RELATÓRIO DE ESTÁGIO 3/3 (Segundo de três) Período: de 13/05/2009 a 30/06/2009
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- Daniel Neiva Van Der Vinne
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1 Universidade Federal de Santa Catarina Centro Tecnológico Departamento de Engenharia Mecânica Coordenadoria de Estágio do Curso de Engenharia Mecânica CEP Florianópolis - SC - BRASIL estagio@emc.ufsc.br RELATÓRIO DE ESTÁGIO 3/3 (Segundo de três) Período: de 13/05/2009 a 30/06/2009 Nome do aluno: Alceu Guimarães Neto Nome do supervisor: Sérgio Renato da Silva Pons Nome do orientador: José Carlos Pereira Florianópolis, 30/06/2009
2 Introdução No terceiro período do estágio foi colocada a prova os conhecimentos adquiridos ao longo dos quatro meses. Foi concluído o Manual de armazenamento e busca de dados e preparamos uma apresentação. Continuamos trabalhando no suprimento de equipamentos para a subestação de chaveamento e no acompanhamento da montagem da PCH Areia Branca.
3 Suprimentos PCH AREIA BRANCA Referente aos Isoladores, os mesmos não foram cedidos pela COPEL. O motivo foi o cronograma de montagem da subestação, inviabilizando o empréstimo. Após muitos contatos, a mesma empresa que havia fabricado os Isoladores não conformes, forneceu o Isolador HB 350 Classe TR-16, o mesmo atende as especificações técnicas da CEMIG e o prazo foi de cinco dias. Posteriormente, os Isoladores foram encaminhados para DELMAR que finalizou a montagem da chave seccionadora para realizar a inspeção. Com relação aos Pára-raios, a empresa BOWTHORPE foi contatada, mas não conseguiu fornecer os documentos necessários para comprovar as grandezas elétricas. Como o prazo para o término da montagem da subestação de chaveamento estava cada vez menor e a alternativa de compra com prazo viável de entrega se esgotou, se fez necessária à negociação direta com a CEMIG. Em contato com o engenheiro de subestações da CEMIG, o mesmo informou que abrirá uma exceção caso seja provado através de memoriais de calculo o atendimento dos pré-requisitos elétricos e mecânicos conforme as especificações da CEMIG. Assim, o pára-raio classe 2 de material polimérico será aceito. Até o presente momento, não se chegou a nenhuma conclusão quanto ao tipo de pára-raio que será utilizado. O gerente de subestações da Tractebel Energia está diariamente em contato com a empresa que levantará o memorial de calculo e intermediando com o Sr. Luiz Fernando da CEMIG.
4 PCH AREIA BRANCA - Montagem Com a chegada dos rotores das turbinas Kaplan, deu-se início a montagem das mesmas. Mas para que o conjunto Turbina-Eixo pudesse ser acoplado, foi preciso anteriormente montar o prédistribuidor. Nessa etapa ocorreram muitos erros e teve de ser re-trabalhadas as folgas, inferior e superior das pás do distribuidor. Essas e outras divergências foram aparecendo, algumas foram solucionadas e outras ainda estão em estudo. A montagem da turbina tem uma seqüência lógica de eventos, conforme descrito abaixo. Esta seqüência poderá sofrer alterações de acordo com as necessidades verificadas durante a montagem. Preparação e checagem das fundações (concreto de primeiro estágio). Instalação do revestimento do pilar central do tubo de sucção e instalação das tubulações embutidas no concreto de primeiro estágio, para medição de pressão no tudo de sucção. Concretagem da região do pilar central do tubo de sucção. Instalação das placas de apoio e ganchos de ancoragem do cone da sucção, prédistribuidor, caixa espiral, tubulações embutidas no concreto de primeiro estágio, com posteriores concretagens (concreto de primeiro estágio). Alinhamento, nivelamento e montagem do cone da sucção. Execução do concreto de segundo estágio na região do cone da sucção, deixando uma borda livre no cone (parte metálica) para conexão à câmara do rotor. Alinhamento, nivelamento e montagem do anel da base do pré-distribuidor. Alinhamento, nivelamento e montagem do pré-distribuidor. Posicionamento e solda das virolas da caixa espiral, entre si e ao pré-distribuidor. Soldagem da caixa espiral à tubulação de entrada do conduto forçado. Execução dos ensaios nas soldas.
5 Conferência do alinhamento e nivelamento do conjunto caixa espiral e pré-distribuidor. Montagem da câmara do rotor. Montagem da blindagem do poço da turbina. Montagem das tubulações embutidas no concreto de segundo estágio. Execução do concreto de segundo estágio. Montagem do distribuidor (parte externa diâmetro maior). Descida do conjunto eixo / rotor com a tampa interna, mancal guia e vedação do eixo no poço da turbina. Alinhamento do conjunto rotor/ eixo. Conclusão da montagem do distribuidor. Realização dos testes de fechamento e abertura ajuste fino da posição das pás diretrizes. Alinhamento, nivelamento e término da montagem da vedação do eixo da turbina e mancal guia. Preparação da face do acoplamento para instalação do gerador. Eixo livre para acoplamento com o eixo do gerador. Preparação da face do acoplamento para instalação do gerador. Alinhamento, nivelamento e montagem do gerador e acoplamento do gerador com a turbina. Execução do run-out para verificação do alinhamento final da unidade geradora.
