Incidência, Sobrevivência e Adesão às Recomendações nos Tumores de Células Germinativas na Região Sul de Portugal. Resultados Preliminares
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- Joaquim Marreiro Gil
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1 Incidência, Sobrevivência e Adesão às Recomendações nos Tumores de Células Germinativas na Região Sul de Portugal Resultados Preliminares Gabriela Câmara XXIII Jornadas ROR-SUL - 17 de Fevereiro de 2016
2 INTRODUÇÃO Epidemiologia Tumores de células Germinativas (TCG) são uma entidade rara 1-1,5% dos tumores 4% dos tumores urológicos anos 50% Seminomas 50% Não Seminomas 95% testiculares 5% extragonadais retroperitoneais, mediastinicos, SNC Taxa de cura > 95% Doença metastática > 80% (Esmo guidelines 2013)
3 INTRODUÇÃO Epidemiologia Elevada incidência Países Nórdicos/América Norte (ex. Noruega:10,5 por ) 2%/ano Em Portugal: Incidência 3,6 casos/ (2009) (B. Trabert et al, 2014)
4 INTRODUÇÃO TUMOR DE CÉLULAS GERMINATIVAS + BOM PROGNÓSTICO = TRATAMENTO MULTIDISCIPLINAR ADEQUADO INDICADOR DE QUALIDADE EM SAÚDE (Kormann KU et al, 2001)
5 (Passos-Coelho et al, 2011) INTRODUÇÃO OS 5 anos Coorte ROR Sul Amostra Global 80% OS 95% (EUROCARE-4) Estadio I 100% Estadio II 92% Estadio III 53% Mau Prognóstico IGCCCG 50% OS 70%-80%(EUROCARE-4) OS 71% (SEER, ) OS 48% (IGCCCG)
6 INTRODUÇÃO Atraso no diagnóstico? Não adesão às recomendações de tratamento? (Passos-Coelho et al, 2011)
7 INTRODUÇÃO Dificuldade na Adesão às Recomendações? Rigaud J, et al (França) 2014: 32% dos urologistas não cumpria as guidelines Thibault C, et al (França) 2014: 50% não receberam tratamento segundo as guidelines, em contexto salvage; Shradder M, et al (Alemanha) 2009: opinião médica inicial não conforme em 32%; Yu HY, et al (EUA) 2009: cumprimento das guidelines de F/U em 40% dos doentes na vigilância; KCE reports 149B (Bélgica): Cumprimento subóptimo das guidelines de tratamento. NEOPLASIA RARA TRATAMENTO MULTIMODAL IMPORTÂNCIA DE CENTROS COM EXPERIÊNCIA? (Collete et al 1999; Bhang et al 2004)
8 OBJECTIVOS DO ESTUDO Incidência Sobrevivência e Sobrevida livre de progressão (global, estadio TNM, grupo IGCCCG) Caracterização do tempo entre o 1º sintoma e o diagnóstico Caracterização da adesão às recomendações para o tratamento de TCG Por Experiência da Instituição? Impacto na Sobrevida?
9 DESENHO DO ESTUDO Estudo de coorte, com recolha de dados retrospectiva de base populacional Critérios de elegibilidade: Sexo masculino Diagnóstico de TCG (gonadais e extragonadais) Região abrangida pelo ROR-Sul Com diagnóstico entre 2008 e 2012 (5 anos) Critérios de exclusão: Doentes com informação clínica considerada insuficiente para quantificar e identificar os parâmetros descritos nos objectivos
10 CENTROS PARTICIPANTES ARS Alentejo CHL Central CHL Norte (HSM e HPV) CHL Ocidental CH Baixo Alentejo CH Barlavento Algarvio CH Barreiro-Montijo CH Caldas Rainha CH Funchal CH Médio Tejo CH Setubal H. Beatriz Ângelo H. Beja Hs CUF H. Curry Cabral H. Distrital Faro H. Distrital Santarém H. Espirito Santo Évora H. Fernado Fonseca H. Garcia Horta H. Litoral Alentejano H. Luz H. Militar Principal H. SAMS HPP Cascais IPO Lisboa ULS Norte Alentejano (Elvas) ULS Norte Alentejano (Portalegre)
11 DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS A análise estatística será realizada após codificação das instituições hospitalares participantes de forma a assegurar o completo anonimato e garantir a confidencialidade dos dados relativos a cada instituição isoladamente. Esta codificação será mantida no relatório final e em todas as publicações que possam vir a ser subsequentemente realizadas. Mediante solicitação por escrito, cada centro poderá ter acesso aos seus dados. Os dados recolhidos no âmbito deste estudo serão utilizados unicamente para fins epidemiológicos.
