Dra. Karina de Oliveira Bachtold Médica do Trabalho Senac Médica do Tráfego DETRAN PR - Presidente da Junta Médica Recursal I

Transcrição

1 Dra. Karina de Oliveira Bachtold Médica do Trabalho Senac Médica do Tráfego DETRAN PR - Presidente da Junta Médica Recursal I

2 Publicada em 24 de março de regulamenta a Resolução 425/2012 do CONTRAN, e com fulcro na Lei Federal de 2 de março de 2015: A partir de 02 de março de 2016 todos os condutores habilitados nas categorias C, D e E, bem como os candidatos a obtenção dessas categorias, devem realizar exame toxicológico de larga janela de detecção para sua renovação ou alteração de categoria, obrigatoriamente em um laboratório devidamente credenciado pelo Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN).

3 No BR, ainda são poucos os estudos que evidenciam a prevalência do uso de drogas por motoristas profissionais com o objetivo de quantificar a extensão do problema e a subsequente adoção de medidas educativas e repressivas para o controle efetivo desse problema. Após uma extensa revisão da literatura científica e legislações de vários países, não foi possível encontrar nenhuma evidência que justificasse a obrigatoriedade da realização do exame toxicológico de larga janela de detecção (cabelos ou pelos e na ausência destes, unhas)para comprovação do uso de substâncias psicoativas, exigido quando da adição e renovação da habilitação por ocasião do Exame de Aptidão Física e Mental.

4 Não seria absurdo supor que o motorista só mudará seus hábitos no curto período que antecede ao teste, por óbvio, o tempo mínimo necessário para tornar indetectável o uso prévio da droga, estratégia que necessitaria ser adotada tão somente uma vez a cada cinco anos. Portanto, a idéia de que a lei proposta irá gerar mais segurança nas rodovias e desestimular o consumo de drogas entre motoristas não nos parece, absolutamente, potencialmente efetiva. Maior rigor na fiscalização das leis, normas, regulamentos, resoluções e portarias vigentes que regem a circulação viária seria estratégia da qual se poderia esperar maior eficácia na redução dos sinistros viários.

5 Do ponto de vista ético, é preciso entender que medidas ou atitudes pontuais, como no caso, a detecção de álcool ou drogas ilícitas no momento de um exame de habilitação, não promove o efeito que se deseja do não consumo de álcool e drogas ilícitas por motoristas.

6 1.2 Os exames deverão apresentar resultados negativos para um período mínimo de 90 (noventa) dias, retroativos à data da coleta. Na nossa opinião, é um dos artigos que tornam totalmente inviável a Resolução, pois já está bem documentadona literatura científicaque não é possível com amostras de pelos, sejam elas do couro cabeludo, barba, axilas entre outras, determinar exatamente o período exato de quando o indivíduo fez uso da droga, mas somente estimar esse tempo. O crescimento do pelo capilar (que conhecemos por cabelo ) pode variar de 0,6 a 1,5 cm/mês. Outros pelos do corpo crescem em velocidade bem menor (0,5 1,1 cm/mês), mas com um ciclo de crescimento diferente do pelo capilar. O crescimento pode ser influenciado por tratamento com medicamentos, idade, sexo, etnia e até variar dependendo das estações do ano. Portanto, outros pelos, além do obtido do couro cabeludo, não são adequados para a análise de drogas cujo objetivo seja estimar o período em que o indivíduo fez uso das mesmas. Além disso, outros fatores também são descritos nas diretrizes da SoHT (Society of Hair Testing) que podem influenciar na interpretação correta dos resultados, como alterações nas concentrações das drogas devido à utilização de produtos cosméticos no couro cabeludo, dificuldades analíticas, entre outros aspectos não menos importantes O material biológico a ser coletado poderá - a critério do coletor - ser cabelos ou pelos; na ausência destes, unhas. Exames toxicológicos em unhas, via de regra, são indicados em casos forenses, ou seja, em exames post-mortem, e não em casos relacionados à fiscalização ou prevenção de sinistros viários.

7 2. Dada a natureza sensível do exame toxicológico, os laboratórios que o realizarem deverão possuir obrigatoriamente: a)certificado do CAP-FDT (Colégio Americano de Patologistas) de acreditação forense de teste de droga com o escopo de análise toxicológica de cabelo; A exigência de Certificado do CAP-FDT (Colégio Americano de Patologistas) não nos parece correta, pois estarão excluídos os laboratórios certificados pelas agências nacionais (INMETRO).

8 Ainda, afastar um condutor profissional que exerce transporte remunerado de bens e/ou pessoas, por obediência à Resolução nº460/2012 do CONTRAN poderá resultar em demandas judicias com requisição de danos morais e materiais ao Estado e aos profissionais que realizarem tais exames. Aos médicos peritos examinadores credenciados pelo DETRAN e responsáveis pela avaliação do laudo do exame toxicológico, poderá recair ainda a responsabilização pela ética e correção da duvidosa propedêutica aplicada.

