Proposta de intervenção no rio Paiva

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Proposta de intervenção no rio Paiva"

Transcrição

1 Proposta de intervenção no rio Paiva Inserido no projecto LIFE10 NAT/PT/073 Management of riparian habitats towards the conservation of endangered invertebrates

2

3 Índice Pág. 1. Introdução Os ecossistema ribeirinhos Caracterização e contextualização da área do projecto Localização Hidrologia Litologia e Pedologia Biogeografia Unidades de vegetação Usos do solo Caracterização dos elementos hidromorfológicos Metodologia de trabalho Intervenções no rio Paiva Identificação de situações críticas Técnicas a aplicar nas intervenções propostas Limpeza da linha de água Controle de plantas com caracter invasivo Controle do estrato herbáceo Gestão da vegetação ripícola natural Estabilização e consolidação de margens Remoção de resíduos Diversificação de habitats Acções de manutenção das intervenções Bibliografia de apoio Anexo I - mapas com localização das intervenções Anexo II - ficha de campo utilizada na aplicação do River Habitats Survey

4 Índice de Figuras Pág. Figura 1 Perfil tipo de uma linha de água... 6 Figura 2 Localização geral da área de estudo... 9 Figura 3 Mapa com a localização do troço a intervencionar Figura 4 Mapa de descontinuidadas no estrato arbóreo do corredor ripário, com base no ortofotomapa Figura 5 Maçico de silva (Rubus sp.) na margem esquerda Figura 6 - Exemplar de acácia no meio da vegetação Figura 7 - Ailanthus junto a àrea adjacente ao corredor ripícola Figura 8 - Exemplo de controle do corredor ripícola que é feito em alguns locais adjacentes aos campos agrícolas Figura 9 - Exemplo de corredor ripícola reduzido à componente arbustiva devido a corte raso das árvores Figura 10 - Local de deposição regular de resíduos de construção civil (DR1) Figura 11 - Local com deposição de resíduos de construção civil (DR2) Figura 12 - Acumulação lateral de resíduos lenhosos Figura 13 - Tronco de árvore morto em posição transversal no leito, provocando o desvio da corrente Figura 14 - Ramo de salgueiro com desenvolvimento horizontal sobre o leito do rio Figura 15 - Árvore sem suporte que exige um corte raso. (extraído de Jund, et al., 2000) Figura 16 - Situação em que a localização desadequada exige uma remoção por corte raso. (extraído de Jund, et al., 2000) Figura 17 - Forma de corte para evitar a formação de rachas e outras feridas. (extraído de Florineth, 2004) Figura 18 - Situação em que se deve proceder ao corte de ramos de forma selectiva. (extraído de Jund, et al., 2000) Figura 19 - Pormenor da execução e aplicação das faschinas vivas ou mortas Figura 20 - Pormenor da aplicação da manta de geotêxtil acompanhado de estacaria, formando um muro verde Figura 21 - Exemplo de um estrutura de deflector em asa. (extraído de Cowx e Welcomme, 19 98) Figura 22 - Esquema de um empoçamento lateral. (extraído de Vieira, 1998) Figura 23 - Mapa de localização dos leitos antigos a reconectar... 36

5 1. Introdução O desenvolvimento da presente proposta de intervenção no Rio Paiva, enquadra-se no projecto co-financiado pelo programa comunitário LIFE+, com a referência LIFE10 NAT/PT/000073, designado ECOTONE Management of riparian habitats towards the conservation of endangered invertebrates. Na base de intervenção do mesmo, está a implementação de uma gestão activa do habitat prioritário 91E0* Florestas aluviais de Alnus glutinosa e Fraxinus excelsior (Alno-Padion, Alnion incanae, Salicion albae) de forma a incrementar as populações de odonatos (Oxygastra curtisii, Gomphus graslinii and Macromia splendens) e melhorar o estatuto de conservação das populações de naíades ameaçadas, no caso do rio Paiva a Margaritifera margaritifera. Para alcançar os objectivos propostos, pretende-se aumentar da área de ocupação dos bosques e potenciar os fenómenos catenais, utilizando um cortejo florístico diversificado para favorecer a biodiversidade, através de alterações micro-topográficas que visam criar fenómenos de hidromorfia permanente, para tornar os amiais mais espessos e meandrizados, para que se disponham em mosaico com charcas temporárias e depósitos de sedimentos. Ao fomentar a heterogeneidade de formas, das condições hidráulicas e proporcionando melhoramentos na sua composição e estrutura, pretende-se potenciar/proporcionar a existência de micro-habitats adequados à instalação de organismos esciófilos (náiades, alevins de peixes, pteridófitos) ou heliófilos (odonatos, alguns macrófitos). Pretende-se igualmente melhorar o habitat existente, nomeadamente através de intervenções físicas que visam o redireccionamento da corrente para certas zonas, a diversificação das velocidades da corrente, da temperatura da água e a remoção de sedimentos finos de zonas de gravilha e cascalho, com a intenção de proporcionar condições de micro-habitat para náiades e melhorar a interacção entre estas e os peixes hospedeiros das suas larvas. Com o presente documento pretende-se solicitar autorização para intervir, entre o mês de Setembro de 2012 e o mês de Dezembro de 2014, no troço identificado e aplicando as técnicas adiante descritas. 5

6 2. Os ecossistemas ribeirinhos Os ecossistemas ribeirinhos são importantes corredores de conectividade de fluxos biológicos, de matéria e energia e, ainda, de malhas que permitem a identificação de distintos aspectos morfológicos, cénicos e paisagísticos. A base de um ecossistema ribeirinho é uma linha de água que possui uma capacidade de suporte a populações vegetais, animais e humanas, e que apresenta dinamismo e complexidade muito próprias. Uma vez que os cursos de água são elementos vitais, estruturantes e dinamizadores da paisagem, com grande riqueza e diversidade ecológica, torna-se evidente a necessidade e a importância que existe em protegê-los, assegurando a sua sustentabilidade ecológica. De acordo com o INAG (2001), existe uma afectação directa do desenvolvimento das diferentes componentes relacionadas com um curso de água, havendo necessidade de compatibilizar o ecossistema com a capacidade das biocenoses com os aproveitamentos humanos, tentando optimiza-los através da manutenção do curso de água em estado de equilíbrio. As linhas de água apresentam susceptibilidade, considerando o seu potencial natural, ou seja, existe um limiar de utilização e intervenção, para além do qual o seu excesso provoca degradação. O uso excessivo debilita diversas funções intrínsecas à linha de água, com efeitos negativos para o próprio Homem, promovendo desequilíbrios no ecossistema, tanto a nível ecológico como físico. A possível combinação destes desequilíbrios provoca importantes impactos na biodiversidade, nomeadamente: Afastamento ecológico de indivíduos e populações faunísticas; Alteração e perda de habitats; Mudança de comportamento das espécies; Efeitos de barreira e isolamento de espécies; Aparecimento de plantas infestantes e pragas; Alterações na cadeia trófica; Alterações no regime de caudais (cheias, secas, erosão, assoreamento, entre outros); Diminuição da vegetação ripícola. Para melhor se entender os desequilíbrios a que estão sujeitos os sistemas ribeirinhos, bem como analisar as suas consequências, importa definir quais os subsistemas que os formam e a respectiva importância para o equilíbrio geral. Assim, um sistema ribeirinho é constituído por: Leito (1), Corpo de Água (2), Galeria Ripícola (3), Margens (3a), Sistema Antrópico (4) Fig. 1 - Perfil tipo de uma linha de água 6

7 Leito (1) espaço físico ocupado pelas águas e que apresenta extensão variável, ao longo do ano, dependendo do caudal que apresente. É possível distinguir 4 níveis de caudal, que correspondem, desta forma, a diferentes extensões do rio: a) Nível normal de cheia: altura do escoamento máximo anual, na época de maior precipitação; b) Nível médio: altura média do escoamento, ao longo do ano; c) Nível máximo de cheia ou leito maior: é a zona inundável, calculada em função de um determinado período de retorno. Uma inundação ocorre quando o nível das águas ultrapassa os limites do nível normal de cheia, submergindo a área circundante, ou seja, a planície de inundação; d) Nível de estiagem ou leito menor: altura do escoamento mínimo anual, na época de menor precipitação. As características do leito são responsáveis pelo surgimento de vários habitats para a fauna, devido à forma como os elementos físicos do fundo do leito se dispõem, oferecendo à ictiofauna e fauna anfíbia, diferentes possibilidades de utilização deste espaço (INAG, 2001). Corpo de Água (2) é o elemento central do corredor ecológico e apresenta uma dinâmica muito acentuada, cumprindo funções de transporte de materiais provenientes da bacia hidrográfica. Este subsistema possibilita a existência de flora e fauna distintas da envolvente, nomeadamente a ictiofauna, herpetofauna e mamíferos que dependem da água corrente. A flora apresenta um elenco florístico distinto, transversalmente, em função dos diferentes gradientes de humidade. A água possibilita, ainda, a utilização humana para diversos fins (agricultura, energia, abastecimento, recreio, entre outros) e a sua qualidade é fundamental para a sustentabilidade dos sistemas ribeirinhos e para as actividades humanas. Galeria ripícola (3) é o conjunto da vegetação que se desenvolve longitudinalmente, acompanhando o curso de água1. Este subsistema é muito diverso em habitats, comunidades e, em muitos casos, ocupa parcialmente o leito, com especial incidência nas margens, podendo ocupar uma faixa mais ou menos estreita. As suas principais funções são: a) Fonte de alimento e abrigo para a fauna terrestre e anfíbia; b) Redução do teor de nutrientes dissolvidos e em suspensão, pela capacidade de filtração e remoção de nutrientes; c) Diminuição da luminosidade; d) Diminuição da temperatura da água; e) Estruturação do vale; f) Função paisagística; g) Consolidação das margens, protecção da erosão. O elenco florístico, a estrutura e a disposição das galerias ripícolas são, principalmente, determinadas por factores hidrológicos, clima, relevo e características do solo. De uma forma geral, caracterizam-se por possuírem maior diversidade estrutural e específica do que as comunidades vegetais das áreas envolventes, e são frequentemente dominadas por árvores e arbustos de grande porte, sendo bastante férteis e produtivas em termos de biomassa, característica que resulta, entre outros factores menos visíveis, da deposição no solo dos sedimentos transportados pela água quando esta invade as margens (Fabião & Fabião, 2006). A densidade da vegetação ripícola, a sua composição florística, o estado de desenvolvimento das plantas nela existentes e a época do ano, são determinantes para o grau de eficiência da galeria ripícola como filtro de nutrientes e de micro-poluentes. 7

8 Como já se referiu, a vegetação ripícola ao ocupar as margens do leito, cumpre, também, funções de consolidação, pelo que se assiste a uma relação muito estreita entre estes dois subsistemas, na medida em que quando a galeria ripícola está bem desenvolvida, a capacidade erosiva dos caudais de ponta de cheia não é suficiente para alterar o traçado do leito e das margens de forma significativa. Por outro lado, em zonas onde a galeria ripícola não está bem desenvolvida ou estruturada, os caudais de ponta de cheia, ao extravasarem as margens, podem destruir as margens do curso de água, comprometendo o equilíbrio do ecossistema ribeirinho (Fabião & Fabião, 2006). As margens (3a) de um curso de água estabelecem uma transição entre os meios terrestre e aquático, no qual os processos fluviais de inundação periódica, sedimentação e erosão, desempenham um papel determinante na génese dos ecossistemas. As margens podem ser mais ou menos declivosas ou estáveis, sendo que, é a instabilidade das margens que, possivelmente, limita a secção do leito e afecta negativamente o escoamento. Sistema antrópico (4) a acção humana é, muitas vezes, considerada como um dos factores responsáveis por mudanças na distribuição de matéria e energia dentro dos sistemas, modificando o seu equilíbrio. O sistema antrópico, que se desenvolve ao longo dos cursos de água, é caracterizado pela maior ou menor intervenção humana. Porém, estes agrosistemas contribuem, muitas vezes, para a diversidade da fauna que se encontra nestes habitats locais de alimentação, refúgio e de reprodução (INAG, 2001). O estado de conservação da zona marginal de um rio é um elemento chave no funcionamento do ecossistema fluvial e na qualidade da água. 8

9 3. Caracterização e contextualização da área do projecto 3.1. Localização A área de intervenção do presente projecto situa-se no centro de Portugal continental (entre os paralelos N e N e os meridianos O e O, vide figura 2). Corresponde a um troço com aproximadamente quinze quilómetros de extensão, no rio Paiva, distando o mesmo do Oceano Atlântico cerca de 60 quilómetros. ± ± Quilometros Legenda 0 4,25 8,5 Quilometros 17 Área do Projecto SIC rio Paiva Concelho Castro Daire Fig. 2 - Localização geral da área de estudo. Tendo por base as divisões administrativas, a área do projecto encontra-se localizada no distrito de Viseu mais precisamente no concelho de Castro Daire. Do ponto de vista de conservação, a área a intervir encontra-se inserida no Sítio de Importância Comunitária, Sítio PTCON0059 Rio Paiva, criado de acordo com a Resolução do Conselho de Ministros n.º 76/00 de 5 de Julho (ao abrigo da Directiva Habitats) Hidrologia O rio Paiva é um importante afluente da margem esquerda do Douro, que desemboca no curso principal próximo de Castelo de Paiva. De acordo com a classificação das massas de água do INAG (2008), está inserido na categoria de Rios do Norte de Média - Grande Dimensão. Têm uma distribuição ampla, limitada a Sul pelas Serras da Lousã e da Gardunha e a Sudoeste pela Ria de Aveiro. Estes rios encontram-se em zonas com temperatura média anual baixa (cerca de 12 a 13 ºC em média) e precipitação média anual relativamente elevada (cerca de 1200 mm em média) no contexto climático do território de Portugal Continental. Os cursos de água desta categoria localizam-se a baixas e médias altitudes (cerca de 270 m em média), no caso específico do troço em questão a altitude varia entre os 290 e os 452 metros. Quanto ao escoamento médio anual, este varia de 300 a 800 mm. Este tipo de rios reflecte o clima do Norte do País, com precipitações elevadas e temperaturas baixas, sem atingir os valores extremos que se observam nos Rios Montanhosos do Norte. 9

10 3.3. Litologia e pedologia A região enquadra-se no soco hercínico da Península Ibérica, na Zona Centro-Ibérica (ZCI). A zona Centro-Ibérica caracteriza-se do ponto de vista estratigráfico pela presença de um complexo de xistos e grauvaques ante-ordovícicos, pela presença de ordovícico gresoso na base e xistento no topo, discordante sobre os terrenos ante-ordovícicos, silúrico com xistos negros, devónico nerítico, pouco espesso e carbónico continental. Outra característica importante da Zona Centro Ibérica é o desenvolvimento de magmatismo contemporâneo da orogénese que se distribui espacialmente segundo arcos que sublinham zonas de cizalhamento dúctil anteriores. Ao nível litológico, o rio Paiva corre sobre diversos materiais, sobretudo em rochas granitóides, nos locais em que o leito é pouco sinuoso até aos metassedimentos, nos locais de maior meandrização. Na área de intervenção do projecto, segundo Vieira (2001) de Castro Daire até Ermida o rio corre sobre rochas granitóides, só voltando a percorrê-las num pequeno troço correspondente ao Granito de Alvarenga e, na parte terminal, sobre os Granitos de Fornelos e de Fornos. O resto do percurso é realizado maioritariamente sobre o Complexo Xisto-Grauváquico (afloramento de Parada de Ester) e sobre os metassedimentos ordovícicos, silúricos e carbónicos, do sinclinal de Valongo-Sátão. A nível regional, segundo descreve Monteiro-Henriques (2011), não existe muita informação sobre os solos. Contudo, o mesmo autor refere que estes serão solos relacionados com a desagregação em profundidade de granitos, como tal do tipo regassolos e leptossolos nas áreas de sedimentos, isto segundo a proposta de classificação da FAO Biogeografia Segundo a mais recente cartografia biogeográfica de Portugal continental (Costa et al. 1998) a área de intervenção encontra-se inserida na região Eurossiberiana, sector Galaico-Português, Super distrito Miniense Litoral. Localizando-se o Super distrito Miniense Litoral no Subsector Miniense, citando Costa et al., (1998), este Subsector é um território predominantemente granítico. Em termos bioclimáticos, é temperado hiper- -oceânico ou oceânico, grande parte posicionado nos andares termo temperados e meso temperados de ombroclima húmido a hiper- húmido. A vegetação climácica é constituída pelos carvalhais meso temperados e termo temperados de Rusco aculeati-quercetum roboris quercetosum suberis que sobrevivem em pequenas bolsas seriamente ameaçadas. São característicos os giestais de Ulici latebracteati-cytisetum striati e os tojais endémicos de Ulicetum latebracteato-minoris e Erico umbellatae-ulicetum latebracti, nos solos graníticos, e de Erico umbellatae-ulicetum mictranthi, próprio de solos esqueléticos de xistos. Próximo da fronteira leste do subsector ocorrem ainda os tojais de Ulicieuropaei-Ericetum cinereae e mais localmente os urzais de Ulici minori-ericetum umbellatae. Os solos hidromórficos são o habitat dos urzais higrófilos Cirsio filipenduli- -Ericetum ciliaris e Genisto berberideae-ericetum tetralicis. Em mosaico com os urzais mesófilos é frequente o arrelvado anual de Airo praecocis-sedetum arenarii. Nas áreas mais secas, em solos graníticos profundos, observam-se orlas arbustivas espinhosas de Pyrus cordata (Frangulo alni-pyretum cordatae). Os bosques higrófilos, à semelhança de toda a vegetação dulciaquícola, estão mal estudados no território e supõe-se que se distribuem por duas associações: Scrophulario scorodoniae-alnetum glitinosae e Senecio Bayonensis Alnetum glutinosae, sendo a primeira associação própria de áreas de clima de maior influência mediterrânica. 10

