação global, da carreira inspectiva, nos termos do n.º 3 do artigo 17.º e da alínea a) do n.º 1 e do n.º 2 do artigo 29.º do Decreto Lei n.º 404 A/98, de 18 de Dezembro. 67

69 te: Foram observados os procedimentos decorrentes da Lei n.º 23/98, de 26 de Maio. Assim: Nos termos da alínea c) do artigo 199.º da Constituição, o Governo decreta o seguin- Artigo 1.º Objecto e âmbito As escalas salariais da carreira técnica superior de inspecção da Inspecção Geral das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, regulada pelo Decreto Lei n.º 409/87, de 31 de Dezembro, com as alterações introduzidas pelos Decretos Leis n. os 60/89, de 23 de Fevereiro, e 124/91, de 21 de Março, e constante do anexo n.º 7 ao Decreto Lei n.º 353 A/89, de 16 de Outubro, são alteradas de acordo com o mapa anexo ao presente diploma, que dele faz parte integrante. Artigo 2.º Transição 1 A transição para as novas escalas salariais faz se na mesma carreira e categoria para escalão a que corresponda, na estrutura da categoria, índice remuneratório igual ou, se não houver coincidência, índice superior mais aproximado. 2 Nos casos em que da aplicação da regra constante do número anterior resulte um impulso salarial igual ou inferior a 10 pontos, releva, para efeitos de progressão, o tempo de permanência no índice de origem. 3 Os funcionários que tenham mudado de categoria ou escalão a partir de 1 de Janeiro de 1998 transitam para a nova escala salarial de acordo com a categoria e escalão de que eram titulares àquela data, sem prejuízo do reposicionamento decorrente das alterações subsequentes, de acordo com as regras aplicáveis. 4 À transição a que se referem os números anteriores é aplicável o disposto no artigo 21.º do Decreto Lei n.º 404 A/98, de 18 de Dezembro, no caso de na sua aplicação se verificarem situações análogas às nele previstas. Artigo 3.º Alteração ao quadro de pessoal O quadro de pessoal técnico superior de inspecção da Inspecção Geral das Obras Públicas, Transportes e Comunicações considera se automaticamente alterado de acordo com o disposto na alínea a) do n.º 1 e no n.º 2 do artigo 29.º do Decreto Lei n.º 404 A/98, de 18 de Dezembro, nos seguintes termos: a) as dotações das categorias de inspector principal e de inspector são convertidas em dotação global; b) igualmente, as dotações das categorias de inspector superior principal e de inspector superior são convertidas em dotação global. Artigo 4.º Produção de efeitos 1 Sem prejuízo do disposto nos números seguintes, o presente diploma produz efeitos reportados a 1 de Janeiro de Das transições decorrentes deste diploma não podem resultar, em 1998, impulsos salariais superiores a 15 pontos indiciários. 68

70 3 Nos casos em que se verifiquem impulsos salariais superiores aos referidos no número anterior, o direito à totalidade da remuneração só se adquire em 1 de Janeiro de Aos funcionários que, em 1998, adquirissem, por progressão na anterior escala salarial, direito a remuneração superior à que lhes é atribuída de acordo com os n. os 2 e 3 é garantida, entre o momento da progressão e 31 de Dezembro de 1998, a remuneração correspondente ao índice para o qual progrediram naquela escala salarial. 5 O disposto nos números anteriores não impede a integração formal no escalão que resultar da aplicação das regras de transição. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 17 de Maio de António Manuel de Oliveira Guterres Joaquim Augusto Nunes Pina Moura Eduardo Luís Barreto Ferro Rodrigues Alberto de Sousa Martins. Promulgado em 4 de Junho de Publique se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO. Referendado em 8 de Junho de O Primeiro Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres. Decreto Regulamentar n.º 27/2002, de 8 de Abril (Define a carreira de Inspecção da IGOTC) Através do Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril, foi estabelecido o enquadramento e definida a estrutura das carreiras de inspecção da Administração Pública. O artigo 14.º deste diploma legal estabelece que a sua aplicação aos serviços e organismos abrangidos é feita por meio de decreto regulamentar. Encontra-se nesta situação a Inspecção-Geral de Obras Públicas, Transportes e Comunicações (IGOPTC), criada pelo Decreto-Lei n.º 409/87, de 31 de Dezembro, alterado pelos Decretos-Leis n. os 60/89, de 23 de Fevereiro, e 124/91, de 21 de Março. Considerando a premente necessidade de dar sequência ao regime constante do referido Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril, regulamenta-se no presente diploma a carreira de inspecção da IGOPTC, o respectivo conteúdo funcional e regras de transição. Foram observados os procedimentos decorrentes da Lei n.º 23/98, de 26 de Maio. Assim: 69

71 Ao abrigo do disposto no artigo 14.º, n.º 1, do Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril, e nos termos da alínea c) do artigo 199.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: Artigo 1.º Objecto e âmbito O presente diploma define e regulamenta a carreira de inspecção da Inspecção-Geral de Obras Públicas, Transportes e Comunicações (IGOPTC), o respectivo conteúdo funcional e regras de transição. Artigo 2.º Carreira de inspecção A IGOPTC possui, nos termos do Decreto-Lei n.º 409/87, de 31 de Dezembro, alterado pelos Decretos-Leis n. os 60/89, de 23 de Fevereiro, e 124/91, de 21 de Março, uma carreira de inspector superior. Artigo 3.º Conteúdo funcional da carreira de inspector superior Compete, genericamente, ao pessoal da carreira de inspector superior efectuar inspecções, inquéritos, sindicâncias, averiguações, peritagens aos órgãos, serviços e empresas que integram o Ministério do Equipamento Social ou sobre os quais o Ministro exerce competências resultantes da posição accionista do Estado, bem como instruir processos disciplinares ou executar outras tarefas que lhe sejam determinadas no âmbito das atribuições da IGOPTC, designadamente estudos, informações e pareceres técnicos nas áreas das respectivas especialidades. Artigo 4.º Estágio 1 A frequência do estágio para ingresso na carreira de inspector superior é feita em regime de contrato administrativo de provimento, no caso de indivíduos não vinculados à função pública, e em regime de comissão de serviço extraordinária, se o estagiário já estiver nomeado definitivamente noutra carreira. 2 O não provimento, quer dos estagiários não aprovados quer dos aprovados que excedam o número de vagas fixado, implica a imediata cessação da comissão de serviço ou a rescisão do contrato administrativo de provimento, conforme o caso, sem que tal confira o direito a qualquer indemnização. 3 O disposto no número anterior não prejudica a possibilidade de nomeação dos estagiários aprovados, desde que a mesma se efective dentro do prazo de validade do concurso para admissão ao estágio. 4 O regulamento de estágio é aprovado por despacho conjunto dos Ministros do Equipamento Social e da Reforma do Estado e da Administração Pública. 5 Os estagiários da carreira de inspector superior são remunerados pelo índice 370, sem prejuízo do direito de opção pela remuneração do lugar de origem, no caso de pessoal já vinculado à função pública. 70

72 Artigo 5.º Transição do pessoal A transição do pessoal do quadro integrado na carreira de inspector superior da IGOPTC faz-se para carreira, categoria e escalão iguais aos que detêm. Artigo 6.º Produção de efeitos 1 O presente diploma produz efeitos reportados a 1 de Julho de Aos funcionários que tenham mudado de categoria ou de escalão a partir de 1 de Julho de 2000 são aplicáveis as transições constantes do artigo anterior do presente diploma, com efeitos a partir da data em que as mesmas ocorreram. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 31 de Janeiro de António Manuel de Oliveira Guterres - Guilherme d'oliveira Martins - Alberto de Sousa Martins. Promulgado em 14 de Março de Publique-se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO. Referendado em 21 de Março de O Primeiro-Ministro, em exercício, Jaime José Matos da Gama. Decreto-Lei n.º 116/2002, de 20 de Abril (Altera a Lei Orgânica da IGOTC) A Inspecção-Geral de Obras Públicas, Transportes e Comunicações (IGOPTC), criada através do Decreto-Lei n.º 409/87, de 31 de Dezembro, com as alterações introduzidas pelos Decretos-Leis n. os 60/89, de 23 de Fevereiro, e 124/91, de 21 de Março, é o serviço de inspecção do Ministério do Equipamento Social que tem por finalidade assegurar o cumprimento das leis, regulamentos, contratos, directivas e instruções ministeriais e garantir a reposição do interesse público e da legalidade violada. Com a publicação da Lei Orgânica do Ministério do Equipamento Social, aprovada pelo Decreto-Lei n.º 129/2000, de 13 de Julho, a IGOPTC passou, por força do disposto no n.º 3 e na alínea f) do n.º 4, ambos do artigo 8.º, a exercer competência fiscalizadora relativamente às empresas que operam no âmbito dos transportes rodoviários, competência até então exercida em exclusivo pela Direcção-Geral de Transportes Terrestres (DGTT). A competência agora atribuída à IGOPTC poderá ser exercida quer nas instalações das respectivas empresas, quer na estrada. Sucede, por outro lado, que aquela actividade, além do seu carácter informativo e orientador, implicará, quando a lei assim o preveja, uma acção coerciva exercida através do levantamento dos respectivos autos de notícia. Neste último caso, o levantamento dos autos de notícia será efectuado pelos inspectores da IGOPTC, cabendo, no entanto, à DGTT o seu processamento. Deste modo, à semelhança do que sucede com outras entidades fiscalizadoras, reverterão para a IGOPTC 20% do produto das coimas resultantes de autos por si levantados. 71

73 Deste modo, há que regulamentar a competência que foi atribuída à IGOPTC pela alínea f) do n.º 4 do artigo 8.º do Decreto-Lei n.º 129/2000, de 13 de Julho, que aprovou a Lei Orgânica do Ministério do Equipamento Social. A presente alteração à Lei Orgânica da IGOPTC torna-se necessária, dado que importa adequar a mesma à Lei Orgânica do Ministério do Equipamento Social. Assim: Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: Artigo 1.º Alterações à Lei Orgânica da Inspecção-Geral de Obras Públicas, Transportes e Comunicações 35 Artigo 2.º Aditamento de artigo à Lei Orgânica da Inspecção-Geral de Obras Públicas, Transportes e Comunicações 36 Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 28 de Fevereiro de António Manuel de Oliveira Guterres Guilherme d'oliveira Martins Diogo Campos Barradas de Lacerda Machado Alexandre António Cantigas Rosa. Promulgado em 3 de Abril de Publique-se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO. Referendado em 4 de Abril de O Primeiro-Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres As alterações foram introduzidas nos locais apropriados. As alterações foram introduzidas nos locais apropriados. 72

74 INSPECÇÃO GERAL DA DEFESA NACIONAL Decreto Lei n.º 72/2001, de 26 de Fevereiro (Lei Orgânica) O Decreto Lei n.º 133/95, de 9 de Junho, ao dotar a Inspecção Geral das Forças Armadas (IGFAR) de uma estrutura organizativa adequada e ao disciplinar o respectivo funcionamento em termos de lhe permitir assegurar, através do exercício da acção inspectiva e de fiscalização, a rigorosa observância da legalidade e o controlo da correcta administração dos meios postos à disposição das Forças Armadas e dos demais organismos e serviços integrados no Ministério da Defesa Nacional, cumpriu os seus objectivos. A actividade da IGFAR revestiu se de grande importância enquanto instrumento de controlo interno e de gestão do Ministério da Defesa Nacional. Não obstante, várias razões aconselham a alteração do edifício legislativo que lhe serve de suporte. Em primeiro lugar, a experiência entretanto adquirida nos primeiros anos de vida da IGFAR e a recente criação da carreira de inspecção superior da mesma Inspecção Geral, medida considerada de singular relevância para uma maior operacionalidade, eficiência e eficácia da acção inspectiva deste serviço central do Ministério da Defesa Nacional, aconselham a realização de reajustamentos na respectiva estrutura orgânica, por forma a dotar a IGFAR de meios mais idóneos e consentâneos ao prosseguimento das actividades inspectivas que lhe são próprias. Para mais, a entrada em vigor do Decreto Lei n.º 166/98, de 25 de Junho, que institui o sistema de controlo interno da administração financeira do Estado, ao introduzir na nossa ordem jurídica os novos princípios de coordenação dos serviços de controlo interno de nível estratégico, sectorial e operacional, aconselha uma revisão da Lei Orgânica da IGFAR, de forma a facilitar a integração no sistema e a recepção dos referidos princípios. Esta preocupação surge paralelamente à necessidade de aproximar a actividade inspectiva do preceituado pelas normas nacionais e internacionais de auditoria e revisão, sobretudo na parte directamente aplicável ao sector público administrativo. Finalmente, a inserção da IGFAR no nível sectorial do controlo interno com funções de verificação, acompanhamento e informação perspectivados preferencialmente sobre a avaliação do controlo operacional e sobre a adequação da inserção de cada unidade operativa e respectivo sistema de gestão no plano global do Ministério da Defesa Nacional aconselha a alteração da designação para outra mais condizente com a sua missão. Daí que a IGFAR passe a designar se por Inspecção Geral da Defesa Nacional. Foram observados os procedimentos decorrentes da Lei n.º 23/98, de 26 de Maio. Assim: Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: 73

75 CAPÍTULO I NATUREZA Artigo 1.º Natureza A Inspecção Geral da Defesa Nacional (IGDN) é um serviço central de inspecção, auditoria, fiscalização e de apoio técnico do Ministério da Defesa Nacional, dotado de autonomia administrativa, que funciona na directa dependência do Ministro. Artigo 2.º Âmbito A actuação da IGDN abrange as Forças Armadas e os demais organismos e serviços integrados no Ministério da Defesa Nacional ou sob a superintendência ou tutela do Ministro da Defesa Nacional. Artigo 3.º Competências 1 À IGDN compete, em geral, velar pela rigorosa observância da legalidade e controlar a utilização dos recursos humanos, materiais e financeiros, tendo em vista a sua eficiência, eficácia, métodos e procedimentos de gestão, bem como a salvaguarda do interesse público. 2 No âmbito da acção inspectiva e fiscalizadora compete, em especial, à IGDN: a) verificar, de forma sistemática, o cumprimento da lei pelos organismos e serviços a que se refere o artigo anterior; b) emitir parecer sobre os relatórios de actividades e contas dos organismos e serviços referidos no artigo anterior; c) realizar inspecções ordinárias e utilizar métodos de auditoria com vista à regular avaliação da eficiência e eficácia dos organismos e serviços inspeccionados, de acordo com o respectivo plano de actividades; d) realizar inspecções extraordinárias superiormente determinadas, com os objectivos e utilizando os métodos referidos na alínea anterior; e) efectuar os inquéritos, sindicâncias e peritagens necessários à prossecução das respectivas competências; f) acompanhar a resolução de faltas, deficiências e anomalias reveladas no decurso das actividades inspectivas e de análise, até à respectiva conclusão; g) colaborar com as inspecções gerais de outros ministérios e, quando superiormente acordado, com entidades estrangeiras e organismos internacionais em matérias do seu âmbito. 3 No âmbito da acção de apoio técnico ao Ministro, compete à IGDN, em especial: a) efectuar estudos e elaborar pareceres ou relatórios informativos; b) realizar, por determinação superior, quaisquer trabalhos no âmbito das suas competências, directamente ou mediante recurso a especialistas ou outros serviços do Estado que tenham como função o exercício do controlo interno; c) elaborar, propor e difundir normas e instruções aplicáveis ao enquadramento das actividades de inspecção, definindo, nomeadamente, os respectivos critérios de avaliação; 74

76 d) propor a adopção de medidas de aperfeiçoamento da administração dos meios humanos, materiais e financeiros e para o bom funcionamento dos sistemas, bem como para a resolução de eventuais deficiências. CAPÍTULO II ÓRGÃOS E SERVIÇOS Artigo 4.º Inspector geral 1 A IGDN é dirigida por um inspector geral, coadjuvado por um subinspector- -geral. 2 O subinspector geral é o substituto legal do inspector geral. Artigo 5.º Competência do inspector geral 1 Ao inspector geral compete: a) dirigir, coordenar e fiscalizar a actividade da IGDN e emitir as directivas, ordens e instruções a que deve obedecer a actuação dos inspectores; b) representar a IGDN; c) submeter a aprovação superior o plano anual de inspecções ordinárias de administração de meios e de análise de programas e sistemas; d) submeter a aprovação superior o plano e o relatório anual de actividades; e) propor a realização de inspecções extraordinárias, sempre que as circunstâncias o aconselhem; f) aprovar os relatórios elaborados pelas equipas de inspecção; g) determinar o início e os prazos de duração das acções de inspecção; h) distribuir o pessoal pelos serviços da IGDN; i) requisitar aos ramos das Forças Armadas pessoal destinado à constituição de equipas de inspecção; j) aprovar regulamentos internos no domínio das competências da IGDN. 2 O inspector geral pode cometer ao subinspector geral a coordenação de domínios de actividade específicos, para o que delega ou subdelega as competências adequadas. Artigo 6.º Conselho de inspecção 1 O inspector geral é apoiado no exercício das suas funções por um órgão colegial, de natureza consultiva, denominado conselho de inspecção (CI). 2 O CI tem a seguinte composição: a) o inspector geral, que preside; b) o subinspector geral; c) os inspectores directores; d) o director de serviços da Direcção de Serviços de Estudos, Planeamento e Apoio Técnico. 3 Quando o inspector geral o considere conveniente, podem tomar parte nas reuniões do CI, sem direito a voto, outros elementos de reconhecida competência nos assuntos a tratar. 75

77 4 Compete em especial ao CI dar pareceres em matéria de definição das grandes linhas de actuação da IGDN e, designadamente, pronunciar se sobre o plano de inspecções e de actividades da IGDN. Artigo 7.º Estrutura A IGDN compreende os seguintes serviços: a) a Inspecção de Análise de Programas e Sistemas (IAPS); b) a Inspecção da Administração dos Meios Humanos (IAMH); c) a Inspecção da Administração dos Meios Materiais (IAMM); d) a Inspecção da Administração dos Meios Financeiros (IAMF); e) a Direcção de Serviços de Estudos, Planeamento e Apoio Técnico (DSEPAT); f) a Divisão de Apoio Geral (DAG). Artigo 8.º Inspecções 1 As inspecções são os serviços operativos responsáveis pelas actividades de inspecção. 2 São competências das inspecções, designadamente: a) realizar inspecções, análises de sistemas, auditorias, inquéritos, sindicâncias ou outras averiguações; b) elaborar estudos, informações e relatórios sobre matérias da competência da IGDN; c) colaborar na preparação e elaboração do plano anual e do relatório de actividades da IGDN; d) colaborar com a DSEPAT na manutenção e actualização da base de dados; e) exercer outras funções que lhe sejam atribuídas por lei ou determinadas superiormente. 3 As inspecções são dirigidas por um inspector director, equiparado, para todos os efeitos legais, a director de serviços. Artigo 9.º Competência dos inspectores directores 1 Aos inspectores directores compete: a) dirigir e coordenar toda a actividade da sua inspecção; b) chefiar as equipas da respectiva inspecção e dirigir e coordenar a acção das equipas chefiadas pelos inspectores coordenadores; c) submeter à apreciação do inspector geral as matérias respeitantes à sua inspecção a incluir no plano e relatório anual de actividades da IGDN; d) elaborar propostas que visem melhorar o serviço da respectiva inspecção ou da Inspecção Geral. 2 Cada inspector director é coadjuvado por dois inspectores coordenadores, equiparados, para todos os efeitos legais, a chefe de divisão, os quais exercem as funções que lhes forem delegadas, subdelegadas ou cometidas, designadamente chefiar equipas de inspecção. 76

78 Artigo 10.º Direcção de Serviços de Estudos, Planeamento e Apoio Técnico 1 A DSEPAT assegura o apoio técnico geral à decisão do inspector geral, assim como às actividades inspectivas da IGDN, através da realização de estudos, planos, informações e propostas. 2 A DSEPAT compreende: a) a Divisão de Estudos, Planeamento e Apoio Técnico (DEPAT); b) o Núcleo de Informática (NI); c) a Secção de Apoio (SAp). Artigo 11.º Divisão de Estudos, Planeamento e Apoio Técnico À DEPAT compete, designadamente: a) exercer funções de consultoria de apoio directo ao inspector geral; b) elaborar estudos, pareceres e relatórios informativos especializados e difundir internamente os instrumentos de apoio técnico, as normas e as directivas do seu âmbito que forem aprovadas superiormente; c) elaborar os projectos do plano e do relatório anual de actividades da IGDN, com a colaboração dos demais serviços e órgãos; d) elaborar estudos de situação e análise, relativos ao planeamento e à execução da actividade inspectiva da IGDN; e) elaborar o projecto do plano anual de inspecções a realizar pela IGDN, com a colaboração dos serviços de inspecção, e prestar apoio técnico na preparação de cada uma das acções aprovadas; f) garantir a actualização da base de dados estatística e das fichas individuais descritivas das acções de inspecção realizadas pela IGDN; g) estudar, analisar e tratar, no seu âmbito, a legislação e outra documentação com ela relacionada, seleccionando, designadamente, em complemento dos demais serviços, os elementos necessários para a actualização da base de dados legislativa da IGDN; h) receber, verificar e accionar os comunicados de registos de dados destinados à alimentação das bases de dados de apoio técnico, supervisionando, no seu âmbito, a exploração das mesmas e coordenando com o NI a sua manutenção e actualização; i) identificar as necessidades de formação e aperfeiçoamento profissional do pessoal da IGDN e elaborar e submeter a decisão superior o respectivo planeamento, bem como estudar e propor acções de apoio social para o pessoal da IGDN; j) estudar e fornecer dados previsionais de efectivos e outros dados no âmbito do pessoal, tendo em vista a preparação do plano anual de actividades e do relatório de actividades, respectivamente; l) efectuar, no seu âmbito, a análise, a selecção e a sistematização dos documentos de natureza técnica e promover a sua divulgação interna. Artigo 12.º Núcleo de Informática 1 O NI é coordenado por técnico com formação específica na área. 2 Compete ao NI: 77

79 a) elaborar, com a colaboração dos outros serviços da Inspecção Geral, o projecto do plano director de informática e o projecto do programa anual de informática da IGDN, superintendendo, tecnicamente, na sua execução; b) assegurar as relações com o exterior necessárias ao desenvolvimento dos sistemas de informação da IGDN; c) elaborar estudos, informações, dar parecer e prestar apoio técnico sobre assuntos relacionados com a informática da IGDN, designadamente sobre o desenvolvimento dos sistemas de informação, a formação de pessoal no âmbito da informática e sobre a aquisição de meios de informática necessários à IGDN; d) desenvolver, dentro das suas capacidades, aplicações informáticas por medida necessárias à DSEPAT ou para apoio técnico às actividades de outros serviços da IGDN; e) assegurar, em coordenação com a DEPAT, a introdução dos dados, a actualização, a manutenção e a exploração das bases de dados de apoio técnico; f) assegurar a manutenção do arquivo informático. Artigo 13.º Secção de Apoio À SAp compete prestar o apoio administrativo necessário ao funcionamento da DSE- PAT. Artigo 14.º Divisão de Apoio Geral 1 A DAG é o serviço que assegura o apoio técnico e a execução das actividades de carácter administrativo necessárias ao funcionamento da IGDN. 2 A DAG compreende: a) a Secção Administrativa (SA); b) a Secção de Pessoal (SP); c) a Secção de Expediente Geral e Arquivo (SEGA). Artigo 15.º Secção Administrativa À SA compete, designadamente: a) estabelecer a articulação entre a IGDN e a Secretaria Geral do Ministério da Defesa Nacional; b) elaborar a proposta de orçamento anual da IGDN e controlar a execução do mesmo; c) assegurar a administração do material da IGDN, elaborar propostas de aquisição, distribuir o material pelos serviços e manter actualizado o respectivo inventário; d) controlar os serviços auto da IGDN e dirigir o pessoal auxiliar e motoristas, coordenando a execução dos respectivos trabalhos; e) constituir e manter um chaveiro geral da IGDN. Artigo 16.º Secção de Pessoal À SP compete, designadamente: 78

80 a) assegurar a organização do cadastro, mantendo actualizados os processos individuais relativos ao pessoal da IGDN; b) realizar o registo e controlo da assiduidade do pessoal da IGDN; c) efectuar o expediente necessário à inscrição, actualização e alterações do pessoal na CGA, ADSE, Serviços Sociais e outros necessários às actividades do seu âmbito; d) instruir os procedimentos administrativos relativos à gestão, selecção, recrutamento, provimento, admissão, promoção, aposentação, cessação de funções e acções de mobilidade do pessoal da IGDN; e) promover as acções necessárias ao procedimento de classificação do pessoal civil e de notação dos militares que prestam serviço na IGDN; f) assegurar os procedimentos relativos à administração do pessoal militar em diligência na IGDN, em articulação com os respectivos ramos; g) organizar e gerir o arquivo próprio da secção. Artigo 17.º Secção de Expediente Geral e Arquivo À SEGA compete, designadamente: a) tratar de todo o expediente relacionado com a recepção, expedição e distribuição interna da correspondência da IGDN; b) assegurar a realização de acções de apoio administrativo e reprografia de documentos quando solicitados por entidades ou serviços competentes; c) receber o pessoal que seja colocado definitiva ou temporariamente na IGDN, encaminhando o, posteriormente, para os serviços respectivos e elaborar as guias de marcha e os boletins de itinerário do pessoal quando em serviço no exterior; d) elaborar a ordem de serviço da IGDN; e) assegurar a organização e manutenção do arquivo geral e do arquivo morto da IGDN, salvo no que respeita ao arquivo informático. CAPÍTULO III FUNCIONAMENTO Artigo 18.º Poderes instrutórios Os dirigentes e o pessoal de inspecção da IGDN, quando em serviço e sempre que necessário ao desempenho das suas funções, gozam, para além de outros previstos na lei geral, dos seguintes poderes: a) ter livre acesso a todos os órgãos, serviços, unidades ou estabelecimentos em que tenham de exercer as suas funções; b) utilizar nos locais de trabalho, por cedência dos respectivos responsáveis, instalações adequadas ao exercício, em condições de dignidade e eficácia, das respectivas funções; c) obter, para auxílio dos trabalhos a desenvolver, nos locais onde decorra a sua acção, a cedência de material e equipamento, bem como a colaboração do pessoal do respectivo quadro; d) requisitar ou reproduzir para consulta ou junção aos autos quaisquer processos ou documentos; 79

81 e) proceder à selagem de quaisquer instalações, dependências, cofres ou móveis e requisitar, quando isso se mostre indispensável e lavrando auto, quaisquer objectos de prova; f) corresponder se, quando em serviço fora da sede, com quaisquer entidades públicas ou privadas, bem como quaisquer pessoas singulares ou colectivas, para obtenção de elementos de interesse para o exercício das suas funções; g) participar superiormente a recusa de quaisquer informações ou elementos solicitados, bem como a falta injustificada de colaboração. Artigo 19.º Recolha de informações 1 A IGDN mantém se permanentemente informada sobre a forma como é exercida a administração dos meios cujo controlo lhe compete assegurar. 2 A IGDN pode solicitar e recolher relatórios, informações, esclarecimentos ou depoimentos que repute necessários para o apuramento de matérias que se inscrevam nas suas competências, dirigindo se directamente aos organismos e serviços referidos no presente diploma, assim como a qualquer outra pessoa, singular ou colectiva. 3 No âmbito do Ministério da Defesa Nacional, os pedidos de informação respeitantes às Forças Armadas e aos demais serviços e entidades referidos no artigo 2.º são solicitados, conforme os casos, aos gabinetes dos Chefes de Estado Maior ou aos dirigentes máximos do serviço ou entidade em causa. Artigo 20.º Princípios de actuação 1 As inspecções podem ser realizadas com o concurso de um ou mais serviços de inspecção. 2 As inspecções são planeadas e executadas de acordo com os princípios da suficiência, da complementaridade e da relevância, nos termos do Decreto Lei n.º 166/98, de 25 de Junho. Artigo 21.º Competência para ordenar as inspecções As inspecções ordinárias são ordenadas pelo inspector geral, em conformidade com o plano anual de inspecções, cabendo ao Ministro ordenar a realização de inspecções extraordinárias. Artigo 22.º Exercício da acção inspectiva 1 A acção inspectiva é exercida pelas equipas de inspecção ou por inspectores. 2 As equipas de inspecção são constituídas pelo pessoal que integra os serviços de inspecção competentes em razão da matéria, coadjuvado por elementos da DSEPAT, ou ainda por pessoal requisitado para o efeito às Forças Armadas ou a outros organismos e serviços do Estado, designadamente de carácter inspectivo ou de investigação. 80

82 Artigo 23.º Funcionamento das equipas de inspecção 1 A constituição das equipas de inspecção é proposta pelos inspectores directores ao inspector geral. 2 Quando nas acções inspectivas esteja envolvido mais de um serviço de inspecção, incumbe ao inspector geral decidir a quem pertence a chefia da equipa de inspecção. Artigo 24.º Plano de inspecções 1 O plano anual de inspecções programa as inspecções ordinárias a realizar nesse ano. 2 Até ao final do mês de Setembro, é elaborado pela IGDN o plano anual de inspecções para o ano seguinte, a submeter a aprovação do Ministro. 3 Para efeitos de coordenação com o plano de actividades, os serviços de inspecção dos ramos devem informar, até Junho de cada ano, as actividades a realizar no ano civil imediato. Artigo 25.º Análises de programas e sistemas 1 As análises de programas e sistemas destinam se a fiscalizar e avaliar a eficiência, a eficácia e a estrutura de programas e de sistemas funcionais específicos, bem como a verificar o cumprimento das obrigações legais e as emergentes de normas e determinações superiores. 2 Podem, designadamente, ser objecto de inspecções de análise de programas e sistemas os seguintes: a) execução das leis de programação militar; b) sistemas sanitários; c) sistemas logísticos; d) sistemas de alimentação do pessoal; e) sistemas de inspecção e recrutamento de pessoal; f) sistemas de convocação e mobilização; g) sistemas de instrução; h) sistemas informáticos; i) análise de funções; j) sistema de admissão de pessoal por concurso público. Artigo 26.º Relatório 1 As acções de inspecção são objecto de relatório, de modelo a aprovar pelo inspector geral, dele devendo constar, obrigatoriamente: a) as diligências instrutórias efectuadas; b) as irregularidades, deficiências ou anomalias encontradas, a respectiva qualificação jurídica e os elementos de prova produzidos; c) as providências concretas que se entenda deverem ser adoptadas. 2 A elaboração do relatório é da responsabilidade do inspector director ou inspector coordenador que chefiou a acção inspectiva. 81

83 3 O relatório é presente ao inspector geral, que sobre o mesmo emite despacho, elaborando um parecer, que, juntamente com o relatório, é enviado ao Ministro. Artigo 27.º Realização de inspecções da Inspecção Geral da Defesa Nacional através dos ramos 1 A IGDN, nas suas acções de inspecção junto dos ramos das Forças Armadas, pode solicitar ao ramo, com ou sem participação de elementos permanentes da IGDN na equipa de inspecção, a realização de inspecção a uma das suas unidades, estabelecimentos, órgãos ou serviços, numa área ou áreas da competência da IGDN e em proveito desta. 2 As inspecções realizadas nos termos do número anterior são objecto de relatório elaborado nos termos previstos neste diploma. Artigo 28.º Requisição de pessoal militar 1 O plano de requisição de pessoal das Forças Armadas destinado à constituição de equipas de inspecção é elaborado pelo inspector geral e dirigido aos chefes de estado- -maior dos ramos, até ao final de cada ano, para vigorar no ano seguinte. 2 No plano referido no número anterior deve constar o número de inspecções ordinárias a realizar e, sempre que possível, a respectiva duração, a fim de que os ramos e os diversos serviços possam atempadamente fazer o planeamento. 3 Todos os elementos constantes do plano são confirmados pela IGDN, directamente aos serviços a que pertencem os militares designados, caso a caso e com pelo menos 30 dias de antecedência relativamente à data prevista para a primeira apresentação. 4 Os militares requisitados ficam apresentados na IGDN durante o tempo necessário à preparação e realização das inspecções, bem como à elaboração dos relatórios, se tal for julgado necessário. Artigo 29.º Plano e relatório de actividades da IGDN 1 Até final de Outubro de cada ano, a IGDN elabora, nos termos da legislação em vigor, o plano de actividades, que é submetido a aprovação do Ministro. 2 O plano de actividades, contendo as grandes linhas de acção a prosseguir e os objectivos principais a atingir, integra os programas das inspecções a realizar e de obtenção de recursos necessários à execução das actividades planeadas, incluindo, nomeadamente, os projectos relacionados com o recrutamento e a formação de pessoal, com a aquisição, manutenção e conservação de bens duradouros, com o apoio técnico à actividade inspectiva e com o desenvolvimento dos sistemas informáticos da IGDN. 3 O plano de actividades fundamenta a proposta orçamental e de satisfação de outras necessidades da IGDN a apresentar na fase de preparação do Orçamento do Estado e é corrigido em função da atribuição de recursos que for aprovada. 4 Até 31 de Março de cada ano, a IGDN elabora, nos termos da legislação em vigor, o relatório de actividades, que é submetido a aprovação do Ministro. 5 O relatório de actividades deve apreciar os resultados de toda a actividade da IGDN, extraindo dos respectivos relatórios, elaborados pelas equipas de inspecção, os ele- 82

84 mentos que, pela sua importância, mereçam ser objecto de tratamento específico pelas entidades competentes ou de particular atenção a nível superior. CAPÍTULO IV PESSOAL Artigo 30.º Quadro de pessoal 1 O quadro de pessoal dirigente é o constante do mapa em anexo, que faz parte integrante do presente diploma. 2 O quadro de pessoal da IGDN é aprovado por portaria conjunta dos Ministros da Defesa Nacional, das Finanças e da Reforma do Estado e da Administração Pública. Artigo 31.º Recrutamento de inspectores directores e inspectores coordenadores Os inspectores directores e os inspectores coordenadores são nomeados, precedendo concurso público nos termos da Lei n.º 49/99, de 22 de Junho, entre: a) os oficiais superiores das Forças Armadas com, pelo menos, seis anos na categoria de oficial superior, desde que possuidores de licenciatura; b) os inspectores superiores principais e os inspectores superiores da carreira de inspecção superior da defesa nacional. Artigo 32.º Regime de pessoal 1 O regime do pessoal civil é o constante das leis gerais da função pública. 2 O regime do pessoal militar é, além do que decorre da legislação específica que lhe é aplicável, o definido no Decreto Lei n.º 47/93, de 26 de Fevereiro, e nas leis gerais da função pública que lhe sejam aplicáveis. Artigo 33.º Cartão de identificação e livre trânsito O pessoal dirigente e de inspecção tem direito ao uso de cartão de identidade e livre trânsito, de modelo aprovado por portaria do Ministro. Artigo 34.º Sigilo profissional e incompatibilidades 1 Toda a actividade desenvolvida no âmbito das competências da IGDN está sujeita a rigoroso sigilo profissional, nos termos dos artigos 10.º e 11.º da Lei n.º 6/94, de 7 de Abril. 2 É vedado aos inspectores da IGDN o exercício de qualquer actividade pública ou privada susceptível de comprometer a isenção exigida no exercício das suas funções, nos termos do Decreto Lei n.º 413/93, de 23 de Dezembro. 83

85 CAPÍTULO V DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Artigo 35.º Pessoal dirigente As comissões de serviço do pessoal dirigente não são afectadas pela entrada em vigor do presente diploma. Artigo 36.º Transição para o quadro da Inspecção Geral da Defesa Nacional O pessoal do quadro da extinta Inspecção Geral das Forças Armadas transita para o quadro de pessoal referido no n.º 2 do artigo 30.º do presente diploma. Artigo 37.º Pessoal a exercer funções noutros serviços e organismos O pessoal do quadro da extinta Inspecção Geral das Forças Armadas que se encontre destacado ou requisitado noutros serviços e organismos mantém se nessa situação até ao termo do prazo autorizado, salvo se, dentro de 30 dias a contar da data da entrada em vigor do presente diploma, o inspector geral determinar o regresso à IGDN, tendo este lugar nos 60 dias subsequentes ao despacho. Artigo 38.º Concursos Os concursos a decorrer à data da aprovação do quadro de pessoal a que se refere o n.º 2 do artigo 30.º do presente diploma permanecem válidos até ao limite das vagas e dos prazos fixados nos avisos de abertura, operando se os respectivos provimentos em lugares vagos do referido quadro de pessoal. Artigo 39.º Reclassificação e reconversão profissionais O pessoal na situação de comissão de serviço extraordinária ao abrigo do Decreto- -Lei n.º 497/99, de 19 de Novembro, verificadas as condições legais de provimento é nomeado nos correspondentes lugares das carreiras integrantes do referido quadro de pessoal. Artigo 40.º Disposição revogatória É revogado o Decreto Lei n.º 133/95, de 9 de Junho. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 28 de Dezembro de António Manuel de Oliveira Guterres Júlio de Lemos de Castro Caldas Joaquim Augusto Nunes Pina Moura Alberto de Sousa Martins. Promulgado em 9 de Fevereiro de Publique se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO. Referendado em 15 de Fevereiro de O Primeiro Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres. 84

86 Decreto Regulamentar n.º 39/2002, de 12 de Junho (Carreiras e escalas salariais) Pelo Decreto-Lei n.º 72/2001, de 26 de Fevereiro, foi aprovada a Lei Orgânica da Inspecção-Geral da Defesa Nacional (IGDN), serviço central de inspecção, auditoria, fiscalização e apoio técnico ao Ministério da Defesa Nacional (MDN), ao qual compete velar pela rigorosa observância da legalidade e controlar a utilização dos recursos humanos, materiais e financeiros colocados à disposição das Forças Armadas e dos demais organismos e serviços centrais do MDN ou sob a superintendência ou tutela do Ministro da Defesa Nacional. O Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril, veio estabelecer os princípios gerais enquadradores das carreiras de inspecção da Administração Pública, determinando, no seu artigo 14.º, que a aplicação a cada caso concreto seja feita por decreto regulamentar. Dispondo a IGDN de uma carreira de inspecção superior, criada pelo Decreto-Lei n.º 207/98, de 14 de Julho, torna-se, pois, necessário proceder à sua adaptação aos princípios enquadradores definidos naquele diploma, designadamente no que respeita à carreira a prever, aos respectivos conteúdos funcionais e às regras próprias de transição. Foram observados os procedimentos decorrentes da Lei n.º 23/98, de 26 de Maio. Assim: Ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 14.º do Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril, e nos termos da alínea c) do artigo 199.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: Artigo 1.º Objecto O presente diploma aplica à Inspecção-Geral da Defesa Nacional (IGDN) o regime estabelecido pelo Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril. 85

87 Artigo 2.º Carreira de inspector superior 1 A IGDN dispõe da carreira de inspector superior, de regime especial, que integra as categorias de inspector superior principal, inspector superior, inspector principal e inspector. 2 O ingresso na carreira de inspector superior é feito para a categoria de inspector, de entre indivíduos com licenciatura a definir no respectivo aviso de abertura do concurso, em função das necessidades e prioridades da IGDN e aprovados em estágio com classificação não inferior a Bom (14 valores). 3 O recrutamento para as categorias de acesso é feito nos termos do n.º 3 do artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril. Artigo 3.º Estágio 1 A frequência de estágio para ingresso na carreira de inspector superior é feita em regime de contrato administrativo de provimento, no caso dos indivíduos não vinculados à função pública, e em regime de comissão de serviço extraordinária, se o estagiário já estiver nomeado definitivamente noutra carreira. 2 O não provimento quer dos estagiários não aprovados quer dos aprovados que excedam o número de vagas fixado implica a imediata cessação da comissão de serviço ou a rescisão do contrato administrativo de provimento, conforme o caso, sem que tal confira o direito a qualquer indemnização. 3 O disposto no número anterior não prejudica a possibilidade de nomeação dos estagiários aprovados, desde que a mesma se efective dentro do prazo de validade do concurso para admissão ao estágio. 4 O regulamento de estágio é aprovado por despacho conjunto dos Ministros da Defesa Nacional e da Reforma do Estado e da Administração Pública. 5 Os estagiários da carreira de inspector superior são remunerados pelo índice 370, sem prejuízo do direito de opção pela remuneração do lugar de origem, no caso de pessoal já vinculado à função pública. Artigo 4.º Conteúdo funcional da carreira Aos inspectores superiores compete: a) planear e coordenar a execução de acções inspectivas; b) executar acções inspectivas de investigação, auditoria, análise de sistemas, inquéritos, sindicâncias ou outras averiguações no âmbito das competências atribuídas à IGDN; c) elaborar estudos, relatórios e pareceres e conceber programas de acções inspectivas; d) estudar, conceber, adoptar ou implementar métodos e processos técnicocientíficos, de âmbito geral ou especializado, que visem a melhoria do funcionamento e a eficácia dos serviços de inspecção. 86

88 Artigo 5.º Quadro de pessoal O quadro de pessoal da carreira de inspector superior é de dotação global e é aprovado por portaria conjunta dos Ministros das Finanças, da Defesa Nacional e da Reforma do Estado e da Administração Pública. Artigo 6.º Regra de transição O pessoal da carreira de inspector superior especificada no Decreto-Lei n.º 207/98, de 14 de Julho, transita para igual categoria e escalão da carreira prevista no presente diploma. Artigo 7.º Produção de efeitos 1 A transição para a nova carreira nos termos do presente diploma e o correspondente abono do suplemento de função inspectiva produzem efeitos reportados a 1 de Julho de Aos funcionários que tenham mudado de categoria ou de escalão a partir de 1 de Julho de 2000 são aplicáveis as transições constantes do artigo anterior, com efeitos a partir da data em que as mesmas ocorreram. Artigo 8.º Entrada em vigor O presente diploma entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 14 de Março de António Manuel de Oliveira Guterres Guilherme d'oliveira Martins Rui Eduardo Ferreira Rodrigues Pena Alberto de Sousa Martins. Promulgado em 14 de Maio de Publique-se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO. Referendado em 16 de Maio de O Primeiro-Ministro, José Manuel Durão Barroso. 87

89

90 INSPECÇÃO GERAL DA FORÇA AÉREA Decreto Regulamentar n.º 54/94, de 3 de Setembro (Estabelece as atribuições, competência e organização dos serviços) O Decreto Lei n.º 51/93, de 26 de Fevereiro, Lei Orgânica da Força Aérea, prevê na estrutura do ramo a Inspecção Geral da Força Aérea como o órgão que, na dependência do Chefe do Estado Maior, lhe presta apoio no exercício da função controlo. Aquele diploma determina que as atribuições, competências e organização dos órgãos e serviços que constituem a Força Aérea são estabelecidos por decreto regulamentar. Assim: Ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 35.º do Decreto Lei n.º 51/93, de 26 de Fevereiro, e nos termos da alínea c) do artigo 202.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: CAPÍTULO I NATUREZA Artigo 1.º Natureza 1 A Inspecção Geral da Força Aérea (IGFA) é o órgão de apoio do Chefe do Estado Maior da Força Aérea (CEMFA) para o exercício da função controlo e tem por missão: a) garantir o funcionamento eficaz do sistema de inspecção da Força Aérea; b) apresentar superiormente os resultados das inspecções realizadas, com vista a um melhor conhecimento dos processos, métodos e resultados das actividades da Força Aérea e suas limitações no cumprimento da sua missão, bem como promover a correcção dos factores limitativos. 2 Constitui ainda missão da IGFA a superintendência técnica na área da prevenção de acidentes. Artigo 2.º Competências À IGFA compete: a) programar e coordenar as actividades de inspecção na Força Aérea; b) realizar, de acordo com os padrões adequados ao escalão em que se situa, os estudos, análises e inspecções necessárias à avaliação do cumprimento das leis e regulamentos em vigor, eficácia, pertinência e eficiência da acção da Força Aérea em todas as suas actividades; c) realizar as inspecções necessárias à avaliação do funcionamento do próprio sistema de inspecções; d) coordenar as actividades de inspecção programadas por si, pelos comandos funcionais e outros órgãos, por forma a obter o melhor rendimento do sistema; e) elaborar os relatórios das inspecções por si realizadas, apreciar os relatórios das inspecções executadas pelos comandos funcionais e outros órgãos, acompanhar as acções correctivas tomadas e pronunciar se sobre a sua eficácia; 89

91 f) informar o CEMFA sobre o resultado de todas as inspecções, aconselhando o sobre a resolução das deficiências mais pertinentes que afectem a eficiência da Força Aérea; g) propor e acompanhar os planos anuais de prevenção de acidentes; h) superintender tecnicamente nas áreas de prevenção de acidentes e de combate a incêndios; i) realizar as inspecções e investigações específicas determinadas pelo CEMFA; j) estabelecer ligações com a Inspecção Geral das Forças Armadas, as estruturas de inspecção dos outros ramos das Forças Armadas Portuguesas e de forças armadas estrangeiras com vista à recolha e permuta de elementos informativos de valia técnica que possam contribuir para o aperfeiçoamento do sistema de inspecção da Força Aérea; l) realizar as acções necessárias ao funcionamento do sistema de auditoria do pessoal da Força Aérea. Artigo 3.º Estrutura 1 A IGFA compreende: a) o inspector geral, ao qual incumbe superintender em todas as actividades da inspecção; b) o Gabinete de Prevenção de Acidentes, ao qual incumbe exercer, no seu âmbito, as competências previstas nas alíneas b), c), e), g), h) e i) do artigo anterior; c) a Inspecção de Pessoal, à qual incumbe exercer, no seu âmbito, as competências previstas nas alíneas b), c), e) e i) do artigo anterior referentes a pessoal; d) a Inspecção de Segurança Militar e Informações, à qual incumbe exercer, no seu âmbito, as competências previstas nas alíneas b), c), e) e i) do artigo anterior referentes a segurança militar e informações; e) a Inspecção de Operações, à qual incumbe exercer, no seu âmbito, as competências previstas nas alíneas b), c), e) e i) do artigo anterior referentes à área operacional; f) a Inspecção de Logística, à qual incumbe exercer, no seu âmbito, as competências previstas nas alíneas b), c), e) e i) do artigo anterior referentes à área logística; g) a Inspecção de Administração Financeira, à qual incumbe exercer, no seu âmbito, as competências previstas nas alíneas b), c), e) e i) do artigo anterior referentes à administração financeira. 2 A IGFA é dirigida por um general piloto aviador, designado por inspector geral da Força Aérea, o qual se segue, em hierarquia, imediatamente ao Vice Chefe do Estado Maior da Força Aérea (VCEMFA). Presidência do Conselho de Ministros, 4 de Abril de Aníbal António Cavaco Silva Joaquim Fernando Nogueira Eduardo de Almeida Catroga. Promulgado em 27 de Julho de Publique se. O Presidente da República, MÁRIO SOARES. Referendado em 29 de Julho de O Primeiro Ministro, Aníbal António Cavaco Silva. 90

92 INSPECÇÃO GERAL DO EXÉRCITO Decreto Regulamentar n.º 46/94, de 2 de Setembro (Estabelece as atribuições, competência e organização dos serviços) No contexto da reorganização do Exército, a Inspecção Geral do Exército (IGE) é o órgão de inspecção que visa apoiar o Chefe do Estado Maior do Exército (CEME) no exercício das funções de controlo e avaliação. A reformulação operada na IGE norteou se pela racionalização, redução e economia de meios, observando uma simplificação da sua estrutura. Dispõe o artigo 30.º do Decreto Lei n.º 50/93, de 26 de Fevereiro, que as atribuições, competências e organização dos órgãos e serviços que constituem o Exército são estabelecidas por decreto regulamentar. Assim: Ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 30.º do Decreto Lei n.º 50/93, de 26 de Fevereiro, e nos termos da alínea c) do artigo 202.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: Artigo 1.º Natureza A Inspecção Geral do Exército (IGE) é o órgão de apoio técnico do Chefe do Estado Maior do Exército (CEME) no exercício das suas funções de controlo e avaliação. Artigo 2.º Competências À IGE compete, em especial: a) fiscalizar, no âmbito do Exército, o cumprimento das disposições legais em vigor e das determinações do CEME; b) avaliar o grau de eficácia geral das unidades, estabelecimentos e órgãos do Exército; c) realizar inspecções ordinárias ou extraordinárias, que poderão ser gerais, operacionais, de programas e sistemas, técnicas, de natureza económico- -financeira, administrativas, logísticas ou de instrução. Artigo 3.º Estrutura 1 A IGE compreende: a) o inspector geral e o respectivo Gabinete; b) os inspectores adjuntos. 2 O inspector geral é um general, o qual se segue em hierarquia imediatamente ao Vice Chefe do Estado Maior do Exército. 91

93 3 Mediante autorização do CEME, poderão ser designados, temporariamente, inspectores adjuntos do inspector geral os oficiais que, pelas suas qualificações técnicas, sejam necessários às inspecções e avaliações a realizar. Artigo 4.º Gabinete do Inspector Geral 1 O Gabinete do Inspector Geral é o órgão de apoio directo e pessoal do inspector- -geral e colabora na optimização do emprego dos meios atribuídos à Inspecção Geral do Exército. 2 O Gabinete compreende: a) o chefe do Gabinete; b) dois adjuntos; c) a Secção de Expediente e Arquivo, à qual incumbe prestar apoio administrativo ao Gabinete. Presidência do Conselho de Ministros, 4 de Abril de Aníbal António Cavaco Silva Joaquim Fernando Nogueira Eduardo de Almeida Catroga. Promulgado em 27 de Julho de Publique se. O Presidente da República, MÁRIO SOARES. Referendado em 29 de Julho de O Primeiro Ministro, Aníbal António Cavaco Silva. 92

94 SUPERINTENDÊNCIA DOS SERVIÇOS FINANCEIROS DA MARINHA Decreto Regulamentar n.º 24/94, de 1 de Setembro (Estabelece as atribuições, competência e organização dos serviços) O presente diploma visa estabelecer as competências e fixar o processo de atribuições, funcionamento e a estrutura orgânica da Superintendência dos Serviços Financeiros, nos termos do disposto no Decreto Lei n.º 49/93, de 26 de Fevereiro, que aprovou a Lei Orgânica da Marinha. Entre as alterações mais significativas, do ponto de vista orgânico, sublinhadas no preâmbulo daquele diploma, salientava se, quanto à Superintendência dos Serviços Financeiros, a absorção das competências da Comissão Liquidatária de Responsabilidades e do Conselho Administrativo da Administração Central da Marinha, que foram extintos. Em consequência da nova solução orgânica encontrada para a Direcção de Análise e Métodos de Apoio à Gestão, situação já prevista no preâmbulo do Decreto Lei n.º 384/79, de 19 de Setembro, que reestruturou a Superintendência dos Serviços Financeiros, deixa este órgão de deter as competências relativas à informática da Marinha. Por outro lado, tendo em vista os desenvolvimentos mais recentes que têm marcado, na actualidade, a concepção e administração das organizações, aproveita se a oportunidade para melhor caracterizar, à luz de alguns desses conceitos, as competências da Superintendência dos Serviços Financeiros. Paralelamente, no contexto da reforma que em idêntico âmbito se processa na Administração Pública e em resultado de alteração legislativa que se encontra em curso relativamente a alguns dos órgãos do sistema de administração financeira da Marinha, perspectivam se novas formas de planeamento, direcção, coordenação e controlo, assentes numa visão prospectiva na concepção e normalização de sistemas de suporte à decisão financeira, apoiados em novas tecnologias de informação. Ainda neste âmbito, e tendo em vista um eficaz apoio aos diversos órgãos da Marinha no sentido de garantir a obtenção dos melhores padrões de economia, eficiência e eficácia, reformulam se as estruturas e competências no domínio das acções de controlo interno, visando a optimização da aplicação dos recursos financeiros. Assim: Ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 36.º do Decreto Lei n.º 49/93, de 26 de Fevereiro, e nos termos da alínea c) do artigo 202.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: CAPÍTULO I NATUREZA Artigo 1.º Natureza 1 A Superintendência dos Serviços Financeiros (SSF) é um órgão central de administração e direcção, ao qual incumbe assegurar as actividades da Marinha no domínio dos 93

95 recursos financeiros, sem prejuízo das competências específicas de outras entidades no mesmo âmbito. 2 A Superintendência dos Serviços Financeiros situa se na directa dependência do Chefe do Estado Maior da Armada (CEMA). Artigo 2.º Competências À SSF compete: a) propor superiormente as políticas de gestão de recursos financeiros e assegurar a sua execução; b) assegurar a definição de normas de natureza especializada relativas à actividade dos conselhos administrativos e dos órgãos e serviços financeiros da Marinha; c) assegurar a concepção, desenvolvimento e manutenção do sistema integrado de informação financeira; d) analisar os planos, programas e projectos que, pela sua natureza ou dimensão, requeiram avaliação especializada de âmbito económico e financeiro; e) elaborar os planos financeiros globais e apoiar no âmbito técnico a elaboração dos planos financeiros sectoriais da Marinha e correspondentes orçamentos; f) definir e promover a normalização dos sistemas contabilísticos e orçamentais no âmbito da Marinha e propor as instruções necessárias à respectiva utilização e manutenção; g) propor a actualização da legislação e regulamentação de administração financeira e patrimonial da Marinha; h) assegurar o controlo interno no âmbito patrimonial e da gestão orçamental, designadamente através da execução de acções de auditoria e inspecção especializada aos órgãos da Marinha ou às estruturas orgânicas na dependência de outras entidades cuja competência seja delegada no CEMA; i) assegurar a execução das acções e procedimentos relativos aos recursos financeiros colocados sob a gestão directa da SSF; j) assegurar a execução das acções e procedimentos, no âmbito financeiro e patrimonial, relativos aos órgãos da Marinha sob sua responsabilidade; l) participar nos órgãos de fiscalização interna dos serviços da Marinha dotados de autonomia administrativa e financeira, nos termos da lei; m) assegurar a representação, de natureza funcional, dos órgãos de administração financeira da Marinha, nomeadamente os conselhos administrativos, perante o Tribunal de Contas; n) elaborar directivas, planos, estudos, propostas, informações e pareceres relativos à sua área de responsabilidades mantendo para o efeito uma estreita ligação com os restantes órgãos da Marinha, designadamente com o Estado Maior da Armada. 94

96 CAPÍTULO II ÓRGÃOS E SERVIÇOS Artigo 3.º Estrutura orgânica A SSF compreende: a) o superintendente e o respectivo Gabinete; b) a Direcção de Administração Financeira; c) a Direcção do Apuramento de Responsabilidades; d) a Chefia do Serviço de Apoio Administrativo. Artigo 4.º Superintendente dos Serviços Financeiros 1 Ao superintendente dos Serviços Financeiros compete: a) planear, organizar, dirigir e controlar as actividades da SSF; b) apoiar o CEMA em matéria de planeamento e gestão global da Marinha nos domínios económico e financeiro; c) estabelecer procedimentos relativos à gestão dos recursos financeiros; d) colaborar nos estudos de projecto de alteração dos diplomas legais e demais normas em vigor em matérias da sua competência; e) assegurar o controlo centralizado da gestão orçamental da Marinha; f) inspeccionar os órgãos da Marinha, no âmbito da autoridade técnica de que dispõe. 2 O superintendente dos Serviços Financeiros é um contra almirante e dispõe de autoridade técnica sobre todos os órgãos da Marinha no domínio dos recursos financeiros. Artigo 5.º Gabinete do Superintendente 1 O Gabinete do Superintendente é um órgão de assessoria e apoio do superintendente dos Serviços Financeiros, competindo lhe: a) prestar assessoria jurídica e emitir pareceres sobre assuntos de contencioso administrativo financeiro; b) colaborar na elaboração dos planos de actividades da Marinha, analisando os do ponto de vista económico e financeiro; c) colaborar no estudo dos projectos de diplomas que tenham implicações de natureza económica e financeira; d) estudar e propor a uniformização dos métodos e procedimentos relativos às actividades dos conselhos administrativos; e) estudar e promover, em colaboração com os restantes órgãos e serviços da SSF, as soluções visando a actualização dos normativos e publicações relativos à administração financeira e patrimonial da Marinha, assegurar a manutenção das bases de dados associadas e promover a respectiva distribuição; f) conceber e gerir o sistema integrado de informação financeira; g) elaborar e propor o planeamento integrado das actividades da SSF e elaborar o plano e relatório anuais de actividades; h) apoiar e coordenar a acção dos organismos da SSF em matéria de planeamento, organização e contencioso; 95

97 i) proceder à recolha, tratamento e divulgação interna de documentação científica e técnica de interesse para a SSF. 2 No Gabinete do Superintendente e na dependência do chefe do Gabinete funcionam: a) o Centro de Informática de Gestão Financeira, ao qual compete assegurar a gestão do sistema integrado de informação financeira e coordenar as actividades e utilização dos meios da SSF no âmbito da informática; b) a Secretaria da SSF, à qual compete assegurar o expediente e arquivo da SSF, sem prejuízo do disposto no artigo 13.º, e executar as tarefas de natureza administrativa inerentes à gestão do pessoal em serviço na SSF. 3 O cargo de chefe do Centro de Informática de Gestão Financeira pode ser desempenhado em regime de acumulação com outras funções nos órgãos da SSF. Artigo 6.º Direcção de Administração Financeira À Direcção de Administração Financeira (DAF) compete: a) elaborar os planos financeiros globais e apoiar no âmbito técnico a elaboração dos planos financeiros sectoriais da Marinha e correspondentes orçamentos; b) assegurar a elaboração da proposta orçamental da Marinha e efectuar o controlo centralizado da gestão dos orçamentos aprovados; c) organizar e analisar as estatísticas relacionadas com o planeamento, a programação e a execução dos sucessivos orçamentos; d) estudar, definir e promover a normalização e implantação dos sistemas contabilísticos e orçamentais, no âmbito da Marinha, e propor as instruções necessárias ao seu funcionamento e manutenção; e) promover o aperfeiçoamento dos métodos de gestão administrativo financeira; f) obter, compilar, tratar e arquivar a informação de natureza financeira e contabilística, no âmbito da Marinha; g) proceder à avaliação sistemática da situação económica, patrimonial e financeira, a nível da Marinha; h) estudar e propor instruções, programas de trabalho e outros instrumentos de apoio técnico que no seu âmbito respeitem à execução da legislação e à actualização da regulamentação relativa à administração financeira e patrimonial da Marinha, nomeadamente as relativas a concursos e contratação de bens e serviços; i) proceder, quando solicitado ou determinado superiormente, à análise económica e financeira dos actos de execução orçamental na fase do seu processamento prévio. Artigo 7.º Estrutura A DAF compreende: a) o director, ao qual compete planear, organizar, dirigir e controlar as actividades da DAF; b) a Divisão de Planeamento Financeiro e Controlo Orçamental, que exerce as competências mencionadas nas alíneas a) a c) do artigo anterior; 96

98 c) a Divisão de Contabilidade Financeira e de Gestão, que exerce as competências mencionadas nas alíneas d) a g) do artigo anterior; d) a Divisão de Normas e Contratação, que exerce as competências mencionadas nas alíneas h) e i) do artigo anterior. Artigo 8.º Direcção do Apuramento de Responsabilidades À Direcção do Apuramento de Responsabilidades (DAR) compete: a) analisar, do ponto de vista jurídico e económico, os actos de administração financeira e apurar as inerentes responsabilidades; b) executar acções de controlo interno, designadamente de auditoria financeira, aos órgãos da Marinha, bem como às estruturas orgânicas na dependência de outras entidades que estejam colocadas na dependência do CEMA, através da análise das contas e da situação financeira e patrimonial, bem como da respectiva legalidade e regularidade; c) assegurar a organização das contas anuais de gerência dos diversos conselhos administrativos e assumir a sua representação, em termos funcionais, junto do Tribunal de Contas; d) estudar e propor as instruções, programas de trabalho e outros instrumentos de apoio técnico que no seu âmbito respeitem à execução da legislação e à actualização permanente da regulamentação relativa à administração financeira e patrimonial da Marinha; e) elaborar estudos e pareceres relativos à avaliação, do ponto de vista económico e financeiro, dos custos e despesas de actividade e funcionamento dos órgãos da Marinha e das acções de investimento realizadas; f) executar no local, por determinação superior, as inspecções de natureza especializada aos sistemas de controlo financeiro e patrimonial interno dos órgãos da Marinha e aos actos de administração financeira e patrimonial; g) participar nos órgãos de fiscalização interna dos serviços e organismos da Marinha dotados de autonomia administrativa e financeira. Artigo 9.º Estrutura 1 A DAR compreende: a) o director, ao qual compete planear, organizar, dirigir e controlar a actividade da DAR; b) o Conselho de Auditoria e Inspecção; c) a Divisão de Auditoria Financeira e Patrimonial, que exerce as competências mencionadas nas alíneas a) a d) do artigo anterior; d) a Divisão de Controlo Económico e Financeiro, que exerce a competência mencionada na alínea e) do artigo anterior; e) a Divisão de Inspecções Financeiras e Patrimoniais, que exerce as competências mencionadas nas alíneas f) a g) do artigo anterior. 2 Ao Conselho de Auditoria e Inspecção compete emitir parecer sobre as contas e relatórios de auditoria financeira e inspecção especializada que, pela natureza das aprecia- 97

99 ções efectuadas e das conclusões apuradas, devam ser submetidos à apreciação do superintendente dos Serviços Financeiros e posterior decisão. 3 O Conselho de Auditoria e Inspecção é composto pelo director da DAR que preside, pelos chefes das divisões da DAR e por oficiais superiores de outros órgãos e serviços da SSF nomeados pelo superintendente dos Serviços Financeiros. Artigo 10.º Chefia do Serviço de Apoio Administrativo 1 À Chefia do Serviço de Apoio Administrativo (CSAA) compete: a) processar e liquidar os vencimentos e abonos, incluindo as pensões, do pessoal da Marinha e organizar os correspondentes registos individuais; b) estudar e propor instruções, programas de trabalho e outros instrumentos de apoio técnico no âmbito dos vencimentos e abonos; c) colaborar na elaboração dos planos de actividades da SSF e dos órgãos da Marinha sob sua responsabilidade, analisando os do ponto de vista económico e financeiro; d) elaborar os planos financeiros dos órgãos da SSF, de acordo com os objectivos definidos superiormente e em articulação com o planeamento integrado das actividades, assegurar a elaboração da proposta orçamental e proceder à sua execução, nos termos da lei; e) assegurar a execução das actividades que, no âmbito financeiro, respeitam à gestão do Fundo da Administração Central da Marinha; f) processar, liquidar e pagar as despesas que não compitam a outra entidade, bem como aquelas cuja responsabilidade lhe seja cometida; g) obter, compilar, tratar e arquivar a informação e documentação de natureza financeira e contabilística para a avaliação da situação económica e financeira e cumprimento das obrigações legalmente estabelecidas, designadamente no que respeita à apresentação da conta de gerência; h) assegurar os serviços de tesouraria, arrecadar as receitas, pagar as despesas e manter devidamente escriturados os respectivos livros; i) proceder ao pagamento dos vencimentos e outros abonos relativos aos processamentos referidos na alínea a); j) arrecadar e entregar nos cofres do Estado e nos das instituições ou entidades de destino as importâncias vertidas nos termos da lei; l) promover a aquisição e distribuição dos bens e serviços necessários ao funcionamento dos órgãos e serviços da SSF; m) manter actualizado o inventário ou cadastro dos bens patrimoniais, proceder periodicamente ao controlo de existências e reunir os elementos necessários ao tratamento contabilístico resultante dessas verificações relativamente aos órgãos e serviços da SSF. 2 Compete ainda à CSAA apoiar, no âmbito administrativo financeiro, os comandos, forças, unidades e outros órgãos da Marinha sob sua responsabilidade, assegurando, em especial: a) a orientação técnica e metodológica e a coordenação do processo de elaboração das propostas orçamentais; 98

100 b) o processamento, liquidação e pagamento de todas as despesas necessárias ao funcionamento e à execução das operações financeiras associadas à movimentação de fundos; c) a execução centralizada da contabilidade de compromissos, contabilidade de caixa e contabilidade analítica de gestão e a divulgação dos correspondentes indicadores; d) a elaboração dos documentos de prestação de contas para aprovação dos órgãos e entidades competentes; e) a execução dos procedimentos relativos à obtenção dos bens e serviços necessários ao seu funcionamento e à contabilização patrimonial; f) a verificação prévia dos requisitos de conformidade legal, regularidade financeira e economia, eficiência e eficácia, necessários à autorização das despesas e elaboração do correspondente parecer de suporte à tomada de decisão pelos órgãos e entidades competentes. Artigo 11.º Estrutura A CSAA compreende: a) o chefe do Serviço de Apoio Administrativo, ao qual compete planear, organizar, dirigir e controlar a actividade da CSAA; b) o Conselho Administrativo; c) a Repartição de Vencimentos e Abonos, que exerce as competências mencionadas nas alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo anterior; d) a Repartição de Contabilidade e Finanças, que exerce as competências mencionadas nas alíneas c) a j) do n.º 1 do artigo anterior e nas alíneas a) a d) do n.º 2 do mesmo artigo; e) a Repartição de Administração e Património, que exerce as competências mencionadas nas alíneas l) e m) do n.º 1 do artigo anterior e nas alíneas e) e f) do n.º 2 do mesmo artigo. Artigo 12.º Conselho Administrativo 1 O Conselho Administrativo (CA) é o órgão deliberativo em matéria de gestão financeira e patrimonial. 2 O CA tem a seguinte composição: a) o Chefe do Serviço de Apoio Administrativo, que preside; b) o Chefe da Repartição de Vencimentos e Abonos e o Chefe da Repartição de Contabilidade e Finanças; c) o Chefe da Repartição de Administração e Património, que secretaria. Artigo 13.º Secretarias Cada um dos órgãos previstos nas alíneas b), c) e d) do artigo 3.º dispõe de uma secretaria, por onde corre o serviço de expediente e arquivo próprio. 99

