Efetividade da lei de alienação parental 1

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1 Efetividade da lei de alienação parental 1 Marcia Paula Cabral Nunes 2, Celany Queiroz de Andrade 3 Resumo: Há ambos os pais compete o exercício do poder familiar visando contemplar o interesse dos filhos menores, mesmo após a dissolução da sociedade conjugal. Contudo, existe a possibilidade de um dos pais não exercer o poder de guarda sobre os filhos, ocorrendo tal situação este tem o direito de participar da criação de seus filhos. As decisões importantes como as de atividades escolares, saúde e educação das crianças e adolescentes devem ser tomadas em conjunto para que nenhum dos pais se prive de participar da vida de seus filhos. Normalmente após o divórcio o genitor que detém a guarda das crianças acaba interferindo em sua formação psicológica denegrindo a imagem do outro genitor, dificultando o convívio entre eles e procurando ao máximo destruir a ligação emocional existente entre os filhos e o genitor que se torna vitima dessa situação, esse fato caracteriza alienação parental que está regulada em nosso ordenamento jurídico pela Lei n /2010, que veio como uma grande inovação em favor da criança e adolescente, a referida lei traz um rol exemplificativo das condutas alienativas, facilitando a identificação de alienação na criança e adolescente, traz também um rol de sanções que podem ser impostas ao alienador, com o objetivo de erradicar a incidência desse fenômeno na sociedade brasileira. Palavras chaves: Alienação parental. Efetividade. Interesse. Menor. Effectiveness of the law ofparental alienation Abstract: There are both parents may exercise the power that seeds to include the family interests of minor children, even after the dissolution of the conjugal partnership. However, the possibility exists that a parent does not exercise the power to guard over the children. Important decisions such as school activities, health and education of children and adolescents should be taken together so that neither parent be deprived of participating in the lives of their children. Usually after the divorcethe parent who has custody of the children end up interfering withtheir psychological training to tarnish the image of the other parent, making the interation between them and seeking todestroy the most emotional connection between the children and alienation is regulated in our legal system by Law No /2010, which came as a great innovation on behalf of children and adolescents, this law provides anillustrative lis of conduct alienated, facilitating the identification of alienation in children and adolescents, it also brings a list ofsanctions that may be imposed the alienating, with the goal of eradicating the incidence of this phenomenon in Brazilian society. Key Works: Effectiveness. Interest. Minor. Pareental alienation. 1 Artigo produzido para conclusão do curso de Direito da Faculdade Montes Belos (FMB). 2 Acadêmica do curso de Direito da FMB. 3 Professora orientadora da FMB.

2 Introdução O presente artigo tem como escopo analisar a eficácia jurídica da lei alienação parental, de acordo com a Lei nº de 27 de agosto de Considera-se alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos os que tenham a criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie o genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este. A Síndrome da Alienação parental não é um fenômeno novo, foi descrito pela primeira vez por Richard Garder no ano de 1985, esse fato vem sendo detectado desde de então, mas só com a lei /10 que passou a fazer parte do nosso ordenamento jurídico, que é de grande importância para elucidar o conhecimento de toda a sociedade. A regulamentação jurídica específica quanto à alienação parental inovou o Direito de Família, trazendo ao Poder Judiciário soluções para os conflitos existentes e a determinação de punições a fim de erradicar certas práticas alienatórias. Busca-se esclarecer o fenômeno sóciojurídico da alienação parental, analisando as formas exemplificativas trazidas pela lei, bem como, abordando os meios punitivos, que são as sanções impostas pela lei ao alienador e diante disto, trazer uma abordagem geral acerca da proteção do menor e de sua prioridade nas decisões judiciais. A pesquisa foi feita a partir da revisão bibliográfica, bem como o estudo de alguns casos retratados na jurisprudência dos Tribunais pátrios Da proteção constitucional da criança e do adolescente A família é a base da sociedade, sendo de grande importância no desenvolvimento físico e mental de todas crianças, a Constituição Federal garantiu ampla proteção a família, e para tanto atribuiu-lhe inúmeros deveres no sentido de alcançar este objetivo. Um dos principais deveres da família está previsto em seu art. 227 que assegura o princípio da prioridade absoluta da criança, segundo esse princípio é dever da família assegurar a criança e ao adolescente, dentre outros, o direito a convivência familiar, dessa forma, a plena convivência familiar torna-se direito fundamental da criança e do adolescente. O art. 227 da Constituição Federal de 1988 inova em favor da infância e juventude no Brasil, reconhecendo à criança proteção integral por parte da família, declarando a criança como ser humano, e sua necessidade ao respeito, à dignidade, à liberdade, dentre outros direitos fundamentais. O Estatuto da Criança e do Adolescente regulamentou as disposições trazidas pela Carta Magna, com o principal objetivo de proteger os direitos dos menores, priorizando a permanência do menor junto aos genitores biológicos, desde que estes tenham boas condições para zelar pela vida de seus filhos. O Estatuto da Criança e do Adolescente dispõe sobre a equiparação dos direitos

