UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE FACULDADE DE DIREITO, CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS E ECONÔMICAS CURSO DE DIREITO. Leidiane Gomes de Barros

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1 UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE FACULDADE DE DIREITO, CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS E ECONÔMICAS CURSO DE DIREITO Leidiane Gomes de Barros ADOÇÃO INTERNACIONAL E SUA FUNÇÃO SOCIAL Governador Valadares 2012

2 LEIDIANE GOMES DE BARROS ADOÇÃO INTERNACIONAL E SUA FUNÇÃO SOCIAL Monografia apresentada como requisito para obtenção do grau de bacharel em Direito pela Faculdade de Direito, Ciências Administrativas e Econômicas, da Universidade Vale do Rio Doce. Governador Valadares 2012

3 LEIDIANE GOMES DE BARROS ADOÇÃO INTERNACIONAL E SUA FUNÇÃO SOCIAL Monografia apresentada como requisito para obtenção do grau de Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito, Ciências Administrativas e Econômicas, da Universidade Vale do Rio Doce. Governador Valadares, de de Banca Examinadora: Profª Marlene Franklin Alves - Orientadora Universidade Vale do Rio Doce Prof. Universidade Vale do Rio Doce Prof. Universidade Vale do Rio Doce

4 Dedico esta monografia ao meu querido pai pelo esforço, dedicação e superação, a minha mãe pelo carinho e exemplo de mulher, as minhas irmãs por serem minhas companheiras e por me apoiarem, a Deus que é sublime em nossas vidas.

5 AGRADECIMENTOS Agradeço à DEUS em primeiro lugar por ter me amparado nos momentos mais difíceis, por ser meu refúgio e minha fortaleza e me conceder essa vitória. Aos meus queridos pais, Divino e Penha que não mediram esforços e com muita dedicação lutaram para que eu pudesse alcançar esse objetivo. Agradeço as minhas irmãzinhas pelo carinho e por confiarem em mim, ao meu namorado pelo incentivo e compreensão e aos demais familiares e amigos que sempre torceram por mim. À minha orientadora, Marlene Franklin Alves por sua paciência e dedicação. A todos, os meus sinceros agradecimentos.

6 RESUMO A adoção internacional é um dos temas mais complexos e polêmicos, quase sempre envolto em preconceitos e equívocos. A fim de esclarecer mais sobre o tema em questão foi desenvolvido o presente estudo, que teve como finalidade analisar o Estatuto da Criança e do Adolescente no que tange a adoção, dando enfoque a adoção internacional e sua função social. Será demonstrada a adoção de uma forma geral, abordando conceitos, evolução histórica e natureza jurídica e, em especial, sobre a adoção internacional, apresentando as modificações trazidas pela Lei /2009, bem como objetivos e dificuldades encontradas em face da função social. Palavras chave: Adoção. Adoção Internacional. Função Social.

7 ABSTRACT International adoption is one of the most complex and controversial issues, often shrouded in prejudices and misconceptions. In order to shed light on the subject in question was developed in this study, which aimed to analyze the Statute of Children and Adolescents with respect to adoption, focusing on international adoption and its social function. Adoption will be demonstrated in general, covering concepts, historical development and legal nature and, in particular on international adoption, with modifications introduced by Law /2009, as well as goals and difficulties encountered in the face of social function. Keywords: Adoption: Intercountry Adoption. Social Function.

8 LISTA DE SIGLAS Apud- Citado por Art.- Artigo CC- Código Civil CF- Constituição Federal ECA- Estatuto da Criança e do Adolescente FEBEM- Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor RDF- Revista Síntese Direito de Família

9 Dizem que sou o futuro; Não me desampare no presente. Dizem que sou a paz; Não me preparem para a guerra. Dizem que sou a promessa de Deus e do bem; Não me entreguem ao mal. Dizem que sou a luz de seus olhos; Não me deixem mergulhar na escuridão. De vocês não espero o pão apenas; Deem-me a luz do entendimento... Não quero de vocês o carinho somente; Suplico que me eduquem... A vocês não lhes peço apenas brinquedos, Peço-lhes boas palavras e bons exemplos... Não vejam em mim um enfeite na casa de vocês; Sou alguém, pessoa humana à imagem de Deus. Ensinem-me a oração, o trabalho, a humildade; Para que eu venha a ser bom, puro, forte e justo. Corrijam-me agora, ainda que eu sofra... Enquanto é tempo... Amanha poderá ser tarde... Ajudem-me hoje, eu lhes suplico: Para que amanhã eu não os faça chorar... Francisco Cândido Xavier

10 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ADOÇÃO CONCEITO HISTÓRICO DA ADOÇÃO Na Antiguidade Na Idade Média Na Idade Moderna Código Civil de Lei nº 3.133/ Lei 4.655/ Lei nº / Lei nº 8.069/ Código Civil de Lei / NATUREZA JURÍDICA ADOÇÃO INTERNACIONAL CONCEITO PREVISÃO NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL TRÁFICO INTERNACIONAL DE CRIANÇAS A CONVENÇÃO DE HAIA E OS ORGANISMOS QUE AUXILIAM NA ADOÇÃO INTERNACIONAL REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA ADOÇÃO INTERNACIONAL DE ACORDO COM A CONVENÇÃO DE HAIA DE 29 DE MAIO DE REQUISITOS NECESSÁRIOS DO ADOTANDO E DO ADOTANTE ESTRANGEIRO Adotante Estrangeiro Requisitos Quanto ao Adotado MUDANÇAS NA ADOÇÃO INTERNACIONAL TRAZIDAS PELA LEI /

11 3.7.1 Do Procedimento Da Habilitação Do Estágio de Convivência Da Sentença Judicial Da Saída do Adotado do Brasil Solicitação de Informações, Sobre a Situação da Criança ou do Adolescente Adotado EFEITOS DA ADOÇÃO ADOÇÃO INTERNACIONAL E SUA FUNÇÃO SOCIAL CONCLUSÃO REFERÊNCIAS... 43