101 CAPÍTULO III DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Artigo 14.º Extinção São extintos: a) a Direcção do Planeamento Administrativo; b) a Direcção da Fazenda Naval; c) o Conselho Administrativo da Administração Central da Marinha; d) o Serviço de Informática da Armada; e) o Centro de Instrução de Informática. Artigo 15.º Norma revogatória São revogadas: a) a Portaria n.º 647/77, de 15 de Outubro; b) a Portaria n.º 236/85, de 26 de Abril. Presidência do Conselho de Ministros, 4 de Abril de Aníbal António Cavaco Silva Joaquim Fernando Nogueira Eduardo de Almeida Catroga. Promulgado em 5 de Agosto de Publique se. O Presidente da República, MÁRIO SOARES. Referendado em 12 de Agosto de Pelo Primeiro Ministro, Joaquim Fernando Nogueira, Ministro da Presidência. 100

102 INSPECÇÃO GERAL DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA Decreto Lei n.º 227/95, de 11 de Setembro (Lei Orgânica) 37 Desde que em 1985 se procedeu à integração da Inspecção Geral da Administração Interna (IGAI) no então Ministério do Plano e da Administração do Território, posteriormente convertida em Inspecção Geral da Administração do Território, deixou o Ministério da Administração Interna (MAI) de dispor de um organismo de inspecção e fiscalização superior para actuar no domínio das suas atribuições e competências. Todavia, a progressiva concentração no âmbito deste departamento governamental dos organismos e serviços com papel dominante no exercício da actividade de segurança interna, nos termos da Lei n.º 20/87, de 12 de Junho, fez realçar a necessidade premente de o Ministério ser dotado de um serviço de inspecção e fiscalização especialmente vocacionado para o controlo da legalidade, para a defesa dos direitos dos cidadãos e para uma melhor e mais célere administração da justiça disciplinar nas situações de maior relevância social. A especificidade institucional dos organismos e serviços integrados no MAI ou por este tutelados, bem como a singularidade das actividades exercidas em conexão com as de segurança interna e protecção civil, exige a criação de um serviço de inspecção e fiscalização. É de realçar, no domínio destas especialidades, a flexibilidade no recrutamento do pessoal e no provimento dos lugares, bem como no regime de vinculação funcional, tendo em vista, sobretudo, escolher indivíduos com grande maturidade e experiência profissional, altamente qualificados e com credibilidade para o exercício das melindrosas funções cometidas à IGAI com isenção, independência, neutralidade, dedicação e abnegação. Assim: Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 201.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: CAPÍTULO I NATUREZA, ÂMBITO E COMPETÊNCIA Artigo 1.º Natureza 1 A Inspecção Geral da Administração Interna (IGAI) é um serviço central de inspecção, fiscalização e apoio técnico do Ministério da Administração Interna (MAI), dotado de autonomia técnica e administrativa, que funciona na directa dependência do Ministro Para todos os efeitos não excepcionados neste diploma, a IGAI é caracterizada como inspecção de alto nível e o pessoal dirigente e de inspecção que o integra constitui um corpo especial sujeito a regime próprio Com as alterações introduzidas pelos Decretos Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto, n.º 3/99, e de 4 de Janeiro. 38 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. A versão originária era a seguinte: A Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI) é um serviço central de inspecção, fiscalização e apoio técnico do Ministério da Administração Interna (MAI), dotado de autonomia técnica e administrativa, que funciona na directa dependência do Ministro. 101

103 titui um corpo especial sujeito a regime próprio. 39 Artigo 2.º Sede e âmbito 1 A IGAI tem sede em Lisboa e desenvolve a sua acção inspectiva em todo o território nacional. 2 A actuação da IGAI abrange todos os serviços directamente dependentes ou tutelados pelo Ministro da Administração Interna, os governos civis e as entidades que exercem actividades de segurança privada. 3 A acção inspectiva da IGAI abrange ainda, em articulação com os serviços competentes do Ministério dos Negócios Estrangeiros, a actividade dos serviços dependentes do Ministro da Administração Interna que, nos termos dos tratados, convenções ou protocolos de cooperação, seja desenvolvida fora do território nacional. Artigo 3.º Competências 1 À IGAI compete, em geral, velar pelo cumprimento das leis e dos regulamentos, tendo em vista o bom funcionamento dos serviços tutelados pelo Ministro, a defesa dos legítimos interesses dos cidadãos, a salvaguarda do interesse público e a reintegração da legalidade violada. 2 No âmbito da sua acção inspectiva, fiscalizadora e investigatória, compete à IGAI, em especial: a) realizar inspecções ordinárias e utilizar métodos de auditoria com vista à regular avaliação da eficiência e eficácia dos serviços integrados na orgânica do MAI, de acordo com o respectivo plano de actividades; b) realizar inspecções extraordinárias superiormente determinadas, com os objectivos e utilizando os métodos referidos na alínea anterior; c) fiscalizar, sem prejuízo das competências do Conselho de Segurança Privada, o funcionamento das organizações que desempenham actividades de segurança privada, sempre que hajam fundadas dúvidas sobre a legalidade da sua actuação; d) apreciar as queixas, reclamações e denúncias apresentadas por eventuais violações da legalidade e, em geral, as suspeitas de irregularidade ou deficiência no funcionamento dos serviços; e) efectuar inquéritos, sindicâncias e peritagens, determinados pelo Ministro da Administração Interna, necessários à prossecução das respectivas competências; 40 f) instaurar processos de averiguações; Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. A versão originária era a seguinte: e) efectuar inquéritos, sindicâncias e peritagens, superiormente determinados, necessários à prossecução das respectivas competências; Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. A versão originária era a seguinte: f) propor a instrução de processos disciplinares e instruir aqueles que forem determinados pelo Ministro da Administração Interna; 102

104 g) propor a instrução de processos disciplinares e instruir aqueles que forem determinados pelo Ministro da Administração Interna; 42 h) participar aos órgãos competentes para a investigação criminal os factos com relevância jurídico criminal e colaborar com aqueles órgãos na obtenção de provas, sempre que isso for solicitado; 43 i) propor ao Ministro providências legislativas relativas à melhoria da qualidade e eficiência dos serviços e ao aperfeiçoamento das instituições de segurança e de protecção civil; 44 j) exercer outras competências previstas na lei ou superiormente ordenadas, no domínio das respectivas atribuições No âmbito da sua acção de apoio técnico ao Ministro, compete, em especial, à IGAI: a) coligir, analisar e interpretar os elementos necessários à preparação da resposta aos pedidos de esclarecimento feitos pelas organizações nacionais e internacionais de defesa e protecção dos direitos do homem; b) realizar estudos e emitir pareceres sobre quaisquer matérias respeitantes às respectivas atribuições. Artigo 4.º Princípios fundamentais 1 A IGAI exerce todas as suas competências nos termos da Constituição e da lei, em defesa da legalidade democrática e no rigoroso respeito pelos direitos fundamentais dos cidadãos. 2 No exercício das funções investigatórias, nomeadamente de instrução dos processos de sindicância, de inquérito e disciplinares, a actuação da IGAI assenta no princípio da legalidade e norteia se por critérios de rigorosa objectividade. 3 A IGAI não pode interferir no desenvolvimento da actuação operacional das forças e serviços de segurança, competindo lhe, no entanto, averiguar a forma como a mesma se processa, bem como as respectivas consequências, sempre que for julgado conveniente. CAPÍTULO II ÓRGÃOS E SERVIÇOS Artigo 5.º Estrutura A IGAI compreende: a) o inspector geral; b) o Serviço de Inspecção e Fiscalização (SIF); Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. A versão originária era a seguinte: g) participar aos órgãos competentes para a investigação criminal os factos com relevância jurídico- -criminal e colaborar com aqueles órgãos na obtenção das provas, sempre que isso for solicitado; Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. A versão originária era a seguinte: h) exercer outras competências previstas na lei ou superiormente ordenadas, no domínio das respectivas atribuições. Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. 103

105 c) o Departamento de Assuntos Internos (DAI); d) a Repartição Administrativa e de Apoio Geral (RAAG). Artigo 6.º Inspector geral 1 A IGAI é dirigida por um inspector geral, equiparado a director geral, coadjuvado por dois subinspectores gerais, equiparados a subdirectores gerais O inspector geral é substituído, na sua ausência ou impedimento, pelo subinspector geral que indicar ao Ministro da Administração Interna Os subinspectores gerais substituem se reciprocamente. 48 Artigo 7.º Competência do inspector geral Sem prejuízo do disposto no estatuto do pessoal dirigente, compete, especialmente, ao inspector geral: a) dirigir, coordenar e fiscalizar a actividade da IGAI e emitir as directivas, ordens e instruções a que deve obedecer a actuação dos inspectores; b) elaborar o plano e o relatório anual de actividades para aprovação do Ministro; c) submeter à decisão do Ministro os processos instruídos pela IGAI; d) avocar processos ou proceder à sua redistribuição, mediante despacho fundamentado; e) apreciar as questões relativas a suspeições, impedimentos e incompatibilidades suscitadas no âmbito dos processos instruídos pela IGAI. f) determinar a instauração de processos de averiguações. 49 Artigo 8.º Serviço de Inspecção e Fiscalização 1 O SIF é constituído pelo corpo de inspectores incumbidos das funções de inspecção e fiscalização e pelo Núcleo de Apoio Técnico (NAT). 2 O SIF é dirigido pelo subinspector geral. 3 O número e a constituição das equipas de inspecção e fiscalização são fixados pelo inspector geral, mediante proposta do subinspector geral. Artigo 9.º Competências do SIF 1 Compete ao SIF: Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 3/99, de 4 de Janeiro. A versão originária era a seguinte: 1 - A IGAI é dirigida por um inspector-geral, coadjuvado por um subinspector-geral, equiparados, respectivamente, a director-geral e a subdirector-geral. Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 3/99, de 4 de Janeiro. A versão originária era a seguinte: 2 - O inspector-geral é substituído, nas suas faltas e impedimentos, pelo subinspector-geral. Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 3/99, de 4 de Janeiro. Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. 104

106 a) realizar inspecções, inquéritos, sindicâncias e processos de averiguações aos serviços centrais, aos governos civis e às forças e serviços de segurança integrados na orgânica do MAI; 50 b) averiguar do cumprimento das disposições legais e regulamentares, das instruções superiores e dos programas e planos aprovados por parte dos serviços referidos na alínea anterior; c) fiscalizar, de forma sistemática, a organização e o funcionamento das empresas autorizadas a exercer actividades de segurança privada; d) investigar, de forma permanente, o exercício ilegal de actividades de segurança privada; e) analisar e emitir parecer sobre o grau de eficácia e a aptidão dos serviços inspeccionados e do respectivo pessoal, bem como sobre a legalidade da organização e actuação das empresas fiscalizadas; f) propor a instauração e instruir os processos disciplinares ordenados pelo Ministro da Administração Interna e os resultantes da actividade inspectiva, bem como os processos sancionatórios resultantes da actividade fiscalizadora. 2 Ao NAT, directamente dependente do subinspector geral, compete, em especial: a) assegurar as tarefas necessárias ao planeamento e controlo da actividade do SIF, cabendo lhe preparar o plano de actuação e o relatório anual; b) organizar manuais, guias, programas de trabalho e outros instrumentos de apoio técnico às acções de inspecção e fiscalização; c) proceder ao tratamento da legislação e demais documentação de interesse para o SIF, promovendo a sua utilização pelos inspectores; d) elaborar estudos, pareceres e informações sobre matérias da competência do SIF; e) desenvolver e gerir aplicações informáticas, nomeadamente bases de dados sobre matérias de interesse para o SIF. Artigo 10.º Departamento de Assuntos Internos 1 O DAI é dirigido por um director de serviços. 2 O DAI é integrado por técnicos superiores e inspectores do SIF que lhe são temporariamente afectos e funciona na directa dependência do inspector geral. 3 Compete ao DAI: a) assegurar o controlo do funcionamento e da actividade do serviço, avaliando, em permanência, o seu nível de eficácia, as deficiências detectadas e a forma de optimizar a prossecução dos objectivos institucionais; b) averiguar as queixas e reclamações por factos imputados ao pessoal, bem como as suspeitas de desvios, abusos ou quaisquer violações de deveres estatutários; c) instruir processos de inquérito e disciplinares nos quais seja visado pessoal da IGAI. 50 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. A versão originária era a seguinte: Realizar inspecções, inquéritos e sindicâncias aos serviços centrais, aos governos civis e às forças e serviços de segurança integrados na orgânica do MAI; 105

107 Artigo 11.º Repartição Administrativa e de Apoio Geral 1 A RAAG funciona na directa dependência do inspector geral e compreende duas secções: a) a Secção de Processos e Expediente Geral (SPEG); b) a Secção de Pessoal, Contabilidade e Economato (SPCE). 2 À SPEG compete: a) registar os documentos dirigidos à IGAI, as ordens e instruções de serviço, os relatórios e os despachos do Ministro, do inspector geral e do subinspector- -geral; b) escriturar o livro de registo de processos e registar os pareceres dos inspectores; c) praticar todos os actos relativos à movimentação dos processos e manter permanentemente actualizado o respectivo ficheiro; d) assegurar a organização e manutenção do arquivo geral; e) assegurar e controlar a reprodução de documentos e praticar os demais actos de expediente geral. 3 À SPCE compete: a) promover e executar, em articulação com a Secretaria Geral do MAI, as acções relativas à gestão do pessoal do quadro único do MAI afecto à IGAI; b) organizar e actualizar o cadastro do pessoal; c) elaborar e executar o orçamento e a contabilidade, bem como o expediente a eles respeitante; d) preparar a aquisição e assegurar a gestão dos bens afectos à IGAI, bem como manter actualizado o respectivo inventário. CAPÍTULO III FUNCIONAMENTO Artigo 12.º Funcionamento das inspecções 1 Compete ao Ministro da Administração Interna ordenar as inspecções, as sindicâncias, os inquéritos e os processos disciplinares que devam ser instruídos pela IGAI. 2 As acções mencionadas no número anterior são executadas por inspectores, que actuam na directa dependência do subinspector geral. Artigo 13.º Poderes instrutórios 1 Os dirigentes e os inspectores da IGAI, quando no exercício efectivo das funções inspectivas e fiscalizadoras, são, respectivamente, autoridades públicas e agentes da autoridade pública. 2 No exercício das suas funções, os dirigentes e os inspectores da IGAI são detentores dos poderes funcionais previstos nos estatutos e regulamentos disciplinares dos serviços do MAI e têm competência para levantar autos de notícia por infracções verificadas pessoalmente no exercício das respectivas funções. 106

108 3 Nos casos de infracções criminais, o assunto é comunicado ao dirigente máximo do serviço e o auto, bem como as provas, são imediatamente apresentados ao órgão do Ministério Público competente. 4 Se houver medidas cautelares de natureza disciplinar a tomar, o auto e as provas são imediatamente, ou no mais curto prazo, apresentados pelo inspector geral ao Ministro, que decidirá, podendo ouvir previamente o dirigente máximo do serviço visado, se o considerar conveniente. Artigo 14.º Relatório das acções 1 No final de cada acção será elaborado o relatório dos trabalhos realizados, dentro do prazo estabelecido, e, quando se trate de inspecção, deverá dele constar a enumeração das providências que se entenda devam ser adoptadas. 2 O relatório acompanha sempre o respectivo processo aquando da sua entrega para decisão do Ministro, nos termos da alínea c) do artigo 7.º Artigo 15.º Acompanhamento do resultado das acções da IGAI A IGAI acompanha a execução, pelos serviços competentes, das decisões proferidas pelo Ministro da Administração Interna nos processos, para correcção ou reparação das irregularidades, deficiências ou anomalias encontradas. Artigo 16.º Dever de cooperação 1 Os titulares dos órgãos de comando e direcção, bem como os funcionários e agentes dos serviços sujeitos aos poderes de inspecção e fiscalização da IGAI, são obrigados a prestar todas as informações, esclarecimentos e demais colaboração que lhes forem solicitados, no âmbito das respectivas atribuições. 2 A comparência para a prestação de declarações ou depoimentos em processos de inquérito, de sindicância ou disciplinares por responsáveis e funcionários ou agentes dos organismos do Estado é requisitada à entidade de que dependem e só poderá ser recusada uma vez, por motivo de serviço público inadiável. 3 A falta de comparência injustificada constitui incumprimento de ordem legítima da autoridade competente e faz incorrer o infractor em responsabilidade disciplinar e criminal, nos termos da lei. 4 A recusa da colaboração devida e a oposição ao exercício da acção inspectiva e fiscalizadora da IGAI fazem incorrer o infractor em responsabilidade disciplinar e criminal, nos termos da lei. 5 A IGAI poderá solicitar a qualquer pessoa colectiva de direito privado ou cidadão informações e ainda a este último depoimentos, sempre que o repute necessário para o apuramento dos factos da sua competência Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. 107

109 CAPÍTULO IV PESSOAL SECÇÃO I QUADRO E CARREIRAS Artigo 17.º Quadro privativo 52 1 O pessoal da IGAI integra um quadro privativo, que abrange os seguintes grupos e categorias: 53 a) pessoal dirigente; b) pessoal de chefia; c) pessoal de inspecção; d) pessoal de apoio técnico; e) pessoal administrativo; f) pessoal auxiliar. 2 O quadro do pessoal dirigente e de chefia é o constante do mapa anexo ao presente diploma, que dele faz parte integrante A composição do quadro, bem como as respectivas dotações do pessoal de inspecção, apoio técnico, administrativo e auxiliar, são fixados por portaria conjunta dos Ministros das Finanças e da Administração Interna e do Ministro Adjunto A distribuição do pessoal pelos serviços e departamentos da IGAI é feita por despacho do inspector geral, tendo em consideração a experiência profissional e a natureza das funções a exercer. Artigo 18.º Pessoal dirigente 1 Os cargos de inspector geral, subinspector geral e director do DAI podem ser providos por magistrado judicial ou do Ministério Público com categoria não inferior a juiz desembargador ou procurador geral adjunto, respectivamente, no primeiro caso, e de preferência que tenham exercido funções de inspecção nos respectivos quadros de origem. 2 A nomeação nos termos do número anterior é obrigatoriamente precedida de autorização, a obter de harmonia com as respectivas leis estatutárias, considerando se o serviço prestado nos referidos cargos como se o tivesse sido nas categorias e funções próprias dos quadros de origem e não determinando abertura de vaga no lugar de origem ou naquele para que, entretanto, o titular tiver sido nomeado Alterada a epígrafe pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. A versão originária era a seguinte: Quadros e dotação do pessoal. Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. A versão originária era a seguinte: 1 O quadro do pessoal dirigente e de chefia é o constante do mapa I anexo ao presente diploma, que dele faz parte integrante. Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. A versão originária era a seguinte: 2 O quadro do pessoal de inspecção é fixado por portaria conjunta dos Ministros da Administração Interna e das Finanças. Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. A versão originária era a seguinte: 3 O pessoal técnico superior, de informática, técnico-profissional, administrativo e auxiliar tem a dotação que lhe vier a ser atribuída no âmbito do quadro único do MAI. 108

110 Artigo 18.º- A Pessoal de chefia 56 1 O recrutamento para o lugar de chefe de repartição é feito mediante concurso de entre: a) chefes de secção com, pelo menos, três anos de serviço na categoria e classificação de Muito bom; b) indivíduos possuidores de curso superior adequado e experiência profissional não inferior a três anos na Administração Pública. 2 Os lugares de chefe de secção são providos nos termos da lei geral. 3 O lugar de chefe da Secção de Processos e Expediente Geral (SPEG) pode ainda ser preenchido por escrivão de direito com, pelo menos, três anos de serviço na categoria, em comissão de serviço, por períodos de três anos, renováveis, aplicando- -se-lhe, com as devidas adaptações, o regime previsto no n.º 2 do artigo 18.º e podendo optar pelo estatuto remuneratório do lugar de origem. Artigo 19.º Pessoal de inspecção 57 1 O pessoal de inspecção integra um corpo especial sujeito a regime próprio e não se desenvolve em carreira As categorias do pessoal de inspecção são as de inspector superior principal, inspector superior e inspector principal. 59 Artigo 20.º Função de interesse público 60 O exercício de funções dirigentes e de inspecção é de reconhecido interesse público para efeito do disposto no n.º 1, alínea c), do artigo 6.º do Decreto Lei n.º 323/89, de 26 de Setembro Aditado pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. Alterada a epígrafe pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. A versão originária era a seguinte: Carreira de inspecção superior Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. A versão originária era a seguinte: Carreira de inspecção superior 1 - O pessoal de inspecção e fiscalização integra uma carreira de inspecção superior de regime especial. Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. A versão originária era a seguinte: Carreira de inspecção superior 2 - A carreira de inspecção desenvolve-se pelas categorias de inspector superior principal, inspector superior, inspector principal e inspector. Alterada a epígrafe pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. A versão originária era a seguinte: Ingresso na carreira de inspecção superior Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. A versão originária era a seguinte: Ingresso na carreira de inspecção superior. O recrutamento para ingresso na carreira de inspecção superior é feito na categoria de inspector, mediante concurso de avaliação curricular, complementado com entrevista, de entre indivíduos habilitados com licenciatura adequada ao exercício das funções a desempenhar na IGAI, aprovados em estágio, com duração de um ano, que integra um curso de formação específica. 109

111 Artigo 21.º Recrutamento do pessoal de inspecção 62 1 Para os lugares de inspecção podem ser nomeados funcionários ou agentes da Administração Pública, de institutos e de empresas públicas com pelo menos seis anos de serviço e conhecimentos e experiência profissional adequados, nomeadamente nas seguintes áreas: 63 a) actividade inspectiva ou de auditoria no âmbito dos serviços públicos; 64 b) investigação criminal; 65 c) consultadoria jurídica, sobretudo em matérias de direito público e, em especial, do direito disciplinar e contra ordenacional; 66 d) investigação, estudo e concepção de métodos e processos científico- -técnicos no âmbito da Administração Pública; 67 e) comando, direcção ou coordenação, nomeadamente no âmbito das forças ou serviços de segurança O recrutamento de inspectores superiores principais, inspectores superiores e de inspectores principais pode também ser feito de entre magistrados judiciais ou do Ministério Público com, pelo menos, 10, 7 e 4 anos de experiência funcional, respectivamente, para a primeira, segunda e terceira categorias. 3 O disposto no n.º 2 do artigo 18.º é aplicável, com as devidas adaptações, ao pessoal de inspecção. 4 O recrutamento para os lugares de inspecção é feito por escolha, por despacho do Ministro da Administração Interna, mediante proposta do inspector geral O provimento é feito em regime de comissão de serviço, por períodos de três anos, renováveis, podendo igualmente ser feito em regime de requisição ou destacamento, nos termos da lei geral Alterada a epígrafe pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. A versão originária era a seguinte: Acesso na carreira de inspecção superior Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. A versão originária era a seguinte: 1 - O acesso na carreira é feito mediante concurso e obedece às seguintes regras: Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. A versão originária era a seguinte: a) para o lugar de inspector superior principal, de entre inspectores superiores com, pelo menos, três anos de serviço na categoria e classificação de Muito bom ou cinco anos classificados de Bom; Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. A versão originária era a seguinte: b) para o lugar de inspector superior, de entre inspectores principais com, pelo menos, três anos de serviço na respectiva categoria classificados de Muito bom ou cinco anos classificados de Bom; Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. A versão originária era a seguinte: 1 - O acesso na carreira é feito mediante concurso e obedece às seguintes regras: c) para o lugar de inspector principal, de entre inspectores com, pelo menos, três anos de serviço na respectiva categoria classificados de Muito bom ou cinco anos classificados de Bom. Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. 110

112 Artigo 22.º Estágio 71 (Revogado) Artigo 23.º Conteúdo funcional 1 Ao pessoal de inspecção de alto nível compete: 72 a) a execução de acções inspectivas, de fiscalização e de auditoria; b) a realização de averiguações, inquéritos e sindicâncias; c) a instrução de processos disciplinares; d) a elaboração de estudos, pareceres e informações no âmbito das atribuições institucionais da IGAI. 2 Ao pessoal técnico de apoio à inspecção compete, em geral, realizar o conjunto de actividades de investigação, concepção, assessoria, apoio e suporte ao planeamento, organização, execução e controlo das acções de inspecção, fiscalização e auditoria. 73 SECÇÃO II DIREITOS E DEVERES Artigo 24.º Remunerações 1 Ao exercício de funções do pessoal de inspecção corresponde o estatuto remuneratório do lugar de origem, com todas as regalias ao mesmo inerentes O pessoal dirigente e de inspecção tem direito a um suplemento correspondente a 30% do vencimento base ilíquido, o qual é considerado para todos os efeitos como vencimento, nomeadamente para efeitos do cálculo dos subsídios de férias e de Natal, bem como da pensão de aposentação Revogado pelo artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. A versão originária era a seguinte: 1 A frequência dos estágios que integram um curso de formação específica é feita em regime de contrato administrativo de provimento, no caso de indivíduos não vinculados à função pública, e em regime de comissão de serviço extraordinária, se o estagiário já estiver nomeado definitivamente noutra carreira. 2 Os estagiários são nomeados na categoria de ingresso do grupo a que se destinam, em função do número de vagas abertas a concurso. 3 A desistência e a não admissão dos estagiários aprovados que excedam o número de vagas fixado implica a imediata cessação da comissão de serviço extraordinária ou a rescisão do contrato administrativo de provimento sem que tal confira direito a qualquer indemnização. 4 O regulamento do estágio é aprovado por portaria do Ministro da Administração Interna. Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. A versão originária era a seguinte: Ao pessoal da carreira de inspecção superior compete a execução de acções inspectivas e trabalhos de auditoria, a realização de averiguações, inquéritos, sindicâncias e instrução de processos disciplinares, bem como a elaboração de pareceres, informações e estudos na área da respectiva especialidade. Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. A versão originária era a seguinte: 1 A estrutura indiciária da carreira de inspecção superior consta do mapa II anexo ao presente diploma, que dele faz parte integrante. Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. A versão originária era a seguinte: 2 Os estagiários são remunerados de acordo com o mapa mencionado no número anterior, sem prejuízo do direito de opção pela remuneração do lugar de origem, no caso de pessoal já vinculado à função pública. 111

113 Artigo 25.º Identificação e livre trânsito 1 O pessoal dirigente, de inspecção e de apoio técnico tem direito ao uso de cartão de identificação e livre trânsito de modelo aprovado por portaria do Ministro, o qual constitui título bastante para o exercício dos seguintes poderes de autoridade: a) livre acesso a todos os serviços, instalações e estabelecimentos ou locais onde se exerçam actividades abrangidas pelas competências da IGAI, sem necessidade de aviso prévio; b) utilização, nos locais inspeccionados ou fiscalizados, mediante acordo dos responsáveis, de instalações adequadas ao exercício das respectivas funções; c) obtenção, mediante acordo dos responsáveis, do material e equipamento indispensáveis, bem como da colaboração do respectivo pessoal; d) requisição, para exame, consulta e junção aos autos, de processos e documentos ou das respectivas certidões, bem como de quaisquer outros elementos existentes nos livros, registos e arquivos dos serviços inspeccionados ou fiscalizados. 2 O acesso às instalações e a circulação pelos locais onde as forças e serviços de segurança exercem as suas actividades são feitos mediante apresentação pessoal ao mais alto responsável que, no momento da diligência, se encontre no local e comunicação, logo que possível, ao dirigente máximo do serviço visado. Artigo 26.º Transporte e deslocações As condições de utilização da rede de transportes públicos são definidas por portaria conjunta dos ministros responsáveis pela administração interna e pelos transportes. Artigo 27.º Formação A IGAI promove acções de formação, aperfeiçoamento e reciclagem do pessoal, podendo recorrer a especialistas de reconhecido mérito nas áreas de interesse para o serviço e a instituições nacionais ou estrangeiras especialmente vocacionadas para esse efeito. Artigo 28.º Sigilo profissional Para além da sujeição aos deveres gerais inerentes ao exercício de funções públicas, os funcionários e agentes da IGAI e todos aqueles que com eles colaborarem são especialmente obrigados a guardar rigoroso sigilo sobre todas as matérias de que tiverem conhecimento no exercício ou por causa do exercício das suas funções. Artigo 29.º Regime de prestação do trabalho 1 O regime de duração do trabalho do pessoal da carreira de inspecção superior e de outros funcionários que colaborem com aquele em acções inspectivas é o estabelecido para 112

114 a função pública, podendo, no entanto, as respectivas funções ser exercidas a qualquer hora, consoante as necessidades de serviço. 2 Os funcionários referidos no número anterior que tenham de prestar serviço nos dias de descanso semanal ou feriados têm direito a igual período de descanso num dos oito dias seguintes. Artigo 29.º- A Uso e porte de arma 76 1 O pessoal dirigente e de inspecção, enquanto no exercício efectivo de funções na IGAI, é dispensado de licença de uso e porte de arma de defesa, valendo como tal o cartão de identificação referido no artigo 25.º 2 O pessoal referido no número anterior tem direito a que lhe seja distribuída, por conta do Estado, arma de defesa, em condições a regulamentar por despacho do Ministro da Administração Interna, mediante proposta do inspector geral. Artigo 29.º- B Garantias 77 O pessoal da IGAI não pode ser prejudicado no seu emprego, na estabilidade e progresso da carreira, bem como quanto ao regime de segurança social, de que beneficie nos lugares de origem. CAPÍTULO IV DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS Artigo 30.º Preenchimento transitório de lugares 78 Durante três anos contados a partir da data da primeira tomada de posse do inspector geral, a IGAI pode, nos termos da lei e dentro das respectivas dotações orçamentais, recorrer à contratação de pessoal técnico e administrativo devidamente habilitado Aditado pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. Aditado pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. A versão originária era a seguinte: 1 - Durante o período transitório de três anos, a contar da data da entrada em vigor do presente diploma, a IGAI pode, por conta das vagas de lugares de acesso da carreira de inspecção superior que não possam ser preenchidas por funcionários de categoria imediatamente inferior, nomear para lugares de ingresso tantos funcionários quantas as vagas existentes na outras categorias da mesma carreira. 2 - Para os efeitos do disposto no número anterior, a categoria de ingresso da carreira de inspecção superior corresponde à categoria de inspector, nos termos do presente diploma. 113

115 Artigo 31.º Valor do suplemento 79 (Revogado) Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 29 de Junho de Aníbal António Cavaco Silva Manuel Dias Loureiro Eduardo de Almeida Catroga José Manuel Durão Barroso Joaquim Martins Ferreira do Amaral. Promulgado em 24 de Agosto de Publique se. O Presidente da República, MÁRIO SOARES. Referendado em 28 de Agosto de O Primeiro Ministro, Aníbal António Cavaco Silva. MAPA I 80 MAPA II Revogado pelo artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. A versão originária era a seguinte: Até à publicação da legislação a que se refere o n.º 3 do artigo 37.º do Decreto-Lei n.º 353-A/89, de 16 de Outubro, o pessoal dirigente e o da carreira da inspecção superior do IGAI tem direito a um suplemento idêntico ao percebido pelo demais pessoal de inspecção ao abrigo do estabelecido no artigo 32.º do Decreto-Lei n.º 291/93, de 24 de Agosto. Vide, alteração introduzida pelo artigo 4.º do Decreto-Lei nº 154/96, de 31 de Agosto. 114

116 Decreto Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto (Altera a Lei Orgânica) O Decreto Lei n.º 227/95, de 11 de Setembro, criou a Inspecção Geral da Administração Interna (IGAI), com competência fiscalizadora e inspectiva sobre todos os serviços directamente dependentes ou tutelados pelo Ministro da Administração Interna. O referido diploma não chegou a ser regulamentado nem o serviço implementado. Considera o Governo que se trata de um serviço da maior importância para a defesa dos direitos dos cidadãos e potenciador da dignificação das entidades policiais, inserível na política governamental de maior e melhor segurança para as populações. A IGAI é concebida, desde a sua origem, como um serviço a preencher por «indivíduos com grande maturidade e experiência profissional, altamente qualificados e com credibilidade para o exercício das melindrosas funções cometidas à IGAI com isenção, independência, neutralidade, dedicação e abnegação». Verifica se, contudo, que algumas das características do figurino institucional definido, bem como algumas das soluções concretas em matéria de recrutamento de pessoal, não são as requeridas pela especificidade das competências cometidas àquele serviço e pela singularidade das funções conferidas ao pessoal de inspecção e fiscalização. Com efeito, trata se de estabelecer um mecanismo operacional de controlo e fiscalização da legalidade num dos domínios seguramente mais delicados da actuação do Estado de direito democrático, isto é, no domínio do exercício dos poderes de autoridade e do uso legítimo de meios de coerção, pelas forças e serviços de segurança que podem, em alguns casos, conflituar com os direitos, liberdades e garantias fundamentais dos cidadãos. Considera se, por isso, que os objectivos essenciais visados através da criação da IGAI só poderão ser alcançados se a estrutura do novo serviço e a qualificação do pessoal que a há de integrar se revelarem adequadas. O nível, especificidade e complexidade dos organismos, serviços e entidades que ficam, por diversas formas, sujeitos aos poderes inspectivos e fiscalizadores da IGAI justificam plenamente que esta assuma um figurino institucional sujeito a regime jurídico espe cial. Pretende se, acima de tudo, criar uma estrutura leve, com grande flexibilidade de recrutamento, com agilidade de actuação e dotada de pessoas, como originariamente se visou, com plenas condições para investigar, com total isenção, acontecimentos que se podem revestir do maior melindre, na sequência dos quais, com muita frequência, se torna necessário, num Estado de direito, apurar a verdade, única forma de administrar justiça e de assumir ou recusar responsabilidades. Assim, nos termos da alínea a) do artigo 201.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: Artigo 1.º 81 Artigo 2.º As alterações foram introduzidas nos locais apropriados. As alterações foram introduzidas nos locais apropriados. 115

117 Artigo 3.º 83 Artigo 4.º Os mapas I e II referidos, respectivamente, nos n. os 1 e 2 do artigo 17.º do Decreto- -Lei n.º 227/95, de 11 de Setembro, são substituídos pelo mapa anexo ao presente diploma. Artigo 5.º O presente diploma entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 12 de Julho de António Manuel de Oliveira Guterres António Luciano Pacheco de Sousa Franco Alberto Bernardes Costa José Augusto de Carvalho José Eduardo Vera Cruz Jardim Jorge Paulo Sacadura Almeida Coelho. Promulgado em 14 de Agosto de Publique se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO. Referendado em 21 de Agosto de O Primeiro Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres. MAPA ANEXO Quadro do pessoal dirigente e de chefia da IGAI Decreto Lei n.º 3/99, de 4 de Janeiro (Altera a Lei Orgânica) A experiência colhida ao longo de quase três anos desde a entrada em funcionamento da Inspecção Geral da Administração Interna e a necessidade de prosseguir, consolidar e aprofundar a sua actuação aconselham ser este o momento adequado para a criação de um segundo lugar de subinspector geral. Assim: Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: 83 As alterações foram introduzidas nos locais apropriados. 116

118 Artigo 1.º 84 Artigo 2.º O mapa anexo ao Decreto Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto, passa a referir, no grupo de pessoal dirigente e de chefia, no cargo de subinspector geral, o número de lugares dois. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 19 de Novembro de António Manuel de Oliveira Guterres António Luciano Pacheco de Sousa Franco Jorge Paulo Sacadura Almeida Coelho Jorge Paulo Sacadura Almeida Coelho. Promulgado em 14 de Dezembro de Publique se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO. Referendado em 16 de Dezembro de O Primeiro Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres. 84 As alterações foram introduzidas nos locais apropriados. 117

119

120 INSPECÇÃO GERAL DA POLÍCIA DE SEGURANÇA PÚBLICA Lei de Organização e Funcionamento da Polícia de Segurança Pública (aprovada pela Lei n.º 5/99, de 27 de Janeiro) 85 A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, para valer como lei geral da República, o seguinte: Artigo 1.º Natureza 1 A Polícia de Segurança Pública, designada abreviadamente pela sigla PSP, é uma força de segurança com a natureza de serviço público dotado de autonomia administrativa, que tem por funções defender a legalidade democrática, garantir a segurança interna e os direitos dos cidadãos, nos termos do disposto na Constituição e na lei. 2 A PSP depende do membro do Governo responsável pela administração interna e a sua organização é única para todo o território nacional. 3 A PSP está organizada hierarquicamente em todos os níveis da sua estrutura com respeito pela diferenciação entre funções policiais e funções gerais de gestão e administração públicas, obedecendo quanto às primeiras à hierarquia de comando e quanto às segundas às regras gerais de hierarquia da função pública. 4 No uso da competência que lhes seja delegada pelo Governo nos termos da Constituição, os Ministros da República para as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira podem emanar directivas relativas ao serviço da PSP nas respectivas Regiões, a veicular através do director nacional, podendo ser dadas directamente aos comandantes regionais, em caso de urgência. Artigo 2.º Competências 1 Em situações de normalidade institucional, as atribuições da PSP são as decorrentes da legislação de segurança interna e, em situações de excepção, as resultantes da legislação sobre defesa nacional e sobre estado de sítio e estado de emergência. 2 No quadro da política de segurança interna, são objectivos fundamentais da PSP, sem prejuízo das atribuições legais de outras entidades, com observância das regras gerais sobre polícia e com respeito pelos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos: a) promover as condições de segurança que assegurem o normal funcionamento das instituições democráticas, bem como o exercício dos direitos e liberdades e o respeito pelas garantias fundamentais dos cidadãos; b) garantir a manutenção da ordem, segurança e tranquilidade públicas; c) prevenir a criminalidade e a prática dos demais actos contrários à lei e aos regulamentos; 85 Transcrevem-se, apenas, os artigos directa ou indirectamente relacionados com o controlo interno da Polícia de Segurança Pública. 119

121 d) prevenir a criminalidade organizada e o terrorismo, em coordenação com as demais forças e serviços de segurança; e) garantir a execução dos actos administrativos emanados da autoridade competente que visem impedir o incumprimento da lei ou a sua violação continuada; f) garantir a segurança das pessoas e dos seus bens; g) prosseguir as atribuições que lhe forem cometidas por lei em matéria de processo penal; h) garantir a segurança rodoviária, nomeadamente através do ordenamento, fiscalização e regularização do trânsito; i) garantir a segurança nos espectáculos desportivos e equiparados; j) prosseguir as atribuições que lhe forem cometidas por lei em matéria de licenciamento administrativo; l) participar na segurança portuária e das orlas fluvial e marítima, nos termos definidos por lei; m) garantir a segurança das áreas ferroviárias; n) prestar ajuda às populações e socorro aos sinistrados e apoiar em especial os grupos de risco; o) participar em missões internacionais, nos termos definidos pelo Governo; p) cooperar com outras entidades que prossigam idênticos fins; q) colher as notícias dos crimes, descobrir os seus agentes, impedir as consequências dos crimes e praticar os demais actos conexos; r) contribuir para a formação e informação em matéria de segurança dos cidadãos; s) prosseguir as demais atribuições fixadas na lei. 3 É atribuição exclusiva da PSP, em todo o território nacional, o controlo do fabrico, armazenamento, comercialização, uso e transporte de armas, munições e substâncias explosivas e equiparadas que não pertençam às Forças Armadas e demais forças e serviços de segurança. 4 É atribuição exclusiva da PSP, em todo o território nacional, garantir a segurança pessoal dos membros dos órgãos de soberania e de altas entidades nacionais ou estrangeiras, bem como de outros cidadãos quando sujeitos a situação de ameaça relevante. 5 É atribuição especial da PSP, no âmbito da segurança aeroportuária, adoptar as medidas de prevenção e repressão dos actos ilícitos contra a aviação civil. [...] SECÇÃO III SERVIÇOS DEPENDENTES DO DIRECTOR NACIONAL SUBSECÇÃO I Inspecção Geral Artigo 27.º Competência 1 A Inspecção Geral é o serviço, directamente dependente do director nacional, que exerce o controlo interno nos domínios operacional, administrativo, financeiro e técnico, 120

122 competindo lhe verificar, acompanhar, avaliar e informar sobre a actuação de todos os serviços da PSP, tendo em vista promover: a) a qualidade do serviço prestado à população; b) a legalidade, a regularidade, a eficácia e a eficiência da actividade operacional; c) a legalidade, a regularidade, a eficácia, a eficiência e a economicidade da gestão orçamental e patrimonial; d) a legalidade e a regularidade administrativa da gestão de pessoal; e) o cumprimento dos planos de actividades e das decisões e instruções internas. 2 A Inspecção Geral é dirigida pelo inspector geral. Artigo 28.º Inspector geral Compete, em especial, ao inspector geral: a) dirigir, coordenar e fiscalizar as actividades de auditoria e inspecção interna; b) propor a instauração de processos de averiguações, de inquérito e disciplinares, nos termos dos estatutos disciplinares aplicáveis ao pessoal da PSP; c) submeter ao director nacional os planos e os relatórios das acções de fiscalização. Artigo 29.º Equipas de inspecção 1 A Inspecção Geral é dotada de um corpo de inspectores, organizado em equipas de inspecção. 2 Compete às equipas referidas no número anterior realizar as auditorias e outras acções de fiscalização que forem determinadas pelo inspector geral. 3 A Inspecção Geral pode socorrer se do parecer de entidades públicas especializadas, sempre que tal se mostre necessário ao cabal desempenho das suas funções, nomeadamente das funções das equipas de inspecção. 4 O regulamento interno da Inspecção Geral é aprovado por despacho do Ministro da Administração Interna, sob proposta do director nacional. [...] 121

123

124 GABINETE DE ASSESSORES E INSPECTORES DA GUARDA NACIO- NAL REPUBLICANA (Lei Orgânica) Lei Orgânica da Guarda Nacional Republicana (anexa ao Decreto Lei n.º 231/93, de 26 de Junho) 86 Artigo 1.º Definição A Guarda Nacional Republicana, adiante designada por Guarda, é uma força de segurança constituída por militares organizados num corpo especial de tropas. Artigo 2.º Missão geral A Guarda tem por missão geral: a) garantir, no âmbito da sua responsabilidade, a manutenção da ordem pública, assegurando o exercício dos direitos, liberdades e garantias; b) manter e restabelecer a segurança dos cidadãos e da propriedade pública, privada e cooperativa, prevenindo ou reprimindo os actos ilícitos contra eles cometidos; c) coadjuvar as autoridades judiciárias, realizando as acções que lhe são ordenadas como órgão de polícia criminal; d) velar pelo cumprimento das leis e disposições em geral, nomeadamente as relativas à viação terrestre e aos transportes rodoviários; e) combater as infracções fiscais, designadamente as previstas na lei aduaneira; f) colaborar no controlo da entrada e saída de cidadãos nacionais e estrangeiros no território nacional; g) auxiliar e proteger os cidadãos e defender e preservar os bens que se encontrem em situações de perigo, por causas provenientes da acção humana ou da natureza; h) colaborar na prestação de honras de Estado; i) colaborar na execução da política de defesa nacional. [...] Artigo 42.º Gabinete de Assessores e Inspectores 1 Ao Gabinete de Assessores e Inspectores (GAI) compete: a) estudar e propor medidas relativas aos assuntos que o comandante geral determinar; 86 Transcrevem-se, apenas, os artigos directa ou indirectamente relacionados com o controlo interno da Guarda Nacional Republicana. 123

125 b) efectuar inspecções às unidades e serviços, nomeadamente no que se refere à segurança, instrução, actividade operacional, administrativo logística e financeira. 2 O GAI depende directamente do comandante geral. [...] 124

126 INSPECÇÃO GERAL DE FINANÇAS Decreto Lei n.º 249/98, de 11 de Agosto (Lei Orgânica) 87 Os anteriores diplomas orgânicos da Inspecção Geral de Finanças, em particular o Decreto Lei n.º 513 Z/79, de 27 de Dezembro, e, mais recentemente, o Decreto Lei n.º 353/89, de 16 de Outubro, representaram, ao seu tempo, a consagração de modelos de organização e de exercício do controlo que, hoje podemos constatar, contribuíram para desenvolver na consciência nacional o sentido da necessidade da emergência de uma verdadeira cultura do controlo que, no domínio do controlo financeiro, situasse o nosso país a par do percurso já então trilhado no mundo moderno. Com efeito, os princípios que têm orientado a intervenção da Inspecção Geral de Finanças, na linha do melhor exemplo de outros organismos congéneres, também sustentados na experiência adquirida e modelados por aqueles instrumentos legais, têm contribuído para afirmar o primado do controlo das finanças públicas, como fundamento estruturante, próprio do Estado de direito democrático. Todavia, o controlo da administração financeira do Estado vem sendo progressivamente confrontado com novos factores, internos e externos, que aconselham, sem embargo das virtualidades que o modelo vigente revelou, a evolução para soluções estratégicas que permitam encarar esses novos desafios com os instrumentos, legais e operacionais, que se revelam mais adequados. Neste sentido, deverá ser reiterada e renovada a aposta decisiva na coordenação do funcionamento dos sistemas de controlo interno dos fluxos financeiros de fundos públicos, nacionais e comunitários, desde logo, como instrumento estratégico de garantia da consolidação de umas finanças públicas sólidas e sustentadas, como exigência maior da construção da União Económica e Monetária. É, aliás, no âmbito do desenvolvimento deste processo de integração económica da União Europeia que se perfilam, neste virar de século, importantes modificações no acervo normativo que enquadra o exercício da gestão pública, que não poderão deixar de reconhecer no controlo financeiro um parceiro indispensável à sua concretização, avultando, neste domínio, a intervenção da Inspecção Geral de Finanças, enquanto interlocutor nacional. Também, internamente, o nosso legislador tem orientado a sua actuação no sentido de instituir o controlo da administração financeira do Estado numa perspectiva sistémica e integrada, funcionando de forma articulada, com independência técnica, como já anunciavam o Decreto Lei n.º 184/89, de 2 de Junho, que instituiu o controlo de alto nível, e, mais especificamente, o Decreto Lei n.º 99/94, de 19 de Abril, que desenvolveu o sistema nacional de controlo da aplicação dos fundos estruturais da União Europeia, através da previsão de três níveis de controlo o controlo de primeiro nível, o controlo sectorial ou de segundo nível e, por fim, o controlo de alto nível, desempenhado pela Inspecção Geral de Finanças, a quem compete, nomeadamente, promover a coordenação do funcionamento de todo o Sistema. 87 Com as alterações introduzidas pelos Decretos Lei n.º 363-A/98, de 19 de Novembro, n.º 91/2002, de 12 de Abril. 125

127 Mais recentemente, o Decreto Lei n.º 158/96, de 3 de Setembro, que aprovou a Lei Orgânica do Ministério das Finanças, veio consolidar o reconhecimento normativo do papel desempenhado pela Inspecção Geral de Finanças, como coordenador do sistema de controlo interno da administração financeira do Estado, valorizando a sua vocação no sentido do controlo horizontal da administração financeira da receita e despesa públicas. Nesta mesma linha, deve ser entendido o diploma que, em execução do artigo 11.º da Lei n.º 52 C/96, de 27 de Dezembro, que aprovou o Orçamento do Estado para 1997, vem estruturar o sistema de controlo interno da administração financeira do Estado, consagrando, agora, de forma alargada, o exercício sistémico, estruturado e coerente do controlo das finanças públicas. É neste contexto que importa adequar o estatuto orgânico da Inspecção Geral de Finanças, reafirmando a sua natureza de serviço de controlo de alto nível da administração financeira do Estado, orientado para a análise da legalidade e da regularidade da receita e despesa públicas e para a apreciação da sua racionalidade económica, visando sempre a boa gestão financeira dos fundos públicos, nacionais e comunitários. Com efeito, em face destes novos desafios, que trazem consigo responsabilidades acrescidas, aproveitou se o momento para racionalizar e repensar a organização, em ordem a um modelo de funcionamento interno mais actualizado que, de forma sustentada, tenha a virtualidade de perspectivar as exigências com as quais a Inspecção Geral de Finanças se verá confrontada, no quadro de uma evolução de médio e longo prazos. É neste sentido que a presente revisão orgânica aponta para a redefinição das áreas de coordenação e de intervenção operacional, a par de uma necessária flexibilidade na adequação dos recursos, dando, também por esta via, exemplo de economia, na linha da própria reforma orgânica do Ministério das Finanças, com a consciência de que é necessário evoluir no sentido da optimização da estrutura e da gestão das organizações. Todavia, deve registar se que se trata, agora com outro fôlego, de prosseguir um caminho que a Inspecção Geral de Finanças já havia encetado, procurando formas de valorizar os seus recursos e agilizar a sua intervenção, como resulta da economia do Decreto Lei n.º 162/95, de 6 de Julho, que, com esta preocupação, introduziu ajustamentos no quadro orgânico anterior. Optou se, assim, por um modelo de organização e de procedimentos, cuja implementação vem, comprovadamente, na última década, dando resultados positivos, e que aposta na simplificação e na flexibilização estrutural. No capítulo da gestão, importa assinalar a substituição da actual departamentalização em serviços, por áreas de especialização, mais vocacionadas para, em cada momento e em face de objectivos concretos, conferir maior operacionalidade à actuação do controlo estratégico. Consagra se um quadro único para a carreira de inspecção de alto nível, cuja dotação é determinada com base na realidade actual e visa acautelar as legítimas expectativas entretanto criadas. Por outro lado, os instrumentos previsionais e de gestão devem ser entendidos numa perspectiva integrada, tendo em vista a concretização da missão, no contexto do Programa do Governo, das Grandes Opções do Plano, do Orçamento do Estado e das orientações superiores, acompanhando em cada momento as exigências de intervenção, de acordo com os recursos disponíveis. Conscientes de que num organismo com esta missão é determinante o valor acrescido representado pelos recursos humanos, este modelo aposta decisivamente no desenvolvimento e valorização dos mesmos. 126

128 Do mesmo modo, procede se à consagração expressa de um conjunto de princípios que, modelando as condições do exercício da actividade da Inspecção Geral de Finanças, constituem um verdadeiro estatuto ético. Por outro lado, a par da opção por um processo de provimento que acolhe, como elemento nuclear, a avaliação do desempenho, mantém se a previsão de um criterioso regime de impedimentos e incompatibilidades, ditado pela especificidade da função. Neste sentido, houve também a preocupação de prever mecanismos que permitam contribuir para dignificar o exercício da função inspectiva, tendo presente as condições ambientais estruturalmente adversas em que é desenvolvida, o risco que envolve e, bem assim, a necessidade de fazer face à forte competitividade externa a que se encontra sujeita. Neste quadro, e sem prejuízo de se assegurar a transição com base na actual estrutura remuneratória, torna se necessário, no âmbito da revisão dos regimes das carreiras, evoluir para soluções mais adequadas às particulares exigências do exercício da função inspectiva, por forma a salvaguardar a sua eficácia. Assume o Governo este passo de modernização organizativa, concretizando a num serviço que, por natureza, desempenha uma missão nuclear na defesa da legalidade, da regularidade e da boa gestão financeira, aspectos primeiros na vida de uma sã Administração Pública. Assim, nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º e do n.º 5 do artigo 112.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: CAPÍTULO I NATUREZA, MISSÃO E ÂMBITO DE INTERVENÇÃO Artigo 1.º Natureza e missão A Inspecção Geral de Finanças (IGF) é o serviço do Ministério das Finanças integrado na administração directa do Estado, dotado de autonomia administrativa, que tem por missão fundamental o controlo da administração financeira do Estado e o apoio técnico especializado, e que funciona na directa dependência do Ministro das Finanças. Artigo 2.º Âmbito de intervenção 1 Enquanto serviço de controlo da administração financeira do Estado, incumbe especialmente à IGF o exercício do controlo nos domínios orçamental, económico, financeiro e patrimonial, de acordo com os princípios da legalidade, da regularidade e da boa gestão financeira, contribuindo para a economia, a eficácia e a eficiência na obtenção das receitas públicas e na realização das despesas públicas, nacionais e comunitárias, para o que desenvolve as seguintes tarefas: a) realizar acções de coordenação, articulação e avaliação da fiabilidade dos sistemas de controlo interno dos fluxos financeiros de fundos públicos, nacionais e comunitários; b) propor medidas destinadas a melhoria da estrutura, organização e funcionamento dos referidos sistemas e acompanhar a respectiva implantação e evolução; 127

129 c) realizar auditorias, inspecções, análises de natureza económico financeira, exames fiscais e outras acções de controlo às entidades, públicas e privadas, abrangidas pela sua intervenção; d) desempenhar as funções de interlocutor nacional da Comissão Europeia, nos domínios do controlo financeiro e das fraudes e irregularidade em prejuízo do orçamento comunitário; e) realizar sindicâncias, inquéritos e averiguações nas entidades abrangidas pela sua intervenção, bem como desenvolver o procedimento disciplinar quando for o caso; f) exercer as demais funções que resultem da lei, de normativos e de acordos, nacionais ou comunitários, bem como outras que lhe sejam superiormente cometidas. 2 Enquanto serviço de apoio técnico especializado cabe à IGF desenvolver as seguintes tarefas: a) elaborar projectos de diplomas legais e dar parecer sobre os que lhe sejam submetidos; b) promover a investigação técnica, efectuar estudos e emitir pareceres; c) participar, bem como prestar apoio técnico, em júris, comissões e grupos de trabalho, nacionais e comunitários; d) assegurar, no âmbito da sua missão, a articulação com entidades congéneres estrangeiras e organizações internacionais; e) desempenhar quaisquer outras tarefas de apoio técnico especializado para que se encontre vocacionada. 3 A intervenção da IGF abrange as entidades do sector público administrativo e empresarial, bem como dos sectores privado e cooperativo, quando sejam sujeitos de relações financeiras ou tributárias com o Estado ou com a União Europeia ou quando se mostre indispensável ao controlo indirecto de quaisquer entidades abrangidas pela sua acção, sem prejuízo das competências específicas de supervisão do Banco de Portugal, do Instituto de Seguros de Portugal e da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. 4 A IGF tem sede em Lisboa e centros de apoio regional no Porto e em Coimbra, abrangendo o âmbito da sua actuação todo o território nacional. CAPÍTULO II ORGANIZAÇÃO E GESTÃO Artigo 3.º Princípios 1 Na organização e na gestão a IGF adopta um modelo flexível e participado, directamente orientado para a realização da sua missão. 2 A estrutura das unidades de trabalho e suas funções, bem como as relações hierárquico funcionais a vigorar na organização são definidas por despacho do Ministro das Finanças, sob proposta do inspector geral de finanças. Artigo 4.º Áreas de especialização Tendo em conta os princípios enumerados no artigo anterior, a IGF assegura a sua missão e exerce as suas competências através das seguintes áreas de especialização: 128

130 a) do sistema nacional de controlo interno e coordenação dos controlos comunitários; b) do controlo da gestão pública; c) do controlo empresarial público e privado; d) do controlo das receitas tributárias; e) do controlo tutelar autárquico; f) da organização, desenvolvimento e informação. Artigo 5.º Estrutura de decisão 1 A estrutura orgânica da IGF compreende: a) o inspector geral de finanças; b) o conselho de inspecção; c) a direcção operacional; d) a chefia logística. 2 O inspector geral de finanças dirige a IGF, coadjuvado nessa função pelos subinspectores gerais. 3 O conselho de inspecção é composto pelo inspector geral de finanças, que preside, e pelos subinspectores gerais. 4 A direcção operacional é assegurada pelos inspectores de finanças directores e pelos inspectores de finanças chefes. 5 A chefia logística é assegurada pelos secretários de finanças-coordenadores. 88 Artigo 6.º Inspector geral de finanças 1 Compete ao inspector geral de finanças, para além da competência conferida por lei aos directores gerais, o seguinte: a) presidir ao conselho coordenador do sistema nacional de controlo interno, nos termos previstos na lei; b) presidir ao conselho de inspecção; c) definir e promover a política de qualidade, em especial, dos processos organizativos e do produto final; d) definir a política de gestão dos recursos humanos e afectá los às diversas áreas de especialização, programas e acções; e) estabelecer os normativos internos necessários ao cumprimento dos princípios enunciados no artigo 3.º; f) assegurar a coordenação do processo de planeamento e avaliação de resultados da actividade da IGF; g) ordenar a realização das acções da competência própria da IGF ou superiormente aprovadas, bem como dos controlos cruzados sempre que os mesmos se justifiquem para o seu cabal desempenho. 88 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 91/2002, de 12 de Abril. A versão originária era a seguinte: A chefia logística é assegurada pelos chefes de repartição e pelos secretários de finanças coordenadores. 129

131 2 As áreas referidas no artigo 4.º constituem núcleos de intervenção especializada cuja direcção e supervisão pode ser delegada pelo inspector geral de finanças nos subinspectores gerais de finanças. 3 O inspector geral de finanças pode delegar nos subinspectores gerais de finanças a prática de actos da sua competência própria com faculdade de subdelegação. 4 O inspector geral de finanças é substituído, nas suas ausências, faltas ou impedimentos, pelo subinspector geral de finanças a designar para o efeito. Artigo 7.º Conselho de inspecção 1 O conselho de inspecção é um órgão colegial, de natureza consultiva, ao qual compete apoiar o inspector geral de finanças no exercício das suas funções. 2 Ao conselho de inspecção compete, em especial, pronunciar se sobre: a) a política de qualidade; b) a política de gestão dos recursos humanos; c) os normativos internos para execução do n.º 2 do artigo 3.º; d) os instrumentos de gestão referidos no n.º 2 do artigo 10.º 3 O inspector geral de finanças pode determinar a participação de outros funcionários nas reuniões do conselho de inspecção, em razão da matéria a tratar. Artigo 8.º Direcção operacional 1 À direcção operacional incumbe assegurar a execução das actividades com observância da política de qualidade dos processos e dos produtos operativos da IGF. 2 Aos inspectores de finanças directores será confiada prevalentemente a condução de programas, reservando se aos inspectores de finanças chefes maior incidência na coordenação de equipas, sem prejuízo de a ambos poder ser atribuída a execução de acções específicas. Artigo 9.º Chefia logística À chefia logística incumbe coordenar todas as acções relacionadas com o apoio administrativo da IGF em geral, sem prejuízo de aos titulares dos cargos de chefia poder ser atribuída a execução de acções específicas. Artigo 10.º Instrumentos de gestão 1 A IGF orienta a sua actividade na perspectiva do controlo estratégico, preferencialmente com base em programas envolvendo as diferentes áreas de especialização referidas no artigo 4.º 2 A concretização dos objectivos de actuação da IGF, bem como a execução e avaliação das suas actividades é assegurada, designadamente, através dos seguintes instrumentos de gestão: a) plano estratégico de médio prazo, actualizado anualmente, contemplando as linhas de orientação da IGF, aprovado pelo Ministro das Finanças; 130

132 b) plano anual de actividades, incluindo o plano de formação, contemplando os diversos programas a desenvolver, detalhados por acções, aprovado pelo Ministro das Finanças; c) orçamento anual; d) relatório anual de actividades, com síntese do desempenho da IGF no ano anterior, a submeter ao Ministro das Finanças; e) conta de gerência e relatório de gestão orçamental, evidenciando o grau de execução do orçamento aprovado; f) balanço social. CAPÍTULO III EXERCÍCIO DA ACTIVIDADE SECÇÃO I DOS PRINCÍPIOS, DIREITOS E GARANTIAS DE ACTUAÇÃO Artigo 11.º Intervenção da IGF A intervenção da lgf concretiza se através de acções de sua própria iniciativa com observância dos limites fixados na lei, de acções incluídas no plano anual de actividades, bem como de outras determinadas pelo Ministro das Finanças. Artigo 12.º Princípio da proporcionalidade No exercício das suas funções, os inspectores da IGF deverão pautar a sua conduta pela adequação dos seus procedimentos aos objectivos da acção. Artigo 13.º Princípio da cooperação Sempre que não esteja em causa o êxito da acção ou o dever de sigilo, a IGF deve fornecer às entidades objecto da sua intervenção as informações ou outros esclarecimentos de interesse justificado que lhe sejam solicitados, no contexto da administração aberta aos cidadãos. Artigo 14.º Dever de sigilo Além da sujeição aos deveres gerais inerentes ao exercício da função pública, todos os funcionários da IGF estão especialmente obrigados a guardar rigoroso sigilo sobre todos os assuntos de que tomem conhecimento no exercício ou por causa do exercício das suas funções. Artigo 15.º Garantia do exercício da função inspectiva 1 Aos inspectores da IGF, no exercício da sua actividade, devem ser facultadas pelas autoridades públicas e pelas entidades sujeitas à sua intervenção todas as condições necessárias à garantia da eficácia da acção inspectiva. 131

133 2 Neste contexto, é assegurado aos inspectores da IGF, desde que devidamente identificados e no exercício das suas funções: a) aceder livremente e permanecer, pelo tempo necessário ao desempenho das funções que lhes forem cometidas, em todos os serviços e dependências das entidades sujeitas à intervenção da IGF; b) utilizar instalações adequadas ao exercício das suas funções em condições de dignidade e eficácia; c) requisitar e reproduzir documentos, para consulta, suporte ou junção aos relatórios, processos ou autos e, ainda, proceder ao exame de quaisquer elementos pertinentes à acção inspectiva em poder de entidades cuja actividade seja objecto da intervenção da IGF; d) trocar correspondência, em serviço, com quaisquer entidades públicas ou privadas sobre questões relacionadas com o desenvolvimento da sua actuação; e) ingressar e transitar livremente em quaisquer locais públicos, mediante a exibição do cartão de identificação profissional; f) requisitar às autoridades policiais e administrativas a colaboração necessária ao exercício das suas funções; g) promover, nos termos legais, a selagem de quaisquer instalações, dependências, cofres ou móveis e a apreensão de documentos e objectos de prova, lavrando o correspondente auto, dispensável caso apenas ocorra simples reprodução de documentos; h) proceder, por si ou por recurso a autoridade administrativa ou policial competente ou aos serviços fiscais locais, e cumpridas as formalidades legais, a notificações a que haja lugar em processos de inquéritos, sindicâncias ou disciplinares ou noutros de cuja instrução estejam incumbidos. 3 Os funcionários da IGF que sejam arguidos em processo judicial, por actos cometidos ou ocorridos no exercício e por causa das suas funções, têm direito a ser assistidos por advogado, indicado pelo inspector geral de finanças, ouvido o interessado, retribuído a expensas do Estado, bem como a transporte e ajudas de custo quando a localização do tribunal ou das entidades policiais o justifique. 4 As importâncias eventualmente despendidas nos termos e para os efeitos referidos no número anterior devem ser reembolsadas pelo funcionário que lhes deu causa, no caso de condenação judicial. SECÇÃO II DA EFICÁCIA DAS ACÇÕES Artigo 16.º Deveres de colaboração e informação 1 As entidades sujeitas à intervenção da IGF devem disponibilizar o acesso ou fornecer os elementos de informação que esta considere necessários ao exercício das suas competências e ao êxito da sua missão, nos moldes, nos suportes e com a periodicidade havida por conveniente, segundo os parâmetros da boa fé. 2 Os titulares dos órgãos das entidades sujeitas à intervenção da IGF estão obrigados a prestar lhe ou a fazer prestar as informações e os esclarecimentos, a facultar documentos e a colaborar da forma que lhes for solicitada, no âmbito das suas funções, podendo, para o efeito, ser requisitada a comparência de responsáveis, funcionários e agentes dos 132

134 serviços e organismos do Estado, nomeadamente, para prestação de declarações ou depoimentos. 3 A recusa da colaboração devida e a oposição à actuação da IGF podem fazer incorrer o infractor em responsabilidade disciplinar e criminal, nos termos da legislação que ao caso couber. 4 A IGF deve fazer constar no seu relatório anual de actividades os obstáculos colocados ao normal exercício da sua acção. Artigo 17.º Princípio do contraditório 1 Sem prejuízo das garantias de defesa previstas na lei, e tendo em vista os objectivos de rigor, operacionalidade e eficácia da acção da IGF, esta conduzirá as suas intervenções com observância do princípio do contraditório, excepto quando tal procedimento for susceptível de prejudicar aqueles objectivos. 2 As modalidades e princípios orientadores da aplicação do princípio do contraditório referido no número anterior são fixados por despacho do Ministro das Finanças. Artigo 18.º Garantia da eficácia 1 Na sequência da decisão ministerial sobre os seus relatórios, a IGF assegura o respectivo encaminhamento para os gabinetes dos membros do Governo com responsabilidades de superintendência ou tutela sobre as entidades visadas bem como para estas, se for o caso. 2 Sem prejuízo do dever de a IGF proceder ao acompanhamento do resultado das recomendações e propostas formuladas, as entidades públicas visadas devem fornecer lhe, no prazo de 60 dias contados a partir da recepção do relatório, informações sobre as medidas e decisões entretanto adoptadas na sequência da intervenção da IGF, podendo ainda pronunciar se sobre o efeito da acção. Artigo 19.º Dever de participação 1 Independentemente do disposto no n.º 1 do artigo anterior, a IGF tem o dever de participar às entidades competentes, nacionais e comunitárias, consoante os casos, os factos que apurar no exercício das suas funções susceptíveis de interessarem ao exercício da acção penal, contra ordenacional ou disciplinar, bem como à determinação de responsabilidades financeiras ou a acções de combate à fraude e irregularidades em prejuízo dos orçamentos nacional e comunitário. 2 Os inspectores que tiverem conhecimento ou notícia de um crime transmiti lo ão ao Ministério Público no mais curto prazo, sem prejuízo da adopção dos actos cautelares necessários e urgentes para assegurar os meios de prova, nos termos previstos no Código de Processo Penal. 133

