PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5.ª REGIãO Gabinete do Desembargador Federal Marcelo Navarro

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1 INQUÉRITO (INQ) Nº 2976/AL ( ) AUTOR : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL INDIC/INVDO : SEM INDICIADO INVDO : JOSELITA CAMILA BIANOR FARIAS ADV/PROC : LUIZ DE ALBUQUERQUE MEDEIROS NETO ADV/PROC : FABIO COSTA FERRARIO DE ALMEIDA INVDO : MANOEL CALIXTO FILHO INVDO : IAAF - INDÚSTRIA ALAGOANA DE ARTEFATOS DE FIBRAS - LTDA REPTE : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO ORIGEM : 13ª VARA FEDERAL DE ALAGOAS - AL RELATOR : DESEMBARGADOR FEDERAL MARCELO NAVARRO RELATÓRIO O Senhor DESEMBARGADOR FEDERAL MARCELO NAVARRO: O Ministério Público Federal ofereceu denúncia (fls. 03/06) contra IAAF Indústria Alagoana de Artefatos de Fibras LTDA; Joselita Camila Bianor Farias e Manoel Calixto Filho, indicando-os como incursos nas sanções do art. 40, da Lei nº 9.605/98. Joselita Camila Bianor Farias e Manoel Calixto Filho foram denunciados por, na qualidade de sócios da IAAF, terem, supostamente, determinado que o funcionário Genivaldo Bispo dos Santos, utilizando um trator, aterrasse manguezal, causando dano direto e indireto à APA Costa dos Corais, unidade de conservação federal. A denúncia foi proposta perante a 13ª Vara Federal de Alagoas e recebida, em (fls. 09/10). Entretanto, em face da notícia apresentada pelo MPF (fls. 32/33) de que a ré Joselita Camila ocupava o cargo de prefeita municipal de Porto de Pedras/AL, o juiz a quo decidiu pela incompetência para processar e julgar o feito, ante a prerrogativa de função. Nesta Corte, houve decisão, anulando o recebimento da denúncia, já que decorreu de juízo absolutamente incompetente (fls. 50/51). Com fulcro no art. 4.º da Lei n.º 8.038/90, os acusados ofereceram resposta preliminar às fls. 56/71 e 91/96v. Em síntese, a peça acusatória narra a prática de crime contra o ambiente, praticado contra a APP do Rio Santo Antônio, área que se enquadraria como de preservação permanente, com base em provas obtidas durante fiscalização do IBAMA, durante a qual os fiscais constataram a realização de aterro. INQ nº 2976-AL 1 MACBCL

2 A defesa de Joselita Camila aponta inépcia da denúncia e ausência de justa causa para a ação penal, sustentando que a imputação da autoria à ré é frágil e decorre da suposição do órgão ministerial de que, por ser sócia, ela deve ser responsabilizada penalmente pelo aterro realizado em suposto manguezal. Sustenta, ainda, a inexistência de mínimos indícios da participação da ré no crime denunciado e pugna, com fundamento no art. 395, III, do CPP, pela rejeição da inicial. Representados pela Defensoria Pública da União, a IAAF e o réu Manoel Calixto alegaram a atipicidade da conduta, posto que o art. 40 da Lei 9.605/98 protegeria Unidade de Conservação de Proteção Integral, categoria na qual não se enquadraria a área onde realizado o aterro. Ademais, a defesa requer a rejeição da denúncia, argumentando tratar-se de caso de responsabilização penal objetiva, pois o réu Manoel era sócio minoritário com apenas 10% das cotas do capital social -, subordinado aos reais sócios da empresa, José Rogério Cavalcante Farias e Joselita Camila Bianor Farias, a quem prestava contas de suas atividades. É o relatório. INQ nº 2976-AL 2 MACBCL