3 3 fundamentais da criança com a pessoa humana, onde assegura todas as oportunidades e facilidades, a fim de facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual, e social da criança e do adolescente. O princípio da dignidade da pessoa humana está amparado pela Constituição Federal servindo de base para toda sociedade e para o direito de família, visto que o desenvolvimento de família tem como base o respeito à dignidade da pessoa humana, assim sendo, privar o genitor de participar da vida do menor fere de forma direta a dignidade da pessoa humana, não só do genitor, mas também do menor, que se vê manipulado pelas ações de alienação parental. O direito a convivência familiar encontra-se dentre os direitos fundamentais da infância e juventude, independentemente de ter sido encerrada a relação pessoal entre seus genitores, a prática de alienação parental uma vez configurada e o descumprimento dos deveres inerentes a autoridade parental ou decorrentes de tutela ou guarda, constitui abuso moral contra a criança ou adolescente, destarte, necessita de proteção por parte dos pais, organizações, instituições como o Poder judiciário, Ministério Público e Conselho tutelar. É garantido ao menor assistência judiciária gratuita que necessitar, cabe ao poder judiciário assegurar suas garantias fundamentais, incluindo a tomada de certos procedimentos considerados especiais como colocação em família substituta, destituição da tutela, e ate mesmo, perda e suspensão do poder familiar. O Ministério Público desempenha importante função, pois cabe a ele zelar pela proteção dos direitos e garantias legais assegurados à criança e ao adolescente. O Conselho tutelar por sua vez, é a participação da sociedade em defesa da criança e do adolescente, é um órgão não jurisdicional, eleito pela sociedade para representar o controle social e o interesse da sociedade em proteger os direitos do menor e conceder-lhe prioridade absoluta em todas as circunstâncias Do poder familiar exercido pelos pais Destarte, o artigo 70 do Estatuto da Criança e do Adolescente informa a obrigatoriedade da integral proteção, prevenindo a ocorrência de ameaça dos direitos do menor por parte de todos da sociedade, principalmente dos pais. Nota-se então que o Estado tem o dever de regular a relação existente entre os pais e os filhos adequando a efetiva proteção da família e do menor através do poder familiar, que é definido por Diniz (2007, p.514) como sendo um conjunto de direitos e obrigações, quanto a pessoa e bens do filho menor não emancipado, exercido em igualdade de condições por ambos os pais, para que possam desempenhar os encargos que a norma jurídica lhes impõe, tendo em vista o interesse e a proteção do filho. Dessa forma observa-se que o poder familiar regula a autorização legal para que os pais possam atuar segundo os fins de preservação da unidade familiar e do desenvolvimento físico e mental de

4 4 seus integrantes. A partir do conceito citado acima infere-se que o exercício do poder familiar compete a ambos os pais, ou seja, a ambos os cônjuges ou conviventes durante o período em que durar o casamento ou união estável, em caso de dissolução conjugal a única mudança é que apenas um dos genitores será responsável pela guarda do menor,ou a guarda será exercida por ambos na guarda compartilhada, o poder familiar de ambos os pais continua a ser exercido conjuntamente. Nesse sentindo leciona os professores Figueiredo e Alenxandridis (2011, p.15) durante o período de tempo em que durar o casamento ou a união estável, compete a ambos os pais o exercício do poder familiar, sendo que, com a sua dissolução, não há alteração das relações existentes entre pais e filhos, senão quanto ao direito, que aos pais cabe, de terem em sua companhia os filhos, ou seja, com a dissolução da família, o poder familiar de ambos os pais continua a ser exercido conjuntamente, contudo, salvo o caso de guarda compartilhada, apenas um dos genitores será responsável pela guarda do menor, enquanto ao outro restará o direito convencional. A dissolução conjugal não modifica os direitos e deveres dos pais em relação aos filhos, para o crescimento saudável do filho menor é necessário que o poder familiar seja exercido em igualdade por ambos os pais, sendo que o menor necessita de proteção sob o prisma da educação, e de preceitos morais e socais necessários para o seu desenvolvimento. O genitor que não tem a guarda de seus filhos tem o direito de participar da vida destes, sendo de grande importância que esse genitor opine em decisões na criação e educação, demonstrando aos seus filhos que apesar de não estar convivendo com eles, ainda exerce sua autoridade parental sobre eles, exigindo-lhes obediência e respeito Da alienação parental Apesar dos pais terem como dever garantir uma convivência familiar saudável aos filhos, são eles que geralmente causam grandes transtornos as crianças no momento em que há a dissolução conjugal, onde há uma grande competição entre os pais, colocando a criança a prova de quem está certo ou quem está errado, o que acaba ocasionando a criança uma situação de grande conflito, pois as mesmas não tem discernimento e se encontram vulneráveis para julgar a relação de seus genitores. A partir dessas características o psiquiatra e chefe do departamento de psiquiatria infantil da faculdade de medicina da Universidade de Columbia, Richard Gardner, em 1985 começou a diagnosticar esses sintomas em crianças cujos pais se divorciaram, onde um deles exercia de forma abusiva o direito de guarda denegrindo a imagem do outro genitor. No Brasil a chamada Síndrome da Alienação Parental começou a ser reconhecida pelo Poder Judiciário por volta do ano 2003, quando os Tribunais começaram a proferir as primeiras decisões reconhecendo este fenômeno. Nesse sentido leciona Figueredo: (2011, p.44) o fenômeno da Alienação Parental sempre existiu em nossa sociedade, sem uma proteção legal específica, contudo apesar dessa lacuna aparente, o

