República Federativa do Brasil Dilma Rousseff Presidenta da República. Ministério dos Transportes Paulo Sérgio Passos Ministro dos Transportes

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4 Agenda Ambiental Portuária República Federativa do Brasil Dilma Rousseff Presidenta da República Ministério dos Transportes Paulo Sérgio Passos Ministro dos Transportes Secretaria de Portos José Leônidas Cristino Ministro Chefe Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) Diretoria Colegiada Fernando Antonio Brito Fialho (Diretor-Geral) Pedro Brito (Diretor) Tiago Pereira Lima (Diretor) Superintendência de Portos Giovanni Cavalcanti Paiva Superintendência de Navegação Marítima e de Apoio André Luis Souto de Arruda Coelho Superintendência de Navegação Interior Adalberto Tokarski Superintendência de Administração e Finanças Albeir Taboada Lima Secretaria-Geral Aguinaldo José Teixeira Secretaria de Tecnologia da Informação Maria Cecília P. Parente Badauy Procuradoria-Geral Glauco Alves Cardoso Moreira Corregedoria Carlos Magno Barbosa de Amaral Júnior Chefia de Gabinete Ênio Soares Dias Auditoria Tadeu Antônio Scafutto Scotton 4

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6 Agenda Ambiental Portuária 6

7 Agenda Ambiental Portuária Agëncia Nacional de Transportes Aquaviários Agendas Ambientais Portuárias Série Cartilhas Ambientais Portuárias Brasília - DF

8 Agenda Ambiental Portuária Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), 2011 SEPN Quadra 514 Conjunto E Edifício ANTAQ CEP: Permitida a reprodução sem fins lucrativos, parcial ou total, por qualquer meio, se citados a fonte e o sítio da Internet, no qual pode ser encontrado o original em Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) Superintendência de Portos Gerência de Meio Ambiente Equipe Técnica Giovanni Cavalcanti Paiva - Superintendente de Portos Marcos Maia Porto - Gerente de Meio Ambiente - (Org.) Maria Luiza Almeida Gusmão - Especialista Portuária Gustavo Henrique de Araújo Eccard - Especialista em regulação Ricardo Nelson Ribeiro Freire - Engenheiro Uirá Cavalcante Oliveira - Especialista em regulação Patrícia Gonçalves de Oliveira - Especialista em regulação - (Coord.) Isabella Braun Sander - Especialista em regulação Roberto Padilha de Benévolo - Especialista em regulação Joaquim Maia Neto - Especialista em regulação Antônio Bandeira Costa e Silva - Estagiário Marina do Carmo Alves - Estagiária Produção: Assessoria de Comunicação Social (ASC) - ANTAQ Yara Rodrigues da Assunção Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) A265a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Brasil). Agendas ambientais portuárias / Agência Nacional de Transportes Aquaviários. - Brasília: ANTAQ, p.: il. 1.agenda ambiental 2. porto 3. meio ambiente 4. gestão ambiental I. Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Brasil); II. Superintendência de Portos; III. Gerência de Meio Ambiente; IV. Oliveira, Patrícia Gonçalves de; V Porto, Marcos Maia; VI. Título. CDD

9 Agenda Ambiental Portuária Apresentação As agendas ambientais são instrumentos adequados e eficientes para aprimoramento da gestão ambiental portuária. A mais abrangente de todas e mais difundida é a Agenda Ambiental Portuária, promulgada pela Resolução CIRM 006, de 12 de dezembro de 1998, que determinou uma nova configuração para o setor portuário a partir de ajustes federais direcionados ao setor. Entre esses estão: os núcleos ambientais e a capacitação dos agentes portuários de um modo geral. As demais agendas, Local e Institucional, são experiências que precisam ser multiplicadas na atividade para que ela tenha um melhor desempenho ambiental. A primeira consiste num programa conjunto de trabalho dos agentes ambientais, no sentido amplo, intervenientes na atividade, quando vários procedimentos no campo operacional são equacionados. A Agenda Ambiental Institucional é a capacidade de resposta da organização portuária para as demandas ambientais, seja essa organização um agente público ou privado. Essa capacidade de resposta depende de uma política que, abraçando a missão ambiental da organização, seja seguida de diretrizes gerenciais e operacionais de valorização do Meio Ambiente. Nesse sentido, a instituição portuária estabelecerá suas linhas de ação segundo objetivos claros e factíveis, com metas a serem alcançadas de desempenho ambiental, simplificadamente. Portanto, são ferramentas eficientes e eficazes que dispõem o agente portuário para a consecução de ações voltadas para a sua responsabilidade ambiental. Esse documento tem a intenção de contribuir para um processo de conhecimento e entendimento das conformidades ambientais. Faz parte de um conjunto de cartilhas que a ANTAQ editará a partir desse primeiro volume sobre conformidades ambientais. Com isso a ANTAQ contribui para o ajuste em prol do meio ambiente portuário. Fernando Antonio Brito Fialho Diretor-Geral 9

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11 Apresentação SUMÁRIO Apresentação... Lista de figuras... Lista de quadros... Introdução Agenda Ambiental Portuária As inovações trazidas pela Agenda Objetivos da Agenda Objetivo I Objetivo II Objetivo III Objetivo IV Objetivo V Objetivo VI As linhas de ação da Agenda Ambiental Portuária Agenda Ambiental Local Estrutura da Agenda Ambiental Local relação porto-cidade caracterização do porto e de suas atividades diagnóstico ambiental diagnóstico de segurança e saúde ocupacional proposta de ação gerenciamento da agenda Agenda Ambiental Institucional qual o objetivo da Agenda Ambiental Institucional o processo de elaboração da Agenda passo a passo Agenda Ambiental Institucional Participativa Implementação e execução da Agenda Núcleo ambiental Das fases da agenda Mudanças requeridas no porto Mudanças culturais Incorporação de novas ações específicas Conscientização dos trabalhadores que atuam no porto Responsabilização pelos danos ambientais Envolvimento e responsabilidade Mudanças tecnológicas Trabalhando em harmonia com o meio ambiente em prol da sociedade Melhorando a eficiência ambiental da atividade portuária Como melhorar a competitividade do porto Resultados provenientes da Agenda Ambiental Institucional Referências