135 CAPÍTULO IV PESSOAL Artigo 20.º Carreira de inspecção A carreira de inspecção integra o corpo especial de inspecção de alto nível, nos termos do artigo 28.º do Decreto Lei n.º 353 A/89, de 16 de Outubro. Artigo 21.º Quadro de pessoal 1 A IGF dispõe do quadro de pessoal constante do mapa anexo ao presente diploma, que dele faz parte integrante. 2 Ao recrutamento e provimento do pessoal da IGF são aplicáveis as normas estabelecidas na lei geral, salvo o disposto no presente diploma. Artigo 22.º Classificação anual de serviço 1 Os funcionários da IGF serão objecto de classificação anual de serviço, nas condições definidas por despacho do Ministro das Finanças, com observância dos princípios previstos na lei. 2 O pessoal dirigente está dispensado da classificação de serviço a que se refere o número anterior. Artigo 23.º Provimento do pessoal dirigente 1 Em face da especificidade das funções de controlo de alto nível, os lugares do pessoal dirigente são providos: a) o de inspector geral de finanças, por despacho conjunto do Primeiro Ministro e do Ministro das Finanças, de entre indivíduos de reconhecida competência, qualificação e experiência, licenciados com curso superior adequado ao exercício do respectivo cargo; b) os de subinspector geral de finanças, por despacho do Ministro das Finanças, sob proposta do inspector geral de finanças, de entre licenciados com curso superior adequado que possuam experiência, qualificação e competência adequadas ao exercício do cargo; c) os de inspector de finanças director, de entre inspectores de finanças chefes ou inspectores de finanças de categoria igual ou superior a inspector de finanças principal, estes com, pelo menos, quatro anos de efectivo serviço na IGF e com classificação de Muito bom no último ano, que possuam qualidades de direcção e experiência adequadas ao exercício do cargo; d) os de inspector de finanças chefe, de entre inspectores com categoria igual ou superior a inspector de finanças com, pelo menos, quatro anos de efectivo serviço na IGF e com classificação de Muito bom no último ano, que possuam qualidades de chefia e experiência adequadas ao exercício do cargo. 2 De acordo com as especificidades constantes das alíneas a) a d) do número ante rior, o provimento dos cargos de inspector geral de finanças, subinspector geral de finan- 134

136 ças, inspector de finanças director e inspector de finanças chefe é efectuado em comissão de serviço, nos termos da lei geral aplicável ao pessoal dirigente. Artigo 24.º Provimento do pessoal da carreira de inspecção 1 Os lugares da carreira de inspecção são providos: a) os de inspector de finanças superior principal, de entre inspectores de finanças superiores com pelo menos cinco anos de serviço nessa categoria e classificação de Muito bom no último ano; b) os de inspector de finanças superior, de entre inspectores de finanças principais com pelo menos quatro anos de serviço nessa categoria e classificação superior a Bom no último ano; c) os de inspector de finanças principal e de inspectores de finanças, de entre, respectivamente, inspectores de finanças com pelo menos três anos de serviço na categoria e classificação não inferior a Bom e inspectores de finanças estagiários que tenham concluído com aproveitamento o respectivo estágio; d) os de inspector de finanças estagiário, de entre licenciados com curso superior adequado, recrutados mediante provas de selecção a realizar para o efeito. 2 O estágio a que se refere a alínea c) do n.º 1 tem a duração de um ano de efectivo serviço, podendo em qualquer momento cessar por exoneração dos estagiários que revelem uma notória inadequação para o exercício da função. 3 A prova de selecção prevista na alínea d) do n.º 1 incluirá a apreciação do currículo dos interessados, a sua experiência profissional e os conhecimentos e aptidões específicos revelados em entrevistas e provas escritas, das quais poderão ser dispensados os candidatos com média de curso não inferior a 16 valores ou Bom com distinção, caso em que aqueles conhecimentos e aptidões serão avaliados unicamente através de entrevista. Artigo 25.º Provimento do pessoal técnico de finanças Os lugares da carreira do pessoal técnico de finanças são providos: a) os de secretário de finanças coordenador, de entre secretários de finanças especialistas com pelo menos três anos de serviço na categoria, classificação superior a Bom e qualidades de chefia adequadas ao exercício da função; b) os de secretário de finanças especialista, de entre secretários de finanças principais com pelo menos três anos de serviço na categoria e classificação não inferior a Bom; c) os de secretário de finanças principal, de entre secretários de finanças de 1.ª classe com pelo menos três anos de serviço na categoria e classificação não inferior a Bom; d) os de secretários de finanças de 1.ª classe, de entre os secretários de 2.ª classe com pelo menos três anos de serviço na categoria e classificação não inferior a Bom; e) os de secretário de finanças de 2.ª classe, de entre secretários de finanças estagiários aprovados no respectivo estágio, com a duração de um ano; 135

137 f) os de secretário de finanças estagiário, de entre indivíduos habilitados com pelo menos o curso complementar do ensino secundário ou equivalente, recrutados mediante provas de selecção a realizar para o efeito. Artigo 26.º Provimento do restante pessoal O provimento dos lugares das restantes carreiras previstas no quadro do pessoal da IGF será feito nos termos da lei geral. Artigo 27.º Regime de provimento e selecção 1 As nomeações para lugares de secretário de finanças coordenador, bem como para os lugares de ingresso em carreiras em que o recrutamento não seja precedido de estágio, têm carácter provisório durante um ano, findo o qual o provimento se tornará definitivo, se o funcionário revelar aptidão para o lugar, regressando, em caso contrário, à situação anterior. 2 No provimento dos lugares de ingresso em carreiras em que o recrutamento é precedido de estágio atender se á, pela ordem indicada: a) à classificação final do estágio; b) à graduação para ingresso no estágio. 3 A formação obtida nos estágios a que alude o número anterior integra se no âmbito da formação inicial e tem características teórica e prática, com momentos distintos de avaliação. Artigo 28.º Impedimentos e incompatibilidades 1 O pessoal da IGF está sujeito ao regime geral de impedimentos e incompatibilidades vigente na Administração Pública. 2 É ainda vedado aos dirigentes e inspectores da IGF: a) executar quaisquer acções de natureza inspectiva ou disciplinar em que sejam visados parentes ou afins em qualquer grau da linha recta ou até ao 3.º grau da linha colateral; b) exercer funções de administração ou gerência em qualquer ramo de comércio, indústria ou serviços; c) exercer actividades alheias ao serviço que respeitem a entidades relativamente às quais o funcionário tenha realizado nos últimos três anos quaisquer acções de natureza inspectiva ou disciplinar; d) exercer quaisquer outras actividades, públicas ou privadas, alheias ao serviço, salvo as que decorrem do exercício do seu direito de participação na vida pública. 3 O exercício de actividades mencionadas nas alíneas c) e d) poderá ser autorizado casuisticamente por despacho do Ministro das Finanças, sob parecer do inspector geral de finanças, desde que não afecte o prestígio da função, não contribua para enfraquecer a respectiva autoridade e não ponha em causa a isenção profissional do funcionário. 136

138 4 O despacho de autorização fixará, para cada caso, as condições em que se permite o exercício de actividade estranha à IGF, podendo a todo o tempo ser revogado com fundamento na inobservância ou desrespeito dessas condições. Artigo 29.º Remunerações Ao pessoal da IGF, incluindo o pessoal dirigente, é mantido o regime remuneratório actualmente em vigor. Artigo 30.º Domicílio profissional 1 O pessoal da IGF tem domicílio profissional na cidade de Lisboa, podendo, por conveniência do serviço, ouvido o interessado e mediante despacho do inspector geral de finanças, ser fixado nas cidades do Porto ou Coimbra. 2 Os funcionários com domicílio profissional autorizado fora das localidades referidas no número anterior podem, mediante despacho do inspector geral de finanças, manter o domicílio autorizado ao abrigo da legislação anterior. 3 A promoção, nomeação em cargo dirigente ou a alteração do domicílio voluntário por iniciativa do interessado implica a observância do disposto no n.º 1. CAPÍTULO V DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Artigo 31.º Orientação de acções O inspector geral de finanças pode, sempre que ocorram razões de serviço ponderosas, designar temporariamente inspectores de finanças de qualquer categoria para orientar a execução de acções. Artigo 32.º Preenchimento de lugares Quando, por força da aplicação do presente diploma, os lugares providos em qualquer categoria excedam a respectiva dotação, consideram se os mesmos preenchidos por conta das vagas existentes nas categorias superiores. Artigo 33.º Transição 1 O pessoal da carreira de inspecção transita, na categoria que detém, para o escalão correspondente à remuneração actual. 2 O pessoal da carreira técnica superior, bem como o pessoal da carreira de técnico de finanças habilitado com curso superior adequado, com mais de dois anos de serviço efectivo na IGF, pode transitar para a carreira de inspecção e é integrado na categoria e escalão correspondente ao nível da remuneração actual ou no escalão imediatamente superior, caso não haja correspondência. 3 O pessoal da carreira de pessoal técnico de finanças, provido nas categorias de secretário de finanças de 1.ª ou 2.ª classe, com curso superior ou equiparado que não confi- 137

139 ra o grau de licenciatura, pode transitar para idêntico escalão da categoria de secretário de finanças principal. 4 O restante pessoal da carreira de pessoal técnico de finanças transita para a categoria e escalão que actualmente detém. 5 O pessoal da carreira de operador de reprografia que exerce funções de operador de offset transita para esta carreira, desde que possuidor das habilitações literárias e profissionais legalmente exigíveis para ingresso na referida carreira, para a categoria e escalão correspondente ao nível de remuneração actual ou imediatamente superior, caso não haja correspondência. 6 As transições referidas nos n. os 2 e 4 fazem se a requerimento dos interessados, a apresentar no prazo de 60 dias contados a partir da data da entrada em vigor do presente diploma. Artigo 34.º Chefes de repartição 89 (Revogado) Artigo 35.º Pessoal A entrada em vigor do presente diploma não prejudica a manutenção de qualquer relação jurídica de emprego legalmente tutelada vigente na respectiva data. Artigo 36.º Concursos pendentes Nas transições previstas no presente diploma são consideradas as alterações resultantes de concursos de pessoal abertos até à entrada em vigor do presente diploma. Artigo 37.º Norma revogatória 1 São revogados o n.º 4 do artigo 3.º e o n.º 2 do artigo 9.º do Decreto Lei n.º 94/87, de 2 de Março, o Decreto Lei n.º 353/89, de 16 de Outubro, com excepção do n.º 2 do artigo 35.º e do artigo 35.º A, este introduzido pelo Decreto Lei n.º 82/97, de 9 de Abril, o Decreto Lei n.º 155/91, de 23 de Abril, o n.º 3 do artigo 65.º do Decreto Lei n.º 325/93, de 25 de Setembro, o Decreto Lei n.º 162/95, de 6 de Julho, o Decreto Regulamentar n.º 33/86, de 20 de Agosto, a Portaria n.º 208/80, de 29 de Abril, a Portaria n.º 719/83, de 24 de Junho, a Portaria n.º 885/85, de 21 de Novembro, a Portaria 89 Revogado pelo artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 91/2002, de 12 de Abril. A versão originária era a seguinte: Aos chefes de repartição é atribuída a função de coordenação geral de actividades de apoio logístico, nos termos a definir por despacho do inspector geral de finanças. 138

140 n.º 415/87, de 19 de Maio, e a Portaria n.º 478/95, de 20 de Maio As disposições legais ou regulamentares que remetam para preceitos de anteriores diplomas orgânicos da IGF entendem se reportadas para as correspondentes disposições do presente diploma, salvo se da interpretação daquelas resultar solução diferente. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 8 de Abril de António Manuel de Oliveira Guterres António Luciano Pacheco de Sousa Franco Jorge Paulo Sacadura Almeida Coelho Jorge Paulo Sacadura Almeida Coelho. Promulgado em 24 de Julho de Publique se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO. Referendado em 27 de Julho de Pelo Primeiro Ministro, José Veiga Simão, Ministro da Defesa Nacional. Decreto Lei n.º 353/89, de 16 de Outubro (Escalas salariais) 91 [...] Artigo 35.º Remunerações 1 (Revogado) 2 O pessoal da carreira de inspecção, incluindo o pessoal dirigente, enquanto corpo especial, nos termos do n.º 3 do artigo 16.º do Decreto Lei n.º 184/89, de 2 de Junho, é remunerado de acordo com escalas indiciárias próprias. Artigo 35.º- A Remunerações dos dirigentes 92 1 Para os efeitos do disposto no n.º 2 do artigo anterior, a escala indiciária aplicável aos dirigentes da carreira de inspecção é a seguinte: Inspector geral de finanças 100; Subinspector geral de finanças 90%; Inspector de finanças director 80%; Inspector de finanças chefe 75% Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 363-A/98, de 19 de Novembro. A versão originária era a seguinte: 1 São revogados o n.º 4 do artigo 3.º e o n.º 2 do artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 94/87, de 2 de Março, o Decreto-Lei n.º 353/89, de 16 de Outubro, com excepção do n.º 2 do artigo 35.º e do artigo 35.º-A, este introduzido pelo Decreto-Lei n.º 82/97, de 9 de Abril, o Decreto-Lei n.º 155/91, de 23 de Abril, o Decreto-Lei n.º 325/93, de 25 de Setembro, o Decreto-Lei n.º 162/95, de 6 de Julho, o Decreto Regulamentar n.º 33/86, de 20 de Agosto, a Portaria n.º 208/80, de 29 de Abril, a Portaria n.º 719/83, de 24 de Junho, a Portaria n.º 885/85, de 21 de Novembro, a Portaria n.º 415/87, de 19 de Maio, e a Portaria n.º 478/95, de 20 de Maio. O Decreto-Lei 353/89, de 16 de Outubro, foi revogado pelo Decreto-Lei 249/98, de 11 de Agosto, incl. Supra, com a excepção dos artigos presentes. Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei 82/97, de 9 de Abril. 139

141 2 O valor do índice 100 da remuneração base do inspector geral de finanças é de $00. [...] Decreto Lei n.º 363 A/98, de 19 de Novembro (Altera a Lei Orgânica) O Decreto Lei n.º 249/98, de 11 de Agosto, que procedeu à reestruturação da Inspecção Geral de Finanças, incluiu, indevidamente, o Decreto Lei n.º 325/93, de 25 de Setembro, no elenco das normas a revogar, constantes no n.º 1 do seu artigo 37.º Ora, este último diploma estabeleceu o novo regime fiscal dos tabacos manufacturados, transpondo para a ordem jurídica interna as Directivas do Conselho n.os 92/78/CEE, 92/79/CEE e 92/80/CEE, não existindo quaisquer razões que devessem levar à sua revogação, o qual correctamente tem continuado a ser aplicado. A sua menção no referido elenco de normas a revogar tinha cabimento apenas quanto ao n.º 3 do artigo 65.º, que deu nova redacção ao Decreto Lei n.º 353/89, de 16 de Outubro, anterior Lei Orgânica da Inspecção Geral de Finanças. Assim, nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º e do n.º 5 do artigo 112.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: Artigo 1.º 93 Artigo 2.º O disposto no presente diploma produz efeitos a partir da data da entrada em vigor do Decreto Lei n.º 249/98, de 11 de Agosto. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 13 de Novembro de António Manuel de Oliveira Guterres António Luciano Pacheco de Sousa Franco. Promulgado em 17 de Novembro de Publique se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO. Referendado em 18 de Novembro de O Primeiro Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres. Decreto Lei n.º 173/99, de 20 de Maio (Atribui à IGF a competência para a elaboração do relatório sobre instrumentos financeiros no âmbito do QCA) O Regulamento (CE) n.º 2064/97, da Comissão, de 15 de Outubro, estabelece normas de execução do Regulamento (CEE) n.º 4253/88, do Conselho, de 19 de Dezembro, na 93 As alterações foram introduzidas nos locais apropriados. 140

142 última redacção que lhe foi dada pelo Regulamento (CE) n.º 3193/94, no que respeita ao controlo financeiro, pelos Estados membros, das operações co financiadas pelos fundos estruturais. A aprovação do referido regulamento insere se num quadro de desenvolvimento dos princípios que presidem ao controlo financeiro a que os Estados membros devem submeter as operações co financiadas pelos fundos e instrumentos financeiros estruturais e que se encontram postulados no n.º 1 do artigo 23.º do citado Regulamento (CEE) n.º 4253/88, do Conselho, de 19 de Dezembro. Foram, assim, definidas e consagradas determinadas exigências mínimas que os sistemas nacionais de gestão e controlo financeiro dos Estados membros devem satisfazer para atingir um nível aceitável em toda a União Europeia. De entre estas exigências, avulta a obrigação para todos os Estados membros de apresentar à Comissão, no contexto do encerramento das diferentes formas de intervenção, um relatório com carácter independente que forneça uma conclusão global relativamente à validade do pedido de pagamento final e que permita a identificação e um tratamento satisfatório de quaisquer deficiências ou irregularidades. Tal relatório deve ser elaborado por uma pessoa ou organismo funcionalmente independente do serviço responsável pela execução das formas de intervenção dos fundos e instrumentos financeiros estruturais. Perante a entrada em vigor do citado regulamento e das novas exigências nele enunciadas, há que proceder às necessárias adaptações no ordenamento jurídico interno por forma a, no âmbito da actual estrutura orgânica relativa à gestão, acompanhamento, avaliação e controlo da execução do Quadro Comunitário de Apoio (QCA) definida no Decreto Lei n.º 99/94, de 19 de Abril, com as alterações introduzidas pelo Decreto Lei n.º 208/98, de 4 de Julho, criar um quadro normativo que permita dar cumprimento e execução às novas obrigações regulamentares. Para tanto, estabelecem se as regras e os procedimentos indispensáveis à elaboração do relatório supramencionado, estipulando, nomeadamente, qual o organismo responsável pela sua emissão e os meios que terá ao seu dispor para a sua execução, dotando o para tal das necessárias atribuições. Considerando ser fundamental a articulação entre as entidades que, directa ou indirectamente, intervêm no processo de gestão, acompanhamento, avaliação e controlo das diferentes formas de intervenção, consagra se um dever de colaboração para com a Inspecção Geral de Finanças; Assim: Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: Artigo 1.º Âmbito O presente diploma estabelece as regras e os procedimentos a adoptar para a elaboração do relatório a emitir no encerramento das diferentes formas de intervenção co financiadas pelos fundos e instrumentos financeiros estruturais no âmbito do Quadro Comunitário de Apoio (QCA), nos termos e para os efeitos previstos no artigo 8.º do Regulamento (CE) n.º 2064/97, da Comissão, de 15 de Outubro. 141

143 Artigo 2.º Atribuições A Inspecção Geral de Finanças (IGF) é o organismo nacional competente para a elaboração do relatório previsto no artigo anterior. Artigo 3.º Natureza O relatório a que se referem os artigos anteriores, que resume as conclusões dos controlos efectuados nos anos anteriores, deverá mencionar se os controlos efectuados às acções co financiadas pelos fundos e instrumentos financeiros estruturais foram planeados e realizados de acordo com o disposto no Regulamento (CE) n.º 2064/97, da Comissão, de 15 de Outubro, e oferecem uma garantia razoável quanto à inexistência de erros materiais na declaração final de despesa e no pedido de saldo final da ajuda comunitária, estabelecendo, assim, a validade do pedido de pagamento do saldo final e a legalidade e regularidade das operações em que se baseia a declaração final de despesa. Artigo 4.º Princípios orientadores Para a emissão do relatório referido nos artigos anteriores, a IGF: a) assegura a coordenação de todos os aspectos atinentes à sua realização, promovendo, designadamente, sempre que tal se mostre necessário, a elaboração de programas de trabalho adequados às especificidades dos sistemas de gestão e controlo das intervenções operacionais; b) promove a intervenção de peritos ou de recursos qualificados de outras entidades, nomeadamente dos organismos de controlo de segundo nível que se mostrem adequados ao cabal cumprimento das exigências estabelecidas pelo presente diploma. Artigo 5.º Articulação Para os efeitos consagrados pelo presente diploma, a intervenção de recursos qualificados dos organismos que integram os diferentes níveis de controlo, nomeadamente dos organismos de controlo de segundo nível, processa se em conformidade com metodologias previamente acordadas com estes, no quadro do funcionamento do sistema nacional de controlo do QCA, tal como previsto no Decreto Lei n.º 99/94, de 19 de Abril, com as alterações introduzidas pelo Decreto Lei n.º 208/98, de 14 de Julho, e respectivos diplomas regulamentares e, em especial, de acordo com as modalidades de articulação neles previstas. Artigo 6.º Da emissão do relatório 1 Após a verificação das contas e relatórios de execução das acções, enviados pelos gestores, os interlocutores financeiros da Comissão Europeia transmitem à IGF, o mais tardar até três meses após o início do prazo a que se refere o primeiro travessão do n.º 4 do artigo 21.º do Regulamento (CEE) n.º 4253/88, do Conselho, de 19 de Dezembro, na redacção dada pelo Regulamento (CEE) n.º 2082/93, do Conselho, de 20 de Julho, os documen- 142

144 tos identificados naquele n.º 4, bem como outros elementos de informação que considerem necessários à elaboração do relatório previsto no presente diploma. 2 Previamente à emissão do relatório, a IGF dará conhecimento do respectivo projecto aos interlocutores financeiros da Comissão Europeia e nos 10 dias úteis seguintes apreciará os comentários que estes lhe transmitam. Do mesmo modo, dará conhecimento aos respectivos responsáveis governamentais. 3 Cumprido o preceituado no número anterior, a IGF remeterá o relatório aos interlocutores financeiros da Comissão Europeia para o fundo ou instrumento financeiro correspondente à forma de intervenção analisada, devendo estes, nos termos e para os efeitos conjugados do n.º 4 do artigo 21.º do Regulamento (CEE) n.º 4253/88, do Conselho, de 19 de Dezembro, e do artigo 8.º do Regulamento (CE) n.º 2064/97, da Comissão, de 15 de Outubro, proceder ao seu envio à Comissão Europeia. 4 Do relatório e respectiva declaração previstos no artigo 8.º do Regulamento (CE) n.º 2064/97, da Comissão, de 15 de Outubro, será igualmente dado conhecimento, pela IGF, ao Tribunal de Contas. 5 Sempre que os interlocutores financeiros da Comissão Europeia, por motivo fundamentado, não observem o prazo estabelecido no n.º 1 da presente disposição, deve ser considerada uma dilação equivalente, para efeitos do disposto no n.º 3. Artigo 7.º Dever de colaboração No âmbito e para os fins visados no presente diploma, as entidades que, directa ou indirectamente, intervêm no processo de gestão, acompanhamento, avaliação e controlo das diferentes formas de intervenção co financiadas pelos fundos e instrumentos financeiros estruturais têm o dever de colaborar com a IGF. Artigo 8.º Contactos com a Comissão Europeia A IGF, como interlocutor nacional da Comissão Europeia no domínio do controlo financeiro, assegurará, nos termos e para os efeitos do artigo 10.º do Regulamento (CE) n.º 2064/97, da Comissão, de 15 de Outubro, o estabelecimento dos contactos com a Direcção Geral da Comissão Europeia responsável pelo controlo financeiro, considerados relevantes para o cabal cumprimento das atribuições consagradas pelo presente diploma. Artigo 9.º Relatórios intercalares A IGF informará a Comissão Europeia todos os anos, antes de 30 de Junho, sobre a forma como foi aplicado em Portugal o Regulamento (CE) n.º 2064/97, da Comissão, de 15 de Outubro, durante o ano civil anterior, nos termos do respectivo artigo 9.º, fazendo referência especial às obrigações contidas no seu artigo 2.º e actualizando, se for caso disso, a descrição do sistema de gestão e controlo referida no n.º 1 do artigo 23.º do Regulamento (CEE) n.º 4253/88, do Conselho, de 19 de Dezembro. 143

145 Artigo 10.º Conservação de documentos A documentação recebida ou produzida pela IGF no quadro das funções que lhe são cometidas por este diploma, incluindo a armazenada em suporte magnético, será conservada durante o prazo estipulado no n.º 3 do artigo 23.º do Regulamento (CEE) n.º 4253/88, do Conselho, de 19 de Dezembro. Artigo 11.º Sigilo As informações obtidas durante os controlos são abrangidas pelo segredo profissional, em conformidade com as disposições legais nacionais ou comunitárias aplicáveis. Não podem ser divulgadas a não ser às pessoas que devam delas ter conhecimento para poderem exercer as funções que lhes estão cometidas nos Estados membros ou nas instituições da União Europeia. Artigo 12.º Disposições finais 1 Para o desempenho das tarefas decorrentes da elaboração do relatório previsto no presente diploma, serão preferencialmente utilizadas as linhas de financiamento previstas para a assistência técnica ao QCA, desde que as disponibilidades financeiras sejam efectivamente identificadas e confirmadas pelos respectivos responsáveis pela gestão, tendo se por objectivo suprir a necessidade de reforçar externamente os meios humanos e materiais afectos. 2 O recurso a estas linhas de financiamento deverá ser equacionado, preferencialmente, no quadro da formação dos recursos humanos e do respectivo suporte técnico que venham a ser afectos ao desempenho das tarefas previstas neste diploma. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 6 de Abril de António Manuel de Oliveira Guterres António Luciano Pacheco de Sousa Franco João Cardona Gomes Cravinho José Apolinário Nunes Portada Eduardo Luís Barreto Ferro Rodrigues. Promulgado em 29 de Abril de Publique se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO. Referendado em 4 de Maio de O Primeiro Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres. Decreto Lei n.º 491/99, de 17 de Novembro (Atribui à IGF a organização a actualização das participações detidas pelo Estado e outros entes públicos) O artigo 85.º da Lei n.º 87-B/98, de 31 de Dezembro, concedeu autorização legislativa ao Governo para atribuir competência à Inspecção Geral das Finanças para organizar o registo e controlo das participações detidas pelo Estado e outros entes públicos. Atendendo à diversidade e quantidade das participações em causa, bem como à forma dispersa que a presença do Estado e de outros inúmeros entes públicos revela, tanto ao nível 144

146 da entidade detentora, como da forma jurídica utilizada, importa que este volumoso e valioso património seja objecto de registo uniformizado e sistematizado, por forma a poder dispor se de informação actualizada e fiável sobre as participações detidas por entes públicos. Cumpre ressalvar, porém, que o regime do registo e controlo ora instituído em nada modifica as competências próprias do Governo, da Direcção Geral do Tesouro e dos órgãos competentes das Regiões Autónomas e das autarquias locais, dado tratar se de um instrumento geral de informação e controlo ao serviço das entidades responsáveis pela gestão. Assim: No uso da autorização legislativa concedida pelo artigo 85.º da Lei n.º 87-B/98, de 31 de Dezembro, e nos termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta, para valer como lei geral da República, o seguinte: Artigo 1.º Objecto Compete à Inspecção Geral de Finanças organizar e manter actualizado o registo das participações, em entidades societárias e não societárias, detidas pelo Estado e outros entes públicos, individual ou conjuntamente, de forma directa ou indirecta. Artigo 2.º Entes públicos 1 Para efeitos de aplicação deste decreto lei, consideram se entes públicos o Estado, institutos públicos, instituições de segurança social, outros fundos ou serviços autónomos, empresas públicas, sociedades de capitais exclusiva ou maioritariamente públicos, directa ou indirectamente, bem como as administrações regionais, autarquias locais, áreas metropolitanas, associações de municípios, empresas municipais, intermunicipais e regionais. 2 São ainda equiparadas a entes públicos as associações, fundações e quaisquer outras entidades em que o Estado ou outro ente público, individual ou conjuntamente, de forma directa ou indirecta, exerça uma influência dominante, nomeadamente por detenção da maioria dos direitos de voto ou resultante do direito de designar, para qualquer órgão social, a maioria dos seus membros. Artigo 3.º Informação anual 1 Todos os entes públicos e entidades equiparadas são obrigados a enviar anualmente à Inspecção Geral de Finanças informação relativa às participações detidas em entidades societárias e não societárias, com referência a 31 de Dezembro do ano anterior. 2 A informação referida no número anterior deverá ser enviada à Inspecção Geral de Finanças até ao final do mês de Março do ano seguinte àquele a que respeita a informação, e será elaborada de acordo com o formulário dos mapas a definir por portaria do Ministro das Finanças. 145

147 Artigo 4.º Informação periódica 1 Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, os entes públicos e entidades equiparadas são obrigados a comunicar à Inspecção Geral de Finanças qualquer alteração aos dados constantes na última informação anual enviada. 2 Esta obrigação aplica se igualmente aos entes públicos e entidades equiparadas que ainda não remeteram a informação anual a que se refere o artigo 3.º, sempre que adquiram participações ou participem na constituição de empresas, associações ou fundações. 3 A comunicação referida nos números anteriores deverá ser remetida até ao final do mês seguinte àquele em que se tenham verificado os factos neles referidos. Artigo 5.º Norma revogatória É revogado o Despacho Normativo n.º 92/88, de 11 de Outubro, publicado no Diário da República, 1.ª série, n.º 252, de 31 de Outubro de Artigo 6.º Entrada em vigor O presente diploma entra em vigor no dia imediato ao da sua publicação. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 26 de Agosto de António Manuel de Oliveira Guterres Jaime José Matos da Gama António Luciano Pacheco de Sousa Franco João Cardona Gomes Cravinho Joaquim Augusto Nunes de Pina Moura Eduardo Luís Barreto Ferro Rodrigues Manuel Maria Ferreira Carrilho José Mariano Rebelo Pires Gago. Promulgado em 29 de Outubro de Publique se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO. Referendado em 5 de Novembro de O Primeiro Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres. Portaria n.º 79/2000, de 19 de Fevereiro (Mapas de participações) O Decreto Lei n.º 491/99, de 17 de Novembro, preceitua a definição, por portaria do Ministro das Finanças, do formulário dos mapas através dos quais os entes públicos enviam à Inspecção Geral de Finanças a relação de todas as participações detidas em entidades societárias e não societárias. Torna se, pois, necessário dar cumprimento ao disposto no n.º 2 do artigo 3.º do Decreto Lei n.º 491/99, de 17 de Novembro. Assim: Manda o Governo, pelo Ministro das Finanças, o seguinte: 1.º É aprovado o formulário dos mapas através dos quais os entes públicos e entidades equiparadas enviam à Inspecção Geral de Finanças a relação de todas as participações detidas em entidades societárias e não societárias, nos termos do anexo à presente portaria, que dela faz parte integrante. 146

148 2.º A presente portaria entra em vigor no dia imediato ao da sua publicação e produz efeitos com referência à informação relativa a 31 de Dezembro de O Ministro das Finanças, Joaquim Augusto Nunes Pina Moura, em 28 de Janeiro de MAPA I 147

149 MAPA II MAPA III 148

150 MAPA III A Notas Mapa I 149

151 Mapa II Mapas III e III A QUADRO I Tabela da forma jurídica/tipo de entidade Entidades não societárias 150

152 Entidades societárias QUADRO II Tabela das nacionalidades 151

153 QUADRO III Informações complementares 152

154 Decreto Lei n.º 205/2001 de 27 de Julho (Suplemento de função inspectiva) Pretende se com o presente decreto lei substituir o actual suplemento remuneratório aplicado à carreira de inspecção por um suplemento de função inspectiva, na sequência do que foi criado para as carreiras de inspecção da Administração Pública, suplemento esse que tem por fim compensar os ónus específicos das funções de inspecção. Foram observados os procedimentos decorrentes da Lei n.º 23/98, de 26 de Maio. Assim: Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: Artigo 1.º Suplemento de função inspectiva O pessoal dirigente de inspecção e o pessoal da carreira de inspecção de alto nível, da Inspecção Geral de Finanças, tem direito a um suplemento de função inspectiva, para compensação dos ónus específicos inerentes ao seu exercício. Artigo 2.º Montante O suplemento referido no artigo anterior é fixado no montante de 20% da respectiva remuneração, é abonado em 12 mensalidades e releva para efeitos de aposentação, sendo considerado no cálculo da pensão pela forma prevista na alínea b) do n.º 1 do artigo 47.º do Estatuto da Aposentação. Artigo 3.º Equipas inspectivas Para o desenvolvimento de acções de inspecção e auditoria, contidas nos planos de actividade da IGF, podem ser constituídas equipas inspectivas, até ao máximo de 20, coordenadas por inspectores designados anualmente para o efeito, os quais têm direito a um acréscimo remuneratório correspondente a 30% do valor do índice 100 da escala salarial do regime geral da função pública. Artigo 4.º Norma derrogatória O suplemento instituído pelo Decreto Lei n.º 513 Z/79, de 27 de Dezembro, que é actualmente abonado ao pessoal dirigente e ao pessoal da carreira de inspecção da Inspecção Geral de Finanças, é substituído pelo suplemento instituído pelos artigos 1.º e 2.º Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 1 de Junho de António Manuel de Oliveira Guterres Joaquim Augusto Nunes Pina Moura Alberto de Sousa Martins. Promulgado em 17 de Julho de Publique se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO. Referendado em 19 de Julho de O Primeiro Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres. 153

155 Decreto-Lei n.º 91/2002, de 12 de Abril (Altera a Lei Orgânica) A Inspecção-Geral de Finanças (IGF) operou uma reestruturação através do Decreto- Lei n.º 249/98, de 11 de Agosto, adoptando um modelo de organização e gestão flexível e participada assente numa estrutura baseada em unidades de trabalho, cujas funções e relações hierárquico-funcionais foram definidas nos termos, respectivamente, dos n.os 1 e 2 do artigo 3.º daquele diploma, através do despacho n.º 18671/98, do Ministro das Finanças. Neste contexto, foi operada, entre outras alterações, a reorganização da área administrativa, com reflexos a nível das repartições de serviços, que foram extintas, sendo as suas atribuições cometidas a unidades de trabalho do tipo núcleo de organização e desenvolvimento. Todavia, de harmonia com o n.º 3 do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 265/88, de 28 de Julho, a nova lei orgânica manteve, no quadro de pessoal anexo à mesma, o lugar de chefe de repartição, a extinguir quando vagar, havendo, consequentemente, a necessidade de definir competências para os funcionários com aquela categoria. Subsequentemente, o Decreto-Lei n.º 404-A/98, de 18 de Dezembro, que estabeleceu as regras sobre o regime geral de estruturação de carreiras da Administração Pública, com efeitos a 1 de Janeiro de 1998, prevê que os lugares de chefe de repartição sejam extintos com a reorganização das áreas administrativas operadas através das respectivas leis orgânicas sendo os titulares dos cargos de chefe de repartição, nos termos do seu artigo 18.º, com a redacção dada pela Lei n.º 44/99, de 11 de Junho, reclassificados na categoria de técnico superior de 1.ª classe. Assim, com vista a dar execução ao mencionado artigo 18.º do Decreto-Lei n.º 404- A/98, de 18 de Dezembro, o presente diploma procede à alteração do Decreto-Lei n.º 249/98, de 11 de Agosto, que procedeu à reorganização da área administrativa da IGF, reclassificando a única chefe de repartição do quadro de pessoal da IGF e extinguindo, consequentemente, as funções que transitoriamente lhe foram cometidas. Assim: Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: Artigo 1.º - Alteração ao Decreto-Lei n.º 249/98, de 11 de Agosto 94 Artigo 2.º - Reclassificação O chefe de repartição do quadro de pessoal da Inspecção-Geral de Finanças, constante do mapa anexo ao Decreto-Lei n.º 249/98, de 11 de Agosto, é reclassificado de acordo com o disposto no artigo 18.º do Decreto-Lei n.º 404-A/98, de 18 de Dezembro, na redacção dada pela Lei n.º 44/99, de 11 de Junho. 94 As alterações foram introduzidas nos locais apropriados. 154

156 Artigo 3.º Criação do lugar Para efeitos do disposto no artigo anterior, é criado no quadro de pessoal da Inspecção-Geral de Finanças, na carreira de técnico superior, um lugar de técnico superior de 1.ª classe, a extinguir quando vagar. Artigo 4.º Norma revogatória 95 Artigo 5.º Produção de efeitos O presente diploma produz efeitos no dia seguinte ao da sua publicação. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 14 de Fevereiro de António Manuel de Oliveira Guterres Guilherme d'oliveira Martins Alberto de Sousa Martins. Promulgado em 22 de Março de Publique-se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO. Referendado em 28 de Março de O Primeiro-Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres. 95 As alterações foram introduzidas nos locais apropriados. 155

157

158 INSPECÇÃO GERAL DO MINISTÉRIO DO TRABALHO E DA SOLIDA- RIEDADE Decreto Lei n.º 80/2001, de 6 de Março (Lei Orgânica) O Decreto Lei n.º 115/98, de 4 de Maio, que aprovou a Lei Orgânica do Ministério do Trabalho e da Solidariedade (MTS), criou uma nova Inspecção Geral desse Ministério. Nova porque, embora herdeira da Inspecção Geral da Segurança Social quanto a algumas das suas competências e à totalidade dos seus meios, recebe nova designação Inspecção Geral do Ministério do Trabalho e da Solidariedade (IGMTS), assume por inteiro a sua vocação matricial de instância de controlo do orçamento de segurança social e do funcionamento dos serviços que passam a ser todos os do Ministério, alarga o seu âmbito às entidades privadas que prosseguem fins de apoio ou solidariedade social, sem restrição do registo prévio ou da natureza não lucrativa e finalmente ganha eficácia na sua acção de controlo por lhe ser conferida a capacidade de fiscalização indirecta a todas as entidades que se relacionam com os serviços, sejam eles beneficiários ou contribuintes no domínio das relações contributiva ou prestacional, sejam eles empresas ou trabalhadores no âmbito das relações laborais. Para esta nova realidade institucional, com competências muito vastas em consonância com as também actuais exigências de um sistema de controlo interno do Estado credível e eficaz que recomendam a criação ou o alargamento do âmbito das inspecções administrativas para se garantir a cobertura integral e com um universo quase ilimitado de intervenção que vai dos serviços de administração directa do Estado aos particulares, passando pelos institutos e empresas públicas, cooperativas e outras instituições privadas, prevê se, nesta lei, a reformulação do seu quadro de actuação, a construção de uma estrutura orgânica leve e flexível, mas capaz de uma dignificação estatutária do seu corpo inspectivo. Na reformulação do seu quadro de actuação pretende se marcar, até simbolicamente, logo na autonomização das funções de auditoria e de apoio técnico normativo, uma nova filosofia de acção que tem o acento tónico na prevenção e na intervenção pedagógica. Prevenção na adopção de medidas que permitem uma acção tempestiva, possibilitando se a harmonização de procedimentos com ganhos de eficiência, a correcção de disfuncionalidades com reflexos na melhoria da eficácia e a eliminação de irregularidades frequentes e gerais. Intervenção pedagógica pela relevância da função auditoria, geneticamente conformada na visão do auxílio à gestão e operacionalizada pelo recurso à recomendação, mas intervenção pedagógica ainda, mesmo na área da inspecção, porque integrada no quadro de um relacionamento de verdadeira cooperação entre o Estado e as instituições privadas de solidariedade social. Para além da marca simbólica está presente a necessidade de garantir maior eficácia à acção inspectiva em sentido lato, quer acautelando os interesses essenciais dos destinatários dos serviços prestados pelas instituições a inspeccionar, sejam eles administrados ou utentes, através da consagração de um espectro largo de actuação que passa pela avaliação dos fins, quer garantindo a responsabilização individual das omissões e irregularidades por acção disciplinar imediata, quer clarificando a competência em matéria de fundos comuni- 157

159 tários geridos ou utilizados pelas entidades sujeitas a fiscalização, quer estendendo o dever de colaboração a todos os indivíduos e entidades privadas cuja participação ou testemunho se revele imprescindível à investigação. Na construção da sua orgânica, flexibilizou se a sua estrutura funcional nuclear eliminando se direcções de serviços na área inspectiva em homenagem ao princípio da suficiência da sua direcção máxima com três subinspectores gerais, reforçou se a sua organização interna com a criação de um núcleo de apoio técnico à direcção e ao corpo inspectivo, com funções de consulta e apoio, concentrou se todos os restantes serviços de apoio administrativo e técnico numa direcção de serviços de apoio à gestão e administração. O reconhecimento da importância que reveste para os sectores da segurança social e solidariedade, das relações laborais e do emprego e formação profissional, a existência de um órgão inspectivo credível, a diversidade de campos em que ele deve actuar, o âmbito nacional e o impacte social da sua acção, bem como as finalidades prosseguidas pelas instituições a que o mesmo se dirige e os volumes financeiros por elas movimentados, todos os que integram o orçamento da segurança social são determinantes da consagração de um regime específico para o seu funcionamento e recomendam que, no quadro mais geral das inspecções administrativas, seja previsto um estatuto que permita o adequado recrutamento consentâneo com a elevada qualificação profissional e independência que lhe são exigidas e com os ónus que afectam o exercício das funções dos respectivos inspectores. Assim: Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: CAPÍTULO I NATUREZA, ÂMBITO DE ACTUAÇÃO E COMPETÊNCIAS Artigo 1.º Natureza A Inspecção Geral do Ministério do Trabalho e da Solidariedade (IGMTS) é um serviço do Ministério do Trabalho e da Solidariedade (MTS), integrado na administração directa do Estado, dotado de autonomia técnica com competências de auditoria, inspecção e de apoio técnico normativo no âmbito da sua acção. Artigo 2.º Sede e competência territorial 1 A IGMTS tem sede em Lisboa e desenvolve a sua acção em todo o território nacional. 2 Sempre que as circunstâncias o justifiquem, poderão ser criados, por despacho do Ministro do Trabalho e da Solidariedade, centros de apoio, de âmbito regional. Artigo 3.º Âmbito de actuação 1 A IGMTS exerce as suas competências de auditoria, de inspecção e de apoio técnico normativo visando, designadamente, o controlo do orçamento da segurança social, relativamente: 158

160 a) aos serviços, organismos e órgãos do MTS visando, designadamente, o controlo da execução do orçamento da segurança social; b) às instituições privadas de solidariedade social; c) às entidades particulares que prosseguem fins de apoio e solidariedade social; d) e ainda, às outras entidades, sempre que tal seja necessário ao exercício das suas competências. 2 No exercício da sua acção, a IGMTS articula se directamente com os serviços integrados na administração directa do Estado, os organismos sob superintendência e tutela e os órgãos de consulta do MTS. Artigo 4.º Competências À IGMTS compete, relativamente às entidades referidas no n.º 1 do artigo anterior: 1) No âmbito da acção de auditoria: a) avaliar e controlar a eficácia e a eficiência na prossecução dos fins, bem como avaliar e controlar a qualidade dos serviços prestados aos utentes; b) avaliar e controlar a gestão orçamental, financeira e patrimonial bem como a gestão de recursos humanos e administrativa; c) contribuir para a eficácia da cobrança da dívida da segurança social bem como colaborar na prevenção da fraude e da evasão contributivas; d) efectuar análises comparativas dos dados obtidos nas acções de auditoria com vista a contribuir para a criação de indicadores de gestão; e) colaborar com as entidades nacionais e europeias responsáveis pela gestão e controlo dos recursos financeiros oriundos da União Europeia e, designadamente, o Fundo Social Europeu na fiscalização regular desses recursos bem como da respectiva comparticipação nacional; f) determinar e propor, na sequência das acções desenvolvidas, as medidas preventivas e correctivas adequadas, bem como acompanhar a execução das propostas e recomendações aprovadas; 2) No âmbito da acção inspectiva: a) inspeccionar as actividades com o objectivo de verificar o cumprimento das disposições legais e regulamentares, a conformidade dos procedimentos e a qualidade dos serviços prestados; b) colaborar com as entidades nacionais e europeias responsáveis pela gestão e controlo dos recursos financeiros oriundos da União Europeia e, designadamente, do Fundo Social Europeu na fiscalização regular desses recursos bem como da respectiva comparticipação nacional; c) fiscalizar e controlar a gestão orçamental, financeira e patrimonial, bem como a gestão de recursos humanos e administrativa; d) efectuar averiguações, inquéritos, sindicâncias, peritagens e exames; e) verificar o cumprimento das normas constantes dos protocolos e acordos de cooperação e de gestão, nomeadamente no âmbito da formação e da acção social; f) instaurar e instruir processos disciplinares a funcionários e agentes em relação a infracções verificadas no decurso ou em consequência das suas acções e instruir idênticos processos por determinação superior; 159

161 g) participar aos órgãos competentes para a investigação criminal os factos com relevância jurídico criminal e colaborar com aqueles órgãos na obtenção de provas, sempre que isso for solicitado; h) determinar o encerramento de estabelecimentos ou serviços das entidades inspeccionadas, sempre que se verifiquem os pressupostos estabelecidos na lei em vigor e ainda quando, em inquérito ou sindicância, se comprove que o funcionamento desses estabelecimentos ou serviços decorre de modo ilegal ou perigoso para a integridade física e psíquica dos utentes; i) propor as medidas necessárias à superação das deficiências detectadas, bem como acompanhar a execução das propostas e recomendações aprovadas; 3) No âmbito do apoio técnico normativo: a) propor medidas legislativas para superação de deficiências verificadas na acção dos diversos serviços, organismos e órgãos; b) colaborar no estudo e elaboração das medidas legislativas que resultem de propostas da IGMTS e sempre que tal lhe seja solicitado; c) transmitir os resultados da actividade desenvolvida e colaborar no cumprimento das medidas adequadas; d) detectar e transmitir aos serviços competentes para a coordenação dos sectores abrangidos pela acção da IGMTS as divergências existentes na aplicação das normas e procedimentos em vigor; e) realizar e propor acções de sensibilização, informação e formação sobre a aplicação das normas em vigor e colaborar nas mesmas; f) proceder à divulgação dos resultados da sua actividade, sempre que estes se revelem de interesse geral; g) prestar aos serviços, órgãos de consulta e aos demais organismos sob superintendência e tutela do MTS, o apoio, a orientação e a coordenação necessários ao bom funcionamento dos respectivos serviços, em especial aos de contencioso, auditoria e fiscalização; h) elaborar estudos, informações e pareceres; i) proceder à recolha e tratamento da informação técnica relativa à intervenção da IGMTS, designadamente em matérias de incidência comunitária; j) estabelecer e propor a execução de formas de articulação com outros departamentos, serviços e organismos com vista a obter maior eficácia nos procedimentos. CAPÍTULO II ÓRGÃOS E SERVIÇOS Artigo 5.º Direcção 1 A IGMTS é dirigida por um inspector geral, coadjuvado por três subinspectores gerais. 2 O inspector geral e os subinspectores gerais são equiparados, respectivamente, a director geral e a subdirectores gerais. 3 O inspector geral é substituído, nas suas faltas ou impedimentos, pelo subinspector geral por ele designado e os subinspectores gerais substituem se reciprocamente. 160

162 Artigo 6.º Competências do inspector geral 1 Ao inspector geral, para além das competências estabelecidas na lei geral, cabe, em especial: a) determinar e propor superiormente as acções inerentes ao exercício das competências da IGMTS; b) instaurar os processos disciplinares que se afigurem necessários no decurso ou em consequência da acção da IGMTS; c) fixar o início e os prazos de execução das acções a efectuar pela IGMTS e designar o pessoal que lhes deve dar cumprimento; d) designar os inspectores para as equipas de projecto encarregadas da realização de acções de auditoria e de inspecção e definir a sua coordenação; e) propor superiormente ou determinar as medidas preventivas e correctivas decorrentes das acções realizadas; f) nomear peritos e técnicos especializados, quando a apreciação dos factos carecer de especiais conhecimentos técnicos ou científicos; g) determinar o encerramento dos estabelecimentos ou serviços, em conformidade com o disposto na alínea h) do n.º 2 do artigo 4.º; h) representar a IGMTS em juízo e fora dele. 2 O inspector geral pode delegar nos subinspectores gerais as competências que lhe são atribuídas, sem prejuízo da possibilidade da sua avocação, a todo o tempo. Artigo 7.º Serviços São serviços da IGMTS: a) Serviço de Auditoria e Inspecção; b) Núcleo de Apoio Técnico; c) Direcção de Serviços de Apoio à Gestão e Administração. Artigo 8.º Serviço de Auditoria e Inspecção 1 Ao Serviço de Auditoria e Inspecção (SAI) compete desenvolver as acções previstas nos n. os 1, 2 e 3 do artigo 4.º 2 O SAI compreende o corpo de inspectores e depende directamente do inspector geral. Artigo 9.º Núcleo de Apoio Técnico 1 Ao Núcleo de Apoio Técnico (NAT) compete assegurar consultadoria técnica e assessoria à direcção e, em geral, ao corpo inspectivo. 2 O Núcleo referido no número anterior é composto por técnicos superiores e depende directamente do inspector geral. 161

163 Artigo 10.º Direcção de Serviços de Apoio à Gestão e Administração 1 À Direcção de Serviços de Apoio à Gestão e Administração (DSAGA) compete: a) organizar e manter actualizado o património bibliográfico e documental da IGMTS; b) proceder ao tratamento da legislação, da informação técnica das áreas de intervenção do MTS e de outra documentação de interesse para a IGMTS, e proceder à sua divulgação interna e externa; c) garantir a recolha e tratamento da informação estatística relativa à actividade da IGMTS; d) administrar o sistema informático da IGMTS; e) gerir as bases de dados sobre matérias de interesse para os serviços; f) desempenhar as tarefas inerentes à movimentação de processos técnicos da IGMTS; g) organizar e manter actualizado o acervo dos processos técnicos da IGMTS, elaborando as estatísticas relativas ao seu movimento; h) certificar a autenticidade dos documentos a remeter a entidades públicas ou privadas, em cumprimento de determinação superior; i) prestar apoio administrativo aos inspectores, nomeadamente secretariando os nas acções externas e assegurando o tratamento de texto e a reprodução dos documentos necessários à instrução dos processos; j) executar os procedimentos administrativos relativos à gestão e administração de pessoal, contabilísticos, financeiros e patrimoniais. 2 A DSAGA integra: a) o Núcleo de Biblioteca, Documentação e Arquivo (NBDA), a quem cabe executar as tarefas referidas nas alíneas a) e b) do n.º 1; b) o Núcleo de Informática (NI) a quem cabe executar as tarefas referidas nas alíneas c), d) e e) do n.º 1; c) o Núcleo de Organização de Processos (NOP), a quem cabe executar as tarefas referidas nas alíneas f), g), h) e i) do n.º 1; d) três secções, a quem cabe executar as tarefas referidas na alínea j) do n.º 1. CAPÍTULO III FUNCIONAMENTO Artigo 11.º Desenvolvimento da acção da IGMTS 1 A actividade da IGMTS desenvolve se de acordo com os respectivos planos de acção, por sua iniciativa e na sequência de acções inspectivas, queixas, denúncias ou participações, bem como por determinação superior. 2 Da actividade desenvolvida pela IGMTS são elaborados relatórios anuais, podendo ainda ser efectuados relatórios de progresso, sempre que tal se justifique. 162

164 Artigo 12.º Equipas de auditoria e inspecção Sempre que a natureza e a especificidade das tarefas a prosseguir pela IGMTS o aconselhe, poderão ser constituídas equipas de auditoria e inspecção por despacho do inspector geral, que traçará os seus objectivos, composição, constituição, duração e coordenação. Artigo 13.º Cumprimento das determinações As entidades às quais for determinada a adopção de medidas preventivas ou correctivas devem informar a IGMTS no prazo de 60 dias, se outro não tiver sido especialmente fixado, sobre o cumprimento das determinações em causa. Artigo 14.º Princípio do contraditório 1 Sem prejuízo dos objectivos de rigor, operacionalidade e eficácia da acção da IGMTS, esta conduzirá as suas intervenções com observância do princípio do contraditório, excepto quando tal procedimento for susceptível de causar prejuízo àqueles objectivos, aos interesses legalmente protegidos de terceiros ou estiverem em causa factos com eventual relevância criminal. 2 O procedimento do contraditório consiste em dar conhecimento prévio dos factos, conclusões, recomendações e propostas provisórias, possibilitando que as entidades visadas sobre eles se possam pronunciar, ou aduzir informações e dados novos ou complementares que melhor esclareçam os factos ou pressupostos em que aquelas assentam. Artigo 15.º Dever de cooperação 1 Os dirigentes e o pessoal de qualquer serviço do Estado, institutos públicos e entidades do sector público empresarial, os membros dos órgãos autárquicos e as demais autoridades públicas, bem como os membros dos corpos sociais das instituições privadas que prosseguem fins de apoio e solidariedade social, têm o dever de colaborar e prestar depoimentos, bem como de facultar os documentos e informações que lhes forem solicitados pela IGMTS, no âmbito das suas competências. 2 Os indivíduos e as entidades privadas têm o dever de prestar os depoimentos e de facultar os documentos e outros elementos que lhes sejam solicitados pela IGMTS, sempre que os mesmos sejam necessários ao apuramento de factos no âmbito de acções da sua competência, sob pena de incorrerem em responsabilidade nos termos da lei. 3 Os dirigentes responsáveis dos serviços, organismos e órgãos do MTS devem fornecer à IGMTS todas as instruções genéricas deles dimanadas que tenham por destinatárias as entidades que integram o âmbito de intervenção da IGMTS. 163

165 Artigo 16.º Notificação e requisição de testemunhas ou declarantes 1 A convocação de uma pessoa para prestar declarações ou depoimentos em processos da competência da IGMTS deve ser efectuada à própria, podendo ainda ser solicitada às autoridades policiais. 2 A comparência, para os efeitos referidos no número anterior, de funcionários ou agentes do Estado ou das autarquias locais, bem como de trabalhadores de institutos públicos ou do sector público empresarial, deve ser requisitada às entidades em que prestam serviço. 3 As declarações e depoimentos mencionados nos números anteriores devem ser prestados na área da residência ou domicílio profissional do declarante ou depoente. Artigo 17.º Direitos e prerrogativas 1 Os dirigentes e o pessoal da área funcional de inspecção da IGMTS, quando em serviço e sempre que necessário ao desempenho das suas funções, serão considerados autoridade pública e gozam, para além de outros previstos na lei geral, dos seguintes direitos, poderes e prerrogativas: a) ter livre acesso a todos os serviços e instituições em que tenham de exercer as suas funções, sem necessidade de aviso prévio; b) utilizar nos locais de trabalho, por cedência dos respectivos responsáveis, instalações adequadas ao exercício das respectivas funções, em condições de dignidade e eficácia; c) obter, para auxílio dos trabalhos a desenvolver, nos serviços e instituições onde decorra a sua acção, a cedência de material e equipamento, bem como a colaboração de pessoal do respectivo quadro; d) proceder à consulta, exame, recolha e reprodução de quaisquer elementos, nestes se incluindo processos individuais, que se encontrem em poder ou na disposição das entidades objecto da intervenção da IGMTS, sempre que se mostrem necessários à prossecução da respectiva acção; e) proceder à selagem de quaisquer instalações, dependências, cofres ou móveis, nos serviços e instituições objecto da sua acção, quando isso se mostre imprescindível à preservação da prova, lavrando o competente auto; f) corresponder se, no âmbito da instrução dos processos que lhes estejam afectos, com quaisquer pessoas singulares e entidades públicas ou privadas para obtenção de elementos de interesse para o exercício das suas funções; g) proceder, por si ou através de autoridade administrativa ou policial competente, e cumpridas as formalidades legais, às notificações a que haja lugar em processos de cuja instrução estejam incumbidos; h) requisitar às autoridades policiais e administrativas e solicitar às judiciárias a colaboração que se mostre necessária ao exercício das suas funções, designadamente em casos de oposição ou resistência a esse exercício; i) participar ao Ministério Público a recusa de quaisquer informações ou elementos solicitados, bem como a falta injustificada de colaboração, nos termos previstos no artigo 15.º do presente decreto lei. 164

166 2 Os funcionários e agentes da IGMTS que sejam arguidos ou ofendidos em processo judicial, por actos cometidos ou ocorridos no exercício das suas funções, têm direito a ser assistidos por advogado, indicado pelo inspector geral, ouvido o interessado, retribuído a expensas do Estado, bem como a transporte e ajudas de custo quando a localização do tribunal ou das entidades policiais o justifique, sendo as importâncias eventualmente despendidas reembolsadas pelo funcionário ou agente que lhes deu causa, no caso de condenação judicial. Artigo 18.º Verificação de infracções Os dirigentes e o pessoal da carreira de inspecção superior têm competência para levantar autos de notícia por infracções disciplinares pessoalmente verificadas no exercício das respectivas funções, nos termos e para os efeitos previstos nos artigos 47.º e 49.º do Estatuto Disciplinar, aprovado pelo Decreto Lei n.º 24/84, de 16 de Janeiro. Artigo 19.º Nomeação de peritos e técnicos especializados Sempre que a apreciação dos factos em matéria de auditoria ou inspecção exigir especiais conhecimentos técnicos ou científicos poderão ser nomeados, por despacho do inspector geral, no âmbito dos processos, pessoas de reconhecida competência na matéria em causa. CAPÍTULO IV DO PESSOAL Artigo 20.º Quadro de pessoal 1 A IGMTS dispõe do quadro de pessoal dirigente do mapa do anexo I ao presente diploma do qual faz parte integrante. 2 O quadro do pessoal da carreira inspectiva da IGMTS é aprovado por portaria conjunta dos Ministros das Finanças, do Trabalho e da Solidariedade e da Reforma do Estado e da Administração Pública, logo que entre em vigor o diploma orgânico referido no artigo 22.º do presente diploma. 3 O quadro do restante pessoal da IGMTS será aprovado nos termos do número anterior no prazo máximo de 180 dias a contar da data de entrada em vigor do presente diploma. Artigo 21.º Pessoal dirigente 1 O recrutamento e provimento do pessoal dirigente da IGMTS é efectuado de acordo com a lei geral. 2 Sempre que forem providos, nos termos do número anterior, em cargos dirigentes magistrados, a comissão de serviço na IGMTS desses magistrados não determina a abertura de vagas no lugar de origem ou naquele para que, entretanto, o titular tenha sido nomeado, considerando se o serviço prestado nos referidos cargos como se o tivesse sido nos quadros de proveniência. 165

167 Artigo 22.º Carreira de inspecção A carreira profissional e o estatuto remuneratório do corpo inspectivo, adequados ao exercício das respectivas funções, constarão de diploma próprio. Artigo 23.º Outro pessoal Sem prejuízo do disposto no artigo 22.º do presente diploma, o restante pessoal da IGMTS é provido e remunerado nos termos da lei geral. Artigo 24.º Domicílio necessário 1 O pessoal dirigente e da carreira de inspecção superior pode estabelecer, mediante despacho do inspector geral e com a anuência do interessado, o seu domicílio necessário em localidade diferente do da sede da IGMTS. 2 Há lugar ao abono de ajudas de custo, nos termos da lei geral, sempre que a deslocação do pessoal referido no número anterior se realize para fora da área do respectivo domicílio necessário. Artigo 25.º Dever de sigilo 1 Além dos deveres gerais inerentes ao exercício de funções públicas, todos os funcionários ou agentes da IGMTS são obrigados a guardar especial sigilo sobre os factos de que tenham conhecimento em resultado do exercício das suas funções. 2 Ficam igualmente abrangidos pelo dever de sigilo todos os funcionários e agentes chamados a colaborar em acções a executar por pessoal da IGMTS. Artigo 26.º Impedimentos e incompatibilidades 1 O pessoal da IGMTS está sujeito ao regime geral de impedimentos e incompatibilidades vigente na Administração Pública. 2 É especialmente vedado ao pessoal dirigente e da área funcional de inspecção: a) executar quaisquer acções de natureza inspectiva ou disciplinar em que sejam visados parentes ou afins em qualquer grau da linha recta ou até ao 3.º grau da linha colateral; b) exercer funções de administração ou gerência em qualquer ramo de comércio, indústria ou serviços; c) exercer actividades alheias ao serviço que respeitem a entidades relativamente às quais o funcionário tenha realizado nos últimos três anos quaisquer acções de natureza inspectiva ou disciplinar; d) exercer quaisquer outras actividades em entidades particulares de apoio social sujeitas à inspecção ou fiscalização do MTS; e) integrar os corpos sociais das entidades privadas que prosseguem fins de apoio e solidariedade social. 166

168 3 O exercício das actividades mencionadas na alínea d) poderá, porém, ser autorizado por despacho do Ministro do Trabalho e da Solidariedade, precedido de parecer do inspector geral. 4 O despacho de autorização fixará, em cada caso, as condições em que se permite o exercício de actividade estranha à IGMTS, podendo a todo o tempo ser revogado quando se considere que aquelas condições não se encontram devidamente salvaguardadas. Artigo 27.º Identificação e livre trânsito 1 O pessoal dirigente e o pessoal da área funcional de inspecção têm direito a cartão de identificação, de acordo com o modelo constante do anexo II a este diploma, do qual faz parte integrante. 2 O cartão a que se refere o número anterior é simultaneamente de livre trânsito e de acesso a todos os locais de funcionamento dos serviços, organismos e órgãos do MTS bem assim às entidades privadas que prosseguem fins de apoio e solidariedade social, e ainda a outras entidades, sempre que tal seja necessário ao exercício das suas competências, devendo também dele constar a possibilidade de requisitar às autoridades policiais e administrativas e solicitar às judiciárias a colaboração que se mostre necessária para cabal exercício das suas funções. 3 O restante pessoal da IGMTS usará, para sua identificação, um cartão do modelo aprovado para os funcionários do MTS. Artigo 28.º Funcionários e agentes de outros serviços e organismos Os funcionários e agentes de outros serviços ou organismos que, por qualquer das formas previstas na lei, se encontrem a exercer funções na IGMTS têm os mesmos direitos, poderes e prerrogativas e ficam sujeitos aos mesmos deveres previstos para os funcionários e agentes do quadro da IGMTS. CAPÍTULO V DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS Artigo 29.º Transição para o quadro da IGMTS O pessoal do quadro da extinta Inspecção Geral da Segurança Social (IGSS), bem como o que, pertencente a outros serviços, organismos e instituições públicas, se encontre a prestar serviço na IGMTS à data da entrada em vigor deste decreto lei, transita para o quadro de pessoal a que refere o artigo 20.º do presente diploma, ouvidos que sejam os serviços de origem, de harmonia com as condições previstas nos n. os 1, 3 e 4 do artigo 39.º do Decreto Lei n.º 115/98, de 4 de Maio, e as que vierem a ser definidas em diploma próprio, sendo o chefe de repartição reclassificado de acordo com o artigo 18.º do Decreto Lei n.º 404 A/98, de 18 de Dezembro, com a redacção da Lei n.º 44/99, de 11 de Junho. 167

169 Artigo 30.º Pessoal a exercer funções em outros serviços ou organismos O pessoal do quadro da extinta IGSS que se encontre destacado ou requisitado noutros serviços e organismos mantém se nessa situação até ao termo do prazo autorizado, salvo se, dentro de 30 dias a contar da data da entrada em vigor deste diploma, o inspector geral determinar o regresso à IGMTS, caso em que este terá lugar nos 60 dias subsequentes ao despacho. Artigo 31.º Concursos Os concursos a decorrer à data da aprovação dos quadros de pessoal a que se refere o artigo 20.º permanecem válidos até ao limite das vagas e dos prazos fixados nos avisos de abertura, operando se os respectivos provimentos em lugares vagos dos referidos quadros de pessoal. Artigo 32.º Reclassificação e reconversão profissionais O pessoal na situação de comissão de serviço extraordinária, ao abrigo do Decreto Lei n.º 497/99, de 19 de Novembro, verificadas as condições legais de provimento, será nomeado nos correspondentes lugares das carreiras integrantes dos referidos quadros de pessoal. Artigo 33.º Quadro de pessoal e estatuto remuneratório Enquanto não entrar em vigor o diploma legal a que se refere o artigo 22.º do presente diploma, manter se ão em vigor o artigo 22.º do Decreto Lei n.º 271/92, de 30 de Novembro, bem como o disposto no Decreto Lei n.º 105/85, de 11 de Abril. Artigo 34.º Encargos orçamentais Os encargos orçamentais decorrentes da aplicação deste diploma são suportados por dotações inscritas no Orçamento do Estado e no orçamento da segurança social. Artigo 35.º Norma revogatória 1 O presente diploma revoga o Decreto Lei n.º 271/92, de 30 de Novembro, com excepção do disposto no respectivo artigo 27.º e sem prejuízo do disposto no antecedente artigo 33.º deste mesmo diploma. 2 O quadro de pessoal da extinta IGSS, aprovado pela Portaria n.º 283/93, de 12 de Março, extinguir se á quando se completar a integração do respectivo pessoal no quadro de pessoal a que se refere o artigo 20.º do presente diploma. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 28 de Dezembro de António Manuel de Oliveira Guterres Joaquim Augusto Nunes Pina Moura Eduardo Luís Barreto Ferro Rodrigues António Luís Santos Costa Alberto de Sousa Martins. Promulgado em 13 de Fevereiro de

170 Publique se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO. Referendado em 22 de Fevereiro de O Primeiro Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres. ANEXO I 96 Mapa do pessoal dirigente a que se refere o n.º 1 do artigo 20.º ANEXO II (a que se refere o n.º 1 do artigo 27.º) 96 Vide, o mapa de transições efectuadas nos termos do n.º 1 do artigo 6.º do Decreto Regulamentar n.º 20/2001, de 22 de Dezembro. 169

171 Decreto Regulamentar n.º 32/2002, de 22 de Abril (Carreiras e estatuto remuneratório) O Decreto-Lei n.º 80/2001, de 6 de Março, que aprovou a actual Lei Orgânica da Inspecção-Geral do Ministério do Trabalho e da Solidariedade, adiante designada por IGMTS, determinou, no seu artigo 22.º, que a carreira profissional e o estatuto remuneratório do corpo inspectivo constassem de diploma próprio. Por seu turno, o Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril, ao estabelecer o regime geral de enquadramento das carreiras de inspecção da Administração Pública, previu, no seu artigo 14.º, que o aludido diploma revestisse a forma de decreto regulamentar. Nesta conformidade, o presente decreto regulamentar destina-se estritamente a dar cumprimento ao previsto nos citados diplomas legais. Foram observados os procedimentos decorrentes da Lei n.º 23/98, de 26 de Maio. Assim: Ao abrigo do disposto no artigo 14.º, n.º 1, do Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril, e nos termos da alínea c) do artigo 199.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Artigo 1.º Objecto O presente diploma define e regulamenta a aplicação do Decreto-Lei n.º 80/2001 e do Decreto-Lei n.º 112/2001, respectivamente de 6 de Março e de 6 de Abril, às carreiras de inspecção da Inspecção-Geral do Ministério do Trabalho e da Solidariedade (IGMTS); estabelecendo a sua estrutura, as condições de ingresso e de acesso, as regras próprias de transição, os respectivos conteúdos funcionais e a demais regulamentação considerada necessária. Artigo 2.º Âmbito O disposto neste diploma aplica-se ao pessoal do quadro da IGMTS pertencente às carreiras de inspecção. CAPÍTULO II REGIME DAS CARREIRAS DE INSPECÇÃO Artigo 3.º Carreiras de inspecção 1 As carreiras de inspecção da IGMTS são as seguintes: a) Inspector superior; b) Inspector-adjunto. 2 A carreira de inspector-adjunto extingue-se à medida que vagarem os lugares dos funcionários nela providos. 170