5 5 ordenamento civilista já possibilitava a sua proteção por intermédio da perda do poder familiar do pai ou da mãe que pratica atos contrários à moral e aos bons costumes, ou ainda praticar de forma reiterada falta com os deveres inerentes ao poder familiar, notadamente a direção da criação e da educação dos filhos menores. O fato não é novo, a prática de alienação por um dos genitores ocorre com a implantação de falsas idéias e memórias na pessoa dos filhos, muitas vezes eles são usados como instrumento de vingança a fim de promover uma verdadeira lavagem cerebral para comprometer a imagem do outro genitor. A maior vítima é a criança ou adolescente, que passa a acreditar que foi abandonado, distorcendo os sentimentos em relação ao genitor vitimado. A alienação parental põe em risco a saúde emocional da criança, pois a mesma ama seu genitor e é levada a afastar-se dele, gerando uma contradição de sentimentos e destruição de vínculos entre ambos. Com a ocorrência reiterada da alienação parental, a doutrina e a jurisprudência identificaram esse fenômeno, e construíram algumas soluções jurídicas para saná-las ou, pelo menos, minorá-la nas lides em que constava sua presença. Com tudo, muitos profissionais não sabiam como lidar com a presença da síndrome da alienação parental, não a identificando, e por vezes não obtendo a tutela necessária para resolver a situação. A par dessa solução jurídica, importante a regulação específica, quanto a alienação parental, principalmente pela difícil caracterização no caso concreto, diante dessa necessidade de regulação do tema, foi sancionada a Lei nº /2010, que trata da alienação parental, um importante instrumento para que seja reconhecida uma situação de extrema gravidade e prejuízo a pessoa do menor e do genitor que teve sua conduta alienada. A Lei n entrou em vigor no dia 27 de agosto de 2010 para dispor sobre Alienação Parental, regulamentando o tema que já era reconhecido pelos Tribunais e por profissionais da área de psicológica. O conceito de alienação parental está expresso no caput do artigo 2 da referida lei: Art. 2. Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este. A partir do conceito do art. 2 da lei, nota-se que é identificado a atuação de um sujeito, denominado alienador que é o genitor ou qualquer representante da criança ou adolescente que pratique atos que envolva uma forma de menosprezar um dos genitores. O alienado por sua vez é aquele que tem percepção equivocada sobre os fatos é o que ocorre com o menor ou adolescente, contudo aquele sobre quem se corrompe a realidade será o vitimado. Dessa forma o alienador age de maneira a estabelecer uma efetiva equivocidade de percepção no alienado quanto aos elementos que compõe a personalidade do vitimado. A alienação parental normalmente está relacionada a uma situação de dissolução conjugal,