12 Agenda Ambiental Portuária LISTA DE FIGURAS Figura 1 Diretrizes observadas durante a elaboração da Agenda Ambiental Portuária... Figura 2 Principais atores regionais participantes da elaboração e implementação da Agenda Ambiental Local... Figura 3 Agendas Ambientais e suas esferas de atuação... Figura 4 Agendas Ambientais... Figura 5 Estrutura da Agenda Institucional... Figura 6 Fases da Agenda

13 Agenda Ambiental Portuária LISTA DE QUADROS Quadro 1 Objetivos da Agenda Ambiental Portuária... Quadro 2 Promovendo o controle Ambiental da Atividade Portuária... Quadro 3 Participação das Autoridades Portuárias nas discussões sobre uso e ocupação da orla marítima... Quadro 4 Principais conformidades ambientais... Quadro 5 Ações delineadas para a concretização dos objetivos da Agenda Ambiental Portuária... Quadro 6 Principais atores regionais... Quadro 7 Elementos a serem abordados pela Agenda Ambiental Local... Quadro 8 Estudo de caso Agenda Ambiental Local do Porto de Santos... Quadro 9 Estrutura organizacional... Quadro 10 Responsabilidade durante a operação portuária

14 Agenda Ambiental Portuária LISTA DE SIGLAS CIRM Comissão Interministerial para os Recursos do Mar ANTAQ Agência Nacional de Transportes Aquaviários GI-GERCO Grupo de Integração do Gerenciamento Costeiro ONU Organização das Nações Unidas IMO International Maritime Organization Organização Marítima Internacional PEG Planos Estaduais de Gerenciamento Costeiro PDZ Plano de Desenvolvimento e Zoneamento PNGC Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro SEP-PR Secretaria de Portos da Presidência da República SGA Setores de Gestão Ambiental PNCAP Programa Nacional de Capacitação Ambiental Portuária PGRS Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos PEI Plano de Emergência Individual PPRA Programa de Prevenção de Riscos Ambientais PRAD Plano de Recuperação de Áreas Degradadas ISPS CODE Código Internacional Proteção de Navios e Instalações Portuárias ISPS Code 14

15 Introdução Introdução As Agendas Ambientais Portuária, Local e Institucional consistem em instrumentos de planejamento e articulação das Autoridades Portuárias e demais responsáveis por instalações portuárias com os agentes intervenientes ou afetados pela atividade, o que envolve um conjunto distinto desses agentes durante sua elaboração e tratamento das questões ambientais portuárias sob um ângulo diferente. A Agenda Ambiental Portuária foi criada em 1998, pelo Grupo de Integração do Gerenciamento Costeiro (GI-GERCO) por representantes de diversos órgãos na esfera federal. Ela estabelece uma política ambiental federal para o Subsetor Portuário, considerando a inter-relação das instalações portuárias com os ambientes costeiro e marinho. A criação dessa Agenda resultou em uma inovação para o Subsetor, pois, até então, não considerava os aspectos ambientais em seus procedimentos de gestão portuária. A Agenda Ambiental surge, naquele momento, para promover a conciliação da atividade portuária com o seu meio ambiente. Contém seis grandes objetivos, a partir dos quais são desenvolvidas as linhas de ação no Subsetor. Os objetivos delineados por essa Agenda são: promover o controle ambiental da atividade portuária; inserir as atividades portuárias no âmbito do Gerenciamento Costeiro; implementar unidades de Gerenciamento Ambiental nos portos organizados; implementar os setores de Gerenciamento Ambiental nas instalações portuárias fora do porto organizado; regulamentar os procedimentos da operação portuária, adequando-os aos padrões ambientais; e capacitar recursos humanos para a gestão ambiental portuária. A ideia de uma Agenda Ambiental Local, por sua vez, surge como um complemento à Agenda Ambiental Portuária, incorporando os aspectos regionais nas discussões sobre o meio ambiente portuário e contando com a participação dos agentes intervenientes na atividade, como os governos estaduais e municipais, agentes reguladores e fiscalizadores, agentes regulados, comunidades portuárias, comunidade local e prestadores de serviços. A Agenda Local deve contemplar os compromissos da Autoridade Portuária e demais agentes com a qualidade dos recursos naturais, com a saúde e segurança ocupacionais, com as questões sanitárias, de segurança institucional, ainda considerando 15

16 Introdução a capacitação dos agentes intervenientes para ações de valorização dos ambientes onde a atividade esteja presente. A inter-relação entre os agentes intervenientes na atividade e a Autoridade Portuária 1, além de permitir um maior contato e consequentemente um melhor conhecimento sobre as atividades, permite que haja uma melhoria na comunicação e relação desses agentes entre si e com a Autoridade Portuária. A Agenda Ambiental Institucional, por sua vez, se relaciona com as Agendas Ambientais Portuária e Local e deve estar em consonância com elas. Ela deve ser elaborada pela própria Autoridade Portuária, firmando seu compromisso com o desenvolvimento de uma atividade em harmonia com o Meio Ambiente. Nela são estabelecidas a missão, a política ambiental, os objetivos estratégicos e específicos, as metas, os planos e os programas da organização. As ações dessa Agenda devem envolver todos os setores e trabalhadores do porto ou instalações portuárias fora dele, visando a conscientização ambiental dos agentes 1 Autoridade Portuária pode ser entendida como a responsável por uma ou um conjunto de instalações 16

17 Introdução atuantes naquela área. Além do envolvimento desses agentes, é importante também que eles se sintam motivados, pois várias mudanças propostas dependerão de sua colaboração. A implementação da Agenda Ambiental Institucional conduz aos seguintes resultados: melhoria da imagem da organização nesse campo, maior eficiência na prestação dos serviços, redução de custos sociais, aumento da competitividade, atração de novos mercados consumidores, redução de riscos ambientais, aumento da confiabilidade da organização e melhoria da qualidade do ambiente interno da organização. Para o sucesso das ações propostas pelas três Agendas, além do comprometimento dos agentes intervenientes na atividade portuária, é necessário que haja uma harmonia entre as diretrizes propostas por elas, observando-se a relação de dependência existente entre as três Agendas. As ações propostas por uma das Agendas deve, assim, ser compatível com as propostas pelas outras duas, evitando conflitos entre elas. 17

