REGULAMENTO DE HORÁRIO DE TRABALHO DOS SERVIÇOS DA PRESIDÊNCIA E SERVIÇOS DE ACÇÃO SOCIAL DO INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO
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- Aníbal Fernandes Moreira
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1 REGULAMENTO DE HORÁRIO DE TRABALHO DOS SERVIÇOS DA PRESIDÊNCIA E SERVIÇOS DE ACÇÃO SOCIAL DO INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO Artigo 1.º Âmbito 1. O presente Regulamento é aplicável a todos os trabalhadores do Instituto que exercem funções nos Serviços da Presidência e Serviços de Acção Social do Instituto Politécnico do Porto (IPP), com uma relação de trabalho subordinado, qualquer que seja a natureza e o regime de contrato de trabalho. 2. O Regulamento aplica-se ainda aos trabalhadores que, embora vinculados a outra entidade, exerçam funções nos Serviços em regime de mobilidade. 3. Os trabalhadores com isenção de horário de trabalho não estão dispensados do dever geral de assiduidade, nem do cumprimento da duração semanal de trabalho legalmente estabelecido. Artigo 2.º Período de funcionamento O período de funcionamento dos Serviços da Presidência e Serviços de Acção Social do Instituto decorre de segunda-feira a sexta-feira, entre as 8 horas e as 20 horas. Artigo 3.º Período de atendimento 1. O período de atendimento é o intervalo de tempo diário durante o qual os serviços estão abertos para atender o público, podendo este período ser igual ou inferior ao período de funcionamento. 2. O período de atendimento deve ser obrigatoriamente afixado, de modo visível ao público, nos locais de atendimento, e publicitado no portal do IPP, contendo as horas do seu início e do seu termo. 3. O período de atendimento de cada serviço será fixado por despacho do Presidente do IPP. MA/cc Pág. 1 de 9
2 Artigo 4.º Tempo de trabalho O tempo de trabalho é qualquer período durante o qual o trabalhador está a desempenhar a actividade ou permanece adstrito à realização da prestação, bem como as interrupções e os intervalos legalmente previstos. Artigo 5.º Duração semanal e diária do trabalho 1. A duração média semanal dos trabalhadores com contrato de trabalho em funções públicas é de trinta e cinco horas por semana, distribuídos por um período normal de trabalho diário de sete horas, de segunda a sexta-feira. 2. O período normal de trabalho diário efectua-se em dois períodos distintos, respeitando o intervalo de descanso previsto no artigo seguinte. Artigo 6.º Intervalo de descanso 1. O período normal de trabalho diário deve ser interrompido por um intervalo de descanso, de duração não inferior a uma hora nem superior a duas, de modo a que os trabalhadores não prestem mais de cinco horas de trabalho consecutivo. 2. Quando circunstâncias relevantes devidamente fundamentadas o justifiquem e mediante acordo com o trabalhador, o intervalo de descanso pode ser reduzido para 45 minutos para que, uma vez por semana possa durar 2 horas. 3. No caso previsto no número anterior, uma das horas de intervalo de descanso pode ser gozada nas plataformas fixas. Artigo 7.º Trabalho a tempo completo 1. O trabalho a tempo completo corresponde ao período normal de trabalho semanal. 2. O trabalho a tempo completo constitui o regime regra de trabalho dos trabalhadores do Instituto. MA/cc Pág. 2 de 9
3 Artigo 8.º Trabalho a tempo parcial 1. O trabalho a tempo parcial é o que corresponde a um período normal de trabalho semanal inferior ao praticado a tempo completo. 2. O trabalho a tempo parcial pode, salvo estipulação em contrário, ser prestado em todos ou alguns dias da semana, sem prejuízo do descanso semanal, devendo o número de dias de trabalho ser fixado por acordo. 3. Caso o período normal de trabalho não seja igual em cada semana, é considerada a respectiva média num período de quatro meses ou período diferente estabelecido por instrumento de regulamentação colectiva de trabalho. 4. Por Despacho do Presidente do Instituto, mediante proposta ou parecer favorável do dirigente do serviço onde o trabalhador ocupa o seu posto de trabalho, devidamente fundamentada, pode ser definido o trabalho em regime de tempo parcial, desde que observados os condicionalismos legais. 