6 6 diante da quebra dos laços existentes entre os genitores, o que acaba ocasionando uma reação de vingança, onde o genitor que detém a guarda do menor, por intermédio de mentiras, ilusões, criadas para interferir de forma negativa na formação psicológica da criança, com o objetivo de comprometer a relação existente com o outro genitor. Logo se pode perceber que a interferência prejudicial na formação psicológica do menor não é exclusivamente dos genitores, como também de qualquer pessoa que tenha a criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância e que dessa relação possa criar mecanismos de quebra de vinculo entre o genitor e o menor. A lei também possibilita a alienação promovida por qualquer um dos avós, que em muitos casos são responsáveis por educar os netos diante da necessidade do genitor que detém a guarda do menor, tendo assim durante grande parte do tempo autoridade sobre ele, e devido a esse grande tempo que compartilham os avós acabam por ter um grande domínio sobre as relações afetivas dos netos com o genitor alienado. Destarte é importante salientar que não fica restrita a figura do alienador à pessoa de um dos genitores, podendo recair a pratica da alienação a qualquer parente próximo do alienado. No que se refere a figura do vitimado, pode ser evidenciado em muitos casos que quem sofre o repudio por parte do alienado é outro parente próximo deste, também não ficando limitado a figura do vitimado ao genitor que tem sua imagem comprometida. As partes, o magistrado ou representante do Ministério Público, ao reconhecerem a prática de alienação devem promover medidas assecuratórias dos direitos do menor e em defesa do genitor vitimado, os indícios de existência de alienação parental podem ser reconhecidos em qualquer momento processual pelo magistrado ex officio ou pelo membro do Ministério Público atuante como custos legis por se tratar de matéria de ordem pública. Identificada a possível existência de alienação parental será necessária a propositura de ação autônoma, a fim de reconhecer sua existência e buscar medidas para saná-la. O art. 4 da lei prevê a tramitação de forma prioritária no sentido de impedir o agravamento do impedimento da convivência entre o genitor e seus filhos como também garantir sua integridade psicológica e moral, de modo que, mesmo havendo indícios da pratica de alienação deve se buscar soluções que mantenham, mesmo que vigiada ou diminuída a convivência entre ambos Das condutas alienativas A norma destaca formas exemplificativas de alienação parental, podendo o juiz declarar outros atos praticados mediante estudo multidisciplinar para realização de perícia a fim de constatar a existência da alienação parental, pois, embora o magistrado não esteja adstrito ao resultado da perícia acolhe, na maioria das vezes, seu resultado como fundamento da decisão. O parágrafo único do art. 2º traz sete incisos com as formas exemplificativas de alienação

7 7 parental: I- realizar campanha de desqualificação da conduta do genitor no exercício da paternidade ou maternidade. II- dificultar o exercício da autoridade parental. III- dificultar o contato da criança ou adolescente com genitor. IV- dificultar o exercício do direito regulamentado de convivência familiar. V- omitir deliberadamente a genitor informações pessoais relevantes sobre a criança ou adolescente, inclusive escolares, médicas e alterações de endereço. VI- apresentar falsa denuncia contra o genitor, contra familiares deste ou contra avós, para obstar ou dificultar a convivência deles com a criança ou adolescente. VII- mudar o domicílio para local distante, sem justificativa, visando a dificultar a convivência da criança ou adolescente com o outro genitor, com familiares deste ou com avós. Normalmente após o divorcio os cônjuges acabam por criar ressentimentos devido à dissolução conjugal, fato que os mesmos não conseguem discernir e acabam envolvendo os filhos em seus problemas matrimoniais. A forma de caracterização de alienação parental descrita no inciso I ocorre devido a esse fato e com a atuação de um dos genitores, onde este desqualifica a atuação do outro genitor quando exerce a paternidade ou maternidade, criando ao menor a falsa impressão de que tudo que aquele genitor promove está errado. A criança passa a sofrer uma espécie de lavagem cerebral com a campanha depreciativa da imagem do outro, sendo que o genitor que detém a guarda e maior convívio com o menor se aproveita desta situação para denegrir a imagem do outro, fazendo com que essas acusações acarretem na insegurança do menor e o afastamento cada vez maior daquele genitor que esta sendo alienado. O domínio que o alienador tem não se mostra presente na figura da criança ou adolescente e também na figura do vitimado, causando a afastamento cada vez maior entre o genitor que é vitima e a criança alienada. Outra forma de um dos pais exercerem o ato de alienação parental é dificultando o exercício da autoridade parental do outro cônjuge sobre os filhos, o fato discriminado no inciso II pode se realizar de varias formas. Uma forma comum é quando quem exerce o poder de guarda dos filhos toma decisões complexas sobre a vida e futuro do menor, essas decisões na maioria das vezes versam sobre educação e saúde. A decisão tomada sem a anuência do outro genitor acaba dificultando o exercício da autoridade parental que o ele detém. É direito de ambos os pais enquanto estão na companhia dos filhos exercerem a autoridade parental determinando condutas e editando normas de comportamento em conjunto, sendo que uma norma ditada por um dos pais deve ser respeitada pelo o outro. Essas dificuldades impostas pelo o alienador têm como consequência o afastamento do vitimado da vida do menor, que é o principal objetivo do alienador. No caso do inciso III existe dolo em dificultar o contato da criança ou adolescente com o genitor, o genitor guardião usa de vários artifícios para estar dificultando este contato, muitas vezes o alienador impede o recebimento e realização de ligações para o outro genitor, de modo a interferir

