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1 DEMOCRACIA VIVA 36 SETEMBRO 2007

2 32 DEMOCRACIA VIVA Nº 36

3 ARTIGO Luis Henrique Piva* Marcelo Furtado** Mudanças climáticas: oportunidade para o desenvolvimento sustentável? O teor da informação contida no relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) é claro: o ser humano está provocando um fenômeno de conseqüências muito graves e que poderia até, a longo prazo, inviabilizar a sobrevivência da própria espécie no planeta. Independentemente dos cenários traçados, sejam otimistas ou pessimistas, o fato é que a partir da divulgação desse relatório ninguém mais pode alegar desconhecimento de causa. As grandes questões para a sociedade global são: é possível reduzir a tempo nossas emissões de gases de efeito estufa? Nossa sociedade, tão desigual, está preparada para mudar seu padrão de vida? Como crescer sem poluir? MAIS PV SETEMBRO

4 ARTIGO São questões complexas, que exigem vontade política, recursos, tecnologia e, acima de tudo, justiça social. Temos menos de duas décadas para fazer nossa lição de casa, portanto, não há tempo a perder. Segundo o painel da Organização das Nações Unidas (ONU), até o fim deste século, a temperatura da Terra pode subir de 1,8 C na melhor das hipóteses até 4 C, embora comecemos a sentir os efeitos do aquecimento global já nos próximos 30 anos. Se considerarmos o ritmo das emissões atuais, a temperatura média global romperá a barreira dos 15 C em 2040 (atualmente, fica em torno de 14,50 C, sendo que, em 1905, era de 13,78 C). Cientistas consideram que a redução das emissões globais de gases que causam o efeito estufa tem que ser de, no mínimo, 50% até 2050, para que o aumento da temperatura da Terra fique abaixo dos 2ºC, ponto de colapso do clima. Considerando um aumento de 0,8 C desde a Revolução Industrial até os dias atuais, mais o aumento mínimo de 1,8 C previsto pelo IPCC, já teríamos ultrapassado esse limite. As conseqüências seriam trágicas: colapso dos ecossistemas, fome, escassez de água, migrações em massa, enchentes, elevação do nível do mar, desertificação, aumento de doenças tropicais, além de grandes prejuízos econômicos. Os benefícios de manter o aumento médio da temperatura abaixo dos 2ºC são enormes. Apenas a efetiva redução das emissões poderá manter os impactos das mudanças climáticas em um patamar que viabilize a adaptação da sociedade. Impasse Infelizmente, no âmbito político, as negociações para combater o aquecimento global não estão caminhando em um ritmo compatível com a urgência do problema como já deixou bem claro a comunidade científica. Os maiores responsáveis pelo problema do aquecimento global são os países ricos. No entanto, até agora, os países industrializados não conseguiram adotar políticas efetivas de metas de redução, mormente pela sistemática recusa dos Estados Unidos da América (EUA) de assumir seu papel de principal poluidor do planeta, que nem mesmo ratificou o Protocolo de Kyoto, principal mecanismo de negociação global de redução de emissões de gases de efeito estufa. Recentemente, observou-se, de novo, a obstrução americana na última reunião do G-8 contra qualquer tentativa dos sete países mais ricos e da Rússia de estabelecer uma meta global para redução de gases de efeito estufa, em mais uma oportunidade perdida. Ao menos, o G-8 conseguiu reafirmar a ONU como o fórum apropriado de negociação para o combate às mudanças climáticas, no âmbito da Convenção do Clima e de seus mecanismos regulatórios, como o Protocolo de Kyoto. Liderados por Angela Merkel, chanceler alemã, o G-8 não deixou vingar a tentativa do presidente George W. Bush de esvaziar a convenção com o estabelecimento de um processo de fachada com metas voluntárias como alternativa a Kyoto. O fato é que os demais países do G-8 devem caminhar independentemente da resistência americana, pois o tempo para agir está se esgotando. Entretanto, apesar da maior responsabilidade dos países ricos beneficiários do desenvolvimento sujo desde a Revolução Industrial, países emergentes como China e Brasil, respectivamente o primeiro e o quarto maiores emissores de gases de efeito estufa do planeta, deverão assumir