12 11 1 INTRODUÇÃO O tema escolhido, talvez um pouco desconhecido, ainda não foi enfrentado de forma plena no Brasil. A adoção internacional é um dos temas mais complexos e polêmicos, quase sempre envolto em preconceitos e equívocos, e não pode ser compreendida fora da ordem globalizada em que vivemos, a fim de entender mais sobre a adoção internacional, demonstrar que a adoção internacional deve ser inserida dentro do espírito de aproximação e entendimento entre os povos. O presente trabalho apresentou como problemática: as dificuldades encontradas na realização da adoção internacional. O presente trabalho teve como objetivo analisar as normas concernentes à adoção, sobretudo o Estatuto da Criança e do Adolescente e a Lei /2009 no que tange a adoção, dar enfoque a adoção internacional e sua função social. Inicialmente no primeiro capítulo foi apresentado um breve conceito sobre adoção, além de apresentar o histórico da adoção e sua natureza jurídica, que são necessários para uma ideal compreensão da proposta aqui apresentada. O segundo capítulo apresentou a definição de adoção internacional, abordando ainda sobre o problema do tráfico internacional de crianças, a função da Convenção de Haia e os Organismos que auxiliam na adoção internacional, momento em que foram destacados requisitos necessários do adotando e do adotante estrangeiro e, por último as mudanças na adoção internacional trazida pela Lei /2009 e seus efeitos. O terceiro capítulo abordou especificamente sobre a adoção internacional e sua função social. A adoção internacional é uma opção para amenizar a realidade de crianças e adolescentes abandonados e incentivar a comunidade a descobrir o instituto da adoção e a sua função social na sociedade. Assim o presente trabalho visou, singelamente, discorrer sobre a adoção internacional com a demonstração de sua função social, apresentando entendimento doutrinário e jurisprudencial para contribuição na área do Direito, dada a extrema relevância do tema.

13 12 Para a elaboração do presente trabalho utilizou-se da pesquisa bibliográfica, consulta a artigos, pesquisas, publicações, legislações, revistas e decisões dos tribunais pertinentes ao tema proposto.

14 13 2 ADOÇÃO 2.1 CONCEITO Conforme as palavras de Pereira (2010, p.411) a adoção é, pois, o ato jurídico 1 pelo qual uma pessoa recebe outra como filho, independentemente de existir entre elas qualquer relação de parentesco consanguíneo ou afim. No mesmo posicionamento Diniz (2010, p. 523) diz que: Adoção vem a ser o ato jurídico solene pelo qual, observados os requisitos legais, alguém estabelece, independentemente de qualquer relação de parentesco consangüíneo ou afim, um vinculo fictício de filiação, trazendo para sua família, na condição de filho, pessoa que, geralmente, lhe é estranha. Os autores ao definirem adoção apresentam a mesma opinião quanto a sua definição, afirmando, em regra que a adoção é um ato jurídico, ou seja, produz efeitos jurídicos, onde o adotante estará trazendo uma pessoa que muitas vezes lhe é estranha para o seu vínculo familiar na condição de filho. A adoção é definição em que o adotado integra uma nova família, passando este a ser titular dos mesmos direitos e deveres do filho biológico, passando a existir entre o adotante e o adotado uma relação fictícia de paternidade e filiação, não podendo existir qualquer ato discriminatório. Nas sábias palavras de Maria Berenice Dias (2007, p. 426) a adoção: É um ato jurídico em sentido estrito, cuja eficácia está condicionada a chancela judicial. Cria um vínculo fictício de paternidade-maternidade - filiação entre pessoas estranhas, análogo ao que resulta da filiação biológica. Para a autora a adoção é um ato humano, sendo que as consequências jurídicas deste ato estão previstas na Lei, onde o sucesso da adoção depende da permissão jurídica. Para Venosa (2010, p.273) a adoção é uma filiação exclusivamente jurídica, que se sustenta sobre a pressuposição de uma relação não biológica, mas a efetiva. 1 Denominação que se dá a todo ato lícito, que tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir direitos.

15 14 Venosa (2010, p. 275) também nos ensina que a adoção trás duas finalidades fundamentais, que seria dar filhos àqueles que não os podem ter biologicamente e dar pais aos menores desamparados. O autor ao definir adoção a descreve como um laço afetivo cuja finalidade é formar famílias. Para Wald (2009, p.315) a adoção é uma ficção jurídica que cria o parentesco civil. É um ato jurídico bilateral que gera laços de paternidade e filiação entre pessoas para as quais tal relação inexiste naturalmente. O autor acima apresenta uma definição um pouco diferente dos outros autores, pois para ele a adoção é um contrato onde expressa a vontade de duas ou mais pessoas, onde se forma um parentesco civil. Temos que a adoção é considerada como um vínculo fictício que se dá em razão do parentesco civil, através do qual alguém leva para sua família o menor, dando a esse sustento, carinho e amor, praticando a função da família biológica. 2.2 HISTÓRICO DA ADOÇÃO Na Antiguidade O instituto da adoção sofreu algumas alterações até os dias atuais. A adoção justificava pela crença religiosa, as civilizações acreditavam que os vivos eram protegidos pelos mortos. Para Wald (2009, p. 315) a adoção surgiu historicamente atendendo os imperativos de ordem religiosa. Venosa (2010, p.276) diz que: O princípio básico antigo que passou para o direito civil moderno era no sentido de que a adoção deveria imitar a natureza: adoptio naturam imitatur. 2 O adotado assumia o nome e a posição do adotante e herdava seus bens como consequência da assunção do culto. Pode-se entender que a adoção surgiu no direito primitivo como forma de transferência de bens, no caso do morto não possuir parentescos, onde o culto aos mortos era tido como religião. 2 Definição do Dicionário Latim: A adoção imita a natureza

16 15 Wald (2009, p ) diz que Somente o culto dos mortos, que encontramos em todas as religiões primitivas, explica a expansão do instituto da adoção e o papel que desempenhou no mundo antigo. Portanto a finalidade da adoção na antiguidade era dar continuidade a família, resguardado o patrimônio, e não o adotando em si Na Idade Média Venosa (2010, p. 277) diz que na Idade Média, sob novas influencias religiosas e com a preponderância do Direito Canônico, a adoção cai em desuso. No mesmo posicionamento Vieira, Pires, Silva Andrade, Dellaparte e Fortes da Silva (2010, p.109) dizem que no entanto, na idade Média, caiu em desuso, sendo ignorada pelo direito Canônico, tendo em vista que a família cristã repousa no sacramento do matrimônio. Verifica-se que a adoção deixou de ser meio utilizado para preservação do patrimônio, razão pela qual deixou de existir na idade média, pois entendia- se que a família deveria ser formada com filhos biológicos através do sacramento do matrimônio. Nesta época a igreja somente aceitava a adoção nos casos de transmissão de herança, visto que proporcionava a mesma o acesso aos bens, por intermédio de doações Na Idade Moderna No Código de Napoleão de 1804 a adoção é considerada um ato essencialmente contratual, submetida a requisitos para que possa adquirir validade plena, já que não só exige o consentimento das partes para o seu aperfeiçoamento, mas se requer um rigoroso trâmite processual subsequente. A adoção se limitava àqueles que não possuíam filhos, e somente poderia ser feita entre pessoas que tivessem entre si uma diferença de idade de no mínimo 15 anos e que o adotante tivesse no mínimo 50 anos de idade. Venosa (2010, p. 277) nos ensina que:

