Setor Florestal INFORMATIVO. Preço médio do metro cúbico da prancha de eucalipto na região de Bauru tem elevação de 7,69% em dezembro de 2016

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1 INFORMATIVO Setor Florestal Preço médio do metro cúbico da prancha de eucalipto na região de Bauru tem elevação de 7,69% em dezembro de 2016 nº 180 DEZEMBRO 2016

2 INTRODUÇÃO Poucos produtos florestais madeireiros semi-processados oriundos de florestas plantadas nas regiões Bauru apresentaram variações de preços em dezembro de 2016 em relação a suas cotações vigentes em novembro do mesmo ano. Essa região apresentou aumento no preço médio do metro cúbico da prancha de eucalipto de 7,69% em dezembro em relação ao mês anterior. Por outro lado, o preço médio do metro cúbico da prancha de pinus apresentou queda de 1,61% no mesmo período. O mercado interno do estado do Pará de pranchas e toras de essências florestais nativas, de dezembro de 2016 para novembro do mesmo ano, apresentou apenas variações nos preços médios das pranchas de Jatobá e de Maçaranduba. Em relação aos preços médios do metro cúbico de pranchas Maçaranduba aconteceu queda de 0,32%, enquanto para o preço EXPEDIENTE ELABORAÇÃO Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA-ESALQ/USP) Economia Florestal SUPERVISÃO Prof. Dr. Carlos José Caetano Bacha PESQUISADORES COLABORADORES Pedro Henrique de Abreu Paiva Leandro Vinícios Carvalho APOIO TÉCNICO Caroline Ganéo Paulino dos Santos Gabriel Valério Rodrigues Salles Giulia Bonfatti Hernan Angulo Sarah Belen Guerreño Cespedes médio da prancha de Jatobá houve aumento de 0,31% no período analisado. O preço do metro cúbico da tora de Jatobá teve aumento de 1,64% de outubro de 2016 para o mês subsequente. Com relação ao mercado doméstico de celulose ocorreu queda nos preços médios em dólar da celulose fibra curta pelo décimo quarto mês consecutivo, A variação negativa no preço desse produto foi de 0,10% no mês de janeiro de 2017 em relação ao mês de dezembro de O valor das exportações totais brasileiras de produtos florestais apresentou aumento de 13,11% no mês de dezembro de 2016 em comparação ao mês antecessor. CEPEA. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte dessa publicação pode ser reproduzida ou transmitida sob nenhuma forma ou qualquer meio, sem permissão expressa por escrito. Retransmissão por fax, ou outros meios, os quais resultem na criação de uma cópia adicional é ilegal. CEPEA - CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS EM ECONOMIA APLICADA Avenida Pádua Dias, Piracicaba-SP Fones: (19) / Fax: (19) floresta@usp.br 2

3 ESPÉCIE Tectona grandis (Teca) A Tectona grandis, conhecida como Teca, pertencente à família Verbenaceae, quando adulta pode atingir de 25 a 35 metros de altura e diâmetro de 100 cm ou mais. É uma espécie de alta adaptabilidade com grande dispersão geográfica de ocorrência natural em diversas condições climáticas, só não apresentando resistência à geada. Com madeira de cor viva e brilhante, a teca é mundialmente valorizada por sua qualidade e rusticidade. Apesar de ser cultivada em regiões tropicais, sua madeira é fortemente demandada pelo continente europeu para a decoração do interior de ambientes luxuosos em mobiliário fino. A madeira, de densidade 0,65 g/cm³, apresenta resistência a peso, tração e flexão, propriedades físico-mecânicas semelhantes à do mogno brasileiro. Para plantios promovidos em condições adequadas de cultivo, a produtividade média, em 25 anos num regime de 4 desbastes, poderá ser de 10 a 15 m³/ha/ano, totalizando um volume de madeira de 250 a 350 m³/ha. Fonte: pixabay.com.br 3