sua parcela de responsabilidade, que obviamente não é nula. A argumentação acima evoca princípios do direito internacional, sobre os quais o país deve pautar-se para o desenvolvimento de uma política nacional: princípio da precaução; princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas; princípio da participação. China na dianteira A China acaba de ocupar o lugar dos Estados Unidos como maior emissor de dióxido de carbono (CO 2 ) do mundo. O anúncio foi recebido com surpresa, já que a superação da China não era esperada para os próximos anos, apesar de relatórios recentes terem previsto que isso ocorreria até Agora, é provável que aumente a pressão mundial para que o novo acordo sobre mudanças climáticas que deverá substituir o Protocolo de Kyoto a partir de 2012 inclua a economia chinesa. A média de consumo atual de energia de uma pessoa na China é um terço da média de consumo de uma pessoa na Europa e apenas um sétimo da média de consumo de uma pessoa nos EUA, mas o consumo está aumentando rapidamente. Como resposta, a China saiu na frente e lançou o Programa Nacional de Mudanças Climáticas, o primeiro de um país em desenvolvimento e grande emissor. O programa, que levou dois anos para ser preparado por 17 ministérios, foi apresentado em junho. A idéia 34 DEMOCRACIA VIVA Nº 36

5 MUDANÇAS CLIMÁTICAS: OPORTUNIDADE PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL? é segurar o volume de gases de efeito estufa per capita, reduzindo o consumo de energia em 20% até 2010 e aumentando as fontes de energias renováveis em 10%, além de cobrir 20% das terras nacionais com floresta. O plano apresenta diferentes medidas que serão adotadas pelo governo chinês para combater o aquecimento global. O programa nacional chinês é basicamente uma compilação de políticas já existentes, incluindo metas ambiciosas de eficiência energética, renováveis, reflorestamento etc. O fato de que tais políticas tenham sido originalmente adotadas para atacar outros temas ilustra a complexidade dos problemas ambientais e de desenvolvimento que a China enfrenta hoje. Para os países em desenvolvimento, é um desafio equilibrar a proteção ao clima com o crescimento econômico. Um modelo mais sustentável de desenvolvimento na China deve, por sua vez, tornar-se referência para outras nações em desenvolvimento. Entretanto, o governo chinês precisa melhorar a implementação das metas de eficiência energética e ampliar a participação de energias renováveis, como eólica e solar fotovoltaica, bem como introduzir medidas concretas para tornar o custo ambiental mais público e retirar os subsídios de combustíveis fósseis, como o carvão. O programa não se compromete com metas mandatórias de redução de emissões de gases de efeito estufa. Porém, a China deve assumir determinadas obrigações no âmbito do Protocolo de Kyoto para que possa atingir as metas almejadas/estabelecidas para o ano de 2050 uma vez que, nos últimos 15 anos, Brasil: vítima e vilão A largada já foi dada pela China. Estamos pressionando por uma reação do governo brasileiro, com a adoção de uma política nacional de mudança climática que possibilite ao país sair da incômoda posição de grande emissor mundial de gases de efeito estufa. No Brasil, a principal fonte de emissão é o desmatamento da Amazônia. De acordo com comunicação nacional elaborada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, a mudança no uso da terra e das florestas responde por 75% de nossas emissões e o setor de energia por outros 23%. Segundo a ONU, o desmatamento da Floresta Amazônica, ocorrido no período de 2000 a 2005, representa 42% da perda líquida de áreas florestais no mundo. Nesse período, 31 mil quilômetros quadrados de florestas foram perdidos a cada ano, incluindo todos os biomas. No total, cerca de 17% da Amazônia já foi desmatada equivalente a quase 700 mil quilômetros quadrados. O Greenpeace vem alertando, desde 2005, para o fato de o país ser, ao mesmo tempo, vítima e vilão das mudanças climáticas. Em 2006, compilamos o primeiro relatório e um vídeo sobre os impactos das mudanças climáticas no Brasil. O relatório apresenta quais são nossas maiores fontes de emissão e onde somos mais