172 3 O provimento nas mencionadas carreiras é exclusivamente efectuado em regime jurídico de emprego público, sendo os respectivos funcionários investidos do poder de autoridade. Artigo 4.º Condições de ingresso na carreira de inspector superior 1 O ingresso na carreira de inspector superior faz-se para a categoria de inspector, de entre indivíduos habilitados com licenciatura adequada, aprovados em estágio, com classificação não inferior a Bom (14 valores). 2 As licenciaturas consideradas adequadas ao ingresso na referida carreira são definidas no aviso de abertura do concurso, em função das exigências técnico-científicas dos lugares a prover. Artigo 5.º Admissão a estágio 1 A admissão a estágio para ingresso na carreira de inspector superior efectua-se mediante concurso destinado a quem reúna os requisitos gerais de provimento em funções públicas e os requisitos especiais de candidatura, nos termos do regime geral de recrutamento e selecção de pessoal para os quadros da Administração Pública. 2 Os referidos concursos incluem sempre uma prova de conhecimentos gerais ou específicos, com carácter eliminatório, a qual pode ser complementada com outros métodos de selecção previstos na lei, de acordo com o que for fixado no aviso de abertura do concurso. 3 Os programas das provas de conhecimentos, quanto a conhecimentos gerais, são os genericamente aprovados para os concursos de ingresso na carreira técnica superior, e, caso incluam conhecimentos específicos, são directamente estabelecidos no próprio aviso de abertura do concurso, o qual também indica a bibliografia ou legislação necessária à preparação das provas. Artigo 6.º Regimes de estágio 1 O estágio para ingresso na carreira de inspector superior é feito em regime de contrato administrativo de provimento, no caso de indivíduos não vinculados à função pública, e em regime de comissão de serviço extraordinária se o estagiário já estiver nomeado definitivamente noutra carreira. 2 Os estagiários são nomeados em função do número de vagas abertas e da ordem de classificação no concurso. 3 O número de estagiários não pode ultrapassar em mais de 30% o número de vagas abertas no concurso. 4 Os estagiários que já tenham vínculo à função pública podem optar pela remuneração do lugar de origem. 5 A desistência do estágio e a não admissão quer dos estagiários não aprovados quer dos aprovados que excedam o número de vagas implica o regresso ao lugar de origem ou a imediata rescisão do contrato, sem direito a qualquer indemnização, consoante se trate de indivíduos vinculados ou não à função pública. 171

173 6 Os inspectores que, após a respectiva nomeação, não prestem, por causa que lhes seja imputável, o tempo de serviço correspondente à duração do estágio ficam obrigados a reembolsar a IGMTS de todas as despesas efectuadas com a sua formação. 7 O tempo de serviço legalmente considerado como estágio para ingresso na carreira conta, para efeitos de progressão e promoção, na categoria de ingresso, desde que o funcionário nela obtenha nomeação definitiva. 8 A regulamentação do estágio, designadamente quanto aos objectivos, estrutura, elementos de avaliação e classificação final, orientação e funcionamento, é estabelecida por despacho conjunto dos Ministros do Trabalho e da Solidariedade e da Reforma do Estado e da Administração Pública. 9 Aos concursos a decorrer à data da entrada em vigor do presente decreto regulamentar são aplicáveis as regras estabelecidas no respectivo aviso de abertura, sem prejuízo do imediato enquadramento dos respectivos estagiários nos estatutos profissional e remuneratório constantes deste diploma. Artigo 7.º Condições de acesso nas carreiras de inspecção O acesso nas carreiras de inspecção, previstas no artigo 3.º do presente diploma, efectua-se de acordo com o disposto no Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril. Artigo 8.º Conteúdos funcionais Os conteúdos funcionais do pessoal das carreiras de inspector superior e de inspectoradjunto constam do anexo ao presente diploma, que dele faz parte integrante. Artigo 9.º Identificação e exercício de autoridade pública 1 Para o desempenho da actividade inspectiva, cada funcionário ou agente de inspecção é titular de um cartão de identificação profissional e de livre trânsito, cujo modelo consta do anexo II do Decreto-Lei n.º 80/2001, de 6 de Março, sendo a sua validade autenticada com a assinatura do respectivo dirigente máximo e o selo branco da IGMTS. 2 Os referidos cartões são devolvidos à IGMTS sempre que os seus titulares deixem de exercer a actividade inspectiva, inclusive nas situações de mobilidade funcional ou durante qualquer tipo de licença. 3 Os funcionários e agentes de inspecção devem ser portadores dos respectivos cartões de identificação quando em diligências ou procedimento externos, sendo obrigatória a sua exibição a qualquer autoridade pública e aos sujeitos passivos de inspecção, sempre que estes o solicitem. 4 Qualquer responsável ou representante legítimo das entidades sujeitas a acções da competência da IGMTS, após ter reconhecido o funcionário ou agente de inspecção ou após este lhe ter exibido o respectivo cartão de identificação profissional, deve respeitar e velar pelo cumprimento de todos os direitos, poderes e prerrogativas inerentes à função inspectiva, nomeadamente os previstos nas alíneas a) a g) do n.º 1 do artigo 17.º do Decreto-Lei n.º 80/2001, de 6 de Março. 172

174 CAPÍTULO III QUADRO DE PESSOAL Artigo 10.º Aprovação do quadro de pessoal O quadro do pessoal das carreiras de inspecção da IGMTS é aprovado por portaria conjunta dos Ministros das Finanças, do Trabalho e da Solidariedade e da Reforma do Estado e da Administração Pública. CAPÍTULO IV DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS Artigo 11.º Regime geral de transição para a carreira de inspector superior 1 O pessoal da carreira técnica superior de inspecção do quadro de pessoal aprovado pela Portaria n.º 283/93, de 12 de Março, com a alteração constante da Portaria n.º 1533/2000, de 9 de Outubro, transita para a carreira de inspector superior do quadro de pessoal a aprovar nos termos do artigo 10.º do presente diploma, de acordo com as seguintes regras: a) os inspectores superiores assessores principais transitam para a categoria de inspector superior principal; b) os inspectores superiores assessores transitam para a categoria de inspector superior; c) os inspectores superiores principais transitam para a categoria de inspector principal; d) os inspectores superiores de 1.ª e de 2.ª classes transitam para a categoria de inspector. 2 A transição referida no número anterior faz-se para escalão igual ao que o funcionário detém na categoria de origem, com excepção dos inspectores superiores de 2.ª classe que transitam para escalão a que corresponde na estrutura da categoria o índice remuneratório superior mais aproximado. Artigo 12.º Transição para a carreira de inspector-adjunto 1 O pessoal técnico-profissional da área funcional de inspecção da IGSS transita para a carreira de inspector-adjunto do quadro de pessoal a aprovar nos termos do artigo 10.º do presente diploma, de acordo com as seguintes regras: a) os técnicos profissionais especialistas principais e os subinspectores especialistas principais transitam para a categoria de inspector-adjunto especialista principal; b) o técnico profissional especialista transita para a categoria de inspector-adjunto especialista. 2 A transição faz-se para o escalão detido na categoria de origem. 3 O tempo de serviço prestado nas respectivas carreiras conta na nova carreira e categoria, para todos os efeitos legais. 173

175 Artigo 13.º Outras situações de transição para a carreira de inspector superior 1 Os estagiários que obtenham aprovação no concurso de ingresso na carreira técnica superior de inspecção do quadro de pessoal da extinta IGSS, a decorrer aquando da publicação da actual Lei Orgânica da IGMTS, são providos na categoria de inspector, no escalão 1. 2 O pessoal pertencente a outros serviços, organismos e instituições públicas, em exercício de funções inspectivas na IGMTS, à data da entrada em vigor do Decreto-Lei n.º 80/2001, de 6 de Março, transita para o quadro de pessoal previsto no capítulo anterior, em conformidade com o disposto no artigo 29.º do referido decreto-lei. Artigo 14.º Forma de integração do pessoal no quadro da IGMTS A integração no quadro da IGMTS do pessoal abrangido pelo presente diploma efectua-se por despacho do Ministro do Trabalho e da Solidariedade, sendo os subsequentes actos de provimento de estagiários praticados pelo dirigente máximo da IGMTS. Artigo 15.º Produção de efeitos Os efeitos remuneratórios decorrentes da transição para as carreiras de inspector superior e de inspector-adjunto, inclusivamente o aumento do suplemento de função inspectiva ao pessoal dirigente da IGMTS, retroagem a 1 de Julho de 2000, sem prejuízo da produção dos demais efeitos nos termos expressamente previstos no presente diploma. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 14 de Fevereiro de António Manuel de Oliveira Guterres Guilherme d'oliveira Martins Paulo José Fernandes Pedroso Alberto de Sousa Martins. Promulgado em 14 de Março de Publique-se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO. Referendado em 21 de Março de O Primeiro-Ministro em exercício, Jaime José Matos da Gama. ANEXO Conteúdos funcionais das carreiras de inspector superior e inspector-adjunto a que alude o artigo 8.º Carreira de inspector superior Inspector superior principal. Compete ao inspector superior principal efectuar trabalho de natureza técnica de elevado grau de qualificação e responsabilidade da competência da IGMTS; coordenar equipas de auditoria e de inspecção; efectuar designadamente inspecções, inquéritos, sindicâncias, peritagens e instruir processos disciplinares, quando, pela sua natureza e responsabilidade, superiormente se julgue que lhe devam ser cometidas tais missões; zelar pela adopção de critérios uniformes na execução das tarefas de cuja coordenação seja incumbido; emitir pareceres e elaborar estudos sobre matérias que exijam conhecimentos especializados e uma visão global das áreas de intervenção do MTS. 174

176 Inspector superior. Compete ao inspector superior efectuar trabalho de natureza técnica da competência da IGMTS; coordenar equipas de auditoria e de inspecção; efectuar designadamente inspecções, inquéritos, sindicâncias, peritagens e instruir processos disciplinares quando, pela sua natureza e responsabilidade, superiormente se julgue que lhe devam ser cometidas tais missões; zelar pela adopção de critérios uniformes na execução das tarefas de cuja coordenação seja incumbido; emitir pareceres e elaborar informações ou estudos que exijam conhecimento aprofundado e global das áreas de intervenção do Ministério do Trabalho e da Solidariedade. Inspector principal. Compete ao inspector principal realizar o trabalho de natureza técnica da competência da IGMTS, que consiste, designadamente, em efectuar auditorias, inspecções, inquéritos, sindicâncias, peritagens e outras missões de teor inspectivo ou disciplinar; orientar equipas inspectivas, procedendo à distribuição das respectivas tarefas, à avaliação da utilidade e quantidade das informações parcelares que os mesmos lhe prestem, bem como à elaboração dos relatórios finais das missões executadas, e ainda elaborar informações, estudos e pareceres sobre matérias específicas que lhe forem cometidas. Inspector. Compete ao inspector executar trabalho de natureza técnica da competência da IGMTS, que consiste, designadamente, em efectuar auditorias, inspecções, inquéritos, sindicâncias, peritagens e todas as demais missões de natureza inspectiva e disciplinar que lhe forem distribuídas, bem como elaborar os relatórios finais das missões executadas, e elaborar informações, estudos e pareceres sobre matérias específicas que lhe forem cometidas. Carreira de inspector-adjunto Inspector-adjunto especialista principal e inspector-adjunto especialista. Compete ao inspector-adjunto especialista principal e ao inspector-adjunto especialista executar, sob orientações concretas, pequenos trabalhos de inspecção; elaborar relatórios ou informações referentes às acções que lhe forem cometidas; proceder à organização, controlo, acompanhamento e movimentação dos processos, assegurando a sua preparação para despacho superior e ulteriormente proceder ao respectivo arquivo; secretariar processos disciplinares, de inquérito ou de sindicância, e efectuar a reprodução dos processos inspectivos, de acordo com o que for superiormente determinado. 175

177

178 INSPECÇÃO GERAL DOS SERVIÇOS DE JUSTIÇA Decreto Lei n.º 101/2001, de 29 de Março (Lei Orgânica) A nova Lei Orgânica do Ministério da Justiça foi aprovada pelo Decreto Lei n.º 146/2000, de 18 de Julho. Uma das suas inovações foi a criação da Inspecção Geral dos Serviços de Justiça. A este novo serviço, que veio preencher uma lacuna que há muito se sentia ao nível da capacidade de avaliação e responsabilização no sistema de justiça, foi atribuída a função de inspeccionar, auditar e, em geral, fiscalizar os órgãos, serviços e organismos do Ministério ou que actuem no seu âmbito. Torna se agora necessário regulamentar o funcionamento da Inspecção Geral, dotá la da estrutura orgânica necessária à sua actividade e estabelecer o quadro e o regime de pessoal adequados ao exercício das suas competências. Quanto ao primeiro aspecto, o acento tónico foi colocado no nível estratégico, sistemático e global da avaliação e controlo que cabe à Inspecção Geral realizar, sem prejuízo das acções pontuais que lhe sejam superiormente atribuídas ou que se justifiquem pela natureza sistémica das questões suscitadas. Neste contexto, assume particular relevância a sujeição da actividade da Inspecção Geral a um planeamento rigoroso, que defina claramente as áreas prioritárias de intervenção e os objectivos a prosseguir com essa intervenção. A Inspecção Geral funciona na directa dependência do Ministro da Justiça, que, assim, passa a dispor de um instrumento de gestão fundamental, tendente à avaliação e controlo dos serviços pelos quais é superiormente responsável. No que respeita à orgânica, privilegiou se uma estrutura ágil, flexível, desburocratizada, virada para o exercício das suas competências e não para a gestão interna, e consequentemente bastante reduzida em número de efectivos não afectos à actividade inspectiva, com a correspondente e desejável diminuição dos custos administrativos e financeiros. Finalmente, e quanto ao pessoal, é a própria Lei Orgânica do Ministério da Justiça que, reconhecendo a especificidade da Inspecção Geral, remete para a legislação orgânica desta a definição do respectivo estatuto. Não obstante o seu conteúdo genérico, optou se por utilizar essa faculdade legal apenas em relação ao pessoal que exerce as funções típicas e definidoras da Inspecção Geral, ou seja, aos inspectores. Assim, no sentido de uma maior flexibilidade no recrutamento e gestão do pessoal de inspecção, prevê se, para além dos inspectores integrados na carreira de inspector superior, a possibilidade de outros, seleccionados de entre profissionais particularmente habilitados, serem nomeados em regime de comissão de serviço. Foram observados os procedimentos decorrentes da Lei n.º 23/98, de 26 de Maio. Assim: Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: 177

179 CAPÍTULO I NATUREZA, ÂMBITO E COMPETÊNCIAS Artigo 1.º Natureza 1 A Inspecção Geral dos Serviços de Justiça, adiante abreviadamente designada por IGSJ, é o serviço central de inspecção, fiscalização e auditoria do Ministério da Justiça. 2 A IGSJ é dotada de autonomia técnica e administrativa e funciona na directa dependência do Ministro da Justiça. Artigo 2.º Sede e âmbito 1 A IGSJ tem sede em Lisboa. 2 A actividade da IGSJ abrange todos os serviços do Ministério da Justiça. 3 Consideram se serviços do Ministério da Justiça para efeitos do presente diploma os órgãos, serviços e organismos integrados no Ministério da Justiça ou que funcionem no seu âmbito, nos termos da legislação orgânica aplicável, bem como as entidades sujeitas à tutela do Ministro da Justiça, dentro dos respectivos limites. Artigo 3.º Competências 1 Compete à IGSJ: a) efectuar inspecções, auditorias, sindicâncias e inquéritos, com o objectivo de apreciar a legalidade dos actos e avaliar o desempenho e a gestão administrativa e financeira dos serviços do Ministério da Justiça; b) apreciar as queixas, reclamações e denúncias apresentadas por eventuais violações da legalidade e, em geral, por suspeitas de irregularidade ou deficiência no funcionamento dos serviços; c) instruir os processos disciplinares que forem determinados pelo Ministro da Justiça; d) verificar a realização pelos serviços do Ministério da Justiça dos objectivos definidos por programas de modernização administrativa; e) participar no Sistema de Controlo Interno da Administração Financeira do Estado; f) exercer as demais competências que lhe forem atribuídas pela lei. 2 Compete ainda à IGSJ, na sequência de inspecções, auditorias, sindicâncias e inquéritos ou da apreciação de queixas, reclamações ou denúncias: a) propor a instauração de processos disciplinares; b) propor a adopção de medidas tendentes a assegurar ou restabelecer a legalidade dos actos, o bom desempenho e a boa gestão administrativa e financeira por parte dos serviços do Ministério da Justiça; c) apresentar propostas de medidas legislativas ou regulamentares. 178

180 Artigo 4.º Nível de intervenção 1 A actividade da IGSJ dirige se, essencialmente, à avaliação e controlo estratégico, sistemático e global do funcionamento dos diferentes serviços do Ministério da Justiça. 2 No âmbito do Sistema de Controlo Interno da Administração Financeira do Estado, a IGSJ exerce um controlo de nível sectorial, nos termos da legislação aplicável. Artigo 5.º Relação com outras entidades A IGSJ e os demais serviços do Ministério da Justiça com funções inspectivas, de auditoria e disciplinares cooperam no exercício das respectivas competências, utilizando os mecanismos adequados e tendo em conta o nível de intervenção de cada um. CAPÍTULO II ÓRGÃOS E SERVIÇOS Artigo 6.º Direcção 1 A IGSJ é dirigida por um inspector geral, coadjuvado por três subinspectores -gerais. 2 Nas suas faltas e impedimentos, o inspector geral é substituído pelo subinspector geral designado pelo Ministro da Justiça, sob sua proposta. 3 Os subinspectores gerais substituem se nos termos a definir pelo inspector geral. Artigo 7.º Competência do inspector geral Para além das competências atribuídas por lei aos inspectores gerais, compete ao inspector geral: a) dirigir, orientar, coordenar e fiscalizar a actividade da IGSJ e emitir as directivas, ordens e instruções necessárias ao seu funcionamento; b) elaborar os planos de actividades da IGSJ e submetê los a aprovação do Ministro da Justiça; c) avaliar a actividade da IGSJ, elaborar os respectivos relatórios e submetê los a apreciação do Ministro da Justiça; d) representar a IGSJ, designadamente em actos e contratos, e assegurar as suas relações com o Ministro da Justiça, com os serviços do Ministério da Justiça e, em geral, com todas as entidades externas; e) despachar os processos pendentes na IGSJ, nos termos previstos no presente diploma; f) delegar nos subinspectores gerais as competências que lhe são atribuídas pelo capítulo III do presente diploma; g) exercer as demais competências que lhe forem atribuídas por lei. Artigo 8.º Competência dos subinspectores gerais Compete aos subinspectores gerais: 179

181 a) exercer as competências que lhes forem delegadas pelo inspector geral; b) despachar os processos pendentes na IGSJ, nos termos previstos no presente diploma. Artigo 9.º Serviços São serviços da IGSJ: a) o Serviço de Inspecção (SI); b) o Núcleo de Apoio Técnico (NAT); c) a Direcção de Serviços de Organização e Sistemas de Informação (DSOSI); d) a Direcção de Serviços de Administração e Gestão (DSAG). Artigo 10.º Serviço de Inspecção 1 O SI é o serviço de actuação externa, ao qual cabe em primeira linha a realização das actividades inerentes às competências atribuídas à IGSJ. 2 Compete ao SI: a) realizar inspecções, auditorias, sindicâncias e inquéritos; b) instruir os processos de apreciação de queixas, reclamações e denúncias, nos termos previstos no presente diploma; c) instruir os processos disciplinares; d) acompanhar a execução das decisões proferidas pelo Ministro da Justiça na sequência da actuação da IGSJ; e) elaborar estudos, pareceres e informações relativos ao exercício das suas competências. 3 O SI é composto pelo pessoal de inspecção, organiza se em áreas de coordenação, no máximo de quatro, e funciona na dependência directa dos subinspectores gerais designados pelo inspector geral. 4 A organização da actividade do SI, a definição das áreas de coordenação e a afectação do respectivo pessoal são fixadas pelo inspector geral. Artigo 11.º Núcleo de Apoio Técnico 1 O NAT é o serviço de apoio à direcção e ao SI. 2 Compete ao NAT: a) assegurar a preparação do planeamento e controlo da actividade da IGSJ, de signadamente dos respectivos planos e relatórios de actividade; b) organizar manuais, guias, programas de trabalho e outros instrumentos de apoio técnico às acções de inspecção e fiscalização; c) proceder ao tratamento da legislação e demais documentação de interesse para a IGSJ; d) elaborar estudos, pareceres e informações sobre matérias da competência da IGSJ, bem como outros que lhe sejam solicitados; e) realizar outras tarefas que lhe sejam atribuídas pelo inspector geral no âmbito das suas funções. 3 O NAT funciona na dependência directa do inspector geral. 180

182 Artigo 12.º Direcção de Serviços de Organização e Sistemas de Informação 1 A DSOSI é o serviço ao qual compete desenvolver e gerir os sistemas informático, de informação e de comunicação específicos da IGSJ, bem como estudar e promover a aplicação de medidas de desenvolvimento organizacional e de modernização administrativa. 2 Compete à DSOSI: a) assegurar a articulação da IGSJ com os demais serviços do Ministério da Justiça com competências no âmbito dos sistemas informático, de informação e de comunicação, e do desenvolvimento organizacional e modernização administrativa; b) preparar e executar o plano de actividades relativo ao sistema informático da IGSJ; c) apoiar tecnicamente os processos de aquisição de material informático e de comunicações, bem como a respectiva utilização; d) assegurar a gestão dos meios tecnológicos da IGSJ, quanto ao seu desenvolvimento, manutenção e exploração; e) identificar as necessidades da IGSJ em matéria de aplicações informáticas e elaborar as análises funcionais para o seu desenvolvimento; f) desenvolver, instalar e manter sistemas internos de tratamento e circulação automáticos da informação; g) assegurar a eficiência das redes de comunicação interna e externa; h) realizar estudos e propor medidas relativamente às formas e processos de organização e funcionamento, tendentes à simplificação e modernização dos processos de trabalho e de comunicação interna, bem como à obtenção de melhorias na produtividade e condições de trabalho; i) assessorar tecnicamente a DSAG na elaboração de programas funcionais, de projectos e de normas técnicas, na definição da política arquivística, nos procedimentos adjudicatórios de aquisição de bens e serviços e no acompanhamento e fiscalização de empreitadas. 3 A DSOSI exerce as suas funções no respeito pelas competências próprias do Instituto das Tecnologias de Informação na Justiça e do Gabinete de Auditoria e Modernização, e em articulação com estes. Artigo 13.º Direcção de Serviços de Administração e Gestão 1 A DSAG é o serviço ao qual cabe gerir os recursos humanos, financeiros e patrimoniais, recolher os dados e elaborar os indicadores relativos aos mesmos que sejam necessários ao processo de gestão e assegurar as funções relativas ao expediente e arquivo. 2 Compete à DSAG: a) executar as acções relativas à constituição, modificação e extinção da relação jurídica de emprego; b) assegurar a execução das acções relativas à notação de pessoal, ao acesso e progressão nas carreiras e à elaboração de listas de antiguidade; c) efectuar o processamento e liquidação das remunerações e outros abonos devidos ao pessoal e dos respectivos descontos; 181

183 d) avaliar as necessidades de formação do pessoal, propor os planos e programas para a sua satisfação e promover a realização das acções de formação e de aperfeiçoamento profissional; e) superintender no pessoal auxiliar afecto à IGSJ; f) executar as tarefas inerentes ao expediente e arquivo de documentação da IGSJ; g) preparar o projecto de orçamento da IGSJ; h) instruir os processos relativos a despesas, classificar e informar quanto à sua legalidade e cabimentação e efectuar processamentos, liquidações e ordens de pagamento; i) organizar os processos de aquisição de bens e serviços necessários ao funcionamento da IGSJ; j) organizar e fiscalizar as empreitadas necessárias ao funcionamento da IGSJ; k) organizar e manter o inventário e cadastro dos bens móveis, incluindo o parque automóvel afecto à IGSJ, e assegurar a sua gestão; l) assegurar a manutenção, limpeza e segurança dos bens e das instalações. CAPÍTULO III FUNCIONAMENTO Artigo 14.º Planos de actividades 1 Toda a actividade da IGSJ está subordinada ao previsto nos respectivos planos de actividades. 2 Compete ao Ministro da Justiça, sob proposta do inspector geral, aprovar os planos de actividades, bem como as suas alterações. 3 Podem ser aprovados planos plurianuais, relativos a todas ou a parte das actividades da IGSJ, com a duração correspondente à do mandato do inspector geral e estabelecendo as grandes linhas de actuação para esse mandato. 4 O plano anual abrange todas as actividades da IGSJ e deve ser elaborado tendo em conta os planos plurianuais vigentes. 5 O plano anual de actividades define as inspecções e auditorias a realizar e estabelece critérios e prioridades quanto ao exercício das outras competências da IGSJ, designadamente em termos de tipos e de áreas de intervenção. Artigo 15.º Inspecções, auditorias, sindicâncias e inquéritos 1 Compete ao Ministro da Justiça determinar a realização de sindicâncias e inquéritos. 2 A realização das inspecções e auditorias é determinada de acordo com o disposto no plano anual de actividades, pelo Ministro da Justiça nos casos em que tal esteja expressamente previsto nas leis orgânicas dos respectivos serviços, ou pelo inspector geral nos restantes casos. 3 No final de cada acção é elaborado o respectivo relatório, que faz parte integrante do processo e do qual devem constar a descrição dos trabalhos realizados e as propostas de actuação cuja adopção se considere necessária ou conveniente. 182

184 Artigo 16.º Queixas, reclamações e denúncias 1 A IGSJ aprecia as queixas, reclamações e denúncias que lhe sejam apresentadas directamente ou que lhe sejam remetidas pelo Ministro da Justiça. 2 As queixas, reclamações ou denúncias podem ser apresentadas a todo o tempo por qualquer cidadão ou instituição, oralmente ou por escrito, independentemente de qualquer formalidade especial e de interesse pessoal e directo no caso. 3 Compete ao inspector geral apreciar liminarmente as queixas, reclamações e denúncias. 4 São liminarmente arquivadas as queixas, reclamações e denúncias: a) que não sejam da competência da IGSJ; b) que sejam manifestamente desprovidas de fundamento ou apresentadas de má fé; c) que sejam obscuras, incompreensíveis ou incompletas, quando não sejam corrigidas ou completadas. 5 Fora dos casos previstos no número anterior, o inspector geral pode ainda, em qualquer altura, determinar que a queixa, reclamação ou denúncia seja remetida aos serviços referidos no artigo 5.º ou que aguarde a realização de inspecção, auditoria, sindicância ou inquérito já programados ou determinados. 6 A origem das queixas, reclamações e denúncias apresentadas à IGSJ é confidencial, salvo determinação em contrário do inspector geral, quando tal se mostre necessário para a instrução do processo. Artigo 17.º Processos disciplinares O Ministro da Justiça pode determinar que sejam instruídos pela IGSJ os processos disciplinares por si instaurados ou avocados ou em que a aplicação da pena previsível seja da sua competência. Artigo 18.º Instrução dos processos 1 Compete ao inspector geral distribuir os processos e submetê los a decisão final do Ministro da Justiça, bem como arquivar os processos de queixa, reclamação ou denúncia quando estas se mostrem infundadas, o assunto se encontre resolvido ou estejam esgotadas as possibilidades de intervenção da IGSJ. 2 Compete aos subinspectores gerais referidos no n.º 3 do artigo 10.º orientar superiormente a instrução dos processos, bem como submetê los a despacho do inspector geral. 3 A instrução dos processos está sujeita ao princípio do contraditório, devendo o serviço ou o funcionário ou agente visados ser ouvidos antes de o processo ser submetido a decisão do Ministro da Justiça. 4 A apreciação das queixas, reclamações ou denúncias é feita por meios informais e expeditos, salvo quando for necessária a adopção de procedimentos formais para salvaguarda dos direitos fundamentais dos cidadãos. 5 A instrução de processos disciplinares e a realização de sindicâncias e inquéritos regem se pelas disposições legais aplicáveis. 183

185 Artigo 19.º Poderes instrutórios 1 O pessoal dirigente e de inspecção da IGSJ, quando no exercício das suas funções, é considerado autoridade pública, podendo elaborar participações por infracções verificadas pessoalmente nesse exercício. 2 As participações e as provas são imediatamente apresentadas ao inspector geral, que as remete às entidades competentes para a sua apreciação. 3 O pessoal dirigente e de inspecção, quando devidamente identificado e no exercício das suas funções, tem poder para: a) aceder e circular livremente em todas as instalações e estabelecimentos dos serviços do Ministério da Justiça ou em outros locais onde estes exerçam as suas actividades, sem necessidade de aviso prévio, mediante apresentação ao mais alto responsável que se encontre no local e comunicação, logo que possível, ao dirigente máximo do serviço, salvo se a apresentação ou comunicação prejudicarem a eficácia da diligência; b) utilizar nesses locais, mediante acordo dos responsáveis, as instalações adequadas ao exercício das respectivas funções; c) obter nesses locais, mediante acordo dos responsáveis, o material e equipamento necessários ao exercício das suas funções, bem como a colaboração do respectivo pessoal; d) aceder, para efeitos de exame e consulta, a todos os processos, documentos e quaisquer outros elementos existentes nos livros, registos, incluindo informáticos, e arquivos dos serviços, bem como requisitá los, ou às respectivas certidões, para junção aos autos. 4 A IGSJ pode solicitar aos serviços do Ministério da Justiça todas as informações, documentos e outros elementos necessários ao exercício das suas funções. 5 A IGSJ pode notificar o pessoal dos serviços do Ministério da Justiça, bem como testemunhas, peritos e outras pessoas que possam dispor de informações úteis sobre a matéria do processo, para prestar depoimentos, quando tal se mostre necessário para o exercício das suas funções. Artigo 20.º Confidencialidade e publicidade dos processos 1 Os processos instruídos na IGSJ são confidenciais. 2 A consulta dos processos, a passagem de certidões ou fotocópias e a informação sobre os resultados da instrução dependem de autorização do inspector geral, a qual só pode ser concedida a quem demonstre ter interesse pessoal, directo e legítimo no caso, e quando tal não se mostre inconveniente para a instrução do processo ou para as suas finalidades nem ponha em causa o sigilo a que os serviços visados e o seu pessoal estejam obrigados ou tenham direito. 3 O disposto no presente artigo não prejudica a possibilidade de dar aos relatórios e às conclusões dos processos a divulgação e publicidade que se considerem justificadas, em termos a definir pelo Ministro da Justiça e com salvaguarda dos direitos fundamentais dos cidadãos. 184

186 Artigo 21.º Dever de colaboração 1 Os titulares de cargos dirigentes dos serviços do Ministério da Justiça, bem como os respectivos funcionários e agentes, têm o dever especial de colaborar com a IGSJ no âmbito das suas competências, designadamente disponibilizando o acesso ou fornecendo os elementos de informação que esta considere necessários para o efeito e lhes solicite. 2 A recusa da colaboração devida e a oposição ou obstrução ao exercício da actividade da IGSJ fazem incorrer o infractor em responsabilidade disciplinar e criminal, nos termos da lei. 3 As testemunhas, peritos e outras pessoas convocadas nos termos do n.º 5 do artigo 19.º que não compareçam e não apresentem justificação nos cinco dias úteis seguintes à data da falta incorrem em responsabilidade disciplinar e criminal, nos termos da lei. Artigo 22.º Acompanhamento do resultado das acções 1 A IGSJ acompanha a execução pelos serviços competentes das decisões proferidas pelo Ministro da Justiça nos processos por ela instruídos. 2 Na sequência do acompanhamento referido no número anterior, o inspector geral pode, após audição do serviço em causa, propor ao Ministro da Justiça a adopção das medidas que tiver por convenientes. CAPÍTULO IV PESSOAL Artigo 23.º Regime do pessoal O pessoal ao serviço da lgsj rege se pelo disposto no presente diploma e, em tudo o que não for com ele incompatível, pelo regime geral aplicável à Administração Pública, incluindo o que estabelece o enquadramento e define a estrutura das carreiras de inspecção. Artigo 24.º Quadro 1 O quadro do pessoal dirigente da IGSJ é o constante do mapa I anexo ao presente diploma, do qual faz parte integrante. 2 O restante pessoal da IGSJ integra um quadro de pessoal a aprovar por portaria conjunta dos Ministros das Finanças e da Justiça e do membro do Governo responsável pela Administração Pública. Artigo 25.º Estatuto remuneratório do inspector geral e dos subinspectores gerais O estatuto remuneratório do inspector geral e dos subinspectores gerais é, respectivamente, o de juiz conselheiro e o de juiz desembargador. 185

187 Artigo 26.º Pessoal de inspecção Integram o pessoal de inspecção: a) os funcionários pertencentes à carreira de inspector superior; b) os indivíduos recrutados em comissão de serviço nos termos do artigo 28.º, no máximo de metade da respectiva dotação. Artigo 27.º Carreira de inspector superior À carreira de inspector superior é aplicável o regime geral das carreiras de inspecção da Administração Pública. Artigo 28.º Recrutamento em comissão de serviço 1 O recrutamento do pessoal de inspecção não integrado na carreira de inspector superior é feito por escolha, de entre indivíduos vinculados à função pública, com reconhecida idoneidade cívica e elevada competência profissional, habilitados com licenciatura adequada ao desempenho de funções na IGSJ e que, dentro das áreas consideradas relevantes, possuam experiência profissional no exercício de: a) actividade inspectiva ou de auditoria; b) actividade docente de nível universitário; c) funções dirigentes, de coordenação ou de chefia; d) funções de magistrado judicial ou do Ministério Público; e) funções de assessor principal da carreira técnica superior da Administração Pública ou outras de nível equiparado; f) actividade de consultadoria. 2 Em casos devidamente fundamentados, a escolha pode ainda recair em indivíduos não vinculados à função pública que reúnam os requisitos previstos no número anterior. 3 A nomeação é feita em regime de comissão de serviço, por despacho do Ministro da Justiça, mediante proposta do inspector geral, obtida, sendo caso disso, a anuência do membro do Governo competente. 4 A comissão de serviço tem a duração de três anos e pode ser renovada uma única vez, por idêntico período. 5 A renovação é automática se, até 30 dias antes do termo da comissão, o inspector geral não manifestar expressamente a intenção de a não renovar. 6 O inspector geral pode, a todo o tempo e por mera conveniência de serviço devidamente fundamentada, propor ao Ministro da Justiça a cessação da comissão de serviço, com aviso prévio de 30 dias e sem que haja lugar a qualquer indemnização. 7 O aviso prévio previsto no número anterior pode ser substituído pelo pagamento de compensação igual à perda sofrida no rendimento ilíquido do trabalho durante o respectivo período. 8 A comissão de serviço pode ainda cessar a requerimento do interessado, apresentado com pelo menos 30 dias de antecedência. 186

188 Artigo 29.º Estatuto remuneratório do pessoal de inspecção em comissão de serviço 1 O pessoal de inspecção nomeado em comissão de serviço que possua vínculo à função pública mantém a remuneração base do lugar de origem. 2 Para efeitos remuneratórios, a nomeação em comissão de serviço de indivíduos não vinculados à função pública é feita para uma das categorias da carreira de inspector superior, a determinar em função das habilitações e da experiência profissional do nomeado. 3 O pessoal de inspecção nomeado em comissão de serviço tem direito ao suplemento de função inspectiva fixado no regime geral das carreiras de inspecção da Administração Pública. Artigo 30.º Salvaguarda de direitos 1 A nomeação em comissão de serviço não prejudica os direitos e regalias do nomeado no seu lugar de origem, designadamente em termos de acesso e progressão, nem determina a abertura de vaga no respectivo quadro. 2 Os nomeados em comissão de serviço mantêm os regimes gerais de aposentação ou reforma e de protecção social de que beneficiavam à data da nomeação, salvo opção em contrário. Artigo 31.º Dispensa de estágio 1 Os nomeados em comissão de serviço há pelo menos um ano que concorram para a categoria de ingresso na carreira de inspector superior ficam dispensados do estágio desde que nesse mesmo período obtenham classificação de serviço não inferior a Bom. 2 Para efeitos do disposto no número anterior, é aplicável ao pessoal nele referido o mesmo regime de classificação de serviço do pessoal da carreira de inspector superior. Artigo 32.º Conteúdo funcional do pessoal de inspecção O pessoal de inspecção realiza as acções previstas no n.º 2 do artigo 10.º, sem prejuízo do disposto no artigo seguinte. Artigo 33.º Coordenação 1 A coordenação das áreas definidas nos termos dos n. os 3 e 4 do artigo 10.º compete aos elementos do pessoal de inspecção que forem anualmente designados para o efeito por despacho do inspector geral. 2 O pessoal de inspecção designado para exercer funções de coordenação tem direito a um acréscimo de 30 pontos em relação ao índice que detém. 187

189 Artigo 34.º Regime de exercício de funções do pessoal de inspecção O pessoal de inspecção exerce as suas funções em regime de isenção de horário de trabalho, sem prejuízo do cumprimento da duração normal do trabalho e do dever geral de assiduidade. Artigo 35.º Sigilo profissional O pessoal ao serviço da IGSJ está sujeito às disposições legais relativas ao sigilo profissional e deve guardar rigoroso segredo sobre todas as matérias de que tenha conhecimento no exercício ou por causa do exercício das suas funções, mesmo após a respectiva cessação. Artigo 36.º Regalias funcionais Para efeitos do exercício das suas funções, o inspector geral, os subinspectores -gerais e o pessoal de inspecção têm direito a: a) uso de cartão de identificação e livre trânsito, de modelo a aprovar por portaria do Ministro da Justiça; b) utilização da rede de transportes públicos, em condições a definir por portaria conjunta do Ministro da Justiça e do membro do Governo responsável pelos transportes. Artigo 37.º Formação e aperfeiçoamento profissional A IGSJ promove as acções de formação e aperfeiçoamento consideradas necessárias a um adequado desempenho profissional do pessoal ao seu serviço, utilizando preferencialmente as estruturas de formação existentes na Administração Pública ou recorrendo à contratação de serviços externos à mesma, quando necessário. CAPÍTULO V DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Artigo 38.º Entrada em vigor O presente diploma entra em vigor no dia subsequente ao da sua publicação. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 25 de Janeiro de António Manuel de Oliveira Guterres Jorge Paulo Sacadura Almeida Coelho Joaquim Augusto Nunes Pina Moura António Luís Santos Costa Alberto de Sousa Martins. Promulgado em 15 de Março de Publique se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO. Referendado em 21 de Março de O Primeiro Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres. 188

190 MAPA I Quadro do pessoal dirigente a que se refere o n.º 1 do artigo 24.º Decreto Regulamentar n.º 15/2001, de 12 de Outubro (Carreira e escalões salariais do pessoal) O Decreto Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril, veio estabelecer os princípios gerais enquadradores das carreiras de inspecção da Administração Pública, ficando a aplicação do seu normativo a cada concreto serviço ou organismo da administração central e regional autónoma dependente de decreto regulamentar, de acordo com o disposto no artigo 14.º Deste modo, e dispondo a Inspecção Geral dos Serviços de Justiça da carreira de inspector superior, nos termos do artigo 27.º da respectiva Lei Orgânica, aprovada pelo Decreto Lei n.º 101/2001, de 29 de Março, torna se agora necessário proceder à regulamentação de alguns aspectos da mesma, designadamente em matéria de ingresso e de acesso, bem como consagrar regras de transição, de acordo com os parâmetros definidos no referido Decreto Lei n.º 112/2001. Foram observados os procedimentos decorrentes da Lei n.º 23/98, de 26 de Maio. Assim: Nos termos da alínea c) do artigo 199.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: Artigo 1.º Objecto O presente diploma aplica à Inspecção Geral dos Serviços de Justiça, adiante designada por IGSJ, o regime estabelecido no Decreto Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril. Artigo 2.º Carreira de inspector superior 1 A IGSJ dispõe da carreira de inspector superior, de regime especial, que integra as categorias de inspector superior principal, inspector superior, inspector principal e inspector. 2 O ingresso na carreira de inspector superior é feito para a categoria de inspector, de entre indivíduos habilitados com licenciatura adequada, nas áreas do Direito, Administração Pública, Economia, Finanças ou Gestão, a definir no respectivo aviso de abertura de concurso em função das prioridades e necessidades da IGSJ, aprovados em estágio com classificação não inferior a Bom (14 valores), sem prejuízo do disposto no artigo 31.º do Decreto Lei n.º 101/2001, de 29 de Março. 3 O recrutamento para as categorias de acesso é feito nos termos do artigo 4.º, n.º 3, do Decreto Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril, sem prejuízo do disposto no artigo seguinte. 189

191 Artigo 3.º Recrutamento excepcional para lugar de acesso 1 Excepcionalmente, e em casos devidamente fundamentados, podem ser recrutados mediante concurso interno, para qualquer das categorias de acesso da carreira de inspector superior, funcionários ou agentes das carreiras técnica superior ou técnica, ou outras em que sejam exigidos idênticos requisitos habilitacionais para ingresso, desde que detentores de licenciatura adequada, a definir no respectivo aviso de abertura de concurso, e possuidores de experiência profissional de duração não inferior à exigível para o acesso à categoria a que concorrem. 2 A excepcionalidade do caso concreto e a respectiva fundamentação devem ser reconhecidas por despacho do inspector geral. 3 O aviso de abertura de concurso define a natureza e o âmbito da experiência profissional exigida, considerando a categoria e o conteúdo funcional do lugar a prover. Artigo 4.º Admissão a estágio 1 O ingresso na carreira de inspector superior está sujeito à prévia aprovação em estágio. 2 A admissão a estágio para ingresso é feita mediante concurso, com utilização dos seguintes métodos de selecção: a) avaliação curricular; b) prova de conhecimentos; c) exame psicológico de selecção; d) entrevista profissional de selecção. 3 O método de selecção referido na alínea b) do número anterior tem carácter eliminatório, bem como cada uma das fases que o integre. Artigo 5.º Regime do estágio 1 O estágio para ingresso na carreira de inspector superior tem a duração de um ano, sendo lhe aplicáveis, com as necessárias adaptações, as regras definidas nos Decretos Leis n.os 265/88, de 28 de Julho, 427/89, de 7 de Dezembro, e 159/95, de 6 de Julho. 2 As demais condições necessárias para o funcionamento do estágio, designadamente quanto aos seus objectivos, estrutura, orientação, funcionamento, elementos de avaliação e classificação final, são definidas em regulamento a aprovar por despacho conjunto do Ministro da Justiça e do membro do Governo que tem a seu cargo a Administração Pública. 3 Os estagiários que concluam o respectivo estágio com aproveitamento são nomeados na categoria de ingresso da carreira de inspector superior em função do número de vagas postas a concurso. 4 Os estagiários assinam um termo de responsabilidade em que se comprometem a reembolsar a IGSJ de todas as despesas efectuadas com a sua formação caso não venham a prestar, após a sua integração na carreira, o tempo de serviço correspondente à duração do estágio. 190

192 Artigo 6.º Conteúdo funcional 1 Ao pessoal da carreira de inspector superior da IGSJ incumbe: a) realizar inspecções, auditorias, sindicâncias e inquéritos aos serviços do Ministério da Justiça; b) instruir os processos de apreciação de queixas, reclamações e denúncias apresentadas por eventuais violações da legalidade e, em geral, por suspeitas de irregularidade ou deficiência no funcionamento dos serviços do Ministério da Justiça; c) instruir os processos disciplinares que forem determinados pelo Ministro da Justiça; d) acompanhar a execução das decisões proferidas pelo Ministro da Justiça na sequência da actuação da IGSJ; e) elaborar estudos, pareceres e informações relativos ao exercício das suas competências; f) exercer a coordenação das áreas do Serviço de Inspecção, quando para tal for designado por despacho do inspector geral. 2 Consideram se serviços do Ministério da Justiça, para efeitos do presente diploma, os órgãos, serviços e organismos integrados no Ministério da Justiça ou que funcionem no seu âmbito, nos termos da legislação orgânica aplicável, bem como as entidades sujeitas à tutela do Ministro da Justiça, dentro dos respectivos limites. Artigo 7.º Transição de pessoal 1 O pessoal com vínculo à função pública que, à data da entrada em vigor do presente diploma, exerça, a qualquer título, funções dirigentes ou de inspecção, auditoria ou fiscalização na IGSJ transita para a carreira de inspector superior nos termos previstos nos números seguintes. 2 A transição do pessoal pertencente à carreira técnica superior obedece às seguintes regras: a) os assessores principais transitam para a categoria de inspector superior principal; b) os assessores transitam para a categoria de inspector superior; c) os técnicos superiores principais transitam para a categoria de inspector principal; d) os técnicos superiores de 1.ª e 2.ª classes transitam para a categoria de inspector. 3 A transição do pessoal referido no número anterior faz se para escalão igual ao que o funcionário detém na categoria de origem, com excepção dos técnicos superiores de 2.ª classe, que transitam para escalão a que corresponde, na estrutura da categoria, índice remuneratório igual ou, na falta de coincidência, para o índice superior mais aproximado. 4 O restante pessoal transita para a carreira de inspector superior, desde que possuidor dos requisitos habilitacionais exigidos para o ingresso na mesma, em categoria cuja remuneração indiciária do escalão 1 seja igual ou, na falta de coincidência, superior mais aproximada à do escalão 1 da categoria de origem, sendo posicionado em índice a que corresponda remuneração igual à detida ou, não existindo, no imediatamente superior. 191

193 5 Para efeitos de aplicação do presente artigo, considera se pessoal com vínculo à função pública aquele que, nos termos da lei, pode ser opositor a concursos internos na Administração Pública. Artigo 8.º Formalidades da transição 1 A transição para a carreira de inspector superior depende de requerimento do interessado, apresentado no prazo de 30 dias contados a partir da data da entrada em vigor do presente diploma. 2 A transição opera se mediante a publicação no Diário da República de lista nominativa de transição, após aprovação pelo Ministro da Justiça, sem dependência de quaisquer outras formalidades. Artigo 9.º Produção de efeitos A transição prevista nos artigos anteriores retroage à data da entrada em vigor do Decreto Lei n.º 101/2001, de 29 de Março, sem prejuízo de os demais efeitos do Decreto Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril, se reportarem à data de entrada em vigor do Decreto Lei n.º 146/2000, de 18 de Julho. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 9 de Agosto de António Manuel de Oliveira Guterres Guilherme d'oliveira Martins Diogo Campo Barradas de Lacerda Machado Alexandre António Cantigas Rosa. Promulgado em 25 de Setembro de Publique se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO. Referendado em 27 de Setembro de O Primeiro Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres. 192

194 INSPECÇÃO GERAL E AUDITORIA DE GESTÃO DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA Decreto Lei n.º 192/91, de 21 de Maio (Lei Orgânica) 97 A Inspecção Geral e Auditoria de Gestão, criada pelo artigo 3.º do Decreto Lei n.º 310 A/86, de 23 de Setembro, recebeu forma orgânico funcional através do Decreto Regulamentar n.º 15/87, de 6 de Fevereiro, alterado pelo Decreto Regulamentar n.º 6/89, de 27 de Fevereiro. Apesar de os diplomas referidos serem recentes, impõe se rever algumas disposições não coadunáveis, presentemente, com uma gestão ainda mais criteriosa, exigente e eficaz. Assim, criam se quadros de chefia intermédia, reduz se o efectivo de pessoal, eleva se ao nível de licenciatura o grau de ingresso na carreira de inspecção. Pretende se, ainda, com a nova estrutura orgânica, que a actividade inspectiva e de auditoria de gestão seja dotada dos instrumentos necessários à melhoria do sistema de controlo das aplicações de fundos destinados à agricultura e pescas, designadamente no âmbito do FEOGA. Assim: Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 201.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: CAPÍTULO I NATUREZA E ATRIBUIÇÕES Artigo 1.º Natureza A Inspecção Geral e Auditoria de Gestão, criada pelo Decreto Lei n.º 310 A/86, de 23 de Setembro, abreviadamente designada por IGA, é um serviço que funciona na directa dependência do Ministro da Agricultura, Pescas e Alimentação, tendo como objectivo apoiá lo na coordenação das actividades do Ministério da Agricultura, Pescas e Alimentação (MAPA), nomeadamente através do desenvolvimento de acções no âmbito da inspecção e auditoria de gestão. Artigo 2.º Competências À IGA compete: a) assegurar o desenvolvimento sistemático de actividades de auditoria, a nível do MAPA, bem como a realização das que lhe forem ocasionalmente solicitadas ou determinadas; b) assegurar, em colaboração com outros serviços, o desenvolvimento de acções que permitam um permanente controlo de gestão das actividades dos vários serviços do MAPA, nomeadamente através da análise e avaliação da adequação e eficiência da informação de controlo; c) avaliar a forma como se desenvolvem e concretizam as acções e medidas que visam a consecução dos objectivos do MAPA, nomeadamente as definidas em 97 Com as alterações introduzidas pelo Decreto Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. 193

195 programas e projectos cometidos aos diversos organismos e serviços, bem como a comissões ou grupos de trabalho constituídos com objectivos específicos, designadamente através da análise do grau de validade da informação de controlo e da adequação das mesmas acções às respectivas normas legais; d) analisar e avaliar, em termos de economia, eficiência e eficácia, os resultados práticos da acção prosseguida pelo MAPA através da actividade dos diversos serviços e entidades dependentes ou tutelados pelo MAPA, detectando e caracterizando as situações e os factores condicionantes ou impeditivos da concretização da política e dos objectivos definidos; e) assegurar, em colaboração com os restantes serviços e entidades dependentes ou tutelados pelo MAPA, a definição e desenvolvimento de esquemas de informação e controlo que permitam determinar se a utilização pelas entidades beneficiárias dos apoios financeiros, quer avalizados pelo MAPA, quer oriundos dos fundos comunitários, se enquadra nos parâmetros que presidiram à concessão dos mesmos; f) proceder às sindicâncias e inquéritos e a outras acções de âmbito disciplinar que lhe sejam determinadas superiormente; g) proceder aos estudos que se mostrem convenientes para o esclarecimento completo das questões colocadas a nível de auditoria de gestão e que sejam fundamentais ao correcto desempenho das actividades do MAPA; h) efectuar acções de formação de pessoal no âmbito da actividade de auditoria de gestão, no contexto do MAPA; i) assegurar, por parte do Ministério da Agricultura, o acompanhamento das missões comunitárias de controlo a efectuar em Portugal no âmbito do FEOGA. 98 CAPÍTULO II ÓRGÃOS E SERVIÇOS E SUAS COMPETÊNCIAS Artigo 3.º Órgãos e serviços 1 A IGA compreende órgãos e serviços. 2 São órgãos da IGA: a) o director geral; b) o Conselho de Auditoria de Gestão da IGA (CIGA). 3 São serviços da IGA: a) Serviços operativos de inspecção e auditoria: 99 i) Serviços de Auditoria de Acções Estruturais e de Gestão (SAEG); 100 ii) Serviços de Auditoria de Acções Conjunturais e de Gestão (SACOG); Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. A versão originária era a seguinte: a) Serviços operativos de inspecção: Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. A versão originária era a seguinte: i) Serviços de Auditoria de Acções Estruturais e Conjunturais (SAAEC); Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. A versão originária era a seguinte: II) Serviços de Inspecção e Processos Especiais (SIPE); 194

196 iii) Serviços de Inspecção e de Processos Especiais (SIPE); 102 b) Serviço de apoio técnico: 103 i) Divisão de Estudos, Planeamento, Tratamento de Informação e Orga nização (ESPLANTIO); 104 c) Serviços de administração: 105 i) Repartição Administrativa. 106 Artigo 4.º Direcção 1 A IGA é dirigida por um director geral. 2 Ao director geral compete, nomeadamente: a) assegurar a gestão e coordenação da actividade global da IGA; b) definir, de acordo com os princípios estabelecidos, os objectivos e linhas de orientação, bem como a estratégia de actuação dos serviços; c) apresentar superiormente, acompanhado do respectivo parecer, o plano anual de actividades da IGA e o correspondente relatório de execução; d) promover formas de gestão por objectivos que incentivem a participação e capacidade criadora das chefias e quadros técnicos; e) deslocar e afectar pessoal no âmbito da IGA, de acordo com os preceitos legais; f) designar e ou notificar os inspectores que devem proceder às auditorias, sindicâncias, inquéritos, averiguações e processos disciplinares de que a IGA venha a ser superiormente incumbida; g) emitir parecer, quando superiormente solicitado, sobre se há lugar ou não a procedimento disciplinar, em face de participação ou queixa apresentada directamente ao Ministro; h) receber os processos a submeter a despacho ministerial, agindo na qualidade de entidade delegada do Ministro, para efeito do cumprimento dos prazos previstos no Estatuto Disciplinar, nomeadamente os referidos no n.º 3 do artigo 65.º; i) examinar os processos recebidos dos inquiridores e instrutores por si nomeados e assegurar as diligências necessárias à conveniente conclusão dos mesmos; j) emitir parecer sobre os relatórios das auditorias, sindicâncias, inquéritos e processos disciplinares de que a IGA tenha sido incumbida; l) presidir ao CIGA; m) exercer as demais competências legais. 3 Aos subdirectores gerais compete coadjuvar o director geral nos termos por este definidos e exercer as competências legais próprias. 4 Os serviços referidos na alínea a) do n.º 3 do artigo 3.º são equiparados a direcção de serviços e são dirigidos por directores de serviços Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. A versão originária era a seguinte: b) Serviços de administração: Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. A versão originária era a seguinte: i) A Repartição Administrativa Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. 195

197 5 Os serviços referidos na alínea b), n.º 3 do artigo 3.º são dirigidas por um chefe de repartição. Artigo 5.º Conselho de Auditoria de Gestão da IGA (CIGA) 1 O CIGA é um órgão consultivo do director geral para efeitos de estabelecimento de objectivos e programas de acção visando o desenvolvimento de um sistema permanente de auditoria e controlo de gestão das actividades desenvolvidas pelo MAPA. 2 O CIGA tem a seguinte composição: a) o director geral, que presidirá; b) os subdirectores gerais e directores de serviços designados pelo director geral; c) o responsável pelo órgão de planeamento a nível do MAPA; d) os directores gerais ou equiparados dos restantes serviços centrais e de outros organismos ou serviços tutelados pelo MAPA convocados pelo presidente; e) os directores regionais de agricultura. 3 Ao CIGA compete: a) contribuir para a definição da metodologia de actuação no âmbito da auditoria e controlo de gestão; b) propor os objectivos a prosseguir no âmbito da auditoria e controlo de gestão; c) apreciar as acções desenvolvidas e os resultados obtidos no domínio da auditoria e controlo de gestão e apresentar as sugestões que entender por convenientes; d) pronunciar se sobre quaisquer outros assuntos que no âmbito das suas atribuições lhe sejam presentes por qualquer dos seus membros. 4 O CIGA funcionará em sessões plenárias, reunindo ordinariamente duas vezes por ano e ainda sempre que o presidente o convoque. Artigo 6.º Serviços de Auditoria de Acções Estruturais e de Gestão (SAEG) Aos SAEG compete: 108 a) realizar auditorias com vista à formulação de diagnósticos e de propostas relativos ao controlo dos apoios financeiros nacionais e comunitários no âmbito da política sócio estrutural superiormente definida; 109 b) realizar acções que permitam avaliar, em termos de economia, eficiência e eficácia, a actividade prosseguida neste âmbito pelos serviços e entidades dependentes ou tutelados pelo Ministério da Agricultura Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. A versão originária era a seguinte: Serviços de Auditoria de Acções Estruturais e Conjunturais (SAAEC) Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. A versão originária era a seguinte: 1 Aos SAAEC compete: Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. A versão originária era a seguinte: a) realizar auditorias de natureza sistemática, com vista à formulação de diagnósticos e de propostas relativas ao controlo dos apoios financeiros nacionais e comunitários no âmbito da política sócioestrutural superiormente definida; Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. A versão originária era a seguinte: b) realizar auditorias de natureza sistemática, com vista à formulação de diagnósticos e de propostas relativas ao controlo dos apoios financeiros nacionais e comunitários no âmbito da política de preços e mercados superiormente definida; 196

198 c) 111 d) Os SAEG compreendem as seguintes divisões: 113 a) Divisão de Auditoria de Acções Estruturais, com incumbência de desenvolver as acções necessárias à realização das competências a que se reporta a alínea a) do número anterior; 114 b) Divisão de Auditoria de Gestão, com a incumbência de desenvolver as acções necessárias à realização das competências a que se reporta a alínea b) do número anterior. 115 c) 116 d) 117 Artigo 6.º A Serviços de Auditoria de Acções Conjunturais e de Gestão (SACOG) Aos SACOG compete: a) realizar auditorias com vista à formulação de diagnósticos e de propostas relativos ao controlo dos apoios financeiros nacionais e comunitários no âmbito da política de preços e mercados superiormente definida; b) realizar acções que permitam avaliar, em termos de economia, eficiência e eficácia, a actividade prosseguida neste âmbito pelos serviços e entidades dependentes ou tutelados pelo Ministério da Agricultura. 2 Os SACOG compreendem as seguintes divisões: a) Divisão de Auditoria de Acções Conjunturais, com a incumbência de desenvolver as acções necessárias à realização das competências a que se reporta a alínea a) do número anterior; b) Divisão de Auditoria de Gestão, com a incumbência de desenvolver as acções necessárias à realização das competências a que se reporta a alínea b) do número anterior Suprimido pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. A versão originária era a seguinte: c) realizar acções que permitam avaliar sistematicamente, em termos de economia, eficiência e eficácia, a actividade prosseguida pelos serviços e entidades dependentes ou tutelados pelo MAPA; Suprimido pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. A versão originária era a seguinte: d) realizar investigações, estudos e informações sobre a organização dos recursos humanos e meios materiais dos serviços do MAPA, face aos objectivos definidos. Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. A versão originária era a seguinte: 2 Os SAAEC compreendem as seguintes divisões: Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. A versão originária era a seguinte: a) Divisão de Acções Estruturais, com a competência a que se reporta a alínea a) do n.º 1; Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. A versão originária era a seguinte: b) Divisão das Acções Conjunturais, com a competência a que se reporta a alínea b) do n.º 1; Suprimido pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. A versão originária era a seguinte: c) Divisão de Auditoria de Gestão, com a competência a que se reporta a alínea c) do n.º 1; Suprimido pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. A versão originária era a seguinte: d) Divisão de Estudos e Organização, com a competência a que se reporta a alínea d) do n.º 1. Aditado pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. 197

199 Artigo 7.º Serviços de Inspecção e Processos Especiais (SIPE) 1 Aos SIPE compete: a) instruir e realizar processos de averiguações, sindicâncias, inquéritos e processos disciplinares; b) realizar auditorias específicas sem carácter sistemático superiormente determinadas. 2 Os SIPE compreendem as seguintes divisões: a) Divisão de Processos Especiais, com a competência a que se reporta a alínea a) do n.º 1; b) Divisão de Inspecções Específicas, com a competência a que se reporta a alínea b) do mesmo número. Artigo 7.º- A Divisão de Estudos, Planeamento, Tratamento de Informação e Organização (ESPLANTIO) 119 À ESPLANTIO, directamente dependente do director geral, compete: a) efectuar estudos, pareceres e informações sobre matérias da competência da IGA; b) elaborar o plano e relatório de actividades; c) proceder ao tratamento de legislação e outra documentação e promover a sua divulgação pelos inspectores; d) desenvolver e gerir aplicações informáticas, nomeadamente bases de dados sobre a matéria de interesse para os serviços, bem como prestar apoio neste domínio à actividade operativa. Artigo 8.º Serviços de administração 1 À Repartição Administrativa compete desenvolver as acções relativas à administração dos recursos humanos e financeiros. 2 A Repartição Administrativa compreende: a) Secção de Pessoal, Expediente e Arquivo (SPEA); b) Secção Financeira e Patrimonial (SFP); c) (Revogado) À SPEA compete: a) assegurar as acções relativas à admissão, mobilidade, gestão e aposentação do pessoal da IGA; b) assegurar a organização e manutenção do cadastro do pessoal; c) assegurar o expediente e a gestão do arquivo da IGA; d) assegurar o apoio administrativo da IGA. 4 À SFP compete: Aditado pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. Revogado pelo artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. A versão originária era a seguinte: c) Secretariado de Apoio Técnico (SAT). 198

200 a) assegurar a recolha dos elementos necessários à elaboração do orçamento da IGA e respectivo controlo; b) assegurar o processamento dos vencimentos, remunerações e outros abonos do pessoal, bem como dos descontos que sobre eles incidam, e elaborar os documentos que lhes servem de suporte; c) assegurar a organização dos processos e liquidação das despesas resultantes do funcionamento da IGA; d) assegurar o serviço de aprovisionamento e a conservação das instalações e equipamentos afectos à IGA; e) apoiar os restantes serviços da IGA nos domínios financeiro, patrimonial e do aprovisionamento. 5 (Revogado) 121 Artigo 8.º- A Secretariado de Apoio 122 Junto do director geral funciona o Secretariado de Apoio, chefiado por um chefe de secção, com competência para assegurar as tarefas de apoio à direcção e aos serviços operativos de inspecção e de auditoria no âmbito do controlo da movimentação dos inspectores e acompanhamento dos trabalhos de inspecção, organização dos processos internos do serviço, tratamento de texto e reprodução dos processos inspectivos. CAPÍTULO III PESSOAL Artigo 9.º Regime e quadro de pessoal 1 Para o desempenho das suas atribuições, a IGA dispõe do quadro de pessoal a aprovar por portaria conjunta dos Ministros das Finanças e da Agricultura A escala salarial das carreiras de inspecção é a que consta do mapa II, anexo a este diploma, e que dele faz parte integrante. 3 Ao pessoal a que se refere o presente artigo é aplicável o disposto neste diploma, no Decreto Regulamentar n.º 24/89, de 11 de Agosto, e demais legislação complementar. 4 Aos inspectores estagiários, no exercício efectivo de funções de inspecção e de auditoria, é aplicável o artigo 1.º do Decreto Lei n.º 46/86, de 10 de Março, conjugado com o disposto nos n. os 1 e 2 do artigo 37.º do Decreto Lei n.º 353 A/89, de 16 de Outubro Revogado pelo artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. A versão originária era a seguinte: 5 - O Secretariado de Apoio Técnico é dirigido por um chefe de secção e compete-lhe assegurar as tarefas de apoio técnico à direcção no âmbito do controlo da movimentação dos inspectores e acompanhamento dos trabalhos de inspecção, organização dos processos internos do serviço, tratamento de texto e reprodução dos processos inspectivos. Aditado pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. A versão originária era a seguinte: 1 - Para o desempenho das suas atribuições a IGA dispõe do quadro de pessoal constante do mapa I, anexo a este diploma, e que dele faz parte integrante. Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. 199

201 5 Durante o período de três anos a contar da data da entrada em vigor do presente diploma, a IGA pode, por conta das vagas de lugares de acesso da carreira de inspecção que não possam ser preenchidas por funcionários da categoria imediatamente inferior, prover nos lugares de ingresso tantos inspectores quantas as vagas existentes na respectiva categoria e nas outras categorias da mesma carreira. 125 Artigo 10.º Carreira de inspecção 1 A carreira de inspecção desenvolve se pelas categorias de: Inspector superior principal; Inspector superior; Inspector principal; Inspector. 2 O recrutamento é feito por concurso e de acordo com as seguintes regras: a) Inspector superior principal de entre inspectores superiores com, pelo menos, três anos de serviço na respectiva categoria classificados de Muito bom ou cinco anos classificados, no mínimo, de Bom; b) Inspector superior de entre inspectores principais com, pelo menos, três anos de serviço na respectiva categoria classificados de Muito bom ou cinco anos classificados, no mínimo, de Bom; c) Inspector principal de entre inspectores com, pelo menos, três anos de serviço na respectiva categoria classificados, no mínimo, de Bom; d) Inspector de entre os indivíduos habilitados com licenciatura adequada aprovados em estágio com classificação não inferior a Bom (14 valores). 3 O estágio para ingresso na carreira de inspecção rege se pelo disposto no artigo 5.º do Decreto Lei n.º 265/88, de 28 de Julho, com as alterações introduzidas pelo Decreto Lei n.º 427/89, de 7 de Dezembro. 4 A área de recrutamento para a categoria de inspector principal é alargada, nos termos dos n. os 3 a 7 do artigo 17.º do Decreto Lei n.º 248/85, de 15 de Julho, aos inspectores técnico administrativos principais com curso superior que não confira o grau de licenciatura, desde que previamente aprovados em concurso de habilitação. 126 Artigo 11.º Carreira de inspector técnico administrativo 1 A carreira de inspector técnico administrativo desenvolve se pelas seguintes categorias: Inspector técnico administrativo principal; Inspector técnico administrativo de 1.ª classe; Inspector técnico administrativo de 2.ª classe; Inspector técnico administrativo Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. A versão originária era a seguinte: 4 - A área de recrutamento para a categoria de inspector é alargada, nos termos dos n. os 3 a 7 do artigo 17.º do Decreto-Lei n.º 248/85, de 15 de Julho, aos inspectores técnico-administrativos principais com curso superior que não confira o grau de licenciatura, desde que previamente aprovados em concurso de habilitação. 200

