Florianópolis, 09 de março de 2015.

Transcrição

1 OFÍCIO_PROC. N.º 003/2015 Florianópolis, 09 de março de Prezado(a) servidor(a), pensionista ou herdeiro de servidor(a) falecido(a), O Sindicato Dos Trabalhadores Em Saúde E Previdência Do Serviço Público Federal No Estado de Santa Catarina SINDPREVS/SC, no uso das prerrogativas que lhe são conferidas pelo art. 8º, III, da Constituição Federal, e em cumprimento às responsabilidades previstas no art. 5º, a, do Estatuto da entidade, dirige-se à Vossa Senhoria para expor e ao final requerer o que segue: Conforme é do seu conhecimento, nos anos de 2011, 2012, 2013 e 2014 o SINDPREVS/SC conseguiu que a Justiça do Trabalho finalmente procedesse ao pagamento dos valores relativos à Reclamatória Trabalhista que trata do chamado Adiantamento do PCCS, antiga demanda judicial que lá tramitava desde o ano de 1990, e que pleiteava que o citado Adiantamento sofresse a incidência do índice de 47,11%, aplicado somente sobre as outras verbas salariais em janeiro de Em que pese os esforços empreendidos pelo SINDPREVS/SC e pelos advogados que atuaram naquele feito, entretanto, os valores pagos através daquela ação (AT 8157/1997) compreenderam apenas o período entre janeiro de 1988 e dezembro de 1990, este último o mês que marca a adoção do Regime Jurídico Único para os servidores federais, fato que fez mudar a relação jurídica entre os servidores e administração (de celetista para estatutária), ocasionado a limitação da competência da Justiça do Trabalho para executar ações judiciais que contivessem valores posteriores a dezembro daquele ano de Assim é que os valores daquela antiga ação - que todos esperávamos que fossem significativamente altos, acabaram razoavelmente reduzidos, haja vista a exclusão (naquela execução) do período da dívida posterior a dezembro de Então não há mais chance dos servidores receberem as diferenças relativas ao período posterior a dezembro de 1990? Há chance, sim, ainda que se trate de questão jurídica das mais complexas, dadas as diversas intercorrências havidas entre o inicio daquela demanda trabalhista (em 1990) e os dias atuais. Neste sentido o SINDPREVS/SC solicitou à sua atual Assessoria Jurídica que analisasse a situação com o máximo cuidado, visando encontrar uma forma dos servidores cobrarem, em juízo, as diferenças salariais havidas entre os meses de janeiro de 1991 e novembro de 2011, já que no caso dos servidores vinculados ao Ministério da Saúde somente em março de 2006 estes passaram a sentir os efeitos da paulatina inclusão (em seus respectivos vencimentos-básicos), da parcela relativa ao debatido Reajuste de 47,11% do PCCS, finalmente integralizada em dezembro de Ou seja, há um grande período de diferenças salariais ainda pendentes de pagamento, o que deve importar em valores razoáveis em favor de cada servidor. Para termos uma ideia deste montante, basta recordar que os valores que você recebeu em 2011, 2012, 2013 e/ou 2014, ou está para receber, decorrentes da Ação Trabalhista nº 8157/1997, se referiram a apenas 3 (três) anos de atrasados, abrangendo os anos de 1