17 16 Na Idade Moderna, com a legislação da Revolução Francesa, o instituto da adoção volta à baila, tendo sido posteriormente incluído no Código de Napoleão de Esse diploma admitiu a adoção de forma tímida, a princípio, nos moldes da adoção romana minus plena. O Código de Napoleão estabelece diferentes regras com respeito ao sujeito ativo da adoção, compreendendo sua idade, sexo, descendência, estado civil e reputação Código Civil de 1916 No Código Civil de 1916, o interesse dos adotantes vinha em primeiro plano, ficando o adotado em segundo plano. Venosa (2010, p. 279) destaca que: A adoção, no Código Civil de 1916, lei eminentemente patrimonial, visava proeminentemente à pessoa dos adotantes, ficando o adotando em segundo plano, aspecto que já não é admitido na moderna adoção. Originalmente, o Código disciplinou a adoção conforme tendência internacional da época, isto é, como instituição destinada a dar prole àqueles que não tinham e não podiam ter filhos. A adoção somente era possível, por exemplo, na provecta idade de 50 anos. Através do Código Civil de 1916 pode-se perceber que a adoção era um ato que beneficiava o adotante, pois só era permitida a partir dos 50 anos. Somente podia adota quem não tivesse filhos legítimos e a diferença de idade entre adotante e adotado tinha de ser de pelo menos dezoito anos e no caso de adoção por duas pessoas, estas precisavam ser necessariamente casadas. Para Maria Berenice Dias (2007, p.425): O Código Civil de 1916 chamava de simples a adoção tanto de maiores como de menores. Só podia adotar quem não tivesse filhos. A adoção era levada a efeito por escritura publica e o vínculo de parentesco limitava-se ao adotante e ao adotado. Maria Berenice Dias, assim como vários autores civilistas, afirma que a adoção era um direito exclusivo para quem não tivesse filhos. Para Wald (2009, p.318) o filho adotivo era equiparado ao legítimo, mas não em relação à herança, já que, concorrendo com o filho natural superveniente, recebia a metade da quota atribuída a este último.

18 Lei nº 3.133/1957 Com a Lei nº 3.133/1957 o instituto da adoção sofreu algumas mudanças, conforme pode-se observar nos dizeres de Venosa apud Rodrigues (1999, p.330): Observa que foi esse diploma que passou a considerar a adoção sob o prisma assistencial, tendo em mira a condição do adotado, representando, na realidade, uma nova adoção, distante daquela disciplinada pelo legislador no início do século. Essa Lei de 1957 permitiu a adoção por pessoas de 30 anos, com ou sem prole legítima ou ilegítima. Até então, a possibilidade de adoção restringia-se às pessoas sem filhos. Assim estatuindo, essa lei determinou, na redação dada ao art. 377, do antigo Código, que, quando o adotante tivesse filhos legítimos, legitimados ou reconhecidos, a relação de adoção não envolvia sucessão hereditária. Esse preceito só teve vigência até a Constituição de 1988, pois o art. 227, 6º, equiparou os filhos de qualquer natureza, para todos os fins. Entende-se que com a Lei nº 3.133/1957 o adotado passa a ser visto diferente, e que a adoção passa a ser uma forma de assistência ao adotado e não uma continuação da família, garantindo a todas as pessoas o direito a adoção. No mesmo posicionamento Vieira, Pires, Silva, Andrade, Dellaparte Fortes da Silva (2010, p.110) diz que: A aludida Lei nº 3.133/57, embora permitisse a adoção por casais que já tivessem filhos legítimos, legitimados ou reconhecidos, não equiparava a estes os adotivos, pois, nesta hipótese, segundo prescrevia o art. 377, a relação de adoção não envolvia a de sucessão hereditária. Essa situação perdurou até o advento da Constituição de 1988, cujo art. 227, 6º, proclama que os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação. (RDF59, 2010, p.110). Somente com a Constituição de 1988, é que os filhos adotivos passam a ter os mesmo direitos perante a Lei que os filhos biológicos Lei 4.655/1965 Com o advento da Lei 4.655/1965 criou-se a legitimação adotiva, conforme menciona Maria Berenice Dias (2007, p. 425) A Lei 4.655/1965 admitiu mais uma modalidade de adoção, a chamada legitimação adotiva. Dependia de decisão judicial, era irrevogável e fazia cessar o vínculo de parentesco com a família natural. Para Silvio Rodrigues (2002, p. 378):

19 18 Tratava de instituto que tirava algo da adoção e algo da legitimação, pois, como naquela, estabelecia um liame de parentesco de primeiro grau, em linha reta entre adotante e adotado, e, como na legitimação, este parentesco era igual ao que liga o pai ao filho consanguineo Lei nº /1979 Já com o advento do Código de Menores de 1979, o instituto da adoção admitiu dois tipos, a simples e a plena. Nas palavras de Maria Berenice Dias (2007, p. 425): O Código de menores (Lei 6.697/1970 substituiu a legitimação adotiva pela adoção plena, mas manteve o mesmo espírito. O vínculo de parentesco foi estendido à família dos adotantes, de modo que o nome dos ascendentes de consentimento expresso dos avós. Assim, a partir da vigência da Lei 6.697/1979 um vínculo de parentesco maior foi estabelecido entre o adotante e o adotado. De acordo com Silvio Rodrigues (2002, p. 379) até a entrada em vigor do Estatuto da Criança e do Adolescente existiam duas diversas adoções, a adoção simples e a adoção plena: A adoção simples criava um parentesco civil entre o adotante e adotado, parentesco que se circunscrevia a essas duas pessoas, não se apagando jamais os índices de como esse parentesco se constituía. Ela era revogável pela vontade concordante das partes e não extinguia os direitos e deveres resultantes do parentesco natural. A adoção plena, ao contrário, apagava todos os sinais do parentesco natural do adotado, que entrava na família do adotante como se fosse filho de sangue. Seu assento de nascimento era alterado, os nomes dos progenitores e avós paternos substituídos, de modo que, para o mundo, aquele parentesco passava a ser o único existente Lei nº 8.069/1990 A Lei nº 8.069/1990, mais conhecida como o Estatuto da Criança e do Adolescente trouxe à adoção novas perspectivas e regras. De acordo com os autores Vieira, Pires, Silva, Andrade, Dellaparte e Fortes da Silva (2010, p.110):