202 2 O recrutamento para as categorias da carreira de inspector técnico administrativo é feito por concurso e de acordo com as seguintes regras: a) Inspector técnico administrativo principal, inspector técnico administrativo de 1.ª classe e inspector técnico administrativo de 2.ª classe de entre, respectivamente, inspectores técnico administrativos de 1.ª classe, inspectores técnico administrativos de 2.ª classe e inspectores técnico administrativos com, pelo menos, três anos nas respectivas categorias classificados de Muito bom ou cinco anos classificados, no mínimo, de Bom; b) Inspector técnico administrativo de entre indivíduos habilitados com curso superior adequado, aprovados em estágio com classificação não inferior a Bom (14 valores) O estágio para ingresso na carreira de inspector técnico administrativo rege se pelo disposto no artigo 5.º do Decreto Lei n.º 265/88, de 28 de Julho, com as alterações introduzidas pelo Decreto Lei n.º 427/89, de 7 de Dezembro. 128 Artigo 12.º Prerrogativas 1 O pessoal da IGA goza das seguintes prerrogativas, no exercício de funções de auditoria e inspecção junto dos órgãos e serviços do Ministério e das entidades tuteladas: a) livre acesso a todas as instalações e locais de trabalho; b) direito a solicitar todos os elementos necessários à conveniente análise das situações; c) efectuar controlos cruzados, incluindo designadamente comparações com documentos comerciais de fornecedores, de clientes ou outros, que tenham uma ligação directa ou indirecta com os apoios financeiros, quer avalizados pelo MAPA, quer oriundos dos fundos comunitários; d) direito de consulta de todos os documentos necessários ao bom desempenho das missões, bem como recolher declarações e testemunhos em auto; e) direito a utilizar todos os meios de correspondência; f) possuir e usar arma de defesa, com dispensa da respectiva licença; g) proceder à selagem de instalações ou requisitar documentos ou a reprodução destes. 2 No desempenho de funções de inspecção, o pessoal da IGA tem, ainda, direito: a) a solicitar, quando se afigurar imprescindível ao cumprimento das missões de que esteja superiormente incumbido, o auxílio das autoridades administrativas, judiciais e policiais; b) a corresponder se com outras entidades, singulares ou colectivas, sobre assuntos de serviço de inspecção. 3 No exercício das suas funções, o pessoal da IGA não poderá interferir na actividade executiva dos organismos e serviços do MAPA e das entidades tuteladas nem exercer qualquer acção disciplinar sobre o seu pessoal Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. A versão originária era a seguinte: b) Inspector técnico-administrativo - de entre pessoal técnico com a categoria de técnico principal e de técnico de 1.ª classe, este com, pelo menos, três anos de bom e efectivo serviço na categoria. Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. 201

203 4 Os funcionários a que se referem os números anteriores têm direito a cartão de identificação com a menção de livre trânsito, do modelo em vigor no MAPA, com excepção do verso, que conterá a transcrição dos n. os 1 e 2 deste artigo e as assinaturas do director geral da IGA e do portador. Artigo 13.º Dever de cooperação O pessoal da IGA, no exercício de funções de inspecção e auditoria, poderá solicitar a qualquer pessoa, singular ou colectiva, informações ou depoimentos, sempre que se repute necessário para apuramento dos factos da sua competência. CAPÍTULO IV DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS Artigo 14.º Transição de pessoal 1 O pessoal que à data da entrada em vigor deste diploma se encontre a prestar serviço no quadro da IGA transita para o novo quadro para categoria igual ou equivalente à que já possui. 2 O pessoal da carreira de inspectores a que se refere o artigo 1.º do Decreto Lei n.º 54/89, de 22 de Fevereiro, transita para as categorias da nova carreira de inspecção, de harmonia com a tabela constante do mapa III anexo a este diploma e que dele faz parte integrante. Artigo 15.º Integração de pessoal 1 Os funcionários, com licenciatura adequada, que à data da entrada em vigor do presente diploma se encontrem, em regime de destacamento ou requisição, a exercer funções inspectivas e de auditoria na IGA, há mais de um ano, podem ser integrados em categoria da carreira de inspecção, de acordo com o disposto no artigo 18.º do Decreto Lei n.º 353 A/89, de 16 de Outubro, mediante despacho favorável do director geral, precedendo concordância do dirigente do serviço a cujos quadros pertençam. 2 O quadro da IGA será acrescido do número de lugares necessários à integração referida neste artigo quando não houver lugares vagos na respectiva categoria de integração, sem prejuízo da dotação global. Artigo 16.º Revogação São revogados o Decreto Regulamentar n.º 15/87, de 6 de Fevereiro, com as alterações introduzidas pelo Decreto Lei n.º 54/89, de 22 de Fevereiro, e pelo Decreto Regulamentar n.º 6/89, de 27 de Fevereiro. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 4 de Abril de Aníbal António Cavaco Silva Luís Miguel Couceiro Pizarro Beleza Arlindo Marques da Cunha. Promulgado em 24 de Abril de Publique se. O Presidente da República, MÁRIO SOARES. Referendado em 29 de Abril de O Primeiro Ministro, Aníbal António Cavaco Silva. 202

204 MAPA I 129 Anexo a que se refere o n.º 1 do artigo 9.º 129 Vide, alteração introduzida pelo artigo 3.º do Decreto Regulamentar n.º 7/2001, de 28 de Maio. 203

205 MAPA II Anexo a que se refere o n.º 2 artigo 9.º MAPA III Anexo a que se refere o n.º 2 do artigo 14.º Decreto Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro (Altera a Lei Orgânica) Tendo se verificado a necessidade de se proceder a alterações na estrutura dos serviços da Inspecção Geral e Auditoria de Gestão (IGA) do Ministério da Agricultura, estabelecida pelo Decreto Lei n.º 192/91, de 21 de Maio, o presente diploma visa ajustar essa estrutura às actuais exigências de operacionalidade dos serviços de inspecção, viabilizando também as soluções organizacionais que o seu esperado crescimento exigirá, especialmente na vertente de auditoria. Assim: Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 201.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: Artigo 1.º 130 Artigo 2.º As alterações foram introduzidas nos locais apropriados. As alterações foram introduzidas nos locais apropriados. 204

206 Artigo 3.º 132 Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 25 de Novembro de Aníbal António Cavaco Silva Jorge Braga de Macedo Arlindo Marques da Cunha. Promulgado em 23 de Dezembro de Publique se. O Presidente da República, MÁRIO SOARES. Referendado em 28 de Dezembro de O Primeiro Ministro, Aníbal António Cavaco Silva. Decreto Regulamentar n.º 7/2001, de 28 de Maio (Escalas salariais do pessoal) As carreiras de inspecção e de inspector técnico administrativo da Inspecção Geral e Auditoria de Gestão (IGA) do Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas são consideradas, de acordo com o artigo 26.º do Decreto Lei n.º 353 A/89, de 16 de Outubro, e o anexo n.º 7 a este diploma, com as alterações introduzidas pelo Decreto Lei n.º 192/91, de 21 de Maio, carreiras de regime especial. Por força do Decreto Regulamentar n.º 11/94, de 22 de Abril, foi criada a carreira de inspector adjunto, no âmbito da mesma Inspecção Geral. O Decreto Lei n.º 404 A/98, de 18 de Dezembro, em cumprimento da Lei n.º 77/98, de 19 de Novembro, procedeu à revisão das carreiras do regime geral da Administração Pública e prevê, no n.º 3 do artigo 17.º, a adaptação dos regimes e escalas salariais das carreiras de regime especial ao disposto no mesmo diploma. É o que se concretiza pelo presente diploma. Foram cumpridos os procedimentos previstos na Lei n.º 23/98, de 26 de Maio. Assim: Ao abrigo do disposto no n.º 3 do artigo 17.º do Decreto Lei n.º 404 A/98, de 18 de Dezembro, e nos termos da alínea c) do artigo 199.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: Artigo 1.º Escalas salariais As escalas salariais das carreiras de inspecção, de inspector técnico administrativo e de inspector adjunto da Inspecção Geral e Auditoria de Gestão (IGA) do Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, constantes do mapa II anexo ao Decreto Lei n.º 192/91, de 21 de Maio, e do Decreto Regulamentar n.º 11/94, de 22 de Abril, passam a ser as previstas no mapa anexo ao presente diploma, que dele fazem parte integrante. 132 As alterações foram introduzidas nos locais apropriados. 205

207 Artigo 2.º Transição 1 O pessoal provido em categorias das carreiras referidas no artigo anterior transita para as categorias detidas, em escalão a que corresponda na estrutura da categoria índice remuneratório igual ou, se não houver coincidência, índice superior mais aproximado. 2 Nos casos em que da aplicação da regra constante do número anterior resulte um impulso salarial igual ou inferior a 10 pontos, releva, para efeitos de progressão, o tempo de permanência no índice de origem. Artigo 3.º Alteração do quadro de pessoal da carreira de inspecção O quadro de pessoal da carreira de inspecção considera se automaticamente alterado, de acordo com o disposto na alínea a) do n.º 1 e no n.º 2 do artigo 29.º do Decreto Lei n.º 404 A/98, passando ao regime de dotação global as dotações das categorias de inspector principal e de inspector, bem como das categorias de inspector superior principal e de inspector superior. Artigo 4.º Produção de efeitos 1 O presente diploma produz efeitos a 1 de Janeiro de Das transições decorrentes deste diploma não poderão resultar, em 1998, impulsos salariais superiores a 15 pontos indiciários. 3 Nos casos em que se verificam impulsos salariais superiores, o direito à totalidade da remuneração só se adquire em 1 de Janeiro de Aos funcionários que, em 1998, adquirissem, por progressão na anterior escala salarial, o direito a remuneração superior à que lhes é atribuída de acordo com os anteriores n. os 2 e 3 é garantida, entre o momento da progressão e 31 de Dezembro de 1998, a remuneração correspondente ao índice para o qual progrediriam naquela escala salarial. 5 O disposto nos números anteriores não impede a integração formal no escalão que resultar da aplicação das regras de transição. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 30 de Março de Jaime José Matos da Gama Joaquim Augusto Nunes Pina Moura Luís Manuel Capoulas Santos Alberto de Sousa Martins. Promulgado em 3 de Maio de Publique se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO. Referendado em 10 de Maio de O Primeiro Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres. 206

208 MAPA ANEXO Decreto Regulamentar n.º 34/2002, de 23 de Abril (Carreiras e escalas salariais) O Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril, estabeleceu o enquadramento e definiu a estrutura das carreiras de inspecção da Administração Pública, sendo a sua aplicação, às inspecções-gerais, aos serviços e organismos, feita mediante decreto regulamentar. A Inspecção-Geral e Auditoria de Gestão, do Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, rege-se pelo Decreto-Lei n.º 192/91, de 21 de Maio, alterado pelo Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro, e dispõe no quadro de pessoal de carreiras inspectivas. O presente diploma visa adequar o regime das actuais carreiras de inspecção, de inspector técnico administrativo e de inspector-adjunto ao preceituado no Decreto-Lei n.º 112/2001 e definir as regras necessárias à sua aplicação. Foram observados os procedimentos previstos na Lei n.º 23/98, de 26 de Maio. Assim: Ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 14.º do Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril, e nos termos da alínea c) do artigo 199.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: Artigo 1.º Objecto e âmbito O presente decreto regulamentar aplica às carreiras de inspecção do quadro de pessoal da Inspecção-Geral e Auditoria de Gestão, do Ministério da Agricultura, do Desenvol- 207

209 vimento Rural e das Pescas, abreviadamente designada por IGA, o regime estabelecido pelo Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril. Artigo 2.º Carreiras de inspecção 1 As carreiras de inspecção da IGA são as seguintes: a) Inspector superior; b) Inspector técnico; c) Inspector-adjunto. 2 As carreiras mencionadas no número anterior têm a estrutura e escalas salariais constantes do mapa I anexo ao Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril. Artigo 3.º Ingresso e acesso nas carreiras 1 O ingresso nas carreiras de inspector superior, de inspector técnico e de inspectoradjunto rege-se, respectivamente, pelo preceituado nos n. os 2 dos artigos 4.º, 5.º e 6.º do Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril. 2 O recrutamento para as categorias de acesso das carreiras referidas no número anterior obedece às regras estabelecidas, respectivamente, nos n. os 3 dos citados artigos 4.º, 5.º e 6.º, do mesmo diploma. 3 O currículo profissional a apreciar no concurso de provas públicas para acesso à categoria de inspector superior, nos termos da alínea b) do n.º 3 do artigo 4.º do Decreto- Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril, será acompanhado de um relatório em que o candidato procede à análise da actividade por si desenvolvida desde a última promoção. 4 Ao recrutamento para as categorias de inspector principal e de inspector da carreira de inspector superior, bem como para as categorias de inspector técnico principal e de inspector técnico da carreira de inspector técnico, são aplicáveis as regras de intercomunicabilidade entre carreiras estabelecidas no artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril. 5 Os avisos de abertura dos concursos para admissão a estágio para lugares de ingresso especificarão as áreas de formação académica ou cursos considerados adequados ao exercício das funções correspondentes aos lugares a prover. Artigo 4.º Conteúdos funcionais 1 Incumbe aos inspectores superiores: a) realizar inspecções, auditorias, inquéritos, sindicâncias ou outras averiguações e instruir os processos disciplinares superiormente determinados; b) analisar sistemas funcionais e avaliar, em termos de economia, eficiência e eficácia, os resultados e formas de actuação dos serviços e entidades dependentes ou tuteladas pelo Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas e verificar o cumprimento das obrigações legais, bem como as emergentes de normas e determinações superiores; c) elaborar, com autonomia e responsabilidade, estudos, pareceres e informações de âmbito técnico especializado no domínio das actividades da IGA; 208

210 d) colaborar na preparação e elaboração do plano anual e do relatório de actividades da IGA e na definição das acções de formação profissional específica do pessoal de inspecção; e) acompanhar e prestar apoio técnico, na esfera da competência da IGA, às missões comunitárias de controlo a efectuar em Portugal no âmbito do FEOGA. 2 Incumbe aos inspectores técnicos: a) exercer funções de apoio técnico à realização das acções inspectivas e de auditoria, à instrução de processos de natureza diversa e à elaboração dos respectivos relatórios; b) pesquisar, organizar e tratar a legislação, bibliografia e documentação de interesse para as actividades da IGA e promover a sua divulgação pelo pessoal de inspecção; c) efectuar a recolha, a análise e o tratamento dos elementos necessários à concretização da actividade operativa, de acordo com os planos de actividade anuais; d) acompanhar a execução das decisões proferidas pelo Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas na sequência da actuação da IGA. 3 Incumbe aos inspectores-adjuntos: a) prestar apoio técnico às actividades inspectivas e de auditoria, designadamente na pesquisa, recolha, organização e tratamento de elementos contabilísticos e documentais necessários à execução dos trabalhos; b) colaborar na elaboração e apresentação gráfica dos trabalhos, na actualização das bases de dados de interesse para a actividade operativa e na manutenção do arquivo informático; c) executar quaisquer outras tarefas que lhes sejam atribuídas e se insiram no âmbito das competências da IGA. Artigo 5.º Quadro de pessoal O quadro de pessoal das carreiras de inspecção da IGA é aprovado por portaria conjunta dos Ministros das Finanças, da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas e do membro do Governo que tem a seu cargo a Administração Pública. Artigo 6.º Regras de transição 1 A transição do pessoal para as carreiras de inspector superior e de inspectoradjunto efectua-se de acordo com o mapa anexo a este diploma, do qual faz parte integrante. 2 Aos funcionários que tenham mudado de categoria ou de escalão após 1 de Julho de 2000 são aplicáveis as regras de transição do número anterior, com efeitos a partir da data em que as mesmas ocorreram. 209

211 Artigo 7.º Regime de estágio 1 O estágio para ingresso nas carreiras de inspector superior, de inspector técnico e de inspector-adjunto tem a duração mínima de um ano, e são-lhe aplicadas, com as necessárias adaptações, as regras definidas no artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 265/88, de 28 de Julho, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 427/89, de 7 de Dezembro. 2 A regulamentação do estágio, designadamente quanto aos objectivos, estrutura, elementos de avaliação e classificação final, orientação e funcionamento será estabelecida por despacho conjunto do Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas e do membro do Governo que tem a seu cargo a Administração Pública. Artigo 8.º Formação profissional 1 A IGA assegura ao pessoal das carreiras de inspecção, através de planos de formação estruturados segundo as regras e os princípios definidos no Decreto-Lei n.º 50/98, de 11 de Março, a frequência de acções de formação profissional adequadas aos objectivos dos serviços, ao desenvolvimento das capacidades dos funcionários para o desempenho das funções e à sua valorização profissional e pessoal. 2 A definição dos requisitos de formação exigida pelas regras de intercomunicabilidade entre carreiras a que se refere a alínea b) dos n. os 1 e 3 do artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril, será estabelecida por despacho conjunto do Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas e do membro do Governo que tem a seu cargo a Administração Pública. Artigo 9.º Produção de efeitos A transição para as novas carreiras, bem como o correspondente abono do suplemento de função inspectiva, produz efeitos reportados a 1 de Julho de Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 21 de Fevereiro de António Manuel de Oliveira Guterres Guilherme d'oliveira Martins Luís Manuel Capoulas Santos Alexandre António Cantigas Rosa. Promulgado em 22 de Março de Publique-se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO. Referendado em 28 de Março de O Primeiro-Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres. 210

212 MAPA ANEXO (artigo 6.º, n.º 1) 211

213

214 INSPECÇÃO GERAL DA EDUCAÇÃO Decreto Lei n.º 271/95, de 23 de Outubro (Lei Orgânica) Para que a Inspecção Geral da Educação possa prosseguir a sua função principal de avaliar e fiscalizar a realização da educação escolar é necessário que disponha de uma definição mais completa das suas competências, de uma estrutura organizativa adequada e de um estatuto de pessoal que respeite o princípio da autonomia que deve presidir ao exercício da actividade inspectiva. Para tanto, a Inspecção Geral da Educação deve actuar como entidade de auditoria e controlo do funcionamento do sistema educativo e, consequentemente, de apoio técnico ao Ministério da Educação. Nesse sentido, o seu modelo organizativo integra estruturas de concepção, planeamento, coordenação e avaliação das acções inspectivas, bem como de apoio técnico e de coordenação dos inspectores que as efectuam. Na redefinição das áreas de actuação da Inspecção Geral da Educação segue se de perto a organização do sistema educativo em diferentes níveis de educação e ensino consagrada na Lei de Bases do Sistema Educativo e abrangem se também os serviços centrais e regionais do Ministério da Educação, possibilitando um melhor conhecimento e avaliação daquele sistema. Na reestruturação da carreira inspectiva, tem se em conta o perfil do inspector de educação, fazendo lhe corresponder um profundo conhecimento da organização e do funcionamento do sistema educativo, quer da educação pré escolar, quer dos ensinos básico, secundário e superior. Com isso se contribui para a garantia da qualidade da gestão pedagógica nos diversos estabelecimentos de educação e ensino e da eficiência da gestão dos recursos humanos, físicos e materiais necessários para a realização da educação escolar. Foram ouvidas, nos termos da lei, as organizações representativas dos trabalhadores. Assim: Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 201.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: CAPÍTULO I NATUREZA, ÂMBITO E COMPETÊNCIAS Artigo 1.º Natureza A Inspecção Geral da Educação, abreviadamente designada IGE, é um serviço central do Ministério da Educação dotado de autonomia técnica e administrativa, com competências de auditoria e de controlo do funcionamento do sistema educativo, bem como de apoio técnico às escolas e de salvaguarda dos interesses dos utentes Com as alterações introduzidas pelo Decreto Lei n.º 2/96, de 4 de Janeiro, Lei n.º 18/96, de 20 de Junho, Decretos-Lei n.ºs 233/97, de 3 de Setembro e n.º 70/99, de 12 de Março. 134 Suspensa a vigência pelo artigo 1.º do Decreto-Lei nº 2/96, de 4 de Janeiro, com excepção dos artigos 26.º; 28.º, n.º 1; 33.º n. os 1, 2, 3; 36.º; 37.º e 40.º, tendo ainda, o artigo 2.º deste diploma repristinado o Decreto-Lei n.º 140/93, de 6 de Abril e a Portaria n.º 572/93, de 2 de Junho. Posteriormente, o artigo único da Lei nº 18/96, de 20 de Junho alterou por ratificação os preceitos anteriormente suspensos. 135 Alterado pelo artigo único da Lei nº 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: A Inspecção- Geral da Educação, abreviadamente designada IGE, é um serviço central do Ministério da Educação com competências de auditoria e de controlo do funcionamento do sistema educativo, bem como de apoio técnico. 213

215 Artigo 2.º Competências IGE: 1 No âmbito da auditoria e controlo do funcionamento do sistema educativo, cabe à a) avaliar e fiscalizar, na vertente técnico pedagógica, os estabelecimentos, serviços e actividades da educação pré escolar, escolar e extra escolar; b) avaliar e fiscalizar a gestão administrativa, financeira e patrimonial dos estabelecimentos e serviços integrados no sistema educativo. 2 No âmbito da prestação de apoio técnico cabe à IGE: a) propor ou colaborar na preparação de medidas que visem o aperfeiçoamento e a melhoria do funcionamento do sistema educativo; b) apoiar, no âmbito pedagógico e administrativo, os órgãos de direcção, administração e gestão dos estabelecimentos de ensino; 136 c) instruir processos disciplinares instaurados por entidades competentes a agentes do sistema educativo; 137 d) representar o Ministério nas estruturas de gestão e inspecção das escolas europeias e das escolas portuguesas no estrangeiro. 138 Artigo 3.º Áreas de actuação 1 No exercício das suas competências, a IGE desenvolve a sua actividade na área da educação pré escolar e dos ensinos básico, secundário e profissional e na área do ensino superior e do ensino mediatizado e dos serviços e estruturas dependentes do Ministério da Educação Cabe à IGE, na área da educação pré escolar e dos ensinos básico, secundário e profissional: 140 a) conceber, planear, coordenar e avaliar a execução de inspecções e auditorias à realização escolar, nos níveis da educação pré escolar e dos ensinos básico, secundário e profissional, em matéria técnico pedagógica, administrativa e financeira; 141 b) conceber, planear, coordenar e avaliar a execução de auditorias à organização e ao funcionamento técnico pedagógico de estabelecimentos de ensino particular e cooperativo, nos termos do Decreto Lei n.º 553/80, de Alínea aditada pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. Renumerado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: b) Instruir processos disciplinares instaurados por entidades competentes a agentes do sistema educativo ; Primeiramente renumerado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A redacção actual foi introduzida pelo artigo 1.º do Decreto-Lei nº 70/99, de 12 de Março sendo a redacção cessante, introduzida pela Lei 18/96, a seguinte: d) Representar o Ministério nas estruturas de inspecção das escolas europeias.. Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: 1 - No exercício das suas competências, a IGE desenvolve a sua actividade na área da educação básica e do ensino secundário e na área do ensino superior e dos serviços e estruturas dependentes do Ministro da Educação. Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: 2 - Cabe à IGE, na área da educação básica e do ensino secundário: Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: a) Conceber, planear, coordenar e avaliar a execução de inspecções e auditorias à realização escolar, nos níveis da educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário em matéria técnico-pedagógica, administrativa e financeira; 214

216 de Novembro, verificando, nomeadamente, os requisitos relativos à concessão de autonomia e paralelismo pedagógico; 142 c) conceber, planear, coordenar e avaliar a execução de vistorias às instalações e equipamentos educativos do ensino particular e cooperativo; d) proceder a averiguações e inquéritos; e) assegurar a realização de inspecções ao ensino português no estrangeiro. 3 Cabe à IGE, na área do ensino superior e dos serviços e estruturas dependentes do Ministério da Educação: 143 a) conceber, planear e assegurar a execução de inspecções, auditorias e inquéritos, superiormente determinados, aos estabelecimentos de ensino superior e a entidades beneficiárias de financiamentos nacionais ou comunitários, em matéria técnico pedagógica e de gestão patrimonial e financeira; b) conceber, planear, coordenar e avaliar a execução de inspecções à organização e funcionamento da acção social do ensino superior; c) emitir parecer sobre as contas dos estabelecimentos do ensino superior público, nos casos determinados superiormente; d) assegurar a realização de auditorias às estruturas de gestão de projectos e acções com financiamento nacional ou comunitário; e) assegurar a realização de auditorias aos serviços centrais e regionais do Ministério da Educação, por determinação superior. Artigo 4.º Actividade inspectiva A actividade inspectiva da IGE é assegurada a nível central e regional, de acordo com as áreas de actuação definidas e as competências dos serviços. CAPÍTULO II ÓRGÃOS E SERVIÇOS Artigo 5.º Direcção 1 A IGE é dirigida por um inspector geral, coadjuvado por dois subinspectores gerais O inspector geral é substituído nas suas faltas e impedimentos pelo subinspector geral designado para o efeito. 3 Os serviços cujas competências se desenvolvem nas áreas de actuação referidas no artigo 3.º dependem dos subinspectores gerais designados para o efeito Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: b) Conceber, planear, coordenar e avaliar a execução de auditorias à organização e ao funcionamento técnico-pedagógico de estabelecimentos de ensino particular e cooperativo, verificando, nomeadamente, os requisitos relativos à concessão de autonomia e paralelismo pedagógico; Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: 3 - Cabe à IGE, na área do ensino superior e dos serviços educativos: Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: 1 - A IGE é dirigida por um inspector-geral, coadjuvado por três subinspectores-gerais. 215

217 Artigo 6.º Competências do inspector geral Ao inspector geral, para além das competências estabelecidas na lei geral, cabe, em especial: a) promover a realização de inspecções e auditorias previstas no plano de actividades; b) ordenar averiguações e inquéritos nos termos dos artigos 85.º, 87.º e 88.º do Estatuto Disciplinar aprovado pelo Decreto Lei n.º 24/84, de 16 Janeiro; c) instaurar processos disciplinares ao pessoal docente e não docente da educação pré escolar e dos ensinos básico e secundário, em consequência de acções inspectivas realizadas pela IGE; d) nomear os instrutores dos processos disciplinares; e) definir o número e a composição de equipas inspectivas, a que se refere o artigo 20.º, sob proposta dos dirigentes dos serviços. 145 Artigo 7.º Conselho de Inspecção 1 O inspector geral é apoiado no exercício das suas funções por um órgão colegial, de natureza consultiva, em matérias compreendidas nas competências da IGE ou relativas ao respectivo funcionamento, denominado Conselho de Inspecção (CI). 2 O CI é constituído pelo inspector geral, que presidirá, pelos subinspectores gerais e pelos delegados que dirigem as delegações regionais Por decisão do inspector geral, podem tomar parte nas reuniões do CI outros funcionários ou especialistas cuja actividade se relacione com as matérias a tratar Artigo 8.º Serviços 1 Para o exercício das suas competências na área de actuação da educação pré escolar e dos ensinos básico, secundário e profissional, a IGE dispõe dos seguintes serviços: Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: e) Definir o número e a composição dos grupos de inspecção, bem como designar os respectivos coordenadores, sob proposta dos dirigentes dos serviços. Primeiramente alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A redacção actual foi introduzida pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 70/99, de 12 de Março, sendo a redacção cessante, introduzida pela Lei 18/96, a seguinte: 2 - O CI é constituído pelo inspector-geral, que presidirá, pelos subinspectores-gerais, pelos delegados que dirigem as delegações regionais e por dois inspectores eleitos de entre o pessoal da carreira inspectiva. Primeiramente alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A redacção actual foi introduzida pelo artigo 1.º do Decreto-Lei nº 70/99, de 12 de Março, sendo a redacção cessante, introduzida pela Lei 18/96, a seguinte: 3 - O CI reúne ordinariamente três vezes por ano e extraordinariamente a convocatória do respectivo presidente ou a solicitação de pelo menos três delegados regionais. Suprimido pelo artigo 1º do Decreto-Lei n.º 70/99, de 12 de Março. Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: 1 - Para o exercício das suas competências na área de actuação da educação básica e do ensino secundário, a IGE dispõe dos seguintes serviços: 216

218 a) Núcleo de Inspecção Técnico Pedagógico na Educação Pré escolar, no Ensino Básico, Secundário, Ensino Mediatizado, Profissional e Ensino do Português no Estrangeiro; 150 b) Núcleo de Inspecção Administrativo Financeiro na Educação Pré Escolar e nos Ensinos Básico, Secundário, Mediatizado e Profissional. 151 c) Para o exercício das suas competências na área de actuação do ensino superior e dos serviços educativos, a IGE dispõe do Núcleo de Inspecção no Ensino Supe rior e do Núcleo de Inspecção nos Serviços Educativos A IGE dispõe dos seguintes serviços de apoio: a) Gabinete de Apoio Jurídico; 154 b) Gabinete de Apoio Geral; 155 c) Gabinete de Planeamento, Documentação e Formação (GPDF); d) Gabinete de Informática (GI); 4 A IGE dispõe de delegações regionais e, por portaria ministerial, podem ser criadas subdelegações regionais. 156 Artigo 9.º Competências dos núcleos da área da educação pré escolar e dos ensinos básico, secundário e profissional Compete aos núcleos definidos no n.º 1 do artigo 8.º, na respectiva área de actuação: 158 a) organizar e actualizar manuais, programas de trabalho e outros instrumentos de apoio técnico às actividades inspectivas; b) elaborar relatórios globais de acções inspectivas efectuadas pelas delegações; c) realizar inspecções ao ensino português no estrangeiro; Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: a) Núcleo de Inspecção Técnico-Pedagógica na Educação Básica (NIEB) ; Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: b) Núcleo de Inspecção Técnico-Pedagógica no Ensino Secundário (NIES) ; Suprimido pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: c) Núcleo de Inspecção Administrativo-Financeira na Educação Básica e no Ensino Secundário (NIAF). Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: 2 - Para o exercício das suas competências na área de actuação do ensino superior e dos serviços educativos, a IGE dispõe dos seguintes serviços: a) Núcleo de Inspecção no Ensino Superior (NIESUP); b) Núcleo de Inspecção nos Serviços Educativos (NISE); Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: a) Núcleo de Apoio Jurídico (NAJ); Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: b) Núcleo de Apoio Geral (NAG); Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: 4 - A IGE dispõe ainda de delegações. Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: Competências dos núcleos da área da educação básica e do ensino secundário. Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: 1 - Compete aos NIEB, NIES e NIAF, na respectiva área de actuação: 217

219 d) emitir parecer sobre o resultado do processo de avaliação do desempenho do pes soal docente da educação pré escolar e dos ensinos básico e secundário do sector público; e) informar das queixas escritas apresentadas pelos utentes e agentes do sistema educativo; f) proceder ao tratamento da legislação e outra documentação de interesse para a actividade inspectiva, para divulgação junto das delegações; g) acompanhar as experiências em curso e projectos de inovação pedagógica; 159 h) incentivar a participação democrática no âmbito da comunidade educativa; 160 i) organizar e administrar as bases de dados Os núcleos referidos no número anterior são dirigidos por coordenadores, equiparados, para todos os efeitos legais, a director de serviços. 162 Artigo 10.º Competências dos núcleos da área do ensino superior e dos serviços educativos 1 Compete aos Núcleos de Inspecção no Ensino Superior e nos Serviços Educativos, na respectiva área de actuação: 163 a) organizar e actualizar manuais, programas de trabalho e outros instrumentos de apoio técnico às actividades inspectivas; b) elaborar relatórios globais de acções inspectivas efectuadas pelas delegações; c) emitir parecer sobre as contas dos estabelecimentos de ensino superior público, nos casos determinados superiormente; d) realizar auditorias aos serviços centrais e regionais do Ministério da Educação, por determinação superior; e) realizar auditorias às estruturas de gestão dos projectos e acções com financiamento de índole nacional e comunitária; f) informar das queixas escritas apresentadas pelos utentes e agentes do sistema educativo; g) proceder ao tratamento da legislação e outra documentação de interesse para a actividade inspectiva, para divulgação junto das delegações; h) organizar e administrar as bases de dados. 2 Os núcleos referidos no número anterior são dirigidos por coordenadores, equiparados, para todos os efeitos legais, a director de serviços Aditado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. Aditado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. Renumerado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho, na versão originária era a alínea g). Primeiramente alterado pelo artigo único da Lei nº 18/96, de 20 de Junho. A redacção actual foi introduzida pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 70/99, de 12 de Março, sendo a redacção cessante, introduzida pela Lei 18/96, a seguinte: 2 - Os núcleos referidos no número anterior são dirigidos por pessoal da carreira técnica superior de inspecção de educação, equiparado, para todos os efeitos legais, a director de serviços. Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: 1 - Compete aos NIESUP e NISE, na respectiva área de actuação: Primeiramente alterado pelo artigo único da Lei nº 18/96, de 20 de Junho. A redacção actual foi introduzida pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 70/99, de 12 de Março, sendo a redacção cessante, introduzida pela Lei 18/96, a seguinte: 2 - Os núcleos referidos no número anterior são dirigidos por pessoal da carreira técnica superior de inspecção de educação, equiparado, para todos os efeitos legais, a director de serviços. 218

220 Artigo 11.º Competências do Gabinete de Apoio Jurídico Ao Gabinete de Apoio Jurídico compete: 166 a) elaborar estudos, informações e pareceres de natureza jurídica em matérias de interesse para a IGE; b) emitir pareceres sobre os recursos hierárquicos interpostos das decisões disciplinares, proferidas em processos instruídos no âmbito da IGE, relativos ao pessoal dos estabelecimentos de educação e ensino; c) instruir os processos disciplinares que se desenvolvam fora do âmbito de intervenção das delegações; d) apreciar os processos disciplinares desenvolvidos nas delegações; e) colaborar com outros serviços da IGE no que concerne à realização de averiguações, inquéritos e inspecções; f) organizar e actualizar um registo disciplinar do pessoal docente e não docente do sistema educativo, assegurando o acesso, por parte desse pessoal, a todos os elementos que a si digam respeito; g) elaborar os projectos de resposta em processo de recurso contencioso de actos do inspector geral ou resultantes de processos instruídos no âmbito da IGE. h) apreciar e dar parecer sobre recursos relativos a classificação de serviço interpostos por pessoal não docente O Gabinete de Apoio Jurídico é dirigido por um chefe de divisão. 168 Artigo 12.º Gabinete de Apoio Geral Ao Gabinete de Apoio Geral incumbe a prossecução das actividades de administração de pessoal, expediente, contabilidade e economato, assegurando a articulação com os serviços competentes da Secretaria Geral e com as secções administrativas das delegações O Gabinete de Apoio Geral compreende a Repartição Administrativa e a Repartição Financeira, que dispõem, respectivamente, das Secções de Pessoal e de Administração Geral e de Contabilidade e de Economato Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: Competências do Núcleo de Apoio Jurídico. Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: 1 - Ao NAJ compete: Aditado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. Primeiramente alterado pelo artigo único da Lei nº 18/96, de 20 de Junho. A redacção actual foi introduzida pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 70/99, de 12 de Março, sendo a redacção cessante, introduzida pela Lei 18/96, a seguinte: 2 - O Gabinete de Apoio Jurídico é dirigido por pessoal da carreira técnica superior de inspecção de educação, equiparado, para todos os efeitos legais, a chefe de divisão. Alterado pelo artigo único da Lei nº 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: Núcleo de Apoio Geral. Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: 1 - Ao NAG incumbe a prossecução das actividades de administração de pessoal, expediente, contabilidade e economato, assegurando a articulação com os serviços competentes da Secretaria-Geral e com as secções administrativas das delegações. Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: 2 - O NAG compreende a Repartição Administrativa e a Repartição Financeira, que dispõem, respectivamente, das Secções de Pessoal e de Administração Geral e de Contabilidade e de Economato. 219

221 3 O Gabinete de Apoio Geral é dirigido por um chefe de divisão. 172 Artigo 13.º Competências da Repartição Administrativa 1 À Repartição Administrativa, através da Secção de Pessoal, compete: a) organizar os processos individuais do pessoal, mantendo actualizado o respectivo cadastro; b) organizar os processos relativos a concursos e classificação de serviço; c) recolher elementos relativos à assiduidade, prestando a informação necessária ao processamento das remunerações e outros abonos. 2 À Repartição Administrativa, através da Secção de Administração Geral, compete: a) proceder à recepção, registo, classificação, distribuição e expedição da correspondência; b) organizar o arquivo inactivo; c) assegurar a gestão dos edifícios afectos à IGE, sem prejuízo das competências da Secretaria Geral; d) velar pela segurança e manutenção dos edifícios, sem prejuízo do referido na alínea anterior. Artigo 14.º Competências da Repartição Financeira 1 À Repartição Financeira, através da Secção de Contabilidade, compete: a) instruir os processos relativos a despesas, nomeadamente os das remunerações e outros abonos; b) dar informação sobre o cabimento das despesas e efectuando as tarefas relativas aos processamentos, liquidações e pagamentos; c) preparar a documentação necessária à elaboração do projecto de orçamento e organizar a conta de gerência. 2 À Repartição Financeira, através da Secção de Economato, compete: a) promover as aquisições de bens e serviços; b) organizar e manter actualizado o inventário dos bens; c) assegurar as tarefas de composição, impressão e reprodução da documentação. Artigo 15.º Gabinete de Planeamento, Documentação e Formação 1 Ao Gabinete de Planeamento, Documentação e Formação compete: 173 a) conceber as normas e os instrumentos técnicos necessários ao planeamento e avaliação das actividades da IGE; b) coordenar a elaboração do plano anual e do relatório de actividades da IGE; Primeiramente alterado pelo artigo único da Lei nº 18/96, de 20 de Junho. A redacção actual foi introduzida pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 70/99, de 12 de Março, sendo a redacção cessante, introduzida pela Lei 18/96, a seguinte: 3 - O Gabinete de Apoio Geral é dirigido por pessoal de carreira técnica superior de inspecção de educação, equiparado, para todos os efeitos legais, a chefe de divisão. Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: 1 - Ao GPDF compete: 220

222 c) promover e assegurar a realização de acções de formação do pessoal; d) assegurar a divulgação da documentação e a publicação de estudos e relatórios realizados no âmbito da IGE. e) estudar e propor a harmonização dos procedimentos da IGE, ouvidas as delegações regionais O Gabinete de Planeamento, Documentação e Formação é dirigido por um chefe de divisão. 175 Artigo 16.º Gabinete de Informática 1 Ao GI compete: a) organizar e administrar o sistema informático da IGE; b) desenvolver aplicações informáticas de interesse para os serviços da IGE. 2 O GI é dirigido por um chefe de divisão. Artigo 17.º Delegações regionais As delegações regionais da IGE são serviços desconcentrados, hierarquicamente dependentes do inspector geral, e que a nível regional dão execução às competências próprias da IGE A IGE dispõe de cinco delegações regionais, cujo âmbito de actuação e a sede coincidem, até à criação das regiões administrativas consagradas no texto constitucional, com os das comissões de coordenação regional As delegações regionais são dirigidas por delegados regionais, equiparados, para todos os efeitos legais, a subdirectores gerais As delegações são dirigidas por delegados, equiparados, para todos os efeitos legais, a subdirectores gerais Aditado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. Primeiramente alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A redacção actual foi introduzida pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 70/99, de 12 de Março, sendo a redacção cessante, introduzida pela Lei 18/96, a seguinte: 2 - O Gabinete de Planeamento é dirigido por pessoal da carreira técnica superior da IGE, equiparado a chefe de divisão. Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: Delegações Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: 1 - A IGE dispõe de delegações no Norte, no Centro, em Lisboa e no Sul, hierarquicamente dependentes do inspectorgeral. Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: 2 - O âmbito de actuação e a sede das Delegações do Norte, do Centro e de Lisboa coincidem com o das comissões de coordenação regional. Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: 3 - A Delegação do Sul, com sede em Évora, abrange as áreas das Comissões de Coordenação Regional do Alentejo e do Algarve. 221

223 Artigo 18.º Estrutura das delegações regionais As delegações regionais compreendem os seguintes serviços: 181 a) Gabinete de Acompanhamento Técnico Inspectivo, que pode integrar até quatro divisões, correspondentes aos núcleos previstos no artigo 8.º; 182 b) Secção Administrativa. 2 O Gabinete referido na alínea a) do n.º 1 é dirigido por um director de serviços As divisões referidas na alínea a) do n.º 1 são dirigidas por chefes de divisão. 184 Artigo 19.º Competências das delegações regionais No respectivo âmbito territorial, compete às delegações regionais: 186 a) assegurar a realização das inspecções e auditorias superiormente determinadas, tendo em vista a verificação e a apreciação da conformidade e da qualidade da realização escolar nos estabelecimentos de educação pré escolar, escolar e extra escolar, em matérias técnico pedagógica, administrativa, financeira e patrimonial; b) instruir as averiguações, os inquéritos e os processos disciplinares determinados pela entidade competente; c) colaborar com os núcleos na organização dos instrumentos de apoio técnico à actividade inspectiva e na elaboração do plano e do relatório de actividades da IGE. 2 Ao Gabinete de Acompanhamento Técnico Inspectivo de cada delegação cabe: a) prestar apoio ao delegado na coordenação das actividades inspectivas; b) prestar apoio aos inspectores no exercício das actividades inspectivas; 187 c) organizar o centro de documentação e difundir a informação para todo o pessoal inspectivo; Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: Estrutura das delegações Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: 1 - As delegações compreendem os seguintes serviços: Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: a) Gabinete de Acompanhamento Técnico-Inspectivo; Primeiramente alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A redacção actual foi introduzida pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 70/99, de 12 de Março sendo a redacção cessante, introduzida pela Lei 18/96, a seguinte: 2 - O Gabinete referido na alínea a) do n.º 1 é dirigido por pessoal da carreira técnica superior da IGE, equiparado a director de serviços. Primeiramente aditado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A redacção actual foi introduzida pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 70/99, de 12 de Março, sendo a redacção cessante, introduzida pela Lei 18/96, a seguinte: 3 - As divisões referidas na alínea a) do n.º 1 são dirigidas por pessoal da carreira técnica superior da IGE equiparado, para todos os efeitos legais, a chefe de divisão. Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: Competência das delegações. Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: 1 - No respectivo âmbito territorial, compete às delegações:. Aditado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. Aditado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. 222

224 d) colaborar na organização de manuais, programas de trabalho e outros instrumentos de apoio técnico à actividade inspectiva; 189 e) colaborar na elaboração do plano e do relatório de actividades da IGE; 190 f) elaborar relatórios síntese das acções inspectivas; 191 g) informar das queixas escritas apresentadas pelos utentes e agentes do sistema educativo À Secção Administrativa compete prestar apoio administrativo, assegurando as funções de expediente, administração de pessoal e economato. Artigo 20.º Acções inspectivas 1 As acções a realizar pela IGE incidem sobre entidades do sistema educativo As acções a que se refere o número anterior são desenvolvidas por inspectores integrados em grupos de inspecção, cuja composição é definida por despacho do inspector geral Os grupos de inspecção referidos no número anterior são coordenados por inspectores, a designar por despacho do inspector geral A realização de acções específicas, nomeadamente, no âmbito das escolas europeias, das escolas portuguesas no estrangeiro, do ensino português no estrangeiro, do ensino superior e dos serviços educativos pode também integrar docentes ou especialistas de reconhecido mérito a designar por despacho do Ministro da Educação, sob proposta do inspector geral Renumerado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. Na versão originária era a alínea b). Renumerado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. Na versão originária era a alínea c). Renumerado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. Na versão originária era a alínea d). Renumerado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. Na versão originária era a alínea e). Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: 1 - As acções a realizar pela IGE incidem sobre entidades do sistema educativo expressamente determinadas pela entidade competente. Primeiramente alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A redacção actual foi introduzida pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 70/99, de 12 de Março, sendo a redacção cessante, introduzida pela Lei 18/96, a seguinte: 2 - As acções a que se refere o número anterior são desenvolvidas por inspectores. Primeiramente alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A redacção actual foi introduzida pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 70/99, de 12 de Março, sendo a redacção cessante, introduzida pela Lei 18/96, a seguinte: 3 - Para acções inspectivas específicas poderão ser constituídas equipas de inspectores cuja composição é definida por despacho do inspector-geral, sob proposta do delegado regional. Primeiramente alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A redacção actual foi introduzida pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 70/99, de 12 de Março, sendo a redacção cessante, introduzida pela Lei 18/96, a seguinte: 4 - As equipas de inspecção referidas no número anterior são coordenadas por inspector de categoria igual ou superior à de inspector principal. Suprimido na versão actual pelo artigo 1º do Decreto-Lei n.º 70/99, de 12 de Março, sendo a versão cessante, introduzida pela Lei n.º 18/96, a seguinte: 5 - Os inspectores ou as equipas de inspectores que desenvolvem acções relativas às referidas nas alíneas d) do n.º 2 e c), d) e e) do n.º 3 do artigo 3.º dependem do delegado regional respectivo ou, quando se trate de matéria que exceda o âmbito da delegação regional, do subinspector geral da área respectiva.. 223

225 6 198 CAPÍTULO III PESSOAL SECÇÃO I PRINCÍPIOS GERAIS Artigo 21.º Quadro do pessoal 1 A IGE constitui um corpo especial de funcionários do Estado, para efeitos do disposto no artigo 28.º do Decreto Lei n.º 353 A/89, de 16 de Outubro, e dispõe do quadro de pessoal próprio constante no mapa I anexo ao presente diploma e que dele faz parte integrante O pessoal pertencente ao grupo de pessoal técnico superior, informática, técnico profissional, administrativo, operário e auxiliar integra o quadro único do pessoal dos órgãos e serviços centrais do Ministério da Educação e mantém se afecto à IGE nas respectivas categorias O inspector geral, através de proposta fundamentada, poderá solicitar à tutela respectiva a afectação de mais pessoal referido no n.º Artigo 22.º Recrutamento e provimento O recrutamento e o provimento do pessoal regulam se pela lei geral, com as especificidades previstas no presente diploma relativamente à carreira de inspecção. Artigo 23.º Recrutamento e provimento do pessoal dirigente O recrutamento e o provimento do pessoal dirigente fazem se nos termos da lei geral Suprimido na versão actual pelo artigo 1º do Decreto-Lei n.º 70/99, de 12 de Março, sendo a versão cessante, introduzida pela Lei n.º 18/96, a seguinte: 6 - A realização de acções específicas no âmbito da área de inspecção do ensino superior e dos serviços educativos pode também integrar docentes do ensino superior ou especialistas de reconhecido mérito, a designar por despacho do Ministro da Educação, sob proposta do inspector geral.. Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: 1 - A IGE dispõe de quadro de pessoal próprio, a aprovar por portaria conjunta dos Ministros das Finanças e da Educação.. Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: 2 - Considera-se desde já aprovado o quadro de pessoal dirigente da IGE, que figura no mapa I anexo ao presente diploma e que dele faz parte integrante.. Aditado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: O recrutamento e o provimento do pessoal dirigente fazem-se nos termos da lei geral, podendo o recrutamento de inspectores-chefes ser efectuado de entre pessoal da carreira de inspecção, nos termos do n.º 7 do artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 323/89, de 26 de Setembro.. 224

226 Artigo 24.º Classificação de serviço do pessoal de inspecção O pessoal de inspecção é objecto de classificação anual de serviço, nas condições definidas por portaria conjunta dos Ministros das Finanças e da Educação, com observância dos princípios previstos na lei geral, nomeadamente: a) conhecimento aos interessados; b) garantias de recurso. Artigo 25.º Impedimentos e incompatibilidades 1 O pessoal da IGE está sujeito ao regime geral de impedimentos e incompatibilidades vigente na Administração Pública. 2 O despacho que autorizar a acumulação de funções públicas ou privadas aos dirigentes ou funcionários da IGE deverá fixar, para cada caso, as condições em que se permite o exercício de actividade estranha à IGE, podendo a todo o tempo ser revogado com fundamento na inobservância ou desrespeito dessas condições. SECÇÃO II CARREIRA DE INSPECÇÃO SUPERIOR Artigo 26.º Ingresso e acesso na carreira de inspecção superior O pessoal da carreira técnica superior de inspecção constitui um corpo especial e integra se numa carreira única com estrutura vertical, que se desenvolve pelas categorias de inspector superior principal, inspector superior, inspector principal e inspector Os lugares da carreira de inspecção superior são providos: a) os de inspector superior principal, por concurso de avaliação curricular, de entre inspectores superiores com pelo menos três anos de serviço na categoria e classificação superior a Bom ou cinco anos com classificação de Bom; b) os de inspector superior, de entre inspectores principais licenciados, com pelo menos três anos de serviço na categoria e classificação superior a Bom ou cinco anos com classificação de Bom, e mediante concurso de provas públicas, que consistirá na apreciação e discussão do currículo profissional do candidato; c) os de inspector principal, por concurso de avaliação curricular, de entre inspectores com pelo menos três anos na categoria e classificação não inferior a Bom; d) os de inspector, de entre estagiários aprovados em estágio Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: Ingresso e acesso na carreira de inspecção. Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: 1 - O pessoal de inspecção integra-se em carreira de regime especial, que se desenvolve pelas categorias de inspector superior principal, inspector superior, inspector principal e inspector.. Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: d) Os de inspector, de entre estagiários aprovados em estágio com a classificação não inferior a Bom (14 valores).. 225

227 Artigo 27.º Regime de estágio 1 Os inspectores estagiários são recrutados, mediante provas de selecção a realizar para o efeito, de entre licenciados com curso superior adequado. 2 O recrutamento para actividades de inspecção técnico administrativa é feito de entre técnicos superiores da função pública com pelo menos cinco anos de serviço nessa categoria O recrutamento para a actividade de inspecção técnico pedagógica é feito de entre professores licenciados e profissionalizados, com pelo menos cinco anos de exercício efectivo de funções docentes É da competência do inspector geral definir os cursos e ou os grupos ou disciplinas da docência cujos titulares podem ser admitidos a concurso O estágio tem a duração de um ano, sendo as demais condições de funcionamento e avaliação definidas por portaria conjunta dos Ministros das Finanças e da Educação. 209 Artigo 28.º Remunerações 1 O pessoal da carreira técnica de inspecção superior da IGE é remunerado pela escala indiciária a definir pelo Governo, no prazo de 30 dias O valor a que corresponde o índice 100 da escala indiciária referida no número anterior é igual ao da carreira de docentes da educação pré escolar e dos ensinos básico e secundário O pessoal dirigente e o pessoal da carreira técnica superior de inspecção têm direito a auferir mensalmente um suplemento de risco correspondente a 20% do respectivo vencimento Os inspectores estagiários mantêm o vencimento que auferiam na carreira de origem, acrescido do subsídio de risco referido no número anterior Aditado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. Renumerado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. Na versão originária era o nº 2. Renumerado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. Na versão originária era o n.º 3. Renumerado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. Na versão originária era o n.º 4. Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: 1 - O pessoal da carreira de inspecção superior da IGE é remunerado nos termos do mapa II anexo ao presente diploma, que dele faz parte integrante.. Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: 2 - O inspector-geral, os subinspectores-gerais, os delegados, os inspectores-directores e os inspectores-chefes, bem como o pessoal de inspecção, têm direito a auferir mensalmente um suplemento de risco idêntico ao que vier a ser fixado para as carreiras inspectivas da Administração Pública.. Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: 3 - A remuneração dos coordenadores dos grupos de inspecção, enquanto no exercício dessas funções, é a correspondente à do cargo de inspector-chefe.. Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: 4 - O pessoal requisitado e contratado para os efeitos do n.º 5 do artigo 20.º terá direito ao suplemento de risco correspondente ao índice remuneratório do último escalão da categoria de inspector superior principal, desde que a sua remuneração base seja superior ao índice remuneratório daquela categoria.. 226

228 5 214 Artigo 29.º Domicílio profissional 1 O pessoal da carreira de inspecção pode ter, mediante despacho do inspector geral e anuência do interessado, domicílio profissional em localidade diferente da da sede do serviço a que está afecto Há lugar ao abono de ajudas de custo sempre que a deslocação daquele pessoal se realize para fora da área da localidade do respectivo domicílio profissional, nos termos do n.º 1 do artigo 6.º do Decreto Lei n.º 519 M/79, de 28 de Dezembro, na redacção dada pelo Decreto Lei n.º 248/94, de 7 de Outubro. Artigo 30.º Direitos O pessoal integrado na carreira de inspecção superior no desempenho de funções inspectivas goza, para além dos previstos na lei geral, dos seguintes direitos: a) acesso, quando em serviço, a todos os locais, serviços e estabelecimentos de educação e ensino, oficiais e particulares ou cooperativos, dependentes do Ministério da Educação, bem como instituições por ele tuteladas; b) assistir, quando em serviço, a aulas ou a outras actividades escolares, reuniões e sessões dos orgãos dos estabelecimentos de educação e ensino sujeitos à sua acção inspectiva; c) convocar pessoal docente e não docente, bem como pessoal dos organismos e serviços centrais e regionais do Ministério da Educação, examinar livros, documentos e arquivos e proceder à sua selagem ou apensação, nos serviços e estabelecimentos inspeccionados; d) solicitar, quando se mostre indispensável ao cumprimento das suas funções, o auxílio das autoridades administrativas, judiciais ou policiais; e) ser considerado como autoridade pública para efeitos de protecção criminal. Artigo 31.º Dever de sigilo Além da sujeição aos deveres gerais inerentes ao exercício da função pública, os funcionários da IGE estão especialmente obrigados a guardar rigoroso sigilo relativamente a todas as matérias de que tiverem conhecimento no exercício, ou por causa do exercício, das suas funções Suprimido pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: Sem prejuízo do referido no número anterior, o suplemento de risco do pessoal requisitado ou destacado para o exercício de funções inspectivas a partir da entrada em vigor do presente diploma é equivalente ao que for devido para a categoria de inspector, escalão 1.. Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: 1 - O pessoal da carreira de inspecção pode ter, mediante despacho do inspector-geral, domicílio profissional em localidade diferente da sede dos serviços.. 227

229 CAPÍTULO IV DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Artigo 32.º Transição de pessoal 1 Sem prejuízo do disposto nos artigos seguintes, o pessoal do quadro único dos serviços centrais e regionais do Ministério da Educação em exercício de funções na IGE à data da publicação do presente diploma transita, nos termos da lei geral, para o quadro a que se refere o n.º 1 do artigo 21.º 2 A transição a que se refere o número anterior produz efeitos a partir da data da entrada em vigor do presente diploma, com excepção dos remuneratórios, os quais produzem efeitos a partir de 1 de Janeiro de Artigo 33.º Transição para a carreira de inspecção superior 1 O pessoal provido na carreira de inspecção transita para a carreira de inspecção superior, com aplicação do disposto no artigo 26.º quanto ao requisito da contagem do tempo de serviço, de acordo com as seguintes regras: 217 a) os inspectores gerais e os inspectores coordenadores chefes para a categoria de inspector superior principal; b) os inspectores coordenadores para a categoria de inspector superior principal; 218 c) os inspectores principais licenciados para a categoria de inspector superior; 219 d) os inspectores principais não licenciados para a categoria de inspector principal; 220 e) os inspectores principais adjuntos para a categoria de inspector principal; 221 f) os inspectores para a categoria de inspector; 222 g) os inspectores adjuntos para a categoria de inspector Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 233/97, de 3 de Setembro. Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A redacção actual foi introduzida pelo artigo 1º do Decreto-Lei n.º 233/97, de 3 de Setembro sendo a redacção cessante, introduzida pela Lei 18/96, a seguinte: 1 - O pessoal provido na carreira de inspecção transita para a carreira de inspecção superior, sem prejuízo do disposto no artigo 26.º, de acordo com as seguintes regras:. Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: b) Os inspectores-coordenadores para a categoria de inspector superior; Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: c) Os inspectores principais para a categoria de inspector principal; Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: d) Os inspectores principais-adjuntos para a categoria de inspector; Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: e) Os inspectores e os inspectores-adjuntos para a categoria de inspector. Aditado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. Aditado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. 228

230 2 Nas transições efectuadas nos termos das alíneas a), d) e f) do número anterior, o tempo de serviço prestado na categoria de origem é contado para todos os efeitos legais na categoria para que transitam Nas transições efectuadas nos termos das alíneas b), c), e) e g) do n.º 1 do presente artigo, o tempo de serviço prestado nas extintas categorias de inspector -coordenador, inspector principal, inspector principal adjunto e inspector adjunto é contado exclusivamente para efeitos de determinação da antiguidade na carreira Quando, de acordo com as regras definidas no n.º 1, a transição não for possível para a categoria aí prevista, aquela processa se para a categoria que imediatamente a antecede, nos termos da estrutura definida no n.º 1 do artigo 26.º, sendo nestes casos aplicável à contagem de tempo de serviço na categoria de origem o disposto no n.º 2 do presente artigo Os inspectores com opção de vencimento pela carreira docente, sem prejuízo do disposto nos n. os 1 e 2, transitam para o escalão a que corresponde remuneração igual ou imediatamente superior à auferida Os inspectores, licenciados, da educação pré escolar e do 1.º ciclo do ensino básico transitam para o escalão a seguir àquele que lhes competiria nos termos da transição. 228 Artigo 34.º Transição de pessoal técnico superior Sem prejuízo das habilitações literárias exigidas, os funcionários da carreira técnica superior que, à data de entrada em vigor do presente diploma, se encontrem a exercer funções na IGE há pelo menos um ano podem requerer, no prazo de 60 dias, a integração na carreira de inspecção superior, de acordo com as seguintes regras: a) assessor principal, assessor, técnico superior principal e técnico superior de 1.ª classe, respectivamente nas categorias de inspector superior principal, inspector superior, inspector principal e inspector, em escalão a que corresponda o mesmo índice; b) a integração depende da aprovação em concurso de avaliação curricular a realizar para o efeito Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: 2 - Nas transições efectuadas nos termos das alíneas a), b), c) e d) do número anterior, o tempo de serviço prestado na categoria de origem é contado, para todos os efeitos legais, na categoria para que transitam. Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: 3 - Ao pessoal que transita nos termos do n.º 1, o tempo de serviço prestado nas extintas categorias de inspector e inspector-adjunto é contado exclusivamente para efeito de determinação da antiguidade na carreira. Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão actual foi introduzida pelo artigo 1º do Decreto-Lei nº 233/97, de 3 de Setembro, sendo a versão cessante, introduzida pela Lei n.º 18/96, a seguinte: 4 Os inspectores com opção de vencimento pela carreira docente, sem prejuízo do disposto nos n. os 1 e 2, transitam para o escalão a que corresponde remuneração igual ou imediatamente superior à auferida. Renumerado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 233/97, de 3 de Setembro. Na versão anterior (dada pela Lei n.º 18/96, de 20 de Junho) era o nº 4. Renumerado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 233/97, de 3 de Setembro. Na versão anterior (dada pela Lei n.º 18/96, de 20 de Junho) era o nº

231 Artigo 35.º Integração de docentes 1 Os docentes requisitados na IGE há pelo menos quatro anos, profissionalizados e com o mínimo de cinco anos de exercício da docência, podem requerer no prazo de 30 dias a integração na categoria de inspector da carreira técnica superior de inspecção A integração dos docentes requisitados referidos no número anterior obedece às seguintes regras: 230 a) são nomeados definitivamente; b) o tempo de serviço prestado na IGE é contado para todos os efeitos legais na categoria para que transitam; 231 c) os docentes referidos no n.º 1 que requererem a integração na carreira de inspecção superior serão posicionados para efeitos remuneratórios em escalão da categoria de inspector igual ou imediatamente superior àquele que nesse momento aufiram; 232 d) os educadores de infância e os docentes referidos no n.º 1, licenciados, da educação pré escolar e do 1.º ciclo do ensino básico serão integrados em escalão imediatamente a seguir àquele a que teriam direito nos termos da alínea anterior Os docentes requisitados que se encontrem a exercer funções na IGE há mais de dois anos, profissionalizados e com o mínimo de cinco anos de exercício da docência, poderão ser integrados, nos termos do n.º 2 do presente artigo, mediante concurso curricular e aprovação em entrevista a requerer no prazo de 30 dias A transição prevista no número anterior deverá realizar se no período máximo de três meses, após o final do decurso do prazo previsto no número anterior Os docentes requisitados na IGE há menos de dois anos beneficiarão de preferência em concurso de ingresso para a carreira técnica superior de inspecção, em condições a definir Os docentes abrangidos pelo n.º 9 do artigo 45.º do Decreto Lei n.º 540/79, de 31 de Dezembro, que tenham obtido aprovação no curso específico e no concurso res Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: 1 - Sem prejuízo das habilitações literárias exigidas, os docentes com pelo menos um ano de exercício de funções inspectivas na IGE, em regime de requisição ou de destacamento, podem ser integrados, durante o período de dois anos, a contar da data da entrada em vigor do presente diploma, na categoria de inspector da carreira de inspecção superior, com dispensa de estágio, mediante concurso de avaliação curricular e entrevista, sendo qualquer uma delas de carácter eliminatório. Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: 2 - A integração dos docentes aprovados no concurso obedece às seguintes regras: Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: b) O tempo de serviço prestado na IGE é contado para determinação da antiguidade na carreira de inspecção; Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: c) Podem beneficiar da integração, nas condições estabelecidas no n.º 5 do artigo 33.º, desde que o vencimento da docência seja superior ao devido à categoria de inspector, escalão 1. Aditado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. Aditado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. Aditado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. Aditado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. 230

232 pectivo podem requerer, no prazo de 30 dias, a integração na categoria de inspector da carreira técnica superior de inspecção A integração dos docentes referidos no n.º 5 obedece às seguintes regras: 238 a) são nomeados definitivamente; 239 b) o tempo de serviço prestado nas funções abrangidas pelo n.º 9 do artigo 45.º do Decreto Lei n.º 540/79, de 31 de Dezembro, é contado para determinação da antiguidade na carreira de inspecção superior. 240 Artigo 36.º Preenchimento de lugares 1 Quando, por força das regras de transição e integração estabelecidas nos artigos 32.º a 35.º, os lugares providos em qualquer categoria excedam a respectiva dotação, serão criados automaticamente os correspondentes lugares nas categorias para as quais transitaram, a extinguir quando vagarem No sentido de dotar a IGE dos meios humanos necessários à consecução dos seus objectivos, no quadro da presente lei, os concursos de ingresso e acesso realizar se ão no período máximo de três meses após a publicação do presente diploma. 242 Artigo 37.º Concursos pendentes Nas transições previstas no presente diploma são consideradas as alterações resultantes de concursos para provimento de lugares de categorias da carreira de inspecção abertos até à entrada em vigor do presente diploma. Artigo 38.º Quadro único do Ministério da Educação 1 São extintos, no quadro único de pessoal dos serviços centrais e regionais do Ministério da Educação, os lugares dos funcionários que, nos termos dos artigos 32.º e 34.º, transitarem para o quadro de pessoal da IGE. 2 São igualmente extintos, no quadro único de pessoal dos serviços centrais e regionais do Ministério da Educação, todos os lugares correspondentes à dotação da carreira de inspecção Aditado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. Aditado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. Aditado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. Aditado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: Quando, por força das regras de transição estabelecidas nos artigos 32.º a 35.º, os lugares providos em qualquer categoria excedam a respectiva dotação, consideram-se preenchidos por conta das vagas existentes nas categorias superiores. Aditado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: 2 - São igualmente extintos, no quadro único de pessoal dos serviços centrais e regionais do Ministério da Educação, todos os lugares correspondentes à dotação da carreira de inspecção, sem prejuízo do disposto no número seguinte. 231

233 Artigo 39.º Revisão 247 O capítulo III do Decreto Lei n.º 271/95, de 23 de Outubro, alterado pela presente lei, será revisto no prazo máximo de dois anos. 248 Artigo 40.º Aplicação às Regiões Autónomas A aplicação do presente diploma nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira é feita sem prejuízo das competências dos órgãos próprios daquelas Regiões atribuídas pelos Decretos Leis n. os 338/79, de 25 de Agosto, e 364/79, de 4 de Setembro. Artigo 41.º Norma revogatória 1 É revogado o Decreto Lei n.º 140/93, de 26 de Abril. 2 Sem prejuízo do disposto no artigo 38.º, são revogadas todas as disposições do Decreto Lei n.º 540/79, de 31 de Dezembro, que tenham sido mantidas por legislação posterior. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 27 de Julho de Manuel Dias Loureiro Eduardo de Almeida Catroga Maria Manuela Dias Ferreira Leite. Promulgado em 28 de Setembro de Publique se. O Presidente da República, MÁRIO SOARES. Referendado em 3 de Outubro de O Primeiro Ministro, Aníbal António Cavaco Silva Suprimido pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: 3 - Os lugares daquele quadro único actualmente providos por inspectores com opção de vencimento pela carreira docente que não requeiram a transição para a carreira de inspecção superior ficarão afectos ao quadro de pessoal da IGE referido no artigo 21.º e serão extintos à medida que vagarem. Suprimido pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: 4 - Os inspectores providos nos lugares a que se refere o número anterior mantêm os direitos conferidos pela carreira em que estão providos, estabelecidos nos artigos 39.º a 41.º, n.º 1, do Decreto Lei n.º 540/79, de 31 de Dezembro. Suprimido pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: 5 - Enquanto se mantiverem providos lugares do quadro referido no n.º 3, fica congelado o provimento de igual número de lugares da dotação prevista no mapa I para as categorias de inspector superior principal e de inspector superior. Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: Artigo 39.º Norma transitória Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: Enquanto não for regulamentado o suplemento de risco a que alude o artigo 28.º, manter-se-á o abono, ao pessoal nele referido, da gratificação de inspecção prevista no Decreto-Lei n.º 343/84, de 26 de Outubro, nos montantes praticados à data da publicação do presente diploma, excepto se, por força de promoção, progressão ou transição, for devido montante superior nos termos das disposições conjugadas daquele decreto-lei e do artigo 37.º do Decreto-Lei n.º 353-A/89, de 16 de Outubro. 232

234 MAPA I 249 Anexo a que se refere o n.º 2 do artigo 21.º MAPA II Anexo a que se refere o n.º 1 do artigo 28.º MAPA III Anexo a que se refere o n.º 5 do artigo 33.º Decreto Lei n.º 2/96, de 4 de Janeiro (Altera a Lei Orgânica) O Decreto Lei n.º 271/95, de 23 de Outubro, procedeu à reestruturação da Inspecção Geral da Educação no sentido de a dotar de uma definição mais completa das suas competências, de uma estrutura organizativa adequada e de um estatuto de pessoal de acordo com o exercício da actividade inspectiva, revogando o Decreto Lei n.º 140/93, de 26 de Abril. Porém, a matéria constante do citado diploma legal carece de uma mais aprofundada reflexão com vista a avaliar o seu impacte no sistema educativo, ao encontro aliás das preocupações manifestadas pelas organizações representativas dos trabalhadores, para o que se 249 Vide, alteração introduzida pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. 233

