A omissão de sujeito lexical como indicador do Déficit Específico da Linguagem no Português do Brasil

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1 HAEUSLER, O.C.F., CORREA, L.M.S., & AUGUSTO, M.R.A. A Omissão do Sujeito Lexical como Indicador do Déficit Específico da Linguagem no Português do Brasil In Anais do IV Congresso Internacional da ABRALIN, p , 2005, disponível on-line: A omissão de sujeito lexical como indicador do Déficit Específico da Linguagem no Português do Brasil Olívia Cristina F. Haeusler Letícia M. Sicuro Corrêa Marina R. A. Augusto PUC-Rio/LAPAL Abstract: This paper investigates the relationship between the omission of arguments, especially subject omission, and the characterization of SLI (Specific Language Impairment) in Brazilian Portuguese. The omission of arguments is typically related to the initial stages of language acquisition and has been taken as a clinical marker of SLI in different languages. The results of experiments conducted with normally language developing children and children suspected of presenting SLI suggest that the omission of subjects in obligatory contexts, characterized in BP, can also be taken as a reliable marker for the diagnosis of SLI in this language. Key words: Language Acquisition; Specific Language Impairment (SLI); Argument Structure. Resumo: Este artigo investiga a relação entre a omissão de argumentos, especificamente a omissão de sujeitos, e a caracterização do DEL (Déficit Específico da Linguagem) no Português Brasileiro. A omissão de argumentos é típica do início da aquisição da linguagem e tem sido apontada como marca clínica do DEL em diferentes línguas. Apresentam-se os resultados de experimentos conduzidos com crianças com desenvolvimento lingüístico normal (DLN) e com suspeita de DEL, que sugerem que a omissão de sujeito em contextos obrigatórios, caracterizados para o PB, também pode ser um indicador confiável para o diagnóstico de DEL nessa língua. Palavras chave: Aquisição da linguagem, Déficit Específico da Linguagem, Estrutura Argumental. 1 Introdução Este artigo investiga a relação entre a omissão de argumentos, especificamente a omissão de sujeitos, e a caracterização do DEL (Déficit Específico da Linguagem) no Português Brasileiro Este artigo é decorrente das atividades do Grupo de Pesquisa Processamento e Aquisição da Linguagem (CNPq) e está vinculado ao projeto FAPERJ E-26/ /02, sob a responsabilidade da Prof. Letícia M. Sicuro Corrêa. Os resultados apresentados foram obtidos na dissertação de Mestrado de Olívia Haeusler, sob sua orientação. A participação da terceira autora integra as atividades previstas no Projeto recém-doutor CNPq /03-0. LAPAL (Laboratório de Psicolingüística e Aquisição da Linguagem, PUC-Rio)

2 (PB). O DEL 2 distingue-se por dificuldades na condução de operações lingüísticas a partir de elementos do léxico, na expressão morfológica de relações sintáticas ou mesmo no domínio da fonologia. Sua manifestação parece ser bastante expressiva, tendo em vista que dados de crianças americanas em idade escolar apontam para uma incidência de cerca de 7% (Toblim, 1993, apud Leonard, 1998). No que diz respeito às relações entre semântica lexical e sintaxe, a omissão de argumentos tem sido observada em crianças DEL falantes de diversas línguas, como o francês, o italiano e o inglês (Hamann, 2003; Bottari et al, 1998; Leonard, 1998; van der Lely, 1998). A omissão de sujeitos, especificamente, é típica do início da aquisição da linguagem. Tal omissão tem sido constatada e analisada quer em abordagens