20 19 Com a entrada em vigor do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069, de ), o instituto da adoção passou por nova regulamentação, trazendo como principal inovação a regra de que a adoção seria sempre plena para os menores de 18 anos. A adoção simples, por outro lado, ficaria restrita aos adotando que já houvessem completado essa idade. O Estatuto da Criança e do Adolescente foi instituído com a finalidade de cuidar exclusivamente dos interesses da criança e do adolescente, consideradas como tal desde que possuísse até 12 anos e 18 anos incompletos. Trouxe a colocação em família substituta como medida excepcional, sendo utilizado para proteção da criança e do adolescente com direitos violados. Sendo necessário o consentimento do maior de 12 anos de idade, que será colhido em audiência Código Civil de 2002 Para Maria Berenice Dias (2007, p. 426): O atual Código Civil instituiu o sistema de adoção plena, mantendo a orientação do ECA. Agora a adoção, tanto de adultos, como de crianças e adolescentes, reveste-se das mesmas características, sujeitando-se em qualquer hipótese a processo judicial. O Código Civil de 2002 destaca a adoção como um ato, irrevogavelmente, para todos os efeitos legais, onde o adotado passa a ser filho legítimo dos adotantes, desligando-se de qualquer vínculo com os pais de sangue e demais Lei /2009 Com a Lei /2009, o Estatuto da Criança e do Adolescente sofreu algumas modificações, principalmente nos artigos sobre adoção. Trouxe uma nova concepção de adoção no Brasil, como por exemplo, a esperança de crianças e adolescentes que vivem em abrigos, de ter um lar. Pode-se citar o artigo 39, 1º, do Estatuto da Criança e do Adolescente que passou a prever que a adoção é medida excepcional e irrevogável, à qual se deve recorrer apenas quando esgotados os recursos de manutenção da criança ou adolescente na família natural ou extensa.

21 20 De acordo com a nova legislação a adoção deve ser utilizada para pessoas estranhas somente quando não houver nenhuma possibilidade de convivência da criança ou adolescente na família natural ou extensa, devendo o Estado propiciar os meios necessários para manter o menor em sua família de origem. 2.3 NATUREZA JURÍDICA De acordo com Venosa (2010, p. 277) a definição da natureza jurídica da adoção sempre foi controvertida. Segundo o autor (2010, p.278) havendo duas modalidades distintas de adoção, de acordo com o Código Civil de 1916 e de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, cada uma delas tem natureza jurídica própria: A adoção do Código Civil de 1916 realçava a natureza negocial do instituto, como contrato de Direito de Família, tendo em vista a singela solenidade da escritura pública que a lei exigia (art. 375). Por outro lado, no Estatuto da Criança e do Adolescente não se pode considerar somente a existência de simples bilateralidade na manifestação de vontade, porque o Estado participa necessária e ativamente do ato, exigindo-se uma sentença judicial, tal como faz também o Código Civil de Sem esta não haverá adoção. A adoção moderna, da qual nossa legislação não foge à regra, é direcionada primordialmente para os menores de 18 anos, não estando mais circunscrita a mero ajuste de vontades, mas subordina à inafastável intervenção do Estado. Desse modo, na adoção estatutária há ato jurídico com marcante interesse público que afasta a noção contratual. Ademais, a ação de adoção é ação de estado, de caráter constitutivo, conferindo a posição de filho ao adotado. Liberati (2003, p.22) entende que: Com a vigência da Lei 8.069/90, a adoção passa a ser considerada de maneira diferente. É erigida à categoria de instituição, tendo como natureza jurídica a constituição de um vínculo irrevogável de paternidade e filiação, através de sentença judicial (art. 47). É através da decisão judicial que o vínculo parental com a família de origem desaparece, surgindo nova filiação (ou novo vínculo), agora de caráter adotivo, acompanhada de todos os direitos pertinentes à filiação de sangue. Para Diniz (2010, p. 523) a adoção é uma ficção legal que possibilita que se constitua entre o adotante e o adotado um laço de parentesco de 1º grau em linha reta. A natureza jurídica da adoção é destacada em diferentes aspectos: Para Diniz (2010) a adoção é a criação de um laço de parentesco entre ambos, já para Venosa há duas modalidades distintas de adoção, onde cada uma tem natureza jurídica

22 21 própria, sendo que no Código Civil de 1916 a adoção era um ato que beneficiava o adotante, já no Estatuto da Criança e do Adolescente há a participação ativa do Estado onde não basta a vontade de ambos os envolvidos, não mais possuindo a natureza contratualista. Venosa (2010, p. 278) ensina que: Na adoção estatutária há ato jurídico com marcante interesse público que afasta a noção contratual. Ademais, a ação de adoção é ação de estado, de caráter constitutivo, conferindo a posição de filho ao adotado. Essa é a corrente institucional que se baseia na ideia de que a adoção é de interesse do Estado e possui caráter constitutivo. Ainda no entendimento sobre a natureza jurídica da adoção, pode citar-se o seguinte julgado do STJ: EMENTA: ADOÇÃO. SENTENÇA. NATUREZA JURÍDICA. Trata-se de REsp em que se discute a natureza jurídica da sentença proferida no processo de adoção: se constitutiva, produzindo coisa julgada material e só podendo ser rescindida por ação rescisória, ou se homologatória, não se sujeitando à coisa julgada material e podendo ser objeto de ação anulatória de atos jurídicos em geral, prevista no art. 486 do CPC. A Turma entendeu que a sentença proferida no processo de adoção possui natureza jurídica de provimento judicial constitutivo, fazendo coisa julgada material. Em sendo assim, a ação anulatória de atos jurídicos em geral, prevista naquele dispositivo legal, não é meio apto à sua desconstituição, só obtida mediante ação rescisória, sujeita a prazo decadencial, nos termos do art. 485 e incisos daquele mesmo código. Observou-se que classificar a sentença de adoção como de natureza meramente homologatória (não sujeita ao trânsito em julgado, à produção de coisa julgada material, tampouco ao prazo decadencial para sua desconstituição mediante ação rescisória) como quer o recorrente, ensejaria verdadeira insegurança jurídica, ao possibilitar o retorno do menor adotado, a qualquer tempo, ao status quo ante à adoção mediante simples ajuizamento de ação anulatória de atos jurídicos em geral. Isso afetaria, sem dúvida, direitos personalíssimos, tais como nome e filiação, inerentes à dignidade da pessoa humana do menor adotado. Diante disso, negou-se provimento ao recurso. REsp CE, Rel. Min. Massami Uyeda, julgado em 18/5/2010. Conclui-se que a adoção é um ato sinalagmático, solene, gratuita e de natureza híbrida, onde a vontade das partes, bem como exercício de seus direitos encontra-se limitados pelo princípio de ordem pública, ou seja, o juiz é quem terá o poder-dever de optar pela família substituta adequada e não os pais biológicos da criança a ser adotada ou os pais adotantes.