18 Agenda Ambiental Portuária 18

19 Agenda Ambiental Portuária 1 - AGENDA AMBIENTAL PORTUÁRIA Considerada um marco para o Subsetor Portuário, a Agenda Ambiental Portuária foi concebida em 1998, pelo Grupo de Integração do Gerenciamento Costeiro (GI-GERCO), envolvendo representantes de diversos órgãos da esfera federal. Ela se constitui em um documento que estabelece as diretrizes e orientações para adequação desse Subsetor às conformidades ambientais e sua inserção no âmbito do Gerenciamento Costeiro. Para sua elaboração, o GI-GERCO tomou como foco a inter-relação dos ambientes costeiro e marinho, incorporando as diretrizes da Política Nacional do Meio Ambiente, Política Nacional para os Recursos do Mar, Política Nacional de Recursos Hídricos, Política Nacional Portuária, Plano Nacional do Gerenciamento Costeiro, leis de zoneamento urbano, e convenções, acordos e resoluções internacionais, estabelecidos, principalmente, pela Organização das Nações Unidas (ONU) e Organização Marítima Internacional (IMO), ratificados pelo Brasil. Política Nacional de Resíduos Sólidos Política Nacional do Meio Ambiente Política Nacional para os Recursos do Mar Política Nacional de Recursos Hídricos Plano Nacional do Gerenciamento Costeiro Política Nacional Portuária Política Nacional sobre Mudança do Clima Convenções, acordos e resoluções internacionais AGENDA AMBIENTAL PORTUÁRIA Figura1: Diretrizes observadas durante a elaboração da Agenda Ambiental Portuária 19

20 Agenda Ambiental Portuária Posteriormente, novas políticas e legislações, estabelecendo diretrizes para os ambientes costeiro e marinho, foram criadas, tendo como exemplo a Política Nacional sobre Mudança do Clima, de 2009, e a Política Nacional de Resíduos Sólidos, de Essas inovações devem ser observadas pelo Subsetor Portuário e integradas ao documento da Agenda, compatibilizando-se com as demais políticas afetas ao Subsetor As inovações trazidas pela Agenda Antes da elaboração dessa Agenda havia um déficit em termos de legislações e regulamentações específicas relativas às questões ambientais portuárias. Ela surge, então, como um instrumento de ajuste regulatório, dando início ao processo de internalização das conformidades ambientais nos portos organizados e nas instalações portuárias de uso privativo, se antecipando às exigências legais. Para efetivação de suas ações, entretanto, além do envolvimento dos órgãos federais responsáveis, havia a necessidade de modificação na maneira de pensar das Autoridades Portuárias, que, até então, não tinham muita atenção para com os impactos ambientais decorrentes de sua atividade ou com os impactos desta sobre outras desenvolvidas em sua área de influência. 20

21 Agenda Ambiental Portuária Assim, com a implementação da Agenda, inicia-se uma nova atividade portuária com um atributo de proteção ambiental, sendo ela uma peça fundamental para indução à mudança na forma de agir da Autoridade Portuária, que assume o papel de executora, coordenadora e asseguradora dos compromissos do porto com o Meio Ambiente Objetivos da Agenda A Agenda Ambiental Portuária foi dividida em seis grandes itens, apresentados na forma de objetivos, os quais constituem elementos estruturantes para adequação das ações do Subsetor Portuário às conformidades ambientais. Os objetivos da Agenda são apresentados no quadro 1, a seguir; Quadro 1 Objetivos da Agenda Ambiental Portuária I. Promover o controle ambiental da atividade portuária; II. Inserir as atividades portuárias no âmbito do Gerenciamento Costeiro; III. Implementar unidades de Gerenciamento Ambiental nos portos organizados; IV. Implementar os setores de Gerenciamento Ambiental nas instalações portuárias fora do porto organizado; V. Regulamentar os procedimentos da operação portuária, adequando-os aos padrões ambientais e VI. Capacitar recursos humanos para a gestão ambiental portuária Objetivo I Promover o controle ambiental da atividade portuária elaborado com o intuito de fazer com que a Autoridade Portuária, que até então não tinha uma visão ambiental de sua atividade, estabelecesse uma relação entre o agente poluente (instalações portuárias) e a poluição por ele gerada, identificando as fontes geradoras de impactos ambientais e os instrumentos adequados para minimizá-los ou saná-los. As ações mínimas para a promoção do controle ambiental das atividades portuárias são apresentadas no quadro 2, a seguir: 21

22 Agenda Ambiental Portuária Quadro 2: Promovendo o controle ambiental da atividade portuária: a) identificar os impactos; b) identificar responsabilidades e formas de atuação e controle (preventivo e corretivo); c) promover a atividade portuária em conformidade com o estabelecido na legislação ambiental; d) se estruturar mediante a aquisição de equipamentos e instalações, formação e capacitação de corpo técnico e disponibilização de recursos financeiros para a área ambiental; e) constituir uma base de informações ambientais Objetivo II Inserir as atividades portuárias no âmbito do Gerenciamento Costeiro visa à compatibilização dos Planos de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) dos portos aos Planos Estaduais de Gerenciamento Costeiro (PEG) e ao Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro (PNGC) 2. Além de compatibilizar o PDZ dos portos aos Planos Estadual e Nacional de Gerenciamento Costeiro, as Autoridades Portuárias participam também do Projeto de Gestão Integrada da Orla Marítima (Projeto Orla), que tem como objetivo compatibilizar a utilização dos espaços litorâneos de propriedade ou guarda da União por meio da implementação de mecanismos e diretrizes de uso e ocupação da orla marítima Objetivo III Implementar unidades de Gerenciamento Ambiental nos portos organizados as unidades de Gerenciamento Ambiental devem ser criadas em todo porto organizado, ou seja, além da unidade ambiental da própria Autoridade do Porto, os arrendatários e terminais de uso privativo que operam dentro do porto organizado também devem ter unidades de Gerenciamento Ambiental próprias, proporcionais a suas demandas, seu porte e suas características específicas. 2 O Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro (PNGC) foi regulamentado pelo Decreto n , de 07 de dezembro de 2004, que dispõe sobre regras de uso e ocupação da zona costeira e estabelece critérios de gestão da orla marítima. Conforme seu art.1º, este decreto define normas gerais visando a gestão ambiental da zona costeira do País, estabelecendo as bases para a formulação de políticas, planos e programas federais, estaduais e municipais. 22