235 suspende a sua vigência, repristinando ao mesmo tempo o anterior Decreto Lei n.º 140/93, de 26 de Abril. Assim: Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 201.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: Artigo 1.º Suspensão É suspensa a vigência do Decreto Lei n.º 271/95, de 23 de Outubro, com excepção dos artigos 26.º, 28.º, n.º 1, 33.º, n. os 1, 2 e 3, 36.º, 37.º e 40.º Artigo 2.º Reposição em vigor 1 São repostos em vigor o Decreto Lei n.º 140/93, de 26 de Abril, e a Portaria n.º 572/93, de 2 de Junho. 2 Mantêm se em vigor as disposições do Decreto Lei n.º 540/79, de 31 de Dezembro, vigentes à data da entrada em vigor do Decreto Lei n.º 271/95, de 23 de Outubro, que não sejam prejudicadas pela aplicação dos artigos expressamente mantidos em vigor no artigo anterior. Artigo 3.º Produção de efeitos O presente diploma produz efeitos à data da entrada em vigor do diploma referido no artigo 1.º Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 30 de Novembro de António Manuel de Oliveira Guterres António Luciano Pacheco de Sousa Franco Eduardo Carrega Marçal Grilo. Promulgado em 6 de Dezembro de Publique se. O Presidente da República, MÁRIO SOARES. Referendado em 7 de Dezembro de O Primeiro Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres. Lei n.º 18/96, de 20 de Junho (Altera a Lei Orgânica) Alteração, por ratificação, do Decreto Lei n.º 271/95, de 23 de Outubro (aprova a Lei Orgânica da Inspecção Geral da Educação). A Assembleia da República decreta, nos termos dos artigos 164.º, alínea d), 165.º, alínea c), 169.º, n.º 3, e 172.º da Constituição, o seguinte: 234

236 Artigo único 250 Aprovada em 18 de Abril de O Presidente da Assembleia da República, António de Almeida Santos. Promulgada em 29 de Maio de Publique se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO. Referendada em 3 de Junho de O Primeiro Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres. MAPA I Anexo a que se refere o n.º 1 do artigo 21.º Decreto Lei n.º 233/97, de 3 de Setembro (Altera a Lei Orgânica) A Lei Orgânica da Inspecção Geral da Educação, aprovada pelo Decreto Lei n.º 271/95, de 23 de Outubro, ratificado, com alterações, pela Lei n.º 18/96, de 20 de Junho, vem revelando, decorrente da sua aplicação, a necessidade de aperfeiçoamento, com vista a facilitar e possibilitar a interpretação uniforme de algumas das suas normas, nomeadamente das regras aplicáveis na transição entre carreiras, pelo que se clarificam algumas das suas disposições. Assim: Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 201.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: Artigo 1.º 251 Artigo 2.º Produção de efeitos O presente diploma produz efeitos à data da entrada em vigor da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho As alterações foram introduzidas nos locais apropriados. As alterações foram introduzidas nos locais apropriados. 235

237 Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 10 de Julho de António Manuel de Carvalho Ferreira Vitorino António Luciano Pacheco de Sousa Franco Eduardo Carrega Marçal Grilo Jorge Paulo Sacadura Almeida Coelho. Promulgado em 16 de Agosto de Publique se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO. Referendado em 21 de Agosto de O Primeiro Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres. Decreto Lei n.º 70/99, de 12 de Março (Altera a Lei Orgânica) A criação de escolas portuguesas no estrangeiro, nomeadamente em Macau e nos países africanos lusófonos, obriga a que, tal como já estava consagrado relativamente às escolas europeias, se defina o organismo do Ministério da Educação que deve coordenar a intervenção de Portugal, nos domínios pedagógico e administrativo, dessas escolas. A valiosa experiência já havida em relação ao papel desempenhado pela Inspecção Geral da Educação nas escolas europeias e o facto de estas escolas envolverem vários níveis e sectores da educação aconselham a que se atribua à Inspecção Geral da Educação a representação do Ministério da Educação nas estruturas de gestão e inspecção das escolas portuguesas no estrangeiro. A evolução que estão a ter as inspecções da educação nos países europeus, num momento em que a autonomia das escolas e a transferência de competências para as autarquias se desenvolvem e consolidam, conduz a uma revisão do papel da Inspecção Geral da Educação, que passa, necessariamente, por uma definição mais precisa e exigente do seu âmbito de intervenção, aliada a uma abertura ao exterior, no sentido de manter a ligação com o debate e a evolução da acção e do pensamento educativo e de transferir para a Inspecção Geral da Educação as mais valias que eles naturalmente comportam. A constituição do conselho de inspecção e a caracterização das acções inspectivas consagradas no Decreto Lei n.º 271/95, de 23 de Outubro, continham esse princípio de abertura ao exterior, que veio a ser anulado pela nova formulação dada aos artigos 7.º e 20.º pela Lei n.º 18/96, de 10 de Junho, o que se julga ter constituído uma significativa perda qualitativa, que convinha recuperar. A Lei n.º 13/97, de 23 de Maio, consagrou o concurso como único procedimento de recrutamento e selecção do pessoal para os cargos de chefe de divisão e director de serviços, assegurando com isto uma maior transparência na nomeação das chefias e uma maior liberdade de candidatura e igualdade. Parece, assim, ter deixado de se justificar a alteração que fora introduzida no Decreto Lei n.º 271/95, de 23 de Outubro, pela Lei n.º 18/96, de 10 de Junho, ao restringir a área de recrutamento dos responsáveis das estruturas orgânicas da Inspecção Geral da Educação equiparadas a direcções de serviço ou divisões a pessoal da carreira técnica superior da inspecção de educação, fechando a Inspecção Geral da Educação sobre si própria e coarctando a possibilidade de se candidatarem a esses lugares, de acordo com a especificidade da intervenção de cada um deles, outros técnicos, nomeadamente inspectores de outros sectores da Administração. Assim: 236

238 Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: Artigo 1.º Alteração 252 Artigo 2.º Norma revogatória É revogado o Despacho Normativo n.º 73/97, de 9 de Dezembro. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 8 de Janeiro de António Manuel de Oliveira Guterres Jaime José Matos da Gama Jorge Paulo Sacadura Almeida Coelho Eduardo Carrega Marçal Grilo. Promulgado em 18 de Fevereiro de Publique se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO. Referendado em 4 de Março de O Primeiro Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres. 252 As alterações foram introduzidas nos locais apropriados. 237

239

240 INSPECÇÃO GERAL DA SAÚDE Decreto Lei n.º 291/93, de 24 de Agosto (Lei Orgânica) A nova estrutura orgânica do Ministério da Saúde, estabelecida pelo Decreto Lei n.º 10/93, de 15 de Janeiro, e a aprovação, pelo Decreto Lei n.º 11/93, da mesma data, do Estatuto do Serviço Nacional de Saúde impõem adaptações na orgânica da Inspecção Geral dos Serviços de Saúde que, por força daquele primeiro diploma, passa a designar se Inspecção Geral da Saúde. As atribuições da Inspecção Geral da Saúde correspondem, genericamente, aos objectivos que o artigo 1.º do Decreto Lei n.º 312/87, de 18 de Agosto, fixava para a Inspecção Geral dos Serviços de Saúde. Porém, a sua área de intervenção é alargada, no âmbito de acção inspectiva, ao sistema de saúde. Com o presente diploma valoriza se e dignifica se a acção de um serviço com um campo de acção que abrange a totalidade das instituições e serviços do Serviço Nacional de Saúde, além dos privados que, por convenção ou contrato, integram o sistema de saúde. Assim: Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 201.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: CAPÍTULO I NATUREZA E ATRIBUIÇÕES Artigo 1.º Natureza A Inspecção Geral da Saúde, adiante designada por IGS, é um serviço central do Ministério da Saúde, dotado de autonomia técnica e administrativa. Artigo 2.º Atribuições A IGS tem como atribuições assegurar o cumprimento das leis e regulamentos no sistema de saúde, tendo em vista o bom funcionamento e a qualidade dos serviços, a defesa dos legítimos interesses e bem estar dos utentes, a salvaguarda do interesse público e a reintegração da legalidade violada. Artigo 3.º Competências 1 No âmbito da acção inspectiva e de auditoria de gestão em relação às instituições, serviços e profissionais integrados no sistema de saúde compete à IGS: a) inspeccionar a actividade e funcionamento, designadamente a respectiva gestão e situação económico financeira; b) realizar auditorias de gestão; c) verificar o cumprimento das disposições legais e das orientações aplicáveis; 239

241 d) recolher informações sobre o funcionamento das instituições e serviços, transmitindo as anomalias e deficiências neles detectadas aos órgãos competentes e propor as medidas necessárias para a sua correcção; e) colaborar com os serviços centrais e serviços personalizados de âmbito central do Ministério no estudo de assuntos relacionados com os aspectos económicos, financeiros e administrativos; f) efectuar, em colaboração com a Direcção Geral da Saúde, a fiscalização do exercício da actividade das unidades privadas de saúde; g) realizar quaisquer inspecções que lhe forem determinadas pelo Ministro da Saúde. 2 No âmbito da acção e auditoria disciplinares em relação às instituições e serviços do Serviço Nacional de Saúde, compete à IGS: a) propor regras técnicas e emitir orientações para correcta aplicação da legislação disciplinar; b) instruir processos de averiguações, de inquérito e disciplinares; c) realizar auditorias disciplinares; d) instruir processos de sindicância; e) dar apoio às instituições e serviços, colaborando com os seus dirigentes no exercício do poder disciplinar. 3 Compete à IGS a instrução dos processos de contra ordenação previstos no Decreto Lei n.º 445/88, de 5 de Dezembro. 4 Compete, ainda, à IGS, sob pena de nulidade das respectivas decisões, a instrução de processos disciplinares em que os arguidos sejam ou tenham sido há menos de cinco anos funcionários dos quadros de pessoal dirigente ou membros de órgãos colegiais de gestão de instituições ou serviços dependentes ou sob a superintendência do Ministro da Saúde e, bem assim, aqueles a cujas infracções correspondam penas expulsivas. 5 Em casos devidamente fundamentados, pode a instrução dos processos, incluindo os referidos no número anterior, ser confiada a pessoal com formação jurídica de outro serviço ou instituição de saúde. CAPÍTULO II ÓRGÃOS E SERVIÇOS Artigo 4.º Órgão A IGS é dirigida por um inspector geral, coadjuvado por dois subinspectores gerais, equiparados, para todos os efeitos, a director geral e subdirector geral, respectivamente. Artigo 5.º Competência do inspector geral Compete ao inspector geral: a) superintender em todos os serviços e actividades da IGS; b) elaborar os planos de actividades, designadamente o plano das inspecções ordinárias e o das inspecções temáticas; c) elaborar o relatório anual de actividades; d) designar os subinspectores gerais para dirigirem os Serviços de Inspecção e de Auditoria de Gestão e de Acção e Auditoria Disciplinares; 240

242 e) determinar a realização e decidir os processos de inspecções ordinárias, extraordinárias, temáticas e outras não tipificadas; f) determinar a realização de auditorias; g) propor a realização de sindicâncias; h) instaurar e decidir processos de averiguações, de inquérito e disciplinares; i) avocar os processos de natureza disciplinar em curso em quaisquer instituições ou serviços dependentes ou sob a superintendência do Ministro da Saúde; j) aplicar as penas disciplinares referidas nas alíneas a) a d) do n.º 1 do artigo 11.º do Estatuto Disciplinar, aprovado pelo Decreto Lei n.º 24/84, de 16 de Janeiro, nos processos instruídos ou avocados pela IGS; l) determinar a suspensão preventiva de funcionários arguidos em processos disciplinares, submetendo a a ratificação ministerial; m) nomear instrutores de processos disciplinares de entre pessoal de instituições ou serviços de saúde, nos termos do n.º 5 do artigo 3.º; n) determinar a instauração de processos de contra ordenação, cuja instrução seja da competência da IGS, e aplicar as respectivas sanções; o) fixar a residência do pessoal da carreira de inspecção superior nas capitais de distrito quando tal se justifique; p) submeter a despacho ministerial os processos disciplinares referidos no n.º 4 do artigo 3.º e os de sindicância. Artigo 6.º Competência dos subinspectores gerais Os subinspectores gerais exercem as competências que lhes forem delegadas ou subdelegadas pelo inspector geral e dirigem os Serviços de Inspecção e de Auditoria de Gestão e de Acção e Auditoria Disciplinares para que forem designados. Artigo 7.º Serviços São serviços da IGS: a) o Serviço de Inspecção e de Auditoria de Gestão; b) o Serviço de Acção e de Auditoria Disciplinares; c) o Gabinete de Apoio Técnico; d) a Repartição Administrativa. Artigo 8.º Serviço de Inspecção e de Auditoria de Gestão Ao Serviço de Inspecção e de Auditoria de Gestão compete: a) efectuar inspecções ordinárias e extraordinárias, globais e sectoriais; b) realizar inspecções temáticas; c) realizar acções não tipificadas para recolha local de informações sobre o funcionamento das instituições e serviços; d) realizar auditorias de gestão. 241

243 Artigo 9.º Serviço de Acção e Auditoria Disciplinares Ao Serviço de Acção e Auditoria Disciplinares compete: a) instruir processos de averiguações, de inquérito e disciplinares; b) realizar sindicâncias; c) realizar auditorias disciplinares; d) emitir orientações sobre matéria processual disciplinar e) prestar o apoio em matéria disciplinar que seja solicitado à IGS pelas instituições e serviços dependentes ou sob a superintendência do Ministro da Saúde. Artigo 10.º Gabinete de Apoio Técnico Ao Gabinete de Apoio Técnico compete: a) reunir e organizar os instrumentos de apoio técnico especializado, designadamente nos campos jurídico, económico e financeiro; b) efectuar o registo e tratamento das espécies bibliográficas entradas; c) seleccionar, classificar e arquivar notícias com interesse para os serviços, procedendo à análise do seu conteúdo; d) proceder à difusão interna dos instrumentos de apoio técnico de interesse para os serviços. Artigo 11.º Repartição Administrativa 1 À Repartição Administrativa compete assegurar o expediente geral, processual e de gestão interna dos recursos humanos, financeiros e materiais. 2 A Repartição Administrativa compreende: a) a Secção de Pessoal, Expediente e Arquivo; b) a Secção de Contabilidade e Património; c) a Secção de Processos. CAPÍTULO III FUNCIONAMENTO Artigo 12.º Acção dos inspectores As acções da IGS são executadas por inspectores que actuam sob orientação directa do inspector geral ou dos subinspectores gerais. Artigo 13.º Equipas de inspectores Para o exercício das competências cometidas ao Serviço de Inspecção e de Auditoria de Gestão e ao Serviço de Acção e Auditoria Disciplinares podem ser constituídas equipas de inspectores, que podem agregar, para apoio, unidades de pessoal da carreira administrativa. 242

244 Artigo 14.º Inspecções ordinárias e temáticas 1 As inspecções ordinárias têm por objectivo fiscalizar os aspectos essenciais relativos à legalidade, regularidade e qualidade do funcionamento das instituições e serviços do sistema de saúde. 2 As inspecções temáticas têm por objectivo fiscalizar pormenorizadamente aspectos específicos das actividades e funcionamento das instituições e serviços do sistema de saúde. Artigo 15.º Auditorias de gestão e disciplinares 1 As auditorias de gestão têm como objectivo avaliar a actividade das instituições e serviços em termos de economia, eficiência e eficácia, designadamente através do controlo financeiro e orçamental e do acompanhamento da execução de projectos ou acções. 2 As auditorias disciplinares têm por objectivo fiscalizar o exercício do poder disciplinar pelos dirigentes das instituições e serviços. Artigo 16.º Requisição de testemunhas ou declarantes 1 A comparência para prestação de declarações em depoimentos em processos de inquérito, disciplinares ou em sindicâncias de funcionários ou agentes do Estado ou das autarquias locais, bem como de trabalhadores do sector público empresarial, deverá ser requisitada à entidade em que prestam serviço. 2 A notificação para comparência de quaisquer outras pessoas pode ser requisitada às autoridades policiais. 3 As declarações e depoimentos a que se referem os números anteriores são colhidos no município da residência dos respectivos autores ou, quando conhecida, na localidade de trabalho ou actividade profissional do declarante ou depoente. Artigo 17.º Designação de peritos Para intervirem como peritos em processos instruídos pela IGS podem ser nomeados médicos ou outros profissionais dos serviços centrais e serviços personalizados de âmbito central do Ministério da Saúde indicados pelos respectivos dirigentes ou de instituições e serviços de saúde indicados pelo conselho de administração da respectiva administração regional de saúde. Artigo 18.º Interrupção de férias Em casos devidamente justificados, e quando assim o exigirem as diligências que estejam a ser executadas, podem os inspectores determinar a interrupção, pelo menor período de tempo possível, do gozo de licença para férias de qualquer funcionário dos serviços em que esteja a decorrer a intervenção da IGS e cuja presença imediata se revele imprescindível. 243

245 Artigo 19.º Oposição ao exercício de acção inspectiva 1 Aqueles que, por qualquer forma, dificultem ou se oponham ao livre exercício da acção inspectiva da IGS incorrem no crime de desobediência qualificada, nos termos da lei penal, além da responsabilidade disciplinar a que haja lugar. 2 As testemunhas, declarantes e peritos que, em processos de inquérito ou disciplinares, prestem falsas declarações ou, sem justificação, se recusem a depor, a prestar declarações ou a apresentar relatórios ou informações, incorrem no crime correspondente previsto e punido na lei penal. Artigo 20.º Acompanhamento do resultado das acções da IGS 1 A IGS controla a execução pelas instituições e serviços competentes das medidas propostas nos seus processos, relatórios ou outros documentos, para correcção ou reparação das irregularidades, deficiências ou outras anomalias, designadamente do cumprimento das penas aplicadas em processos disciplinares. 2 Para efeitos do disposto no número anterior, as instituições e serviços devem dar conhecimento à IGS das providências e decisões finais adoptadas. CAPÍTULO IV PESSOAL SECÇÃO I QUADRO E CARREIRAS Artigo 21.º Quadro de pessoal O quadro do pessoal da IGS é aprovado por portaria conjunta dos Ministros das Finanças e da Saúde. Artigo 22.º Carreira de inspecção superior 1 O pessoal de inspecção integra uma carreira de inspecção superior de regime especial. 2 A carreira de inspecção superior desenvolve se pelas categorias de inspector superior principal, inspector superior, inspector principal e inspector. Artigo 23.º Ingresso na carreira de inspecção superior O recrutamento para ingresso na carreira de inspecção superior é feito, mediante concurso de avaliação curricular, complementado com entrevista, na categoria de inspector, de entre indivíduos com licenciatura adequada ao exercício das funções a desempenhar na IGS, aprovados em estágio, com duração de um ano, que integra um curso de formação específica. 244

246 Artigo 24.º Acesso na carreira de inspecção superior O acesso na carreira de inspecção superior efectua se mediante concurso e rege se pelas seguintes regras: a) para o lugar de inspector superior principal, de entre inspectores superiores com, pelo menos, três anos de serviço na respectiva categoria classificados de Muito bom ou cinco anos classificados de Bom; b) para o lugar de inspector superior, de entre inspectores principais com, pelo menos, três anos de serviço na respectiva categoria classificados de Muito bom, ou cinco anos classificados de Bom, habilitados com a frequência de acções de aperfeiçoamento e de reciclagem profissionais; c) para o lugar de inspector principal, de entre inspectores com, pelo menos, três anos de serviço na respectiva categoria classificados de Muito bom ou cinco anos classificados no mínimo de Bom. Artigo 25.º Estágio 1 A frequência dos estágios, que integram um curso de formação específica, é feita em regime de contrato administrativo de provimento no caso de indivíduos não vinculados à função pública, e em regime de comissão de serviço extraordinária, se o estagiário já estiver nomeado definitivamente noutra carreira. 2 Os estagiários são nomeados na categoria de ingresso do grupo a que se destinam, em função do número de vagas abertas a concurso. 3 Os estagiários são remunerados de acordo com o mapa anexo ao presente diploma, que dele faz parte integrante, sem prejuízo do direito de opção pela remuneração do lugar de origem no caso do pessoal já vinculado à função pública. 4 A desistência e a não admissão dos estagiários aprovados que excedam o número de vagas fixado implica a imediata cessação da comissão de serviço extraordinária ou a rescisão do contrato administrativo de provimento sem que tal confira direito a qualquer indemnização. 5 O regulamento do estágio é aprovado por portaria conjunta dos Ministros das Finanças e da Saúde. Artigo 26.º Conteúdo funcional Ao pessoal da carreira de inspecção superior compete a execução de acções inspectivas e trabalhos de auditoria, a realização de averiguações, inquéritos, sindicâncias e instrução de processos disciplinares, a elaboração de pareceres, informações e estudos na área da respectiva especialidade. Artigo 27.º Formação 1 A IGS promove a organização das acções de aperfeiçoamento e reciclagem profissionais e dos cursos de formação profissional destinados à preparação, especialização e aperfeiçoamento dos funcionários do seu quadro, em colaboração com o Departamento de Recursos Humanos da Saúde. 245

247 2 Os planos das acções de aperfeiçoamento e reciclagem a que se refere o número anterior constam do regulamento a aprovar por despacho conjunto dos Ministros das Finanças e da Saúde. 3 As acções de aperfeiçoamento e reciclagem e os cursos de formação profissional são assegurados por indivíduos de comprovada competência, os quais têm direito a uma remuneração a fixar por despacho conjunto dos Ministros das Finanças e da Saúde, sob proposta do inspector geral. SECÇÃO II PODERES, DIREITOS E DEVERES, REGIME DE TRABALHO E INCOMPATI- BILIDADES Artigo 28.º Poderes O pessoal dirigente e da carreira de inspecção superior é detentor dos seguintes poderes de autoridade: a) livre acesso a todos os serviços e estabelecimentos em que tenha de exercer as suas funções, sem necessidade de aviso prévio; b) utilização, nos locais de trabalho, por cedência dos respectivos dirigentes, de instalações adequadas ao exercício das respectivas funções em condições de dignidade e eficácia; c) obtenção, para auxílio nas acções a desenvolver nas instituições e serviços, da cedência de material e equipamento, bem como a colaboração do respectivo pessoal; d) requisição, para consulta ou junção aos autos, de processos ou documentos, designadamente os existentes nos arquivos clínicos das instituições e serviços; e) proceder à selagem de instalações, dependências, cofres ou móveis e apreender documentos ou objectos de prova lavrando o competente auto de diligências; f) corresponder se, quando em serviço fora da sede, com entidades públicas ou privadas para obtenção de elementos de interesse para o exercício das suas funções; g) requisição às autoridades policiais e administrativas da colaboração que se mostre necessária à execução das suas funções; h) participação ao Ministério Público, para efeitos do disposto na lei penal, da recusa de informações ou elementos solicitados, bem como da falta injustificada de colaboração. Artigo 29.º Verificação de infracções O pessoal dirigente e o pessoal da carreira de inspecção superior têm competência para levantar autos de notícia por infracções disciplinares pessoalmente verificadas no exercício das suas funções, nos termos e para os efeitos consignados no Estatuto Disciplinar, aprovado pelo Decreto Lei n.º 24/84, de 16 de Janeiro. 246

248 Artigo 30.º Cartão de identificação e livre trânsito O pessoal dirigente e o pessoal da carreira de inspecção superior tem direito ao uso de cartão de identificação e livre trânsito, de modelo aprovado por despacho do Ministro da Saúde. Artigo 31.º Uso e porte de arma de defesa O pessoal dirigente e o pessoal da carreira de inspecção superior é dispensado, no exercício das suas funções, da licença de uso e porte de arma de defesa. Artigo 32.º Suplementos O pessoal dirigente de inspecção e o pessoal técnico superior do quadro da IGS mantém o direito ao suplemento criado pelo Decreto Lei n.º 82/85, de 28 de Março, de acordo com o disposto nos n. os 1 e 2 do artigo 37.º do Decreto Lei n.º 353 A/89, de 16 de Outubro. Artigo 33.º Abonos de transporte e ajudas de custo O pessoal da IGS, sempre que se deslocar por motivo de serviço da sua residência oficial, tem direito à utilização de transporte de 1.ª classe, podendo fazer uso de automóvel próprio, nos termos da lei geral aplicável. Artigo 34.º Domicílio legal 1 O pessoal da carreira de inspecção superior tem domicílio legal em Lisboa. 2 Em casos devidamente justificados pode ser lhe fixada residência nas sedes dos distritos. 3 O uso da faculdade conferida no número anterior depende da concordância dos funcionários abrangidos. Artigo 35.º Sigilo profissional Além dos deveres gerais inerentes ao exercício de funções públicas, os funcionários da IGS e todos aqueles que com eles colaborarem ou forem chamados a colaborar ficam sujeitos ao dever de guardar sigilo profissional, nos termos legais. Artigo 36.º Regime de duração do trabalho 1 O regime de duração do trabalho do pessoal da carreira de inspecção superior e de outros funcionários que colaborem com aquele em acções inspectivas é o estabelecido para a função pública, podendo, no entanto, as respectivas funções ser exercidas a qualquer hora, consoante as necessidades do serviço. 247

249 2 Os funcionários referidos no número anterior que tenham de prestar serviço nos dias de descanso semanal ou feriados têm direito a igual período de descanso num dos oito dias seguintes. CAPÍTULO V DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS Artigo 37.º Transição do pessoal 1 A transição do pessoal para o novo quadro da IGS faz se nos termos da lei geral, com excepção dos números seguintes. 2 Os inspectores de 1.ª e de 2.ª classes são integrados na categoria de inspector da carreira de inspector superior, sem prejuízo do disposto no número seguinte. 3 Aos inspectores de 2.ª classe que transitarem, nos termos do número anterior, para a categoria de inspector da carreira de inspecção superior, a contagem de tempo nesta última categoria só se inicia a partir da data em que se efectiva a integração. Artigo 38.º Concursos 1 Os concursos para ingresso ou acesso no quadro da IGS já realizados ou em curso na data da entrada em vigor do presente diploma são válidos para os lugares do novo quadro, dentro dos respectivos prazos de validade. 2 Os estágios para ingresso na carreira de inspecção concluídos com aproveitamento, e resultantes de concurso aberto nos termos do número anterior, são válidos para o ingresso na carreira de inspecção criada nos termos do artigo 26.º Artigo 39.º Sucessão 1 As referências feitas em quaisquer diplomas à Inspecção Geral dos Serviços de Saúde consideram se feitas à Inspecção Geral da Saúde. 2 A Inspecção Geral da Saúde sucede na universalidade dos direitos e obrigações de que era titular a Inspecção Geral dos Serviços de Saúde, sem necessidade de quaisquer formalidades, constituindo o presente diploma título bastante para todos os efeitos legais. Artigo 40.º Norma revogatória É revogado o Decreto Lei n.º 312/87, de 18 de Agosto, mantendo se em vigor o quadro anexo até à entrada em vigor da portaria prevista no artigo 21.º Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 8 de Julho de Aníbal António Cavaco Silva Jorge Braga de Macedo Arlindo Gomes de Carvalho. Promulgado em 3 de Agosto de Publique se. O Presidente da República, MÁRIO SOARES. Referendado em 3 de Agosto de Pelo Primeiro Ministro, Joaquim Fernando Nogueira, Ministro da Presidência. 248

250 ANEXO Decreto Regulamentar n.º 28/2002, de 8 de Abril (Carreiras e escalas salariais) A carreira de inspecção superior da Inspecção-Geral da Saúde (IGS) encontra-se legalmente caracterizada como carreira de regime especial, nos termos da respectiva Lei Orgânica, aprovada pelo Decreto-Lei n.º 291/93, de 24 de Agosto. Face à publicação do Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril, torna-se necessário, nos termos do n.º 1 do seu artigo 14.º, promover a sua regulamentação e aplicação ao pessoal de inspecção superior da IGS mediante decreto regulamentar. Foram observados os procedimentos decorrentes da Lei n.º 23/98, de 26 de Maio. Assim: Ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 14.º do Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril, e nos termos da alínea c) do artigo 199.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: Artigo 1.º Objecto O presente diploma procede à regulamentação e aplicação do Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril, ao pessoal da carreira de inspecção superior da Inspecção-Geral da Saúde (IGS). Artigo 2.º Carreira de inspector superior O pessoal da actual carreira de inspecção superior da IGS integra-se na carreira de inspector superior, a que se referem o artigo 4.º e o mapa I anexo do Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril. Artigo 3.º Conteúdo funcional Ao pessoal da carreira de inspector superior da IGS compete a execução de acções inspectivas e trabalhos de auditoria, a realização de averiguações, inquéritos, sindicâncias e 249

251 instrução de processos disciplinares e a elaboração de pareceres, informações e estudos na área da respectiva especialidade. Artigo 4.º Ingresso e acesso na carreira 1 O ingresso na carreira de inspector superior faz-se para a categoria de inspector, de entre indivíduos habilitados com licenciatura adequada ao exercício de funções no âmbito das competências da IGS, aprovados em estágio, com a classificação não inferior a Bom (14 valores). 2 O regulamento de estágio de ingresso na carreira é aprovado por despacho conjunto dos Ministros da Saúde e da Reforma do Estado e da Administração Pública. 3 Enquanto não for aprovado o regulamento de estágio a que se refere o número anterior, mantém-se em vigor o actual regulamento aprovado pela portaria n.º 288/95 (2.ª série), de 25 de Agosto, dos Ministérios das Finanças e da Saúde. 4 O tempo de serviço legalmente considerado como estágio para ingresso na carreira de inspector superior conta para efeitos de progressão e promoção na categoria de ingresso da carreira desde que o funcionário ou agente nela obtenha nomeação definitiva. 5 O recrutamento para as categorias de acesso da carreira de inspector superior fazse mediante concurso e com obediência às regras estabelecidas no n.º 3 do artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril. Artigo 5.º Transição 1 O pessoal da actual carreira de inspecção superior da IGS transita, conforme a tabela anexa, para a carreira de inspector superior, criada pelo Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril, nos termos dos números seguintes. 2 Os actuais inspectores, inspectores principais, inspectores superiores e inspectores superiores principais transitam, respectivamente, para as categorias de inspector, inspector principal, inspector superior e inspector superior principal da nova carreira, cujas estrutura e escalas salariais constam do mapa I anexo ao referido diploma. 3 A transição para a nova categoria faz-se para escalão igual ao que o funcionário detém na categoria de origem. 4 O tempo de serviço prestado na categoria de origem conta para efeitos de promoção e progressão como se tivesse sido prestado na nova categoria. Artigo 6.º Dotação global O quadro de pessoal da carreira de inspector superior da IGS é de dotação global de lugares e é aprovado por portaria conjunta dos Ministros da Saúde, das Finanças e da Reforma do Estado e da Administração Pública. Artigo 7.º Direito subsidiário Nos casos não expressamente regulados no presente diploma regem, subsidiariamente, na parte aplicável, as disposições constantes no Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril. 250

252 Artigo 8.º Produção de efeitos 1 A transição para a nova carreira bem como o correspondente abono do suplemento de função inspectiva previstos nos artigos 12.º e 13.º do Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril, produzem efeitos reportados a 1 de Julho de Sem prejuízo do estabelecido no número anterior, às situações dos funcionários que tenham mudado de categoria ou de escalão posteriormente a 1 de Julho de 2000 aplicam-se, sucessivamente, as regras de transição previstas nos n. os 3 e 4 do artigo 5.º do presente diploma, a partir da data em que a mudança de categoria ou de escalão tenha ocorrido. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 28 de Fevereiro de António Manuel de Oliveira Guterres Guilherme d'oliveira Martins António Fernando Correia de Campos Alexandre António Cantigas Rosa. Promulgado em 14 de Março de Publique-se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO. Referendado em 21 de Março de O Primeiro-Ministro, em exercício, Jaime José Matos da Gama. Tabela de transição (n.º 1 do artigo 5.º) 251

253

254 INSPECÇÃO GERAL DO AMBIENTE Decreto Lei n.º 549/99, de 14 de Dezembro (Lei Orgânica) O Decreto Lei n.º 230/97, de 30 de Agosto, criou a Inspecção Geral do Ambiente, como serviço central de inspecção do Ministério do Ambiente, e estabeleceu no seu artigo 13.º as bases gerais da competência deste organismo. Através do Decreto Lei n.º 296/97, de 24 de Outubro, foi definido o regime de instalação, prevendo se a existência de uma comissão instaladora, a quem se atribuiu a responsabilidade pela elaboração do projecto de lei orgânica e do respectivo quadro de pessoal. O presente diploma dota a Inspecção Geral do Ambiente de um quadro institucional indispensável para a execução das tarefas que lhe são atribuídas na senda das orientações que se vêm formando no espaço comunitário sobre a implementação do direito ambiental e o papel dos sistemas inspectivos no reforço da execução desse ramo do direito. Foram observados os procedimentos decorrentes da Lei n.º 23/98, de 26 de Maio. Assim, nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: CAPÍTULO I NATUREZA, ATRIBUIÇÕES E COMPETÊNCIAS Artigo 1.º Natureza 1 A Inspecção Geral do Ambiente, seguidamente designada por IGA, é o organismo central de inspecção do Ministério do Ambiente. 2 A IGA é dotada de autonomia técnica e administrativa e funciona na dependência directa do Ministro do Ambiente. Artigo 2.º Sede e competência territorial A IGA tem sede em Lisboa e exerce a sua actividade em todo o território do continente. Artigo 3.º Atribuições São atribuições da IGA garantir o cumprimento das normas jurídicas com incidência ambiental e da legalidade administrativa no âmbito dos serviços dependentes do Ministério do Ambiente. Artigo 4.º Competência 1 Compete à IGA: 253

255 a) fiscalizar o cumprimento de normas legais e regulamentares em matérias de incidência ambiental e inspeccionar estabelecimentos, locais ou actividades a elas sujeitos; b) instaurar, instruir e decidir os processos relativos aos ilícitos de mera ordenação social; c) sem prejuízo das competências de outras entidades, exercer funções próprias de órgão de polícia criminal relativamente aos crimes previstos nos artigos 278.º, 279.º e 280.º do Código Penal; d) emitir, no âmbito das acções previstas na alínea a), recomendações aos responsáveis por tais actividades. 2 Incumbe ainda à IGA: a) realizar inspecções a quaisquer serviços dependentes do Ministério do Ambiente, quando ordenadas pelo Ministro do Ambiente; b) instruir processos de averiguações, de inquérito e disciplinares que forem determinados pelo Ministro do Ambiente; c) emitir parecer sobre os projectos de diplomas com incidência ambiental sempre que para tal for solicitada; d) inspeccionar a execução de projectos financiados pelo Ministério do Ambiente a entidades privadas; e) realizar auditorias no âmbito do sistema de controlo interno da administração financeira do Estado. Artigo 5.º Outras competências 1 Compete ainda à IGA, a solicitação do Ministro do Ambiente: a) realizar estudos que visem a harmonização de práticas administrativas de serviços dependentes do Ministério, nomeadamente em matéria de licenciamento; b) elaborar o diagnóstico de situações de vulnerabilidade ambiental e de medidas de natureza preventiva para fazer face às mesmas; c) elaborar estudos de natureza jurídica que visem a coerência e a racionalidade dos vários diplomas com incidência ambiental. 2 A IGA prestará aos serviços próprios das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira a colaboração que lhe seja solicitada em ordem à realização das atribuições daqueles serviços no que se refere à efectivação da legalidade em matéria ambiental. Artigo 6.º Estatuto processual 1 No âmbito da competência referida na alínea c) do n.º 1 do artigo 4.º, a IGA tem a natureza de órgão de polícia criminal, actuando no processo sob direcção e na dependência funcional da autoridade judiciária competente. 2 O inspector geral, os subinspectores gerais e o pessoal com funções inspectivas são agentes da autoridade pública para todos os efeitos legais. 3 Para os efeitos do disposto no Código de Processo Penal e no âmbito da competência referida no n.º 1 deste artigo, o inspector geral e os subinspectores gerais são considerados autoridade de polícia criminal. 254

256 Artigo 7.º Direito de acesso 1 No exercício das suas funções é facultado ao pessoal com funções inspectivas bem como ao pessoal dirigente da IGA a entrada livre nos estabelecimentos e locais onde se exerçam as actividades referidas no artigo 4.º 2 Os responsáveis pelos espaços referidos no número anterior são obrigados a facultar a entrada e a permanência às entidades referidas no número anterior e a apresentar lhes a documentação, livros, registos e quaisquer outros elementos que lhes forem exigidos, bem como a prestar lhes as informações que forem solicitadas. 3 Em caso de recusa de acesso ou de obstrução à acção inspectiva, o pessoal com funções inspectivas pode solicitar a colaboração das forças policiais para remover tal obstrução e garantir a realização e segurança dos actos inspectivos. 4 O disposto neste artigo é aplicável a outros espaços afectos ao exercício das actividades inspeccionadas, nomeadamente aos veículos automóveis. Artigo 8.º Medidas 1 No âmbito da acção inspectiva, o respectivo pessoal pode recolher informação sobre as actividades inspeccionadas, proceder a exames a quaisquer vestígios de infracções, bem como a colheitas de amostras para exame laboratorial. 2 Sempre que se justifique, o pessoal de inspecção pode examinar a contabilidade e quaisquer documentos que se encontrem nas instalações das empresas ou serviços inspeccionados, podendo proceder à apreensão dos que tenham interesse para a prova de quaisquer factos ilícitos em investigação, ou efectuar cópias autenticadas dos mesmos. 3 No exercício das competências previstas nas alíneas a), b), d) e e) do n.º 2 do artigo 4.º, o pessoal com funções inspectivas pode ainda requisitar, para exame, consulta e junção aos autos, processos e documentos ou as respectivas certidões, bem como quaisquer outros elementos existentes nos livros, registos e arquivos dos serviços onde ocorram os actos inspectivos ou com eles directamente relacionados. Artigo 9.º Medidas preventivas 1 Quando seja detectada uma situação de perigo grave para a saúde, a segurança das pessoas e bens e o ambiente, o inspector geral poderá determinar as providências que em cada caso se justifiquem para prevenir ou eliminar tal situação. 2 As medidas previstas no número anterior podem incluir a suspensão da laboração e o encerramento preventivo da unidade poluidora, no todo ou em parte, ou a apreensão, igualmente no todo ou em parte, do equipamento, mediante selagem. 3 Quando se verifique obstrução à execução das providências previstas neste artigo, poderá igualmente ser solicitada às entidades competentes a notificação dos distribuidores de energia eléctrica para interromperem o fornecimento desta. 255

257 Artigo 10.º Documentação 1 Os actos de natureza inspectiva referidos no artigo 7.º e nos n. os 1 e 2 do artigo 8.º, quando deles não resultem ilícitos de natureza criminal ou de mera ordenação social, serão documentados nos termos a fixar por despacho do inspector geral. 2 O despacho previsto no número anterior fixará os termos em que os documentos em causa podem ser divulgados ao público, sem prejuízo das disposições legais vigentes em matéria de acesso aos documentos administrativos. Artigo 11.º Recomendações 1 As recomendações referidas na alínea d) do n.º 1 do artigo 4.º podem ter por objecto a melhoria da adequação das actividades com incidência ambiental aos parâmetros legais. 2 Nas situações em que sejam constatadas infracções de pequena gravidade, a acção inspectiva pode limitar se a uma advertência, documentada em auto, que integre as recomendações referidas no número anterior. Artigo 12.º Outros meios Os serviços dependentes do Ministério do Ambiente facultarão à IGA o acesso directo aos processos de licenciamento de quaisquer actividades com incidência ambiental que sejam da sua competência. Artigo 13.º Dever de cooperação 1 A IGA e as demais entidades com funções de natureza inspectiva têm o dever de cooperar entre si, de acordo com as respectivas atribuições e competências legais, utilizando para tal os mecanismos que se mostrem mais adequados. 2 A IGA poderá solicitar às câmaras municipais e aos serviços dependentes de outros departamentos governamentais informações sobre os processos de licenciamento de actividades com incidência ambiental. Artigo 14.º Comunicações 1 Os tribunais remeterão à IGA cópia de todas as decisões que ponham termo a processos instaurados com base em autos de notícia por ela lavrados ou proferidas em processos por esta instruídos. 2 O disposto no número anterior é igualmente aplicável às decisões proferidas pelo Ministério Público nos processos de inquérito instaurados com base em autos de notícia lavrados pela IGA ou por esta instruídos. 256

258 CAPÍTULO II ÓRGÃOS E SERVIÇOS E SUAS COMPETÊNCIAS Artigo 15.º Órgãos e serviços 1 A IGA compreende órgãos e serviços. 2 São órgãos da IGA: a) o inspector geral; b) o conselho administrativo; c) o conselho geral. 3 São serviços da IGA: a) o Serviço de Inspecção Ambiental (SIAMB); b) o Serviço de Inspecção Administrativa (SIAD); c) a Direcção de Serviços Administrativos e Financeiros; d) o Gabinete de Estudos e Planeamento; e) o Gabinete de Apoio Técnico. Artigo 16.º Inspector geral 1 A IGA é dirigida por um inspector geral, coadjuvado por dois subinspectores -gerais. 2 O inspector geral é substituído nos seus impedimentos e faltas pelo subinspector -geral que designar para o efeito. 3 O inspector geral e os subinspectores gerais são equiparados para todos os efeitos legais a director geral e a subdirector geral, respectivamente. Artigo 17.º Competência do inspector geral 1 Compete ao inspector geral dirigir e coordenar a actividade da IGA. 2 Sem prejuízo do disposto no estatuto do pessoal dirigente, incumbe em especial ao inspector geral: a) representar a IGA; b) presidir aos órgãos colegiais da IGA; c) velar para que a acção da IGA se exerça em conformidade com a lei; d) determinar a instauração e a instrução de processos relativos a ilícitos de mera ordenação social; e) decidir os processos relativos a ilícitos de mera ordenação social instruídos pela IGA; f) emitir as ordens de serviço e as instruções necessárias ao normal funcionamento dos serviços; g) elaborar o plano de actividades; h) elaborar o relatório anual da IGA; i) exercer as demais funções que lhe sejam atribuídas por lei ou regulamento. 3 O inspector geral pode delegar as competências referidas no número anterior nos subinspectores gerais, com faculdade de subdelegação. 257

259 Artigo 18.º Competência dos subinspectores gerais Compete aos subinspectores gerais coadjuvar o inspector geral no exercício das suas funções e exercer por delegação as competências que lhes sejam atribuídas. Artigo 19.º Conselho administrativo 1 O conselho administrativo é o órgão deliberativo em matéria de gestão financeira e patrimonial. 2 O conselho administrativo é constituído pelo inspector geral, que presidirá, pelo subinspector geral que tenha a seu cargo a área administrativa e financeira e pelo director de serviços Administrativos e Financeiros. Artigo 20.º Competência do conselho administrativo 1 Ao conselho administrativo compete: a) superintender na gestão financeira e patrimonial da IGA; b) promover a elaboração de planos financeiros anuais e plurianuais; c) promover a elaboração do orçamento da IGA e propor as alterações consideradas necessárias; d) zelar pela cobrança das receitas da IGA e promover o seu depósito nos termos legais; e) verificar a legalidade das despesas e autorizar a sua realização e pagamento; f) aprovar os balancetes de execução orçamental; g) aprovar a conta de gerência, elaborar o respectivo relatório e submetê lo, nos termos gerais, à aprovação do Tribunal de Contas; h) aprovar a constituição de fundo de maneio; i) pronunciar se sobre qualquer outro assunto que, no âmbito das suas competências, lhe seja submetido pelo inspector geral. 2 O conselho administrativo pode delegar em qualquer dos seus membros as suas competências em matéria de realização de despesas, fixando lhe os respectivos limites. Artigo 21.º Funcionamento do conselho administrativo 1 O conselho administrativo reúne ordinariamente uma vez por mês e extraordinariamente sempre que o inspector geral o convoque. 2 As reuniões são secretariadas pelo director de serviços Administrativos e Financeiros, que garante o apoio à organização dos processos a submeter ao conselho. 3 O conselho pode ouvir no decurso das suas reuniões qualquer funcionário da IGA, sem direito a voto. 4 O conselho obriga se pela assinatura de dois dos seus membros. 258

260 Artigo 22.º Conselho geral 1 O conselho geral é o órgão de consulta do inspector geral relativamente à definição das linhas gerais de intervenção da IGA. 2 O conselho geral é constituído pelo inspector geral, pelos subinspectores gerais, pelo director geral do Ambiente, pelos presidentes dos Institutos da Água, da Conservação da Natureza, dos Resíduos e de Meteorologia e pelos directores regionais do ambiente. Artigo 23.º Competência do conselho geral Compete ao conselho geral emitir parecer sobre o relatório anual do serviço da IGA e sobre o plano de actividades. Artigo 24.º Funcionamento do conselho geral O conselho geral funciona em sessões plenárias, reunindo ordinariamente uma vez por ano e extraordinariamente sempre que o inspector geral o convoque. Artigo 25.º Serviço de Inspecção Ambiental Ao SIAMB compete: a) inspeccionar os estabelecimentos ou locais, públicos ou privados, em que se exerçam actividades com incidência ambiental; b) instaurar e instruir os processos relativos aos ilícitos de mera ordenação social; c) investigar os crimes previstos nos artigos 278.º, 279.º e 280.º do Código Penal e instruir os respectivos inquéritos, nos termos da alínea c) do n.º 1 do artigo 4.º do presente diploma. Artigo 26.º Unidades de intervenção 1 No âmbito das competências do SIAMB podem ser constituídas, por despacho do inspector geral, unidades de intervenção, em número não superior a cinco. 2 As unidades de intervenção são integradas pelo pessoal com funções inspectivas e em número necessário para a realização dos seus objectivos. 3 As unidades de intervenção podem ser coordenadas por um técnico superior com funções inspectivas, designado pelo inspector geral. 4 A coordenação das unidades de intervenção pode ainda ser efectuada por funcionário da carreira técnica superior de categoria não inferior a assessor, com experiência notória nas matérias a prosseguir por aquelas unidades, em regime de requisição, por períodos de um ano, renováveis, mediante despacho do Ministro do Ambiente, sob proposta do inspector geral. 5 Os funcionários responsáveis pela coordenação das unidades de intervenção e no desempenho dessas funções serão remunerados pelo índice correspondente ao da sua categoria e escalão, majorado de um impulso de 55 pontos, até ao limite do índice

261 Artigo 27.º Serviço de Inspecção Administrativa Ao SIAD compete: a) realizar inspecções a quaisquer serviços dependentes do Ministério do Ambiente; b) instruir processos de averiguações, de inquérito e disciplinares; c) inspeccionar a execução de projectos financiados pelo Ministério do Ambiente a entidades privadas; d) realizar auditorias no âmbito do sistema de controlo interno da administração financeira do Estado. Artigo 28.º Direcção de Serviços Administrativos e Financeiros 1 À Direcção de Serviços Administrativos e Financeiros compete assegurar a gestão dos recursos humanos, financeiros e patrimoniais e de apoio geral aos serviços da IGA. 2 A Direcção de Serviços Administrativos e Financeiros compreende: a) a Divisão de Serviços Administrativos; b) a Divisão de Serviços Financeiros. Artigo 29.º Divisão de Serviços Administrativos 1 À Divisão de Serviços Administrativos compete: a) desempenhar as acções referentes ao domínio da gestão dos recursos humanos; b) promover e assegurar o apoio geral administrativo aos serviços da IGA. 2 A Divisão de Serviços Administrativos compreende: a) a Secção de Pessoal; b) a Secção de Expediente e Arquivo; c) a Secção de Processos; d) o Sector de Sistemas de Informação. 3 À Secção de Pessoal compete: a) a prática de todos os actos preparatórios relativos a recrutamento e selecção de pessoal e provimento, promoção e cessação de funções; b) a organização e manutenção dos processos individuais do pessoal; c) assegurar as operações de registo e controlo de assiduidade do pessoal; d) efectuar as operações relativas aos benefícios sociais do pessoal; e) superintender o pessoal auxiliar; f) a execução de quaisquer outras tarefas cuja atribuição resulte directamente da lei ou lhe sejam superiormente atribuídas. 4 À Secção de Expediente e Arquivo compete: a) assegurar a recepção, registo, classificação, distribuição e expedição de correspondência; b) a organização e manutenção do arquivo; c) assegurar o trabalho de reprografia; d) a execução de quaisquer outras tarefas cuja atribuição resulte directamente da lei ou lhe sejam superiormente atribuídas. 260

262 5 À Secção de Processos compete: a) registar e movimentar os processos de contra ordenação, de inquérito, disciplinares, de averiguações e outros; b) guardar objectos apreendidos, cumprir despachos proferidos nos processos referidos na alínea a), efectuar liquidações e passar certidões relativas a processos pendentes; c) elaborar mapas estatísticos; d) desempenhar quaisquer outras tarefas que lhe sejam superiormente determinadas. 6 Ao Sector de Sistemas de Informação compete: a) realizar estudos necessários à tomada de decisões quanto ao apetrechamento do serviço em material e suportes lógicos; b) estudar e propor alterações aos sistemas instalados, bem como a aquisição de novos sistemas; c) apoiar tecnicamente a gestão dos sistemas informáticos instalados. 7 A Secção de Processos pode ser coordenada por um oficial de justiça, nomeado em comissão de serviço por três anos, renovável, e com direito à manutenção do estatuto remuneratório do lugar de origem. 8 O tempo de serviço prestado nas condições referidas no número anterior conta para todos os efeitos como prestado no serviço de origem. 9 O Sector de Sistemas de Informação é coordenado por um técnico superior designado pelo inspector geral, que e enquanto no desempenho desta função será remunerado pelo índice correspondente ao da sua categoria e escalão, majorado de um impulso de 55 pontos, até ao limite de 900. Artigo 30.º Divisão de Serviços Financeiros 1 À Divisão de Serviços Financeiros compete: a) assegurar as acções no domínio da gestão financeira; b) promover e assegurar a gestão patrimonial. 2 A Divisão de Serviços Financeiros compreende: a) a Secção de Orçamento e Contabilidade; b) a Secção de Património e Aprovisionamento. 3 À Secção de Orçamento e Contabilidade compete: a) elaborar e executar o orçamento e a contabilidade, bem como o expediente a eles respeitantes; b) elaborar a conta de gerência da IGA; c) assegurar os tratamentos dos processos de arrecadação de receitas e de realização de despesas; d) elaborar balancetes mensais de execução orçamental; e) a execução de quaisquer outras tarefas cuja atribuição resulte directamente da lei ou lhe sejam superiormente atribuídas. 4 À Secção de Património e Aprovisionamento compete: a) proceder às aquisições de bens e serviços nos termos da legislação em vigor; b) organizar e manter actualizado o inventário e o cadastro dos bens sob a responsabilidade da IGA; 261

263 c) garantir a manutenção e conservação das instalações e do equipamento, mobiliário e outro material; d) assegurar a gestão do parque automóvel e a utilização de combustíveis; e) assegurar a guarda de valores; f) a execução de quaisquer outras tarefas cuja atribuição resulte directamente da lei ou lhe sejam superiormente atribuídas. Artigo 31.º Gabinete de Estudos e Planeamento 1 Ao Gabinete de Estudos e Planeamento compete a preparação de estudos e de planos que permitam o desenvolvimento coordenado do serviço de inspecção, assegurando uma visão global da sua actividade e a realização dos seus objectivos, bem como a divulgação da sua acção. 2 Ao Gabinete de Estudos e Planeamento compete também: a) elaborar o plano e o relatório de actividades da IGA; b) propor a aquisição de documentação técnica e científica especializada; c) organizar e manter actualizado o ficheiro e arquivo da documentação técnica; d) organizar e manter um serviço de informação e divulgação documental; e) organizar e gerir a biblioteca; f) organizar e manter actualizado um ficheiro relativo aos utentes do ambiente; g) apoiar a intervenção da IGA no âmbito das relações internacionais. 3 O Gabinete de Estudos e Planeamento é dirigido por um director, equiparado para todos os efeitos legais a director de serviços. Artigo 32.º Gabinete de Apoio Técnico 1 Ao Gabinete de Apoio Técnico compete a prestação de assessoria técnica, nomeadamente nas áreas ambiental, jurídica, económica e contabilística. 2 O Gabinete de Apoio Técnico é dirigido por um dos subinspectores gerais. CAPÍTULO III DO PESSOAL SECÇÃO I ASPECTOS GERAIS SUBSECÇÃO I Quadros e carreiras Artigo 33.º Quadro 1 O quadro de pessoal da IGA consta de portaria conjunta a aprovar pelos Ministros da Finanças e do Ambiente e do membro do Governo que tiver a seu cargo a Administração Pública. 2 Sem prejuízo do disposto no número anterior, o mapa de pessoal referido no n.º 4 do artigo 4.º do Decreto Lei n.º 296/97, de 24 de Outubro, é desde já convertido em quadro de pessoal da IGA. 262

264 3 O quadro de pessoal dirigente da IGA é o constante do mapa anexo ao presente diploma, que dele faz parte integrante. Artigo 34.º Recrutamento e provimento 1 O pessoal dirigente é recrutado e provido nos termos da lei geral, sem prejuízo do disposto no artigo 37.º do presente diploma. 2 O recrutamento e o provimento do restante pessoal regulam se pela lei geral. SUBSECÇÃO II Direitos e deveres Artigo 35.º Formação A IGA promoverá a organização das acções de aperfeiçoamento e reciclagem profissionais e de cursos de formação profissional destinados à preparação, especialização e aperfeiçoamento dos funcionários, podendo fazê lo em colaboração com outras entidades. Artigo 36.º Impedimentos e incompatibilidades O pessoal da IGA está sujeito ao regime geral de impedimentos e incompatibilidades vigente na Administração Pública. Artigo 37.º Comissões de serviço 1 O cargo de inspector geral pode ser desempenhado, em comissão de serviço e com direito de opção pelo estatuto remuneratório e de mais regalias do lugar de origem, por magistrado judicial ou do Ministério Público, obtida a competente autorização do respectivo conselho superior. 2 A opção referida no número anterior implica igualmente a manutenção do direito ao regime de assistência e segurança social específico daquele lugar. Artigo 38.º Sigilo profissional Para além da sujeição aos deveres inerentes ao exercício das suas funções, os funcionários da IGA e todos aqueles que com eles colaborem são obrigados a guardar sigilo sobre as matérias de que tiverem conhecimento no exercício das suas funções ou por causa delas. Artigo 39.º Cartão de identificação Os funcionários e agentes com funções de inspecção usarão um documento de identificação próprio, de modelo a aprovar pelo Ministro do Ambiente, que deverão exibir no exercício das suas funções. 263

265 CAPÍTULO IV FUNCIONAMENTO E GESTÃO FINANCEIRA Artigo 40.º Instrumentos de gestão e controlo A actuação da IGA é disciplinada pelos seguintes instrumentos de gestão e controlo: a) plano anual de actividades; b) orçamento anual; c) relatórios de actividades e financeiros. Artigo 41.º Receitas 1 Constituem receitas da IGA: a) as dotações que lhe forem atribuídas no Orçamento do Estado; b) a importância das coimas aplicadas na parte que legalmente lhe estiver consignada; c) o produto da venda de publicações e de informação; d) quaisquer outras receitas que lhe sejam legalmente atribuídas. 2 As receitas enumeradas no número anterior são afectas ao pagamento das despesas da IGA, mediante inscrição de dotações com compensação em receita. CAPÍTULO V DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Artigo 42.º Transição de pessoal 1 Os funcionários do quadro da Direcção Geral do Ambiente e de outros serviços públicos que se encontrem afectos ao serviço da IGA nas situações de destacamento, requisição e comissão de serviço extraordinária podem transitar para os lugares correspondentes do quadro de pessoal da IGA referido no n.º 2 do artigo 33.º 2 O disposto no número anterior é igualmente aplicável aos inspectores do ambiente designados nos termos do artigo 18.º do Decreto Lei n.º 189/93, de 24 de Maio, e que se encontrem a desempenhar funções dirigentes, mantendo se as comissões de serviço em que se encontrem. 3 Os funcionários referidos no n.º 1 que não tenham lugar naquele quadro mantêm se afectos ao serviço da IGA na situação em que se encontrem até à entrada em vigor do quadro de pessoal referido no n.º 1 do artigo 33.º deste diploma, transitando posteriormente para os lugares correspondentes desse quadro. 4 O pessoal referido nos números anteriores deste artigo transitará para os lugares e categorias correspondentes do quadro de pessoal da IGA referido no n.º 1 do artigo 33.º, sem quaisquer outras formalidades. Artigo 43.º Concursos pendentes 1 Os concursos para ingresso e acesso no mapa da IGA já realizados ou em curso na data da entrada em vigor do presente diploma são válidos para os lugares do quadro previsto no n.º 2 do artigo 33.º do presente diploma. 264

266 2 Os estágios concluídos com aproveitamento e resultantes de concursos abertos nos termos do número anterior mantêm a sua validade. Artigo 44.º Disposições finais 1 O disposto na alínea c) do n.º 1 do artigo 4.º e o disposto nos n. os 1 e 3 do artigo 6.º entram em vigor 18 meses após a publicação do quadro de pessoal. 2 Sem prejuízo do disposto no n.º 4 do presente artigo, os funcionários abrangidos pelo n.º 2 do artigo 18.º do Decreto Lei n.º 189/93, de 24 de Maio, mantêm o subsídio naquele previsto. 3 Enquanto não forem nomeados o inspector geral e os subinspectores gerais, a comissão instaladora da IGA continuará a dirigir o serviço, sendo aplicável o disposto nos artigos 16.º, 17.º e 18.º deste diploma. 4 Os bens móveis, sujeitos ou não a registo, que se encontravam afectos ao Gabinete de Inspecção e Auditoria Ambiental da Direcção Geral do Ambiente transitam sem quaisquer outras formalidades para o património da IGA. 5 O presente diploma será revisto após a entrada em vigor do diploma que venha a consagrar o estatuto geral do pessoal das carreiras de inspecção, a fim de ser adequado ao mesmo. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 1 de Outubro de António Manuel de Oliveira Guterres António Luciano Pacheco de Sousa Franco Jorge Paulo Sacadura Almeida Coelho João Cardona Gomes Cravinho José Eduardo Vera Cruz Jardim Elisa Maria da Costa Guimarães Ferreira. Promulgado em 19 de Novembro de Publique se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO. Referendado em 25 de Novembro de O Primeiro Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres. MAPA 265

267 Decreto Regulamentar n.º 12/2001, de 28 de Junho (Carreiras e escalas salariais) Pelo Decreto Lei n.º 549/99, de 14 de Dezembro, foi aprovada a Lei Orgânica da Inspecção Geral do Ambiente, organismo central de inspecção, controlo ambiental e apoio técnico do Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território cuja actuação visa garantir o cumprimento das normas jurídicas com incidência ambiental e assegurar a legalidade administrativa no âmbito dos serviços dependentes deste Ministério. Tendo sido estabelecido o enquadramento e a definição das carreiras de inspecção da Administração Pública, importa agora definir, relativamente à Inspecção Geral do Ambiente, as carreiras a prever, o preenchimento dos conteúdos funcionais e as regras de transição do pessoal. Com o presente diploma põe se, ainda, termo à actual duplicidade de estatutos remuneratórios do pessoal que na Inspecção Geral do Ambiente exerce funções inspectivas e cria se, também, o quadro de referência que permite a este organismo garantir o cumprimento do direito ambiental, objectivo que esteve subjacente à criação da Inspecção Geral do Ambiente. Foram observados os procedimentos decorrentes da Lei n.º 23/98, de 26 de Maio. Assim: Ao abrigo do disposto no artigo 14.º, n.º 1, do Decreto Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril, e nos termos da alínea c) do artigo 199.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Artigo 1.º Objecto O presente diploma define e regulamenta a estrutura das carreiras de inspecção da Inspecção Geral do Ambiente (IGA). CAPÍTULO II CARREIRAS DE INSPECÇÃO Artigo 2.º Carreiras As carreiras de inspecção da IGA são as seguintes: a) Inspector superior; b) Inspector adjunto. CAPÍTULO III CONTEÚDOS FUNCIONAIS Artigo 3.º Inspectores superiores 1 Compete aos inspectores superiores: a) planear e coordenar a execução de acções inspectivas; 266

268 b) executar acções inspectivas; c) garantir a legalidade dos actos inspectivos; d) elaborar autos de notícia e de advertência, relatórios, informações, pareceres e recomendações; e) coordenar a actividade dos inspectores adjuntos que participem na execução de acções inspectivas; f) elaborar o diagnóstico de situações de vulnerabilidade ambiental e propor medidas preventivas para fazer face às mesmas; g) propor providências adequadas para prevenir ou eliminar situações de perigo grave para o ambiente, a saúde e a segurança das pessoas e bens; h) propor medidas que visem a melhoria do funcionamento e a eficácia dos serviços de inspecção; i) garantir a remessa de dados sobre as actividades inspeccionadas para os arquivos respectivos; j) manter actualizadas as suas qualificações profissionais; k) solicitar a colaboração das forças policiais, quando necessária, para garantir a realização e segurança dos actos inspectivos; l) conduzir em serviço os veículos automóveis afectos ao serviço de inspecção; m) executar quaisquer outras tarefas que lhes sejam superiormente determinadas e que se insiram nas atribuições da IGA. 2 Aos inspectores superiores de formação jurídica e económica incumbe: a) realizar, nos termos da alínea a) do n.º 2 do artigo 4.º do Decreto Lei n.º 549/99, de 14 de Dezembro, inspecções a quaisquer serviços dependentes do Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território; b) inspeccionar a execução de projectos financiados pelo Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território a entidades privadas; c) realizar auditorias no âmbito do sistema de controlo interno da administração financeira do Estado; d) planear a investigação e praticar actos instrutórios nos processos de contra ordenação, de averiguação e de inquérito; e) elaborar relatórios finais e projectos de decisão nos processos de contra ordenação; f) elaborar outros despachos nos processos de contra ordenação; g) praticar actos instrutórios, elaborar relatórios e projectos de decisão nos processos referidos nas alíneas a), b), d) e e) do n.º 2 do artigo 4.º do Decreto Lei n.º 549/99, 14 de Dezembro; h) requisitar para exame, consulta e junção aos autos processos e documentos, ou as respectivas certidões, bem como quaisquer outros elementos existentes nos livros, registos e arquivos dos serviços onde ocorram os actos inspectivos ou com eles directamente relacionados; i) elaborar, sempre que solicitado, pareceres sobre projectos de diploma com incidência ambiental; j) desempenhar as tarefas enumeradas nas alíneas b) a l) do número anterior; k) executar quaisquer tarefas de apoio na área da sua formação que lhes sejam determinadas e que se insiram no âmbito das atribuições da IGA. 267

269 Artigo 4.º Inspectores adjuntos Aos inspectores adjuntos compete: a) executar acções inspectivas; b) apoiar os inspectores superiores na prática de actos inspectivos; c) transportar, instalar e operar com o equipamento necessário para proceder à colheita de amostras para exame laboratorial; d) consultar documentação, livros, registos e quaisquer outros elementos, bem como solicitar a prestação de informações sobre as actividades inspeccionadas; e) recolher informação e proceder ao respectivo tratamento; f) proceder à apreensão de quaisquer documentos, que se encontrem nas instalações das empresas ou serviços inspeccionados, que tenham interesse para a prova de quaisquer factos ilícitos em investigação ou efectuar cópias autenticadas dos mesmos; g) elaborar autos de notícia e de advertência, relatórios e informações; h) praticar actos processuais nos processos de contra ordenação e de inquérito; i) solicitar a colaboração das forças policiais quando necessária para garantir a realização e segurança dos actos inspectivos; j) conduzir viaturas em serviço de inspecção; k) executar quaisquer outras tarefas que lhes sejam atribuídas e que se insiram dentro das atribuições da IGA. Artigo 5.º Estágio 1 A frequência dos estágios para ingresso nas carreiras de inspector superior e de inspector adjunto é feita em regime de contrato administrativo de provimento, no caso de indivíduos não vinculados à função pública, e em regime de comissão de serviço extraordinária, se o estagiário já estiver nomeado definitivamente noutra carreira. 2 O não provimento, quer dos estagiários não aprovados quer dos aprovados que excedam o número de vagas fixado, implica a imediata cessação da comissão de serviço ou a rescisão do contrato administrativo de provimento, conforme o caso, sem que tal confira o direito a qualquer indemnização. 3 O disposto no número anterior não prejudica a possibilidade de nomeação dos estagiários aprovados, desde que a mesma se efective dentro do prazo de validade do concurso para admissão ao estágio. 4 O regulamento de estágio é aprovado por despacho conjunto do Ministro do Ambiente e do Ordenamento do Território e do membro do Governo que tiver a seu cargo a Administração Pública. 5 Os estagiários das carreiras de inspector superior e de inspector adjunto são remunerados pelos índices 370 e 190, respectivamente, sem prejuízo do direito de opção pela remuneração do lugar de origem, no caso de pessoal já vinculado à função pública. 268