23 22 3 ADOÇÃO INTERNACIONAL 3.1 CONCEITO Pode-se definir a adoção internacional de acordo com o artigo 51, caput, do Estatuto da Criança e do Adolescente: Art. 51. Considera-se adoção internacional aquela na qual a pessoa ou casal postulante é residente ou domiciliado fora do Brasil, conforme previsto no Artigo 2 da Convenção de Haia, de 29 de maio de 1993, Relativa à Proteção das Crianças e à Cooperação em Matéria de Adoção Internacional, aprovada pelo Decreto Legislativo nº 1, de 14 de janeiro de 1999, e promulgada pelo Decreto nº3.087, de 21 de junho de Considera-se adoção internacional quando a criança e o adolescente brasileiros ou residentes no Brasil, forem adotados por adotantes que moram em outro país. A adoção internacional é vista como medida excepcional, subsidiária, somente sendo autorizada, quando não houver outro meio da criança ou adolescente viver no seio de uma família no seu país de origem. Diniz (2010, p. 548) diz que a adoção por estrangeiro deverá obedecer aos casos e condições estabelecidos legalmente. Ainda nos dizeres de Diniz (2010, p. 550): A adoção Internacional de criança ou adolescente brasileiro ou domiciliado no Brasil somente terá lugar quando restar comprovado: que a colocação em família substituta é a solução adequada ao caso concreto; que foram esgotadas todas as possibilidades de colocação da criança ou adolescente em família substituta brasileira, após consulta aos cadastros mencionados no art. 50; que, em se tratando de adoção de adolescente, esse foi consultado, por meios adequados ao seu estágio de desenvolvimento e que se encontra preparado para a medida, mediante parecer elaborado por equipe interprofissional, observado o disposto nos 1 e 2º do art. 28 do ECA. Venosa (2010, p. 294) destaca que a adoção internacional se refere a medida extrema, além de ser suscetível a fraudes: A Adoção Internacional, mais suscetível a fraudes e ilicitudes, é dos temas mais delicados, sujeito a tratados e acordos internacionais e a reciprocidade de autoridades estrangeiras. Procura-se minimizar a problemática do tráfico de crianças. O estrangeiro, domiciliado no Brasil, submete-se às regras nacionais de adoção e pode adotar, em princípio, como qualquer brasileiro.

24 23 Entende-se que a definição de adoção internacional está estritamente relacionada ao local que a pessoa mora. Segundo Venosa (2010, p. 295) o que define, portanto, como internacional a adoção não é a nacionalidade dos adotantes, mas sua residência ou domicílio fora do país". Para Maria Berenice Dias (2007, p.434): Esse tema sempre gera acesos debates. Há quem considera a adoção internacional de grande valia para amenizar os aflitivos problemas sociais. Outros, no entanto, temem que se transforme em tráfico de crianças ou, pior, que objetive a comercialização de órgãos do adotado. Portanto, a adoção internacional surge como uma opção de resgatar o direito constitucional da criança de ter uma família. 3.2 PREVISÃO NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL O instituto da adoção internacional é constitucionalmente permitido no Brasil. O artigo 227, 5º da Constituição Federal estabelece a adoção de crianças e adolescentes, como uma das modalidades de colocação em família substituta, podendo ser concedida a nacionais ou estrangeiros, sejam estes últimos, residentes ou não, porém, em todos os casos somente será possível quando assistida pelo Poder Público. O artigo 227, 5º da Constituição Federal diz que a adoção será assistida pelo Poder Público, na forma da Lei, que estabelecerá casos e condições de sua efetivação por parte de estrangeiros. De acordo com os autores Vieira, Pires, Silva, Andrade, Dellaparte, Fortes da Silva (2010, p. 111): Apesar de o texto Constitucional referir-se a estrangeiros, de uma leitura cuidadosa dos dispositivos da Lei nº 8.069/1990, modificados pela /2009 (em especial, o art. 51 do Ecriad), depreende-se que a adoção será considerada internacional quando o domicílio da pessoa ou do casal adotante for no exterior. Consagra-se a regra do domicílio.

25 24 Esse art. 227, 5º da Constituição Federal do Brasil foi devidamente regulamentado pela Lei nº 8.069/90 (ECA), em seus artigos 35 a 52. O Estatuto da Criança e do Adolescente no artigo 31 estabeleceu que a colocação em família substituta estrangeira constitui medida excepcional, somente admissível na modalidade de adoção. 3.3 TRÁFICO INTERNACIONAL DE CRIANÇAS O tráfico de crianças consiste na utilização indevida do instituto da adoção, visando à obtenção de lucros indevidos através de práticas ilícitas. Sznick (1993, p.443) relata que a adoção internacional, ou seja, à procura de crianças brasileiras por estrangeiros vem crescendo muito nos últimos anos. Segundo Weber (1998) o tráfico de crianças realiza-se através da inobservância e da fraude às leis, o que inviabiliza a intervenção e o controle pela autoridade judiciária, tratando-se de um problema mundial. Segundo o autor, a rede de tráfico internacional movimenta crianças no mundo inteiro: de pequenas comunidades rurais da Ásia para cidades como Bangcoc, Bombaim e Phnom Penh; das favelas urbanas do Rio de Janeiro ou do Recife para campos de mineração nas fronteiras do Brasil; de Moçambique para a África do Sul; do México para os Estados Unidos; da Federação Russa e da Polônia para a Europa Ocidental; da Romênia para a Itália. Existem rotas de tráfico que transladam crianças da África para a Europa e da Ásia para Austrália, Nova Zelândia e Europa. De acordo com Welter (2010) adoção internacional e tráfico internacional de crianças são formas de agir inteiramente distintas e situadas em pólos opostos, embora destinados ambos à colocação de crianças em lares substitutos no exterior. Investigações estão sendo realizadas acerca da ação de grupos de tráfico de crianças, especialmente de uma quadrilha que age na Paraíba, com ramificações em Brasília, Paraná e Fortaleza. Com o objetivo de punir as pessoas envolvidas no tráfico internacional de crianças, o Estatuto da Criança e do Adolescente assim prevê: Art Promover ou auxiliar a efetivação de ato destinado ao envio de criança e adolescente para o exterior com inobservância das formalidades legais ou com o fito de obter lucro: pena de reclusão de 4 a 6 anos e multa