23 Agenda Ambiental Portuária A partir desse objetivo, deu-se origem às primeiras unidades ambientais nos portos organizados. Essas unidades internalizaram as conformidades ambientais vigentes nas normativas legais. Porém, elas eram constituídas separadas da área de saúde e segurança ocupacional. Com o início do processo de gestão ambiental, foi-se tendo a percepção da necessidade de integração das áreas ambiental e de saúde e segurança e ocupacional Quadro 3 Participação das Autoridades Portuárias nas discussões sobre uso e ocupação da orla marítima As Autoridades Portuárias participam das atividades do Gerenciamento Costeiro, como é o caso do Projeto de Gestão Integrada da Orla Marítima Projeto Orla, uma ação conjunta entre o Ministério do Meio Ambiente e o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, em articulação com as três esferas de governo e a sociedade. Esse Projeto busca responder a uma série de desafios, como reflexo da fragilidade dos ecossistemas da orla, do crescimento do uso e ocupação de forma desordenada e irregular, do aumento dos processos erosivos e de fontes contaminantes, além do estabelecimento de critérios para destinação de usos de bens da União, visando o uso adequado de áreas públicas, a existência de espaços estratégicos (como portos, áreas militares) e de recursos naturais protegidos. Assim, suas ações visam o ordenamento dos espaços litorâneos sob o domínio da União, aproximando as políticas ambiental e patrimonial. A participação das Autoridades Portuárias na implantação desse Projeto é fundamental, uma vez que o porto é uma estrutura que produz impactos tanto positivos como negativos na dinâmica regional e local. 23

24 Agenda Ambiental Portuária e, hoje, as unidades ambientais ou Setores de Gestão Ambiental (SGA), como são também denominadas, são estruturados de forma integrada 3. Para o bom desempenho das atividades do SGA, é ideal que este setor seja constituído por equipe multidisciplinar, composta por profissionais de nível superior ou técnico, com conhecimentos relacionados à natureza e à complexidade das questões de meio ambiente, segurança e saúde características de cada instalação portuária. Com o intuito de auxiliar na consecução desse objetivo, foi criado o Programa Nacional de Capacitação Ambiental Portuária (PNCAP), presente no Objetivo VI da Agenda Ambiental Portuária Objetivo IV Implementar os setores de Gerenciamento Ambiental nas instalações portuárias fora do porto organizado o mesmo procedimento de inserção de um núcleo ambiental nas estruturas organizacionais da administração portuária deve ser seguido pelos terminais de uso privativo, observando-se suas particularidades. 3 Em 29 de abril de 2009, por meio da Portaria nº 104, a Secretaria de Portos da Presidência da República - SEP publicou as disposições para criação e estruturação do Setor de Gestão Ambiental e de Segurança e Saúde no Trabalho - SGA nos portos e terminais marítimos, bem como naqueles outorgados às Companhias Docas. 24

25 Agenda Ambiental Portuária Objetivo V Regulamentar os procedimentos da operação portuária, adequando-os aos padrões ambientais - refere-se aos instrumentos de gestão necessários à prevenção e controle dos impactos ambientais da atividade portuária, potenciais e efetivos, em atendimento às conformidades ambientais. Algumas das conformidades ambientais às quais os portos estão submetidos são apresentadas no quadro 4. Dentre essas conformidades, poucas encontravam-se regulamentadas quando da elaboração da Agenda, sendo que algumas delas, que surgiram posteriormente, não foram tratadas de forma direta por ela. O rol de conformidades disposto no quadro 4 considera aquelas especificamente identificadas no momento de elaboração da Agenda e outras identificadas em momento posterior, e que devem ser observadas pelas Autoridades Portuárias. Quadro 4 Principais conformidades ambientais Licenciamento Ambiental; LP, LI, LO. Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos - PGRS; Gerenciamento de Efluentes; Controle de Emissões Atmosféricas; Gerenciamento de Riscos de Poluição; Plano de Emergência Individual PEI; Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA; Auditoria Ambiental; Educação Ambiental; Programa de Capacitação e Treinamento; Normas Regulamentadoras para Segurança e Saúdo no Trabalho Portuário; Monitoramento Ambiental; Gerenciamento de Resíduos de Dragagem; Planos de Recuperação de Áreas Degradadas PRAD; Regulamento Sanitário Internacional e Código Internacional para proteção de Navios e Instalações Portuárias ISPS Code. 25

26 Agenda Ambiental Portuária Objetivo VI Capacitar recursos humanos para a gestão ambiental portuária - considera a importância da capacitação permanente do corpo técnico das instalações portuárias para tratar dos temas ambientais, enfocando princípios e ferramentas cabíveis. Sua principal ação está baseada no Programa Nacional de Capacitação Ambiental Portuária PNCAP, que teve seu Termo de Referência elaborado no âmbito do Grupo de Integração do Gerenciamento Costeiro (GI-GERCO), em outubro de 1999, e apresenta considerações sobre: uma correta visão e tratamento das questões ambientais pelo Subsetor Portuário; a mitigação de passivos ambientais; a necessidade do atendimento a convenções internacionais, como a MARPOL; as demandas relacionadas à gestão de resíduos de embarcações; boas práticas ambientais na operação portuária; tratamento de efluentes; operações com cargas perigosas e os acidentes e planos de emergência. As atividades do PNCAP têm a parceria do Ministério do Meio Ambiente, das Autoridades Portuárias, do Ministério dos Transportes e da ANTAQ. Esse Programa tem como objetivo promover cursos e oficinas para o corpo técnico dos portos e demais atores intervenientes, capacitando-os para lidar com o meio ambiente portuário e suas especificidades As linhas de ação da Agenda Ambiental Portuária Cada um dos seis objetivos apresentados anteriormente deu origem a ações, metas e indicou o órgão responsável pela realização dessas ações. No quadro 5, a seguir, são apresentadas as ações a serem executadas para a concretização dos objetivos estabelecidos pela Agenda. 26