3 INQUÉRITO (INQ) Nº 2976/AL ( ) AUTOR : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL INDIC/INVDO : SEM INDICIADO INVDO : JOSELITA CAMILA BIANOR FARIAS ADV/PROC : LUIZ DE ALBUQUERQUE MEDEIROS NETO ADV/PROC : FABIO COSTA FERRARIO DE ALMEIDA INVDO : MANOEL CALIXTO FILHO INVDO : IAAF - INDÚSTRIA ALAGOANA DE ARTEFATOS DE FIBRAS - LTDA REPTE : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO ORIGEM : 13ª VARA FEDERAL DE ALAGOAS - AL RELATOR : DESEMBARGADOR FEDERAL MARCELO NAVARRO VOTO O Senhor DESEMBARGADOR FEDERAL MARCELO NAVARRO: Consoante relatado, o Ministério Público oferece denúncia em face de IAAF Indústria Alagoana de Artefatos de Fibras LTDA; Joselita Camila Bianor Farias e Manoel Calixto Filho, imputando-lhes a prática do crime previsto no art. 40, da Lei nº 9.605/98, dispositivo que apresenta a seguinte redação: Art. 40. Causar dano direto ou indireto às Unidades de Conservação e às áreas de que trata o art. 27 do Decreto nº , de 6 de junho de 1990, independentemente de sua localização: Pena - reclusão, de um a cinco anos. 1 o Entende-se por Unidades de Conservação de Proteção Integral as Estações Ecológicas, as Reservas Biológicas, os Parques Nacionais, os Monumentos Naturais e os Refúgios de Vida Silvestre. (Redação dada pela Lei nº 9.985, de ) 2 o A ocorrência de dano afetando espécies ameaçadas de extinção no interior das Unidades de Conservação de Proteção Integral será considerada circunstância agravante para a fixação da pena. (Redação dada pela Lei nº 9.985, de ) 3º Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade. A denúncia descreve suposta conduta ilícita ambiental, constatada, em 12 de junho de 2008, pelos agentes fiscais do IBAMA (fls. 05 e 15/17 - IPL), resultando na autuação de nº Série B, diante da verificação de aterro em área de manguezal pertencente a UC APA Costa dos Corais com construção de muro em alvenaria. INQ nº 2976-AL 3 MACBCL

4 Destaca que o Laudo de Perícia Criminal, de fls. 69/85, demonstrou que a IAAF Indústria Alagoana de Artefatos de Fibras Ltda., cumprindo determinações de Joselita Camila Bianor Farias e Manoel Calixto Filho, causou diversos danos à APA Costa dos Corais, a seguir descritos: (...) supressão da vegetação nativa, aterramento de manguezal, diminuição do habitat para a fauna silvestre e poluição por disposição de resíduos sólidos e lançamentos de águas servidas. O impedimento de regeneração do ecosistema e a impermeabilização do solo provocados pelas construções constituem dano permanente. Baseada no laudo de fls. 69/85 do IPL e nos relatórios dos fiscais do IBAMA, a denúncia imputa aos acusados a prática do delito ambiental previsto no art. 40 da Lei 9.605/98, já que, da conduta, teria decorrido dano à Área de Preservação Permanente (APP), do Rio Santo Antônio. Ao descrever o local do suposto dano, os peritos afirmam que o terreno onde está estabelecido (sic) a empresa está inserido na Área de Preservação Permanente do Rio Santo Antônio, com ocupação de parte do manguezal, área também considerada APP pela Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente CONAMA 303/2002. Com base nesse trecho do laudo, a defesa de Manoel Calixto sustenta a atipicidade da conduta, já que o tipo penal do art. 40, da Lei nº 9.605/98, tutela a proteção de Unidades de Conservação UC, e não, de APP. De fato, na Resolução nº 303/2002, o CONAMA informa, no art. 3º, inciso X, que a área situada em manguezal, em toda sua extensão, constitui Área de Preservação Permanente, categoria não incluída dentre as unidades de conservação, enumeradas nos arts. 8º e 14 da Lei nº 9.985/2000. Conforme sabido, o art. 7º, da Lei 9.985/2000, divide as UC em dois grupos, com características específicas: Unidades de Proteção Integral e Unidades de Uso Sustentável. Por sua vez, os arts. 8º e 14 enumeram, respectivamente, as categorias de Unidades de Proteção Integral e de Unidades de Uso Sustentável, entre as quais não se encontram as Áreas de Preservação Permanente. Entretanto, a área em que ocorreram as intervenções descritas na denúncia, apesar de se classificar como APP, nos termos da Resolução nº 303/2002 do CONAMA, está situada na Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais, criada por Decreto Presidencial, de 23 de outubro de Logo, tratase de Unidade de Conservação de Uso Sustentável, nos termos do art. 14 da Lei nº 9.985/2000. Registre-se que o laudo não deixa dúvidas de que parte das intervenções está inserida na APA Costa dos Corais por força da descrição INQ nº 2976-AL 4 MACBCL