26 25 incidem as mesmas penas a quem oferece ou efetiva a paga ou a recompensa. No Código Penal, o tipo penal é mais restrito, pois tem como elemento subjetivo a vontade de promover a prostituição alheia. De acordo com o artigo. 231 do Código Penal é crime: Promover ou facilitar a entrada, no território nacional, de alguém que nele venha a exercer a prostituição ou outra forma de exploração sexual, ou a saída de alguém que vá exercê-la no estrangeiro. Pena: reclusão de três a oito anos. Ainda, o 2º do referido artigo, elenca casos em que a pena será aumentada em metade, e inclui o caso da vítima ser menor de 18 anos. A Convenção de Haia de l993 subscrita inicialmente por 67 países procurou evitar o tráfico e o sequestro de crianças. Com o objetivo de preservar a adoção internacional, instituiu mecanismos efetivos de cooperação entre os países, estabelecendo, numa série de considerações bastante pormenorizadas, efetivas garantias para as crianças adotivas. Como a mais relevante, foi ressaltado o sistema de Autoridades Centrais a ser estabelecido em cada país, que deterão a responsabilidade última de vigiar todos os aspectos de uma adoção internacional, nas suas diversas fases (COSTA, 2000). A adesão de maior número de Países à Convenção de Haia, em relação à proteção da criança e a adoção internacional, teve dentre outros, reduzir os meios ilícitos nesse procedimento. 3.4 A CONVENÇÃO DE HAIA E OS ORGANISMOS QUE AUXILIAM NA ADOÇÃO INTERNACIONAL A Conferência de Haia de maio de 1993, sobre a Proteção de Crianças e Cooperação em Matéria de Adoção Internacional, traz como importantes princípios e objetivos a proteção da criança e de seu interesse superior; e a manutenção da criança em família natural ou extensa, permitindo a adoção internacional como excepcionalidade. (Preâmbulo e art. 1 da Convenção de Haia). O artigo 1º da Convenção de Haia prevê os seguintes objetivos: a) Estabelecer garantias para que as adoções internacionais sejam feitas segundo o interesse superior da criança e com respeito aos direitos fundamentais que lhe conhece o direito internacional; b) instaurar um sistema de cooperação entre os Estados Contratantes que assegure o respeito às mencionadas garantias e, em consequência, previna o

27 26 sequestro, a venda ou o tráfico de crianças; c) assegurar o reconhecimento nos Estados Contratantes das adoções realizadas segundo a Convenção. A Convenção de Haia surgiu para colocar mais obstáculos para impedir o sequestro, a venda ou o tráfico de crianças. Para auxiliar no processo de Adoção Internacional, ficou estabelecido que cada Estado designará uma Autoridade Central encarregada de dar cumprimento às obrigações impostas pela Convenção. De acordo com Venosa (2010, p.295): Essa norma internacional tem disposições que devem ainda ser adaptadas à legislação interna, como, por exemplo, a designação de autoridade central no país, encarregada de dar cumprimento às obrigações impostas pela convenção que ainda não está suficientemente claro. Diniz (2010) destacando o art. 52 da Lei 8.069/90 afirma que os organismos que auxiliam na adoção internacional devem ser credenciados e perseguir unicamente com fins não lucrativos, nas condições e dentro dos limites fixados pelas autoridades competentes do país onde estiverem sediados, do país de acolhida e pela Autoridade Central Federal Brasileira; serem dirigidos e administrados por pessoas qualificadas e de reconhecida idoneidade moral, com comprovada formação ou experiência para atuar na área de adoção internacional, cadastradas pelo Departamento de Polícia Federal e aprovadas pela Autoridade Central Federal Brasileira, mediante publicação de portaria do órgão federal competente; estarem submetidos à supervisão das autoridades competentes do país onde estiverem sediados e no país de acolhida, inclusive quanto à sua composição, funcionamento e situação financeira; apresentar à Autoridade Central Federal Brasileira, a cada ano, relatório geral das atividades desenvolvidas, bem como relatório de acompanhamento das adoções internacionais efetuadas no período, cuja cópia será encaminhada ao Departamento de Policia Federal; enviar relatório pós-adotivo semestral para a Autoridades Central Estadual, com cópia para a Autoridade Central Federal Brasileira, pelo período mínimo de 2 (dois) anos. O envio do relatório será mantido até a juntada de cópia autenticada do registro civil, estabelecendo a cidadania do país de acolhida para o adotado; tomar as medidas necessárias para garantir que os adotantes encaminhem à Autoridade Central Federal Brasileira cópia de certidão de registro de nascimento estrangeira e

28 27 do certificado de nacionalidade tão logo lhes sejam concedidos (art. 52 4º, do Estatuto da Criança e do Adolescente). Sendo assim as adoções internacionais devem ser realizadas somente através de organismos autorizados e controlados pelos governos dos países de proveniência dos adotantes. A Lei /2009 no que tange à adoção internacional, usou como base a Convenção Relativa à Proteção das Crianças e à Cooperação em Matéria de Adoção Internacional, de 29 de maio de Essa lei introduziu no artigo 52 do Ecriad a possibilidade de intermediação de organismos internacionais ( 1º a 4º), devendo ser estes credenciados pela Autoridade Central Federal Brasileira, desde que oriundos de países que ratificaram a Convenção de Haia de É vedado nesse tratado internacional, o uso dessa intermediação para obtenção de remuneração considerada abusiva. É vedado, também, o repasse de dinheiro de organismos estrangeiros a organismos nacionais ou pessoas físicas (artigo 52-A do Ecriad), o que também configuraria sedimentação do tráfico internacional. VIEIRA, PIRES, SILVA, ANDRADE, DELLAPARTE, FORTES DA SILVA, (2010). 3.5 REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA ADOÇÃO INTERNACIONAL DE ACORDO COM A CONVENÇÃO DE HAIA DE 29 DE MAIO DE 1993 O artigo 4 da Convenção prevê que as adoções por ela abrangidas só poderão ocorrer quando as autoridades competentes do Estado de origem: a) Tiverem determinado que a criança é adotável; b) Tiverem verificado, depois de haver examinado adequadamente as possibilidades de colocação da criança em seu Estado de origem, que uma adoção internacional atende ao interesse superior da criança; c) Tiveram-se assegurado de que: as pessoas, instituições e autoridades cujo consentimento se requeira para a adoção hajam sido convenientemente orientadas e devidamente informadas das consequências de seu consentimento, em particular em relação à manutenção ou à ruptura, em virtude da adoção, dos vínculos jurídicos entre a criança e sua família de origem;