27 Agenda Ambiental Portuária Algumas dessas ações já foram concretizadas, outras foram apenas iniciadas e necessitam ser continuadas, e algumas precisam ser revisadas e atualizadas. Assim, embora os objetivos estabelecidos por essa Agenda ainda sejam válidos, ela necessita se adequar às novas realidades institucionais e conformidades ambientais. 27

28 Agenda Ambiental Portuária 28

29 Agenda Ambiental Portuária Quadro 5 Ações delineadas para a concretização dos objetivos da Agenda Ambiental Portuária OBJETIVOS AÇÕES 1. Realizar o inventário de portos e instalações portuárias existentes. I. Promover o controle ambiental da atividade portuária. 2. Regulamentar o licenciamento ambiental dos portos e instalações portuárias. 3. Implementar o licenciamento ambiental de toda atividade e/ou empreendimento portuário. II. Inserir as atividades portuárias no âmbito do Gerenciamento Costeiro. 1. Compatibilizar os PDZ s ao Plano Estadual de Gerenciamento Costeiro (PEG). 1. Realizar seminário nacional para delinear a gestão ambiental portuária e configurar proposta padrão. III. Implementar unidades de Gerenciamento Ambiental nos portos organizados. 2. Incentivar a implantação das unidades de Gerenciamento Ambiental. 3. Mobilizar segmentos do setor público para a importância do papel da unidade de Gerenciamento Ambiental. IV. Implementar os setores de Gerenciamento Ambiental nas instalações portuárias fora do porto organizado. 1. Incluir cláusula específica no Termo de Autorização. V. Regulamentar os procedimentos da operação portuária, adequando-os aos padrões ambientais. 1. Implantar os compromissos internacionais assumidos pelo Brasil, como a Convenção MARPOL, Água de Lastro, e outras que vieram a ser ratificadas em parte ou no todo pelo Brasil. 2. Incorporar os procedimentos de auditorias ambientais bienais. VI. Capacitar recursos humanos para a gestão ambiental portuária 1. Elaborar e implementar o Programa Nacional de Capacitação Ambiental Portuária - PNCAP. 29

30 Agenda Ambiental Portuária 30

31 Agenda Ambiental Local 2 - AGENDA AMBIENTAL LOCAL A Agenda Ambiental Portuária tratou especificamente da política governamental federal, cabendo aos respectivos agentes competentes sua complementação. A eles cabem as particularidades, os detalhes e a base legal regional, não abordados por essa política federal. A Agenda Ambiental Local surge para preencher algumas lacunas, incorporando os aspectos regionais nas discussões sobre o meio ambiente portuário. Os principais atores regionais envolvidos na elaboração dessa Agenda são apresentados a seguir no quadro 6. Quadro 6 - Principais atores regionais governos estadual e municipal; agentes reguladores e fiscalizadores; agentes regulados, como prestadores de serviços; comunidades portuárias e outras comunidades locais. A ideia é que essa Agenda resulte num plano de ação pactuado entre os principais atores regionais, firmado com base no diálogo entre eles, cabendo a iniciativa de sua coordenação à Autoridade Portuária. A inter-relação entre esses atores regionais, além de possibilitar um maior contato e consequentemente um melhor conhecimento sobre as atividades portuárias, permite que haja uma melhoria na comunicação e relação desses órgãos entre si e com o porto. À semelhança da Agenda Ambiental Portuária, a Agenda Ambiental Local deve contemplar o compromisso das instalações portuárias com a internalização das conformidades ambientais, referentes aos recursos naturais, de saúde e segurança ocupacional, sanitárias e institucionais, com a capacitação dos agentes intervenientes 31

32 Agenda Ambiental Local Comunidade local Governos estadual e municipal Comunidades portuárias Agenda Ambiental Local (ambiente portuário) Prestadores de serviços Agentes regulados Agentes reguladores e fiscalizadores Figura 2: Principais atores regionais participantes da elaboração e implementação da Agenda Ambiental Local 32

33 Agenda Ambiental Local na atividade para o atendimento das demandas ambientais e com ações de valorização dos ambientes onde a atividade está presente. À semelhança da Agenda Ambiental Portuária, a Agenda Ambiental Local deve contemplar o compromisso das instalações portuárias com a internalização das conformidades ambientais, referentes aos recursos naturais, de saúde e segurança ocupacional, sanitárias e institucionais, com a capacitação dos agentes intervenientes na atividade para o atendimento das demandas ambientais e com ações de valorização dos ambientes onde a atividade está presente. Compromissos da agenda: internalização das conformidades ambientais, de saúde e segurança ocupacional; capacitação dos agentes intervenientes na atividade; valorização dos ambientes onde a atividade está presente. São fatores fundamentais para a confecção e sucesso de uma Agenda Ambiental Local: a existência de uma liderança comprometida e capaz de mediar os interesses dos diversos atores envolvidos no processo de confecção da Agenda; envolvimento dos atores intervenientes na atividade portuária; disponibilidade e manuseio de informações técnicas e científicas sobre a área das instalações portuárias base de dados ambientais; equipe multidisciplinar adequada; boa agenda de marketing; comprometimento dos atores envolvidos; metas e prazos para tarefas estabelecidas; base institucional e organizacional para sua implantação e disponibilização das informações para o acompanhamento da gestão da Agenda pelo público e pelos governos locais. 33