8 8 na relação estabelecida entre pais e filhos. Sendo definida a guarda, unilateral ou compartilhada, cabe em qualquer das situações a garantia do convívio familiar, esse convívio deve ser estabelecido de modo que o genitor que não detém a guarda dos filhos tenha ao máximo a convivência com os mesmos, este fato não se limita apenas as visitas estabelecidas, mas também com o contato do genitor através de meios não presenciais como o uso do telefone e da internet. Compreende-se então que fica defeso ao genitor guardião usar qualquer meio que possa dificultar o convívio ou contato da criança ou adolescente com o genitor que não possui a guarda do menor. O poder judiciário no momento em que há a dissolução conjugal, e sendo definida a guarda unilateral dos filhos, fixa aos pais o direito de visita a ser exercido por aquele que não esta com a guarda dos menores, este tem o direito convencional de estar na presença dos filhos nos dias e horários estipulados pela justiça. Dificultar o exercício desse direito configura ato de alienação parental, que está tipificado no inciso IV, já que o alienador cria embaraços para o exercício do direito de visita, deste modo atos como organizar atividades para o menor ou até mesmo passeios que se mostrem mais atrativos permanecer com o alienador, ocasiona obstáculos levando o filho a recusa injustificada em se encontrar com o seu genitor em dias de visita desestimulado a convivência com o genitor vitimado. É importante destacar que para se concretizar ato de alienação parental é necessário que a conduta do afastamento do genitor vitimado da vida do menor aconteça de forma reiterada. O fato de um dos pais não estar presente em momentos importantes da vida da criança faz com que ela se sinta abandonada, esse sentimento de abandono gera um o afastamento entre pais e filhos, sendo que a criança ou adolescente acredita que o genitor deixou de se importar com ela (e). O alienador no caso do inciso V, buscará fazer com que o genitor vitimado não participe da vida do menor omitindo informações pessoais importantes sobre a criança ou adolescente como deixar de informar que está internado, ou mesmo sobre seu desenvolvimento escolar. Esses atos com o passar do tempo trazem a falsa impressão ao menor de que o genitor alienador é o único a se importar com ele, e a impressão de que o vitimado não se importa com ele acarretando o seu afastamento e repulsa. A forma descrita pelo inciso VI mostra com mais clareza a pratica de alienação parental, pois a primeira atitude do alienador é apresentar denuncias infundadas contra pessoas do convívio do menor, neste caso, não somente contra o genitor mas também contra familiares e avós. Essas denuncias vão de simples acusações de abandono e falta de amor do genitor com menor, até denuncias mais grave como maus-tratos ou de abusos sexuais, surtindo complexas consequências não só para o menor e o genitor vitimado mas também para toda a família. As denuncias surtem efeito tanto no direito de família como no direito penal, visto que, esse fato configura crime de denunciação caluniosa.

9 9 Diante dessas alegações fica difícil verificar que se o fato denunciado é verdadeiro ou se trata de falsa denuncia devido a gravidade do apontamento, que mais uma vez se mostra necessário a integral proteção do menor quanto ao suposto ato atribuído, assim antes da apuração concreta do fato o genitor terá restrição ou suspensão do direito de visita para preservação do interesse do menor. Identificada a falsa denuncia, além da sanção penal, também acarretará na possibilidade de perda da guarda nos termos desta lei e possibilidade de fixação de indenização por danos morais. A mudança de domicílio, descrita pelo inciso VII, pode ser uma das alternativas que o alienador encontra para afastar os filhos do outro genitor, familiares ou avós. A mudança de domicilio geralmente ocorre para locais distantes, outros estados ou até mesmo outros países, essa transferência priva o menor do contato com entes da sua família, perdendo ainda neste caso, todos os contatos feitos no meio em que vivia, como amigos e colegas de escola. Essa medida é de extrema gravidade e pode acarretar ao menor diversos problemas no seu desenvolvimento psicológico. Como já foi dito as hipóteses elencadas nos incisos do parágrafo único do art. 2 são exemplificativas podendo o juiz reconhecer outros atos como alienação parental. Bem esclarecem Figueiredo e Alexandridis (2011, p.52): importante ressaltar, contudo, que diante da extrema gravidade das consequências impostas àquele que promove atos de alienação parental, bem como da potencial realidade de fatos depreciativos impostos à figura do outro genitor, as condutas descritas nos incisos deste dispositivo não têm o condão de tornar objetivas as situações caracterizadas, podendo, algumas delas ser, promovidas como uma real forma de proteção ao menor. Destarte, observa-se que o simples fato de ocorrer uma das situações descritas nos incisos acima não caracteriza ato de alienação parental, pois para isso é necessário o dolo de denegrir a imagem do outro genitor ou de afastá-lo dos filhos Das punições impostas ao alienador Caracterizada a alienação parental por atos declarados pelo juiz ou por perícia, o juiz deve determinar medidas que propiciem a reversão desse processo, no sentido de anular os efeitos já promovidos, evitando que a conduta seja continuada preservando a relação existente entre os filhos e o genitor vitimado. Os incisos do artigo 6º trazem um rol exemplificativo de medidas, nesse sentido esclarece Freitas: (2011, p.35): os incisos do artigo 6º da lei de alienação parental são numerus apertus, ou seja, trata-se de um rol exemplificativo de medidas, não esgotando de forma alguma, outras que permitam o fim ou a diminuição dos efeitos da Alienação Parental. O juiz fica livre para determinar a medida ou conjunto de medidas que entender ser a mais apropriada diante de cada caso, assim, não existe uma sequência fixa para aplicação das sanções podendo o juiz aplicar uma medida mais grave sem antes ter aplicado uma mais branda. As medidas trazidas pelo artigo são para atender o melhor