5 dos limites da Unidade de Conservação contida em seu Decreto de criação, que engloba os manguezais em toda sua extensão. Tratando-se de decisão de recebimento da denúncia, quando cabe verificar a aptidão formal da denúncia e a presença da justa causa, a implicar na verificação de lastro mínimo probatório do fato típico e de indícios de autoria, não há falar em rejeição da denúncia por atipicidade da conduta, pois, neste momento, com base nas informações constantes no laudo em que se funda a denúncia, a área em que teria ocorrido o dano é tutelada pela norma penal em comento (art. 40 da Lei 9.605/98). Ainda quanto à tipicidade, mais um esclarecimento se faz necessário. É que a defesa de Manoel Calixto alega a atipicidade da conduta, diante do veto presidencial à redação do caput do art. 40-A, em cujos parágrafos há referência às unidades de conservação de uso sustentável. Ora, argumenta a defesa, se a norma que expressamente sancionaria os fatos veiculados na denúncia restou vetada pelo Chefe do Poder Executivo, que obstou que a mesma entrasse em vigor e passasse a repercutir no meio social, salta aos olhos que a conduta narrada na denúncia é atípica, tratando-se de comportamento penalmente irrelevante. Para a devida compreensão da matéria, faremos uma breve exposição das modificações legislativas relacionadas ao crime ambiental ora denunciado. A Lei 9.605/98, ao proteger as unidades de conservação, sejam elas de proteção integral ou de uso sustentável, tipificou a conduta de Causar dano direto ou indireto às Unidades de Conservação e às áreas de que trata o art. 27 do Decreto nº , de 6 de junho de 1990, independentemente de sua localização, no art. 40, caput. Pela leitura do caput do art. 40, conjugado com o antigo 1º, desse mesmo dispositivo legal, o legislador evidenciava o que entendia por unidades de conservação: as Reservas Biológicas, Reservas Ecológicas, Estações Ecológicas, Parques Nacionais, Estaduais e Municipais, Florestas Nacionais, Estaduais e Municipais, Áreas de Proteção Ambiental, Áreas de Relevante Interesse Ecológico e Reservas Extrativistas ou outras a serem criadas pelo Poder Público. Esta enumeração corresponde às áreas catalogadas como Unidade de Conservação de Proteção Integral e de Uso Sustentável, na Lei 9.985/ /SP: Entretanto, como explicitou o Min. Gilson Dipp, ao julgar o HC A fim de regulamentar o art. 225, 1º, incisos I, II e III e VII da Constituição Federal, o legislador originário editou a Lei n.º 9.985, de 18/07/2000, que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC). INQ nº 2976-AL 5 MACBCL