34 Agenda Ambiental Local 2.1. Estrutura da Agenda Ambiental Local A partir da estrutura da Agenda Ambiental Portuária e da experiência adquirida com a sua implantação, propõe-se que a Agenda Ambiental Local tenha linguagem e leitura acessíveis a não especialistas, sendo apresentada de modo claro, segundo objetivos e metas, contemplados em ações e programas harmonizados com as demandas locais. Sua estrutura deverá considerar minimamente os elementos apresentados no quadro 7, a seguir: Quadro 7 - Elementos a serem abordados pela Agenda Ambiental Local: A. Relação porto-cidade; B. Caracterização do porto e de suas atividades; C. Diagnóstico ambiental; D. Diagnóstico de Saúde e Segurança Ocupacional; E. Proposta de ação; F. Gerenciamento da Agenda. 34

35 Agenda Ambiental Local Relação porto-cidade: informações sobre o Plano Diretor do Município e do Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto; informações sobre as vias de acesso às instalações portuárias e atividades desenvolvidas no entorno; atividades desenvolvidas pelo porto com a comunidade e demandas da comunidade local; características da população direta e indiretamente relacionada com atividade portuária; vinculação do porto à cidade na forma de emprego, comércio, cultura, etc. e influências positivas e negativas da atividade portuária sobre a cidade e a comunidade. diagnóstico dos conflitos existentes na área de influência do porto e situações a serem harmonizadas; informações acerca do Zoneamento Ecológico Econômico, Planos Diretores Municipais, Projeto Orla, etc.; Caracterização do porto e de suas atividades: situação institucional do porto e sua organização; características da atividade (tipos de carga movimentada, modal utilizado, instalações de armazenagem, etc). informações sobre os programas e planos de ação existentes para a gestão ambiental integrada e informações sobre a estrutura do Setor de Gestão Ambiental e de Segurança e Saúde Ocupacional SGA, aspectos sanitários, segurança institucional, etc e planejamento ambiental. 35

36 Agenda Ambiental Local Diagnóstico ambiental: informações sobre o ecossistema da área do porto e do entorno (de influência do porto); informações sobre a gestão ambiental portuária, como custo da gestão, capacitação para a gestão, os principais instrumentos de gestão, base de dados ambientais e outros; informações sobre o licenciamento e atendimento às conformidades ambientais pelas instalações portuárias; programas de gerenciamento de riscos e de controle da poluição do ar, desenvolvidos pelas instalações portuárias; programas de gerenciamento dos resíduos sólidos e efluentes líquidos; influências positivas e negativas das instalações portuárias e suas atividades sobre os ecossistemas; boas práticas de gestão pelas instalações portuárias; identificação dos passivos ambientais existentes, suas causas, responsáveis e providências para saná-los; identificação das fontes de poluição existentes na área do porto; histórico de acidentes ambientais ocorridos nas instalações ou operações portuárias e discriminação das substâncias nocivas ou perigosas manuseadas no espaço portuário Diagnóstico de Segurança e Saúde Ocupacional: Atendimento às Conformidades de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário 4 ; Programa de Prevenção de Riscos Ambientais PPRA; Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT; Serviço Especializado em Segurança e Saúde do Trabalhador Portuário SESSTP; Plano de Controle de Emergência e Plano de Ajuda Mútua PCE/PAM e Histórico de acidentes ocorridos nas instalações ou operações portuárias. 4 As Normas Regulamentadoras (NR) do Ministério do Trabalho e Emprego MTE, contemplam questões de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário. 36

37 Agenda Ambiental Local Proposta de ação: Consolidação dos diagnósticos realizados e identificação dos elementos positivos e negativos; Definição dos objetivos gerais e específicos da Agenda Local; Definição das prioridades; Estabelecimento das ações, atividades, metas e prazos; Levantamento dos recursos humanos, técnicos, materiais, logísticos e orçamentários necessários para a implantação das ações definidas na Agenda; Identificação dos obstáculos às ações planejadas e indicação dos meios para contorná-los; Identificação dos atores intervenientes ou responsáveis pelas ações programadas; Elaboração de organogramas e fluxogramas de inter-relacionamentos e Elaboração de quadro síntese compatibilizando metas, ações, meios e atores Gerenciamento da Agenda: Definição da estratégia de implantação da Agenda; Definição de parâmetros para avaliar o desempenho das ações da Agenda; Acompanhamento, monitoramento e ajustes periódicos dos parâmetros estabelecidos na Agenda e Definição do cronograma de implementação das ações previstas. A estrutura acima representa uma referência para a formulação da Agenda. Cada unidade portuária pode e deve acrescentar a esse roteiro os pontos peculiares que emergem de sua situação singular (seja em termos locacionais, de logística, de manuseio de cargas específicas, ou outros). 37

38 Agenda Ambiental Local No quadro 8, apresentado a seguir, tem-se o exemplo da Agenda Ambiental Local elaborada pelo Porto de Santos. Quadro 8 Estudo de caso Agenda Ambiental Local do Porto de Santos A Agenda Ambiental Local do Porto de Santos 6 contou com a participação da Autoridade Portuária do Porto de Santos (Companhia Docas do Estado de São Paulo CODESP), da Agência Estadual de Controle da Poluição do Estado de São Paulo (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental CETESB), de entidades públicas dos diferentes níveis da Federação, empresas e entidades do setor privado, de entidades ambientalistas, de moradores e de pescadores, sindicatos e integrantes do Poder Legislativo. Sua elaboração contou ainda com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP. Num primeiro momento, foi estabelecida, por consenso entre a CODESP e a FAPESP, a metodologia adotada, que consistiu no desenvolvimento de uma proposta de roteiro para a Agenda Ambiental. No passo seguinte, houve a incorporação de outros interlocutores estratégicos, por meio de debates públicos, com os quais se buscou mobilizar interlocutores variados na região. Os temas abordados pela Agenda foram: Gerenciamento ambiental; Acesso à informação, comunicação e acompanhamento da gestão pelo público e pelos governos locais; Planejamento da expansão portuária; Licenciamento ambiental das atividades portuárias; Gestão Ambiental da Dragagem; Gerenciamento de Riscos; Passivos Ambientais; Porto / Cidades; Educação e Capacitação em Meio Ambiente; Boas Práticas de Gestão; Emissões de Poluentes: Ar; Efluentes Líquidos; Vetores de Doenças; Resíduos Sólidos; Água de Lastro; Porto e Atividades de Pesca; e Caminhos para a Gestão Integrada do Estuário de Santos e São Vicente. 6 CUNHA, Ícaro A..; NEVES, Maria F. B. Neves (Org.). Gestão ambiental: na costa, portos e sustentabilidade. 2. ed. Santos: Editora Universitária Leopoldianum,