10 10 interesse do menor a fim de afastar as consequências decorrentes da alienação parental, como se pode observar: I- declarar a ocorrência de alienação parental e advertir o alienador. II- ampliar o regime de convivência em favor do alienado. IIIestipular multa ao alienador. IV- Determinar acompanhamento psicológico e/ou biopsicossocial. V- determinar a alteração da guarda para guarda compartilhada ou sua inversão. VI- determinar a fixação cautelar do domicílio da criança ou adolescente. VII- declarar a suspensão da autoridade parental.. Assim que o juiz verificar a ocorrência de alienação parental deve declará-la e advertir o alienador quanto a sua conduta, sendo que tal medida pode ser suficiente para cessar os atos de alienação e estabelecer a normalidade na relação entre os filhos e o genitor vitimado. A principal função da advertência é esclarecer o alienador dos malefícios que acarretam a alienação parental, principalmente com relação aos filhos e elucidá-lo das consequências que a reiteração da pratica pode ocasionar com a imposição de sanções mais graves. É comum o alienador tentar restringir ao máximo a convivência entre o menor e o genitor ou parentes vitimados, o que fere o direito de convivência entre ambos, a norma do inciso II veio para sanar esse problema, pois através dela o juiz pode ampliar o regime de convivência familiar em favor do alienado, propiciando ao menor o restabelecimento do convívio com o genitor vitimado, a fim de que o distanciamento promovido diante da alienação parental seja desfeito. A principal finalidade da multa trazida pelo inciso III é servir como método alternativo ou cumulativo as demais medidas previstas neste artigo como instrumento de diminuição da alienação parental. O valor da multa fixada deve conciliar-se com as condições financeiras do alienador, o valor da multa, porém, não poderá ser em valor que ridicularize a ordem judicial. O legislador deixou de determinar qual o destino do valor da multa recolhida pelo alienador, diante dessa lacuna, a melhor interpretação é que a multa recolhida deve ser revertida em favor do parente vitimado servindo de reparação aos danos morais causados a pessoa do vitimado, a multa também deve beneficiar o menor que também sofre prejuízo diante da alienação parental. O inciso IV traz a possibilidade de tratamento psicológico e/ou biopsicossocial para o alienador, pois o mesmo precisa se submeter a este tratamento para sua readequação de comportamento, pois o ato da alienação parental vem de um desvio de comportamento do alienador que é motivado por sentimentos de vingança, posse, ódio e desses sentimentos decorre o prejuízo da convivência entre o vitimado e a criança ou adolescente. É importante esclarecer que a realização de acompanhamento tem como principal objetivo mudar o pensamento e atitudes do alienador fazendo com que este entenda que o menor se torna o maior prejudicado dos atos da alienação parental. A alteração da guarda unilateral para guarda compartilhada ou a sua inversão é a hipótese descrita pelo o inciso V. Douglas Phillips Freitas