vulneráveis. A seguir, o que pode acontecer no Brasil. Amazônia Se o avanço da fronteira agrícola e da indústria madeireira for mantido, a cobertura florestal vai diminuir dos atuais 5,3 milhões de quilômetros quadrados (85% da área original) para 3,2 milhões de quilômetros quadrados em 2050 (53% da cobertura original). O aquecimento global vai aumentar as temperaturas na região amazônica e pode deixar o clima mais seco, provocando a savanização da floresta. Semi-árido As temperaturas podem aumentar de 2ºC a 5ºC no Nordeste até o fim do século 21. A caatinga será substituída por vegetação mais árida. O desmatamento da Amazônia pode deixar o semi-árido mais seco. Com o aquecimento global, a evaporação aumenta e a disponibilidade hídrica diminui. Com a degradação do solo, aumentará a migração para as cidades costeiras. Zona costeira O aumento do nível do mar vai trazer grandes prejuízos ao litoral. Construções à beira-mar vão desaparecer, portos serão destruídos, populações terão que ser remanejadas. Sistemas de esgoto precários entrarão em colapso. Novos furacões poderão atingir a costa do Brasil. Região Sul A produção de grãos poderá ficar inviabilizada com o aumento da temperatura. As chuvas cada vez mais intensas vão castigar as cidades, com grande impacto social nos bairros mais pobres. Com temperaturas mais altas e extremas em curto espaço de tempo, mais doenças serão registradas. Agricultura Culturas perenes, como o café e a laranja, tendem a procurar regiões com temperaturas máximas mais amenas. O eixo de produção poderá se deslocar para o Sul do país. As elevadas temperaturas de verão vão condicionar o deslocamento de culturas como arroz, feijão, milho e soja para a região Centro-oeste, promovendo forte deslocamento do atual eixo de produção nacional. Recursos hídricos A redução de chuvas e a diminuição de vazão nos rios vão limitar a diluição dos esgotos. Pode haver transbordamento das estações de tratamento e de sistemas de esgotamento sanitário. A geração de energia ficará comprometida com a falta de chuvas em algumas regiões. Grandes cidades Regiões metropolitanas ficarão ainda mais quentes, com mais inundações, enchentes e desmoronamentos em áreas de risco, principalmente nas encostas de morros. Saúde Os casos de doenças infecciosas transmissíveis vão aumentar. A dengue e a malária podem se alastrar pelo país. A proliferação de vetores tende a aumentar nas áreas urbanas. SETEMBRO

6 ARTIGO 1 Segundo Rubens Born, Mark Lutes e Délcio Rodrigues, no artigo Mudanças do clima: medidas necessárias, publicado no site da Rits, em dezembro de 2004, o artigo 4.1 estabelece compromissos para todos os países adotarem medidas para prevenir, mitigar ou se adaptar às mudanças de clima nas várias políticas e esferas da vida: energia, transporte, urbanismo e habitação, florestas, agricultura e desenvolvimento agrário, combate à desertificação, gestão de recursos hídricos etc. compromissos voluntários de redução de emissões não se mostraram satisfatórios. Porém, quais e como seriam tais obrigações depende, essencialmente, da vontade dos países desenvolvidos de assumir mais compromissos e de apoiar as nações em desenvolvimento em áreas como a de transferência de tecnologia. Desafios nacionais Opção nuclear: falsa solução A retomada da construção da Usina Nuclear Angra 3 reacendeu os debates político, social e científico sobre a energia nuclear em todos os veículos de comunicação nacional. Ainda que a decisão final, nas mãos do presidente Lula, não tenha sido oficialmente tomada, a possibilidade da expansão do programa nuclear brasileiro tem gerado discussões polêmicas. Argumentos falsos têm sido utilizados para justificar a opção do governo por uma energia poluente e de alto risco. Dentre eles, a importância de Angra 3 para evitar o risco de racionamento energético nos próximos três anos e a contribuição ao combate das mudanças climáticas. Se a energia nuclear fosse realmente capaz de desempenhar papel preponderante na redução de emissões de dióxido de carbono, essa geração deveria, no mínimo, atender ao aumento previsto do consumo de combustíveis fósseis nos próximos anos. Isso demandaria uma O país tem imenso