5. O trabalhador a tempo parcial tem direito à remuneração base prevista na lei, em proporção do respectivo período normal de trabalho semanal. Artigo 9.º Modalidades de horário de trabalho 1. São adoptadas as seguintes modalidades de horário: a) Horário rígido; b) Horário flexível; c) Jornada contínua; 2. Podem ainda ser autorizados horários específicos, por despacho do órgão com competência para o efeito e ouvido o responsável do serviço onde o interessado exerce funções, para as situações legalmente consagradas, nomeadamente trabalhadores-estudantes, trabalhadores com responsabilidades familiares ou sempre que outras circunstâncias relevantes devidamente fundamentadas o justifiquem. 3. O horário específico dos trabalhadores estudantes é autorizado pelo período lectivo, passando a praticar o horário de trabalho normal durante as paragens lectivas. Artigo 10.º Horário rígido 1. No horário rígido, o período de trabalho é o seguinte: a) Período da manhã - das 9 horas às 12 horas e 30 minutos; MA/cc Pág. 3 de 9
4 b) Período da tarde - das 14 horas às 17 horas e 30 minutos. 2. Podem ser definidos horários rígidos desfasados para determinada unidade, ou grupo de trabalhadores, consoante as necessidades do Instituto, mediante proposta do dirigente respectivo. 3. O dirigente do serviço pode relevar o atraso no registo de entrada ou antecipação do registo de saída, de trinta minutos, devendo estes ser compensados no próprio dia ou em outro dia da mesma semana, por forma a que sejam cumpridas as trinta e cinco horas semanais. 4. Desde que solicitada com 24 horas de antecedência, pode ser concedida em cada mês uma dispensa de meio dia de trabalho, dependente de compensação no mês a que se reporta. Artigo 11.º Horário flexível 1. O horário de trabalho a tempo completo com flexibilidade permite a cada trabalhador gerir o seu tempo de trabalho diário, escolhendo as horas de entrada e de saída, sem prejuízo do cumprimento dos períodos de trabalho correspondentes às plataformas fixas. 2. As plataformas fixas do horário de trabalho a tempo completo são as seguintes: a) Período da manhã - das 10 horas às 12 horas; b) Período da tarde - das 14 horas e 30 minutos às 16 horas e 30 minutos. 3. O tempo de trabalho deve ser interrompido entre os períodos de presença obrigatória por um só intervalo de descanso de duração não inferior a uma hora. 4. A definição do horário de trabalho consagrado no presente artigo não pode, em caso algum, prejudicar o regular e eficaz funcionamento das unidades ou serviços, especialmente no que se refere às relações com o público. 5. A definição do horário de trabalho consagrado no presente artigo não dispensa a comparência às reuniões de trabalho que se realizam foras das horas consagradas nas plataformas fixas, bem como a presença para assegurar o desenvolvimento das actividades regulares e normais do serviço, sempre que tal seja previamente determinado pelo superior hierárquico. Artigo 12.º Regime de compensação 1. No horário flexível, é permitido o regime de compensação dos tempos de trabalho entre os dias de funcionamento da unidade ou serviço, fora das plataformas fixas, desde que não seja afectado o normal e regular funcionamento do serviço. MA/cc Pág. 4 de 9
5 2. A compensação é realizada mediante o alargamento ou redução do período normal de trabalho diário, respeitando os limites máximos de nove horas diárias e cinco horas diárias consecutivas, devendo mostrar-se efectuada no final do período de aferição, conforme o disposto no número seguinte. 3. Para efeitos do número anterior, o período de aferição a utilizar é o semanal, sendo o número de horas a prestar de trinta e cinco horas semanais. 4. Sem prejuízo do disposto no número seguinte, são susceptíveis de compensação, no próprio dia, as ausências ao serviço nos períodos das plataformas fixas não superiores a 30 minutos. A não compensação implica a perda total do tempo de trabalho normal correspondente ao meio-dia em que se verifiquem, dando lugar a marcação de meia falta. 5. O saldo de tempo negativo mensal dá lugar à marcação de meia falta por cada período igual ou inferior a três horas e meia, que devem ser justificados nos termos das disposições legais aplicáveis. 