6 Instalação das tubulações, válvulas, instrumentações e acessórios dos sistemas auxiliares da turbina e quadro de instrumentos da turbina. Instalação de proteções, plataformas, escadas e instalações elétricas relativas à turbina. Primeiramente, foi acompanhada a montagem das pás do Pré-distribuidor. De acordo com o manual de montagem, as folgas, superior e inferior ficaram desconformes. Abaixo segue um desenho da pá e suas respectivas folgas. Figura Folga entre as pás diretrizes e as placas de desgaste superior e inferior A primeira medida tomada foi levar as pás até o fabricante para que as mesmas fossem usinadas. Retornando à obra, foi verificado que o problema não estava nas pás e sim na placa de desgaste. A providência tomada foi a de esmerilhar os pontos que não estavam de acordo com as
7 folgas de projeto. Para determinar o local para esmerilhar foram feitas 25 medições de folga em cada pá. Após concluir a montagem do distribuidor, foi feita a montagem conjunto eixo / rotor com a tampa interna, mancal guia e vedação do eixo no poço da turbina. Figura Montagem do conjunto eixo / rotor com a tampa interna, mancal guia e vedação do eixo no poço da turbina
8 Figrua Descida do conjunto até o poço da turbina. Figura Concluída com sucesso a descida do conjunto.
9 Conforme a descrição do manual, o próximo passo foi o alinhamento do eixo com o rotor e posteriormente a finalização da montagem do distribuidor. Já no início da montagem foi verificado que para o acoplamento do servo-motor até o olhal do anel superior faltavam 100mm. A outra base de acoplamento do servo-motor fica na blindagem. Figura Olhal do anel superior, local de acoplamento do servo-motor. Após a divergência de acoplamento foi verificado que as pás do pré-distribuidor não estavam alinhadas em relação às pás do distribuidor conforme o projeto. Começou-se então uma investigação dos eventos que ocorreram até essa etapa da montagem.
10 Começando pela Execução do concreto de segundo estágio na região do cone da sucção, deixando uma borda livre no cone (parte metálica) para conexão à câmara do rotor. Figura Posicionamento e tolerâncias de montagem do revestimento do cone de sucção. Figura Parte metálica para conexão à câmara do rotor.
11 Em seguida, foi informado que a montagem da caixa espiral em conjunto ao pré-distribuidor foi alterada devido à tentativa de alinhar a entrada da caixa espiral com o conduto forçado. Figura Posicionamento e tolerâncias de montagem da caixa espiral. Figura Caixa espiral e pré-distribuidor - Montagem
12 Após ser concluída a soldagem da caixa ao pré, o conjunto foi girado na tentativa de se alinhar à entrada do conduto forçado. Diz-se que a câmara estava acoplada no momento do giro, mas até o momento não foi apresentado nenhum documento que comprove. Mesmo com o giro, continuou havendo uma divergência que teve de ser arrumada após a concretagem da caixa espiral. Como pode ser visualizado abaixo: Figura Operação de alinhamento do conduto forçado à caixa espiral. Figura Operação de alinhamento do conduto forçado à caixa espiral. Válvula Borboleta. Provavelmente devido ao giro da caixa espiral e ao mesmo tempo o giro do pré-distribuidor, sem o acoplamento da câmara do rotor, no momento de montá-la foi verificado que os furos da base de fixação não estavam alinhados.
13 Figura Pré-distribuidor. Base superior de fixação da câmara do rotor. Figura Câmara do rotor. Bases de fixação Superior ao Pré Inferior ao cone de sucção.
14 Existem documentos que compravam a divergência entre os furos no cone de sucção e da base da câmara do rotor. Quando foi verificado o desalinhamento, a empresa fabricante foi chamada para alargar os furos. Figura Montagem da câmara do rotor. Acredita-se que o giro do Pré junto a caixa espiral, conseqüentemente causou uma divergência na montagem da câmara do rotor e que o somatório dessas mudanças de montagem tenham causado os problemas posteriores na montagem da turbina. Figura Montagem da câmara do rotor.
15 Existem também documentos que mostram uma diferença de 80mm na montagem da blindagem. A base dos servos-motores se encontra na blindagem. Divergência que possivelmente deve ser a principal causadora do não acoplamento do servo-motor ao anel superior. Figura - Montagem da blindagem do poço da turbina. Supondo que a câmara do rotor foi acoplada ao pré-distribuidor antes do giro da caixa espiral, não haveria motivo para o desalinhamento das pás do pré em relação às pás do distribuidor. Afinal, a câmara do rotor define a posição do eixo das pás. Ou a montagem da câmara não foi feita de acordo com o projeto, ou o giro do pré junto à caixa foi realizado sem o acoplamento da câmara. No momento está sendo realizado um estudo para se ter certeza de qual é a raiz do problema tanto do desalinhamento das pás, como o do não acoplamento do servo motor. E também está sendo estudada a influência da divergência das pás no rendimento, integridade e potência da Unidade Geradora 1.
16 Conclusão A experiência de lidar com equipes de montagem, fabricantes, projetistas e ao mesmo tempo noção de tempo para realização das etapas de construção, montagem e comissionamento são fundamentais para que os prazos acordados no contrato sejam cumpridos e que a quantidade de problemas seja mínima. A equipe da Tractebel Energia tem muita experiência nas etapas da implantação de usinas geradoras de energia. Para cada parte da usina existe alguém especializado e com muita experiência. As competências trabalho em equipe, comunicação, foco no objetivo e liderança foram progressivamente trabalhadas e desenvolvidas ao longo do estágio. A oportunidade de trabalhar tanto com dados de projeto, montagem técnica e ao mesmo tempo com assuntos gerenciais me deixou confiante para ingressar no mercado de trabalho. Acredito que o setor energético é promissor e é no qual tenho interesse em atuar como profissional.
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