4 MERCADO INTERNO - ESTADO DE SÃO PAULO Produtos Florestais O s preços dos produtos madeireiros nativos e semi-processados no estado de São Paulo apresentaram em dezembro de 2016, quando comparados ao mês anterior, uma relativa estabilidade em praticamente todos os produtos, exceto com variações nos preços de poucos produtos semi- -processados e restritos à região de Bauru. Em Bauru ocorreram variações de preços em dois produtos: o preço médio do metro cúbico da prancha de eucalipto (Gráfico 1) apresentou aumento de 7,69% em dezembro frente a sua cotação de novembro. O preço médio do metro cúbico da prancha de pinus (Gráfico 2 ) teve leve queda de 1,61% no mesmo período. O mercado interno do estado do Pará de pranchas e toras de essências florestais nativas, de dezembro de 2016 para novembro do mesmo ano, apresentou apenas variações nos preços médios das pranchas de Jatobá e de Maçaranduba. Em relação aos preços médios do metro cúbico de pranchas Maçaranduba aconteceu queda de 0,32%, enquanto para o preço médio da prancha de Jatobá houve aumento de 0,31% no período analisado. O preço do metro cúbico da tora de Jatobá teve aumento de 1,64% de outubro de 2016 para o mês subsequente. Com relação ao mercado doméstico de celulose ocorreu queda nos preços médios em dólar da celulose fibra curta pelo décimo quarto mês consecutivo, A variação negativa no preço desse produto foi de 0,10% no mês de janeiro de 2017 em relação ao mês de dezembro de O valor das exportações totais brasileiras de produtos florestais apresentou aumento de 13,11% no mês de dezembro de 2016 em comparação ao mês antecessor. 4

5 Gráfico 1 - Preço do metro cúbico da prancha de eucalipto na região de BAURU 1450,00 Fonte: CEPEA Reais por m³ 1400, , , , , ,00 Mês Gráfico 2 - Preço médio do metro da prancha de pinus na região de BAURU 765,00 760,00 Fonte: CEPEA 755,00 Reais por m³ 750,00 745,00 740,00 735,00 730,00 out/16 nov/16 dez/16 Mês Nota 1: (1) 30cm x 5cm; (2) 6cm x 12cm e 6cm x 16cm; (3) 2,5cm x 5cm, 2,5cm x 7,5cm, 2,5cm x 10cm e 2,5cm x 15cm. A primeira medida refere-se à largura e a segunda, à espessura. Nota 2: Para madeiras in natura, os informantes continuam a divulgar preços em metro estéreo, apesar da resolução do INMETRO a qual abole essa medida a partir de 31 de dezembro de Para lenha e madeira para celulose, de modo geral, tem-se 1,5 st = 1 m³, o que equivale a 0,667 m³ = 1 st, e para madeira em toras tem-se 1,43s t = 1 m³, equivalente a 0,7 m³ = 1 st. Obs.: metro estéreo é um metro cúbico de madeira desuniforme empilhada, contando os vãos entre as peças. 5

6 MERCADO INTERNO - ESTADO DO PARÁ Produtos Florestais O mercado paraense de pranchas e toras de essências florestais nativas da Amazônia, de novembro de 2016 para dezembro do mesmo ano, também apresentou poucas alterações de preços e que foram restritas a alguns produtos. Os preços médios do metro cúbico de pranchas de Jatobá e de Maçaranduba apresentaram pequenas variações: a primeira teve uma queda de 0,31% (Gráfico 3); já a segunda apresentou aumento de 0,32% (Gráfico 4). Os preços médios do metro cúbico das demais pranchas não apresentaram variação. A grande estabilidade nos preços também é observada para todas as toras de essências nativas florestais no estado do Pará, onde todos os produtos não mostraram variações em seus preços em dezembro quando comparados com as cotações de novembro passado. Fonte: CEPEA Gráfico 3 - Preço médio do m³ da pranha de jatobá no estado do PARÁ Reais por m³ 1216, , , , , , , , , , , ,00 out/16 nov/16 dez/16 Gráfico 4 - Preço médio do m³ da pranha de maçaranduba no estado do PARÁ Mês Fonte: CEPEA Reais por m³ 1178, , , , , , , , , , ,00 out/16 nov/16 dez/16 Mês 6