6. As faltas a que se refere o número anterior são reportadas ao último dia ou dias do período de aferição a que o débito respeita. Artigo 13.º Regime especial de flexibilidade de horário 1. O trabalhador com um ou mais filhos menores de 12 anos e, independentemente da idade, no caso de filho com deficiência, tem direito a trabalhar a tempo parcial ou com flexibilidade de horário. 2. Entende-se por flexibilidade de horário aquele que o trabalhador pode escolher, dentro de certos limites, as horas de início e termo do período normal diário. 3. A flexibilidade de horário deve: a) Conter um ou dois períodos de presença obrigatória, com duração igual a metade do período normal de trabalho. b) Indicar os períodos de início e termo do trabalho normal diário, cada um com duração não inferior a um terço do período normal de trabalho diário, podendo esta duração ser reduzida na medida do necessário para que o horário se contenha dentro do período de funcionamento do órgão ou serviço. c) Estabelecer um período para intervalo de descanso não superior a duas horas. 4. O trabalhador com flexibilidade de horário pode efectuar até seis horas consecutivas de trabalho e até dez horas de trabalho em cada dia e deve cumprir o correspondente período normal de trabalho semanal, em média de cada período de quatro semanas. 5. A definição do horário de trabalho com flexibilidade referido nos números anteriores deve ser solicitada pelo trabalhador nos termos legais, obter parecer favorável do superior hierárquico e ser autorizada pelo Presidente do IPP. MA/cc Pág. 5 de 9
6 Artigo 14.º Jornada Contínua 1. Os trabalhadores detentores de relação jurídica de emprego por tempo indeterminado podem solicitar, fundamentando, a jornada contínua, desde que se encontrem numa das condições previstas em legislação própria, situações apresentadas pelo trabalhador ou no interesse do serviço. 2. A jornada contínua consiste na prestação ininterrupta de trabalho, exceptuando um único período de descanso não superior a 30 minutos que, para todos os efeitos, se considera tempo de trabalho e deve ocupar predominantemente um dos períodos do dia e determinar uma redução do período normal de trabalho diário nunca superior a uma hora, nos casos em que existir impossibilidade de cumprimento das sete horas diárias. Artigo 15.º Isenção de horário 1. Os trabalhadores titulares de cargos dirigentes e que chefiem equipas multidisciplinares gozam de isenção de horário de trabalho, nos termos dos respectivos estatutos. 2. Os técnicos superiores, coordenadores técnicos e encarregados gerais operacionais podem gozar de isenção, mediante celebração de acordo escrito com a entidade empregadora, com observância dos períodos normais de trabalho acordados. 3. Podem ainda gozar de isenção de horário outros trabalhadores, mediante celebração de acordo escrito com o Instituto, desde que tal isenção seja admitida por lei ou por instrumento de regulamentação colectiva de trabalho. 4. A isenção não invalida a necessidade de marcação no sistema de controlo de assiduidade nos casos previstos nos números 2 e 3 do presente artigo. Artigo 16.º Mapas de horário de trabalho Deve ser afixado, em lugar bem visível, um mapa de horário de trabalho de cada serviço, elaborado de acordo com as disposições legais. MA/cc Pág. 6 de 9
7 Artigo 17.º Autorização de horários de trabalho Todos os horários com autorização superior que não correspondam ao horário normal de trabalho a que se refere o número 1 do artigo 10.º deverão ser reavaliados sempre que se alterem as circunstâncias que fundamentaram o pedido e / ou sempre que se verifique mudança do local de trabalho. Artigo 18.º Verificação do cumprimento dos deveres 1. O cumprimento dos deveres de assiduidade e de pontualidade nas entradas e nas saídas é verificado por sistemas de registo informatizado, registo esse que serve de base à elaboração do mapa mensal da efectividade do pessoal de cada unidade ou serviço. 2. O trabalhador deve diariamente efectuar as marcações que correspondam ao seu horário de trabalho, no mínimo duas marcações para o período da manhã e duas para o período da tarde, sem prejuízo dos regimes especiais de horários nos termos da lei. 3. O registo de entradas e saídas deve ser efectuado pelo próprio, constituindo infracção grave a utilização dos equipamentos a isso destinados de forma fraudulenta, para efeitos de marcação de entradas e saídas por outrem que não o titular ou por acesso remoto, de fora do Instituto ou, em qualquer caso, de fora do local prédeterminado para o efeito. 