2 1988, 1989 e 1990, enquanto os valores ainda devidos podem chegar a 21 (vinte e um) anos, já que o novo período (se tivermos êxito total nesta nova demanda, evidentemente) compreenderia os meses de janeiro de 1991 a novembro de Já dissemos antes, porém, que a apresentação desta nova medida junto ao Poder Judiciário não será simples, pois haverá de enfrentar diversos e importantes obstáculos técnicos que certamente serão colocados pelos advogados da AGU, aos quais competirá fazer a defesa do Ministério da Saúde (União Federal), com o fim de evitar o seu pagamento ou limitá-lo significativamente. Há risco dos servidores terem que pagar honorários de sucumbência, se perderem estas ações? Em toda e qualquer ação judicial há sempre o risco do direito invocado pela parte autora não vir a ser reconhecido pelo Poder Judiciário, o que a colocaria este autor na condição de perdedor da ação, fato este que normalmente faz gerar a obrigação deste pagar honorários sucumbenciais em favor do vencedor da ação, em montante que normalmente equivalente a 10% (dez por cento) do objetivo econômico da ação, ou seja, daquilo que a parte autora pretendia receber com o seu ajuizamento. É por isso que a decisão de ajuizar uma ação deve sempre ser avaliada com todo o cuidado pelo interessado, que somente deve fazê-lo quando não há outra alternativa possível, ou quando os riscos de sucumbência puderem ser reduzidos sensivelmente, como nos parece ser o caso da nova demanda que aqui apresentamos. O fato é que os servidores do Ministério da Saúde têm a justa expectativa de finalmente receberem as diferenças de remuneração relativas ao PCCS, relativas ao período de 1991 a 2011, de outro lado têm o receio de não alcançarem este objetivo e, pior, ainda serem condenados no pagamento de honorários de sucumbência em favor da Ré (União Federal). Ficam estes servidores, assim, entre a cruz e a espada. Como contornar o risco de condenação em honorários sucumbenciais, em caso de insucesso da ação? Além de uma tese bem elaborada, que aumente a possibilidade de êxito da demanda, a única outra forma de tentar contornar o risco de condenação no pagamento de honorários de sucumbência (caso a demanda a ser proposta venha a ser derrotada em juízo), é o interessado ser beneficiado pelo que chamamos de assistência judiciária gratuita, que nada mais é do que uma garantia, dada pelo Poder Judiciário às pessoas de baixa-renda, consideradas impossibilitadas de pagar os custos de um processo judicial e da eventual condenação em honorários sucumbenciais. A decisão sobre se esta garantia será (ou não) deferida aos interessados, porém, é do juiz que vier a receber a demanda judicial, já que a Lei não dispõe exatamente sobre até que renda sua concessão é assegurada, deixando a decisão para o Magistrado, em cada caso concreto. Logo, ainda que devamos aqui reiterar que o SINDPREVS/SC não tem como garantir que esta assistência judiciária gratuita será concedida a todos aqueles que vierem a mover a demanda judicial aqui mencionada, é certo que a jurisprudência recente (no âmbito da Justiça Federal em Santa Catarina, onde esta nova demanda tramitará), tem sido forte no sentido de deferi-la a todos aqueles que comprovem remuneração inferior a 10 (dez) salários-mínimos, o que corresponde hoje a algo em torno de R$ 7.880,00 (sete mil, oitocentos e oitenta reais), podendo ser um pouco maior ou um pouco menor que este patamar. Ou 2

3 seja, como a sua remuneração se enquadra no limite geralmente utilizado para a concessão da referida justiça gratuita, é bastante provável que quando do ajuizamento da ação aqui comentada o Poder Judiciário lhe defira este direito, livrando-o, desta forma, do risco de pagamento de honorários sucumbenciais. E se os servidores vencerem a demanda, terão que pagar honorários de êxito? Diferente dos honorários de sucumbência, que tratamos no item acima, os honorários de êxito são aquelas que o autor da ação paga ao seu próprio advogado, caso a demanda seja mesmo vitoriosa, como remuneração pelo trabalho jurídico por ele prestado. No caso específico da atual Assessoria Jurídica do SINDPREVS/SC, estes honorários de êxito variam entre o mínimo de 3% (três por cento) e o máximo de 10% (dez por cento), não podendo ultrapassar este último percentual, e apenas se tornam obrigatórios se a ação for vitoriosa, no todo ou em parte. Já a definição final do percentual devido (entre 3% e 10%) dependerá das decisões judiciais que vierem a ser proferidas em cada ação a ser ajuizada, conforme consta do Contrato 1, anexado à presente carta. É importante frisar, entretanto, que este Contrato 1, que fixa honorários de êxito entre 3% e 10% é válido apenas para os servidores ativos, aposentados ou pensionistas associados do SINDPREVS/SC no momento da entrega da documentação respectiva. Aqueles que não são associados e nem desejarem se associar até 31 de março corrente, mas que ainda assim manifestarem interesse no ajuizamento da demanda, terão que subscrever o Contrato 2 (em modelo também anexado), que prevê honorários de êxito em percentual único e invariável, de 20% (vinte por cento) sobre o resultado econômico que o interessado vier a obter com a ação. Quem pode mover esta nova demanda judicial? Em primeiro lugar os servidores ativos, aposentados ou pensionistas que já receberam, nos anos de 2011, 2012, 2013 ou 2014, os valores relativos à Ação Trabalhista nº 8157/1997, independentemente da forma de pagamento utilizada para tanto, se Precatório ou Requisição de Pequeno Valor (RPV). Além destes, também poderão ajuizar esta nova ação os servidores ativos, aposentados ou pensionistas que fazem parte da Ação Trabalhista nº 8157/1997, mas que ainda não receberam o crédito dela decorrente, relativo ao período entre janeiro de 1988 e dezembro de 1991, ou receberam este valor apenas parcialmente, aguardando o pagamento de alguma complementação. Neste caso, para saber quem faz parte da Ação Trabalhista nº 8.157/97, o servidor deve acessar o site do SINDPREVS/SC, no endereço procurar o ícone Jurídico, inserir o seu CPF, e verificar a lista de processos de que você faz parte, em especial se desta lista consta a RT nº 8157/97. Deve ficar claro, assim, que podem mover esta nova demanda quaisquer dos interessados listados nas duas situações, mas o preenchimento da documentação necessária dependerá, ainda, de outras situações funcionais, que devem também ser observadas em cada caso, como por exemplo se o servidor beneficiário é vivo ou falecido; se deixou pensionista ou não; se há apenas herdeiros do servidor falecido; se o interessado no ajuizamento é associado ou do SINDPREVS/SC ou não. Por isso pedimos que antes de preencher os diversos documentos que lhe estão sendo enviados em anexo, você leia atentamente as explicações abaixo, adotando o procedimento constante daquela alternativa que diga respeito exatamente à sua específica e particular condição. Vamos a elas, então: 3