270 CAPÍTULO IV QUADRO DE PESSOAL Artigo 6.º Previsão de lugares 1 A dotação dos lugares das carreiras de inspector superior e de inspector adjunto consta do mapa I anexo a este diploma e que dele faz parte integrante. 2 O mapa a que se refere o número anterior altera e substitui o quadro aprovado pela Portaria n.º 1159/2000, de 7 de Dezembro, no que respeita ao pessoal técnico superior e técnico profissional integrado nas áreas funcionais de inspecção. CAPÍTULO V SUPLEMENTO DE FUNÇÃO INSPECTIVA Artigo 7.º Pessoal de coordenação das unidades de intervenção O suplemento de função inspectiva, previsto nos artigos 12.º e 13.º do Decreto Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril, para o pessoal de inspecção e dirigente, respectivamente, é ainda igualmente atribuído aos funcionários que desempenhem funções de coordenação das unidades de intervenção, nos termos do n.º 4 do artigo 26.º do Decreto Lei n.º 549/99, 14 de Dezembro. CAPÍTULO VI DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Artigo 8.º Regra geral de transição 1 O pessoal técnico superior da área funcional de inspecção ambiental da IGA transita para a carreira de inspector superior de acordo com a seguintes regras: a) os técnicos superiores de 2.ª classe e os técnicos superiores de 1.ª classe transitam para a categoria de inspector; b) os técnicos superiores principais transitam para a categoria de inspector principal; c) os assessores transitam para a categoria de inspector superior; d) os assessores principais transitam para a categoria de inspector superior principal. 2 O disposto no número anterior é aplicável aos inspectores do ambiente designados nos termos do artigo 18.º do Decreto Lei n.º 189/93, de 24 de Maio, e que se encontrem a desempenhar funções dirigentes no Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território ou em empresas tuteladas por este, mantendo se as situações funcionais em que se encontrem. 3 O pessoal técnico profissional da área funcional de inspecção da IGA transita para a carreira de inspector adjunto de acordo com as seguintes regras: a) os técnicos profissionais de 2.ª classe e os técnicos profissionais de 1.ª classe transitam para a categoria de inspector adjunto; b) os técnicos profissionais principais transitam para a categoria de inspector adjunto principal; 269

271 c) os técnicos profissionais especialistas transitam para a categoria de inspector adjunto especialista; d) os técnicos profissionais especialistas principais transitam para a categoria de inspector adjunto especialista principal. 4 A transição referida nos números anteriores faz se para escalão igual ao que o funcionário detém na categoria de origem, com excepção dos técnicos superiores de 2.ª classe e dos técnicos profissionais de 2.ª classe que transitam para escalão a que corresponde na estrutura da categoria índice remuneratório igual ou, se não houver coincidência, índice superior mais aproximado. Artigo 9.º Concursos Mantêm se os concursos a decorrer à data da entrada em vigor do presente diploma, observando se as seguintes regras: a) os candidatos que tenham sido ou vierem a ser aprovados nesses concursos são integrados na nova categoria em escalão para que transitaram os titulares das categorias a que se candidataram que estavam posicionados no mesmo escalão a que os candidatos acederiam nas anteriores carreiras; b) a integração prevista na alínea anterior produz efeitos a partir da data da respectiva nomeação. Artigo 10.º Entrada em vigor 1 O presente diploma entra em vigor no dia 1 do mês seguinte ao da sua publicação. 2 O disposto no artigo 7.º produz efeitos a partir de 1 de Julho de Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 19 de Abril de António Manuel de Oliveira Guterres Joaquim Augusto Nunes Pina Moura José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa Alberto de Sousa Martins. Promulgado em 4 de Junho de Publique se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO. Referendado em 8 de Junho de O Primeiro Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres. 270

272 MAPA I (a que se refere o n.º 1 do artigo 6.º) MAPA II (a que se refere o n.º 1 do artigo 9.º) 271

273

274 INSPECÇÃO GERAL DA ADMINISTRAÇÃO DO TERRITÓRIO Decreto Lei n.º 64/87, de 6 de Fevereiro (Lei Orgânica) 253 No quadro orgânico do Ministério do Plano e da Administração do Território (MPAT) foi criada a Inspecção Geral da Administração do Território (IGAT), cuja regulamentação constitui o objecto deste diploma. Sucede este novo organismo à antiga Inspecção Geral da Administração Interna, no exercício da tutela inspectiva do Governo sobre as autarquias locais, sendo lhe conferido um âmbito de acção mais vasto. Efectivamente, comete se à IGAT um novo domínio de actuação, qual seja o da acção inspectiva sobre os serviços do MPAT, adequando se a sua orgânica interna à conveniente prossecução das suas atribuições. Para além de um serviço de estudos, de âmbito horizontal e vocacionado para funções gerais e de apoio às demais unidades ora criadas, é a IGAT estruturada em dois serviços de inspecções, um projectado para a administração autárquica e outro visando os serviços do Ministério. Importa, pois, anotar que o Ministério não cura apenas da legalidade da actuação das autarquias; alarga o âmbito da acção inspectiva sobre os próprios serviços, assumindo a sua quota parte na tarefa de reforço da legalidade e dignificação da Administração Pública. Assim: Tendo em vista o n.º 1 do artigo 75.º do Decreto Lei n.º 130/86, de 7 de Junho: O Governo decreta, nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 201.º da Constituição, o seguinte: Artigo 1.º Natureza A Inspecção Geral da Administração do Território, abreviadamente designada IGAT, é o organismo de exercício da tutela inspectiva do Governo sobre as autarquias locais e de fiscalização superior do Ministério do Plano e da Administração do Território (MPAT). Artigo 2.º Âmbito e actuação 1 A IGAT desenvolve a sua actividade junto dos órgãos e serviços das autarquias locais do continente, ou delas dependentes, e junto dos órgãos e serviços centrais e desconcentrados do MPAT, ou sob sua tutela. 2 A IGAT poderá prestar a colaboração solicitada pelos órgãos das regiões autónomas no exercício dos poderes de tutela que estes detêm sobre as autarquias locais. 253 Com as alterações introduzidas pelos Decretos Lei n.º 99/89, de 29 de Março, n.º 121-A/90, de 12 de Abril, e n.º 242/93, de 8 de Julho. 273

275 Artigo 3.º Atribuições São atribuições da IGAT: a) averiguar do cumprimento das obrigações impostas por lei às autarquias locais, suas associações e federações, bem como aos órgãos e serviços dependentes do Ministério ou sob tutela do Ministro, e ainda a fiscalização e o acompanhamento da utilização dos fundos oriundos das Comunidades Europeias no âmbito do Ministério; 254 b) proceder às visitas de inspecção previstas no respectivo plano, ou que sejam superiormente determinadas, elaborando relatórios informativos; c) dar conhecimento aos responsáveis pelos serviços das autarquias das deficiências e irregularidades encontradas no decurso das visitas de inspecção e prestar lhes os esclarecimentos necessários com vista ao seu suprimento; d) prestar à Direcção Geral da Administração Autárquica (DGAA) a colaboração solicitada na definição das carências de formação do pessoal das autarquias; e) estudar e propor, em colaboração com os serviços competentes do Ministério das Finanças, medidas que visem uma maior eficiência do exercício da tutela inspectiva do Governo sobre as autarquias; f) proceder a visitas de inspecção aos serviços do Ministério, elaborando relatórios informativos e propondo medidas tendentes à eliminação das deficiências e irregularidades encontradas; g) remeter cópia dos relatórios elaborados em resultado das visitas de inspecção aos serviços do Ministério com competência própria nas matérias neles versadas; h) proceder a inquéritos e sindicâncias aos órgãos e serviços das autarquias locais e suas associações e federações, bem como aos dependentes do Ministério; i) propor e, se necessário, instruir processos disciplinares resultantes da sua actividade inspectiva, bem como instruir os que lhe forem superiormente determinados; j) constituir e manter um centro de informação bibliográfica e documental para estudo e consulta dos funcionários; l) colaborar com a DGAA e as comissões de coordenação regional na realização de colóquios, conferências e outras acções de formação e reciclagem; m) elaborar estudos relativos à temática das suas atribuições. Artigo 4.º Direcção 1 A IGAT é dirigida por um inspector geral, coadjuvado por dois subinspectores -gerais, equiparados, respectivamente, a director geral e a subdirectores gerais. 2 O inspector geral é substituído nas suas faltas e impedimentos pelo subinspector -geral por ele designado e os subinspectores gerais substituem se reciprocamente. 254 Alterado pelo artigo único do Decreto-Lei n.º 121-A/90, de 12 de Abril. A versão originária era a seguinte: a) Averiguar do cumprimento das obrigações impostas por lei às autarquias locais e suas associações e federações, bem como aos órgãos e serviços dependentes do Ministério, ou sob tutela do Ministro;. 274

276 Artigo 5.º Competência do inspector geral 1 Compete ao inspector geral orientar e coordenar superiormente a IGAT. 2 Compete, em especial, ao inspector geral: a) representar a IGAT; b) expedir as ordens de serviços e as instruções que julgar convenientes; c) elaborar e apresentar superiormente, até 31 de Março, o relatório anual da actividade da IGAT; d) elaborar e harmonizar os planos anuais gerais das inspecções propostas pelos Serviços de Inspecção e submetê los a aprovação superior; e) propor superiormente a adopção dos modelos de questionário a que alude o n.º 3 do artigo 15.º e das normas sobre organização dos processos elaborados pela Direcção de Serviços de Estudos; f) distribuir pelos inspectores os inquéritos e sindicâncias, bem como a instrução dos processos disciplinares, mandados instaurar superiormente; g) submeter a apreciação superior os processos de inspecção acompanhados dos pareceres emitidos sobre cada um; h) propor a realização de inquéritos ou sindicâncias, designadamente em resultado das visitas de inspecção; i) fixar e prorrogar os prazos para a conclusão dos serviços e apresentação dos relatórios; j) propor o provimento dos lugares vagos no quadro da IGAT; l) tomar o compromisso de honra e conferir posse aos subinspectores gerais, director de Serviços de Estudos, inspectores e funcionários da Repartição Administrativa (RA); m) executar e fazer executar as disposições legais relativas à organização e ao funcionamento da IGAT; n) emitir as informações e pareceres que lhe forem solicitados pelo ministro da tutela; o)exercer as funções que lhe sejam conferidas por lei e as que, devendo ser prosseguidas pela IGAT, não pertençam a outros órgãos. Artigo 6.º Estrutura geral 1 A IGAT compreende os seguintes serviços: a) Serviço de Inspecção às Autarquias (SIA); b) Serviço de Inspecção ao Ministério (SIM); c) Direcção de Serviços de Estudos (DSE). 2 Directamente dependente do inspector geral funciona a RA. Artigo 7.º Constituição e direcção do Serviço de Inspecção às Autarquias 1 O SIA é constituído pelos inspectores incumbidos da realização de serviço inspectivo junto das autarquias locais. 275

277 2 O SIA é dirigido por um subinspector geral, que é coadjuvado por inspectores, rotativamente designados por despacho do inspector geral, sob proposta daquele, por períodos de dois anos. 3 Os inspectores referidos no número anterior, enquanto exercerem as funções ali aludidas, ficam dispensados da realização de inspecções, inquéritos e sindicâncias. Artigo 8.º Competência do Serviço de Inspecção às Autarquias 1 Compete ao SIA: a) realizar as inspecções previstas no respectivo plano anual ou que sejam superiormente determinadas; b) proceder a inquéritos e sindicâncias aos órgãos e serviços das autarquias locais e suas associações e federações; c) prestar localmente aos funcionários e agentes os esclarecimentos necessários para o suprimento das deficiências e irregularidades encontradas; d) propor e, se necessário, instruir processos disciplinares resultantes da sua actividade inspectiva, bem como instruir os que lhe forem superiormente determinados; e) propor o modelo de questionário de inspecção às autarquias locais e as normas e procedimentos técnicos a adoptar na organização dos processos de inspecção, de inquérito e de sindicância. 2 A competência referida nos números anteriores não inclui as competências específicas que a lei prevê para a Inspecção Geral de Finanças (IGF). Artigo 9.º Constituição e direcção do Serviço de Inspecção ao Ministério 1 O SIM é constituído pelos inspectores incumbidos da realização de serviço inspectivo junto dos serviços do Ministério. 2 O SIM é dirigido por um subinspector geral, que é coadjuvado por inspectores, rotativamente designados por despacho do inspector geral, sob proposta daquele, por períodos de dois anos. 3 Os inspectores referidos no número anterior, enquanto exercerem as funções ali aludidas, ficam dispensados da realização de inspecções, inquéritos e sindicâncias. Artigo 10.º Competência do Serviço de Inspecção ao Ministério Compete ao SIM: a) realizar inspecções, inquéritos e sindicâncias aos serviços centrais e regionais do Ministério, designadamente aos serviços administrativos, de contabilidade, orçamento e tesouraria neles instalados; b) analisar o cumprimento das disposições legais e regulamentares, das instruções superiores e dos programas aprovados por parte dos serviços; c) efectuar, de forma sistemática, a auditoria das empresas públicas sob tutela do Ministro, emitindo parecer sobre a respectiva gestão económico financeira; d) apreciar e dar parecer sobre o grau de eficácia e aptidão dos serviços inspeccionados e dos respectivos agentes; 276

278 e) prestar localmente aos funcionários os esclarecimentos necessários para o suprimento das deficiências e irregularidades encontradas; f) propor e, se necessário, instruir processos disciplinares resultantes da sua actividade inspectiva, bem como instruir os que lhe forem superiormente determinados; g) propor o modelo de questionário de inspecção a realizar aos serviços indicados na alínea a) e as normas e procedimentos técnicos a adoptar na organização dos processos de inspecção, de inquérito e de sindicância. h) fiscalizar e acompanhar a utilização dos fundos oriundos das Comunidades Europeias no âmbito dos órgãos e serviços do Ministério ou sob tutela do Ministro. 255 Artigo 11.º Constituição da Direcção de Serviços de Estudos A DSE é constituída por técnicos superiores ou inspectores incumbidos da realização das funções de apoio, informações e estudo das acções que competem à IGAT. Artigo 12.º Competência da Direcção de Serviços de Estudos Compete à DSE: a) efectuar estudos sobre matérias compreendidas nas atribuições da IGAT; b) prestar apoio científico e técnico no domínio das acções a prosseguir pela IGAT; c) emitir os pareceres que lhe forem superiormente solicitados; d) proceder à análise dos relatórios das inspecções, com vista à recolha e tratamento de dados com interesse para o apoio a prestar à actividade da IGAT; e) elaborar, sob proposta dos Serviços de Inspecção, o questionário a que alude o n.º 3 do artigo 15.º e as normas e procedimentos técnicos a adoptar na organização dos processos de inspecção, de inquérito e de sindicância, e manter regularmente a sua actualização; f) promover a realização de seminários, colóquios, conferências, designadamente em colaboração com a DGAA; g) promover, periodicamente, a realização de cursos de formação específica e de reciclagem e outras acções de idêntica natureza dos inspectores, técnicos superiores e pessoal administrativo da IGAT e dar idêntica colaboração à DGAA no âmbito das suas atribuições; h) proceder à instalação, organização e manutenção da biblioteca e de um banco de dados e informações para apoio documental e técnico da actividade em geral da IGAT; i) assegurar a publicação e difusão de estudos promovidos pela DSE sempre que de reconhecida qualidade; j) seleccionar, classificar e arquivar notícias e comentários com interesse para a actividade da IGAT, bem como proceder à análise do respectivo conteúdo; 255 Aditado pelo artigo único do Decreto-Lei n.º 121-A/90, de 12 de Abril. 277

279 l) assegurar as relações entre a IGAT e os meios de comunicação social, nos termos e dentro dos limites estabelecidos no presente diploma e demais legislação aplicável. Artigo 13.º Direcção, constituição e competência da Repartição Administrativa 1 A RA, que funciona na dependência directa do inspector geral, é dirigida por um chefe de repartição coadjuvado por chefes de secção e compreende as seguintes secções: 256 a) Secção de Processos e Expediente Geral (SPEG); 257 b) Secção de Pessoal, Contabilidade e Economato (SPCE) À SPEG compete: 259 a) registar os documentos dirigidos à IGAT, as ordens de serviço, os pareceres da DSE e os relatórios e despachos do inspector geral e dos subinspectores gerais; 260 b) escriturar o livro de registos de processos e registar os pareceres dos inspectores; 261 c) praticar todos os actos relativos à movimentação dos processos da competência da IGAT; 262 d) manter um ficheiro actualizado de todos os processos; 263 e) assegurar a organização e manutenção do arquivo geral da Inspecção -Geral; 264 f) assegurar a reprodução de documentos; 265 g) praticar outros actos de expediente, por determinação do inspector -geral À SPCE compete: Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. A versão originária era a seguinte: 1 - A RA, que funciona na dependência directa do inspector-geral, compreende uma secção de processos e é dirigida por um chefe de repartição, coadjuvado pelo chefe de secção. Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. A versão originária era a seguinte: 2 - Compete à RA: Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. A versão originária era a seguinte: a) Assegurar o funcionamento dos serviços administrativos e executar o expediente que não seja da competência da Secção de Processos; Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. A versão originária era a seguinte: b) Registar os documentos dirigidos à IGAT, as ordens de serviço, os pareceres da DSE e os relatórios e despachos do inspector-geral e dos subinspectores-gerais; Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. A versão originária era a seguinte: c) Promover e executar, em ligação com a Secretaria-Geral do Ministério, as acções relativas à administração do pessoal da IGAT; Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. A versão originária era a seguinte: d) Proceder à organização do orçamento e da contabilidade e preparar o expediente a eles respeitante; Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. A versão originária era a seguinte: e) Desempenhar quaisquer outras funções conferidas por lei ou por determinação do inspector-geral. Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. A versão originária era a seguinte: 3 - Compete, em especial, à Secção de Processos:

280 a) promover e executar, em ligação com a Secretaria Geral do Ministério, as acções relativas à gestão do pessoal da IGAT; 268 b) Manter devidamente organizado e actualizado o cadastro do pessoal; 269 c) proceder à elaboração e execução do orçamento e da contabilidade e preparar todo o expediente a eles respeitantes; 270 d) assegurar a gestão dos bens afectos à IGAT, designadamente do material de expediente, elaborando as propostas de aquisição, distribuindo o material pelos serviços e mantendo actualizado o inventário; 271 e) desempenhar quaisquer outras funções determinadas pelo inspector geral. 272 Artigo 14.º Colaboração com a Inspecção Geral de Finanças e a Alta Autoridade contra a Corrupção (AACC) 1 A actuação da IGAT deverá ser coordenada com a da IGF pelos respectivos inspectores gerais, designadamente na elaboração dos planos anuais de actividade e na constituição de equipas mistas de inspecção às autarquias locais. 2 Sem prejuízo do cumprimento do seu plano anual de inspecções, deve a IGAT prestar ao serviço da AACC a colaboração e informações que lhe forem solicitadas, no domínio das suas atribuições. Artigo 15.º Planos anuais e questionário 1 As visitas de inspecção serão realizadas mediante planos anuais, elaborados pelo inspector geral e aprovados pelo Ministro. 2 Nos planos anuais de inspecções às autarquias locais deve prever se a realização de, pelo menos, uma inspecção a cada município, no período normal de cada mandato. 3 As visitas de inspecção deverão guiar se por um questionário sistemático que abranja os aspectos essenciais da averiguação, o qual deve ser divulgado junto dos órgãos e serviços cuja actividade é objecto da acção inspectiva. Artigo 16.º Competência do Ministro Compete ao Ministro decidir os processos instaurados pela IGAT e ordenar as inspecções, as sindicâncias, os inquéritos e os processos disciplinares que hajam de ser instruídos por ela Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. A versão originária era a seguinte: a) Escriturar o livro de registos de processos e registar os pareceres dos inspectores; Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. A versão originária era a seguinte: b) Desempenhar todos os serviços relativos à movimentação dos processos da competência da IGAT; Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. A versão originária era a seguinte: c) Praticar outros actos de expediente por determinação do inspector-geral. Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. 279

281 Artigo 17.º Dever de cooperação 1 Os titulares e agentes da Administração têm o dever de prestar todos os esclarecimentos e informações que lhes sejam solicitados pela IGAT. 2 As autoridades públicas, bem como os órgãos de qualquer autoridade pública, prestarão à IGAT toda a colaboração que por esta lhes for solicitada, designadamente prestando informações. 3 A IGAT poderá solicitar a qualquer pessoa colectiva de direito privado ou cidadão informações e ainda a este último depoimento, sempre que o repute necessário, para o apuramento dos factos da sua competência. 4 A IGAT deve exercer a sua competência no rigoroso respeito dos direitos individuais e dos interesses legítimos previstos na Constituição e na lei. Artigo 18.º Requisição de testemunhas ou declarantes 1 Os titulares dos órgãos autárquicos e os dirigentes dos serviços serão notificados pelo inspector responsável pelo processo de inquérito, de sindicância ou disciplinar para a prestação de declarações ou depoimentos que se julguem necessários. 2 A comparência, para prestação de declarações ou depoimentos em processos de inquérito, de sindicância ou disciplinares, de funcionários ou agentes do Estado ou das autarquias locais, bem como de trabalhadores do sector público ou nacionalizado, deverá ser requisitada à entidade a cujo serviço se encontrem, a qual poderá recusar a respectiva satisfação por uma só vez e por motivo inadiável. 3 A notificação para comparência de quaisquer outras pessoas para os efeitos referidos no número anterior, observadas as disposições aplicáveis no Código de Processo Penal (CPP), poderá ser requisitada às autoridades policiais. 4 As declarações e depoimentos a que aludem os números anteriores deverão ser colhidos no município da residência dos respectivos autores ou, quando conhecido, no do local de trabalho ou centro da actividade profissional do declarante ou depoente, podendo, para tanto, ser utilizada instalação apropriada, a ceder pelo respectivo governador civil, câmara municipal, junta de freguesia ou serviço local do Ministério. 5 Todas as pessoas notificadas ou avisadas que não compareçam no dia, hora e local designados, nem justifiquem as faltas, serão punidas nos termos e pelas entidades referidas no CPP, sendo remetida ao magistrado do Ministério Público (MP) da comarca competente certidão para esse efeito, sem prejuízo do procedimento disciplinar a que haja lugar. Artigo 19.º Duração e relatório dos serviços externos 1 Os serviços externos deverão ser iniciados e concluídos dentro do prazo que, para cada caso, for superiormente fixado. 2 No final de cada serviço será elaborado relatório dos trabalhos realizados e, quando se trate de visita de inspecção, deverá nele chamar se a atenção para os aspectos que especialmente o justifiquem, e bem assim sugerir se as providências que se entenda deverem ser adoptadas. 280

282 3 O relatório, com o respectivo processo, será entregue até quinze dias depois de terminado o serviço a que respeita, salvo se prazo diferente for fixado pelo inspector geral. Artigo 20.º Direitos e prerrogativas dos inspectores 1 Os inspectores gozam dos seguintes direitos e prerrogativas: 273 a) utilizar nos locais de trabalho, por cedência das respectivas entidades inspeccionadas, instalações com as indispensáveis condições para o desempenho eficaz das suas funções; b) corresponder se, quando em serviço fora da sede da IGAT, com todas as autoridades e, bem assim, com quaisquer pessoas singulares ou colectivas sobre assuntos de serviço da sua competência; c) ter acesso e livre trânsito em todos os serviços e instalações inspeccionados, sempre que necessário ao desempenho das suas funções; d) examinar livros, documentos e arquivos dos serviços inspeccionados; e) obter, para auxílio nas acções em curso nos mesmos serviços, a cedência de material e equipamento próprio, bem como a colaboração de funcionários ou agentes do respectivo quadro de pessoal que se mostrem indispensáveis, designadamente para o efeito de se executarem ou complementarem serviços em atraso de execução, cuja falta impossibilite ou dificulte aquelas acções; f) participar ao MP, para efeitos do disposto no n.º 2, a recusa de quaisquer informações ou elementos solicitados nas condições das alíneas b) e d), bem como a falta injustificada da colaboração pedida ao abrigo das alíneas a), c) e e); 274 g) requisitar às autoridades policiais a colaboração que se mostre necessária ao exercício das suas funções, designadamente nos casos de resistência a esse exercício por parte dos destinatários; h) proceder à selagem de quaisquer instalações e à selagem ou arrombamento de dependências, cofres ou móveis, bem como à apreensão, requisição ou reprodução de documentos em poder dos serviços das autarquias inspeccionadas, de autarcas, de funcionários ou agentes do Estado ou das autarquias locais, quando isso se mostre indispensável ao êxito da acção, para o que será levantado o competente auto, dispensável no caso de simples reprodução de documentos; i) estabelecer, mediante despacho do inspector geral, a sua residência habitual em localidade diferente da sede da IGAT, a fim de exercer acção inspectiva preferencialmente na área do respectivo distrito. 2 Quem, por qualquer forma, dificultar ou se opuser ao desempenho das funções dos inspectores da IGAT incorre na prática do crime previsto no artigo 388.º do Código Penal, além da responsabilidade civil e disciplinar a que haja lugar Numeração introduzida pelo artigo 1.º do Decreto-Lei nº 99/89, de 29 de Março. Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. A versão originária era a seguinte: f) Participar ao MP a recusa de quaisquer informações ou elementos solicitados nas condições das alíneas b) e d), bem como a falta injustificada da colaboração solicitada ao abrigo das alíneas a), c) e e);. Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. 281

283 Artigo 21.º Deveres específicos dos inspectores Além da sua sujeição aos deveres gerais inerentes ao exercício da função pública, os inspectores da IGAT devem: a) desempenhar com o maior escrúpulo, correcção e diligência os serviços de que estiverem encarregados; b) guardar sigilo em todos os assuntos que se relacionem com o serviço. Artigo 22.º Impedimentos É vedado aos inspectores da IGAT: a) executar inspecções, efectuar inquéritos, sindicâncias ou instruir processos disciplinares em serviços onde prestem actividades parentes seus ou afins em qualquer grau da linha recta ou até ao 3.º grau da linha colateral; b) executar inspecções e efectuar inquéritos e sindicâncias a serviços onde tenham exercido funções nos cinco anos seguintes à cessação das mesmas. Artigo 23.º Gratificação O inspector geral, os subinspectores gerais, o director de serviços e os inspectores têm direito a uma gratificação mensal, de importância equivalente a 20% do respectivo vencimento e diuturnidades. Artigo 24.º Abonos e ajudas de custo 1 O pessoal de inspecção, sempre que, por motivos de serviço, se desloque da sua residência oficial, tem direito a ajudas de custo e à utilização de transportes públicos em 1.ª classe, podendo ainda fazer uso de automóvel da sua propriedade, tudo nas condições estabelecidas na lei geral aplicável. 2 Nos casos em que não consiga obter alojamento condigno na localidade onde deva prestar serviço, poderá o pessoal de inspecção escolhê lo em localidade vizinha, dando do facto conhecimento e justificação ao inspector geral. 3 É proibido ao pessoal de inspecção aceitar hospedagem de titulares dos órgãos, funcionários e agentes das autarquias locais quando estes forem objecto de inspecção, inquérito, sindicância ou simples averiguação. 4 Tendo em conta a natureza específica das suas funções, quando numa localidade se encontrem deslocados funcionários de categorias diferentes, serão a todos abonadas ajudas de custo do quantitativo que competir ao inspector de maior categoria. Artigo 25.º Interrupção de licença para férias de funcionários e agentes dos serviços visitados Os funcionários de inspecção, quando assim o exigirem as necessidades dos trabalhos que estejam a executar, podem determinar a interrupção, pelo menor período de tempo possível, do gozo da licença para férias de qualquer funcionário dos serviços visitados cuja imediata presença se torne imprescindível. 282

284 Artigo 26.º Carreira técnica superior de inspecção administrativa A carreira técnica superior de inspecção administrativa desenvolve se pelas categorias de inspector administrativo assessor principal, inspector administrativo assessor, inspector administrativo principal, inspector administrativo de 1.ª classe e inspector administrativo de 2.ª classe Os lugares de inspector administrativo assessor principal são providos de entre inspectores administrativos assessores com, pelo menos, três anos na respectiva categoria, classificados de Muito bom, ou cinco anos, classificados, no mínimo, de Bom Os lugares de inspector administrativo assessor são providos de entre inspectores administrativos principais com, pelo menos, três anos na respectiva categoria, classificados de Muito bom, ou cinco anos, classificados, no mínimo, de Bom, mediante concurso de provas públicas, que consistirá na apreciação e discussão do currículo profissional do candidato Os lugares de inspector administrativo principal são providos de entre inspectores administrativos de 1.ª classe com, pelo menos, três anos na respectiva categoria, classificados de Bom Os lugares de inspector administrativo de 1.ª classe são providos de entre inspectores administrativos de 2.ª classe com, pelo menos, três anos na respectiva categoria, classificados de Bom Os lugares de inspector administrativo de 2.ª classe são providos de entre licenciados em Direito, Economia, Finanças, Engenharia Civil, Arquitectura ou Gestão de Empresas, aprovados em estágio, com classificação não inferior a Bom (14 valores) Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. A versão originária era a seguinte: Artigo 26.º - Carreira de inspecção administrativa. Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. A versão originária era a seguinte: 1 - Os lugares de inspector superior administrativo são providos, mediante provas de avaliação curricular, que incluirão a discussão de trabalhos apresentados para o efeito, de entre: a) Inspectores administrativos-coordenadores com um mínimo de 3 anos de bom e efectivo serviço na categoria; b) Assessores com um mínimo de 3 anos de bom e efectivo serviço na categoria. Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. A versão originária era a seguinte: 2 - Os lugares de inspector administrativo-coordenador são providos, mediante concurso documental, de entre: a) Inspectores administrativos principais com um mínimo de 3 anos de bom e efectivo serviço na categoria; b) Técnicos superiores principais com um mínimo de 3 anos de bom e efectivo serviço na categoria; c) Assessores autárquicos de assembleias distritais com um mínimo de 3 anos de bom e efectivo serviço na categoria. Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. A versão originária era a seguinte: 3 - Os lugares de inspector administrativo principal serão providos, mediante concurso documental, de entre: a) Inspectores administrativos com um mínimo de 3 anos de bom e efectivo serviço na categoria; b) Técnicos superiores de 1.ª classe com um mínimo de 3 anos de bom e efectivo serviço na categoria. Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. A versão originária era a seguinte: 4 - Os lugares de inspector administrativo serão providos, mediante concurso documental, de entre técnicos superiores de 2.ª classe, licenciados em Direito, Economia, Finanças, Engenharia ou Gestão de Empresas. Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. A versão originária era a seguinte: 5 - O provimento dos lugares a que se referem os números anteriores por não licenciados não pode exceder um quarto dos lugares dotados da respectiva categoria. Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. A versão originária era a seguinte: 6 - O tempo de serviço para acesso nas diversas categorias da carreira de inspecção pode ser reduzido de um ano, nos termos da lei geral. 283

285 7 O provimento dos lugares a que se referem os n.os 2 a 5 deste artigo por não licenciados não pode exceder um quarto dos lugares dotados da respectiva categoria Os candidatos a inspector administrativo assessor podem apresentar um trabalho que verse tema actual e concreto de interesse para a IGAT, directamente relacionado com o conteúdo funcional dos respectivos cargos, cabendo ao júri, com base nesse trabalho, avaliar a capacidade de análise e concepção do candidato O trabalho, quando apresentado, será devidamente valorizado, para efeitos de classificação final, devendo a Direcção Geral de Serviços de Estudos da IGAT assegurar a sua posterior divulgação O regime de estágio para ingresso na carreira técnica superior de inspecção obedecerá às regras estabelecidas no artigo 5.º do Decreto Lei n.º 265/88, de 28 de Julho, com as devidas adaptações. 286 Artigo 26.º - A Classificação anual de serviço Os funcionários da carreira técnica superior de inspecção da IGAT serão objecto de classificação anual de serviço, a qual traduzirá a apreciação e avaliação do respectivo mérito, nos termos que vierem a ser definidos por portaria conjunta do Ministro do Planeamento e da Administração do Território e do membro do Governo que tiver a seu cargo a função pública. 2 Enquanto não for publicada a portaria referida no número anterior, a classificação de serviço será atribuída pelo inspector geral. Artigo 27.º Quadro e dotação de pessoal A IGAT tem o pessoal de direcção e chefia e técnico superior de inspecção constante do quadro I anexo O pessoal técnico superior, de informática, técnico profissional, administrativo e auxiliar tem a dotação que lhe vier a ser atribuída no âmbito do quadro único do Ministério A distribuição do pessoal pelos diversos serviços da IGAT será feita por despacho do inspector geral, tendo em conta a respectiva experiência profissional e as funções a exercer Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. Aditado pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. A versão originária era a seguinte: Artigo 27.º - Dotação de pessoal. Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. A versão originária era a seguinte: 1 - A IGAT tem o pessoal constante da dotação que lhe vier a ser atribuída no âmbito do quadro único do Ministério. Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. A versão originária era a seguinte: 2 - Até à definição do disposto no número anterior fica afecto à IGAT o pessoal que se encontra em funções na extinta Inspecção-Geral da Administração Interna. Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. A versão originária era a seguinte: 3 - A distribuição do pessoal pelos diversos serviços da IGAT será feita por despacho do inspector-geral, tendo em conta a respectiva experiência profissional e as funções a exercer. 284

286 Artigo 28.º Pessoal dirigente e de chefia Provimento 1 Os lugares de inspector geral, subinspector geral e director de serviços são preenchidos de acordo com as disposições da lei geral. 2 Os cargos de inspector geral e subinspector geral podem ser providos por magistrado judicial ou do Ministério Público No caso previsto no número anterior, a nomeação será obrigatoriamente precedida de autorização, a obter nos termos das respectivas leis estatutárias, considerando se o serviço prestado nos cargos de inspector geral e de subinspector geral como se o tivesse sido nas categorias e funções dos quadros de origem, não determinando esta comissão de serviço a abertura de vaga no lugar de origem ou naquele para que, entretanto, o titular tenha sido nomeado Aos magistrados judiciais e do MP bem como aos funcionários já vinculados à função pública providos nos lugares de inspector geral, subinspector geral e director de serviços é lhes reservada a faculdade de optarem pela remuneração integral e regalias auferidas no quadro de origem, acrescidas sempre da gratificação aludida no artigo 23.º 5 O lugar de chefe de repartição será provido, mediante concurso, de entre: 294 a) Chefes de secção com, pelo menos, três anos de serviço na categoria, classificados de Muito bom; 295 b) Indivíduos possuidores de curso superior e adequada experiência profissional não inferior a três anos Os lugares de chefe de secção são providos nos termos da lei geral. 7 Os lugares de chefe de repartição e de chefe de secção podem ainda ser providos por secretários judiciais ou escrivães de direito, a requisitar aos serviços competentes nos termos das respectivas leis estatutárias, considerando se o serviço por eles prestado na IGAT como se o tivesse sido nas categorias e funções dos quadros de origem. 8 No caso previsto no número anterior é reservado aos secretários judiciais e escrivães de direito a faculdade de opção pelas remunerações previstas no n.º 5 do artigo 63.º do Decreto Lei n.º 376/87, de 11 de Dezembro, e demais regalias auferidas no quadro de origem Alterado pelo artigo único do Decreto-Lei n.º 242/93, de 8 de Julho. A versão originária era a seguinte: 2 - Os cargos de inspector-geral e de subinspector-geral podem ser providos por magistrado judicial ou do MP, não podendo no primeiro caso recair em categoria inferior à de juiz desembargador ou de procurador-geraladjunto que, de preferência, tenha exercido funções de inspecção nos serviços judiciários. Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. A versão originária era a seguinte: 3 - No caso previsto no número anterior, a nomeação será obrigatoriamente precedida de autorização, a obter nos termos das respectivas leis estatutárias, considerando-se o serviço prestado nos cargos de inspector-geral e de subinspector-geral como se o tivesse sido nas categorias e funções dos quadros de origem. Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. A versão originária era a seguinte: 5 - Os lugares de chefe de repartição são providos de entre: Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. A versão originária era a seguinte: a) Chefe de secção com o mínimo de 3 anos de bom e efectivo serviço na categoria; Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. A versão originária era a seguinte: b) Indivíduos possuidores de curso superior e experiência adequada. Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. A versão originária era a seguinte: 8 - No caso previsto no número anterior é reservado aos secretários judiciais e escrivães de direito a faculdade de opção pela remuneração integral e regalias auferidas no quadro de origem. 285

287 Artigo 29.º Protecção criminal O inspector geral, os subinspectores gerais, o director de Serviços de Estudos e os inspectores da IGAT são considerados como autoridade pública para efeitos criminais. Artigo 30.º Identificação e livre trânsito 1 O inspector geral, os subinspectores gerais, o director de Serviços de Estudos e os inspectores têm direito a cartão de identidade especial, do modelo n.º 1 anexo ao presente diploma, passado pela Secretaria Geral do MPAT, sendo assinado pelo ministro da tutela o do inspector geral, subinspectores gerais e director de Serviços de Estudos e pelo inspector geral o dos inspectores. 2 O cartão a que se refere o número anterior é simultaneamente de livre trânsito e de acesso a todos os locais de funcionamento dos serviços, órgãos e instituições referidos no n.º 1 do artigo 2.º 3 O restante pessoal da IGAT usará, para sua identificação, um cartão modelo n.º 2 anexo ao presente diploma, passado pela Secretaria Geral do MPAT e assinado pelo inspector geral. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 11 de Dezembro de Aníbal António Cavaco Silva Miguel José Ribeiro Cadilhe Luís Francisco Valente de Oliveira. Promulgado em 15 de Janeiro de Publique se. O Presidente da República, MÁRIO SOARES. Referendado em 21 de Janeiro de O Primeiro Ministro, Aníbal António Cavaco Silva. ANEXO I 298 Quadro de pessoal dirigente e de chefia a que se refere o artigo 28.º 298 Vide, anexos I e II do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. 286

288 ANEXO II 299 Reverso do cartão modelo n.º 1 O titular deste cartão tem direito a livre trânsito e acesso a todos os locais de funcionamento dos serviços e órgãos das autarquias locais do continente, ou delas dependentes, e dos serviços e órgãos dos serviços centrais e desconcentrados do Ministério do Plano e da Administração do Território, ou sob a sua tutela, e direito à cooperação das autoridades públicas no exercício das suas funções (artigos 17.º e 30.º do Decreto Lei n.º 64/87, de 6 de Fevereiro). Reverso do cartão modelo n.º 2 O titular deste cartão tem direito à cooperação das autoridades públicas no exercício das suas funções. Decreto Lei n.º 99/89, de 29 de Março (Altera a Lei Orgânica) Pelo regime do Decreto Lei n.º 265/88, de 28 de Julho, procedeu se à revisão das carreiras técnica superior e técnica, em ordem a torná las mais atractivas e a propiciar condições para reduzir situações de acumulação. No n.º 4 do artigo 2.º do referido diploma estabelece se que a estrutura constante dos mapas que lhe estão anexos é aplicável, mediante decreto lei e com as necessárias adaptações, às carreiras de inspecção que se integrem nos grupos de pessoal técnico superior e técnico. Dado que a carreira de inspecção da Inspecção Geral da Administração do Território tem a natureza de carreira técnica superior, como decorre do quadro aprovado pela Portaria n.º 351/87, de 29 de Abril, introduzem se agora no Decreto Lei n.º 64/87, de 6 de Fevereiro, as necessárias alterações, sem deixar de ter em atenção que se trata de uma carreira com especificidade de funções. Assim: Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 201.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: Artigo 1.º 300 Artigo 2.º Vide, anexo III do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. As alterações foram introduzidas nos locais apropriados. As alterações foram introduzidas nos locais apropriados. 287

289 Artigo 3.º Os anexos I e II do Decreto Lei n.º 64/87, de 6 de Fevereiro, são substituídos pelos anexos I, II e III deste diploma, que dele fazem parte integrante. Artigo 4.º 1 A transição do actual pessoal técnico superior de inspecção da IGAT para as novas categorias opera se de acordo com o quadro II anexo e, em relação aos inspectores superiores administrativos também de harmonia com o n.º 2 do artigo 8.º do Decreto Lei n.º 265/88, de 28 de Julho, e seu mapa III. 2 A transição a que se refere o número anterior está apenas sujeita a anotação da nova situação pelo Tribunal de Contas e a publicação no Diário da República, não dependendo de quaisquer outros requisitos. 3 Releva para todos os efeitos legais, com excepção dos remuneratórios, o tempo de serviço anteriormente prestado nas categorias revalorizadas ou reclassificadas pelo presente diploma. Artigo 5.º Este diploma entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação, produzindo efeitos, no que se refere às reclassificações e revalorizações nele estabelecidas, desde 1 de Janeiro de 1988, nos termos do artigo 15.º do Decreto Lei n.º 265/88, de 28 de Julho. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 2 de Fevereiro de Aníbal António Cavaco Silva Miguel José Ribeiro Cadilhe Luís Francisco Valente de Oliveira. Promulgado em 11 de Março de Publique se. O Presidente da República, MÁRIO SOARES. Referendado em 16 de Março de O Primeiro Ministro, Aníbal António Cavaco Silva. ANEXO I Quadro de pessoal a que se refere o n.º 1 do artigo 27.º do Decreto Lei n.º 64/87 288

290 ANEXO II Quadro o a que se refere o n.º 1 do artigo 4.º ANEXO III Reverso do cartão modelo n.º 1 O titular deste cartão tem direito a livre trânsito e acesso a todos os locais de funcionamento dos serviços e órgãos das autarquias locais do continente, ou delas dependentes, e dos serviços e órgãos dos serviços centrais e desconcentrados do Ministério do Planeamento e da Administração do Território, ou sob sua tutela, e direito à cooperação das autoridades públicas no exercício das suas funções (artigos 17.º e 30.º do Decreto Lei n.º 64/87, de 6 de Fevereiro). Reverso do cartão modelo n.º 2 O titular deste cartão tem direito à cooperação das autoridades públicas no exercício das suas funções. Decreto Lei n.º 121 A/90, de 12 de Abril (Altera a Lei Orgânica) A reforma dos fundos estruturais comunitários, ao consubstanciar, por um lado, a duplicação dos fluxos financeiros provenientes da Comunidade Económica Europeia e, por outro, novas formas de intervenção de gestão, exige maior responsabilização e articulação entre as várias entidades envolvidas. A aplicação de fundos comunitários no âmbito do Ministério do Planeamento e da Administração do Território aconselha o seu acompanhamento com vista a uma adequada utilização. Deste modo, torna se indispensável adaptar a lei orgânica da Inspecção Geral da Administração do Território, aprovada pelo Decreto Lei n.º 64/87, de 6 de Fevereiro, a fim de lhe cometer as atribuições e competências necessárias àquela finalidade. Assim: Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 201.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: 289

291 Artigo único 302 Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 8 de Março de Aníbal António Cavaco Silva Luís Miguel Couceiro Pizarro Beleza Luís Francisco Valente de Oliveira. Promulgado em 2 de Abril de Publique se. O Presidente da República, MÁRIO SOARES. Referendado em 5 de Abril de O Primeiro Ministro, Aníbal António Cavaco Silva. Decreto Lei n.º 242/93, de 8 de Julho (Altera a Lei Orgânica) A Lei Orgânica do Ministério do Planeamento e da Administração do Território (MPAT), aprovada pelo Decreto Lei n.º 130/86, de 7 de Junho, criou a Inspecção Geral da Administração do Território (IGAT), serviço que se rege pelo Decreto Lei n.º 64/87, de 6 de Fevereiro, com as alterações que lhe foram introduzidas pelo Decreto Lei n.º 99/89, de 29 de Março, e pelo Decreto Lei n.º 121 A/90, de 12 de Abril. Sendo a IGAT, nos termos do artigo 1.º do respectivo diploma orgânico, «o organismo de exercício da tutela inspectiva do Governo sobre as autarquias locais e de fiscalização superior do Ministério», devem os seus cargos de direcção inspector geral e subinspector geral poder ser providos por quem, para além dos demais requisitos exigidos por lei, ofereça as necessárias garantias de idoneidade e de experiência que, aliás, o Estatuto do Pessoal Dirigente da Função Pública, estabelecido pelo Decreto Lei n.º 323/89, de 26 de Setembro, pressupõe. Neste sentido, não se justifica a restrição contida no n.º 2 do artigo 28.º do Decreto Lei n.º 64/87, de 6 de Fevereiro, diploma que aprovou a Lei Orgânica da Inspecção Geral da Administração do Território. Assim: Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 201.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: Artigo único 303 Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 3 de Junho de Aníbal António Cavaco Silva Jorge Braga de Macedo Isabel Maria de Lucena Vasconcelos Cruz de Almeida Mota Álvaro José Brilhante Laborinho Lúcio. Promulgado em 21 de Junho de Publique se. O Presidente da República, MÁRIO SOARES. Referendado em 23 de Junho de O Primeiro Ministro, Aníbal António Cavaco Silva As alterações foram introduzidas nos locais apropriados. As alterações foram introduzidas nos locais apropriados. 290

292 INSPECÇÃO GERAL DAS ACTIVIDADES CULTURAIS Decreto Lei n.º 80/97, de 8 de Abril (Lei Orgânica) Remonta a 1836, ano em que, por proposta de Almeida Garrett, D. Maria II criou a Inspecção Geral dos Teatros, a origem de funções de inspecção na área dos espectáculos. Tais funções encontram se actualmente cometidas à Direcção Geral dos Espectáculos, a qual, com a reforma recentemente operada pelo Decreto Lei n.º 315/95, de 28 de Novembro, deixou, no âmbito do licenciamento de recintos, de ter actuação na área dos divertimentos públicos e espectáculos desportivos, restringindo a sua actividade aos espectáculos de natureza artística. Tem também incumbido à Direcção Geral dos Espectáculos assegurar o cumprimento da legislação sobre direitos de autor e direitos conexos. Criado que foi o Ministério da Cultura pela Lei Orgânica do XIII Governo Constitucional, aprovada pelo Decreto Lei n.º 296 A/95, de 17 de Novembro, pretende agora o Governo alargar as atribuições de fiscalização e controlo do serviço referido a todas as áreas de actividade cultural, dotando o Ministério de um serviço de inspecção geral, a exemplo do que vem acontecendo noutros ministérios. É o que se pretende com o actual diploma. Assim: Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 201.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: CAPÍTULO I NATUREZA E ATRIBUIÇÕES Artigo 1.º Natureza A Inspecção Geral das Actividades Culturais, adiante abreviadamente designada por IGAC, é um serviço dotado de autonomia administrativa, na dependência do Ministro da Cultura, com o objectivo de assegurar o exercício da tutela fiscalizadora do Governo sobre os espectáculos de natureza artística e os direitos de autor e conexos, e de inspecção superior e auditoria junto dos órgãos, serviços e demais instituições, dependentes ou tuteladas pelo Ministro da Cultura. Artigo 2.º Atribuições 1 São atribuições da IGAC: a) assegurar o cumprimento da legislação da área da cultura, nomeadamente através da divulgação de normas e da realização de acções de verificação e de inspecção; b) verificar o cumprimento das normas reguladoras do funcionamento dos serviços e organismos do Ministério da Cultura, bem como assegurar auditorias de gestão; 291

293 c) assegurar o cumprimento da legislação sobre espectáculos e licenciamento de recintos que tenham por finalidade principal a actividade artística, nomeadamente através da divulgação de normas e da realização de acções de verificação e de inspecção; d) superintender no exercício das actividades de importação, fabrico, produção, edição, distribuição e exportação de fonogramas, bem como de edição, reprodução, distribuição, venda, aluguer ou troca de videogramas; e) assegurar o cumprimento da legislação sobre direitos de autor e direitos conexos; f) efectuar inquéritos, sindicâncias e peritagens determinadas pelo Ministro da Cultura, necessários à prossecução das suas competências; g) assegurar, procedimental e processualmente, o desenvolvimento das competências que lhe estão cometidas no âmbito contravencional e contra ordenacional, no domínio das respectivas atribuições; h) instaurar processos de averiguações e disciplinares; i) levantar autos de notícia, adoptar as medidas cautelares e de polícia necessárias à investigação e coadjuvar as autoridades judiciárias relativamente a crimes contra os direitos de autor e direitos conexos; j) exercer outras competências previstas na lei ou superiormente ordenadas, no domínio das respectivas atribuições. 2 A IGAC exerce, igualmente, as competências previstas nos artigos 21.º, 24.º, 25.º e 37.º do Decreto Lei n.º 350/93, de 7 de Outubro, bem como a instrução dos processos de contra ordenação relativos às respectivas infracções, sendo competente para a aplicação de coimas o inspector geral. CAPÍTULO II ÓRGÃOS E SERVIÇOS Artigo 3.º Órgãos A IGAC compreende os seguintes órgãos: a) Inspector geral; b) Conselho administrativo; c) Conselho de inspecção. Artigo 4.º Inspector geral 1 Compete ao inspector geral: a) exercer os poderes de direcção, orientação e disciplina em relação aos serviços e funcionários da IGAC; b) assegurar a coordenação, organização e direcção eficazes dos recursos afectos à IGAC, na prossecução das respectivas atribuições; c) assegurar a representação da IGAC em juízo e fora dele, nomeadamente em comissões, grupos de trabalho ou outras actividades de organismos nacionais e internacionais, neste último caso em articulação com o Gabinete das Relações Internacionais e com o Gabinete do Direito de Autor em matérias da esfera de actuação destes; 292

294 d) determinar a instauração de processos de averiguações; e) aplicar as multas, coimas e demais sanções previstas na lei; f) exercer as demais competências nele delegadas ou subdelegadas pelo Ministro da Cultura. 2 O inspector geral é coadjuvado por dois sub inspectores gerais, sendo equiparados, para todos os efeitos, respectivamente a director geral e subdirectores gerais. 3 O inspector geral designa o subinspector geral que o substitui nas suas faltas e impedimentos. Artigo 5.º Conselho administrativo 1 Ao conselho administrativo compete: a) orientar a preparação do projecto de orçamento da IGAC e fiscalizar a sua execução; b) promover e fiscalizar a cobrança das receitas e a realização das despesas; c) organizar a contabilidade e fiscalizar a sua escrituração; d) elaborar e apresentar os relatórios e contas anuais e submetê los ao Tribunal de Contas; e) promover a verificação regular dos fundos em cofre e em depósito e fiscalizar a respectiva escrituração contabilística; f) deliberar sobre o montante dos fundos permanentes; g) assegurar procedimentalmente a administração financeira da IGAC. 2 O conselho administrativo tem a seguinte composição: a) Inspector geral, que preside; b) Subinspectores gerais; c) Director do Departamento de Auditoria e Contencioso; d) Chefe da Repartição Administrativa, que secretaria. 3 O conselho administrativo reúne ordinariamente uma vez por mês e extraordinariamente sempre que convocado pelo seu presidente, por sua iniciativa ou a pedido de qualquer dos seus membros. 4 As deliberações do conselho administrativo são tomadas por maioria de votos dos membros presentes, tendo o presidente voto de qualidade. 5 De cada reunião é lavrada acta, assinada pelos membros presentes. Artigo 6.º Conselho de inspecção 1 O conselho de inspecção é um órgão consultivo do inspector geral ao qual compete pronunciar se sobre a orientação da actividade inspectiva da IGAC. 2 O conselho de inspecção tem a seguinte composição: a) Inspector geral, que preside; b) Director do Departamento de Auditoria e Contencioso; c) Director de Serviços de Inspecção; d) Chefe da Divisão de Inspecção de Espectáculos e Direito de Autor; e) Chefe da Divisão de Inspecção de Gestão; f) Chefe de Divisão do Serviço Regional do Porto; g) Chefe da Divisão de Estudos, Planeamento e Informação. 293

295 3 O conselho de inspecção reúne se ordinariamente uma vez por ano e extraordinariamente sempre que convocado pelo inspector geral. Artigo 7.º Serviços Para a prossecução das suas atribuições a IGAC compreende os seguintes serviços: a) Departamento de Auditoria e Contencioso; b) Direcção de Serviços de Inspecção; c) Direcção de Serviços de Licenciamento; d) Divisão de Estudos, Planeamento e Informação; e) Serviço Regional do Porto; f) Repartição Administrativa; g) Delegações municipais. Artigo 8.º Departamento de Auditoria e Contencioso 1 Ao Departamento de Auditoria e Contencioso compete: a) proceder ao acompanhamento, avaliação e controlo da actividade desenvolvida pelos serviços da IGAC, visando garantir a sua economia, eficácia e legalidade; b) coordenar a utilização dos meios informáticos necessários à actividade externa e interna da IGAC; c) apoiar juridicamente e assegurar a conformidade legal e técnica da actividade inspectiva e licenciadora desenvolvida pela IGAC; d) informar e processar todos os assuntos jurídicos que lhe sejam submetidos; e) instruir processos de inquérito e disciplinares que decorram das acções de natureza inspectiva desenvolvidas pelos serviços ou que lhe sejam determinadas superiormente; f) instaurar ou instruir processos de transgressão e contra ordenação que decorram do quadro legal relativo a actividades desenvolvidas ou tuteladas pela IGAC. 2 O Departamento de Auditoria e Contencioso é chefiado por um director, equiparado, para todos os efeitos legais, a director de serviços. Artigo 9.º Direcção de Serviços de Inspecção À Direcção de Serviços de Inspecção compete dirigir e coordenar a actividade da Divisão de Inspecção de Espectáculos e Direito de Autor, da Divisão de Inspecção de Gestão e do Serviço Regional do Porto, na área de inspecção. Artigo 10.º Divisão de Inspecção de Espectáculos e Direito de Autor À Direcção de Serviços de Inspecção, através da Divisão de Inspecção de Espectáculos e Direito de Autor, compete: a) assegurar o cumprimento da legislação sobre os espectáculos de natureza artística, nomeadamente através de acções de carácter fiscalizador e informativo; 294

296 b) assegurar o cumprimento da legislação referente a direitos de autor e conexos, designadamente no combate à fraude em matéria fonográfica e videográfica, através de acções de carácter fiscalizador e informativo; c) efectuar exames periciais nas áreas de direitos de autor e conexos; d) proceder ao controlo das quantidades de fonogramas e videogramas fabricados e duplicados em Portugal e da sua relação com as importações, fabrico e venda de suportes materiais a eles destinados; e) proceder à fiscalização de entidades que se dedicam ao fabrico, duplicação e distribuição de videogramas e fonogramas, assim como das que importam ou fabricam suportes materiais a eles destinados e das que procedem à impressão de capas para videogramas e fonogramas; f) assegurar a troca de experiências e de informação com todas as autoridades com competência fiscalizadora na área dos espectáculos e dos direitos de autor e conexos, nomeadamente a Guarda Nacional Republicana, Polícia de Segurança Pública e serviços fiscalizadores das autarquias locais, tendo em vista uma actuação coordenada no sector; g) efectuar estudos e elaborar relatórios que visem o aperfeiçoamento constante do sistema de inspecção e de controlo das áreas dos espectáculos e dos direitos de autor e conexos. Artigo 11.º Divisão de Inspecção de Gestão 1 À Direcção de Serviços de Inspecção, através da Divisão de Inspecção de Gestão, compete: a) proceder, por determinação superior ou nos termos do n.º 4 do presente artigo, a inspecções respeitantes à gestão e à situação económico financeira de quaisquer serviços ou organismos na dependência ou sob a tutela do Ministro da Cultura ou cujas receitas anuais estejam inscritas no orçamento do Ministério da Cultura em mais de 50%; b) efectuar auditorias de gestão dos organismos ou serviços referidos na alínea a), emitindo parecer nomeadamente sobre os documentos de prestação de contas, nos casos legalmente previstos ou determinados superiormente; c) realizar, mediante despacho do Ministro da Cultura, quaisquer outros trabalhos inspectivos na aplicação de subsídios atribuídos pelo Ministério da Cultura em empresas, associações ou fundações; d) propor superiormente as medidas correctivas decorrentes da sua actividade. 2 As inspecções têm por objectivo fiscalizar os aspectos essenciais relativos à legalidade, regularidade e qualidade do funcionamento das instituições e serviços referidos na alínea a) do n.º 1. 3 As auditorias de gestão têm como objectivo avaliar a boa gestão das instituições e serviços em termos de economia, eficiência e eficácia, designadamente através do controlo financeiro e orçamental e do acompanhamento da execução de projectos ou acções. 4 As inspecções referidas na alínea a) do n.º 1 terão carácter regular, de forma que todos os serviços ou organismos sob a dependência ou tutela do Ministro da Cultura sejam objecto de actividades inspectivas ao menos uma vez em cada triénio. 295

297 Artigo 12.º Direcção de Serviços de Licenciamento À Direcção de Serviços de Licenciamento compete dirigir e coordenar a actividade da Divisão de Recintos de Espectáculos e da Divisão de Registo e Controlo de Actividades Culturais. Artigo 13.º Divisão de Recintos de Espectáculos À Direcção de Serviços de Licenciamento, através da Divisão de Recintos de Espectáculos, compete: a) emitir parecer, nos termos da lei, sobre a conformidade dos projectos de construção, reconstrução, adaptação e alteração de recintos de espectáculos de natureza artística; b) verificar o cumprimento das disposições que se referem à manutenção das condições técnicas e de segurança dos recintos de espectáculos de natureza artística, através da realização de vistorias técnicas e da emissão das respectivas licenças; c) coordenar e definir normas orientadoras relacionadas com os processos de licenciamento de recintos de espectáculos de natureza artística; d) apoiar tecnicamente, sempre que necessário, as delegações regionais da cultura e as autarquias locais, nos casos previstos na lei; e) estudar e emitir parecer sobre os processos respeitantes à afectação a fins diferentes da exploração teatral ou cinematográfica de recintos licenciados como teatros, cineteatros e cinemas. Artigo 14.º Divisão de Registo e Controlo de Actividades Culturais À Direcção de Serviços de Licenciamento, através da Divisão de Registo e Controlo de Actividades Culturais, compete: a) proceder ao registo do direito de autor e das entidades de gestão colectiva de direitos de autor e conexos; b) organizar e preparar para classificação os processos relativos a filmes, videogramas e peças teatrais; c) organizar e preparar, para autenticação, os processos relativos a fonogramas produzidos e duplicados em Portugal; d) emitir parecer sobre a titularidade dos direitos de exploração de videogramas e fonogramas a distribuir em Portugal; e) prestar apoio técnico e administrativo à Comissão de Classificação de Espectáculos em todas as áreas da sua competência; f) emitir certificados e divulgar as classificações e autenticações referidas, respectivamente, nas alíneas a), b) e c) do presente artigo; g) emitir certificados de classificação dos videogramas que sejam reprodução de obra cinematográfica já classificada pela União Europeia. 296

298 Artigo 15.º Divisão de Estudos, Planeamento e Informação A Divisão de Estudos, Planeamento e Informação depende directamente do inspector geral, competindo lhe: a) efectuar estudos e elaborar material informativo sobre matérias da competência da IGAC, nomeadamente os destinados a apoiar as acções de licenciamento e fiscalização; b) recolher, receber e tratar as informações relativas às actividades culturais dos serviços e organismos do Ministério da Cultura e das entidades tuteladas e subsidiadas pelo mesmo; c) coordenar a elaboração dos planos anual e plurianual de actividades da IGAC; d) proceder ao acompanhamento, avaliação e controlo material e financeiro do plano e elaborar os respectivos relatórios de execução; e) promover, em colaboração com o serviço competente da Secretaria Geral do Ministério da Cultura, a realização de acções de formação e aperfeiçoamento profissional do pessoal; f) proceder à criação, manutenção e actualização de uma base de dados relativa a recintos e espectáculos de natureza artística, bem como de promotores de espectáculos e dos editores e distribuidores de filmes, videogramas e fonogramas. Artigo 16.º Serviço Regional do Porto 1 Ao Serviço Regional do Porto compete exercer as funções de delegado municipal na área do município do Porto e funções inspectivas nas áreas geográficas que lhe forem fixadas pelo inspector geral. 2 O Serviço Regional do Porto é dirigido por um chefe de divisão. Artigo 17.º Repartição Administrativa 1 À Repartição Administrativa compete assegurar os serviços de atendimento e expediente, administração de pessoal, financeira e patrimonial e de arquivo da IGAC. 2 A Repartição Administrativa integra as seguintes secções: a) Secção de Atendimento de Público e Assuntos Gerais; b) Secção de Pessoal e Expediente; c) Secção de Contabilidade; d) Secção de Economato e Património. 3 À Repartição Administrativa, através da Secção de Atendimento de Público e Assuntos Gerais, compete: a) assegurar o atendimento personalizado aos utentes da IGAC, prestando todas as informações e esclarecimentos que se revelem necessários; b) recolher, receber e tratar as informações relativas à actividade das delegações municipais da IGAC referidas no artigo 41.º do Decreto Lei n.º 315/95, de 28 de Novembro; c) organizar e manter actualizado o registo de todos os artistas tauromáquicos e respectivas categorias; 297

299 d) recepcionar e verificar da correcta instrução dos processos referentes à realização das provas de aptidão e de alternativa dos artistas tauromáquicos. 4 À Repartição Administrativa, através da Secção de Pessoal e Expediente, compete: a) proceder à recepção, classificação, registo e expedição de toda a correspondência e demais documentação; b) organizar e realizar as acções relativas ao recrutamento, selecção e administração dos recursos humanos da IGAC; c) organizar e manter actualizado o cadastro do pessoal e dos delegados municipais; d) assegurar o expediente relativo ao pessoal da IGAC. 5 À Repartição Administrativa, através da Secção de Contabilidade, compete: a) elaborar o projecto de orçamento da IGAC e preparar os elementos indispensáveis à elaboração do relatório financeiro; b) elaborar a conta de gerência; c) organizar e manter actualizada a contabilidade, conferindo, processando, liquidando e pagando as despesas relativas à execução dos orçamentos; d) promover a constituição e liquidação dos fundos permanentes, procedendo à sua regular verificação; e) processar as requisições mensais de fundos por conta das dotações atribuídas no Orçamento do Estado à IGAC; f) cobrar e processar as verbas referentes às vistorias e outras previstas na legislação sobre espectáculos e direitos de autor, classificação de videogramas e autenticação de fonogramas. 6 À Repartição Administrativa, através da Secção de Economato e Património, compete: a) assegurar a gestão do património afecto à IGAC e manter actualizado o respectivo cadastro; b) assegurar a aquisição de bens e serviços necessários ao normal funcionamento da IGAC; c) assegurar a gestão das viaturas ao serviço da IGAC, com vista ao seu aproveitamento racional; d) assegurar o funcionamento dos serviços de reprografia. 7 Adstrita à Secção de Contabilidade funciona uma tesouraria, coordenada por um tesoureiro. Artigo 18.º Delegados municipais 1 São delegados da IGAC: a) nos municípios sede de distrito, à excepção de Lisboa e Porto, o secretário do governo civil ou outro funcionário que o governador civil designar; b) nos restantes municípios, o funcionário da câmara municipal designado para o efeito pelo respectivo presidente. 2 O exercício de funções dos delegados e as respectivas competências são regulados pelos artigos 41.º e 42.º do Decreto Lei n.º 315/95, de 28 de Novembro. 298

300 CAPÍTULO III ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E PATRIMONIAL Artigo 19.º Instrumentos de gestão 1 A gestão financeira e patrimonial da IGAC é disciplinada pelos seguintes instrumentos de gestão: a) plano anual de actividades; b) orçamento anual; c) relatórios de actividades e financeiro. 2 Sem prejuízo do disposto no número anterior, podem ainda ser elaborados programas plurianuais de actividades e financeiros. Artigo 20.º Receitas 1 Constituem receitas da IGAC, além das dotações que lhe sejam atribuídas no Orçamento do Estado: a) o produto da venda de publicações e outros trabalhos editados pela IGAC, bem como dos direitos de autor aos mesmos referentes; b) as taxas e outras receitas devidas pela prestação de serviços pela IGAC ou resultantes do exercício da sua actividade; c) os saldos anuais de contas de gerência, excluídos os saldos resultantes das dotações que lhe forem atribuídas pelo Orçamento do Estado; d) os juros de conta ou depósitos; e) quaisquer receitas que lhe sejam atribuídas por lei, contrato ou outro título. 2 As receitas enumeradas no número anterior são afectas ao pagamento das despesas da IGAC, mediante inscrição de dotações com compensação em receitas. 3 A IGAC privilegiará a criação de sistemas que assegurem a cobrança automática e o registo informático das verbas arrecadadas no e por força do exercício das suas funções inspectivas ou processuais. CAPÍTULO IV PESSOAL Artigo 21.º Quadro de pessoal A IGAC dispõe do quadro de pessoal dirigente constante do mapa I anexo ao presente diploma e que dele faz parte integrante, bem como do quadro de pessoal a aprovar por portaria conjunta dos Ministros das Finanças e da Cultura e do membro do Governo responsável pela Administração Pública. Artigo 22.º Carreiras de inspecção O pessoal de inspecção integra as carreiras de regime especial de inspector superior e de subinspector de espectáculos e direito de autor. 299

301 Artigo 23.º Carreira de inspector superior A carreira de inspector superior desenvolve se pelas categorias de inspector superior principal, inspector superior, inspector principal e inspector. Artigo 24.º Ingresso na carreira de inspecção superior 1 O recrutamento para ingresso na carreira de inspector superior é feito, na categoria de inspector, de entre indivíduos com licenciatura adequada ao exercício das funções a desempenhar na IGAC, aprovados em estágio com duração de um ano, que integra um curso de formação específica. 2 A admissão ao estágio faz se de acordo com as normas estabelecidas para os concursos de ingresso nas carreiras do grupo de pessoal técnico superior. Artigo 25.º Acesso na carreira de inspector superior O acesso na carreira de inspector superior efectua se mediante concurso e rege se pelas seguintes regras: a) para o lugar de inspector superior principal, de entre inspectores superiores com, pelo menos, três anos de serviço na respectiva categoria classificados de Muito bom ou cinco anos classificados de Bom; b) para o lugar de inspector superior, de entre inspectores principais com, pelo menos, três anos de serviço na respectiva categoria classificados de Muito bom ou cinco anos classificados de Bom, habilitados com a frequência de acções de aperfeiçoamento e de reciclagem profissionais; c) para o lugar de inspector principal, de entre inspectores com, pelo menos, três anos de serviço na respectiva categoria classificados de Muito bom ou cinco anos classificados de Bom. Artigo 26.º Regime de estágio para ingresso na carreira de inspector superior 1 Aos estagiários da carreira de inspector superior são aplicadas as disposições previstas no artigo 5.º do Decreto Lei n.º 265/88, de 28 de Julho, com as alterações introduzidas pelo Decreto Lei n.º 427/89, de 7 de Dezembro, em tudo o que não seja regulado pelo presente diploma. 2 Os estagiários são nomeados na categoria de ingresso do grupo a que se destinam, em número que não pode ser superior em mais de 30% ao das vagas colocadas a concurso. 3 A desistência e a não admissão dos estagiários aprovados que excedam o número de vagas fixado implica a imediata cessação da comissão de serviço extraordinária ou a rescisão do contrato administrativo de provimento, sem que tal confira direito a qualquer indemnização. 4 O regulamento do estágio é aprovado por portaria conjunta do Ministro da Cultura e do membro do Governo responsável pela área da Administração Pública. 300