7 MERCADO DOMÉSTICO Celulose e Papel O preço médio em dólar sem desconto (chamado de preço lista) da tonelada de celulose de fibra curta tipo seca apresentou variação negativa no mês de janeiro de 2017 em relação ao mês de dezembro de 2016 para as vendas feitas no estado de São Paulo (Tabela 1). Pelo décimo quarto mês consecutivo, o preço médio em dólar da tonelada de celulose de fibra curta e seca apresentou queda. Para o mês de janeiro de 2017, a redução nesse preço foi de 0,10% em relação à cotação do mês antecessor, passando de US$ 657,57 em dezembro passado para US$ 656,91 por tonelada em janeiro de Os preços médios em reais da tonelada do papel offset e do papel cut size ficaram estáveis no mês de janeiro de 2017 em relação ao mês de dezembro de O preço médio em reais da tonelada do papel cut size em janeiro de 2017 é de R$ 3.666,03 e o preço médio em reais do papel offset em janeiro de 2017 é de R$ 3.742,30 por tonelada. A provável explicação são que os preços para 2017 ainda não foram reajustados. Tabela 2 - Preços médios no atacado da tonelada de celulose e papel em São Paulo - Dezembro de 2016 e Janeiro de 2017 DEZ/16 JAN/17 MÊS CELULOSE DE FIBRA CURTA - SECA (PREÇO LISTA EM US$ POR TONELADA PAPEL OFFSET EM BOBINA (PREÇO COM DESCONTO EM R$ POR TONELADA PAPEL CUT SIZE (PREÇO COM DESCONTO EM R$ POR TONELADA) mínimo 654, , ,60 médio 657, , ,03 máximo 661, , ,66 mínimo 652, , ,60 médio 656, , ,03 máximo 661, , ,66 Fonte: CEPEA. Nota: os preços acima incluem frete e impostos e são para pagamento a vista. Preço lista para a celulose e preço com desconto para os papéis. A = papel com gramatura igual ou superior a 70 g/m² - B = papel tipo A4. A B 7

8 MERCADO EXTERNO Produtos Florestais Em dezembro de 2016, as exportações totais de produtos florestais (madeiras, papel e celulose) totalizaram US$ 934,27 milhões. Em relação ao mês de novembro desse ano, ocorreu aumento expressivo de 13,11% nessas exportações. Essa elevação foi devida tanto pelo aumento das exportações de madeira como, principalmente, de papel e celulose. As exportações de papel e celulose apresentaram aumento de 16,20% no mês de dezembro de 2016 em relação ao mês antecessor. Foram exportados US$ 713,34 milhões em papel e celulose no mês de dezembro de No mês de novembro do ano anteriormente citado esse valor foi de US$ US$ 613,90 milhões. As exportações de madeira e painéis de madeira apresentam aumento de 4,19% no valor exportado no mês de dezembro de 2016 em relação a novembro desse mesmo ano. Foram exportados US$ 212,05 milhões em novembro de 2016, enquanto que essa quantia foi de US$ 220,93 milhões no mês subsequente. Tabela 3 - Exportações brasileiras de produtos florestais manufaturados de setembro de 2016 a novembro de ÍTEM PRODUTOS SET/16 OUT/16 NOV/16 VALOR DAS EXPORTAÇÕES (EM MILHÕES DE DÓLARES) PREÇO MÉDIO DO PRODUTO EMBARCADO (US$/T) QUANTIDADE EXPORTADA (EM MIL TONELADAS) Fonte: SECEX/MDIC - Balança Comercial Brasileira Celulose e outras pastas 469,04 456,90 463,79 Papel 162,26 146,26 149,70 Madeiras compensadas ou contraplacadas 41,12 40,13 40,20 Madeiras laminadas 2,27 1,28 2,54 Madeiras serradas 49,36 40,56 47,88 Obras de marcenaria ou de carpintaria 27,27 22,91 21,05 Painéis de fibras de madeiras 24,35 26,30 25,65 Outras madeiras e manufaturas de madeiras 57,03 55,57 74,40 Celulose e outras pastas 400,19 416,26 420,55 Papel 892,87 897,56 899,17 Madeiras compensadas ou contraplacadas 508,50 505,89 504,65 Madeiras laminadas 536,04 557,34 676,15 Madeiras serradas 460,62 461,23 475,05 Obras de marcenaria ou de carpintaria 1710, , ,97 Painéis de fibras de madeiras 328,10 331,49 309,12 Outras madeiras e manufaturas de madeiras 325,67 421,20 233,34 Celulose e outras pastas 1172, , ,80 Papel 181,73 162,95 166,48 Madeiras compensadas ou contraplacadas 80,86 79,32 79,66 Madeiras laminadas 4,24 2,30 3,76 Madeiras serradas 107,16 87,93 100,78 Obras de marcenaria ou de carpintaria 15,95 14,05 13,07 Painéis de fibras de madeiras 74,21 79,33 82,96 Outras madeiras e manufaturas de madeiras 175,11 131,94 318,85 8