que apontam para um comprometimento gramatical (Avrutin, 1999; Hyams, 1996; Hoekstra & Hyams, 1996; Lopes, 2003; Rizzi, 1994; Wexler, 1998) quer em abordagens que sinalizam questões relativas ao desempenho, sejam de ordem pragmática ou de processamento (Allen, 2000; Bloom, 1990; Valian, 1991) e tem sido apontada como marca clínica do DEL (Grela & Leonard, 1997; Grela, 2003). A investigação acerca da omissão de sujeitos em línguas que permitem sujeitos nulos as denominadas línguas pro-drop no entanto, tem sido pouco explorada. Não é claro, portanto, até que ponto a omissão de sujeitos poderia ser tomada como fator relevante para o diagnóstico de DEL nessas línguas. Nesse sentido, o PB mostra-se adequado para a exploração dessa questão, uma vez que, embora esteja em processo de mudança paramétrica (Duarte, 1995), a possibilidade de sujeito nulo ainda é legítima em inúmeros contextos sintáticos. Adicionalmente, o PB permite também a manutenção do sujeito de sentenças com verbos inacusativos em posição pós-verbal. A correta caracterização da extensão da possibilidade de omissão de sujeitos e compreensão da relevância dessa marca no DEL se faz, portanto, necessária no sentido de poder vir a facilitar o correto diagnóstico desse déficit. O diagnóstico do DEL tem sido realizado por exclusão, pois abrange deficiências da língua que não estejam associadas a distúrbios auditivos, neurológicos, emocionais ou cognitivos. A disponibilização de um instrumento padronizado de avaliação de habilidades lingüísticas para o diagnóstico de crianças com suspeita de DEL se faz, portanto, necessária. No entanto, o uso de instrumentos tem se mostrado problemático. Primeiramente, porque os instrumentos utilizados, muitas vezes, exploram insatisfatoriamente aspectos relevantes para a detecção de dificuldades lingüísticas. Em segundo lugar, porque habilidades dependentes do conhecimento de mundo ou do nível de escolaridade da criança são confundidos com habilidades lingüísticas. No caso particular da avaliação de crianças falantes do PB, muitas vezes, usam-se traduções de testes concebidos originalmente em inglês e não há preocupação explícita com as particularidades do PB (Corrêa, de Freitas e Costa Lima, 2003). Um instrumento especificamente direcionado para a avaliação das manifestações características do DEL, com particular referência ao PB, o MABILIN (Módulos de Avaliação 2 A sigla DEL (Déficit Especificamente Lingüístico ou Déficit Específico da Linguagem) corresponde a SLI, utilizada em inglês para Specific Language Impairment. DEL vem sendo utilizado pelo grupo do LAPAL. No entanto, outras terminologias são encontradas na literatura. Antes da década de 80, por exemplo, o termo disfasia do desenvolvimento era empregado para separar os problemas específicos de linguagem de problemas com conotação neurológica que são nomeados de afasia. De acordo com o código internacional de Doenças (CID) F 80, entende-se por Transtornos específicos da fala e da linguagem, transtornos nos quais as modalidades normais de aquisição da linguagem estão comprometidas desde os primeiros estágios do desenvolvimento. Não são diretamente atribuíveis às anomalias neurológicas, anomalias anatômicas do aparelho fonador, comprometimentos sensoriais, retardo mental ou fatores ambientais. Esses transtornos são acompanhados com freqüência de problemas associados, tais como dificuldades da leitura e da soletração, perturbação das relações interpessoais, transtornos emocionais e transtornos corporais. (A definição de F80 foi extraída da página do SUS).