302 Artigo 27.º Conteúdo funcional Ao pessoal da carreira de inspecção superior compete: a) conceber, coordenar e executar acções inspectivas e de auditoria e trabalhos de fiscalização, vigilância e controlo; b) efectuar estudos e informações e elaborar relatórios visando o aperfeiçoamento constante dos sistemas de inspecção, controlo e vigilância e das auditorias de gestão; c) realizar inquéritos, sindicâncias, averiguações e instruir processos disciplinares; d) propor acções de colaboração com as entidades a quem a lei atribua competência de fiscalização, vigilância e controlo em matéria de espectáculos, recintos de espectáculos e direitos de autor e conexos; e) propor acções de inspecção e auditoria e de fiscalização, vigilância e controlo, nomeadamente para apuramento de situações que cheguem ao seu conhecimento. Artigo 28.º Carreira de subinspector de espectáculos e direitos de autor 1 A carreira de subinspector de espectáculos e direito de autor desenvolve se pelas categorias de subinspector adjunto especialista de 1.ª classe, subinspector adjunto especialista, subinspector adjunto principal, subinspector adjunto de 1.ª classe e subinspector adjunto de 2.ª classe. 2 As regras gerais de ingresso e acesso na carreira de subinspector de espectáculos e direito de autor são as definidas pela lei geral para o grupo de pessoal técnico profissional, nível 4, sem prejuízo do disposto nos números seguintes. 3 O recrutamento para a categoria de subinspector adjunto de 2.ª classe da carreira de subinspector pode ainda fazer se de entre indivíduos habilitados com o 11.º ano de escolaridade, ou equivalente, aprovados em estágio. 4 A admissão ao estágio para ingresso na carreira de subinspector é feita de acordo com o disposto no n.º 2 do artigo 26.º Artigo 29.º Regime de estágio para ingresso na carreira de subinspector de espectáculos e direito de autor 1 Aos estagiários da carreira de subinspector são aplicadas as disposições previstas no artigo 5.º do Decreto Lei n.º 265/88, de 28 de Julho, com as alterações introduzidas pelo Decreto Lei n.º 427/89, de 7 de Dezembro, em tudo o que não seja regulado pelo presente diploma. 2 O estágio para ingresso na carreira de subinspector tem a duração de um ano e compreende a frequência de um curso de formação com aulas teóricas e práticas, com a duração mínima de seis meses, seguida de prestação de serviço predominantemente externo durante um período máximo de seis meses, devendo o estagiário apresentar um relatório sobre a actividade desenvolvida. 3 A frequência do curso de formação com aproveitamento é condição necessária para a passagem à fase seguinte do estágio. 301

303 4 O curso de formação referido no número anterior será regulamentado por portaria conjunta do Ministro da Cultura e do membro do Governo responsável pela área da Administração Pública. Artigo 30.º Conteúdo funcional As funções do pessoal da carreira de subinspector de espectáculos e direito de autor compreendem, em especial: a) a fiscalização do cumprimento das disposições legais referentes a espectáculos de natureza artística, direitos de autor e conexos, videogramas, fonogramas ou outros suportes de obras protegidas pelo Código do Direito de Autor e dos Direitos Conexos, ou a estas legalmente equiparadas; b) o levantamento de autos de notícia pelas infracções detectadas; c) a colaboração com as outras autoridades policiais e administrativas com competências fiscalizadoras sobre a área dos espectáculos e direitos de autor; d) a prática de actos processuais em inquéritos e em processos de contra ordenação; e) a realização de exames periciais; f) o arrolamento e a apreensão de videogramas, fonogramas ou de outros suportes de obras protegidas pelo Código do Direito de Autor e dos Direitos Conexos ou a estas equiparadas, ilegalmente produzidos, bem como de equipamentos, materiais e documentos em relação aos quais haja suspeita de terem sido utilizados ou destinarem se à prática de infracção; g) a condução de viaturas oficiais quando no desempenho das suas funções. Artigo 31.º Poderes O pessoal dirigente e das carreiras de inspecção é detentor dos seguintes poderes de autoridade: a) livre acesso e permanência pelo tempo que for necessário à conclusão da acção inspectora em todos os serviços e estabelecimentos onde tenha de exercer as suas funções, sem necessidade de aviso prévio, nomeadamente nos recintos de espectáculos de natureza artística e estabelecimentos ou locais destinados à distribuição, fabrico e armazenamento, venda ou aluguer de filmes, videogramas, fonogramas ou respectivos suportes materiais; b) levantamento de autos de notícia pelas infracções detectadas; c) utilização, nos locais de trabalho, por cedência dos respectivos dirigentes, de instalações adequadas ao exercício das respectivas funções em condições de dignidade e eficácia; d) obtenção, para auxílio nas acções a desenvolver nas instituições e serviços, da cedência de material e equipamento, bem como a colaboração do respectivo pessoal; e) requisição para consulta ou junção aos autos, de processos ou documentos; f) proceder, nos termos legais, à selagem de instalações, dependências, cofres ou móveis e apreender documentos ou objectos de prova, lavrando o competente auto de diligências, ao arrolamento e apreensão de videogramas, fonogramas 302

304 ou outros suportes de obras protegidas nos termos do Código do Direito de Autor e dos Direitos Conexos ilegalmente produzidos, bem como dos materiais e equipamentos destinados a essa produção ilícita; g) corresponder se, quando em serviço, com entidades públicas ou privadas, para obtenção de elementos de interesse para o exercício das suas funções; h) requisição às autoridades policiais e administrativas da colaboração que se mostre necessária à execução das suas funções; i) participação ao Ministério Público, para efeitos do disposto na lei penal, da recusa de informações ou elementos solicitados, bem como da falta injustificada de colaboração; j) proceder, por si ou através de autoridade administrativa ou policial competente, e cumpridas as formalidades legais, a notificações a que haja lugar em processos de cuja instrução estejam incumbidos; l) uso e porte de arma em defesa, com dispensa da respectiva licença, nos termos da legislação em vigor. Artigo 32.º Dever de cooperação 1 Os titulares dos órgãos de direcção, bem como os funcionários e agentes das entidades sujeitas aos poderes de inspecção e fiscalização da IGAC, são obrigados a prestar todas as informações e esclarecimentos, a facultar documentos e a prestar toda a demais colaboração que lhes for solicitada, no âmbito das respectivas atribuições. 2 A comparência para a prestação de declarações ou depoimentos em processos de inquérito, de sindicância ou disciplinares por responsáveis e funcionários ou agentes dos organismos do Estado é requisitada à entidade de que dependem e só poderá ser recusada por motivo de serviço público inadiável. 3 A recusa da colaboração devida e a oposição ao exercício da acção inspectiva e fiscalizadora da IGAC fazem incorrer o infractor em responsabilidade disciplinar e criminal, nos termos da lei. Artigo 33.º Sigilo profissional 1 O pessoal de inspecção, bem como todos os funcionários da IGAC, em serviço de apoio à inspecção, são obrigados a guardar especial sigilo sobre os factos de que tenham conhecimento em resultado do exercício das suas funções. 2 Todas as reclamações, queixas ou denúncias dirigidas aos serviços da IGAC são confidenciais. Artigo 34.º Regime de duração do trabalho 1 O regime de duração do trabalho do pessoal das carreiras de inspecção e de outros funcionários que colaborem com aquele em acções inspectivas é o estabelecido para a função pública, podendo, no entanto, as respectivas funções ser exercidas a qualquer hora, consoante as necessidades do serviço. 303

305 2 Os funcionários referidos no número anterior que tenham de prestar serviço nos dias de descanso semanal ou feriados têm direito a igual período de descanso num dos oito dias seguintes. Artigo 35.º Remunerações 1 A estrutura indiciária das carreiras de inspecção consta do mapa II anexo ao presente diploma, que dele faz parte integrante. 2 Os estagiários são remunerados de acordo com o mapa mencionado no número anterior, sem prejuízo do direito de opção pela remuneração do lugar de origem, no caso de pessoal já vinculado à função pública. Artigo 36.º Suplemento O pessoal dirigente e o das carreiras de inspecção da IGAC tem direito a um suplemento que será fixado nos termos do artigo 12.º do Decreto Lei n.º 353 A/89, de 16 de Outubro. Artigo 37.º Cartão de identificação 1 O pessoal da IGAC tem direito ao uso de cartão de identificação, de modelo a aprovar por despacho do Ministro da Cultura. 2 O pessoal dirigente e o pessoal das carreiras de inspecção têm direito ao uso de cartão de identificação e livre trânsito de modelo aprovado por despacho do Ministro da Cultura. CAPÍTULO V DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS Artigo 38.º Cessação das comissões de serviço 1 Com a entrada em vigor do presente diploma cessam as comissões de serviço do pessoal dirigente anteriormente nomeado em cargos dirigentes da Direcção Geral dos Espectáculos. 2 Sem prejuízo do disposto no número anterior e até à nomeação dos novos titulares, o pessoal referido manter se á em funções de gestão corrente, nas unidades orgânicas da IGAC que sucedam ou integrem funcionalmente as competências daquelas em que se encontravam nomeados. 3 A identificação nominal das situações previstas no número anterior será efectuada por despacho do Ministro da Cultura. 4 Sempre que a complexidade e responsabilidade do conteúdo funcional dos cargos referidos o justificar, poderão os mesmos, alternativamente, ser exercidos em regime de substituição, podendo tal nomeação recair nos titulares das comissões de serviço cessantes. 5 O disposto nos números anteriores não prejudica a possibilidade da renomeação do pessoal aí referido para os novos cargos, nos termos da lei. 304

306 Artigo 39.º Normas de transição 1 Os funcionários do quadro da Direcção Geral dos Espectáculos (DGESP), bem como, precedendo requerimento, o pessoal requisitado e destacado que preste serviço na DGESP à data da publicação do presente diploma, transitam para o quadro de pessoal da IGAC: a) para a mesma carreira, categoria e escalão que o funcionário possui; b) para a carreira que integra as funções efectivamente desempenhadas, respeitadas as habilitações legalmente exigidas, em categoria e escalão que resulte da aplicação das regras estabelecidas no artigo 18.º do Decreto Lei n.º 353 A/89, de 16 de Outubro; c) a categoria referida na alínea anterior corresponde à mais elevada, que comporte remuneração indiciária imediatamente superior à efectivamente auferida na categoria de origem. 2 O disposto na alínea b) do número anterior é aplicável: a) quando se verificar extinção de carreiras; b) quando se verificarem desajustamentos entre as funções desempenhadas e o conteúdo funcional da carreira em que o funcionário se encontrava provido. 3 Nas situações previstas na alínea b) do n.º 1, será considerado, para efeitos de promoção e progressão, o tempo de serviço prestado anteriormente, em idêntico desempenho na categoria de que transitam. 4 A transição de pessoal para o quadro da IGAC é feita por lista nominativa aprovada por despacho do Ministro da Cultura, sujeita a fiscalização prévia do Tribunal de Contas e publicação no Diário da República. 5 Em correspondência com o previsto no artigo 46.º, a transição do pessoal funcionalmente enquadrado pelas competências da Divisão de Divulgação e Gestão de Espaços efectuar se á para o quadro de pessoal do Instituto Português das Artes do Espectáculo, nos termos fixados no diploma que aprovar a respectiva estrutura orgânica. Artigo 40.º Transição de pessoal das carreiras de inspecção A transição de pessoal das carreiras de inspecção para as novas carreiras faz se de acordo com as regras seguintes: a) os funcionários providos em lugares da carreira de inspector de espectáculos e direitos de autor, de acordo com o mapa III anexo ao presente diploma; b) os funcionários providos em lugares da carreira de subinspector transitam para a nova carreira de subinspector de espectáculos e direitos de autor, para categoria e escalão que resultem da aplicação das regras estabelecidas no artigo 18.º do Decreto Lei n.º 353 A/89, de 16 de Outubro. Artigo 41.º Transição do pessoal da carreira de consultor jurídico 1 Os funcionários da carreira de consultor jurídico podem transitar para a carreira de inspecção superior da IGAC, de acordo com o mapa III anexo ao presente diploma e que dele faz parte integrante, desde que o requeiram, no prazo de 90 dias a contar da data da entrada em vigor do presente diploma, ao Ministro da Cultura. 305

307 2 Ficam dispensados da frequência das acções de formação a que se refere a alínea b) do n.º 1 do artigo 25.º os assessores da DGESP que transitem para a carreira de inspector superior nos termos do n.º 1, desde que tenham mais de seis anos de serviço prestados na DGESP na respectiva carreira classificados de Muito bom. Artigo 42.º Escalões de transição 1 A transição presente na alínea a) do n.º 1 do artigo 40.º e no n.º 1 do artigo 41.º operar se á da seguinte forma: a) os assessores principais, assessores, técnicos superiores principais e técnicos superiores de 1.ª classe transitam para as novas categorias no escalão que possuam à data da transição; b) os técnicos superiores de 2.ª classe transitam para o escalão 1 da categoria de inspector ou para o escalão a que corresponda remuneração igual ou imediatamente superior à que já auferem, considerando o índice remuneratório do seu escalão de origem. 2 Na situação prevista na parte final da alínea b) do número anterior, os funcionários permanecerão no escalão de transição até que, pelo decurso do período normal de progressão na categoria ou por efeito de acesso na carreira, adquiram direito a escalão da estrutura remuneratória a que corresponda índice igual ou superior. Artigo 43.º Recrutamento transitório de pessoal para a carreira de inspector superior 1 Mediante despacho de autorização do Ministro da Cultura, nos três primeiros anos contados a partir da entrada em vigor do presente diploma, podem candidatar se aos concursos para lugares da carreira de inspecção superior até à categoria de inspector principal, inclusive, técnicos superiores com pelo menos três anos de serviço na carreira e possuidores de licenciatura adequada à respectiva área funcional, ficando sujeitos à aprovação no estágio, que integra o curso de formação específica a que se refere o artigo 24.º 2 Em caso de aprovação no concurso e estágio, o ingresso na carreira de inspecção superior faz se aplicando se, com as devidas adaptações, a tabela de correspondência fixada no mapa III anexo ao presente diploma. Artigo 44.º Cargos de chefia administrativa A transição dos chefes de secção e de repartição fica condicionada à adequação funcional aos cargos previstos na estrutura aprovada pelo presente diploma, podendo, através do recurso aos instrumentos de mobilidade previstos na lei, ser funcionalmente reafectados para cargos de chefia em qualquer dos organismos do Ministério da Cultura. Artigo 45.º Concursos, contratos, requisições e destacamentos 1 Mantêm se válidos os concursos abertos anteriormente à data da entrada em vigor do presente diploma, bem como os contratos de pessoal que se encontrem em execu- 306

308 ção, exceptuada a ocorrência, automática ou superveniente, de fundamentação para a sua cessação a qualquer título. 2 Mantêm se até ao termo da sua validade, salvo despacho em contrário a emitir no prazo de 30 dias após a transição para o novo quadro de pessoal, as requisições e destacamentos de pessoal da DGESP noutros serviços ou destes na DGESP. 3 A IGAC assegurará a continuidade da aquisição de serviços aos elementos da denominada «Orquestra Clássica do Porto» até à extinção das obrigações existentes. Artigo 46.º Dependência transitória 1 Mantém se transitoriamente integrada na IGAC a Divisão de Divulgação e Gestão de Espaços, com a competência prevista no artigo 23.º do Decreto Lei n.º 106 B/92, de 1 de Junho, até à sua extinção concomitante com a entrada em vigor do diploma que aprove a estrutura orgânica do Instituto Português das Artes do Espectáculo. 2 Até à entrada em vigor do diploma orgânico da Comissão de Classificação de Espectáculos, mantém se, igualmente, em vigor a regulamentação constante dos artigos 5.º a 8.º do Decreto Lei n.º 106 B/92, de 1 de Junho. Artigo 47.º Sucessão A IGAC sucede nos direitos e obrigações que se encontravam na titularidade da DGESP, sem necessidade de quaisquer formalidades, exceptuados os registos, para os quais constitui título bastante o presente diploma. Artigo 48.º Revogações Com a entrada em vigor do presente diploma ficam revogados: a) as disposições do Decreto Lei n.º 106 B/92, de 1 de Junho, não excepcionadas por força do disposto no artigo 46.º; b) os artigos 1.º a 4.º do Decreto Lei n.º 6/94, de 12 de Janeiro; c) o Decreto Lei n.º 222/95, de 8 de Setembro. Artigo 49.º Entrada em vigor O presente diploma entra em vigor no dia imediato ao da respectiva publicação. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 16 de Dezembro de António Manuel de Oliveira Guterres António Luciano Pacheco de Sousa Franco José Eduardo Vera Cruz Jardim Manuel Maria Ferreira Carrilho Jorge Paulo Sacadura Almeida Coelho. Promulgado em 14 de Março de Publique se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO. Referendado em 19 de Março de O Primeiro Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres. 307

309 MAPA I Quadro de pessoal dirigente da IGAC, a que se refere o artigo 21.º MAPA II 304 MAPA III Transição do pessoal das carreiras de inspector de espectáculos e direitos de autor e de consultor jurídico, a que se referem os artigos 40.º e 41.º Decreto Regulamentar n.º 11/2001, de 19 de Junho (Escalas salariais) As carreiras de inspector superior e de subinspector de espectáculos e direito de autor do quadro de pessoal da Inspecção Geral das Actividades Culturais encontram se legalmente caracterizadas como carreiras de regime especial, nos termos da respectiva Lei Orgânica, aprovada pelo Decreto Lei n.º 80/97, de 8 de Abril. Assim, torna se necessário promover a reestruturação daquelas carreiras por aplicação dos princípios definidos no Decreto Lei n.º 404 A/98, de 18 de Dezembro, para as carreiras de regime geral, mediante decreto regulamentar, nos termos do n.º 3 do seu artigo 17.º 304 Vide, mapa anexo ao Decreto Regulamentar n.º 11/2001, de 19 de Junho. 308

310 te: Foram observados os procedimentos decorrentes da Lei n.º 23/98, de 26 de Maio. Assim: Nos termos da alínea c) do artigo 199.º da Constituição, o Governo decreta o seguin- Artigo 1.º Carreiras de inspecção As carreiras de inspecção da Inspecção Geral das Actividades Culturais (IGAC) do Ministério da Cultura, e respectivas condições de ingresso e acesso, são caracterizadas no Decreto Lei n.º 80/97, de 8 de Abril, e legislação complementar, sem prejuízo das disposições seguintes. Artigo 2.º Escalas salariais As escalas salariais das carreiras de inspector superior e de subinspector de espectáculos e direito de autor da IGAC constam do mapa anexo ao presente diploma, do qual faz parte integrante. Artigo 3.º Transição 1 Sem prejuízo do disposto no número seguinte, a transição faz se para a mesma carreira e categoria. 2 A transição dos funcionários integrados na carreira de subinspector de espectáculos e direito de autor faz se de acordo com as seguintes regras: a) os subinspectores adjuntos especialistas de 1.ª classe, para a categoria de subinspector adjunto especialista principal; b) os subinspectores adjuntos especialistas e os subinspectores adjuntos principais para a categoria de subinspector adjunto especialista; c) os subinspectores adjuntos de 1.ª classe para a categoria de subinspector -adjunto principal; d) os subinspectores adjuntos de 2.ª classe para a categoria de subinspector -adjunto de 1.ª classe. 3 As transições a que se reportam os números anteriores efectuam se para o escalão a que corresponde, na estrutura da categoria, índice remuneratório igual ou, se não houver coincidência, índice superior mais aproximado. 4 Aos actuais subinspectores adjuntos especialistas, o tempo de serviço prestado nas categorias de subinspector adjunto principal e subinspector adjunto especialista conta, para efeitos de promoção, como prestado na categoria de subinspector adjunto especialista. 5 Releva para efeitos de progressão o tempo de permanência no índice de origem, nos casos em que da aplicação da regra contida no n.º 3 resultar um impulso igual ou inferior a 10 pontos. 309

311 Artigo 4.º Alteração do quadro de pessoal O quadro de pessoal da IGAC, aprovado pela Portaria n.º 986/98, de 24 de Novembro, considera se automaticamente alterado, nos seguintes termos: a) as dotações das categorias de inspector superior principal e de inspector superior são convertidas em dotação global, com efeitos reportados a 1 de Janeiro de 1999; b) as dotações das categorias de inspector principal e de inspector são convertidas em dotação global; c) a dotação da categoria de subinspector adjunto especialista principal corresponde ao número de lugares de subinspector adjunto especialista de 1.ª classe; d) a dotação da categoria de subinspector adjunto especialista corresponde à soma do número de lugares de subinspector adjunto especialista e de subinspector adjunto principal; e) a dotação da categoria de subinspector adjunto principal corresponde ao número de lugares de subinspector adjunto de 1.ª classe; f) a dotação da categoria de subinspector adjunto de 1.ª classe corresponde ao número de lugares de subinspector adjunto de 2.ª classe. Artigo 5.º Regime supletivo Em tudo o que não estiver especificamente regulado no presente diploma aplica se o Decreto Lei n.º 404 A/98, de 18 de Dezembro, alterado pela Lei n.º 44/99, de 11 de Junho. Artigo 6.º Produção de efeitos 1 O presente diploma produz efeitos a 1 de Janeiro de Das transições decorrentes deste diploma não poderão resultar, em 1998, impulsos salariais superiores a 15 pontos indiciários. 3 Nos casos em que se verificam impulsos salariais superiores, o direito à totalidade da remuneração só se adquire em 1 de Janeiro de Aos funcionários que, em 1998, adquirissem, por progressão na anterior escala salarial, o direito a remuneração superior à que lhes é atribuída de acordo com os anteriores n. os 2 e 3 é garantida, entre o momento da progressão e 31 de Dezembro de 1998, a remuneração correspondente ao índice para o qual progrediriam naquela escala salarial. 5 O disposto nos números anteriores não impede a integração formal no escalão que resultar da aplicação das regras de transição. 6 Os funcionários que se aposentaram durante o ano de 1998 e até à entrada em vigor do presente diploma terão a sua pensão de aposentação calculada com base no índice que couber ao escalão em que ficarem posicionados. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 12 de Abril de António Manuel de Oliveira Guterres Joaquim Augusto Nunes Pina Moura José Estêvão Cangarato Sasportes Alberto de Sousa Martins. Promulgado em 23 de Maio de Publique se. 310

312 O Presidente da República, JORGE SAMPAIO. Referendado em 31 de Maio de O Primeiro Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres. ANEXO Mapa que se refere o artigo 2.º Decreto Regulamentar n.º 21/2002, de 22 de Março (Carreiras e escalas salariais) Considerando que o Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril, veio estabelecer os princípios gerais enquadradores das carreiras de inspecção da Administração Pública; Considerando que, por outro lado, foram cometidas as atribuições de inspecção e auditoria à Inspecção-Geral das Actividades Culturais através do Decreto-Lei n.º 80/97, de 8 de Abril: Importa, assim, cuidar, nesta sede, da referida aplicação do Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril, às carreiras de inspecção da Inspecção-Geral das Actividades Culturais, bem como consagrar o respectivo conteúdo funcional e as regras próprias de transição. Considerando que, deste modo, o presente diploma apenas visa regulamentar a aplicação de normas constitutivas de direitos já aprovadas no mencionado Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril; Considerando a inexistência de disposições que não revistam decorrente carácter executivo de âmbito administrativo; Tendo, finalmente, em conta que o Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril, define quer o prazo para a aprovação dos diplomas regulamentares, quer a produção de efeitos retroactivos, implicando a inerente acumulação continuada de encargos orçamentais, tornase inadiável e imprescindível a sua aprovação. 311

SISTEMA DE CONTROLO INTERNO. Coletânea de Legislação

SISTEMA DE CONTROLO INTERNO. Coletânea de Legislação SISTEMA DE CONTROLO INTERNO Coletânea de Legislação Lisboa 2016 Direção Presidente do Tribunal de Contas de Portugal Carlos Alberto Morais Antunes Coordenação Diretor Geral do Tribunal de Contas José F.

Leia mais

Decreto-Lei n.º 156/99, de 10 de Maio Estabelece o regime dos sistemas locais de saúde

Decreto-Lei n.º 156/99, de 10 de Maio Estabelece o regime dos sistemas locais de saúde Estabelece o regime dos sistemas locais de saúde Pelo Decreto-Lei n.º 11/93, de 15 de Janeiro, foi aprovado o Estatuto do Serviço Nacional de Saúde, que veio estabelecer o conceito de unidades integradas

Leia mais

Decreto-Lei n.º 162/2007 de 3 de Maio

Decreto-Lei n.º 162/2007 de 3 de Maio Decreto-Lei n.º 162/2007 de 3 de Maio No quadro das orientações definidas pelo Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado (PRACE) e dos objectivos do Programa do Governo no tocante à

Leia mais

Ministério da Ciência e Tecnologia

Ministério da Ciência e Tecnologia Ministério da Ciência e Tecnologia Regulamento Interno do Gabinete de Inspecção e Fiscalização Decreto executivo n.º 41/02 de 20 de Setembro Considerando que o Decreto Lei nº15/99, de 8 de Outubro, aprova

Leia mais

Ministério da Comunicação Social;

Ministério da Comunicação Social; Ministério da Comunicação Social Decreto Executivo N. 75 / 2007 de 2 de Julho Convindo regulamentar o funcionamento do Gabinete de Inspecção do Ministério da Comunicação Social; Nestes termos, ao abrigo

Leia mais

Decreto Relativo à organização e às modalidades de funcionamento da Direcção Geral dos Concursos Públicos

Decreto Relativo à organização e às modalidades de funcionamento da Direcção Geral dos Concursos Públicos Decreto Relativo à organização e às modalidades de funcionamento da Direcção Geral dos Concursos Públicos Decreto N.º./2011 de de.. Preâmbulo Considerando a necessidade de reestruturação da Direcção Geral

Leia mais

Diploma. Aprova a orgânica da Secretaria-Geral do Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia

Diploma. Aprova a orgânica da Secretaria-Geral do Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia Diploma Aprova a orgânica da Secretaria-Geral do Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia Decreto-Lei n.º 54/2014 de 9 de abril O Decreto-Lei n.º 119/2013, de 21 de agosto, alterou a

Leia mais

5946 DIÁRIO DA REPÚBLICA I SÉRIE-A N. o

5946 DIÁRIO DA REPÚBLICA I SÉRIE-A N. o 5946 DIÁRIO DA REPÚBLICA I SÉRIE-A N. o 257 6-11-1998 Artigo 29. o Código das Sociedades Comerciais 1 O disposto nos artigos 29. o, 201. o, 204. o, 218. o, 219. o, 238. o, 250. o, 262. o, 276. o, 384.

Leia mais

CONSELHO DE MINISTROS PROPOSTA DE LEI Nº /IX /2017 DE DE

CONSELHO DE MINISTROS PROPOSTA DE LEI Nº /IX /2017 DE DE CONSELHO DE MINISTROS PROPOSTA DE LEI Nº /IX /2017 DE DE ASSUNTO: Procede à primeira alteração à Lei n.º 89/VII/2011, de 14 de fevereiro, que aprova a Orgânica do Ministério Público. EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

Leia mais

Decreto-Lei nº 36/96 de 23 de Setembro

Decreto-Lei nº 36/96 de 23 de Setembro Quadro Privativo do pessoal da Inspecção da Educação Decreto-Lei nº 36/96 de 23 de Setembro Decreto-Lei nº 36/96 de 23 de Setembro A dinâmica já imprimida ao processo de reforma educativa, as exigências

Leia mais

JORNAL OFICIAL. Sumário REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA. Terça-feira, 20 de outubro de Série. Número 161

JORNAL OFICIAL. Sumário REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA. Terça-feira, 20 de outubro de Série. Número 161 REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA JORNAL OFICIAL Terça-feira, 20 de outubro de 2015 Série Sumário SECRETARIAS REGIONAIS DAS FINANÇAS E DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E DA ECONOMIA, TURISMO E CULTURA Portaria n.º 195/2015

Leia mais

Aprova o regulamento orgânico da Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos

Aprova o regulamento orgânico da Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos DECRETO N.º 116/XI Aprova o regulamento orgânico da Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte:

Leia mais

Diploma. Estabelece o regime remuneratório dos funcionários que integram as carreiras constantes do quadro de pessoal da Direcção-Geral das Alfândegas

Diploma. Estabelece o regime remuneratório dos funcionários que integram as carreiras constantes do quadro de pessoal da Direcção-Geral das Alfândegas Diploma Estabelece o regime remuneratório dos funcionários que integram as carreiras constantes do quadro de pessoal da Direcção-Geral das Alfândegas Decreto-Lei n.º 274/90 de 7 de Setembro Em momento

Leia mais

ARTIGO 1. O artigo 4 do decreto n 23/01, de 12 de Abril passa a ter a seguinte redacção: Artigo 4. (Direcção dos Serviços de Auditoria e Fiscalização)

ARTIGO 1. O artigo 4 do decreto n 23/01, de 12 de Abril passa a ter a seguinte redacção: Artigo 4. (Direcção dos Serviços de Auditoria e Fiscalização) ARTIGO 1 O artigo 4 do decreto n 23/01, de 12 de Abril passa a ter a seguinte redacção: Artigo 4 (Direcção dos Serviços de Auditoria e Fiscalização) 1. A direcção dos serviços de Auditoria e Fiscalização

Leia mais

Decreto-Lei n.º 400/74 de 29 de Agosto

Decreto-Lei n.º 400/74 de 29 de Agosto Decreto-Lei n.º 400/74 de 29 de Agosto Artigo 1.º...2 Artigo 2.º...2 Artigo 3.º...2 Artigo 4.º...2 Artigo 5.º...2 Artigo 6.º...3 Artigo 7.º...3 Artigo 8.º...3 Artigo 9.º...3 Artigo 10.º...4 Artigo 11.º...4

Leia mais

PROTOCOLO DE COOPERAÇÃO NO DOMÍNIO DAS FINANÇAS PÚBLICAS ENTRE A REPÚBLICA PORTUGUESA E A REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE.

PROTOCOLO DE COOPERAÇÃO NO DOMÍNIO DAS FINANÇAS PÚBLICAS ENTRE A REPÚBLICA PORTUGUESA E A REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE. Decreto n.º 11/99 Protocolo de Cooperação no Domínio das Finanças Públicas entre a República Portuguesa e a República de Moçambique, assinado em Maputo aos 10 de Outubro de 1998 Nos termos da alínea c)

Leia mais

MINISTÉRIO DOS ANTIGOS COMBATENTES E VETERANOS DE GUERRA

MINISTÉRIO DOS ANTIGOS COMBATENTES E VETERANOS DE GUERRA MINISTÉRIO DOS ANTIGOS COMBATENTES E VETERANOS DE GUERRA Decreto lei n.º 14/99 de 16 de Setembro Havendo necessidade de se dotar o Ministério dos Amigos Combatentes e Veteranos de Guerra de um estatuto

Leia mais

INSTITUTO DO DESPORTO DE PORTUGAL, I.P. Decreto-Lei n.º 169/2007 de 3 de Maio

INSTITUTO DO DESPORTO DE PORTUGAL, I.P. Decreto-Lei n.º 169/2007 de 3 de Maio INSTITUTO DO DESPORTO DE PORTUGAL, I.P. Decreto-Lei n.º 169/2007 de 3 de Maio (Texto rectificado nos termos da Declaração de Rectificação n.º 55/2007, publicada no Diário da República, I Série, n.º 114,

Leia mais

REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA

REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 1136 Diário da República, 1.ª série N.º 35 19 de Fevereiro de 2008 REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA Assembleia Legislativa Decreto Legislativo Regional n.º 5/2008/M Altera a orgânica da Inspecção Regional das

Leia mais

ADAPTA A LEI N.º 12-A/2008, DE 2/2, AOS TRABALHADORES QUE EXERCEM FUNÇÕES PÚBLICAS NA AP

ADAPTA A LEI N.º 12-A/2008, DE 2/2, AOS TRABALHADORES QUE EXERCEM FUNÇÕES PÚBLICAS NA AP Página 1 de 7 [ Nº de artigos:20 ] DL n.º 209/2009, de 03 (versão actualizada) ADAPTA A LEI N.º 12-A/2008, DE 2/2, AOS TRABALHADORES QUE EXERCEM FUNÇÕES PÚBLICAS NA AP Contém as seguintes alterações: -

Leia mais

4724 DIÁRIO DA REPÚBLICA

4724 DIÁRIO DA REPÚBLICA 4724 DIÁRIO DA REPÚBLICA ARTIGO 7.º (Inscrição no OGE) São inscritas no Orçamento Geral do Estado as verbas indispensáveis para acorrer ao serviço da Dívida Pública Directa, regulada pelo presente Diploma.

Leia mais

CONSELHO SUPERIOR DE DESPORTO

CONSELHO SUPERIOR DE DESPORTO CONSELHO SUPERIOR DE DESPORTO Estabelece a natureza, a composição, as competências e o funcionamento do Conselho Superior de Desporto Decreto-Lei n.º 52/97 de 4 de Março (Alterado pelo Decreto-Lei n.º

Leia mais

MINISTÉRIO DO TRABALHO E DA SOLIDARIEDADE. N. o DIÁRIO DA REPÚBLICA I SÉRIE-A. Artigo 7. o

MINISTÉRIO DO TRABALHO E DA SOLIDARIEDADE. N. o DIÁRIO DA REPÚBLICA I SÉRIE-A. Artigo 7. o N. o 87 14-4-1998 DIÁRIO DA REPÚBLICA I SÉRIE-A 1599 Artigo 7. o Transição 1 O Instituto Superior de Matemática e Gestão de Lisboa, estabelecimento de ensino reconhecido oficialmente, ao abrigo do disposto

Leia mais

Jornal da República. Artigo 15º Estágios. requisição ou outra situação análoga, mantêm-se em idêntico regime.

Jornal da República. Artigo 15º Estágios. requisição ou outra situação análoga, mantêm-se em idêntico regime. Artigo 15º Estágios requisição ou outra situação análoga, mantêm-se em idêntico regime. 1. A DNSAFP pode proporcionar estágios a estudantes de estabelecimentos de instituições de ensino superior com as

Leia mais

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS Diário da República, 1.ª série N.º 146 31 de Julho de 2007 4889 PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS Decreto-Lei n.º 276/2007 No quadro das orientações definidas pelo Programa de Reestruturação da Administração

Leia mais

Decreto-Lei n.º 276/2007 de 31 de Julho

Decreto-Lei n.º 276/2007 de 31 de Julho Decreto-Lei n.º 276/2007 de 31 de Julho No quadro das orientações definidas pelo Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado (PRACE) e dos objectivos do Programa do Governo no tocante

Leia mais

MINISTÉRIO DO AMBIENTE. Decreto-Lei n.º 166/97 de 2 de Julho

MINISTÉRIO DO AMBIENTE. Decreto-Lei n.º 166/97 de 2 de Julho MINISTÉRIO DO AMBIENTE Decreto-Lei n.º 166/97 de 2 de Julho O artigo 9. do Decreto-Lei n.º 45/94, de 22 de Fevereiro, criou o Conselho Nacional da Água (CNA), como órgão consultivo de planeamento nacional

Leia mais

b) intervir na emissão de títulos de concessão de terras

b) intervir na emissão de títulos de concessão de terras 1278 DIÁRIO DA REPÚBLICA ANEXO II Organigrama da Direcção Nacional de Engenharia Rural a que se refere o artigo 20.º do regulamento interno que antecede Decreto Executivo n.º 181/13 de 30 de Maio Havendo

Leia mais

Lei n.º 4/2009 de 29 de Janeiro. Define a protecção social dos trabalhadores que exercem funções públicas

Lei n.º 4/2009 de 29 de Janeiro. Define a protecção social dos trabalhadores que exercem funções públicas Lei n.º 4/2009 de 29 de Janeiro Define a protecção social dos trabalhadores que exercem funções públicas A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte:

Leia mais

DESPACHO ISEP/P/48/2010 REGULAMENTO PARA CARGOS DE DIRECÇÃO INTERMÉDIA DO INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DO PORTO

DESPACHO ISEP/P/48/2010 REGULAMENTO PARA CARGOS DE DIRECÇÃO INTERMÉDIA DO INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DO PORTO DESPACHO DESPACHO /P/48/2010 INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DO PORTO Considerando que: 1. Os Estatutos do, publicados em Diário da República de 10 de Julho de 2009 através do despacho 15832/2009, criaram

Leia mais

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS E DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS E DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Diário da República, 2. a série N. o 189 29 de Setembro de 2006 20 503 GABINETE DO REPRESENTANTE DA REPÚBLICA PARA A REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES Despacho n. o 19 848/2006 Foi a Elisabete da Silva Toledo

Leia mais

Decreto executivo n.º 66/99 de 7 de Maio

Decreto executivo n.º 66/99 de 7 de Maio Decreto executivo n.º 66/99 de 7 de Maio Havendo a necessidade de dar cumprimento ao estatuído no ponto único, artigo 5º do Capítulo V e no nº, artigo.º do Capítulo IV do Decreto- Lei nº 7/97, de 1 de

Leia mais

Decreto Presidencial n.º 190/14, de 6 de Agosto

Decreto Presidencial n.º 190/14, de 6 de Agosto Decreto Presidencial n.º 190/14, de 6 de Agosto Página 1 de 16 Considerando que as transformações que a Província de Luanda vem sofrendo como resultado dos processos de requalificação e investimentos na

Leia mais

Artigo 1.º. Alteração

Artigo 1.º. Alteração Projecto de -Lei 41/2009 que define as competências atribuídas ao Instituto Camões I.P. em matéria de gestão da rede de ensino português no estrangeiro Ao abrigo do disposto no 1 do artigo 9.º da Lei 3/2004,

Leia mais

Publicado em h:52m N.º 261

Publicado em h:52m N.º 261 Constituição e Designação do Chefe da Equipa Multidisciplinar de Gestão e Administração Geral de Projetos Autárquicos (Adequação à Estrutura Orgânica, por força do Artº 25º, nº 1 da Lei nº 49/2012). Considerando:

Leia mais

LEI ORGÂNICA N.º 4/2006 LEI DE PROGRAMAÇÃO MILITAR

LEI ORGÂNICA N.º 4/2006 LEI DE PROGRAMAÇÃO MILITAR LEI ORGÂNICA N.º 4/2006 LEI DE PROGRAMAÇÃO MILITAR A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, a seguinte lei orgânica: CAPÍTULO I Programação militar SECÇÃO

Leia mais

Regimes especiais de acesso e ingresso no ensino superior. Decreto-Lei n.º 393-A/99 de 2 de Outubro

Regimes especiais de acesso e ingresso no ensino superior. Decreto-Lei n.º 393-A/99 de 2 de Outubro Regimes especiais de acesso e ingresso no ensino superior Decreto-Lei n.º 393-A/99 de 2 de Outubro Disposições gerais...3 Objecto...3 e aplicação...3 Beneficiários dos regimes especiais...3 Restrições...4

Leia mais

4966-(2) DIÁRIO DA REPÚBLICA I SÉRIE-A N. o MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Artigo 2. o. Decreto-Lei n. o 296-A/98

4966-(2) DIÁRIO DA REPÚBLICA I SÉRIE-A N. o MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Artigo 2. o. Decreto-Lei n. o 296-A/98 4966-(2) DIÁRIO DA REPÚBLICA I SÉRIE-A N. o 222 25-9-1998 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Decreto-Lei n. o 296-A/98 de 25 de Setembro Nos termos da nova redacção do artigo 12. o da Lei de Bases do Sistema Educativo

Leia mais

Decreto-Lei n.º 296-A/98, de 25 de Setembro

Decreto-Lei n.º 296-A/98, de 25 de Setembro Federação Nacional dos Professores www.fenprof.pt Decreto-Lei n.º 296-A/98, de 25 de Setembro Nos termos da nova redacção do artigo 12.º da Lei de Bases do Sistema Educativo (Lei n.º 46/86, de 14 de Outubro,

Leia mais

LEGISLAÇÃO IMPORTANTE

LEGISLAÇÃO IMPORTANTE LEGISLAÇÃO IMPORTANTE Constituição da República Portuguesa Lei nº 3/84, de 24 de Março Educação Sexual e Planeamento Familiar Lei nº 46/86, de 14 de Outubro - Lei de Bases do Sistema Educativo (LBSE) com

Leia mais

MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E ENSINO SUPERIOR

MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E ENSINO SUPERIOR Diário da República, 1.ª série N.º 120 23 de Junho de 2010 2245 MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E ENSINO SUPERIOR Portaria n.º 371/2010 de 23 de Junho Sob proposta da Escola Superior de Enfermagem de

Leia mais

R E V I S T A D O T R I B U N A L D E C O N T A S

R E V I S T A D O T R I B U N A L D E C O N T A S R E V I S T A D O T R I B U N A L D E C O N T A S FICHA TÉCNICA Director: Presidente do Tribunal de Contas, Alfredo José de Sousa Conselho de Redacção: João Pinto Ribeiro, Conselheiro da 2ª Secção Adelino

Leia mais

Diário da República, 2. a série N. o de Agosto de 2006 MINISTÉRIO DAS FINANÇAS E DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. Gabinete do Ministro

Diário da República, 2. a série N. o de Agosto de 2006 MINISTÉRIO DAS FINANÇAS E DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. Gabinete do Ministro 16 952 Diário da República, 2. a série N. o 167 30 de Agosto de 2006 tuguesa, promovido a técnico superior de 1. a classe da mesma carreira e quadro, com efeitos reportados a 18 de Outubro de 2005, nos

Leia mais

Orgânica do Instituto Nacional da Propriedade Industrial, I.P

Orgânica do Instituto Nacional da Propriedade Industrial, I.P Decreto-Lei 132/2007 de 27 de Abril (Com as alterações introduzidas pelo DL n.º 122/2009 de 21/05) SUMÁRIO Aprova a Orgânica do Instituto Nacional da Propriedade Industrial, I. P No quadro das orientações

Leia mais

I. GENERALIDADES 7 1. Quanto ao Decreto-Lei nº 49/ Quanto ao Decreto-Lei nº 86/

I. GENERALIDADES 7 1. Quanto ao Decreto-Lei nº 49/ Quanto ao Decreto-Lei nº 86/ À GUISA DE INTRODUÇÃO 5 I. GENERALIDADES 7 1. Quanto ao Decreto-Lei nº 49/2014 7 2. Quanto ao Decreto-Lei nº 86/2016 11 II. REGULAMENTO DA ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA JUDICIÁRIO DE 2016 17 1º Objeto 17 2º Redenominação

Leia mais

Decreto-Lei n.º 303/99 de 6 de Agosto

Decreto-Lei n.º 303/99 de 6 de Agosto Decreto-Lei n.º 303/99 de 6 de Agosto Reconhecimento do carácter profissional das competições desportivas... 3 Objecto... 3 Conteúdo do pedido de reconhecimento... 3 Remuneração dos praticantes e treinadores...

Leia mais

Diploma. Decreto-Lei n.º 99/2001 de 28 de Março

Diploma. Decreto-Lei n.º 99/2001 de 28 de Março Diploma Coloca as escolas superiores de enfermagem e de tecnologia da saúde pública sob a tutela exclusiva do Ministério da Educação e procede à reorganização da sua rede, bem como cria os Institutos Politécnicos

Leia mais

Regulamento orgânico dos Serviços Centrais do Instituto Politécnico de Portalegre

Regulamento orgânico dos Serviços Centrais do Instituto Politécnico de Portalegre Regulamento orgânico dos Serviços Centrais do Instituto Politécnico de Portalegre Artigo 1.º Definição 1 O IPP dispõe de serviços identificados pelas funções que desempenham, conforme dispõe o n.º 1 do

Leia mais

ADAPTA A LEI N.º 12-A/2008, DE 2/2, AOS TRABALHADORES QUE EXERCEM FUNÇÕES PÚBLICAS NA AP

ADAPTA A LEI N.º 12-A/2008, DE 2/2, AOS TRABALHADORES QUE EXERCEM FUNÇÕES PÚBLICAS NA AP DL n.º 209/2009, de 03 de Setembro (versão actualizada) [Nº de artigos:19] ADAPTA A LEI N.º 12-A/2008, DE 2/2, AOS TRABALHADORES QUE EXERCEM FUNÇÕES PÚBLICAS NA AP Contém as seguintes alterações: - Lei

Leia mais

SUMÁRIO. Série I, N. 17. Jornal da República $ 1.75 PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR - LESTE

SUMÁRIO. Série I, N. 17. Jornal da República $ 1.75 PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR - LESTE Quarta-Feira, 4 de Maio de 2016 Série I, N. 17 $ 1.75 PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR - LESTE SUMÁRIO GOVERNO : Decreto-Lei N.º 8/2016 de 4 de Maio Orgânica da Secretaria de Estado

Leia mais

MINISTÉRIO DA REFORMA DO ESTADO E DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

MINISTÉRIO DA REFORMA DO ESTADO E DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA N. o 105 7 de Maio de 2001 DIÁRIO DA REPÚBLICA I SÉRIE-A 2655 artigos 1. o e2. o e nas alíneas b), d), e) eh)don. o 1 do artigo 3. o do Estatuto do Mecenato, aprovado pelo Decreto-Lei n. o 74/99, de 16

Leia mais

MINISTÉRIO DO AMBIENTE

MINISTÉRIO DO AMBIENTE 8849 da seguinte zona:... ( 3 ), aprovada em relação à ou às seguintes doenças:..., em conformidade com a Decisão n. o...( 4 ). Feito em..., em... Nome da autoridade competente:...... (nome, em maiúsculas)....

Leia mais

Elementos estruturais do SEN. Republica da Guinea Bissau

Elementos estruturais do SEN. Republica da Guinea Bissau Elementos estruturais do SEN Republica da Guinea Bissau 1991 Also available at: http://www.stat-guinebissau.com/ Desde logo é de salientar que o projecto da nova lei das bases gerais do Sistema Estatístico

Leia mais

REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA

REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA Diário da República, 1.ª série N.º 108 4 de Junho de 2010 1915 REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA Assembleia Legislativa Decreto Legislativo Regional n.º 9/2010/M Primeira alteração ao Decreto Legislativo Regional

Leia mais

DL 550/2007. Foram ouvidos os órgãos de governo próprio da Região Autónoma dos Açores.

DL 550/2007. Foram ouvidos os órgãos de governo próprio da Região Autónoma dos Açores. DL 550/2007 O Instituto Geográfico Português (IGP) é, nos termos do Decreto-Lei n.º 133/2007, de 27 de Abril, que aprovou a respectiva lei orgânica, a autoridade nacional de geodesia, cartografia e cadastro,

Leia mais

DIPLOMA/ACTO : Decreto-Lei n.º 233/96. EMISSOR : Ministério da Defesa Nacional. DATA : Sábado, 7 de Dezembro de 1996 NÚMERO : 283/96 SÉRIE I-A

DIPLOMA/ACTO : Decreto-Lei n.º 233/96. EMISSOR : Ministério da Defesa Nacional. DATA : Sábado, 7 de Dezembro de 1996 NÚMERO : 283/96 SÉRIE I-A DIPLOMA/ACTO : Decreto-Lei n.º 233/96 EMISSOR : Ministério da Defesa Nacional DATA : Sábado, 7 de Dezembro de 1996 NÚMERO : 283/96 SÉRIE I-A PÁGINAS DO DR : 4398 a 4399 Decreto-Lei n.º 233/96, de 7 de

Leia mais

5550 DIÁRIO DA REPÚBLICA I SÉRIE-A N. o MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

5550 DIÁRIO DA REPÚBLICA I SÉRIE-A N. o MINISTÉRIO DA JUSTIÇA 5550 DIÁRIO DA REPÚBLICA I SÉRIE-A N. o 194 20-8-1999 Paulo Sacadura Almeida Coelho João Cardona Gomes Cravinho Joaquim Augusto Nunes de Pina Moura Luís Manuel Capoulas Santos Eduardo Carrega Marçal Grilo

Leia mais

INSTITUTO DE GESTÃO DO FUNDO SOCIAL EUROPEU

INSTITUTO DE GESTÃO DO FUNDO SOCIAL EUROPEU MINISTÉRIO DO TRABALHO E DA SOLIDARIEDADE INSTITUTO DE GESTÃO DO FUNDO SOCIAL EUROPEU Para mais informação... Publicações A Unidade de Comunicação do IGFSE promove algumas edições, desde o Desdobrável

Leia mais

CONSELHO DE MINISTROS Decreto n. 1/2005

CONSELHO DE MINISTROS Decreto n. 1/2005 CONSELHO DE MINISTROS Decreto n. 1/2005 Com a finalidade de promover a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento durável da zona costeira da Guiné Bissau através de uma gestão racional, este diploma

Leia mais

MINISTÉRIO DA SEGURANÇA SOCIAL E DO TRABALHO

MINISTÉRIO DA SEGURANÇA SOCIAL E DO TRABALHO N. o 167 17 de Julho de 2004 DIÁRIO DA REPÚBLICA I SÉRIE-A 4411 MINISTÉRIO DA SEGURANÇA SOCIAL E DO TRABALHO Decreto-Lei n. o 171/2004 de 17 de Julho Através do presente diploma procede-se a uma reestruturação

Leia mais

ORGANIZAÇÃO E ATRIBUIÇÕES DO SISTEMA DA AUTORIDADE MARÍTIMA (SAM)

ORGANIZAÇÃO E ATRIBUIÇÕES DO SISTEMA DA AUTORIDADE MARÍTIMA (SAM) ORGANIZAÇÃO E ATRIBUIÇÕES DO SISTEMA DA AUTORIDADE MARÍTIMA (SAM) Decreto-Lei n.º 43/2002 de 2 de Março Princípios gerais...3 Objecto...3 Sistema da autoridade marítima...3 Autoridade marítima...3 Espaços

Leia mais

Decreto-Lei n.º 209/2009 de 3 de Setembro

Decreto-Lei n.º 209/2009 de 3 de Setembro Decreto-Lei n.º 209/2009 de 3 de Setembro A Lei n.º 12-A/2008, de 27 de Fevereiro, que regula os regimes de vinculação, de carreiras e de remunerações dos trabalhadores que exercem funções públicas e,

Leia mais

Adaptação da Lei de Vínculos, Carreiras e Remunerações às Autarquias Locais

Adaptação da Lei de Vínculos, Carreiras e Remunerações às Autarquias Locais CÓDIGOS ELECTRÓNICOS DATAJURIS DATAJURIS é uma marca registada no INPI sob o nº 350529 Adaptação da Lei de Vínculos, Carreiras e Remunerações às Autarquias Locais Todos os direitos reservados à DATAJURIS,

Leia mais

Carta de Missão. b) Realizar inquéritos, averiguações e outras ações que lhe sejam superiormente determinadas;

Carta de Missão. b) Realizar inquéritos, averiguações e outras ações que lhe sejam superiormente determinadas; Carta de Missão I Missão do organismo A Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT) é um serviço central da administração direta do Estado, dotado de autonomia

Leia mais

ANEXO QUESTIONÁRIO ÍNDICE

ANEXO QUESTIONÁRIO ÍNDICE ANEXO QUESTIONÁRIO ÍNDICE INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO DO QUESTIONÁRIO 2 DOCUMENTAÇÃO ADICIONAL A REMETER 2 ESTRUTURA DE GOVERNANCE 3 1. Estrutura Orgânica 3 2. Órgão de Administração (Conselho de administração/direcção)

Leia mais

Ministério da Família e Promoção da Mulher

Ministério da Família e Promoção da Mulher Ministério da Família e Promoção da Mulher Decreto Lei n.º 7/98 de 20 de Fevereiro Considerando o reajustamento orgânico do Governo feito no âmbito da formação do Governo de Unidade e Reconciliação Nacional,

Leia mais

Anteprojecto de decreto-lei

Anteprojecto de decreto-lei Anteprojecto de decreto-lei Consolida institucionalmente o Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) e cria o Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS) no âmbito da GNR, e transfere

Leia mais

Decreto-lei n.º 168/93 de 11 de Maio (DR 109/93 SÉRIE I-A de )

Decreto-lei n.º 168/93 de 11 de Maio (DR 109/93 SÉRIE I-A de ) PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS Decreto-lei n.º 168/93 de 11 de Maio (DR 109/93 SÉRIE I-A de 1993-05-11) A sociedade actual, caracterizada por uma acelerada mudança, reafirma a participação da juventude

Leia mais

Ministério da Educação Decreto-Lei nº 344/93 De 1 de Outubro

Ministério da Educação Decreto-Lei nº 344/93 De 1 de Outubro Ministério da Educação Decreto-Lei nº 344/93 De 1 de Outubro Criado em 1979, pelo Decreto-Lei nº 513-L1/79, de 27 de Dezembro, então como Conselho Coordenador da Instalação dos Estabelecimentos de Ensino

Leia mais

ISÉRIE N.º181 DE20DESETEMBRODE Nasuaausênciaouimpedimento,ochefedesecção deve propor superiormente o seu substituto. CAPÍTULO IV Pessoal

ISÉRIE N.º181 DE20DESETEMBRODE Nasuaausênciaouimpedimento,ochefedesecção deve propor superiormente o seu substituto. CAPÍTULO IV Pessoal ISÉRIE N.º181 DE20DESETEMBRODE2011 4383 2.Nasuaausênciaouimpedimento,ochefedesecção CAPÍTULO IV Pessoal ARTIGO 16. (Quadro do pessoal) Oquadrodopessoaléoconstantedomapaanexoaopresente diploma e que dele

Leia mais

Caixa Geral de Aposentações

Caixa Geral de Aposentações 10 228 DIÁRIO DA REPÚBLICA II SÉRIE N. o 125 31 de Maio de 2002 PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS Gabinete do Ministro de Estado Despacho n. o 12 320/2002 (2. a série). 1 Aoabrigo do disposto nos artigos

Leia mais

ENCONTRO NACIONAL DE QUADROS DA SEGURANÇA SOCIAL

ENCONTRO NACIONAL DE QUADROS DA SEGURANÇA SOCIAL ENCONTRO NACIONAL DE QUADROS DA SEGURANÇA SOCIAL PLANO DE IMPLEMENTAÇÃO DO ESTATUTO ORGÂNICO JESUS MAIATO Director Nacional de Segurança Social do MAPTSS Benguela. 22. Maio 2014 INSTALAÇÃO DOS NOVOS DEPARTAMENTOS

Leia mais

COMISSÃO DE AUDITORIA E CONTROLO INTERNO DO BANCO BPI, SA REGULAMENTO

COMISSÃO DE AUDITORIA E CONTROLO INTERNO DO BANCO BPI, SA REGULAMENTO COMISSÃO DE AUDITORIA E CONTROLO INTERNO DO BANCO BPI, SA REGULAMENTO (Aprovado na reunião do Conselho de Administração de 25 de Julho 2008, com as alterações introduzidas na reunião de 6 de Março e 18

Leia mais

CONSELHO SUPERIOR DE ESTATÍSTICA

CONSELHO SUPERIOR DE ESTATÍSTICA DOCT/444/CSE/DSFA 4 a DECISÃO DA SECÇÃO PERMANENTE S DEMOGRÁFICAS E SOCIAIS, DAS FAMÍLIAS E DO AMBIENTE RELATIVA AO MODELO DE FUNCIONAMENTO DOS GRUPOS DE TRABALHOS EXISTENTES NO ÂMBITO DESTAS ESTATÍSTICAS

Leia mais

Ministério da Comunicação Social

Ministério da Comunicação Social Ministério da Comunicação Social Decreto Executivo Nº 79 /2007 de 2 Julho Convindo regulamentar o funcionamento da Direcção Nacional de Publicidade do Ministério da Comunicação Social; Nestes termos, ao

Leia mais

SAF.RG.01.02: REGULAMENTO INTERNO DOS SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS E FINANCEIROS - SAF SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS E FINANCEIROS

SAF.RG.01.02: REGULAMENTO INTERNO DOS SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS E FINANCEIROS - SAF SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS E FINANCEIROS REGULAMENTO INTERNO DOS SAF Preâmbulo Os Estatutos do ISEL, anexos ao Despacho n.º 5576/2010, publicados no Diário da República, 2.ª série, n.º 60, de 26 de março, enumeram, no n.º 1 do artigo 78.º, os

Leia mais

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA 3874 Diário da República, 1.ª série N.º 135 16 de julho de 2014 Artigo 13.º Unidades orgânicas flexíveis 1 O número máximo de unidades orgânicas flexíveis da SG é fixado em 16. 2 As unidades orgânicas

Leia mais

REGULAMENTO DO DEPARTAMENTO DE QUÍMICA CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

REGULAMENTO DO DEPARTAMENTO DE QUÍMICA CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS REGULAMENTO DO DEPARTAMENTO DE QUÍMICA CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Artigo 1.º Definição e atribuições 1 O Departamento de Química da Universidade do Minho, adiante designado por departamento, é uma subunidade

Leia mais

MINISTÉRIO DA SAÚDE MINISTÉRIO DA JUSTIÇA. N. o DIÁRIO DA REPÚBLICA I SÉRIE-A

MINISTÉRIO DA SAÚDE MINISTÉRIO DA JUSTIÇA. N. o DIÁRIO DA REPÚBLICA I SÉRIE-A 4683 LUSOPONTE Concessionária para a Travessia do Tejo, S. A., concessionária das travessias rodoviárias do Tejo em Lisboa; GATTEL Gabinete da Travessia do Tejo em Lisboa, responsável pela realização da

Leia mais

Decreto-Lei n.º 246/98, de 11 de Agosto

Decreto-Lei n.º 246/98, de 11 de Agosto Decreto-Lei n.º 246/98, de 11 de Agosto A Lei n.º 95/88, de 17 de Agosto, estabeleceu os direitos de actuação e participação das associações de mulheres. Posteriormente a Lei n.º 10/97, de 12 de Maio,

Leia mais

EMISSOR: Região Autónoma da Madeira - Assembleia Legislativa. DIPLOMA / ACTO: Decreto Legislativo Regional n.º 11/2010/M

EMISSOR: Região Autónoma da Madeira - Assembleia Legislativa. DIPLOMA / ACTO: Decreto Legislativo Regional n.º 11/2010/M DATA: Sexta-feira, 25 de Junho de 2010 NÚMERO: 122 SÉRIE I EMISSOR: Região Autónoma da Madeira - Assembleia Legislativa DIPLOMA / ACTO: Decreto Legislativo Regional n.º 11/2010/M SUMÁRIO: Estabelece o

Leia mais

Decreto-Lei n.º 61/2007 de 14 de Março

Decreto-Lei n.º 61/2007 de 14 de Março Diploma: Ministério das Finanças e da Administração Pública - Decreto-Lei n.º 61/2007 Data: 14-03-2007 Sumário Aprova o regime jurídico aplicável ao controlo dos montantes de dinheiro líquido, transportado

Leia mais

Decreto-Lei n.º 200/2006 de 25 de Outubro

Decreto-Lei n.º 200/2006 de 25 de Outubro Decreto-Lei n.º 200/2006 de 25 de Outubro O quadro jurídico em que devem desenvolver-se as operações de extinção, fusão e reestruturação de serviços, especialmente no que respeita à reafectação dos respectivos

Leia mais

REGULAMENTO INTERNO COMISSÃO DE GOVERNO SOCIETÁRIO, AVALIAÇÃO E NOMEAÇÕES CTT CORREIOS DE PORTUGAL, S.A.

REGULAMENTO INTERNO COMISSÃO DE GOVERNO SOCIETÁRIO, AVALIAÇÃO E NOMEAÇÕES CTT CORREIOS DE PORTUGAL, S.A. REGULAMENTO INTERNO COMISSÃO DE GOVERNO SOCIETÁRIO, AVALIAÇÃO E NOMEAÇÕES CTT CORREIOS DE PORTUGAL, S.A. Artigo 1.º Instituição da Comissão de Governo Societário, Avaliação e Nomeações 1. O presente Regulamento

Leia mais

Publicado em h:42m N.º

Publicado em h:42m N.º CONTRATO INTERADMINISTRATIVO DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIAS NA UNIÃO DE FREGUESIAS- NOGUEIRA CRAVO E PINDELO - DESENVOLVIMENTO ATIVIDADES DE ANIMAÇÃO E APOIO À FAMILIA NO ÂMBITO DA EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR E GESTÃO

Leia mais

Universidade Técnica de Lisboa REGULAMENTO DO DEPARTAMENTO EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANIDADES

Universidade Técnica de Lisboa REGULAMENTO DO DEPARTAMENTO EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANIDADES Universidade Técnica de Lisboa FACULDADE DE MOTRICIDADE HUMANA REGULAMENTO DO DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANIDADES Julho 2012 Preâmbulo Os Estatutos da Faculdade de Motricidade Humana,

Leia mais

CENTRO DE RECURSOS BIBLIOTECA. Capítulo I Definição, Objectivos e Âmbito de Acção

CENTRO DE RECURSOS BIBLIOTECA. Capítulo I Definição, Objectivos e Âmbito de Acção CENTRO DE RECURSOS BIBLIOTECA DA ESCOLA SUPERIOR AGRÁRIA DE BRAGANÇA (ESAB) REGULAMENTO INTERNO Capítulo I Definição, Objectivos e Âmbito de Acção Artigo 1º A Biblioteca da Escola Superior Agrária de Bragança

Leia mais

Lei n.º 175/99 de 21 de Setembro. Estabelece o regime jurídico comum das associações de freguesias de direito público

Lei n.º 175/99 de 21 de Setembro. Estabelece o regime jurídico comum das associações de freguesias de direito público Lei n.º 175/99 de 21 de Setembro Estabelece o regime jurídico comum das associações de freguesias de direito público A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição,

Leia mais

3222 DIÁRIO DA REPÚBLICA I SÉRIE-A N. o de Maio de 2004 MINISTÉRIO DA ECONOMIA. Artigo 5. o

3222 DIÁRIO DA REPÚBLICA I SÉRIE-A N. o de Maio de 2004 MINISTÉRIO DA ECONOMIA. Artigo 5. o 3222 DIÁRIO DA REPÚBLICA I SÉRIE-A N. o 119 21 de Maio de 2004 Revogação É revogado o artigo 274. o do Estatuto dos Militares da Guarda Nacional Republicana, na redacção dada pelo Decreto-Lei n. o 297/98,

Leia mais

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS E DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Diário da República, 1.ª série N.º de Julho de 2007

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS E DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Diário da República, 1.ª série N.º de Julho de 2007 4866 Diário da República, 1.ª série N.º 145 30 de Julho de 2007 c) Elaborar os planos e relatórios de actividades da IGDC e submetê -los à aprovação do Ministro dos Negócios Estrangeiros; d) Promover a

Leia mais

Ministérios da Economia e da Inovação

Ministérios da Economia e da Inovação Ministérios da Economia e da Inovação Decreto-Lei n.º 170/2005 de 10 de Outubro O presente decreto-lei tem por objectivo dar cumprimento à recomendação n.º 3/2004 da Autoridade da Concorrência no que à

Leia mais

Contrato n.º 250/2009 educação pessoal município cláusula

Contrato n.º 250/2009 educação pessoal município cláusula Contrato n.º 250/2009 educação pessoal município cláusula Ministério da Educação e Município de Monção Quinta-feira, 13 de Agosto de 2009 156 SÉRIE II ( páginas 32780 a 32782 ) TEXTO : Contrato n.º 250/2009

Leia mais

Decreto-Lei 81/2007 de 29 de Março I série nº 63

Decreto-Lei 81/2007 de 29 de Março I série nº 63 Aprova a orgânica da Direcção-Geral dos Impostos (Revoga o Decreto-Lei n.º 366/99, de 18 de Setembro, com excepção do disposto na parte final do n.º 4 do artigo 5.º, no n.º 5 do artigo 6.º, no n.º 5 do

Leia mais

Decreto-Lei n.º 65/2010. de 11 de Junho

Decreto-Lei n.º 65/2010. de 11 de Junho Decreto-Lei n.º 65/2010 de 11 de Junho O Decreto-Lei n.º 18/2010, de 19 de Março, instituiu um novo programa de estágios profissionais na Administração Pública, com o objectivo de promover a integração

Leia mais

R E V I S T A D O T R I B U N A L D E C O N T A S

R E V I S T A D O T R I B U N A L D E C O N T A S R E V I S T A D O T R I B U N A L D E C O N T A S FICHA TÉCNICA Director: Presidente do Tribunal de Contas, Guilherme d Oliveira Martins Conselho de Redacção: João Pinto Ribeiro, Conselheiro da 2ª Secção

Leia mais

COMISSÃO MINISTERIAL DE COORDENAÇÃO DO PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

COMISSÃO MINISTERIAL DE COORDENAÇÃO DO PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO Despacho Considerando que os regulamentos específicos do Programa Operacional Potencial Humano (POPH) são aprovados pela respectiva Comissão Ministerial de Coordenação, nos termos do n.º 5 do artigo 30º

Leia mais

6736-(2) DIÁRIO DA REPÚBLICA I SÉRIE-A N. o MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

6736-(2) DIÁRIO DA REPÚBLICA I SÉRIE-A N. o MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 6736-(2) DIÁRIO DA REPÚBLICA I SÉRIE-A N. o 231 2-10-1999 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Decreto-Lei n. o 393-A/99 de 2 de Outubro O Decreto-Lei n. o 296-A/98, de 25 de Setembro, alterado pelo Decreto-Lei n. o

Leia mais

Decreto-Lei n.º 279/93, de 11 de Agosto Lei Orgânica

Decreto-Lei n.º 279/93, de 11 de Agosto Lei Orgânica Decreto-Lei n.º 279/93, de 11 de Agosto Lei Orgânica Alterado por: Decreto-Lei n.º 15/98, de 29 de Janeiro Decreto-Lei n.º 195/2001, de 27 de Junho Decreto-Lei n.º 72-A/2010, de 18 de Junho Provedoria

Leia mais