29 28 d) Tiveram-se assegurado, observada a idade e o grau de maturidade da criança, de que: tenha sido a mesma convenientemente orientada e devidamente informada sobre as consequências de seu consentimento à adoção, quando este for exigido; que tenham sido levadas em consideração a vontade e as opiniões da criança; que o consentimento da criança à adoção, quando exigido, tenha sido dado livremente, na forma legal prevista, e que este consentimento tenha sido manifestado ou constatado por escrito; que o consentimento não tenha sido induzido mediante pagamento ou compensação de qualquer espécie. Determina o artigo 51, 1º, do Estatuto da Criança e do Adolescente (com redação dada pela Lei /2009) que a adoção internacional de criança ou adolescente brasileiro ou domiciliado no Brasil somente terá lugar quando restar comprovado : I que a colocação em família substituta é a solução adequada ao caso concreto; II que foram esgotadas todas as possibilidades de colocação da criança ou adolescente em família substituta brasileira, após consulta aos cadastros mencionados no art. 50 desta Lei; III que, em se tratando de adoção de adolescente, este foi consultado, por meios adequados ao seu estágio de desenvolvimento, e que se encontra preparado para a medida, mediante parecer elaborado por equipe interprofissional, observado o disposto nos 1 o e 2 o do art. 28 desta Lei. 3.6 REQUISITOS NECESSÁRIOS DO ADOTANDO E DO ADOTANTE ESTRANGEIRO Adotante Estrangeiro O artigo 31 do Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece que a colocação em família substituta estrangeira constitui medida excepcional, somente admissível na modalidade de adoção. Acrescenta o Estatuto da Criança e do Adolescente, em seu artigo 50, 10, que: A adoção internacional somente será deferida se, após consulta ao cadastro de pessoas ou casais habilitados à adoção, mantido pela Justiça da Infância e da Juventude na comarca, bem como aos cadastros estadual e nacional referidos no 5º deste artigo, não for encontrado interessado com residência permanente no Brasil.

30 29 Para Secalli (2010) o primeiro requisito para a adoção se refere a capacidade e legitimação. O Código Civil de 2002 em seu artigo preceitua que só a pessoa maior de 18 (dezoito) anos pode adotar. Dessa forma pode-se entender que o primeiro requisito necessário para o adotante se refere a idade. Outro requisito para o adotante se refere a idade média entre o adotante e o adotando. A diferença de idade estatuída no artigo do Código Civil é a mesma do artigo 42, 3, do Estatuto da Criança e do Adolescente, exigindo assim, que o adotante seja pelo menos dezesseis anos mais velho que o adotado. Merenda (2010) destaca alguns requisitos para o adotante estrangeiro como: possuir cadastro junto aos órgãos de adoção, para poder adotar no Brasil. Todo documento estrangeiro será autenticado pela autoridade consular e traduzido por tradutor juramentado. Essa adoção terá a participação das chamadas Autoridades Centrais, Estaduais e Federais Requisitos Quanto ao Adotado Para os autores Laginski e Bassi (2010, p.138): Para que se dê início ao procedimento para a adoção internacional, o ECA dispõe que é necessário que a criança tenha sua situação jurídica definida, isto é, já deve existir uma sentença judicial transitado em julgado, reconhecendo a perda do poder familiar, ou, que, de alguma forma, o menor já esteja sobre a proteção do Estado, seja pela morte dos pais ou por outro motivo igualmente previsto. Conforme o artigo 40 do Estatuto da Criança e do Adolescente: o adotando deve contar com, no máximo, dezoito anos à data do pedido, salvo se já estiver sob a guarda ou tutela dos adotantes. Laginski e Bassi (2010) cita alguns requisitos essências à adoção internacional, destacando que deve haver o consentimento do adotando, devendo ainda estabelecer prazo de estágio de convivência que será no mínimo de 30 dias, sendo uma forma de proteger a criança ou adolescente de uma possível não adaptação à essa nova família. A Lei /2009 trouxe nova redação ao artigo 46 do Estatuto da Criança e do Adolescente, o 3º diz:

31 30 Em caso de adoção por pessoa ou casal residente ou domiciliado fora do País, o estágio de convivência, cumprido no território nacional, será de, no mínimo, 30 (trinta) dias. 3.7 MUDANÇAS NA ADOÇÃO INTERNACIONAL TRAZIDAS PELA LEI / Do Procedimento O artigo 52 do Estatuto da Criança e do Adolescente, com redação dada pela Lei /2009 diz que o procedimento para a adoção internacional deve ser efetuado nos termos dos artigos 165 a 170 desta Lei Da Habilitação O Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece que: A pessoa ou casal estrangeiro, interessado em adotar criança ou adolescente brasileiro, deverá formular pedido de habilitação à adoção perante a Autoridade Central em matéria de adoção internacional no país de acolhida, assim entendido aquele onde está situada sua residência habitual. Se a Autoridade Central do País de acolhida considerar que os solicitantes estão habilitados e aptos para adotar, emitirá um relatório que contenha informações sobre a identidade, a capacidade jurídica e adequação dos solicitantes para adotar, sua situação pessoal, familiar e médica, seu meio social, os motivos que os animam e sua aptidão para assumir uma adoção internacional. (Artigo 52, I, II, do ECA, incisos acrescido pela Lei nº /2009). De acordo com Diniz (2010, p. 554): Somente será admissível o credenciamento de organismo que: sejam oriundos de países que ratificaram a Convenção de Haia e estejam devidamente credenciados pela Autoridade Central do país onde estiverem sediados e no país de acolhida do adotando para atuar em adoção internacional no Brasil; satisfizerem as condições de integridade moral, competência profissional, experiência e responsabilidade exigidas pelos países respectivos e pela Autoridade Central Federal Brasileira; forem qualificados por seus padrões éticos e sua formação e experiência para atuar na área de adoção internacional; cumprirem os requisitos exigidos pelo ordenamento jurídico brasileiro e pelas normas estabelecidas pela Autoridade Central Federal Brasileira. Segundo Diniz (2010, p.554) a expedição do laudo de habilitação à adoção internacional que terá validade de um ano, no máximo, desde que verificada, após estudo realizado pela Autoridade Central Estadual.