3 de Habilidades Lingüísticas), vem sendo elaborado sob uma perspectiva teórica que procura conciliar teoria lingüística gerativista e psicolingüística do desenvolvimento e começa a ser aplicado em crianças com desenvolvimento lingüístico normal (DLN) e com suspeita de DEL (Corrêa, 2002). 3 O presente estudo é concebido a partir da pesquisa desenvolvida em Haeusler (2005) e ampliada em Corrêa, Augusto & Haeusler (2005) e pretende contribuir para a discussão acerca das manifestações caracterizadoras do DEL. Na próxima seção, apresentam-se questões relativas à caracterização da estrutura argumental e à omissão de argumentos em crianças DLN e crianças DEL. A seguir, são descritas características particulares do PB quanto à estrutura argumental. Na seção seguinte, apresentam-se os experimentos concebidos que pretendem verificar a omissão de sujeito em contextos obrigatórios de preenchimento, contrastando-se o comportamento de crianças DLN de 3 e 5 anos com crianças com suspeita de DEL. Os resultados são apresentados e discutidos. Por fim, uma breve conclusão retoma os principais pontos, encerrando o artigo. 2 A Estrutura Argumental Entende-se por estrutura argumental a relação de correspondência que se estabelece entre os argumentos selecionados por um predicador e a posição que ocupam na estrutura sintática (Grimshaw, 1992). De acordo com a teoria lingüística 4, no processo de estruturação das orações, o núcleo lexical (nome, verbo, adjetivo e preposição), ou predicador, seleciona outros itens, os argumentos, para formar a oração. Os argumentos podem assumir papéis temáticos (θ - de natureza semântica) que variam de acordo com a relação que estabelecem com o predicador. As informações referentes aos diferentes papéis temáticos satisfazem ao que a teoria lingüística caracteriza formalmente como s-seleção (seleção semântica). Um predicador atribui um papel temático a cada um dos seus argumentos. Assim, dependendo da semântica lexical do verbo, os argumentos podem assumir papéis como agente, tema, locativo, fonte (Jackendoff, 1972). Além da s-seleção, cada verbo determina a categoria gramatical dos constituintes com os quais pode ou não co-ocorrer no interior do VP. Esse processo de seleção denomina-se c-seleção (seleção categorial) ou subcategorização. De acordo com o Programa Minimalista (Chomsky, 1995), o primeiro Merge é direcionado por critérios de s-seleção e (Adger, 2003) c-seleção. Estudos sinalizam que as primeiras emissões das crianças caracterizam-se pela omissão de sujeito e de objeto, tanto em línguas pro-drop, como em línguas não pro-drop (Guerreiro et al, 2001; Bloom, 1990; Hyams, 1989), embora um desbalanceamento seja observado entre omissão de argumentos externo e interno. Segundo Bloom (1990), os resultados de experimento desenvolvido com crianças de 2 anos indicam 55% de omissão de sujeito e apenas 9% de omissão de objeto. Grela (2003) aplicou um experimento no qual avalia a produção de sujeito em sentenças nas quais a complexidade em termos de estrutura argumental e de comprimento é controlada 5. 3 No programa de Pós-Graduação em Letras da PUC-Rio foram desenvolvidas duas dissertações de Mestrado que focalizam o DEL (Haeusler, 2005; Silveira, 2002). 4 A teoria lingüística a que o presente estudo remete é a teoria gerativista, em sua vertente chomskyana. Doravante, por teoria lingüística entenda-se essa vertente do gerativismo. 5 Grela (2003) associa a complexidade argumental ao número de argumentos obrigatórios de um verbo e o comprimento da sentença relativamente ao número de argumentos não obrigatórios. As sentenças, a seguir,

4 Participaram dos experimentos 10 crianças com DEL com idades entre 4;0 e 6;9 anos e 20 crianças com desenvolvimento normal, sendo 10 com o mesmo MLU 6 e 10 com a mesma idade das crianças DEL. O experimento baseia-se na apresentação de histórias, contadas a partir do manejo de miniaturas. Essas histórias são iniciadas pelo experimentador e em seguida a criança é induzida a participar, dirigindo-se a um fantoche que não pode ver as miniaturas, mas apenas ouvir a história que está sendo contada. Os resultados desse experimento indicam o aumento da omissão de sujeito associado ao aumento da complexidade argumental das sentenças tanto nas crianças do grupo controle (MLU) quanto nas crianças com DEL. Sentenças com verbos intransitivos, transitivos