39 Agenda Ambiental Institucional 3 - AGENDA AMBIENTAL INSTITUCIONAL A Agenda Ambiental Institucional está inserida no contexto dos dois outros instrumentos apresentados anteriormente; a Agenda Ambiental Portuária, criada em 1998, na esfera federal, que trouxe em seu texto objetivos para o subsetor portuário nacional, e a Agenda Ambiental Local, este um instrumento de complemento da Agenda Ambiental Portuária, a ser elaborado sob a coordenação da Autoridade Portuária com a participação dos agentes intervenientes na sua atividade, estabelecendo objetivos regionais, conforme apresentado na Figura 3, a seguir. Agenda Ambiental Portuária Política federal para o setor portuário Agenda Ambiental Local Plano de ação pactuado entre os principais atores regionais afetados pela atividade portuária Agenda Ambiental Institucional Instrumento interno à organização portuária, firmando seu comprometimento com o desempenho de uma atividade ambientalmente eficiente Figura 3 Agendas Ambientais e suas esferas de atuação 39

40 Agenda Ambiental Portuária 40

41 Agenda Ambiental Portuária 41

42 Agenda Ambiental Institucional Assim, a Agenda Ambiental Institucional deve estar em consonância com a Agenda Ambiental Portuária, observando o que já foi estabelecido para o setor portuário, e em harmonia com a Agenda Ambiental Local, conforme representado na figura 4, a seguir. FEDERAL Agenda Ambiental Portuária REGIONAL Agenda Ambiental Local Porto ou Instalação Poutária Agenda Ambiental Institucional Figura 4 Agendas Ambientais 3.1. Qual o objetivo da Agenda Ambiental Institucional O objetivo da Agenda Ambiental Institucional é desenvolver na organização portuária uma ação integrada (sistêmica), comprometida com a qualidade ambiental da atividade portuária e com a redução dos impactos ambientais decorrentes dessa atividade. Para tanto, ela deve considerar: 42

43 Agenda Ambiental Institucional As interações entre o sistema portuário e o meio ambiente; Os impactos ambientais das atividades portuárias; Os principais instrumentos da gestão ambiental e A capacidade de resposta da organização às demandas ambientais. Antes do processo de elaboração da Agenda, a Autoridade Portuária deve ter uma visão global das atividades desenvolvidas dentro da área do porto e por todos os setores da organização e seus impactos sobre o meio ambiente. Deve conhecer também os elementos responsáveis por esses impactos e os instrumentos disponíveis para sua minimização e para o uso mais racional dos recursos naturais O processo de elaboração da Agenda passo a passo O primeiro passo para a elaboração da Agenda Institucional é o estabelecimento da missão, pelo colegiado máximo da Autoridade Portuária. A missão norteará os próximos passos da elaboração da Agenda. Portanto, deve explicitar objetivamente os principais compromissos da Organização Portuária com o meio ambiente. O segundo passo é estabelecer a política ambiental, que dirá como a missão será trabalhada na Organização Portuária. Em seguida, devem ser estabelecidas diretrizes, visando a consecução da política vigente. O passo seguinte é estabelecer os objetivos estratégicos de longo prazo. Eles são os objetivos maiores (gerais) aos quais os objetivos específicos irão se subordinar. Essa primeira fase compete à alta administração da Autoridade Portuária. Passa-se, em seguida, à fase seguinte, na qual os gestores de cada área definirão os objetivos específicos e as metas para sua área de atuação. Posteriormente, segue-se a fase de elaboração dos planos e programas para a concretização dos objetivos específicos e atingimento das metas traçadas. Além disso, cada setor é responsável por estabelecer, quando cabível, seus indicadores ambientais. Nesse contexto, a Autoridade Portuária deve criar um sistema de gestão ambiental, visando à uniformização dos procedimentos ambientais em toda área portuária. Esse sistema deve servir para o acompanhamento das atividades desempenhadas e seu atendimento às questões ambientais, baseadas nos objetivos específicos, planos e 43

44 Agenda Ambiental Institucional programas de cada área. A partir dele, pode ser elaborado um índice de qualidade ambiental, que servirá como parâmetro indicador do desempenho portuário no cumprimento das metas estabelecidas para os objetivos específicos. É importante que a Autoridade Portuária faça a publicação de um documento para circulação interna e externa com o objetivo de divulgar sua Agenda Ambiental Institucional, que poderá ganhar um nome comercial. Missão; Política ambiental; Diretrizes da política e Objetivos estratégicos. Mensagem ao público externo Objetivos específicos; Metas; Planos e programas; Sistema de gestão ambiental e Índice de qualidade ambiental. Mensagem ao público interno Figura 5: Estrutura da Agenda Institucional Partindo da figura acima, pode-se observar que a missão, a política ambiental e os objetivos estratégicos passam uma mensagem ao público interno e externo do porto, como aos clientes portuários, à comunidade do entorno e a toda sociedade. Essa mensagem ultrapassa o atendimento simples das conformidades legais. Ela incorpora um discurso proativo vinculado à sustentabilidade da atividade. Deve ser uma mensagem clara e bem direcionada. Os objetivos específicos, as metas, os planos e programas e o sistema de gestão ambiental têm caráter mais interno. Dessa forma, é importante que as ações em prol da sustentabilidade incorporadas na mensagem externa sejam internalizadas e concretizadas internamente. 44

45 Agenda Ambiental Institucional 3.3. Agenda Ambiental Institucional Participativa Embora a Agenda Institucional seja um instrumento voluntário à disposição da Autoridade Portuária, não exigido por lei, ela se constitui em lei interna da organização, uma ação incisiva do corpo dirigente do porto. A vontade do colegiado máximo a torna imperativa. Materializa mais do que um desejo da organização, agrega a vontade do corpo dirigente em promover a qualidade ambiental de sua atividade. Embora possa apresentar um caráter imperativo, decorrente da vontade dos dirigentes do porto, é importante que haja o envolvimento das demais unidades da organização ainda na fase de elaboração. Agentes intervenientes no processo de elaboração e implementação da Agenda Institucional: Autoridade Portuária; unidades organizacionais do porto e corpo funcional. 45