11 11 conceitua a guarda como sendo: (2011, p.38) a condição de direito de uma ou mais pessoas, por determinação legal ou judicial, em manter um menor de 18 anos sob sua dependência sociojurídica, podendo ser unilateral ou compartilhada. Com base na afirmação descrita acima notase que o detentor da guarda tem o menor sob sua autoridade, tendo uma maior relação de confiança estabelecida, facilitando, desse modo, a pratica da alienação parental devido a sua proximidade com a criança ou adolescente. A inversão da guarda para guarda compartilhada é uma medida que permite a aproximação dos filhos com o genitor vitimado podendo reduzir a incidência da alienação parental, se necessário a guarda compartilhada será revertida em guarda unilateral a fim de diminuir ou cessar os efeitos da alienação parental. A própria lei traz como forma exemplificativa de alienação parental a mudança de endereço sem justificativa visando dificultar a convivência do menor com o outro genitor. Diante dessa situação o inciso VI trouxe a possibilidade do magistrado determinar a fixação de domicílio da criança ou adolescente para garantir o direito de visitas e também ser fixada a competência para julgamento das ações e nele seja considerado o local para intimações pessoais. A expressão autoridade parental contida no inciso VII se refere ao termo poder familiar ambos estabelecem um conjunto de direitos e obrigações exercido em igualdade de condições por ambos os pais. A respeito da suspensão do poder familiar pontua a professora Maria Berenice Dias: (2010, p.427) representa a suspensão do poder familiar medida menos grave, tanto que se sujeita a revisão. Superadas as causas que a provocaram, pode ser cancelada sempre que a convivência familiar atender ao interesse dos filhos. A suspensão é facultativa, podendo o juiz deixar de aplicá-la. A suspensão do poder familiar é decretada pelo o magistrado após apuração de infrações genéricas aos deveres do genitor, a prática abusiva da autoridade parental é forma de alienação parental e pode ocasionar a suspensão do poder familiar, que pode ser por tempo determinado, de todos seus atributos ou parte deles, a fim de corrigir os efeitos da alienação parental. O parágrafo único do art. 6º traz a possibilidade do magistrado inverter a obrigação de levar ou retirar a criança ou adolescente da residência do genitor por ocasião das alternâncias dos períodos de convivência familiar. A mudança de endereço traz serias consequências ao menor pois, o mesmo perde a referencia de todos os contatos feitos em seu antigo domicilio, como também suas relações pessoais com parentes, amigos, colegas de escola, o que pode gerar ao menor diversos problemas no seu desenvolvimento psicológico. o parágrafo único do artigo 6 estabelece a retirada da criança ou adolescente da residência do genitor a fim de garantir ao menor e ao genitor vitimado o direito de uma convivência familiar saudável.

12 Analise jurisprudencial acerca da alienação parental Com a publicação da lei /2010 os magistrados passaram a ter um amparo jurídico a respeito de casos concretos de alienação parental, a lei traz as formas exemplificativas auxiliando os profissionais a identificar a presença da síndrome, como também, traz meios punitivos a fim de facilitar a aplicação de sanções ao alienador. A lei de alienação parental trouxe uma proteção legal especifica para o direito de família, e os Tribunais confirmam através de jurisprudências, como se vê em exemplos: AGRAVO DE INSTRUMENTO. MEDIDA CAUTELAR DE BUSCA E APREENSÃO DE FILHA MENOR. ALIENAÇÃO PARENTAL COMPROVADA. RECURSO IMPROVIDO. Se a convivência do pai e a da tia paterna com a filha menor é mais prejudicial do que benéfica, e, comprovada a ALIENAÇÃO PARENTAL (manejo da criança por um parente com propósito de criar animosidade da criança em relação ao outro) prejudicando as relações da menor com a mãe, as visitas daquele à filha devem ser acompanhadas de uma Conselheira Tutelar, a fim de preservar a convivência da criança com seu núcleo familiar (Agravo n , acórdão unânime 7ª câmara cível, TJMG, Relator Des. Belizário de Lacerda, pub. 11/11/2011). A lei prevê o acompanhamento de visitas com o objetivo de assegurar a criança ou adolescente e ao genitor a garantia de visitação assistida, como dispõe o parágrafo único do art. 4º: Parágrafo único. Assegurar-se-á à criança ou adolescente e genitor garantia mínima de visitação assistida, ressalvados os casos em que há iminente risco de prejuízo à integridade física ou psicológica da criança ou do adolescente, atestado por profissional eventualmente designado pelo juiz para acompanhamento das visitas. O acompanhamento de visitas seria uma medida menos grave imposta pelo magistrado a fim de evitar a suspensão das visitas, antes que sejam comprovadas condutas de alienação parental, como bem observa Freitas (2011, p.32) O texto do artigo 4 da lei de Alienaçao Parental é muito salutar, pois sugere que haja a mantença do convívio com o genitor acusado até que se verifique a veracidade da acusação. Para isso, poderá fixar período de convivência assistido ou restringir o convívio a locais públicos. Antes da realização de pericia, ou antes, que seja constatada a pratica de alienação parental, seria inviável, medidas como a suspensão de visitas ou modificação de guarda, sendo que nestas situações o juiz deverá agir com cautela assegurando ao genitor no mínimo o direito a visitação assistida, nos casos em que há iminente risco de prejuízo a integridade física ou psicológica da criança ou do adolescente o juiz designará profissional para o acompanhamento das visitas. Para diagnosticar as formas de alienação parental é necessária a realização de perícia, para que seja melhor diagnosticada e para que os magistrados possam ter um embasamento com base no laudo pericial, dessa forma, se garante a preservação do bem estar do menor alienado, nesse sentido confirma o Tribunal de Justiça de Minas