e bitransitivos, nessa ordem, apresentam uma crescente omissão de sujeito nas crianças com DEL, assim como nas crianças do grupo controle, sem que haja diferença expressiva entre os dois grupos. O uso de sujeito pleno também foi explorado por Grela e Leonard (1997). Estes analisaram a fala espontânea de 10 crianças com DEL, com idades entre 3;8 e 5;7 anos e de 10 crianças mais novas com o mesmo MLU, focalizando o uso de sujeito pleno em função do tipo de verbo (intransitvo inergativo, intransitivo inacusativo, transitivo e bitransitivo). Os resultados obtidos mostram uma maior diferença entre os dois grupos de crianças nos verbos intransitivos inacusativos e bitransitivos, sendo que as crianças com DEL apresentam um maior percentual de omissão de sujeito nesses dois tipos de verbos. Os resultados não ressaltam, no entanto, efeito significativo da complexidade da estrutura argumental na omissão de sujeito. Os experimentos descritos anteriormente foram desenvolvidos em inglês, língua não prodrop. Em línguas com essa característica, o argumento de verbos intransitivos inacusativos, que é interno, deve mover-se para a posição de sujeito. Em PB, que mantém características de língua pro-drop, esse movimento não é obrigatório, isto é, o argumento interno pode permanecer in situ. Essa possibilidade pode facilitar, então, o preenchimento da posição de sujeito de verbos intransitivos inacusativos nessa língua. 3 A expressão do sujeito nulo e lexical no PB O PB passa por um conjunto de mudanças sintáticas, dentre as quais, o aumento da freqüência de uso de sujeito pleno em relação ao de sujeito nulo. Ao estudar as mudanças paramétricas em processo no PB, Duarte (1995) observou 29% de ocorrência de sujeito nulo e 71% de sujeito pronominal pleno, em adultos. De acordo com a teoria lingüística, a posição de sujeito sintático é obrigatória, o que tem despertado o interesse de estudiosos, no sentido de se observar como as crianças lidam com a obrigatoriedade da posição de sujeito nas línguas pro-drop e nas línguas não pro-drop. Simões (1999) desenvolveu estudo longitudinal a partir de gravações em áudio da fala espontânea de uma criança adquirindo PB com idade entre 2;4 e 3 anos e comparou os dados referentes ao uso de sujeito nulo, com os dados de crianças adquirindo diferentes línguas, quais sejam: o italiano (Valian, 1991), o português europeu (PE) (Faria, 1993), o francês (Pierce, exemplificam essas questões. As sentenças: The dog is chasing the cat e The dog is chasing the cat in the barn apresentam a mesma complexidade argumental, embora difiram quanto ao comprimento. As sentenças a seguir apresentam uma crescente complexidade argumental: The girl is sleeping, The dog is chasing the cat, The girl is putting the ball on the table. 6 MLU (Mean Lenght of Utterance) representa a média do número de morfemas ou de palavras de um enunciado e é utilizada com freqüência nas pesquisas de DEL (Leonard, 1998).

5 1992), o inglês (Hyams & Wexler, 1993) e o alemão (Clahsen, 1989). Os resultados dessa comparação sinalizaram um maior percentual de uso de sujeito nulo nas línguas pro-drop, como o italiano e o PE e um menor percentual nas línguas não pro-drop, como o inglês, o francês e o alemão. O PB apresenta percentual de uso de sujeito nulo semelhante ao das línguas não prodrop. Lopes (2003) também desenvolveu estudo longitudinal que focaliza o uso de sujeito nulo por criança, falante do PB, com idade entre 1;09 e 3;03 anos. Nesse estudo, Lopes comparou os resultados apresentados por Simões (1999) com os de seu estudo e constatou que crianças mostram um decréscimo acentuado de uso de sujeito nulo, apresentando na última amostra o percentual de apenas 32% de sujeito nulo. A partir desses resultados, Lopes (2003) sugere que as crianças aos três anos, idade da última amostra, já utilizam o sujeito nulo em percentuais bastante próximos aos do adulto - 29%, segundo Duarte (1995). Diante desses estudos, constata-se que tanto o adulto quanto a criança apresentam, no PB, percentuais de uso de sujeito pleno superiores aos de sujeito nulo. Apesar disso, há a possibilidade de uso de sujeito nulo em diversos contextos. A fim de se avaliar a questão da omissão de sujeito em PB, portanto, desenvolveu-se um experimento em que se faz uso de um contexto em que o uso de sujeito pleno é obrigatório: sentenças completivas em que o sujeito da encaixada é não-correferente ao sujeito da principal, ou seja, o uso de sujeito nulo obrigaria à leitura co-referencial, sendo, desse modo, a interpretação de não-correferencialidade uma restrição à omissão desse argumento. É nesse contexto que se avalia se a omissão de sujeito pode caracterizar um déficit lingüístico. O experimento concebido é apresentado a seguir. 