46 Agenda Ambiental Institucional Uma Agenda Ambiental participativa, envolvendo outras áreas, ao invés de uma Agenda impositiva, elaborada exclusivamente pela diretoria, agrega conhecimento e torna mais fácil o comprometimento dos atores envolvidos durante sua implementação e execução. O envolvimento de outras áreas possibilita a identificação de problemas específicos levantados pelo corpo técnico, problemas esses, às vezes, não identificados pela Diretoria do porto. A participação de equipes de funcionários responsáveis pelo desempenho direto das atividades, em algumas das fases da elaboração da Agenda, permite que ela se torne mais realista para aquele ambiente específico. Deve-se considerar, durante sua elaboração, as características dos diversos setores do porto e as especificidades de cada área, já que o sucesso da Agenda dependerá, em grande parte, do envolvimento e desempenho de cada um desses setores. Apesar das diferenças de cada área, a Agenda visa possibilitar que todas as unidades organizacionais atuem de forma única na organização portuária, comprometidas com as questões ambientais Implementação e execução da Agenda Durante as fases de implementação e execução da Agenda é importante que haja integração entre todos os setores da organização envolvidos ou afetados pelas questões ambientais. Essa integração possibilita que a Agenda seja implementada de forma harmônica em todo o porto. A troca de informações permite que as dificuldades apresentadas por determinado setor sejam compartilhadas com os demais e que a solução possa ser encontrada em medidas adotadas por outro setor, gerando um processo de colaboração e ajuda mútua entre os agentes envolvidos Núcleo Ambiental Para uma boa gestão da Agenda, deve haver no porto um núcleo ambiental multidisciplinar, com capacitação adequada de seus técnicos e apoio de instituições técnicas e científicas com excelência ambiental, além de um orçamento compatível com as demandas de planejamento, licenciamento e gestão ambiental. 46

47 Agenda Ambiental Institucional Das fases da Agenda As fases da Agenda da Ambiental Institucional são a elaboração, implementação e a execução, conforme representado na figura abaixo. ELABORAÇÃO EXECUÇÃO IMPLEMENTAÇÃO Figura 6 Fases da Agenda Deve ser observado que uma fase não se esgota com o início da próxima. É essencial para o sucesso da Agenda que haja um acompanhamento e uma constante revisão dos seus objetivos, planos, programas, metas e procedimentos adotados para a obtenção dos resultados desejados. Esse processo contínuo tem como objetivo a constante atualização da Agenda e melhoria dos procedimentos Mudanças requeridas no porto Até pouco tempo Autoridade Portuária estava comprometida apenas com a movimentação e armazenamento das cargas, tendo que se adaptar aos poucos a uma nova realidade de demandas ambientais. A Agenda Ambiental veio firmar o comprometimento da Organização Portuária com o desenvolvimento de sua atividade em harmonia com o Meio Ambiente. Sua internalização, entretanto, requer uma mudança cultural. 47

48 Agenda Ambiental Institucional Mudanças culturais Algumas Administrações Portuárias têm uma cultura, ainda hoje, de correção dos danos causados ao meio ambiente, ao invés de sua prevenção. Essa postura caracteriza uma atitude reativa, que deve ser modificada quando se decide pela internalização de uma política ambiental. A implementação da Agenda Ambiental requer dos dirigentes uma atitude proativa, demonstrando uma consciência ambiental, tanto na execução das tarefas administrativas quanto em questões operacionais, independentemente de exigências externas, agindo de forma preventiva. Essas mudanças demandam um planejamento, uma visão de longo prazo. Deve-se fazer um levantamento dos possíveis impactos causados pelas atividades portuárias ao meio ambiente e suas possíveis causas para, posteriormente, serem definidas as atitudes a serem tomadas para a prevenção desses impactos Incorporação de novas ações específicas Visando o desenvolvimento e melhoria ambiental das atividades desempenhadas na área portuária, devem ser estabelecidas ações específicas para cada setor, incorporando as questões ambientais em toda organização. 48

49 Agenda Ambiental Institucional Minimamente, a Agenda Ambiental Institucional deve conter as ações apresentadas no quadro 9. Quadro 9: Estrutura Organizacional Componentes ou Setores da Organização Ação Quadro ou Corpo Técnico Possuir um corpo técnico capaz de atender as demandas por geração de um produto ambientalmente adequado, contando com técnicos formados nas áreas de gestão ambiental ou com formação complementar nessa área. Orçamento e Finanças Previsão orçamentária para atender as demandas relativas à gestão ambiental. O orçamento ambiental, por assim dizer, deve ser a expressão monetária do planejamento ambiental. Comercial e Marketing Implantar uma cultura ambiental na organização, visando a confecção de um produto ambientalmente adequado, ou seja, uma movimentação portuária compatível com o meio ambiente. Essa adequação deve inserir necessariamente a relação com seu entorno. Nesse campo, a Autoridade Portuária deve desenvolver uma política de marketing ambiental, criando uma imagem de protetora do meio ambiente junto à comunidade portuária, particularmente aos usuários de seus serviços, e à sociedade em geral. Gestão de Contratos A Autoridade Portuária deve celebrar contratos de apoio à gestão ambiental das atividades no porto organizado, suprindo a carência de capacitação funcional, quando for o caso. Fiscalização A fiscalização das atividades desenvolvidas na área do porto deve observar também os aspectos da qualidade ambiental, subsidiando as atividades do Setor de Meio Ambiente. Desenvolvimento/ Planejamento Os instrumentos de planejamento da atividade devem considerar estudos de impactos ambientais. A Autoridade Portuária deve estabelecer um plano para redução dos passivos ambientais, tratando a redução de passivo como indicador de desenvolvimento ambiental da atividade. 49

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