4. É dispensado o registo de presença quando o trabalhador se encontre em serviço externo, devidamente autorizado em modelo próprio e competentemente registado no sistema de controlo da assiduidade. 5. No caso de se verificarem situações anómalas no funcionamento do sistema de registo, devem as mesmas ser levadas ao conhecimento dos órgãos competentes para a pertinente decisão. 6. Em caso de avaria técnica do sistema, a marcação será feita em suporte alternativo provisório, nos moldes a determinar pelo superior hierárquico do trabalhador, promovendo este a transcrição dos dados fiel e atempadamente, logo que seja possível fazê-lo. 7. No caso de esquecimento do cartão de controlo de assiduidade, sempre que o mesmo seja aplicável no Serviço, deve o trabalhador dirigir-se à Divisão/Núcleo de Recursos Humanos para registo manual das entradas e saídas, que serão as correspondentes às que teriam de efectuar no sistema de registo com cartão. Artigo 19.º Faltas, ausências e outras situações de incumprimento MA/cc Pág. 7 de 9
8 1. Todas as faltas e ausências ao serviço devem ser comunicadas verbalmente ao superior hierárquico ou à Divisão/Núcleo de Recursos Humanos no próprio dia ou, por impossibilidade, logo que possível e devidamente justificadas dentro dos prazos legais, acompanhadas dos documentos legalmente previstos, pelo próprio ou, nessa impossibilidade por interposta pessoa. 2. A falta de registo correspondente ao período de férias deve ser verificada pela Divisão/Núcleo de Recursos Humanos através da comparação com o respectivo mapa aprovado ou do pedido de alteração previamente autorizado. 3. A ausência do local de trabalho, depois de registada a entrada, carece de justificação do dirigente ou do serviço onde o trabalhador ocupa o seu posto de trabalho, e só é possível por razões de serviço no exterior ou em casos excepcionais devidamente fundamentados. 4. Excepcionalmente e em situações de emergência, com autorização verbal do superior hierárquico, poderá o trabalhador ausentar-se por curtos períodos de tempo, efectuando as necessárias marcações no sistema de controlo, a compensar na própria semana ou na imediatamente seguinte. 5. O tratamento ambulatório ou tratamentos continuados deverão, sempre que possível, ser realizados fora do horário de trabalho. 6. Sempre que as situações mencionadas no número anterior ocorram no horário de trabalho, poderá ser solicitada ao trabalhador ou à respectiva entidade prestadora de actos médicos declaração do horário de funcionamento e a impossibilidade de o trabalhador os poder realizar noutro horário. Artigo 20.º Acesso a dados próprios Cada utilizador do registo de controlo informatizado pode solicitar à Divisão/Núcleo de Recursos Humanos que lhe seja facultada informação constante no sistema informático sobre a situação em que se encontra relativamente ao cumprimento da assiduidade e pontualidade. Artigo 20.º Casos omissos e dúvidas 1. Em tudo o que não está expressamente consagrado no presente Regulamento, aplica-se o regime jurídico aplicável ao respectivo contrato de trabalho. 2. As normas técnicas necessárias à boa execução do presente Regulamento, designadamente as respeitantes à operacionalização dos sistemas de registo de assiduidade e pontualidade, são aprovadas por despacho do Presidente do IPP. MA/cc Pág. 8 de 9
9 3. Os casos omissos e as dúvidas de interpretação e aplicação do presente Regulamento são resolvidos por despacho do Presidente do IPP. Artigo 21.º Reavaliação na transição Todos os horários de trabalho anteriormente autorizados que não correspondam ao horário de trabalho normal deverão ser sujeitos a novo pedido no prazo de um mês após a entrada em vigor do presente regulamento, para reavaliação. Artigo 22.º Entrada em vigor O presente Regulamento entra em vigor no primeiro dia útil do mês seguinte ao da sua publicação no diário da república. MA/cc Pág. 9 de 9
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