4 Experimento O presente experimento, de produção induzida, visa a verificar: (a) se há diferença entre crianças DLN e crianças com suspeita de DEL 7 quanto ao preenchimento da posição de sujeito em condições em que a língua não permite a omissão desse argumento; (b) se o tipo de verbo afeta o preenchimento da posição de sujeito (verbo intransitivo inergativo, intransitivo inacusativo e transitivo) em crianças DLN e crianças com suspeita de DEL; (c) se o número de omissões de sujeito decresce com a idade. Utilizam-se sentenças completivas com sujeito não co-referente ao da principal. Em todas as sentenças-alvo, o elemento crítico ou argumento cuja omissão é considerada, é o sujeito da oração completiva. As variáveis dependentes são o número de omissões de sujeito e o posicionamento do argumento dos verbos inacusativos. As variáveis independentes são: tipo de verbo (intransitivos inergativos, intransitivos inacusativos, transitivos) e idade como fator grupal (3, 5 anos). Têm-se, portanto, seis condições experimentais em função do tipo de verbo e idade. A seguir, apresenta-se um exemplo de cada condição definida pelo tipo de verbo: Condição 1: Verbos intransitivos inergativos (3 sentenças) - O macaco disse: a gata correu. - A girafa disse: o passarinho voou. 7 Fazemos referência a crianças com suspeita de DEL. Isto porque o diagnóstico dessas crianças não foi totalmente fechado por não ter sido feita avaliação cognitiva por meio de testes padronizados. O desempenho dessas crianças nas sessões de fonoaudiologia não sinaliza, contudo, déficit cognitivo.

6 - Agora vamos contar para o Dedé o que que a girafa disse. - Ela disse que/ Sentença-alvo: o passarinho voou. Condição 2: Verbos intransitivos inacusativos (3 sentenças) - O palhaço disse: o copo quebrou. - A bailarina disse: o vetido sujou. - Vamos contar para o Dedé o que que a bailarina disse. - Ela disse que/ Sentença-alvo: o vestido sujou. Condição 3: Verbos transitivos (3 sentenças) - O João disse: a coelha derrubou a cerca - A Maria disse: o macaco mordeu a maçã. - Vamos contar para o Dedé o que que a Maria disse. - Ela disse que/ Sentença-alvo: o macaco mordeu a maçã. Consideraram-se as seguintes hipóteses: (a) O número de argumentos do verbo afeta o preenchimento da posição de sujeito. Espera-se que sentenças com verbos transitivos apresentem maior número de omissões de sujeito do que sentenças com verbos intransitivos; (b) A complexidade computacional (entendida em função da reiteração ou do tipo de operações sintáticas necessárias em uma derivação/computação on-line, como extensão do conceito introduzido em Jakubowicz, 2003, no prelo) afeta o preenchimento da posição de sujeito. Prevêse que sentenças com verbos intransitivos inacusativos sejam mais difíceis do que sentenças com verbos intransitivos inergativos, com base em uma análise que explicita movimento do tema gerado em posição de objeto lógico para a posição de sujeito; (c) Dificuldade na computação de sentenças transitivas afeta do preenchimento de argumentos dos verbos em casos de DEL. Espera-se que as crianças com suspeita de DEL apresentem maior percentual de omissão de sujeito do que as crianças DLN. Método Participantes Esse experimento foi desenvolvido com crianças DLN, com idades entre 3 e 5 8 anos, e crianças com suspeita de DEL provenientes de um nível social semelhante (renda baixa e nível de escolaridade dos pais entre fundamental e médio). As crianças DLN compõem o grupo controle, sendo a idade cronológica 9 o critério escolhido para a comparação com as crianças com suspeita 8 Os experimentos foram aplicados apenas em crianças de 3 e 5 anos, porque as crianças de 5 anos conseguiram acerto de 100% nos experimentos. 9 Os estudos sobre DEL adotam muitas vezes o critério de grupo de controle MLU (Mean Length of Utterance). Em português, no entanto, esse critério não é eficiente, pois um morfema pode conter traços de número e pessoa (Silveira, 2002).