32 31 De acordo com o artigo 52, 2º, do Estatuto da Criança e do Adolescente: Incumbe à Autoridade Central Federal Brasileira o credenciamento de organismos nacionais e estrangeiros encarregados de intermediar pedidos de habilitação à adoção internacional, com posterior comunicação às Autoridades Centrais Estaduais e publicação nos órgãos oficiais de imprensa em sitio próprio da internet. Para Laginski e Bassi (2010, p. 139) O relatório, que deve ser enviado à Autoridade Central Estadual, com cópia para a Autoridade Central Federal Brasileira, deverá estar: Acompanhado de um estudo psicossocial, elaborado pela equipe Inter profissional devidamente habilitada, e com cópia autenticada da legislação pertinente com prova de sua vigência. A Autoridade Central Estadual pode solicitar complementações ou esclarecimentos adicionais sobre o estudo psicossocial do solicitante. Caso este relatório seja apresentado em língua estrangeira, deverá ser devidamente autenticado por autoridade consular e acompanhado da respectiva tradução para o vernáculo por tradutor público juramentado Do Estágio de Convivência O Estatuto da Criança e do Adolescente no artigo 46 3º com as modificações feitas pela Lei /2009 prevê que em caso de adoção por pessoa ou casal residente ou domiciliado fora do país, o estágio de convivência, cumprido no território nacional, será de, no mínimo, 30 (trinta dias). Para Diniz (2010) esse prazo de permanência no território nacional poderá dificultar a adoção, pois sua exigência poderá trazer ao casal estrangeiro prejuízos de ordem econômica e trabalhista, pelo que deverá ficar no Brasil. De acordo com Pereira (2010, p.427) o estágio de convivência é condição indispensável para a concessão da adoção. Complementando, o autor esclarece que o juiz fixará o estágio de convivência pelo prazo que julgar conveniente, atendendo às circunstâncias (inclusive as de caráter pessoal dos adotantes) e às peculiaridades de cada caso. Realmente o estágio de convivência faz-se necessário para comprovar a compatibilidade entre o adotado e o novo progenitor e assegurar o sucesso da adoção.

33 32 Vieira, Pires, Silva, Andrade, Dellaparte, Fortes da Silva (2010) destaca que esse estágio de convivência consiste em um período de tempo importantíssimo, sendo necessário para comprovar a compatibilidade entre o adotado e o novo progenitor, no qual o casal ou a pessoa do adotante conviverá com a criança, devendo, para tanto, simular, no Brasil, a convivência que terá em seu país de origem, em uma tentativa de verificar a adaptação da criança à nova família. Esse estágio terá o acompanhamento de uma equipe inter profissional, a serviço da Justiça da Infância e da Juventude, que deverá apresentar relatório descritivo acerca da convivência entre a criança e o casal ou pessoa adotante. Salienta-se que, para pessoas vindas de outro país, trata-se de período bastante custoso, quando deverão ficar afastados de seus afazeres cotidianos em seu país de origem, além de terem de arcar com todos os gastos de hospedagem e alimentação, por esse período mínimo de 30 dias, concluindo-se que, além da grande boa vontade, esse adotante precisa, também, ter uma satisfatória condição financeira para arcar com todas essas despesas Da Sentença Judicial De acordo com o artigo 47 do Estatuto da Criança e do Adolescente o vínculo da adoção constitui-se por sentença judicial. A Lei /2009 trouxe nova redação ao artigo 47, 7º do Estatuto da Criança e do Adolescente que diz, a adoção produz seus efeitos a partir do trânsito em julgado da sentença constitutiva, exceto na hipótese prevista no 6º do artigo 42 desta Lei, caso em que terá força retroativa à data do óbito. Nesse caso a adoção poderá ser deferida ao adotante que, após inequívoca manifestação de vontade, vier a falecer no curso do procedimento, antes de prolatada a sentença, significa dizer que os efeitos da adoção são válidos a contar da data do óbito Da Saída do Adotado do Brasil A saída da criança do território brasileiro só será possível após o transito em julgado da sentença, com a emissão do alvará de viagem.

34 33 Diniz (2010, p ) relata que: Antes de transitada em julgado a decisão que concedeu a adoção internacional, não será permeada a saída do adotando do território nacional. Transitada em julgado a decisão, a autoridade judiciária determinará a expedição de alvará com autorização de viagem, bem como para obtenção de passaporte, constando, obrigatoriamente as características da criança ou adolescente adotado, como idade, cor, sexo, eventuais sinais ou traços peculiares, assim como foto recente e a aposição da impressão digital do seu polegar direito, instruindo o documento com cópia autenticada da decisão e certidão de transito em julgado Solicitação de Informações, Sobre a Situação da Criança ou do Adolescente Adotado. A cooperação internacional entre os países signatários da Convenção de Haia de 1993 faz com que as adoções internacionais tenham acompanhamento mesmo depois de a criança deixar o país brasileiro, quando continuará havendo prestação de contas de sua família adotiva à autoridade central brasileira e à autoridade central de seu país, com relatórios de acompanhamento. (VIEIRA, PIRES, 2010). De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, artigo 51, 3º a adoção internacional pressupõe a intervenção das autoridades centrais Estaduais e Federais em matéria de adoção internacional, incumbindo-lhes a troca de informações e a cooperação mutua, para melhoria do sistema. 3.8 EFEITOS DA ADOÇÃO Nas palavras de Silvio Rodrigues (2002, p. 386) a adoção visou incorporar o adotado integralmente na família do adotante. Ou seja, a Lei 8.069/90 quis apagar qualquer traço que indicasse a ligação do adotado com sua família natural. O artigo 41, caput do Estatuto da Criança e do Adolescente diz que: A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres, inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes, salvo os impedimentos matrimoniais. 1º se um dos cônjuges ou concubinas adota o filho do outro, mantêm-se os vínculos de filiação entre o adotado e o cônjuge ou concubino do adotante e os respectivos parentes.

52, 1º). REQUISITOS (ECA, 52, 3º

52, 1º). REQUISITOS (ECA, 52, 3º 5.9 - ORGANISMOS CREDENCIADOS Fazem a intermediação nos pedidos de habilitação à adoção internacional, desde que a lei do país de acolhida o autorize (ECA, 52, 1º). REQUISITOS (ECA, 52, 3º e 4º) - fins

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