9 NOTÍCIAS - DESEMPENHO DO Brasil exporta US$ 6 bilhões em celulose, papel e painéis de madeira nos onze primeiros meses de 2016 AIndústria Brasileira de Árvores (IBÁ) concluiu a análise do setor florestal com a compilação dos dados de janeiro a novembro de Nos onze primeiros meses desse ano, o volume de exportações dos três segmentos analisados, ou seja, celulose, painéis de madeira e papel, apresentaram crescimento na comparação com o mesmo período do ano de 2015, colaborando para o resultado positivo do saldo da Balança Comercial do setor florestal, que atingiu US$ 6 bilhões, representando um crescimento de 2,3%. De janeiro a novembro de 2016, o segmento de celulose atingiu um volume de 11,7 milhões de toneladas exportadas. Em comparação com o ano de 2015, o aumento foi de 11,6%. As exportações de papéis totalizaram 1,9 milhão de toneladas naquele ano, apresentando aumento de 2,5% frente ao ano de Por fim, foram exportados 932 mil m³ de painéis de madeira de janeiro a novembro de 2016, um crescimento expressivo de 65,2% em comparação com o ano de No mesmo período, a produção brasileira de celulose atingiu 17,1 milhões de toneladas e a de papel foi de 9,5 milhões de toneladas. Os principais destinos das exportações brasileiras dos setores de papel e de painéis de madeira são os países latino-americanos. No caso da celulose brasileira, o maior pais importador desse produto no ano de 2016 foi a China. Fonte: Retirado de painel Florestal (20/11/2016) 9

10 NOTÍCIAS - POLÍTICA Fábrica de fertilizantes de Três Lagoas agora só depende de sanção presidencial O Projeto de Lei do Congresso Nacional no 32, de 2016 (PLN 32/2016), aprovado pelos senadores e deputados federais abre crédito para várias empresas estatais, no valor de R$ 845,5 milhões, dos quais R$ 460 milhões são destinados à Petrobras para a conclusão das obras da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UNF III) em Três Lagoas, no interior do Mato Grosso do Sul. Segundo o governo federal, esse crédito visa possibilitar a adequação dos processos de refino, almejando a redução de perdas na produção de óleo e gás, além da implantação da nova unidade de fertilizantes nitrogenados no município acima citado para suprir a demanda nacional por ureia e amônia. O PLN 32/2016 é um dos 31 projetos de créditos orçamentários aprovados pelo Congresso Nacional no dia 15 de dezembro de 2016, para reforçar os recursos ou criar dotação destinada a diversos órgãos de todos os Poderes. As matérias seguem para a sanção presidencial. Na avaliação do secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, a proposta de incluir projetos de crédito orçamentário para reforçar ou criar dotação destinada, em especial a obras paralisadas, é extremamente salutar no âmbito de economia. No caso do PLN 32, a maior parte do recurso previsto é para a Petrobrás, no valor de R$ 460 milhões para a adequação de refino e término da obra da UFN3. Concluir projetos estratégicos como o dessa indústria de fertilizantes nitrogenados em Três Lagoas é fundamental para reativar a economia do país. Ainda de acordo com Jaime Verruck, como a proposta irá para sanção da Presidência da República, o governo do Estado irá se manifestar diretamente ao presidente Michel Temer para que esse recurso seja aprovado e as obras concluídas. Com isso, vamos reativar um projeto estratégico para Mato grosso do Sul e que está em sua fase final de construção, com 82% da obra concluída. O secretário destacou também a necessidade de apoio de toda a bancada federal para que seja sancionado o crédito. A conclusão e o início das operações da UFN 3 vão permitir ao Brasil reduzir as importações e proporcionar mais competitividade ao agronegócio brasileiro, concluiu. Fonte: Retirado de Painel Florestal (28/10/2016) 10