potencial para contribuir positivamente e reduzir as emissões de gases de efeito estufa. O primeiro desafio é o fim do desmatamento. É preciso que o governo adote postura corajosa que elimine os desmatamentos e as queimadas na região amazônica, fundamental para a redução das vulnerabilidades do Brasil às mudanças climáticas, bem como para a conservação da biodiversidade. Com relação ao desmatamento, prioridade número um para a mitigação de nossas emissões, é fundamental trazer governança para a região amazônica e encontrar uma maneira de remunerar a floresta em pé pelo seu serviço ambiental como área megadiversa e como regulador climático. Tal remuneração deve desestimular o avanço da fronteira agrícola, da pecuária e da exploração madeireira ilegal. taxa de construção de usinas sem precedentes no passado. Sabe-se que a geração nuclear produz enormes impactos no meio-ambiente, como o acúmulo de material tóxico radioativo por centenas de gerações. Há sérias preocupações com o risco de acidentes nucleares, como ocorreu recentemente na maior usina nuclear do Japão, e os possíveis impactos sobre a população e o ambiente da área afetada. Ao contrário do que o governo vem defendendo, a energia nuclear é cara, perigosa, gera poucos empregos e não é o caminho para o Brasil enfrentar o aquecimento global. Em termos de custos, com os R$ 7,4 bilhões previstos para construir Angra 3, seria possível instalar um parque de turbinas eólicas com o dobro da potência prevista para a nova usina nuclear (1.350 megawatt) e gerar 32 vezes mais empregos, sem produzir lixo radioativo ou trazer risco de acidentes graves. O segundo desafio tem a ver com nossa matriz energética. É fundamental garantir aumento significativo em nossa eficiência energética, assim como redução na intensidade energética per capita em comparação com os índices de países industrializados. Porém, para que todo esse potencial seja racionalmente aproveitado, deve-se fortalecer o papel regulamentador e indutor do Estado com relação aos objetivos e às responsabilidades do país perante a comunidade internacional. Adotar uma política nacional de mudanças climáticas significa considerar todos os princípios e compromissos assumidos pelo Brasil no regime internacional, especialmente aqueles delineados no artigo 4.1 da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC). 1 Significa, também, definir os marcos gerais que permitam o envolvimento das várias esferas de governo e, portanto, que estimulem todas as unidades da federação a desenvolver programas e iniciativas compatíveis com os objetivos do regime, tendo em vista a Constituição Federal e os princípios do direito internacional. Além disso, deve-se considerar, em todas as esferas de governo, as vulnerabilidades social, econômica e ambiental das populações, bem como as peculiaridades regionais e setoriais, além das diferenças existentes com relação à intensidade do consumo de bens e serviços entre os diversos segmentos sociais. É preciso estabelecer e definir claramente as responsabilidades de cada ator nesse processo. O país precisa regulamentar as ações referentes ao clima, integrando ações que, hoje, vêm sendo implementadas por instituições de pesquisa, universidades e sociedade civil. O assunto não pode virar prioridade apenas durante os desastres. O governo federal deve coordenar a elaboração de um mapa de vulnerabilidade e riscos com base nas mudanças climáticas, além de um plano nacional de adaptação e um plano nacional de mitigação, com ações estratégicas nos campos da agricultura e da saúde pública. A inércia do governo brasileiro para adotar, em regime de urgência, uma política nacional de mudanças climáticas deixa clara conveniente falta de visão estratégica do governo 36 DEMOCRACIA VIVA Nº 36