6 Referido diploma legal determinou a divisão das Unidades de Conservação integrantes do SNUC em dois grupos: Unidades de Conservação de Proteção Integral e Unidades de Conservação de Uso Sustentável (arts. 40, 1º e 40-A, 1º). O caput dos referidos artigos com a nova redação dada pela Lei n.º 9.985/00 foi objeto de veto Presidencial, de modo que foi mantida a redação original dada pela Lei n.º 9.605/98 ao art. 40, caput, o qual concede proteção mais ampla às referidas "Unidades de Conservação", nos termos propostos pelo art. 225, 1º, inciso III, da CF/88. A divisão em dois grupos feita pela nova lei às "Unidades de Conservação" não possui qualquer utilidade para fins penais, eis que prevaleceu a sua definição mais abrangente e que mais se coaduna com a ampla proteção visada pelo legislador constitucional. Não houve, portanto, a descriminalização da conduta de causar danos ambientais a área classificada como Unidade de Conservação de Uso Sustentável, desde que esta ação delitiva já estava prevista no caput do art. 40 da Lei 9.605/98, cuja redação foi mantida após a reforma da Lei 9.985/2000. Superado o questionamento, quanto à subsunção da conduta ao tipo penal denunciado, deve ser analisada a presença de indícios mínimos da autoria delitiva. A conduta ilícita é imputada a Joselita Camila Bianor Farias, atual prefeita do Município de Porto de Pedras/AL, e a Manoel Calixto Filho, além da pessoa jurídica Indústria Alagoana de Artefatos de Fibras IAAF. Aos dois primeiros, o órgão acusatório justifica a imputação, pois, na condição de administradores (fl. 103), teriam determinado a destruição de vegetação primária de manguezal do Bioma Mata Atlântica. Reforça o Ministério Público a imputação, apontando o contrato social da empresa, em cuja cláusula 6ª, eles aparecem como sócios administradores da sociedade. Analisados os documentos constantes às fls. 102/105 e 91/94, relativos ao contrato social e ao contrato de aluguel comercial, aparecem, como responsáveis pela administração da empresa, Joselita Camila Bianor Farias e Manoel Calixto Filho. Enquanto a defesa de Manoel Calixto se apega ao testemunho de Genivaldo Bispo dos Santos (fl. 165 IPL), para afastar a responsabilização do acusado, com base na declaração da testemunha de que os donos da IAAF são Rogério e Camila Farias, a defesa de Joselita Camila pugna pela rejeição da denúncia, que representaria uma responsabilização penal objetiva. Neste momento, não nos cabe apreciar elementos probatórios para definir a autoria delitiva, posto que imprescindível a produção judicial de INQ nº 2976-AL 6 MACBCL

7 provas, mas apenas examinar se há indícios mínimos da participação dos denunciados na conduta delitiva aponta na denúncia. E, neste caso, há indícios mínimos relativos a ambos os acusados. Especificamente quanto à Joselita Camila, a testemunha Genivaldo, que trabalha na empresa, aponta a ré como dona da empresa e como uma das pessoas que vê na empresa com mais frequência. Portanto, ao menos por este depoimento, a ré teria condições de verificar as atividades lícitas e ilícitas realizadas na área onde a empresa estava situada. Não há, neste aspecto, como abraçar a tese de inépcia da denúncia, pois o órgão acusatório não imputa a autoria do crime à ré apenas por seu nome constar no contrato social, mas também porque há elementos a indicar que ela possuía poder de mando da pessoa jurídica. Também quanto à participação delitiva do réu Manoel Calixto, apesar de a defesa alegar que seu nome consta apenas formalmente no contrato social da empresa, isso não afasta a possibilidade de ele, no exercício das funções de carpinteiro naval, ter responsabilidade sobre as atividades ambientais ilegais praticadas na área em questão. Ressalte-se que a denúncia não pode ser genérica, porém, reconhece-se sua validade quando, nos casos como o que ora se apresenta, apesar de não descrever minuciosamente a atuação individual de cada um dos acusados, fica demonstrado o liame entre a ação imputada aos réus e a suposta prática delitiva. Entendo, nestes termos, encontrar-se demonstrada a plausibilidade da imputação e possibilitada a ampla defesa, por meio da descrição detalhada da conduta típica, com a devida atenção aos requisitos do art. 41 do CPP. E, finalmente, considerando que, no momento do recebimento da denúncia, deve prevalecer o interesse da sociedade e por não visualizar quaisquer das causas de rejeição da denúncia constantes no art. 395 do CPP, voto pelo RECEBIMENTO DA DENÚNCIA. Diante da novel redação do art. 400, do CPP, que transferiu o interrogatório para o final do procedimento, e da orientação do STF (AP 528 AgR,) para que se aplique esse comando aos procedimentos da Lei nº 8.038/90, citem-se os denunciados, a fim de que manifestem eventual interesse em aceitar a proposta de sursis processual, nos termos em que formulada pelo Ministério Público às fls. 07/08. INQ nº 2976-AL 7 MACBCL