12 RESULTADOS Casuística global 409 casos de TCG ( ) 301 revistos 108 não revistos 285 Testículo ou Retroperitoneais 9 Mediastino 7 SNC
13 RESULTADOS Incidência 2,5 3,9 casos / ( ) N=409
14 RESULTADOS 5% 12% 47% 31% 6% N=285
15 RESULTADOS 1º Sinal/Sintoma Volume testicular 41% Nódulo Testicular 28% Não avaliável em 17% dos doentes Tempo entre o 1º sinal/sintoma até ao diagnóstico Mediana: 2,0 meses
16 RESULTADOS Estadio TNM, n (%) Amostra Global (n=285) Seminoma (n=142) Não Seminoma (n=142) I 171 (60) 99 (70) 72 (51) II 58 (20) 29 (20) 29 (20) III 46 (16) 8 (6) 38 (27) NA 10 (4) 6 (4) 3 (2) Grupo IGCCCG, n (%) 43% 37% 62% Bom 251 (88) 131 (92) 120 (85) Intermédio 13 (5) 7 (5) 6 (4) 21% Mau 15 (5) - 15 (11) NA 6 (2) 4 (3) 1 (1) 56% 28% 16% (Passos-Coelho et al, 2011) (IGCCCG, JCO 2007) NA não avaliável
17 RESULTADOS Sobrevivência Global observada (Kaplan-Meier) 3-yrOS 96% (IC 95% 93,4-98,3%) Mediana de Seguimento: 3,7 anos
18 RESULTADOS Sobrevivência Relativa Sobrevida padronizada por idade, aos 3 anos 93%
19 RESULTADOS Sobrevivência Global Estadio TNM Grupo prognóstico IGCCCG 3-yr OS: Est. I 99% Est. II 96% Est. III 85% 3-yr OS: Good 98% Int 76% Poor 74%
20 RESULTADOS Sobrevivência Global Histologia 3-yr OS: Não Seminoma 96% Seminoma 96%
21 RESULTADOS Sobrevida livre de progressão 3-Yr PFS 87% (IC 95% 82,3-91,0%)
22 RESULTADOS Guidelines Diagnóstico Guidelines Estadiamento Guidelines Tratamento Intensidade de Dose 1) Histologia +/- MT ou MT +/- quadro clinico sugestivo 2) Orquidectomia inguinal 1) MT após orquidectomia 2) TAC -TAP (ou RX tórax se Seminoma estadio I) 1) Tratamento de acordo com Estadio /IGCCCG 2) Abordagem da doença residual de acordo com histologia 1) Utilização de QT e RT na dose e esquema standard 3) Histologia de acordo com os critérios OMS 1) Ecografia Escrotal (testículo contralateral) MT marcadores tumorais (ESMO/EAU Guidelines ) Adesão = Cumprimento de todos os itens
23 RESULTADOS Adesão às Recomendações N=285
24 RESULTADOS Não Adesão às Recomendações Diagnóstico Estadiamento 98% 2% Via orquidectomia Relatório histológico OMS 8% 23% 74% MT Imagiologia à distância Ecografia Escrotal N = 252 (88%) 4 doentes - 2 critérios N = 125 (44%) 99 doentes - 1 critério 22 doentes - 2 critérios 4 doentes - 3 critérios
25 RESULTADOS Não Adesão às Recomendações Tratamento Intensidade de Dose 10% 50% 40% Subtratados Sobretratados Não avaliável 72% 22% 67% 6% Redução de dose Atraso de ciclos Não avaliável N = 80 (28%) N = 195 (68%)
26 DISCUSSÃO Resultados Preliminares! Tendência para o aumento da incidência? Tempo entre o 1º sintoma e o diagnóstico? Sobrevivência de acordo com o esperado MAS maior proporção de doentes com estadio I e bom prognóstico IGCCCG face à literatura e à coorte Amostra global? Sobrevivência aos 3 anos aos 5 anos?
27 DISCUSSÃO Resultados Preliminares! Em geral, má adesão as recomendação de abordagem aos TCG Doentes Subtratados Impacto Sobrevida? Doentes Sobretratados Impacto em termos económicos e de toxicidades tardias?
28 EQUIPA DE INVESTIGAÇÃO Margarida Brito Gabriela Câmara Marco Ramos José Pais Silva Susana Esteves Alexandra Mayer António Moreira Ana Miranda Financiamento Direcção Geral de Saúde
29 Obrigada!
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