7 MUDANÇAS CLIMÁTICAS: OPORTUNIDADE PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL? MAIS PV Lula diante das evidências inequívocas do aquecimento global. O Brasil, outrora protagonista das negociações multilaterais na Convenção do Clima, assume, atualmente, postura reativa equivocada e perigosa ao desconsiderar a importância da questão climática em sua agenda, anunciando uma política para 2009, ano em que as negociações do período pós-kyoto estarão consolidadas. O Greenpeace questiona a posição brasileira, cujas decisões têm inviabilizado o crescimento sustentável, seguro e limpo do país, tanto pela falta de desenvolvimento de um mercado efetivo para energias limpas e renováveis e de projetos de eficiência energética como pela retomada do programa nuclear brasileiro justificado, oportunisticamente, por não contribuir com o aquecimento global. Poderíamos justificar a necessidade, a urgência e a importância de uma política nacional de clima sob várias perspectivas, entre elas, o ponto de vista legal, uma vez que o Brasil, signatário da convenção, comprometeu-se formalmente a estabilizar as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera, de forma que impeça interferência antrópica perigosa no sistema climático (art. 2 ), e, ainda, a formular, implementar, publicar e atualizar, regularmente, programas nacionais e, conforme o caso, regionais que incluam medidas para mitigar a mudança do clima, enfrentando as emissões antrópicas por fontes e remoções antrópicas por sumidouros de todos os gases de efeito estufa não controlados pelo Protocolo de Montreal, bem como medidas para permitir adaptação adequada à mudança do clima (art. 4.1, b). Ao estabelecer compromissos para todos os países, a convenção oferece uma variedade de medidas e de campos de políticas públicas que deveriam considerar os desafios do aquecimento global para que a sociedade brasileira, as empresas e o poder público possam, no respectivo campo de suas atribuições, contribuir para que o objetivo mundial da convenção seja atingido. Da teoria à prática A luta contra o aquecimento global oferece oportunidade única para transformar o discurso do desenvolvimento sustentável em prática. Poderemos salvar nossas florestas, a biodiversidade e o povo que nela vive; reduzir nossas emissões e garantir uma matriz energética limpa e descentralizada, gerando a energia perto de quem necessita consumi-la; rever nossos padrões de consumo com melhor distribuição de renda, uso e ocupação do solo mais eficiente e maior justiça na compensação às vítimas das mudanças climáticas. É possível reduzir nossas emissões de gases de efeito estufa e crescer sem poluir. Para isso, devemos adotar mecanismos que possibilitem zerar o desmatamento na Amazônia, levando maior presença do Estado (governança) à região, combatendo a corrupção, fortalecendo as instituições responsáveis pela implementação e fiscalização das leis ambientais e promovendo a conservação e o uso econômico responsável da floresta. No setor energético, necessitamos de políticas públicas, leis e investimentos para o desenvolvimento de mercado nacional para energias limpas e renováveis, como solar, eólica, pequenas centrais hidrelétricas e biomassa, além de forte investimento em eficiência energética. Precisamos do imediato cancelamento do Programa Nuclear Brasileiro e da renúncia definitiva à construção da usina nuclear de Angra 3. Nossa sociedade, tão desigual, está preparada para mudar seu padrão de vida? Como crescer sem poluir? Devemos não somente minimizar/mitigar os danos ocasionados pela mudança do clima, mas também propor medidas de adaptação para as regiões mais vulneráveis, investimentos em pesquisa e recursos humanos, para identificar as vulnerabilidades do país aos impactos da mudança climática e as garantias de medidas efetivas de adaptação. Na esfera internacional, necessitamos de um compromisso do Brasil com metas mandatórias/obrigatórias para a redução de emissões de gases de efeito estufa, incluindo o setor privado, além de atuação mais proativa e comprometida do governo brasileiro com a redução de emissões. *Luis Henrique Piva Economista e bacharel em Direito, especialista em Direito Ambiental e Agrário, mestrando em Ciência Ambiental e coordenador da Campanha de Clima do Greenpeace Brasil **Marcelo Furtado Engenheiro químico com especialização em Administração, diretor de campanhas do Greenpeace Brasil e coordenador das atividades brasileiras da organização nas áreas de clima e energia, transgênicos e florestas SETEMBRO

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