7 de DEL. Três crianças com suspeita de DEL participaram desse experimento. São elas: WL de 5,3 anos, FR de 5,6 anos, e MR de 6,4 anos. Material O material lingüístico consistiu da lista de estímulos com 3 sentenças de cada condição, tendo sido criada, para cada sentença, uma prancha com ilustrações relativas às sentenças utilizadas. O aparato experimental consistiu das pranchas ilustradas, de um fantoche, denominado Dedé, de um gravador Sony e de fitas de áudio, utilizadas para registro da produção oral. Procedimento As crianças DLN foram submetidas aos experimentos nas próprias escolas que freqüentavam. A aplicação foi individual, sendo realizada em uma sala isolada. As crianças com suspeita de DEL foram submetidas aos experimentos no transcorrer de sessões de fonoaudiologia. Para iniciar a aplicação do experimento, as crianças eram convidadas a participar de uma brincadeira e a experimentadora dirigia-se a elas da seguinte forma: - Nós vamos brincar com esse fantoche que é muito curioso e gosta de saber de tudo. Nós vamos ver umas gravuras muito legais. Não vamos deixá-lo ver, mas vamos contar a ele tudo que está acontecendo. Combinado? Inicia-se a aplicação do experimento por um pré-teste que é composto de três pranchas. Caso a criança compreenda o pré-teste, inicia-se a aplicação do experimento. Caso ela apresente dificuldade, dá-se o jogo por encerrado e menciona-se que em outro dia a brincadeira poderá ser feita novamente. Resultados e Discussão Os dados foram submetidos a uma análise de variância (ANOVA), com design 3 (tipo de verbo) X 2 (idade), sendo idade fator grupal. Os resultados demonstram um efeito principal significativo de grupo etário F(1,18) = 7,52 p<.01 e um efeito principal também significativo de tipo de verbo F(2,36) = 7,59 p<.001. O efeito da interação entre grupo etário e tipo de verbo se mostrou próximo ao nível de significância F(2, 36) = 2.61 p<.09. Apresenta-se, a seguir, o Gráfico 1 em que se contrastam os resultados obtidos para as crianças com suspeita de DEL com aqueles das crianças DLN em relação ao preenchimento da posição de sujeito lexical:

8 Gráfico 1: Percentual de omissão de sujeito lexical em função do tipo de verbo em crianças com suspeita de DEL (idade média 5,7 anos) e DLN (3 e 5 anos) anos 5 anos DEL crianças sentenças válidas v. int. (inergativos) v. int. (inacusativos) v. transitivos O Gráfico 1 mostra que, nos verbos intransitivos inergativos, as crianças com suspeita de DEL apresentam percentuais de omissão de sujeito expressivamente superiores aos das crianças DLN de 3 e 5 anos. Nos verbos intransitivos inacusativos, o desempenho de crianças DEL é semelhante ao de crianças DLN de 3 anos. Nos verbos transitivos, as crianças com suspeita de DEL obtêm percentual de omissão de sujeito próximo ao das crianças DLN de 3 anos, mas bem superior ao das crianças DLN de 5 anos. Esses resultados são relevantes e sustentam a primeira hipótese, isto é, o número de argumentos do verbo parece afetar o preenchimento do sujeito lexical, uma vez que sentenças com verbos transitivos apresentam maior número de omissões de sujeito do que sentenças com verbos intransitivos. Tal como previsto na hipótese (c), as crianças DEL são particularmente afetadas, tendo desempenho semelhante ao de crianças mais novas. O Gráfico 2 apresenta os resultados obtidos em relação ao posicionamento do argumento de verbos intransitivos inacusativos (in situ ou com movimento), comparando-se o comportamento das crianças com suspeita de DEL e das crianças DLN: Gráfico 2: Percentual em relação ao posicionamento do argumento de verbos intransitivos inacusativos em crianças com suspeita de DEL (idade média 5,7 anos) e DLN (3 e 5 anos) anos 5 anos DEL crianças respostas válidas arg. in situ com mov. do arg.