4 a) Você está hoje na condição de servidor ativo ou, servidor aposentado, ou de pensionista, pagando regularmente sua mensalidade para o SINDPREVS/SC (ou seja, é sócio do Sindicato) Nesta hipótese você deve preencher os campos em branco, dos documentos listados abaixo, assinálos e devolvê-los ao SINDPREVS/SC até 20 de março, não sendo necessário reconhecer firma nem autenticar estes documentos em Cartório: a.1) Procuração (modelo 1, em anexo); a.2) Contrato de honorários (modelo 1, em anexo); b) Você está hoje na condição de servidor ativo, servidor aposentado ou pensionista, mas não é sócio do SINDPREVS/SC Como se percebe facilmente, o que diferencia esta situação da mencionada na letra a anterior é a condição de associado ao SINDPREVS/SC, Logo, se o interessado na ação não for associado do SINDPREVS/SC, ele terá as seguintes alternativas: 1. preencher a ficha de filiação, fornecida em anexo, caso em que passará a gozar da condição de sócio, devendo seguir as orientações constantes da letra a anterior; ou, 2) manter-se não-associado, caso em que deve então preencher os campos em branco, dos documentos listados abaixo, assiná-los e devolvê-los ao SINDPREVS/SC até 20 de março, não sendo necessário reconhecer firma nem autenticar estes documentos em Cartório: a.1) Procuração (modelo nº 1, em anexo); a.2) Contrato de honorários (modelo nº 2, em anexo); c) Você é apenas herdeiro do servidor falecido e este, quando ainda estava vivo, vinha pagando regularmente sua mensalidade para o SINDPREVS/SC (ou seja, era sócio do Sindicato); Nesta hipótese temos que o servidor que seria beneficiário da ação é falecido, não deixando pensionista ou esta também já é falecida, de modo que restaram os herdeiros com direito à percepção das diferenças mensais de remuneração do falecido servidor. Além disso, novamente deve ser observado se o servidor ou pensionista, ainda quando vivos, eram associados ao SINDPREVS/SC, hipótese esta que fará com que o interessado deva preencher os campos em branco, dos documentos listados abaixo, assiná-los e devolvê-los ao SINDPREVS/SC até 20 de março, não sendo necessário reconhecer firma nem autenticar estes documentos em Cartório: a.1) Procuração (modelo nº 2, em anexo); a.2) Contrato de honorários (modelo nº 1, em anexo); 4

5 d) Você é apenas herdeiro do servidor falecido e este, quando ainda estava vivo, não era sócio do Sindicato); Aqui temos novamente a situação de falecido, tanto do servidor detentor do crédito originário quanto do pensionista que o sucedeu, de modo que restaram apenas os herdeiros com direito à percepção das diferenças salariais aqui debatidas. Além disso, na específica hipótese aqui tratada o servidor ou pensionista, ainda quando vivos, não eram associados ao SINDPREVS/SC, hipótese esta que fará com que o interessado deva preencher os campos em branco, dos documentos listados abaixo, assiná-los e devolvê-los ao SINDPREVS/SC até 20 de março, não sendo necessário reconhecer firma nem autenticar estes documentos em Cartório: a.1) Procuração (modelo nº 2, em anexo); a.2) Contrato de honorários (modelo nº 2, em anexo); Realçamos que a remessa de documentos sem a rigorosa observância às diferentes condições delineadas acima importará na sua devolução ao interessado e, provavelmente, na perda de prazo para as providências judiciais, já que estas precisarão ser tomadas em prazo muito curto. Qual é o prazo limite para a devolução da documentação enviada pelo SINDPREVS/SC? O prazo limite para a entrega da documentação ao SINDPREVS/SC é o próximo dia 20 de março, sexta-feira, de modo que documentos que chegarem à entidade após esta data provavelmente não poderão gerar as medidas judiciais cabíveis, haja vista que o Sindicato e sua Assessoria Jurídica não terão tempo para classificá-los, segundo as regras ditadas pelo Poder Judiciário e protocolizar a medida cabível. Pedimos, assim, que os interessados observem rigorosamente o prazo acima, pois não haverá uma segunda oportunidade de remessa da referida documentação ao SINDPREVS/SC. Por fim, queremos dizer que o SINDPREVS/SC e sua Assessoria Jurídica tudo farão para que esta nova demanda chegue ao seu final o mais rápido possível, obtendo o êxito esperado por todos. Atenciosamente, 5