13 13 Gerais: AÇÃO DE GUARDA - INDICÍOS DE ALIENAÇÃO PARENTAL - REALIZAÇÃO DE PERÍCIA - PRESERVAÇÃO DO BEM ESTAR DO MENOR. Com fulcro na Lei nº /2010, havendo nos autos indícios da ocorrência da prática de ato de ALIENAÇÃO PARENTAL, o juiz pode determinar a realização de perícia psicológica ou biopsicossocial, a fim de se aproximar da verdade real, e, assim, obter novas condições para escolher o melhor guardião para a criança. A melhor doutrina e a atual jurisprudência, inclusive deste próprio Tribunal, estão assentadas no sentido de que, em se tratando de guarda de menor, o bem estar da criança e a sua segurança econômica e emocional devem ser a busca para a solução do litígio (Agravo nº , acórdão unânime da 2ª Câmara Cível, TJMG, Relator Des. Francisco Figueiredo, pub. 15/03/2002). Recurso provido. Nos casos de difícil percepção ou em casos mais graves de alienação parental o juiz determinará perícia psicológica ou biopsicossocial sendo que a atuação de profissionais psicólogos ou assistentes sociais assumem fundamental importância pois auxiliam o magistrado a detectar os elementos identificadores da alienação parental facilitando a resolução do conflito familiar. Os laudos e estudos da perícia promovem uma analise cuidadosa do caso, se o magistrado requerer a designação de prova pericial, esta não pode apenas gerar uma analise pontual de determinada alegação ou circunstancia, deve promover, conforme o 1 do artigo 5º da lei /2010, uma ampla avaliação psicológica ou biopsicossocial, conforme o caso, podendo compreender, entrevista pessoal das partes, exame de documentos, histórico do relacionamento do casal e da separação dentre outros meios que o perito achar necessário para caracterizar ou não alienação parental. A perícia multidisciplinar servirá como prova na ação, através dela se colhe importantes subsídios técnicos por profissionais de diferentes áreas sendo que há uma grande diversidade de objetos dos conflitos familiares. A experiência dos profissionais do serviço social ou da psicologia não é suficiente para averiguar os fatos de alienação parental, sendo necessária a intervenção de outros profissionais como médicos, pedagogos e outros que se fizerem necessário. O laudo desenvolvido por perito ou equipe multidisciplinar deverá ser apresentado no prazo de 90 (noventa) dias, e se houver a necessidade de prorrogação do prazo, será necessário autorização judicial baseada na justificativa circunstanciada Considerações finais O direito civil no livro da família tem sofrido grandes alterações que retratam a evolução das relações em sociedade e a família moderna. Longe de qualquer crítica que tenha foco axiológico sobre o acaso da família, ou erros e acertos da nova família brasileira. O fato é que o direito acompanha os movimentos sociais, é dinâmico e, para tanto, temse em bojo leis como a alienação parental que entrou em vigor no dia 27 de agosto do ano de A lei, objeto do presente artigo, traz grandes avanços ao punir o alienador e proteger o direito da

14 14 criança e do adolescente, que tem no convívio com os pais maiores possibilidades de um desenvolvimento sadio e completo. O valor maior da lei de alienação parental é a proteção da dignidade da pessoa humana do menor, que não pode ser manipulado e ser prejudicado diante das dificuldades e dos impedimentos criados para o exercício do seu direito de conviver com seus pais, avós e familiares. Em que pese que a lei seja nova, vê-se que a aplicação desta norma tem sido consumada e confirmada por nossos tribunais. A Constituição Federal de 1988 assegura proteção especial à família, à criança, ao adolescente e à efetividade da lei de alienação parental é ferramenta crucial na consecução do fim de extirpar a alienação parental do seio da sociedade brasileira. Conclui-se, ressaltando os inúmeros benefícios trazidos pela Lei n /2010 que acolhe o princípio do melhor interesse do menor, protegendo a criança e o adolescente contra os artifícios utilizados pelo alienador como forma de denegrir a imagem do outro genitor. A norma tem subsídios técnicos para efetivar a sua aplicação, sendo que as ações que já estão em trâmite serão atingidas pela lei e também por existir a possibilidade de se ingressar com ação autônoma, sendo que as questões abordadas pela lei são de ordem pública Referências bibliográficas BRASIL, Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 05 de outubro de São Paulo: Saraiva, p.168. BRASIL. Lei n de 26 de agosto de Vade Mecum 11 ed. São Paulo: Saraiva, 2011, p BRASIL. Lei n de 13 de julho de Dispõe sobre o Estatuto da Criança e adolescente. Vade Mecum Saraiva. 11 ed. São Paulo: Saraiva, 2011, p DIAS, Maria Berenice. Manual de direito das famílias. 6. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, p. DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro: direito de família. v ed. São Paulo: Saraiva, p. FIGUEIREDO, Fábio Vieira. Alienação Parental. São Paulo: Saraiva, p. FREITAS, Douglas Phillips. Alienação Parental: comentários à Lei /2010. Rio de Janeiro: Forense p. VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil: direito de família. v. VI. 11 ed. São Paulo: Atlas, p.

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