11 O Super distrito Miniense Litoral caracteriza-se pela correlação entre a distribuição do Ulex europaeus subsp. latebracteatus e de Ulex micranthus e respectivas comunidades. Na parte interior do Super distrito, à excepção dos vales mais profundos, os dois tipos de tojais são substituídos pelo Ulex europaeus subsp. europaeus integrado em duas associações de grande área de ocupação: o Ulici europaei-ericetum cinereae e o Ulici europaei-cytisetum striati Unidades de vegetação Do ponto de vista da vegetação, o Plano Sectorial da Rede Natura 2000 relata a presença de diversos habitats naturais, entre os quais se menciona a existência de florestas aluviais (91E0* florestas aluviais de Alnus glutinosa e Fraxinus excelsior, Alno-Padion, Alnion incanae, Salicion albae, habitat prioritário), presentes ao longo do rio Paiva. Corresponde este habitat ao subtipo 91E0pt1 que encontra o seu óptimo nos troços médios de rios pouco torrenciais, em solos siliciosos. Caracteriza-se pela dominância, no estrato arbóreo, de Alnus glutinosa e pela presença de Fraxinus angustifolia e Salix atrocinerea. No estrato arbustivo e lianóide, dominam: Crataegus monogyna, Sambucus nigra, Hedera helix, Rubus sp., Tamus communis, entre outras. O estrato herbáceo apresenta várias espécies de fetos e gramíneas. Segundo Monteiro-Henriques (2010), e passando a citar, corresponde a uma comunidade Scrophulario scorodoniae-alnetum glutinosae. Bosques higrófilos, caducifólios, mesofanerofíticos dominados por Alnus glutinosa acompanhado frequentemente por Salix atrocinerea e Fraxinus angustifolia subsp. angustifolia. A combinação característica apresenta como espécies Alnus glutinosa, Carex elata reuterana, Athyrium filix- -femina, Hedera hibernica, Salix atrocinerea, Fraxinus angustifolia angustifolia, Rubus ulmifolius, Lonicera periclymenum hispanica, Scrophularia scorodonia, Frangula alnus, Teucrium scorodonia scorodonia, Viola riviniana, Osmunda regalis, Blechnum spicant spicant spicant, Polystichum setiferum, Alnus glutinosa (frut.), Dryopteris affinis affinis, Brachypodium sylvaticum, Crataegus monogyna brevispina, Omphalodes nitida, Sambucus nigra nigra, Silene latifolia, Vitis vinifera vinifera, Dryopteris affinis borrerim, Saponaria officinalis, Fraxinus angustifolia angustifolia (frut.), Arum italicum neglectum, Bryonia dioica, Celtis australis, Galium broterianum, Luzula sylvatica henriquesii, Salix salviifolia salviifolia, Stellaria holostea, Tamus communis, Vincetoxicum nigrum. A informação relativa à vegetação, que em condições normais poderá atingir o seu clímax de desenvolvimento, é extremamente útil não só para efeitos de avaliação do estado actual do troço de intervenção, mas, essencialmente, para efeitos de intervenção ao nível da escolha de espécies a serem instaladas, com o objectivo de restituir o equilíbrio exigido neste tipo de ecossistemas. 11

12 3.6. Usos do solo Este troço do rio Paiva localiza-se numa área marcadamente rural, caracterizada pela existência de um mosaico de terrenos incultos ocupados por matos com uma composição florística variada consoante a altitude, que vão desde terrenos ocupados por olival, por vinhas, bem como por culturas arvenses de sequeiro, de regadio e por pastagens artificiais. É de igual forma importante realçar a ocupação florestal que aparece subdividida em quatro classes diferenciadas (eucaliptos, folhosas, povoamento misto e resinosas), onde existe alguma predominância das resinosas. Em termos de acessibilidades, apresenta boas condições de acesso por intermédio de caminhos de terra batida, sendo necessário atravessar propriedades particulares, sem no entanto haver qualquer inviabilidade aparente para a passagem da maquinaria Caracterização dos elementos hidromorfológicos A caracterização dos elementos hidromorfológicos teve em consideração a metodologia adoptada pelo INAG no âmbito da implementação da DQA por River Habitat Survey (RHS), sendo utilizada a versão de 2003 da ficha e manual de campo do RHS. O RHS é um sistema para avaliar a condição e qualidade dos rios baseada na estrutura física, segundo quatro componentes: a) Uma metodologia estandardizada para a amostragem em campo; b) Uma base de dados e software para o processado da informação; c) Um conjunto de metodologias para avaliar a qualidade do habitat; d) Uma metodologia para descrever a extensão das modificações antrópicas do canal. O RHS é um método de inventariação de características hidromorfológicas do curso de água e do corredor ao longo de um troço de 500 m de comprimento, abrangendo uma faixa de 50 m de cada lado da linha de água. As observações são registadas a duas escalas distintas: em transectos estabelecidos em intervalos de 50 m, denominados spot-checks (resultado de um total de 10 spot-checks), e de um modo contínuo ao longo de um troço de 500 m, denominado sweep-up. Os primeiros, sexto e último spot-checks são georreferenciados. Dentro de cada spot-chek, e numa faixa de 1 m, são registadas as principais características do fluxo e substrato do canal e margens assim como as possíveis modificações de origem antrópica. Numa faixa de 10 m de largura em cada spot-check, são recolhidas as informações referentes ao tipo e estrutura da vegetação assim como o uso do solo nas zonas adjacentes ao corredor fluvial. 12

13 Tabela 1- Lista de características registadas nos spot-checks e no sweep-up. Características registadas Nos 10 spot-checks No sweep-up Forma dominantes do vale x Substrato predominante do canal x Substrato predominante nas margens x Tipo de fluxo e características associadas x x Modificações no canal e nas margens x x Estrutura da vegetação nas margens e topo do talude x Tipos de vegetação no canal x x Perfil das margens x Presença de árvores nas margens e características x associadas Característica dos habitats fluviais registados x x Características artificiais x x Características de interesse especial x Uso do solo x x Tanto para os tipos de solo como para os tipos de fluxo recenseados nos spot-checks, existe uma classificação referida no RHS Manual Guidance (Environment Agency, 2003). A Ficha de Campo que foi utilizada contém informações cartográficas, como a altitude, distância à nascente, geologia, declive, entre outras; informação dos 10 spot-cheks e as duas últimas com características do sweep-up. A avaliação foi realizada ao nível do troço de amostragem de 500 m, tomando em consideração, principalmente, a diversidade e naturalidade da estrutura física do corredor fluvial e a presença de modificações antrópicas, indo de encontro aos objectivos do presente projecto. Estes princípios são traduzidos em dois índices: o Habitat Quality Assessment (HQA) e o Habitat Modification Score (HMS). O HQA é utilizado como uma medida da diversidade e naturalidade em base a um consenso de opiniões periciais sobre a presença e extensão de características do habitat fluvial relevantes para as comunidades biológicas, nomeadamente espécies autóctones de reconhecido interesse de conservação. O valor do HQA será apenas comparável com rios de características semelhantes ou troços do mesmo rio e corresponde ao somatório de dez sub-índices que avaliam componentes específicas de qualidade hidromorfológica. O HMS avalia o grau de artificialização da estrutura do corredor fluvial. À semelhança do HQA, o sistema de pontuação resulta de uma aplicação objectiva de um conjunto de regras definidas. No caso do HMS, estima-se o impacte de estruturas e intervenções transversais e longitudinais nos habitats fluviais, sendo este útil para avaliar o impacto de intervenções no rio. Neste caso, a avaliação é independente do tipo de rio, podendo comparar-se os resultados com os resultantes da aplicação da metodologia em tipologias diferentes. As pontuações do HMS correspondem a 5 classes de degradação (Habitat Modification Índex; HMI) desde os troços pristinos até os severamente modificados. 13

14 Tabela 2 - Índices que constituem o somatório do Habitat Quality Assessment. Componente do HQA HQA flow type HQA channel substrate HQA channel features HQA bank features HQA bank vegetation structure HQA point bars HQA channel vegetation HQA land use HQA trees and associated features HQA special features HQA Habitat quality assessment Tradução Tipo de corrente Substrato do canal Características do canal Características da margem Estrutura da vegetação da margem Depósitos de substrato no interior de um meandro Vegetação do canal Uso do solo Presença de árvores e características associadas Características de especial interesse Índice de avaliação da qualidade do habitat fluvial A avaliação da qualidade ecológica do habitat fluvial realiza-se através da conjugação do HQA e do HMS, em que se compara a qualidade hidromorfológica do troço amostrado com a de um troço de rio, da mesma tipologia que esteja caracterizado como pristino do ponto de vista da integridade estrutural e funcional. A aplicação do HMS e as categorias do HMI que descrevem o estado físico do canal nos locais do recenseamento do RHS foi feito segundo o definido pelo INAG (2003). Tabela 3 - Relação entre as classes de HMS e HMI. Classes HMI Intervalos HMS Categoria descritiva do troço Classe 1 0 Sem alteração (pristino) 0-16 Semi-natural Classe Predominantemente não modificado Classe Obviamente modificado Classe Significativamente modificado Classe ou mais Severamente modificado Tendo por base os dados recolhidos na Ficha de Campo, mediante aplicação do RHS (anexo II), avaliando o troço segundo o índice HMS, conclui-se que este enquadra-se na categoria de obviamente modificado, na classe de qualidade Bom ou inferior, denotando a influência antrópica ao nível do corredor ripário e margens. Em relação ao índice HQA, para a tipologia de rios no qual o rio Paiva se enquadra, Rios do Norte de Média-Grande Dimensão, segundo o INAG (2003) o limite inferior para a classe excelente é de 46 pontos. 14

15 A classificação obtida para o troço analisado encontra-se dentro deste intervalo, situação que, embora o rio seja cpautado pela diversidade de características e distintas intensidades na intervenção antrópica sobre o suistema fluvial, poder-se-á considerar que a classificação obtida se poderá extender a toda a área do projecto. 15

16 4. Metodologia de trabalho Em termos metodológicos, o desenvolvimento da proposta de intervenção no troço do rio Paiva, com vista a alcançar os objectivos inerente ao projecto co-financiado pelo Programa Life+, decorreu de acordo com o seguinte esquema: Identificação dos principais pontos críticos existente Levantamento no terreno da avaliação da situação actual, para identificação das principais situações e pontos críticos, com incidência no estado de conservação das margens do curso de água, ao leito, à envolvente e vegetação ripícola. Elaboração da proposta de intervenção Identificação das soluções/medidas a implementar, de acordo com a sua viabilidade, rapidez, menos custo, durabilidade de forma a aproximar o ecossistema ao estado natural, contribuindo para a sua restauração ecológica. A elaboração da proposta de intervenção deverá assentar em princípios gerais que devem respeitar a integridade ecológica do sistema ribeirinho, fomentar a biodiversidade local e mitigar os impactes do processo de reabilitação/requalificação. Monitorização Acompanhamento do desempenho e medição periódica das acções e de todas as operações que decorrem do processo interventivo. Avaliação da evolução das tendências das medidas implementadas e identificação da existência ou não de alterações aos procedimentos inicialmente projectados, de forma a serem implementadas acções correctoras ou preventivas. 16

17 5. Intervenções no rio Paiva 5.1. Identificação de situações críticas O troço de intervenção, localizado a sudoeste da localidade de Castro Daire, apresenta uma extensão de 15 km. Todo o troço está inserido transversalmente num vale que varia entre o vale aberto e o vale encaixado, com um leito constituído maioritariamente por elementos com dimensões superiores a 20 cm. O desnível da ribeira na área do projecto é de 161 metros em 15 quilómetros de extensão. Na figura 3 é apresentada a localização do troço alvo do presente projecto, com base na carta militar. ± ESTER VILA NOVA RERIZ PINHEIRO CASAL BOM SANTA MARGARIDA CASTRO DAIRE RIO PAIVA 0 0,5 1 2 Quilometros Legenda Área do Projecto Localidades Fig. 3 - Mapa com a localização do troço a intervencionar. Inicialmente, com base na carta militar e ortofotomapa procedeu-se a uma avaliação longitudinal em toda a extensão, da qual resultou a categorização segundo níveis de abordagem e tipologias de intervenção. No essencial, a intervenção no rio Paiva apresenta como objecto primordial de actuação o corredor ripícola e todas as componentes fluviais influenciáveis pelo mesmo. No que concerne ao corredor ripícola, uma das funcionalidades mais referenciadas na literatura é a de suporte ecológico de comunidades bióticas e a promoção da biodiversidade. Várias espécies de mamíferos, insectos, aves, macroinvertebrados aquáticos, 17

18 peixes, anfíbios, entre outros, utilizam e dependem directa ou indirectamente das galerias ribeirinhas nas suas várias vertentes: habitat, repouso, refúgio, alimentação e reprodução. Para estas funções, contribuem atributos específicos que favorecem uma maior complexidade estrutural e biológica das galerias, como a heterogeneidade florística, a renovação sazonal ou desfasada da folhagem (espécies caducifólias e/ou perenifólias), a contínua incorporação no sistema de materiais orgânicos, a existência de estratégias diversas de reprodução, propagação e dispersão, a elevada produtividade e elevada eficiência no uso da água. Por outro lado, a natureza linear das galerias contribui para a função de corredor ecológico, conectando populações e permitindo a migração de indivíduos no seu interior. Este aspecto está amplamente dependente de factores estruturais, como a largura da galeria, o modo de ocupação do espaço aéreo (ou seja, a distribuição de estratos) e radicular, a heterogeneidade florística e a continuidade longitudinal. A identificação dos pontos críticos no troço de intervenção do projecto foi feita com base na análise efectuada à estrutura ripária, ás margens e ao leito. Estrutura ripária Um corredor ripário equilibrado favorece a diminuição dos danos por erosão das margens e a deposição de sedimentos e partículas orgânicas devido ao aumento da rugosidade. Em simultâneo, o corredor ripário devidamente estruturado permitirá diminuir a influência dos terrenos adjacentes, fazendo com que a vegetação actue como zona tampão, promovendo: a) A diminuição do escoamento e da erosão superficial; b) A retenção de sedimentos e nutrientes; c) A estabilidade da forma e do traçado do canal; d) A formação de refúgios, o ensombramento da água e o input de folhada; e) A integração paisagística. Naturalmente que a actuação de todo o sistema varia com a densidade das faixas de vegetação, com o estado de desenvolvimento das espécies de porte arbóreo e arbustivo, com a época do ano e, ainda, com a diversidade de plantas. No estudo geral desta linha de água foi realizada uma análise cuidada sobre a continuidade e composição do corredor ripícola através de fotointerpretação e subsequente confirmação no terreno. Do trabalho efectuado resultou a identificação de quatros aspectos críticos inerentes ao corredor ripário. Tendo como referência uma faixa de 10 metros a contar do topo da margem, constata-se que em 3600 metros lineares, a estrutura arbórea do corredor ripário está ausente, ou muito dispersa. Esta situação deve-se a factores antrópicos, nomeadamente à eliminação das árvores na margem do rio por parte dos proprietários dos terrenos agrícolas adjacentes ou devido a incêndios. Pontualmente, as margens são constituídas por substrato rochoso, o que impede a instalação de vegetação arbórea. Outro aspecto importante ao nível do corredor ripícola está relacionado com a distribuição transversal do corredor ripário, o qual numa parte do troço analisado cinge-se a uma única fila de árvores, sendo relevante nesta situação o facto de cerca de metros de margem serem adjacentes a terrenos com uso agrícola, um factor impeditivo da progressão lateral deste habitat. 18

19 ± ESTER VILA NOVA RERIZ PINHEIRO CASAL BOM SANTA MARGARID CASTRO DAIR 0 0,5 1 2 Quilometros Legenda Área do Projecto Localidades Concelho Castro Daire Descontinuidades no corredor ripícola Fig. 4 - Mapa de descontinuidades no estrato arbóreo do corredor ripário, com base no ortofotomapa. Um outro aspecto crítico, que de futuro poderá implicar uma diminuição da diversidade florística e alterar a composição do coberto arbóreo do rio Paiva prende-se com a presença de espécies exóticas invasoras (Dec. Lei n.º565/99), nomeadamente a mimosa (Acacia dealbata) e a espanta-lobos (Ailanthus altissima), que formam povoamentos muito densos impedindo o desenvolvimento da vegetação nativa (Marchante et al. 2009), diminuindo o fluxo das linhas de água e aumentando a erosão, no caso da primeira espécie. De uma forma geral, na área do projecto encontram-se alguns exemplares jovens de Acacia dealbata pontualmente distribuídos ao longo das margens. Contudo é preocupante a existência de dois núcleos, assinalados 19

20 no mapa 2A em anexo, um na zona mais a montante do projecto com cerca de 800 metros quadrados, e outra na zona mais a jusante com cerca de 200 metros quadrados. Este último povoamento apresenta um elevado potencial de dispersão de sementes para colonização das margens do rio a jusante. Fig. 5 - Maciço de silva Fig. 6 - Exemplar de acácia no meio da vegetação. Fig. 7 - Ailanthus junto em área adjacente ao corredor ripícola. No caso da Ailanthus altissima, foi identificado um núcleo com cerca de 200 metros quadrados (mapa 2A, anexo I), distribuído num antigo terreno agrícola, numa área contígua ao corredor ripícola, encontrando-se este em franca expansão dado o número de plantas jovens aí encontradas. Um outro aspecto crítico, relacionado com a estrutura arbustiva, que assume uma expressão significativa ao longo do rio Paiva e área envolvente, prende-se com a extensa cobertura arbustiva de silvas (Rubus sp.) existente. Esta espécie não é por si só invasora ou infestante e integra-se nas comunidades características das formações ripícolas. Contudo, essa integração corresponde normalmente à zona terrestre dos corredores ripícolas. As situações de infestação são muito claramente favorecidas pela perturbação física com destruição ou degradação da vegetação ripícola característica (salgueiral, amial, freixial, etc.) e a resultante abertura de soluções de continuidade que permitem a penetração e estabelecimento dessas espécies mas, mais importante ainda, pela destruição do sombreamento do canal, permitindo, desta forma, que espécies que só se conseguem desenvolver com muita luz incidente, apresentem uma grande cobertura, quer na orla das formações ribeirinha, quer penetrando no seu interior, ou mesmo substituindo as formações arbustivas. Embora a Rubus sp. se encontre presente ao longo de todo o corredor ripícola, existem algumas áreas, onde é claramente excessiva, e impeditiva da instalação e desenvolvimento de espécies arbóreas e arbustivas características deste habitat. Por fim, é importante referir que em relação ao coberto arbustivo associado ao corredor ripícola, nas áreas com marcada influência antrópica, este encontra-se esparsamente presente, com pouca representatividade, tendo sido identificadas espécies como Crataegus monogyna, Sambucus nigra, Hereda helix, Tamus communis, Lonicera periclymenum e Rubus sp.. Este aspecto poderá ser o resultado histórico da intervenção humana, com um aproveitamento mais activo das áreas de aluvião adjacentes ao rio para agricultura. 20

21 Fig. 8 - Exemplo do controle do corredor ripícola que é feito em alguns locais adjacentes aos campos agrícolas. Fig. 9 - Exemplo de corredor ripícola reduzido à componente arbustiva devido a corte raso das árvores. Esta análise sobre o coberto vegetal é de extrema importância para a definição das áreas de intervenção na recuperação/incremento do habitat ripícola. Estabilidade das margens É sabido que as margens dos cursos de água, fazem a ligação entre os meios terrestre e aquático, originando zonas ou faixas de transição nas quais ocorrem inundações periódicas, processos de sedimentação e erosão. A presença de vegetação ripícola, com as suas raízes bem fixadas, é de elevada importância para a segurança e estabilidade das margens, face a processos erosivos. Numa situação ideal, uma galeria ripícola bem constituída, deve distribuir-se pelas duas margens e apresentar uma estrutura complexa e desenvolvida, com copas de árvores e arbustos, a vários níveis de altura. Dadas as características do curso de água, não foram identificadas áreas cujo o nível de erosão exija uma intervenção a curto prazo, contudo é de enorme importância que as margens onde existe solo e que estão desprovidas de estrato arbóreo, o mesmo possa ser reconstituído de forma a minimizar problemas de erosão em períodos de cheia com elevada turbulência, que no clímax conduzem à exposição da rocha-mãe, limitando a existência de condições para uma futura instalação de coberto vegetal. Não tendo no momento influência na estabilidade da margem, mas com implicações ecológicas, está a localização de dois locais de deposição de resíduos de construção (mapa 3, anexo I). O primeiro (DR1), localizado nas coordenadas N, W, apresenta características de vazadouro regular, com implicações para a instalação da vegetação autóctone, implicações para a massa de água, dado que é visível a dispersão do mesmo no leito do rio, com consequências para a fauna, para além do aspecto inestético associado. O segundo local (DR2), presume-se ser o resultado de uma deposição pontual de resíduos de uma construção habitacional. As duas situações encontram-se ilustradas nas figuras que se seguem. 21

22 Fig Local de deposição regular de resíduos de construção civil (DR1). Fig Local com deposição de resíduos de construção civil (DR2). Leito da ribeira Ao longo do leito do rio, existem alguns exemplares mortos de árvores, alguns ramos mortos ou inadequadamente desenvolvidos, que no curto prazo podem obstruir de alguma forma o normal escoamento da água ou em situações de cheia, entupir as linhas de água ou podem mesmo ficar retidos, o que pode originar situações de represamento e desvio de águas ou em situações de ruptura, pode provocar ondas de cheia muito destruidoras que podem alterar o perfil lateral e longitudinal do rio. Efectuando uma incursão longitudinal ao longo da ribeira, foi possível identificar e existência de algumas situações, que exigem um intervenção. Fig Acumulação lateral de resíduos lenhosos. Fig Tronco de árvore morto em posição transversal no leito, provocando desvio da corrente. Fig Ramo de salgueiro com desenvolvimento horizontal sobre o leito do rio. 22

23 5.2. Técnicas a aplicar nas intervenções propostas Com base no levantamento de riscos efectuado e tendo presente os objectivos inerentes ao projecto LIFE, são em seguida apresentadas as propostas de intervenção para o troço do rio Paiva acima descrito. Esta prevê uma gestão de habitat a diferentes níveis: a) Limpeza de linha de água com o objectivo de retirar elementos que constituam obstáculos ao normal fluxo da água ou possam induzir perturbações nos processos característicos das linhas de água; b) Controle pontual de plantas com carácter invasor, de forma a melhorar as condições para instalação e diversificação de espécies arbóreas e arbustivas características deste habitat; c) Limpeza e condução da vegetação ripícola natural de forma a garantir a sua vitalidade e capacidade de controlo competitivo de infestantes d) Incremento do habitat ripícola com a plantação de espécies arbóreas e arbustivas, de forma a melhorar as características e funcionalidade do corredor ripícola e interface com as áreas adjacentes; e) Diversificação de micro-habitats de forma a melhorar as características bióticas e abióticas potenciadoras das populações de ictiofauna, odonatos e náiades. Assim tendo em conta os riscos anteriormente identificados, na área do projecto (figura 3), será efectuada a gestão de habitat procurando alcançar os seguintes objectivos (adaptados de Jund et al., 2000): a) Assegurar o escoamento na totalidade do leito, preservando-o, simultaneamente da invasão de infestantes aquáticas e do risco de obstrução pela queda de árvores enfraquecidas ou mortas. b) Assegurar a estabilidade das margens através da manutenção e favorecimento dum coberto vegetal ripícola adequado (sistema radicular fixador do solo e parte arbórea garantindo uma boa cobertura das margens, evitando, ao mesmo tempo, a abertura de feridas por descalçamento e queda de árvores mal enquadradas. c) Evitar a formação de zonas de acumulação de detritos flutuantes e de excessiva turbulência por poderem originar rupturas da margem. d) Manter e melhorar as funções ecológicas e estéticas da vegetação. e) Caso necessário, reconstituir a vegetação ripícola natural. Em seguida segundo a tipologia de intervenção e área de actuação proposta, é descrita a forma de actuação, a época mais aconselhada para os trabalhos, assim como as máquinas e ferramentas aconselháveis para cada situação Limpeza da linha de água Tal como identificado anteriormente, existem exemplares mortos de árvores a obstruir de alguma forma o normal escoamento da água, provocando alterações de corrente e consequentemente alterações de topografia no leito da ribeira, e de margens. Para além disso, a existência de árvores vivas na zona central do leito devido a desenvolvimento em local erróneo, ou por alterações na topografia do leito, implicam em alguns casos a acumulação de resíduos lenhosos e o constrangimento na passagem da água o que origina um redireccionamento do fluxo para a margem provocando uma erosão localizada em períodos de cheia. 23

24 De forma a alterar as situações anteriormente referidas, deve proceder-se à remoção dos exemplares mortos de árvores, dos resíduos, de lixo e das obstruções que exercem interferência e dificultam o normal escoamento da água. Para além destas acções deve-se também proceder ao corte e à poda de árvores e arbustos que crescem para o meio do curso de água, que obstruem o leito e reduzem a sua capacidade de vazão. No caso das árvores que provocam o impedimento central do canal, por estarem erradamente localizadas deve Fig Árvore sem suporte que exige um corte raso. Fig Situação em que a localização desadequada exige uma remoção por corte raso. proceder-se ao corte raso, ao passo que nas restantes situações a opção deve ser a eliminação das partes que comportam os riscos anteriormente mencionados, utilizando equipamento de corte adequado, de modo a não serem deixados troncos e ramos partidos que possam comprometer a viabilidade das árvores. No caso específico de árvores caídas, a sua retirada do leito do curso de água deve ser feita com recurso a cortes sucessivos. Sempre que possível, deve ser feito o aproveitamento de todos os ramos vivos das espécies passíveis de serem reutilizados em acções de estacaria. Esta intervenção a realizar em toda a área do projecto (figura 3), deve ser feita durante o período de repouso vegetativo e quando o caudal permitir intervir em segurança no leito. As intervenções devem ser conduzidas com recurso mínimo a maquinaria pesada, recorrendo preferencialmente a abordagens manuais, sendo esta a única forma de garantir que são intervencionadas as áreas e os exemplares requeridos e que não ocorre uma intervenção generalizada e perturbadora não só da vegetação que se pretende manter, bem como do solo da margem, destabilizando-o e expondo-o a agentes erosivos. O material manual a utilizar deve ser do tipo serrotes, tesouras de poda e motosserras, os quais devem ser devidamente desinfectadas após cada utilização de forma a minimizar propagação de doenças entre espécimes vegetais. Os resíduos vegetais não passíveis de reutilização nas demais intervenções, devem ser encaminhados para tratamento ou valorização. 24

25 Controle de plantas com caracter invasivo No que concerne às espécies invasoras, na área do projecto anteriormente definida, existe a necessidade de intervir sobre as espécies exóticas como a mimosa (Acácia dealbata) e a Espanta-lobos (Ailanthus altissima) e alguns núcleos de silva (Rubus sp.) com caracter invasivo. Controle de Acácia dealbata Esta espécie, comummente conhecida como mimosa, pertence a um género com grande capacidade de reprodução e desenvolvimento vegetativo e uma enorme adaptação ao fogo. Dessa forma rebenta de touça ou a partir de fragmentos de raiz com uma grande facilidade e produz grande quantidade de sementes cuja dispersão e germinação é, entre outras, estimulada pelo fogo. Segundo a literatura, o controle mecânico pode ser realizado mediante o arranque (completo com todo o aparelho radicular) de plantas pequenas ou jovens ou, no caso de exemplares adultos, o descasque do tronco desde o solo até cm de altura de modo a cortar o fluxo de seiva e provocar a morte da planta. Contudo estas duas abordagens mecânicas além de muito exigentes em mão-de-obra e em tempo, não dão garantias de sucesso, pelo que se recorre, a intervenções combinadas entre métodos mecânicos e químicos. Na área do projecto, dado que a distribuição da acácia se prolonga para além dos 10 metros da linha de água, é fundamental sensibilizar os proprietários para a importância da intervenção visando a sua erradicação. A metodologia proposta para a intervenção é a seguinte: além do arranque das plantas jovens e de pequeno porte, deve proceder-se ao corte raso e imediata (nos segundos que se seguem ao corte) pincelagem da touça com glifosato (de preferência o Spasor) - a necessidade de pincelamento imediato, deve-se à necessidade de garantir o transporte para as raízes do produto através do fluxo residual de seiva. Esta intervenção deve decorrer preferencialmente durante os meses de Maio, Junho e Julho, quando as condições climatéricas sejam favoráveis à aplicação de produtos químicos. Posteriormente deve ser feito um controle e no caso de existência de rebentos, estes devem ser controlados por arranque manual. Os resíduos lenhosos devem ser retirados do local, podendo os troncos sofrer aproveitamento como biomassa. Após a erradicação deve proceder-se ao rápido restabelecimento da vegetação ripícola adequada, utilizando as espécies localmente presentes e descritas adiante. Controle de Ailanthus altissima No caso da espanta-lobos, deve fazer-se um controlo físico dos indivíduos muito jovens, através do arranque em períodos em que o solo está húmido, tentando que todo o sistema radicular seja retirado. Para os espécimes adultos, segundo Marchante et al. (2005), o método mais eficaz consiste na aplicação de químico, nomeadamente glifosato, directamente no sistema vascular. Para tal, a 1,2 m de altura fazem-se cortes até ao alburno num ângulo de 450 com uma machada/enchó e injecta-se o químico. Após o tratamento a árvore rapidamente ficará castanha e com aspecto de morta. No entanto, é importante que a árvore fique de pé mais um ano e não seja removida; assim assegura-se que a árvore gasta parte dos hidratos de carbono de reserva da raiz. 25

26 Com menor grau de eficácia, pode-se utilizar a técnica de corte raso e aplicação de químico na touça, tal como descrito para a Acacia dealbata. Controle de Rubus sp. A silva (Rubus sp.) é uma espécie autóctone que pertence às comunidades ripícolas naturais. Assume um carácter invasivo quando se desenvolve prioritariamente dentro do canal de escoamento originando com os seus ramos muito longos e flexíveis redes intrincadas que, em caso de cheia retêm todos os detritos transportados e podem originar estruturas de represamento que ao cederem causam ondas de cheia secundárias muitas vezes extremamente danosas. Por outro lado, o seu carácter competitivo impossibilita a instalação nas margens de uma estrutura arbustiva e arbórea equilibrada. Esta espécie caracteriza-se por ter uma raiz/tronco subterrâneo de onde brotam rebentos novos com características trepadoras de desenvolvimento muito rápido (designados como turiões). Apresenta boa capacidade de desenvolvimento, renovação e enraizamento vegetativo conferindo-lhe uma grande resistência a perturbações e uma elevada capacidade de colonização daí o seu carácter invasivo. Dado que a silva é uma espécie da comunidade ripícola, a sua remoção só ocorrerá em situações em que o seu desenvolvimento condicione as condições de escoamento e a segurança do mesmo, ou quando a mesma seja necessária para a melhoria das características da estrutura ripária. A intervenção abrangendo toda a área do projecto, deve centrar-se na zona contígua ao curso de água, abrangida pelos 10 metros contados a partir do topo da margem (mapas 3 A e B - anexo I). A remoção das silvas deve ser realizada por meios mecânicos/manuais preferivelmente o arranque ou, alternativamente o corte sistemático com moto-roçadora, com uma intervenção inicial durante o período outonal de 2012, seguido de um acompanhamento e intervenção regular ao longo de 24 meses. A selecção dos aglomerados de silva a serem removidos ou a serem mantidos deve ser definida em obra. Sempre que a continuidade de cobertura por parte da Rubus sp. afectar ambas as margens, e de forma a salvaguardar a biodiversidade, a intervenção será feita de forma alternada nas margens. Após o controle inicial, na área intervencionada é aconselhável iniciar os procedimentos de estabilização de margens, se assim for necessário, e plantação de espécies arbóreas e arbustivas características deste tipo de habitat, como adiante é descrito Controle do estrato herbáceo Do ponto de vista ambiental a existência de uma cobertura herbácea nas imediações das margens é importante na estabilização do solo contra agentes erosivos, e funciona também como habitat de alimentação e refúgio de várias espécies de mamíferos, aves e insectos. Contudo existem situações em que é necessário efectuar um controle das plantas herbáceas para possibilitar as intervenções descritas, nomeadamente a plantação e a estacaria. É importante não esquecer que o corte da vegetação em taludes e margens altera, de forma radical e repen- 26

27 tina, as comunidades vegetais, assim como a estrutura do habitat de invertebrados, aves e mamíferos. Com o objectivo de minimizar o impacto, a época e a frequência de corte, assim como a área a intervencionar devem ser cuidadosamente seleccionadas. É recomendado que o corte de vegetação seja feito em meados do Verão, após o mês de Julho, de forma a acautelar as seguintes situações: a) Conservação do refúgio necessário para a reprodução da fauna; b) Disponibilização de sementes como fonte de alimento para aves e pequenos mamíferos, assim como garantia de existência de um banco de sementes no solo que garanta que na próxima época ocorra a germinação de espécies anuais características da área; c) O corte neste período, contrariamente ao que ocorre se efectuado na Primavera, não estimula um rápido crescimento vegetal de algumas espécies. Por outro lado, é desejável que o corte seja feito com recurso a moto-roçadora, de forma alternada nas margens, tal como anteriormente definido no controle de Rubus sp. minimizando as alterações do funcionamento hidráulico do curso de água, que daí possam advir. Em relação aos resíduos produzidos, estes podem ser deixados na área de forma a melhorar a quantidade de matéria orgânica no solo e minimizar as perdas de água por evaporação Gestão da vegetação ripícola natural Por vezes, verifica-se que as formações ripícolas se encontram desequilibradas quer no sentido de um excessivo desenvolvimento que pode obstruir inteiramente o canal, quer num desequilíbrio etário ou no predomínio de formações arbóreas ou arbustivas, com claro prejuízo das funcionalidades hidráulica e ecológica. Importa pois proceder à gestão dessas formações no sentido de repor as características e funcionalidades de um corredor ripícola. De forma a melhorar as características estruturais do corredor ripícola, são propostas intervenções segundo as descrições que se seguem: a) Condução da vegetação ripícola Esta intervenção visa manter a secção hidráulica adequada em cada secção e corrigir situações de desvio da corrente. Este processo consiste na remoção de ramos de exemplares arbóreos e eventualmente exemplares arbustivos cujo crescimento ocasione obstruções ou desvio ao normal escoamento da água e consequentemente desequilíbrio da secção em causa. Este processo de condução e limpeza dos ramos e exemplares hidraulicamente desadequados, deve ser realizado individualmente com recurso a maquinaria de operação manual, de modo a garantir que não provoquem danos nas margens e nas formações vegetais que importa preservar e valorizar. Contudo não é de descartar a necessidade de maquinaria pesada para retirar trocos cuja dimensão torne inviável a intervenção manual. 27

28 Fig Forma de corte para evitar a formação de rachas e outras feridas. Fig Situação em que se deve proceder ao corte de ramos de forma selectiva. Esta intervenção a realizar na área delimitada pelos 10 metros laterais ao topo de cada margem, tal como definido nos mapas 3A e 3B (anexo I), deve decorrer preferencialmente no período de descanso vegetativo, acautelando a época de reprodução da fauna. b) Incremento do povoamento arbóreo e arbustivo Anteriormente constatou-se a existência de descontinuidades no corredor ripícola e um confinamento do mesmo muitas vezes a pouco mais de 5 metros de margem. Com base na situação actual, e segundo os objectivos propostos no projecto LIFE, pretende-se intervir de forma a melhorar a conectividade do corredor ripícola, nas áreas onde as características abióticas permitem a instalação de espécies vegetais, assim como reforçar e diversificar a área de distribuição deste habitat, com um incremento em 3 hectares. Dada a elevada compartimentação do território, que muitas vezes dificulta a concordância dos proprietários dos terrenos adjacentes à linha de água em aderir ao projecto, são apresentadas três propostas de intervenção para alcançar a meta dos três hectares, que se distinguem na distribuição das áreas a intervir, localização e extensão. Proposta I Esta proposta centra a sua actuação numa intervenção de incremento numa área total de 2 hectares através da plantação/estacaria em locais onde o corredor ripícola apresenta descontinuidades ou é inclusive inexistente. As áreas propostas para esta intervenção encontram-se definidas nos mapas 3 em anexo, tendo sido definido 1 hectare de área de contingência, para colmatar possíveis problemas de concretização nas áreas definidas. Para além desta intervenção, pretende-se intervir no equivalente a metros quadrados, através do reforço ao longo dos 10 metros a contar do topo da margem, com a plantação de 2000 árvores e arbustos, promovendo o aumento da área e diversificação do habitat. Como neste caso se tratam de intervenções pontuais e muito circunscritas, a mesma será definida em obra. 28

29 Proposta II Na eventualidade de uma impossibilidade de intervenção visando a melhoria da continuidade do corredor ripícola, surge uma segunda proposta, que visa o mesmo objectivo definido em projecto, o incremento em 3 hectares do habitat ripícola, mas que no entanto apresenta um modo de actuação diferente. Com esta propõe-se que a intervenção em termos de incremento de habitat com a plantação/estacaria em áreas onde o mesmo se encontra ausente se cinja a metros quadrados, segundo a localização definida nos mapas 5 em anexo. Neste caso a área de contingência definida é de metros quadrados. Os restantes metros quadrados de incremento de habitat, serão alcançados através do reforço ao longo dos 10 metros a contar do topo da margem, com a plantação de árvores e arbustos, promovendo o aumento da área e diversificação do habitat. Como neste caso se tratam de intervenções pontuais e muito circunscritas, a mesma será definida em obra. Em ambas as situações, nas zonas onde se verifique a ocorrência (quase) exclusiva de formações apenas arbóreas ou apenas arbustivas proceder-se-á ao restabelecimento (por estacaria ou plantação) dos estratos em falta, propiciando uma diversificação estrutural e reconstituição progressiva de um corredor adequadamente estratificado, que garantam uma protecção do solo e uma regularização do canal (de estiagem ou de cheia), prevenindo rupturas de margens. Todas as intervenções de estacaria e plantação devem decorrer em períodos do ano, em que as condições de humidade no solo permitam uma maior taxa de sucesso, preferencialmente no período compreendido entre os meses de Novembro e Fevereiro. Os trabalhos devem decorrer com o recurso mínimo a maquinaria pesada, preferencialmente com abordagens manuais (com maquinaria de operação manual) entre as quais se contam as furadoras, única forma de garantir que são intervencionadas áreas circunscritas e que não ocorre uma intervenção generalizada e perturbadora não só da vegetação que se pretende manter como do solo da margem, destabilizando-o e expondo-o a agentes erosivos. Na plantação, as árvores a utilizar adquiridas junto em viveiros da especialidade, devem ser resultantes da utilização de sementes e material vegetativo recolhido nas proximidades. Quanto à estacaria, este método é descrito em As plantas a utilizar devem ser distribuídas de acordo com as exigências edáficas, seguindo um gradiente de distribuição no sentido talude-margem que contempla 3 níveis: Primeiro nível - arbustos higrófíticos representados pelos salgueiros de porte arbustivo (e.g. Salix atrocinerea e Salix salvifolia); Segundo nível - representado especialmente pela espécie Alnus glutinosa; Terceiro nível representado pela espécie arbórea Fraxinus angustifolia, capaz de suportar períodos de inundação, Laurus nobilis e arbustos como por exemplo o Crataegus monogyna, Sambucus nigra e Frangula alnus. Devido à variedade de situações encontradas nas margens a intervir, a localização exacta e distribuição de espécies só será definida em obra, sendo de prever uma densidade média 2000 plantas por hectare. Contudo, 29

30 para evitar uma excessiva aleatoriedade na distribuição das plantas, que proporciona uma fisionomia anárquica muito pouco natural, estabelece-se o critério de distribuir as plantas por manchas da mesma espécie. As plantas não devem ser aplicadas em linha ou em intervalos regulares, mas sim, espalhadas e nos sítios mais adequados, como por exemplo 2 a 5 estacas por metro quadrado Estabilização e consolidação de margens Devido à erosão das margens desprotegidas pela vegetação, associada ou não a aterros abusivos ou a quedas de árvores descalçadas pela corrente, ocorrem muitas situações em que a base da margem foi sendo erodida e aluiu originando feridas nas margens que tendem a aumentar a cada cheia. Embora não tenham sido detectadas áreas com erosão activa que exijam de momento uma intervenção, caso ao longo da execução do projecto sejam identificadas situações de erosão, dadas as características das margens, serão aplicadas fachinas vivas ou mortas acompanhada de estacaria, para a sua estabilização. a) Faschinas vivas ou mortas Esta é uma técnica utilizada para estabilizar a base do talude e a revegetação da orla de rios mediante a utilização de fachinas de material morto ou vivo com capacidade de reprodução vegetativa, normalmente espécies lenhosas como o salgueiro. O rápido enraizamento permite a estabilização da área fortemente afectada pelo fluxo contínuo de água. 3 m Fig 19 - Pormenor da execução e aplicação das fachinas vivas ou mortas. 0,60 m 0,5-1,0 m 0,40 m Na sua construção utilizam-se ramos, com um diâmetro até aos 3 cm. Agrupam-se os ramos vivos ou mortos provenientes de operações de corte e poda formando estruturas cilíndricas de 30 a 50 cm de diâmetros e com um comprimento a rondar os 3 metros e são depois amarradas a cada 0,5-1,0 m com arame ou corda de sisal. A aplicação da fachina deve ser feita de forma que 1/2 a 1/3 da mesma se encontre à altura do nível médio do curso de água. Cava-se um canal horizontal onde é colocada a fachina até metade e fixam-se com estacas de 8-14 mm de largura a uma profundidade de 60 cm a cada metro, dispondo a base virada para montante, e ligeiramente virada para o interior da margem (diminuindo a resistência á agua). Por fim, poderá preencher-se com terra, ficando os ramos do topo a descoberto. 30

31 As fachinas formam pequenos deflectores e um espaço intermédio não consolidado e sujeito à dinâmica fluvial. Os ramos vivos de salgueiro, que possuem elevada capacidade de propagação vegetativa ao desenvolverem-se vão, através das suas raízes, consolidar de forma mais eficaz a base do talude, auxiliando a sua protecção contra os fenómenos erosivos. Esta intervenção deve ser realizada durante o período de repouso vegetativo, excepto se as temperaturas forem negativas. b) Estacaria viva A estacaria viva é geralmente uma técnica utilizada na revegetação das margens, aplicada em taludes com reduzida inclinação, ou como complemento na aplicação de mantas de geotextil, enrocamentos vivos, fachinas, entrançados vivos ou grades de vegetação. É considerada em si mesmo como uma técnica complementar de bioengenharia (Cortes, 2004). Este método consiste em introduzir no solo estacas de plantas lenhosas, com capacidade de enraizar e desenvolver uma planta adulta, com comprimento entre cm e diâmetro entre 3-10 cm para que possam ser cravadas no solo como estacas. A colocação das estacas respeita uma densidade de uma por m2, enterradas a cm de profundidade, sobressaindo apenas alguns centímetros, prevenindo a sua secagem. Importa ter em consideração que a forma de corte da estaca na parte inferior, a enterrar, deve ser na diagonal. Quando as estacas enraízam criam uma matriz de raízes que estabilizam o solo através do reforço e coesão das suas partículas e reduzem o excesso de humidade. Este tipo de plantas enraízam rapidamente e começam logo a sustentar o talude, podendo mesmo desenvolver-se em substratos totalmente carentes de solo. Relativamente à estacaria, é aconselhável fazer um aproveitamento do material vegetativo resultante de podas nos períodos de repouso vegetativo, sendo de grande sucesso a utilização de estacas de salgueiro. As varas a utilizar, sejam de salgueiro ou de outra espécie lenhosa com capacidade de propagação vegetativa devem ter um mínimo de 1,5 m de comprimento e 3 a 4 cm de largura. Os pilaretes devem ter 15 cm de diâmetro e 1 a 1,5 m de comprimento. A técnica deve ser aplicada no início do período de repouso vegetativo. Com esta técnica pretende-se a cobertura da margem do rio, com varas de espécies vegetais com capacidade de propagação vegetativa, nomeadamente o salgueiro. c) Aplicação de manta geotextil Nas situações mais críticas relativas a fenómenos erosivos das margens e sempre que se considerar necessário, durante o período de execução de obra, pode-se optar pela aplicação da manta de geotêxtil de modo a formar um muro verde em rolos de geotêxtil acompanhados com vegetação. Nesta operação, as mantas são estendidas, preenchidas com terra até uma altura de 50cm, comprimidas e enroladas em forma de cilindro, devendo estes estar ligeiramente inclinados para trás. Sobre ele são colocados perpendicularmente à encosta ramos com capacidade de enraizamento, nomeadamente os salgueiros, ou plantas enraizadas que, posteriormente, são cobertos por uma fina camada de terra. Na parte superior é colocado o próximo cilindro e assim sucessivamente, de acordo com a figura. A malha do geotêxtil não deverá ser muito larga 31

32 de forma a não permitir o deslizamento de terras. Esta técnica deverá ser aplicada durante o período de repouso vegetativo. 0,70-1,0 m 0,50 m Fig Pormenor da aplicação da manta de geotêxtil acompanhado de estacaria, formando um muro verde. d) Deflectores Os deflectores são dispositivos multi-funções que se localizam nas margens da linha de água, e que têm o fim de desviar a corrente de locais facilmente erodíveis, facilitando ao mesmo tempo a sedimentação de materiais transportados a jusante destas estruturas. O efeito de refluxo causado pela constrição do canal facilita a deposição de gravilha imediatamente a jusante do deflector e assim melhora os habitats de desova para os peixes (Cortes, 2004). Por outro lado os deflectores promovem nas zonas de sedimentação, que criam, a revegetação rápida e natural das margens. Os deflectores são dispositivos multi-funções que se localizam nas margens ou no próprio canal, e que têm o fim de desviar a corrente de locais facilmente erodíveis, facilitando ao mesmo tempo a sedimentação de materiais transportados a jusante destas estruturas, criando ainda múltiplos habitats para a fauna aquática, nomeadamente zonas de desova e de zonas de alevinagem, aumento de abrigos para os peixes. A aplicação dos mesmos será ponderada em obra, caso sejam detectadas situações pontuais em que seja prioritário o desvio do fluxo de forma a diminuir a erosão da margem. A serem construídos, devem utilizar-se materiais como pedras e troncos existentes na região envolvente, construindo Fig Exemplo de um estrutura de deflector em asa. 32

33 as estruturas deverão formar um ângulo máximo de 30º com a margem, não ocupando mais de 1/3 do leito da ribeira. Quanto maior for a velocidade da corrente, menor tem que ser o ângulo do deflector com a margem dentro do intervalo especificado. Ângulos maiores do que 40º podem provocar a erosão da margem oposta e expor a estrutura à força directa da corrente. É aconselhado que os trabalhos decorram no período de estiagem, entre os meses de Julho, Agosto e Setembro, com o recurso a trabalho manual, e pontualmente com o recurso a maquinaria pesada Remoção de resíduos De forma a restaurar as duas situações de degradação anteriormente identificadas, resultantes da deposição nas margens do rio Paiva de inertes da construção civil, propõe-se uma intervenção que vise o retirar dos resíduos aí existente, com subsequente recuperação paisagística, nomeadamente com o restabelecimento da vegetação autóctone instalando espécies arbóreas e arbustivas através de um processo de plantação e estacaria, segundo a metodologia anteriormente referida. Sugere-se que o procedimento deva ser efectuado durante o período de repouso vegetativo, e quando as condições de caudal do rio Paiva permitam a execução dos trabalhos em segurança. Os inertes recolhidos devem ser encaminhados, para um local a definir por parte da Câmara Municipal da área de influência, respeitando os parâmetros definidos pela legislação nacional em vigor aplicável a tais resíduos Diversificação de habitats Para além de uma intervenção sobre a habitat ripário com o intuito de melhorar as funções dos ecossistemas associados, visando alcançar os objectivos previsto no projecto LIFE, torna-se necessário actuar ao nível micro e macro, de forma a melhorar determinadas especificidades que permitem garantir um incremento da biodiversidade específica inerente ao rio Paiva. a) Incremento das áreas de refúgio São pequenas baías de abrigo situadas lateralmente ao canal principal do rio, que proporcionam um aumento na diversidade de habitat. Nesses locais o fluxo da água é menor, comparativamente com o fluxo no canal e a vegetação pode desenvolver-se mais facilmente, além disso, a temperatura da água é mais elevada nestes locais, proporcionando o crescimento de algas, plâncton e invertebrados, fornecendo local de abrigo e alimentação para os peixes jovens em períodos de cheia e locais por excelência para a reprodução de algumas espécies de odonatos. Na área do projecto pretende-se intervir de forma a criar áreas de abrigo com estas características, em alguns casos incrementando a situação existente, de forma a melhorar uma tipologia de habitat fundamental para a ictiofauna e odonatos. 33

34 Os trabalhos devem decorrer no período em que a ribeira não apresente um fluxo de corrente elevado, e que os trabalhos não tenham implicações para a fauna aquática. O modo de actuação será de forma manual e com alguma maquinaria, como auxílio para o retirar dos inertes. Pretende-se criar áreas de inundação lateral de baixa profundidade, cerca de 10 a 20 cm, e com uma área que depende da localização do refúgio. Fig Esquema de um empoçamento lateral O sedimento retirado deve ser armazenado nas imediações para posterior utilização em trabalhos de consolidação de margens, potenciando o processo de instalação da vegetação herbácea. Após a intervenção, a decorrer até ao início do período vegetativo, deve-se proceder à instalação de alguns núcleos de macrófitas emergentes para acelerar o processo de estabelecimento ecológico das condições desejadas. Em seguida é apresentada a descrição dos pontos de intervenção, segundo a localização apresentada nos mapas 6 (anexo I). Tabela 4 - Descrição segundo o ponto de referência AEL1. Ponto AEL1 - ( N; W) Situação actual: Na margem esquerda da ribeira, existe uma reentrância lateral em resultado da erosão da água em período de cheia. Proposta de intervenção: Efectuar um aumento da área de reentrância lateral até prefazer uma área de 5 m 2, proceder à reconexão da depressão existente ao canal principal e estabilizar a área a montante através de plantação e estacaria estabilizando os sedimentos finos. Vista para jusante Vista a montante do refúgio 34

35 Tabela 5 - Descrição segundo o ponto de referência AEL2. Ponto AEL1 - ( N; W) Situação actual: Na margem esquerda da ribeira, existe uma reentrância lateral com elevada acumulação de sedimentos finos resultado da escorrência de enchente. Proposta de intervenção: Efectuar um aumento da área de reentrância lateral até prefazer uma área de 5 m 2, com uma profundidade compreendida entre os 10 e os 20 centímetros, em período de estiagem. Vista para jusante Vista para jusante Tabela 6 - Descrição segundo o ponto de referência AEL3. Ponto AEL1 - ( N; W) Situação actual: Na margem esquerda da ribeira, existe uma reentrância que em período de estiagem fica seca. Proposta de intervenção: Efectuar um aprofundamento da reentrância até alcançar uma profundidade compreendida entre os 10 e os 20 centímetros, em período de estiagem. Vista para a margem Vista de parte da margem 35