9 O Gráfico 2 demonstra que há uma diferença significativa entre o número de argumentos mantidos in situ no grupo de 3 e de 5 anos. Aos 3 anos, o número de respostas com argumento in situ é semelhante ao número de respostas com argumento movido. Aos 5 anos, há um pequeno número de respostas in situ, sendo, portanto, o posicionamento do sujeito em posição pré-verbal a opção preferida. No grupo de crianças DEL, a preferência se faz por argumento in situ, embora tenham sido observadas diferenças individuais nesse grupo (uma das crianças apresentou respostas com movimento). Assim sendo, pode-se dizer que, no conjunto das crianças DEL, a preferência se faz por manter o argumento (sujeito) de verbos inacusativos in situ, como previsto com base na hipótese (b). 5 Conclusão Os resultados aqui reportados sugerem que a omissão de sujeito pode ser tomada como uma marca clínica do DEL no PB, a despeito de esta língua apresentar ainda características de língua pro-drop. No que se refere aos inacusativos, diferentemente de línguas não pro-drop, como o inglês, a possibilidade de manutenção do sujeito in situ no PB acarreta uma menor incidência de omissões de sujeito em crianças de 3 anos e em crianças DEL (ainda que possa haver exceções). Dessa forma, o quadro de omissão de sujeito nos verbos inacusativos é distinto nessas línguas. O comportamento de crianças no que diz respeito a inacusativos e transitivos é compatível com o que seria previsto por uma hipótese que atribui as dificuldades manifestas no DEL a demandas computacionais. O DEL é um déficit lingüístico que traz conseqüências para a aprendizagem, o desenvolvimento social e afetivo. Uma avaliação criteriosa do DEL no PB pode contribuir para o entendimento de problemas manifestos na idade escolar, que podem ser confundidos com problemas de aprendizagem em geral (Corrêa, de Freitas e Costa Lima, 2003). A identificação de um contexto no qual a realização do sujeito lexical se faz necessária no PB permite tomar a omissão de sujeito como um indicador confiável para o diagnóstico de DEL nessa língua. Esses resultados estão sendo considerados, portanto, para a ampliação do instrumento de avaliação de habilidades lingüísticas acima mencionado. 5 Referências Bibliográficas ADGER, D. Core Syntax: a minimalist approach. Oxford: Oxford University Press, ALLEN, S. A discourse-pragmatic explanation for argument representation in child Inuktitut. Linguistics 38-3, , AVRUTIN, S. Development of the syntax-discourse interface. Kluwer, Dordrecht, BLOOM, P. Subjectless sentences in child language. Linguistic Inquiry 21: , BOTTARI, P., Cipriani, P., Chilosi, A. M., & Pfanner, L. The Determiner System in a Group of Italian Children with SLI. Language Acquisition, 7, , CHOMSKY, N. The Minimalist Program. Cambridge: Mass, MIT Press, (Versão Portuguesa O Programa Minimalista: tradução de Eduardo Raposo, Lisboa: Editorial Caminho, CLAHSEN, H. Creole Genesis, the lexical Learning Hypothesis and the Problem of Development in Language Acquisition. In: Pütz & Driven (orgs.) Wheels within Wheels:

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