8 Para tanto, EXPEÇA-SE a competente carta de ordem, rogando ao juízo ordenado as citações necessárias das partes, bem como a designação de audiência admonitória, a ser realizada na sede daquele juízo ordenado. É como voto. Recife, 19 de novembro de Desembargador Federal MARCELO NAVARRO RELATOR INQ nº 2976-AL 8 MACBCL

9 INQUÉRITO (INQ) Nº 2976/AL ( ) AUTOR : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL INDIC/INVDO : SEM INDICIADO INVDO : JOSELITA CAMILA BIANOR FARIAS ADV/PROC : LUIZ DE ALBUQUERQUE MEDEIROS NETO ADV/PROC : FABIO COSTA FERRARIO DE ALMEIDA INVDO : MANOEL CALIXTO FILHO INVDO : IAAF - INDÚSTRIA ALAGOANA DE ARTEFATOS DE FIBRAS - LTDA REPTE : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO ORIGEM : 13ª VARA FEDERAL DE ALAGOAS - AL RELATOR : DESEMBARGADOR FEDERAL MARCELO NAVARRO EMENTA: PENAL E PROCESSO PENAL. DENÚNCIA POR CRIME AMBIENTAL. SUPOSTO DANO EM ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE INCLUÍDA, POR DECRETO PRESIDENCIAL, EM ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL APA, CONSIDERADA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO DE USO SUSTENTÁVEL. BEM JURÍDICO TUTELADO PELO ART. 40, CAPUT, DA LEI 9.605/98. AUTORIA E MATERIALIDADE PRECISAMENTE INDICADAS. OBSERVADOS OS REQUISITOS DO ART. 41, DO CPP. DENÚNCIA RECEBIDA. 1. Denúncia que noticia a prática de conduta ilícita ambiental, consistente em aterrar área de manguezal pertencente à Unidade de Conservação da APA Costa dos Corais com construção de muro em alvenaria, supostamente praticada pelos denunciados, entre os quais pessoa que ocupa o cargo de prefeito municipal. 2. Diante dos possíveis danos ocasionados à área enquadrada como Unidade de Conservação de Uso Sustentável, a conduta descrita na denúncia se subsume ao tipo penal previsto no art. 40, da Lei 9.605/ Consoante decidiu o Superior Tribunal de Justiça, ao julgar o HC 49607/SP, A divisão em dois grupos feita pela nova lei [Lei nº 9.985/2000] às "Unidades de Conservação" não possui qualquer utilidade para fins penais, eis que prevaleceu a sua definição mais abrangente e que mais se coaduna com a ampla proteção visada pelo legislador constitucional. Não houve, portanto, a descriminalização da conduta de causar danos ambientais a área classificada como Unidade de Conservação de Uso Sustentável, desde que esta ação delitiva já estava prevista no caput do art. 40 da Lei nº 9.605/98, cuja redação foi mantida após a reforma da Lei nº 9.985/ Justifica-se a persecução penal contra os denunciados tendo em vista os mínimos indícios de que são eles os responsáveis pelas atividades da empresa e, portanto, quem deveria zelar pela INQ nº 2976-AL 9 MACBCL

10 observância das normas de proteção ambiental, especialmente diante da localização da sede da pessoa jurídica em área de proteção ambiental. 5. Encontrando-se a inicial acusatória lastreada com o mínimo probatório a indicar indícios de autoria e da materialidade delitiva, tais como laudo pericial, relatórios de fiscais do IBAMA, contrato social da pessoa jurídica, depoimento de empregado da empresa, e atendidos os requisitos do art. 41, do CPP, a possibilitar o exercício do contraditório, deve ser recebida a inicial acusatória. A C Ó R D Ã O Decide o Plenário do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, por maioria, receber a denúncia, nos termos do voto do relator, na forma do relatório e notas taquigráficas constantes nos autos, que ficam fazendo parte integrante do presente julgado. Recife, 19 de novembro de Desembargador Federal MARCELO NAVARRO RELATOR INQ nº 2976-AL 10 MACBCL

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