36 c) Reconecção de leitos antigos Os leitos antigos (braços de rio abandonados) são de elevada importância funcional, como local de vazão do canal principal em períodos de cheias. A nível ecológico são locais com uma elevada diversidade biológica nas áreas de interface com os habitats terrestres, e apresentam um papel muito importante e intimamente ligado com o curso principal, ao nível das charcas temporárias que normalmente aí se criam e permitem o desenvolvimento de comunidades de macrófitas úteis na diversificação de habitats de reprodução, alimentação e refúgio da fauna associada a ambientes fluviais, nomeadamente ictiofauna e odonatos. Contudo são inúmeras as situações em que, existe uma diminuição gradual da conectividade permanente ou temporária, fora dos períodos de cheia. Nos leitos antigos que perderam parte da sua funcionalidade, torna-se importante o restauro da conectividade lateral de forma a restaurar as funções desses habitats caracterizados pela existência de áreas de alagamento. Na presente área do projecto, existe um leito, identificado no mapa da figura 26, como RLA1 com 129 metros de extensão que, dada a diferença nos níveis hidrométicos existentes, fica desconectado do canal principal durante a maioria do ano assim como durante os anos em que o nível de cheia não atinge uma cota PINHEIRO RLA3 ESTER RLA1 129 RLA2 68 CASAL BOM VILA NOVA RERIZ 0 0,25 0,5 1 Quilometros Legenda Localidades Margem do rio na área do projecto Leitos_antigos Fig Localização dos leitos antigos a intervencionar 36

37 elevada. Trata-se de uma área constituída por pedras roladas com um diâmetro até 20 centímetros, sobre o qual está instalado um corredor constituído por salgueiros da espécie Salix salvifolia, testemunho da existência do antigo leito. De forma a diversificar os habitats existentes nesta área, pretende-se aumentar a frequência de inundação da área através de uma intervenção ao longo do leito antigo. Esta intervenção consiste no rebaixar do leito, retirando manualmente a primeira camada de pedras roladas, possibilitando que, com a variação do nível do canal principal o leito antigo seja inundado com uma maior periodicidade, criando um importante local de refúgio para a ictiofauna nos primeiros estádios de desenvolvimento, assim como um habitat de reprodução para algumas espécies de odonatos. Espera-se que, de forma natural, e com o aumento da periodicidade de alagamento, a comunidade de macrófitas emergentes possam sofrer um incremento na área intervencionada. A intervenção deve ser realizada preferencialmente durante o período de estiagem, quando o nível do rio permite intervir nas suas margens. Os inertes retirados podem ser distribuídos nas áreas adjacentes, onde o material acumulado apresenta as mesmas características. No caso do ponto identificado no mapa da figura 26, como RLA2, corresponde a um pequeno canal com 68 metros de extensão resultado da instalação de uma acumulação lateral de sedimentos com diferentes granulometrias, vegetado por herbáceas e algumas árvores, nomeadamente Alnus glutinosa e Salix atrocinerea. Dada a diferença nos níveis hidrométicos existentes, durante a maioria do ano assim como durante os anos em que o nível de cheia não atinge uma cota elevada não permite o escoamento entre a zona a jusante e a montante do canal principal. É um canal que se encontra bastante assoreado por sedimentos finos e grosseiros assim como por vegetação herbácea. De forma a diversificar os habitats existentes nesta área, pretende-se melhorar a conectividade, de forma a criar um importante local de refúgio para a ictiofauna nos primeiros estádios de desenvolvimento, assim como um habitat de reprodução para algumas espécies de odonatos. Como tal a proposta vai no sentido de retirar manualmente os sedimentos que provocam o assoreamento, possibilitando que, na zona a montante e a jusante fiquem conectadas por um período mais alargado de tempo ao longo do ano. Em consonância com esta intervenção, é desejável que o corredor ripícola adjacente seja requalificado na sua componente arbustiva, melhorando assim a diversidade de micro-habitats. No caso do ponto identificado no mapa da figura 26, como RLA3, corresponde a um pequeno canal com 30 metros de extensão, presente na bacia de inundação em posição lateral ao canal principal. Dada a diferença nos níveis hidrométicos existentes para com o canal principal, assim como devido à deposição de sedimentos finos na área a montante, durante a maioria do ano não existe escoamento ao longo deste leito. É de referir que este canal é constituído na maioria da sua extensão por sedimentos com uma granulometria superior ou igual a 20 centímetros. Propõe-se uma intervenção que permita que o canal se mantenha alagado durante um período mais alargado ao longo do ano, criando um importante local de refúgio para a ictiofauna nos primeiros estádios de desenvolvimento, assim como um habitat de reprodução para algumas espécies de odonatos. Para tal, pretende-se efectuar uma ligeira diminuição da cota de entrada a montante, até cerca de 20 centímetros, mediante a remoção de sedimentos finos que aí se encontram acumulados. Em consonância com esta inter- 37

38 venção, propõe-se que seja efectuado um reforço do corredor ripícola que envolve o canal com a plantação de espécimes de Alnus glutinosa em ambas as margens. Em qualquer uma das intervenções, os trabalhos realizar-se-ão preferencialmente durante o período de estiagem do rio, acautelando os períodos de reprodução da fauna associada ao rio Paiva. Em relação aos sedimentos retirados, prevendo-se que as quantidades sejam reduzidas, os mesmos serão reservados e utilizados ao longo da intervenção na colmatação de possíveis situações de erosão que no decorrer dos trabalhos venham a ser identificadas. Os quadros que se seguem apresentam a localização e caracterização individual de cada uma das áreas a intervir. 38

39 Tabela 9 - Descrição segundo o ponto de referência RLA1. Ponto RLA1 - ( N; W N; W) Legenda Metros 129 Concelho Castro Daire Margem do rio na área do projecto Leitos_antigos Vista a montante (Primavera) Vista a montante (Primavera) 39

40 Tabela 10 - Descrição segundo o ponto de referência RLA2. Ponto RLA2 - ( N; W N; W) 68 Legenda 0 12, Metros Margem do rio na área do projecto Leitos_antigos Concelho Castro Daire Vista a montante (Primavera) Vista a montante (Verão) 40

41 Tabela 11 - Descrição segundo o ponto de referência RLA3. Ponto RLA3 - ( N; W N; W) Metros Legenda Localidades Margem do rio na área do projecto Leitos_antigos Vista de jusante (Verão) Vista para montante (Verão) 41

42 6. Acções de manutenção das intervenções A eficácia e o sucesso das intervenções propostas só serão atingidos após o pleno desenvolvimento da vegetação que, numa fase inicial apenas garante uma protecção relativamente reduzida. Para apoiar este desenvolvimento e reduzir, deste modo, o tempo necessário à plena eficácia da intervenção, são normalmente necessárias medidas de manutenção que devem ser tanto mais intensivas quanto mais extremas são as condições de desenvolvimento das plantas. Os trabalhos de manutenção, neste tipo de intervenção, compreendem todas as tarefas necessárias à conservação da vegetação estabelecida, assim como, da sua eficácia técnica e ecológica, de forma a garantir o sucesso da intervenção e manter o alto nível de protecção exercido pela cobertura vegetal da margem, através de acções que podem envolver podas, talhadias, replantações, entre outras, nas quais se incluem, também, as que evitam a obstrução do curso de água. Neste caso, devido à sensibilidade do local, ou seja, por se tratar de uma intervenção numa linha de água, deve ser feita uma manutenção anual. A monitorização efectuada, não só sobre a evolução do coberto vegetal assim como no âmbito dos impactos indirectos sobre a biodiversidade, envolvendo uma avaliação da evolução da comunidade piscícola, odonatos e náiades, no âmbito do projecto LIFE, permitirá que possam ser feitos algumas correcções pontuais nas intervenções de forma a incrementar os resultados positivos que daí resultem. 42

43 8. Bibliografia Arizpe, D., Mendes, A., Rabaça, J. E. (2008). Áreas de Ribera Sostenibles. Una guia para su gestión. Generalitat Valenciana. Associação Lusitana de Fitossociologia (ALFA) (2003). Tipos de Habitat Naturais e Semi-Naturais do Anexo I da Directiva 92/43/CEE (Portugal continental): Fichas de Caracterização Ecológica e de Gestão para o Plano Sectorial da Rede Natura Relatório. Lisboa. Cortes, R. M. V. (2004). Requalificação de Cursos de Água. Instituto da Água. Lisboa. Costa, J. C., C. Aguiar, J. Capelo, M. Lousã & C. Neto. (1998). Biogeografia de Portugal Continental, Quercetea 0: ALFA Cowx, I.G. e Welcomme, R.L. (1998) Rehabilitation of rivers for fish. Blackwell. Sc. Publ. Fishing News Books. Oxford. Durlo, M. A., Sutili, F. J. (2012). Bioengenharia. Manejo Biotécnico de Cursos de Água. Santa Maria. Edição do Autor. 2ª Edição (edição digital) Environment Agency (2003). River Habitat Survey in Britain and Ireland. Field Survey Guidance Manual: 2003 version. Scottish Environment Protection Agency. Federal Interagency Stream Restoration Working Group (FISRWG). (1998). Stream corridor restoration: principles, processes, and practice. FISRWG. Junho 12, < MENTS/stelprdb pdf> Fernandes, J. P., Cruz, C. S. (2011) Limpeza e Gestão de Linhas de Água. Pequeno guia prático. Universidade de Évora. ICAAM. APENA. Florineth, F. (2004). Pflanzen statt Beton. Patzer Verlag, Berlin. 272 pp. ICN (2006). Fichas de caracterização ecológica e de gestão: Habitats Naturais e Espécies da Flora e da Fauna. Plano Sectorial da Rede Natura Vol. II. ICN (2006). Fichas de sítios e ZPE. Plano Sectorial da Rede Natura Vol.III. IGP (2005). Atlas de Portugal. Instituto Geográfico Português. INPLENITUS (2010). Revisão do PDM de Castro Daire. Estudos Sectoriais - Suporte Biofísico. Municipio de Castro Daire. 43

44 INAG (2009). Critérios para a Classificação do Estado das Massas de Água Superficiais - Rios e Albufeiras. Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional. Instituto da Água. I.P. INAG (2008). Tipologia de Rios em Portugal Continental no âmbito da implementação da Directiva Quadro da Água. I Caracterização abiótica. Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional. Instituto da Água. I.P. INAG (2001). Guia de Requalificação e Limpeza de Linhas de Água. Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional. Instituto da Água. Direcção de Servições de Utilizações do Domínio Hídrico. Divisão de Estudos e Avaliação. Jund, S., Paillard, C., Frossard, P. e Lachat, B. (2000). Guide de gestion de la végétation des bords de cours d eau. Rapport général. Agence de l eau Rhin-Meuse. Simon Jund, Clarisse Paillard, Pierre-André Frossard, Bernard Lachat, Tulipes, 54 pp. Magdaleno Mas, F. (2011). Manual de técnicas de restauración fluvial. Centro de Estudios de Técnicas Aplicadas. Ministério de Fomento. Secretaria de Estado de Planificatión de Infraestruturas. Centro de Publicaciones. 2.ª editión Mesquita, S. (2005). Modelação Bioclimática de Portugal Continental. Tese de Mestrado em Sistemas de Informação Geográfica. Instituto Superior Técnico, Universidade Técnica de Lisboa. Lisboa. Monteiro-Henriques T. (2010). Landscape and phytosociology of the Paiva River s hydrographical basin. Tese de doutoramento. Instituto Superior de Agronomia, Lisboa. Oliveira, D. G. M. (2006). Metodologia de Reabilitação Fluvial Integrada. O caso do rio Estorãos na Paisagem Protegida das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro D Arcos. Dissertação para obtenção do grau de mestre em tecnologia ambiental. UTAD. Tánago, M. G., Jalón, D. G. (2007). Restauración de Rios - Guia Metodológica para la Elaboración de Proyetos. Ministerio de Medio Ambiente. Secretaria Geral Técnica. Centro de Publicaciones. Vieira, P. (1988). Protecção e reabilitação ambiental de cursos de água naturais. AgroForum, 13:

45 45

46 ANEXO I

47 Mapa 1A - Localização da área de intervenção do projecto. ± (Base de trabalho: ortofotomapa referente às cartas militares n.º 156, 157, 1:25 000) ESTER 0 0,5 1 2 Quilometros VILA NOVA RERIZ PINHEIRO CASAL BOM Legenda SANTA MARGARIDA Área do Projecto Localidades CASTRO DAIRE

48 Mapa 2A: Localização dos núcleos de espécies da flora declaradas como exóticas invasoras, sobre os quais se pretende intervir. ± PINHEIRO (Base de trabalho: cartas militares n.º 156, 157, 1:25 000) $1 $1 $1 0 0,325 0,65 1,3 Quilometros VILA NOVA RERIZ CASAL BOM Legenda SANTA MARGARIDA #0 Área do Projecto Localidades Concelho Castro Daire #0 Ailanthus altissima $1 Acacia dealbata $1

49 Mapa 2B: Localização dos núcleos de espécies da flora declaradas como exóticas invasoras, sobre os quais se pretende intervir. ± PINHEIRO (Base de trabalho: ortofotomapa referente às cartas militares n.º 156, 157, 1:25 000) $1 $1 $1 0 0,325 0,65 1,3 Quilometros VILA NOVA RERIZ CASAL BOM Legenda SANTA MARGARIDA #0 Área do Projecto Localidades Concelho Castro Daire #0 Ailanthus altissima $1 Acacia dealbata $1

50 Mapa 3A - Representação do buffer de 10 metros em cada uma das margens, onde se executarão grande parte dos trabalhos. ± ± (Base de trabalho: cartas militares n.º 156, 157, 1:25 000) ESTER 0 0,5 1 2 Quilometros VILA NOVA RERIZ PINHEIRO CASAL BOM Metros SANTA MARGARIDA Legenda Localidades Margem do rio na área do projecto buffer_10 m Legenda Localidades Margem do rio na área do projecto buffer_10 m CASTRO DAIRE

51 Mapa 3B - Representação do buffer de 10 metros em cada uma das margens, onde se executarão grande parte dos trabalhos. ± ± (Base de trabalho: ortofotomapa referente às cartas militares n.º 156, 157, 1:25 000) ESTER 0 0,5 1 2 Quilometros VILA NOVA RERIZ PINHEIRO CASAL BOM Metros SANTA MARGARIDA Legenda Localidades Margem do rio na área do projecto buffer_10 m Legenda Localidades Margem do rio na área do projecto buffer_10 m CASTRO DAIRE

52 Mapa 4A - Localização das áreas de incremento de habitat - Proposta I ± AC_11 AC_10 AI_7 ESTER AI_6 AC_19 (Base de trabalho: cartas militares n.º 156, 157, 1:25 000) Metros AI_5 Legenda Localidades Área de incremento de habitat (P1) Áreas de contingência (P1) Margem do rio na área do projecto

53 Mapa 4B - Localização das áreas de incremento de habitat - Proposta I ± AC_11 AC_10 AI_7 ESTER (Base de trabalho: ortofotomapa referente às cartas militares n.º 156, 157, 1:25 000) AI_6 AC_ Metros AI_5 Legenda Localidades Área de incremento de habitat (P1) Áreas de contingência (P1) Margem do rio na área do projecto

54 Mapa 4C - Localização das áreas de incremento de habitat - Proposta I ± AI_11 AI_1 AC_9 AC_1 AC_2 VILA NOVA (Base de trabalho: cartas militares n.º 156, 157, 1:25 000) AC_ Metros AI_2 Legenda Localidades Área de incremento de habitat (P1) Áreas de contingência (P1) Margem do rio na área do projecto AI_9

55 Mapa 4D - Localização das áreas de incremento de habitat - Proposta I ± AI_1 (Base de trabalho: ortofotomapa referente às cartas militares n.º 156, 157, 1:25 000) AI_11 AC_9 AC_ Metros AC_1 AC_2 VILA NOVA AI_2 Legenda Localidades Área de incremento de habitat (P1) Áreas de contingência (P1) Margem do rio na área do projecto AI_9

56 Mapa 4E - Localização das áreas de incremento de habitat - Proposta I AC_17 ± AC_7 AI_8 AI_12 AI_4 CASAL BOM AI_3 (Base de trabalho: cartas militares n.º 156, 157, 1:25 000) AI_2 AI_9 RERIZ Metros Legenda Localidades Área de incremento de habitat (P1) Áreas de contingência (P1) Margem do rio na área do projecto

57 Mapa 4F - Localização das áreas de incremento de habitat - Proposta I AC_17 ± AC_7 AI_8 AI_12 AI_4 CASAL BOM (Base de trabalho: ortofotomapa referente às cartas militares n.º 156, 157, 1:25 000) AI_2 AI_9 RERIZ AI_ Metros Legenda Localidades Área de incremento de habitat (P1) Áreas de contingência (P1) Margem do rio na área do projecto

58 Mapa 4G - Localização das áreas de incremento de habitat - Proposta I ± PINHEIRO AC_16 AC_17 (Base de trabalho: cartas militares n.º 156, 157, 1:25 000) AI_8 AI_12 CASAL BOM Metros Legenda Localidades Área de incremento de habitat (P1) Áreas de contingência (P1) Margem do rio na área do projecto

59 Mapa 4H - Localização das áreas de incremento de habitat - Proposta I ± (Base de trabalho: ortofotomapa referente às cartas militares n.º 156, 157, 1:25 000) AI_8 AI_12 CASAL BOM Metros PINHEIRO AC_17 AC_16 Legenda Localidades Área de incremento de habitat (P1) Áreas de contingência (P1) Margem do rio na área do projecto

60 Mapa 4I - Localização das áreas de incremento de habitat - Proposta I AC_18 ± AI_10 AC_12 AC_13 (Base de trabalho: cartas militares n.º 156, 157, 1:25 000) Metros AC_6 AC_4 Legenda Localidades Área de incremento de habitat (P1) Áreas de contingência (P1) Margem do rio na área do projecto AC_5

61 Mapa 4J - Localização das áreas de incremento de habitat - Proposta I AC_18 ± AI_10 (Base de trabalho: ortofotomapa referente às cartas militares n.º 156, 157, 1:25 000) Metros AC_12 AC_13 AC_6 AC_4 Legenda Localidades Área de incremento de habitat (P1) Áreas de contingência (P1) Margem do rio na área do projecto AC_5

62 Mapa 4L - Localização das áreas de incremento de habitat - Proposta I ± AC_3 AI_14 AI_13 AC_14 (Base de trabalho: cartas militares n.º 156, 157, 1:25 000) Metros AC_15 Legenda Localidades Área de incremento de habitat (P1) Áreas de contingência (P1) Margem do rio na área do projecto

63 Mapa 4M - Localização das áreas de incremento de habitat - Proposta I ± AC_3 AI_14 (Base de trabalho: ortofotomapa referente às cartas militares n.º 156, 157, 1:25 000) Metros AI_13 AC_14 AC_15 Legenda Localidades Área de incremento de habitat (P1) Áreas de contingência (P1) Margem do rio na área do projecto

64 Mapa 5A - Localização das áreas de incremento de habitat - Proposta II ± AC_13 AC_12 AI_7 ESTER AI_6 AC_25 (Base de trabalho: cartas militares n.º 156, 157, 1:25 000) Metros AI_5 Legenda Localidades Áreas de contingência (P3) Margem do rio na área do projecto

65 Mapa 5B - Localização das áreas de incremento de habitat - Proposta II ± AC_13 AC_12 AI_7 (Base de trabalho: ortofotomapa referente às cartas militares n.º 156, 157, 1:25 000) AI_6 AC_ Metros ESTER AI_5 Legenda Localidades Áreas de contingência (P3) Margem do rio na área do projecto

66 Mapa 5C - Localização das áreas de incremento de habitat - Proposta II ± AC_14 AI_1 AC_11 (Base de trabalho: cartas militares n.º 156, 157, 1:25 000) AC_ Metros AC_1 AC_2 VILA NOVA Legenda Localidades Áreas de contingência (P3) AI_2 Margem do rio na área do projecto AC_3

67 Mapa 5D - Localização das áreas de incremento de habitat - Proposta II ± (Base de trabalho: ortofotomapa referente às cartas militares n.º 156, 157, 1:25 000) AC_14 AC_11 AC_ Metros AI_1 AC_1 AC_2 VILA NOVA Legenda Localidades Áreas de contingência (P3) AI_2 Margem do rio na área do projecto AC_3

68 Mapa 5E - Localização das áreas de incremento de habitat - Proposta II AC_23 ± AC_9 AI_8 AC_15 AI_4 CASAL BOM (Base de trabalho: cartas militares n.º 156, 157, 1:25 000) AI_2 AC_3 RERIZ AI_ Metros Legenda Localidades Áreas de contingência (P3) Margem do rio na área do projecto

69 Mapa 5F - Localização das áreas de incremento de habitat - Proposta II AC_23 ± AC_9 AI_8 AC_15 (Base de trabalho: ortofotomapa referente às cartas militares n.º 156, 157, 1:25 000) AI_2 AC_3 RERIZ AI_ Metros AI_4 CASAL BOM Legenda Localidades Áreas de contingência (P3) Margem do rio na área do projecto

70 Mapa 5G - Localização das áreas de incremento de habitat - Proposta II ± PINHEIRO AC_22 AC_23 (Base de trabalho: cartas militares n.º 156, 157, 1:25 000) AI_8 AC_15 CASAL BOM Metros Legenda Localidades Áreas de contingência (P3) Margem do rio na área do projecto

71 Mapa 5H - Localização das áreas de incremento de habitat - Proposta II ± (Base de trabalho: ortofotomapa referente às cartas militares n.º 156, 157, 1:25 000) AI_8 AC_15 CASAL BOM Metros PINHEIRO AC_23 AC_22 Legenda Localidades Áreas de contingência (P3) Margem do rio na área do projecto

72 Mapa 5I - Localização das áreas de incremento de habitat - Proposta II AC_24 ± AC_8 AC_16 AC_17 (Base de trabalho: cartas militares n.º 156, 157, 1:25 000) Metros AC_7 Legenda Localidades Áreas de contingência (P3) AC_5 Margem do rio na área do projecto AC_6

73 Mapa 5J - Localização das áreas de incremento de habitat - Proposta II AC_24 ± AC_8 (Base de trabalho: ortofotomapa referente às cartas militares n.º 156, 157, 1:25 000) Metros AC_16 AC_17 AC_7 Legenda Localidades Áreas de contingência (P3) AC_5 Margem do rio na área do projecto AC_6

74 Mapa 5L - Localização das áreas de incremento de habitat - Proposta II ± AC_4 AC_19 AC_18 AC_20 (Base de trabalho: cartas militares n.º 156, 157, 1:25 000) Metros AC_21 Legenda Localidades Áreas de contingência (P3) Margem do rio na área do projecto

75 Mapa 5M - Localização das áreas de incremento de habitat - Proposta II ± AC_4 AC_19 (Base de trabalho: ortofotomapa referente às cartas militares n.º 156, 157, 1:25 000) Metros AC_18 AC_20 AC_21 Legenda Localidades Áreas de contingência (P3) Margem do rio na área do projecto

76 Mapa 6A - Localização dos locais de intervenção ao nível dos micro-habitats - refúgios. ± #0 (Base de trabalho: cartas militares n.º 156, 157, 1:25 000) 0 0,05 0,1 0,2 Quilometros #0 #0 CASAL BOM Legenda Localidades Margem do rio na área do projecto #0 Locais para criação de refúgio lateral

77 Mapa 6B - Localização dos locais de intervenção ao nível dos micro-habitats - refúgios. ± (Base de trabalho: ortofotomapa referente às cartas militares n.º 156, 157, 1:25 000) 0 0,05 0,1 0,2 Quilometros #0 #0 #0 CASAL BOM Legenda Localidades Margem do rio na área do projecto #0 Locais para criação de refúgio lateral

78 Mapa 7A - Localização dos locais onde se verifica a acumulação de resíduos oriundos da construção civil. ± "/ "/ (Base de trabalho: cartas militares n.º 156, 157, 1:25 000) Metros VILA NOVA RERIZ Legenda Área do Projecto Localidades "/ Deposição de resíduos

79 Mapa 7B - Localização dos locais onde se verifica a acumulação de resíduos oriundos da construção civil. "/ ± (Base de trabalho: ortofotomapa referente às cartas militares n.º 156, 157, 1:25 000) "/ Metros VILA NOVA RERIZ Legenda Área do Projecto Localidades "/ Deposição de resíduos

80 ANEXO II

81

82

83

84

85

Projecto LIFE ECOTONE. Relatório Não Técnico

Projecto LIFE ECOTONE. Relatório Não Técnico Projecto LIFE ECOTONE Relatório Não Técnico ecotone ECOTONE O porquê do nome do projecto LIFE O interface entre sistemas terrestres e aquáticos regula e influencia decisivamente o funcionamento destes

Leia mais

Ação de estabilização de emergência pós incêndio Medidas a curto prazo

Ação de estabilização de emergência pós incêndio Medidas a curto prazo Ação de estabilização de emergência pós incêndio Medidas a curto prazo Mata Nacional de Leiria - Ribeiro de Moel - Novembro.2017 1 1. CARACTERIZAÇÃO DA OPERAÇÃO AÇÕES A IMPLEMENTAR - DESCRIÇÃO E OBJETIVOS

Leia mais

Escola Secundária na Maia. Curso Profissional Técnico de Electrotecnia

Escola Secundária na Maia. Curso Profissional Técnico de Electrotecnia Escola Secundária na Maia Curso Profissional Técnico de Electrotecnia Introdução Biodiversidade Biodiversidade da Maia A vegetação natural primitiva da Maia Parque de Avioso Conclusão Este trabalho irá

Leia mais

NOTA EXPLICATIVA DOS DADOS RECOLHIDOS NO ÂMBITO DOS TRABALHOS DE

NOTA EXPLICATIVA DOS DADOS RECOLHIDOS NO ÂMBITO DOS TRABALHOS DE NOTA EXPLICATIVA DOS DADOS RECOLHIDOS NO ÂMBITO DOS TRABALHOS DE IMPLEMENTAÇÃO DA DIRECTIVA QUADRO DA ÁGUA A informação disponibilizada na página do Instituto da Água, I.P. (INAG) refere-se aos dados recolhidos

Leia mais

Controlo de Invasoras. A experiência de Montemor-o-Novo

Controlo de Invasoras. A experiência de Montemor-o-Novo Controlo de Invasoras A experiência de Montemor-o-Novo SEMINÁRIO BIODISCOVERIES BARREIRO 10 DE MAIO DE 2018 Invasoras em Montemor-o-Novo» Grande preocupação da autarquia» Desde 2003 que se tem vindo a

Leia mais

José Conchinha Associação de Municípios do Norte Alentejano. Castelo de Vide - 27 de Outubro de 2008

José Conchinha Associação de Municípios do Norte Alentejano. Castelo de Vide - 27 de Outubro de 2008 José Conchinha Associação de Municípios do Norte Alentejano Seminário NORTENATUR Acções e Resultados do Projecto Gestão e Conservação dos Habitats Prioritários dos Sítios de S. Mamede e Nisa/Lage da Prata

Leia mais

Nuno de Santos Loureiro Universidade do Algarve. Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável

Nuno de Santos Loureiro Universidade do Algarve. Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável Nuno de Santos Loureiro Universidade do Algarve Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável 1992, Junho Na Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de

Leia mais

Cartografia de Habitats. Ana Lopes Dias (FloraSul)

Cartografia de Habitats. Ana Lopes Dias (FloraSul) SEMINÁRIO NORTENATUR Projecto Life Natureza nº LIFE04/NAT/PT/000214 Gestão e Conservação de Habitats Prioritários nos Sítios de São Mamede e Nisa/Lage de Prata. Cartografia de Habitats Ana Lopes Dias (FloraSul)

Leia mais

Limpeza e Conservação de linhas de água Um Dever de Todos. ARH do Tejo, IP Bacia Hidrográfica do Tejo Dezembro de 2011

Limpeza e Conservação de linhas de água Um Dever de Todos. ARH do Tejo, IP Bacia Hidrográfica do Tejo Dezembro de 2011 Limpeza e Conservação de linhas de água Um Dever de Todos ARH do Tejo, IP Bacia Hidrográfica do Tejo Dezembro de 2011 Limpeza e Conservação de linhas de água Um Dever de Todos 1. Objectivos 2. A importância

Leia mais

Proposta de intervenção na ribeira do Torgal

Proposta de intervenção na ribeira do Torgal Proposta de intervenção na ribeira do Torgal Inserido no projecto LIFE10 NAT/PT/073 Management of riparian habitats towards the conservation of endangered invertebrates Índice Pág. 1. Introdução... 5

Leia mais

Quercus Associação Nacional de Conservação da Natureza. Projeto LIFE+

Quercus Associação Nacional de Conservação da Natureza. Projeto LIFE+ Quercus Associação Nacional de Conservação da Natureza Projeto LIFE+ LIFE10 NAT/PT/000073 ECÓTONO Gestão de habitats ripícolas para a conservação de invertebrados ameaçados Plano Operacional 31/03/2013

Leia mais

FUNÇÕES DESEMPENHADAS PELAS DIFERENTES TIPOLOGIAS DA REN

FUNÇÕES DESEMPENHADAS PELAS DIFERENTES TIPOLOGIAS DA REN FUNÇÕES DESEMPENHADAS PELAS DIFERENTES TIPOLOGIAS DA REN (Anexo I do DL n.º 166/2008, de 22 de agosto, na redação do DL n.º 239/2012, de 2 de novembro) ÁREAS DE PROTEÇÃO DO LITORAL Faixa marítima de proteção

Leia mais

Contributo para as cláusulas técnicas para a reabilitação das linhas de água dos blocos de rega do EFMA

Contributo para as cláusulas técnicas para a reabilitação das linhas de água dos blocos de rega do EFMA Contributo para as cláusulas técnicas para a reabilitação das linhas de água dos blocos de rega do EFMA Maria de São José PINELA, Maria Manuela TAVARES, Manuel FRAZÃO Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento

Leia mais

LIFE Saramugo Conservação do Saramugo (Anaecypris hispanica) na bacia do Guadiana (Portugal)

LIFE Saramugo Conservação do Saramugo (Anaecypris hispanica) na bacia do Guadiana (Portugal) LIFE Saramugo Conservação do Saramugo (Anaecypris hispanica) na bacia do Guadiana (Portugal) PROJETO LIFE SARAMUGO Évora, 26 de maio de 2017 Beneficiário Coordenador PROJETO LIFE SARAMUGO 1 de Julho de

Leia mais

Projeto LIFE10 NAT/PT/ ECOTONE - Gestão de habitats ripícolas para a conservação de invertebrados ameaçados

Projeto LIFE10 NAT/PT/ ECOTONE - Gestão de habitats ripícolas para a conservação de invertebrados ameaçados Projeto LIFE10 NAT/PT/000073 ECOTONE - Gestão de habitats ripícolas para a conservação de invertebrados ameaçados Unio tumidiformis Plano de Conservação pós-life 31/12/2015 LIFE10 NAT/PT/000073 LIFE ECOTONE

Leia mais

OS SIG COMO SUPORTE À CARTOGRAFIA GEOLÓGICA E DE RISCOS

OS SIG COMO SUPORTE À CARTOGRAFIA GEOLÓGICA E DE RISCOS Universidade de Coimbra Faculdade de Ciências e Tecnologia Departamento de Ciências da Terra OS SIG COMO SUPORTE À CARTOGRAFIA GEOLÓGICA E DE RISCOS APLICAÇÃO À REGIÃO DE VISEU Relatório do trabalho de

Leia mais

Monitorização dos resultados de remoção de invasoras

Monitorização dos resultados de remoção de invasoras Monitorização dos resultados de remoção de invasoras Relatório de monitorização do Projecto LIFE Biodiscoveries (LIFE13 BIO/PT/000386) 1. Enquadramento: A monitorização dos resultados de remoção de invasoras

Leia mais

Habitats naturais e semi-naturais constantes do anexo B-I do Dec. Lei n.º 49/ * Lagunas costeiras 1210 Vegetação anual das zonas de acumulação

Habitats naturais e semi-naturais constantes do anexo B-I do Dec. Lei n.º 49/ * Lagunas costeiras 1210 Vegetação anual das zonas de acumulação SÍTIO BARRINHA DE ESMORIZ CÓDIGO PTCON0018 DATA E DIPLOMA DE CLASSIFICAÇÃO Resolução do Conselho de Ministros n.º 76/00 de 5 de Julho ÁREA 396 ha CÓDIGOS NUT PT114 Grande Porto - 68% PT121 Baixo Vouga

Leia mais

Experiência do Município de Torres Vedras no controlo e erradicação de espécies invasoras Projetos inovadores

Experiência do Município de Torres Vedras no controlo e erradicação de espécies invasoras Projetos inovadores Experiência do Município de Torres Vedras no controlo e erradicação de espécies invasoras Projetos inovadores Seminário Biodiscoveries Centro de Educação Ambiental da Mata da Machada e Sapal do Coina 10

Leia mais

Desafios da Conservação e Valorização da Rede Hidrográfica Paulo Cruz

Desafios da Conservação e Valorização da Rede Hidrográfica Paulo Cruz Desafios da Conservação e Valorização da Rede Hidrográfica Paulo Cruz Comemoração do Dia Nacional da Água, Silves 1 Out 2015 Índice Enquadramento Legal Condicionantes Limpeza e desobstrução da rede hidrográfica

Leia mais

2. CARACTERIZAÇÃO GEOLÓGICA DAS ÁREAS EM ESTUDO

2. CARACTERIZAÇÃO GEOLÓGICA DAS ÁREAS EM ESTUDO 2. CARACTERIZAÇÃO GEOLÓGICA DAS ÁREAS EM ESTUDO O presente trabalho foi efectuado em três áreas, que se situam na região do Minho, no NW de Portugal (Fig. 2.1.). Fig. 2.1. Localização geográfica das áreas

Leia mais

Habitats naturais e semi-naturais constantes do anexo B-I do Dec. Lei n.º 49/ Cursos de água mediterrânicos intermitentes da Paspalo-Agrostid

Habitats naturais e semi-naturais constantes do anexo B-I do Dec. Lei n.º 49/ Cursos de água mediterrânicos intermitentes da Paspalo-Agrostid SÍTIO AZABUXO - LEIRIA CÓDIGO PTCON0046 DATA E DIPLOMA DE CLASSIFICAÇÃO Resolução do Conselho de Ministros n.º 76/00 de 5 de Julho ÁREA 136 ha CÓDIGOS NUT PT123 - Pinhal Litoral - 100 % CONCELHOS ENVOLVIDOS

Leia mais

COMPONENTE AGRO E SILVO AMBIENTAL BALDIOS DE SÃO PEDRO - MANTEIGAS

COMPONENTE AGRO E SILVO AMBIENTAL BALDIOS DE SÃO PEDRO - MANTEIGAS COMPONENTE AGRO E SILVO AMBIENTAL BALDIOS DE SÃO PEDRO - MANTEIGAS Sergio Almeida 1 Enunciar as várias medidas disponíveis; Medidas candidatas pelo Baldio de São Pedro Manteigas; Ver o tipo de intervenção

Leia mais

VOLUME II Introdução e enquadramento

VOLUME II Introdução e enquadramento #$ VOLUME I RELATÓRIO SÍNTESE VOLUME II Introdução e enquadramento Capítulo 1 Introdução Capítulo 2 - Enquadramento das Políticas e Instrumentos de Ordenamento Territorial VOLUME III PATRIMÓNIO NATURAL

Leia mais

UG Medidas de Gestão Fonte Orientações Técnicas Objetivos e Rastreamento

UG Medidas de Gestão Fonte Orientações Técnicas Objetivos e Rastreamento Quadro 10 - Medidas de Gestão por Unidade de Gestão e respetivas metas/objetivos na Quinta da Fonte do Ouro. UG Medidas de Gestão Fonte Orientações Técnicas Objetivos e Rastreamento Objetivo: > 95% de

Leia mais

Recuperação de Habitats Costeiros no Litoral de Sines. Departamento de Conservação da Natureza e das Florestas do Alentejo

Recuperação de Habitats Costeiros no Litoral de Sines. Departamento de Conservação da Natureza e das Florestas do Alentejo Recuperação de Habitats Costeiros no Litoral de Sines Departamento de Conservação da Natureza e das Florestas do Alentejo Caracterização do local intervencionado Localização A área intervencionada localiza-se

Leia mais

Senhor Presidente Senhoras e Senhores Deputados Senhora e Senhores Membros do Governo

Senhor Presidente Senhoras e Senhores Deputados Senhora e Senhores Membros do Governo Silvicultura é a ciência que se ocupa do cuidado, aproveitamento e manutenção racional das florestas, em função do interesse ecológico, científico, económico e social de que elas são objecto. O objectivo

Leia mais

UG Medidas de Gestão Fonte Orientações Técnicas Objectivos e Rastreamento

UG Medidas de Gestão Fonte Orientações Técnicas Objectivos e Rastreamento Quadro 9 Medidas de Gestão por Unidade de Gestão e respetivas metas/objetivos na Quinta da Giesta. UG Medidas de Gestão Fonte Orientações Técnicas Objectivos e Rastreamento Objetivo: > 95% de Conformidade

Leia mais

Pressão antropogénica sobre o ciclo da água

Pressão antropogénica sobre o ciclo da água O CICLO DA ÁGUA Pressão antropogénica sobre o ciclo da água 2. Poluição difusa 3. Poluição urbana 1. Rega 8. Barragens 7. Erosão do solo 4. Poluição industrial 5. Redução das zonas húmidas Adaptado de:

Leia mais

*Nome/Denominação social *Identificação fiscal nº, *residência/sede em, *Província ; *Município, *Comuna ; *Telefone ; *Telemóvel ; *Fax ; * ;

*Nome/Denominação social *Identificação fiscal nº, *residência/sede em, *Província ; *Município, *Comuna ; *Telefone ; *Telemóvel ; *Fax ; * ; Constituição de Direitos fundiários (artigo 71.º do RUGRH) Os dados assinalados com * devem ser obrigatoriamente apresentados com o pedido de título de utilização dos recursos hídricos. Os restantes dados

Leia mais

GIF Catraia (Tavira/São Brás de Alportel)

GIF Catraia (Tavira/São Brás de Alportel) GIF Catraia (Tavira/São Brás de Alportel) Avaliação de impactos e monitorização da Reunião técnica São Brás de Alportel, 24 de novembro de 2014 João Miguel Martins Coordenador de Prevenção Estrutural Levantamento

Leia mais

Cláudio Santos - Biologia

Cláudio Santos - Biologia Bosque do Carvalhal Aljubarrota Cadoiço Carvalhal Aljubarrota/Alcobaça Instituto Educativo do juncal Juncal Porto de Mós - Leiria 12.ºano 25 alunos Cláudio Santos - Biologia Bosque do Carvalhal Aljubarrota

Leia mais

Relatório de conformidade com o Plano Setorial da Rede Natura 2000

Relatório de conformidade com o Plano Setorial da Rede Natura 2000 REDE NATURA 2000 JUNHO2016 Relatório de conformidade com o Plano Setorial da Rede Natura 2000 SIC Barrinha de Esmoriz (PTCON0018) Versão final junho / 2016 ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO E OBJETIVOS... 2 2. SÍTIO

Leia mais

Morfologia Fluvial. Josué Souza de Gois

Morfologia Fluvial. Josué Souza de Gois Morfologia Fluvial Josué Souza de Gois INTRODUÇÃO Conceito: Estuda a formação, evolução e estabilização dos cursos d água naturais Essencial para as obras de Engenharia Fluvial ligadas à Navegação Interior

Leia mais

RELATÓRIO SUMÁRIO DE AVALIAÇÃO DOS IMPACTES SOBRE ESPAÇOS FLORESTAIS DECORRENTES DO INCÊNDIO FLORESTAL DE MATA, CONCELHO DE OURÉM

RELATÓRIO SUMÁRIO DE AVALIAÇÃO DOS IMPACTES SOBRE ESPAÇOS FLORESTAIS DECORRENTES DO INCÊNDIO FLORESTAL DE MATA, CONCELHO DE OURÉM EMISSOR Direção de Unidade de Defesa da Floresta - DUDEF NÚMERO / 00 / 2012 DATA 18 / 09 / 2012 TÍTULO RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DOS IMPACTES SOBRE ESPAÇOS FLORESTAIS, DECORRENTES DO INCÊNDIO FLORESTAL DE

Leia mais

Ordenamento do Território Nível Municipal Ano lectivo 2013/2014

Ordenamento do Território Nível Municipal Ano lectivo 2013/2014 Ordenamento do Território Nível Municipal Ano lectivo 2013/2014 10ª Aula Prática Continuum naturale e Estrutura Ecológica Urbana Integração do ciclo da água no planeamento urbano Integração da protecção

Leia mais

Solo. Solo=f (rocha matriz, clima, relevo, biosfera e tempo)

Solo. Solo=f (rocha matriz, clima, relevo, biosfera e tempo) Erosão Ciclo hidrológico Erosão superficial Definições: É a remoção das camadas superficiais do solo pelas ações do vento e da água. A erosão envolve o processo de destacamento e transporte de partículas

Leia mais

A Flora e vegetação nas Quintas do Douro vinhateiro

A Flora e vegetação nas Quintas do Douro vinhateiro Workshop - Maximização dos serviços do ecossistema vinha, 13 Novembro 2013 Auditório das Ciências Agrárias, UTAD SESSÃO 5 BIODIVERSIDADE, PAISAGEM VITIVINÍCOLA: NOVAS OPORTUNIDADES A Flora e vegetação

Leia mais

Livro Interactivo 3D Permite Fazer Anotações e Imprimir. Dúvidas Mais Comuns GEO 11. Flipping Book.

Livro Interactivo 3D Permite Fazer Anotações e Imprimir. Dúvidas Mais Comuns GEO 11. Flipping Book. Livro Interactivo 3D Permite Fazer Anotações e Imprimir Dúvidas Mais Comuns GEO 11 Flipping Book http://netxplica.com DÚVIDAS MAIS COMUNS :: BIOLOGIA E GEOLOGIA 11 http://netxplica.com 1. Ocupação antrópica

Leia mais

Inês Fernandes Juliana Monteiro Ricardo Pinto Professor Nuno Formigo

Inês Fernandes Juliana Monteiro Ricardo Pinto Professor Nuno Formigo ! Ferramentas de avaliação da qualidade ambiental de paisagens e serviços de ecossistema os casos da Serra da Aboboreira e do vale do Rio Paiva Levantamento e Intervenção em Elementos Serras do Baixo-Tâmega

Leia mais

Nortenatur Gestão e Conservação de Habitats de S. Mamede e Nisa Projecto Life Natureza nº LIFE04/NAT/PT/000214

Nortenatur Gestão e Conservação de Habitats de S. Mamede e Nisa Projecto Life Natureza nº LIFE04/NAT/PT/000214 Nortenatur Gestão e Conservação de Habitats de S. Mamede e Nisa Projecto Life Natureza nº LIFE04/NAT/PT/000214 Relatório não especializado Non-technical report 1. Como Surgiu o Projecto 1 O Projecto NORTENATUR

Leia mais

UG Medidas de Gestão Fonte Orientações Técnicas Objetivos e Rastreamento

UG Medidas de Gestão Fonte Orientações Técnicas Objetivos e Rastreamento Quadro 11 - Medidas de Gestão por Unidade de Gestão e respetivas metas/objetivos na Herdade da Gâmbia. UG Medidas de Gestão Fonte Orientações Técnicas Objetivos e Rastreamento Objetivo: > 95% de Conformidade

Leia mais

Agroecologia e Sistemas Agroflorestais

Agroecologia e Sistemas Agroflorestais Agroecologia e Sistemas Agroflorestais Deixai-nos amar as árvores As árvores nos querem bem Nos seus brotos verdes Corre o sangue eterno de Deus. Outrora a madeira quis endurecer Então Cristo nela se pendurou

Leia mais

Bacias Hidrográficas: - Erosão fluvial - Cheias - Exploração de inertes

Bacias Hidrográficas: - Erosão fluvial - Cheias - Exploração de inertes Bacias Hidrográficas: - Erosão fluvial - Cheias - Exploração de inertes Bacias Hidrográficas Bacias Hidrográficas: - Erosão fluvial - Cheias - Exploração de inertes Mas primeiro alguns conceitos!! Rio

Leia mais

PLANO DE ORDENAMENTO DA RESERVA NATURAL DAS BERLENGAS PROGRAMA DE EXECUÇÃO

PLANO DE ORDENAMENTO DA RESERVA NATURAL DAS BERLENGAS PROGRAMA DE EXECUÇÃO PLANO DE ORDENAMENTO DA RESERVA NATURAL DAS BERLENGAS PROGRAMA DE 1. GESTÃO DO PATRIMÓNIO NATURAL... 3 1.1. CONSERVAÇÃO DE HABITATS, DA FLORA E DA FAUNA... 3 1.1.1. Conservar os habitats naturais e semi-naturais...3

Leia mais

EUVG PARQ 5 TECNOLOGIAS E MATERIAIS E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO III

EUVG PARQ 5 TECNOLOGIAS E MATERIAIS E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO III EUVG PARQ 5 TECNOLOGIAS E MATERIAIS E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO III EUVG PARQ 5 TMTC III 24.10 ESTABILIZAÇÃO DE TALUDES TÉCNICA DE ENGENHARIA NATURAL AMRP-AP NATURAIS E ARTIFICIAIS: TALUDE NATURAL é aquele

Leia mais

Ocupação antrópica e problemas de ordenamento - Bacias Hidrográficas

Ocupação antrópica e problemas de ordenamento - Bacias Hidrográficas Ocupação antrópica e problemas de ordenamento - Bacias Hidrográficas Nuno Correia 11/12 2 São cursos de água, mais ou menos contínuos, que correm em leito próprio, transportando partículas de rochas de

Leia mais

Engenharia de Sistemas Naturais em recuperação de Pedreiras - da teoria à prática. João Paulo Fernandes ICAAM, Universidade de Évora

Engenharia de Sistemas Naturais em recuperação de Pedreiras - da teoria à prática. João Paulo Fernandes ICAAM, Universidade de Évora Engenharia de Sistemas Naturais em recuperação de Pedreiras - da teoria à prática João Paulo Fernandes ICAAM, Universidade de Évora Enquadramento conceptual e prático da recuperação de áreas degradadas

Leia mais

Impactes sectoriais. Sistemas ecológicos e biodiversidade. Impactes Ambientais 6 ª aula Prof. Doutora Maria do Rosário Partidário

Impactes sectoriais. Sistemas ecológicos e biodiversidade. Impactes Ambientais 6 ª aula Prof. Doutora Maria do Rosário Partidário Engenharia Civil, 5º ano / 10º semestre Engenharia Territorio, 4º ano/ 8º semestre Impactes sectoriais Sistemas ecológicos e biodiversidade Impactes Ambientais 6 ª aula Prof. Doutora Maria do Rosário Partidário

Leia mais

Alterações Climáticas, Florestas e Biodiversidade

Alterações Climáticas, Florestas e Biodiversidade Alterações Climáticas, Florestas e Biodiversidade A nossa pegada regista-se Susana Brígido Seia, 16 de Janeiro de 2009 Índice 1. A importância dos ecossistemas florestais, nas alterações climáticas e biodiversidade

Leia mais

Dinâmica de uma bacia hidrográfica

Dinâmica de uma bacia hidrográfica Dinâmica de uma bacia hidrográfica Dinâmica de uma bacia hidrográfica Início A água, na superfície terrestre, está em constante movimento, permitindo uma constante modelação da paisagem. Essa modelação

Leia mais

A LIGAÇÃO LOUREIRO-ALVITO

A LIGAÇÃO LOUREIRO-ALVITO ENGENHRI OS : CTUIS E LIGÇÃO LOUREIRO-LVITO SOLUÇÕES E ENGENHRI PR RESOLUÇÃO S QUESTÕES TÉCNICS E MBIENTIS ESPECÍFICS 1 NGENHRI OS Índice 1. Introdução 2. Ligação Loureiro-lvito 3. O transvase Guadiana-Sado

Leia mais

Planos de Manejo INSTITUTO FLORESTAL. Estação Ecológica de Itapeva

Planos de Manejo INSTITUTO FLORESTAL. Estação Ecológica de Itapeva Planos de Manejo INSTITUTO FLORESTAL Estação Ecológica de Itapeva Localização da Estação Ecológica de Itapeva no município e no Estado de São Paulo. Estação Ecológica de Itapeva - ambientes Área (ha) 106,77

Leia mais

É uma floresta de árvores originárias do próprio território. Neste caso, a floresta autóctone portuguesa é toda a floresta formada por árvores

É uma floresta de árvores originárias do próprio território. Neste caso, a floresta autóctone portuguesa é toda a floresta formada por árvores É uma floresta de árvores originárias do próprio território. Neste caso, a floresta autóctone portuguesa é toda a floresta formada por árvores originárias do nosso país, como é o caso do carvalho, do medronheiro,

Leia mais

ADITAMENTO AO ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL DA BARRAGEM DAS OLGAS

ADITAMENTO AO ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL DA BARRAGEM DAS OLGAS ADITAMENTO AO ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL DA BARRAGEM DAS OLGAS 1. INTRODUÇÃO...2 2. CARACTERIZAÇÃO DOS HABITATS NATURAIS PRESENTES NAS MANCHAS DE EMPRÉSTIMO...3 3. AVALIAÇÃO DOS IMPACTES AMBIENTAIS E

Leia mais

O FENÓMENO DA DESERTIFICAÇÃO EM PORTUGAL CONTINENTAL

O FENÓMENO DA DESERTIFICAÇÃO EM PORTUGAL CONTINENTAL ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E EXPLORAÇÃO SUSTENTADA DE RECURSOS GEOLÓGICOS 6º ENCONTRO O FENÓMENO DA DESERTIFICAÇÃO EM PORTUGAL CONTINENTAL A IMPORTÂNCIA DA GEOLOGIA NO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO asoares@ist.utl.pt,

Leia mais

Legislação Florestal e pressão antrópica na sub-bacia hidrográfica do riacho Jacaré, baixo São Francisco sergipano

Legislação Florestal e pressão antrópica na sub-bacia hidrográfica do riacho Jacaré, baixo São Francisco sergipano Legislação Florestal e pressão antrópica na sub-bacia hidrográfica do riacho Jacaré, baixo São Francisco sergipano Antenor de Oliveira Aguiar Netto Universidade Federal de Sergipe Flávia Dantas Moreira

Leia mais

COMBATE A INVASORAS NO MONTE DO CASTELO VOUZELA SEMINÁRIO BIODISCOVERIES MUNICÍPIOS E GESTÃO DE INVASORAS MATA NACIONAL DA MACHADA 10 DE MAIO DE 2018

COMBATE A INVASORAS NO MONTE DO CASTELO VOUZELA SEMINÁRIO BIODISCOVERIES MUNICÍPIOS E GESTÃO DE INVASORAS MATA NACIONAL DA MACHADA 10 DE MAIO DE 2018 COMBATE A INVASORAS NO MONTE DO CASTELO VOUZELA SEMINÁRIO BIODISCOVERIES MUNICÍPIOS E GESTÃO DE INVASORAS MATA NACIONAL DA MACHADA 10 DE MAIO DE 2018 Localização Geográfica Região Centro Distrito de Viseu

Leia mais

Diversidade biológica e diversidade de paisagens em montados

Diversidade biológica e diversidade de paisagens em montados Diversidade biológica e diversidade de paisagens em montados F. Rego, S. Dias, & S. Mesquita F. Fernandez-Gonzalez Departamento de Ciencias Ambientales. Facultad de Ciencias del Medio Ambiente. Universidade

Leia mais

A comunidade é um conjunto de populações de diferentes espécies existentes num determinado espaço durante um período de tempo

A comunidade é um conjunto de populações de diferentes espécies existentes num determinado espaço durante um período de tempo Comunidade A comunidade é um conjunto de populações de diferentes espécies existentes num determinado espaço durante um período de tempo Pode ser caracterizada pela -composição de espécies -diversidade

Leia mais

INCÊNDIO FLORESTAL DA PORTELA

INCÊNDIO FLORESTAL DA PORTELA 2015 RELATÓRIO DE ESTABILIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA INCÊNDIO FLORESTAL DA PORTELA CONCELHO: TOMAR INSTITUTO DA CONSERVAÇÃO DA NATUREZA E DAS FLORESTAS, I,P. Índice 1. INTRODUÇÃO.....3 2. ENQUADRAMENTO... 4 3.

Leia mais

A Engenharia Natural na Reabilitação Ambiental de Áreas Degradadas

A Engenharia Natural na Reabilitação Ambiental de Áreas Degradadas - 2.º Seminário Ibérico Intervenções Raianas no Combate à Desertificação - - O Papel do Planeamento no Combate à Desertificação A Engenharia Natural na Reabilitação Ambiental de Áreas Degradadas Luís Quinta-Nova

Leia mais

Águas. Superficiais: Disponibilidades Hídricas. Quantidade de Água disponível no Planeta. Dependem de:

Águas. Superficiais: Disponibilidades Hídricas. Quantidade de Água disponível no Planeta. Dependem de: Águas Superficiais: Rios Lagos Lagoas Albufeiras Subterrâneas: Aquíferos Águas do Subsolo até 800 metros de Profundidade Disponibilidades Hídricas Quantidade de Água disponível no Planeta. Dependem de:

Leia mais

Programa de Desenvolvimento Rural do Continente para

Programa de Desenvolvimento Rural do Continente para Programa de Desenvolvimento Rural do Continente para 2014-2020 Medida 7 AGRICULTURA e RECURSOS NATURAIS Ação 7.10 SILVOAMBIENTAIS Enquadramento Regulamentar Artigo 34º - Serviços silvo ambientais e climáticos

Leia mais

SERVIÇO DOS ECOSSISTEMAS NAS CIDADES. biodiversidade e adaptação climática o serviço da qualidade de vida. Gestão da Estrutura Ecológica do Barreiro

SERVIÇO DOS ECOSSISTEMAS NAS CIDADES. biodiversidade e adaptação climática o serviço da qualidade de vida. Gestão da Estrutura Ecológica do Barreiro SERVIÇO DOS ECOSSISTEMAS NAS CIDADES biodiversidade e adaptação climática o serviço da qualidade de vida Gestão da Estrutura Ecológica do Barreiro CONTEXTO HISTÓRICO No final do século XIX a localização

Leia mais

RELATÓRIO DE CONFORMIDADE AMBIENTAL DO PROJECTO DE EXECUÇÃO

RELATÓRIO DE CONFORMIDADE AMBIENTAL DO PROJECTO DE EXECUÇÃO RELATÓRIO DE CONFORMIDADE AMBIENTAL DO PROJECTO DE EXECUÇÃO IC4 LAGOS/LAGOA LIGAÇÃO A ODIÁXERE SUMÁRIO EXECUTIVO MAIO DE 2002 AMB & VERITAS Ambiente, Qualidade e Formação, Lda. Rua Almirante Sousa Dias,

Leia mais

Elementos lineares / paisagem a integrar na área útil da parcela

Elementos lineares / paisagem a integrar na área útil da parcela Elementos lineares / paisagem a integrar na área útil da parcela (aplicação do artigo 9.º do Regulamento (UE) n.º 640/2014) 1- Introdução O artigo 9.º do Regulamento (UE) n.º 640/2014 define as regras

Leia mais

é a herança para os nossos filhos e netos com a sua atmosfera rica em oxigénio, permite-nos respirar com a camada de ozono, protege-nos das radiações

é a herança para os nossos filhos e netos com a sua atmosfera rica em oxigénio, permite-nos respirar com a camada de ozono, protege-nos das radiações é a herança para os nossos filhos e netos com a sua atmosfera rica em oxigénio, permite-nos respirar com a camada de ozono, protege-nos das radiações ultravioletas com a água evita a desidratação com as

Leia mais

RESUMO. Rúben Torres. José Rocha

RESUMO. Rúben Torres. José Rocha Teor de matéria orgânica em solos ardidos e não ardidos, na Serra da Penha (Guimarães) Rúben Torres Departamento de Geografia, Instituto de Ciências Socias da Universidade do Minho rubenpctorres@sapo.pt

Leia mais

Plano de Adaptação às Alterações Climáticas

Plano de Adaptação às Alterações Climáticas Plano de Adaptação às Alterações Climáticas O Município de Alfândega da Fé tem vindo a desenvolver ações no sentido alcançar uma maior sustentabilidade energética e ambiental, que têm expressão em áreas

Leia mais

nome do indicador ÁREA AGRÍCOLA E FLORESTAL COM ELEVADO VALOR NATURAL

nome do indicador ÁREA AGRÍCOLA E FLORESTAL COM ELEVADO VALOR NATURAL nome do indicador ÁREA AGRÍCOLA E FLORESTAL COM ELEVADO VALOR NATURAL unidades de medida - Área em ha - Peso das áreas agrícolas de elevado valor natural na SAU (%) - Peso da área florestal de elevado

Leia mais

BACIA HIDROGRAFICA. Governo do Estado de São Paulo Secretaria do Meio Ambiente

BACIA HIDROGRAFICA. Governo do Estado de São Paulo Secretaria do Meio Ambiente BACIA HIDROGRAFICA Governo do Estado de São Paulo Secretaria do Meio Ambiente Bacia Hidrográfica Governo do Estado de São Paulo Secretaria do Meio Ambiente Governo do Estado de São Paulo Secretaria do

Leia mais

Os Incêndios Florestais vistos de jusante

Os Incêndios Florestais vistos de jusante Os Incêndios Florestais vistos de jusante Rui Rodrigues; Cláudia Brandão. Aspectos Gerais As extensas áreas ardidas do verão de 23 trouxeram para a gestão de recursos hídricos mais concretamente para o

Leia mais

é a herança para os nossos filhos e netos com a sua atmosfera rica em oxigénio, permite-nos respirar com a camada de ozono, protege-nos das radiações

é a herança para os nossos filhos e netos com a sua atmosfera rica em oxigénio, permite-nos respirar com a camada de ozono, protege-nos das radiações é a herança para os nossos filhos e netos com a sua atmosfera rica em oxigénio, permite-nos respirar com a camada de ozono, protege-nos das radiações ultravioletas com a água evita a desidratação com as

Leia mais

O evento de 20/02/2010 na Ilha da Madeira: Caracterização dos deslizamentos e da sua contribuição para o transporte de sedimentos

O evento de 20/02/2010 na Ilha da Madeira: Caracterização dos deslizamentos e da sua contribuição para o transporte de sedimentos 1 Estudo de Avaliação do Risco de Aluviões na Ilha da Madeira O evento de 20/02/2010 na Ilha da Madeira: Caracterização dos deslizamentos e da sua contribuição para o transporte de sedimentos Maria João

Leia mais

GEOMORFOLOGIA FLUVIAL: PROCESSOS E FORMAS

GEOMORFOLOGIA FLUVIAL: PROCESSOS E FORMAS GEOMORFOLOGIA FLUVIAL: PROCESSOS E FORMAS Revista Brasileira de Geomorfologia Ano 9, número (2008) Salgado et al. Produção brasileira em revistas nacionais (200-2005) Produção brasileira em revistas internacionais

Leia mais

O meio aquático I. Bacia Hidrográfica 23/03/2017. Aula 3. Prof. Dr. Joaquin Bonnecarrère Garcia. Zona de erosão. Zona de deposição.

O meio aquático I. Bacia Hidrográfica 23/03/2017. Aula 3. Prof. Dr. Joaquin Bonnecarrère Garcia. Zona de erosão. Zona de deposição. O meio aquático I Aula 3 Prof. Dr. Joaquin Bonnecarrère Garcia Bacia Hidrográfica Área de drenagem Zona de erosão Zona de armazenamento e transporte Lago ou Oceano Zona de deposição Zona de erosão Maior

Leia mais

Monitorização dos resultados de remoção de invasoras

Monitorização dos resultados de remoção de invasoras Monitorização dos resultados de remoção de invasoras Relatório de monitorização do Projecto LIFE Biodiscoveries (LIFE13 BIO/PT/000386) 1. Enquadramento: A monitorização dos resultados de remoção de invasoras

Leia mais

O impacto das operações florestais no solo

O impacto das operações florestais no solo JORNADA SOBRE TÉCNICAS DE PREPARAÇÃO DE TERRENO O impacto das operações florestais no solo FSC / APAS Floresta Cadaval, 21 de Março Altri Florestal Clara Araújo Agenda O solo Funções do solo Objetivos

Leia mais

Projetos Intervales. Modificado de:

Projetos Intervales. Modificado de: Projetos Intervales Modificado de: http://www.geografia.fflch.usp.br/mapas/atlas_intervales/oparque.html 1. Variação da diversidade de aracnídeos ao longo de um gradiente altitudinal no Parque Estadual

Leia mais

Boas Práticas de Gestão Sustentável da Terra (GST) na Província do Huambo, Extensívo a Outros Locais do País Projecto ELISA

Boas Práticas de Gestão Sustentável da Terra (GST) na Província do Huambo, Extensívo a Outros Locais do País Projecto ELISA Boas Práticas de Gestão Sustentável da Terra (GST) na Província do Huambo, Extensívo a Outros Locais do País Projecto ELISA Huambo, Julho 2011 Objectivo & conteúdo da apresentação Esta apresentação é resultado

Leia mais

Riscos Naturais e Protecção Civil. 16 de Dezembro de 2010 Escola Secundária de Barcelinhos

Riscos Naturais e Protecção Civil. 16 de Dezembro de 2010 Escola Secundária de Barcelinhos Riscos Naturais e Protecção Civil 16 de Dezembro de 2010 Escola Secundária de Barcelinhos 1) Riscos naturais a. Erosão / Movimentos de vertente b. Cheias c. Sismos / Falhas geológicas 1) Plano Municipal

Leia mais

A vegetação e o arejamento em ambiente urbano

A vegetação e o arejamento em ambiente urbano A vegetação e o arejamento em ambiente urbano Quem viu o vento? Nem tu nem eu. Mas quandos as árvores inclinam as suas cabeças, O vento está a passar. Christina Rosetti, 1872 Sing-Song Vectores de transporte

Leia mais

Determinação dos raios de visibilidade

Determinação dos raios de visibilidade ESTUDO DA VISIBILIDADE EM POSTOS DE VIGIA E DA SUA INFLUÊNCIA NA VIGILÂNCIA DE INCÊNDIOS FLORESTAIS INTRODUÇÃO - Objectivos do Estudo 1 Carta Nacional de Visibilidades 1 Carta Nacional de Prioridades de

Leia mais

ENTRE A TERRA E O MAR

ENTRE A TERRA E O MAR ENTRE A TERRA E O MAR ESCOLA DE MAR INVESTIGAÇÃO, PROJECTOS E EDUCAÇÃO EM AMBIENTE E ARTES No mar existem muitos animais e todos eles se relacionam entre si de alguma forma! BIODIVERSIDADE A água é um

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO DAS TRANSIÇÕES DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO NA COMPREENSÃO DA EVOLUÇÃO DA PAISAGEM

A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO DAS TRANSIÇÕES DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO NA COMPREENSÃO DA EVOLUÇÃO DA PAISAGEM A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO DAS TRANSIÇÕES DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO NA COMPREENSÃO DA EVOLUÇÃO DA PAISAGEM Bruno Miguel Meneses Maria José Vale Rui Reis Projeto Alterações de uso e ocupação do solo em

Leia mais

Biodiversidade e prosperidade económica

Biodiversidade e prosperidade económica Biodiversidade e prosperidade económica Helena Castro e Helena Freitas Centro de Ecologia Funcional Universidade de Coimbra O que é a biodiversidade? Biodiversidade é a variedade de seres vivos. Aqui se

Leia mais

Plano de Gestão Plurianual Intervenção Territorial Integrada Peneda-Gerês

Plano de Gestão Plurianual Intervenção Territorial Integrada Peneda-Gerês G1 Plano de Gestão Plurianual Intervenção Territorial Integrada Peneda-Gerês O Plano de Gestão aplica-se a todos os beneficiários Baldio do apoio agro-ambiental Gestão do pastoreio em áreas de Baldio e

Leia mais

PROTOCOLO DE PARCERIA. Celebrado ao abrigo de projecto de Demonstração

PROTOCOLO DE PARCERIA. Celebrado ao abrigo de projecto de Demonstração PROTOCOLO DE PARCERIA Celebrado ao abrigo de projecto de Demonstração LIFE + BIODIVINE Demonstrating biodiversity in viticulture landscapes ENQUADRAMENTO GERAL (LIFE09 NAT/FR/000584) Este projecto tem

Leia mais

FLORESTA UNIDA. Floresta Unida:

FLORESTA UNIDA. Floresta Unida: Floresta Unida: Endereço : Rua João Luso, n.º2, 1.º andar 3200 246 Lousã E Mail Geral : florestaunida.pt@florestaunida.com E Mail Departamento Florestal : dep.florestal.pt@florestaunida.com Telefone Fixo

Leia mais

Utilização de Técnicas de SIG e de Campo para Identificação de Áreas Sensíveis com Intuito de Regularização Fundiária

Utilização de Técnicas de SIG e de Campo para Identificação de Áreas Sensíveis com Intuito de Regularização Fundiária Utilização de Técnicas de SIG e de Campo para Identificação de Áreas Sensíveis com Intuito de Regularização Fundiária Ludmilson Roberto da Silva Lud_roberto@yahoo.com.br Rodrigo Baldson Godoi godoi_rodrigo@yahoo.com.br

Leia mais

Case study. Integrar a Conservação da Biodiversidade no Modelo de Gestão Florestal BIODIVERSIDADE E CERTIFICAÇÃO FLORESTAL EMPRESA ENVOLVIMENTO

Case study. Integrar a Conservação da Biodiversidade no Modelo de Gestão Florestal BIODIVERSIDADE E CERTIFICAÇÃO FLORESTAL EMPRESA ENVOLVIMENTO Case study 2010 Integrar a Conservação da Biodiversidade no Modelo de Gestão Florestal BIODIVERSIDADE E CERTIFICAÇÃO FLORESTAL EMPRESA O grupo Portucel Soporcel é uma das mais fortes presenças de Portugal

Leia mais

PROTEÇÃO DO ESPAÇO NATURAL

PROTEÇÃO DO ESPAÇO NATURAL P L A N O D I R E T O R M U N I C I P A L DO S E I X A L R E V I S Ã O PROTEÇÃO DO ESPAÇO NATURAL E VALORIZAÇÃO AMBIENTAL 27 DE FEVEREIRO DE 2014 VISÃO ESTRATÉGICA PARA O MUNICÍPIO EIXOS ESTRUTURANTES

Leia mais

DQA e DQEM - Sobreposição ou complementaridade?

DQA e DQEM - Sobreposição ou complementaridade? DQA e DQEM - Sobreposição ou complementaridade? Objetivos e âmbito A Diretiva-Quadro da Água (DQA, Diretiva n.º 2000/60/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de outubro) estabelece um quadro de

Leia mais

Instituto Politécnico de Tomar, 28 e 29 de Maio de Luís Ferreira

Instituto Politécnico de Tomar, 28 e 29 de Maio de Luís Ferreira Luís Ferreira 1. Integração dos Valores Naturais ao nível dos IGT 2. Importância dos SIG na concretização desse objetivo Decreto-Lei n.º 142/2008, de 24 de Julho, estabelece o regime jurídico da conservação

Leia mais

Informação não dendrométrica

Informação não dendrométrica Informação não dendrométrica Sumário Caracterização geral da parcela de inventário Caracterização da diversidade vegetal da parcela de inventário Codificação de árvores Caracterização de madeira morta

Leia mais

Problemas ambientais globais. Gestão da Floresta Desertificação. 1º Ano Eng.ª Ambiente /2017. Tipos de florestas e sua importância

Problemas ambientais globais. Gestão da Floresta Desertificação. 1º Ano Eng.ª Ambiente /2017. Tipos de florestas e sua importância Problemas ambientais globais Gestão da Floresta 1º Ano Eng.ª Ambiente - 2016/2017 1 Tipos de florestas e sua importância virgens resultantes ( old-growth forests ) da reflorestação ( second-growth forests

Leia mais

FRAGMENTOS FLORESTAIS

FRAGMENTOS FLORESTAIS FRAGMENTOS FLORESTAIS O que sobrou da Mata Atlântica Ciclos econômicos 70% da população Menos de 7,4% e mesmo assim ameaçados de extinção. (SOS Mata Atlânitca, 2008) REMANESCENTES FLORESTAIS MATA ATLÂNTICA

Leia mais

Biomas / Ecossistemas brasileiros

Biomas / Ecossistemas brasileiros GEOGRAFIA Biomas / Ecossistemas brasileiros PROF. ROGÉRIO LUIZ 3ºEM O que são biomas? Um bioma é um conjunto de tipos de vegetação que abrange grandes áreas contínuas, em escala regional, com flora e fauna

Leia mais