9 Através de uma extensa revisão da literatura científica não foi possível encontrar nenhum tipo de estudo que justificasse a recomendação de realização de testes de detecção de drogas em condutores ou candidatos a condutores de veículos automotores, por ocasião do Exame de Aptidão Física e Mental; A idéia de que a lei proposta irá gerar mais segurança nas rodovias e desestimular o consumo de drogas entre motoristas não nos parece absolutamente efetiva; Atualmente, as análises toxicológicas para detecção tanto de drogas ilícitas, quanto de outras substâncias que alteram a performance do condutor, são utilizadas em todo o mundo em complementação a outras ações como a verificação do estado clínico do condutor, ou seja, se o condutor apresenta sinais e sintomas incompatíveis com o ato de dirigir veículo automotor; Se a Resolução em pauta passar a ser aplicada seremos o único país no mundo a adotar essa medida; A imposição de qualquer obrigação sem o consentimento explicito do indivíduo rompe com a liberdade e autonomia do mesmo, criando uma condição de constrangimento pessoal;

10 Que o motorista usuário de drogas só mudará seus hábitos no curto período que antecede ao teste, por óbvio, o tempo mínimo necessário para tornar indetectável o uso prévio da droga, estratégia que necessitaria ser adotada tão somente uma vez a cada cinco anos; Maior rigor na fiscalização das leis, normas, regulamentos, resoluções e portarias vigentes que regem a circulação viária seria estratégia da qual se poderia esperar maior eficácia na redução dos sinistros viários; A possibilidade de motoristas profissionais, aproveitando-se da dificuldade da fiscalização, conduzirem seus veículos com suas carteiras de habilitação vencidas, evitando assim o risco e o custo da renovação do documento; Que o elevado custo desses testes poderiam ser melhor empregados em programas eficazes de reabilitação de usuários de drogas, por exemplo; Devemos nos basear em modelos de países onde realmente os acidentes diminuíram e a implantação dessa medida não foi uma delas;

11 A Nota Técnica nº 21/2013 do Ministério da Saúde; O documento argumenta que a causa dos acidentes de trânsito é o uso da droga durante a condução veicular, e que o exame de larga janela de detecção não flagra o consumo de drogas no momento da condução, mas sim o uso realizado por longos períodos anteriores à sua realização, o que não é caracterizado como crime de trânsito. Portanto, vincular a habilitação de motoristas à realização de exames dessa natureza não identifica o risco do motorista profissional de dirigir sob a influência de drogas e outras substâncias psicoativas, nem proporciona medidas de intervenção imediata. Há de se restringir a detecção de eventual uso de drogas no período médio de 6 horas, caracterizando o uso e o risco imediato do condutor na via. (MS)

12 Emitimos nosso Parecer contrário à Resolução nº460 do Conselho Nacional de Trânsito CONTRAN de 12 de novembro de 2013 e consideramos como ineficaz e inapropriada a introdução de exame toxicológico de larga janela de detecção para consumo de substâncias psicoativas, exigido quando da adição e renovação da Carteira Nacional de Habilitação.

13 Associação Brasileira de Medicina de tráfego (ABRAMET), Sociedade Brasileira de Toxicologia (SBTox), Sociedade Brasileira de Ciências Forenses (SBCF), Conselho Regional de Biomedicina da 2ª Região (CRBM) Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo Posicionamento :contrários à realização do toxicológico.

14 Os procedimentos e prazos para realização dos exames toxicológicos deverão ser consultados diretamente com os laboratórios credenciados pelo DENATRAN, NÃO cabendo ao Departamento de Trânsito do Estado do Paraná interferir em qualquer etapa de sua realização.

15 Razão Social CITILAB DIAGNÓSTICOS LTDA Nome Fantasia Labet CONTRAPROVA ANÁLISES, ENSINO E PESQUISAS LTDA -- MAXILABOR DIAGNÓSTICOS LTDA PSYCHEMEDICS BRASIL EXAMES TOXICOLÓGICOS LTDA -- Psychemedics Brasil LABORATÓRIO MORALES LTDA Laboratório Sodré LABORATÓRIO CHROMATOX LIMITADA -- DB Medicina Diagnóstica LTDA DB - DIAGNÓSTICOS DO BRASIL TOMMASI ANALÍTICA LTDA --

16 1) Realizar exame toxicológico validade 60 dias. 2) Montar o processo. 3) Agendar o exame de aptidão física e mental. Levar o toxicológico em mãos no exame de aptidão física em mental caso não leve o exame o candidato fica INAPTO TEMPORÁRIO. Exame toxicológico normal- APTO CNH em 10 dias.

17 ,RG, Registro CNH nº, Processo de Habilitação nº estou ciente que, tendo me submetido ao Exame de Aptidão Física e Mental nesta data e obtido resultado de APTO COM RESTRIÇÃO NA(s) CATEGORIA(s) terei rebaixamento de categoria de acordo com o que estabelece a Resolução nº 425/2012- CONTRAN, Anexos II, III, VII e VIII e a minha nova Carteira Nacional de Habilitação, renovada, será emitida com a(s) categoria(s). Local / / Data Assinatura do Condutor 1ª via: processo; 2ª via: condutor

18

19

20

21 FROTA TOTAL NO PARANÁ : VEÍCULOS FROTA PR SETEMBRO TRATOR ESTEIRA TRATOR RODAS MICROÔNIBUS ÔNIBUS CAMINHÃO TRATOR REBOQUE SEMI-REBOQUE CAMINHONETA CAMINHÕES CAMINHONETE

22 Juntas Curtiba, Sarandi, Maringá, Londrina, Cascavel, Francisco Beltrão Protocolo justificativa da solicitação, dados processo renovação/ primeira habilitação. Agendamento Orientações

23 Junta I Junta II Junta I Junta II

24

25

26

27 Exame coletado em : 08/04/16 Contraprova: 23/04/16

28

29

30

31

32

33

34

35

36

37

38

39

40

41

42

43

44

45

46

47

48

49

50

51

52

53

54

55 Contato: