Aula 4: Modo de produção capitalista - conceitos da teoria marxista (infraestrutura, superestrutura e mais-valia)

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1 Aulas 4 e 5 de Sociologia Prof. Gilmar Dantas Aula 4: Modo de produção capitalista - conceitos da teoria marxista (infraestrutura, superestrutura e mais-valia) Aula 5: Modo de produção capitalista Liberalismo e Neoliberalismo

2 Conceitos da aula Segundo Karl Marx: Vida social, política e cultural (arquitetura, religião, política, artes) Vida espiritual, as ideias Superestrutura determina Modo de produção - Base material condições históricas e a economia Infraestrutura A parte inferior (infraestrutura) determina a parte superior (superestrutura)

3 Aplicação dos conceitos da aula Exemplo de SP (séc. XIX e XX) SP XIX: café econ. agrária escravista - $ SP XX: - máq. - industrialização urbanização - modernização capitalista SP ingressa no desenvolvimento do capitalismo mundial (mudará radicalmente o modo de produzir a infraestrutura) Tal mudança no modo de produção modificará: arquitetura, a ocupação do espaço geográfico da cidade, os transportes, a arte, a circulação de ideias e de mercadorias

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6 As formas arquitetônicas e os materiais expressam valores, ideias do modo de produção ao qual estão inseridos. Note a SP dos séculos XIX, XX e XXI por meio das imagens de alguns de seus edifícios.

7 Ideias que circulam em SP na passagem do séc. XIX para o XX: Liberalismo; Republicanismo; Positivismo; Anarquismo; Comunismo; Ideias das vanguardas europeias: Futurismo, cubismo, expressionismo, dadaísmo... Segundo o ponto de vista marxista: As ideias que favorecem ou aquelas que se contrapõem ao capitalismo surgem a partir das relações conflituosas do próprio modo de produção capitalista, a base material. Essas ideias chegavam aqui: A cavalo, de bonde, de trem, de navio, por cartas, jornais, livros. Circulavam e se desenvolviam: nos bares, cafés ou em reuniões às escondidas.

8 Portanto, a inserção de SP no contexto de expansão e desenvolvimento do capitalismo mundial, ou seja, uma mudança na base material (infraestrutura, condições históricas e economia) provocou uma mudança na superestrutura : nas ideias, na Arte (Semana de Arte Mod. 1922), na arquitetura, nas relações sociais, na política e na geografia da cidade.

9 Importante: - Não se pensa, não se fala, não se relaciona, não se sente da mesma maneira dentro e fora do Capitalismo - As ideias do modo de produção se concretizam, se expressam: na arte, no modo de pensar e de se relacionar das pessoas, na política, nos filmes, nas músicas, nas leis.

10 Aulas 4 e 5 Modo de produção capitalista / infraestrutura e superestrutura / Mais conceitos: mais-valia Revisão breve: infraestrutura e superestrutura Na aula passada, basicamente, tentamos ilustrar aquilo que Marx considerava: o desenvolvimento histórico é motivado pelo modo de produção, pelas influências econômicas. As ideias dominantes são reflexos do modo de produção. Alguns conteúdos e conceitos da teoria marxista Mais-valia

11 Alguns conteúdos e conceitos da teoria marxista - Introdução Marx quando jovem morou na Alemanha, passou brevemente pela França e depois foi para a Grã-Bretanha Testemunhou o crescimento de fábricas e da produção industrial, bem como as desigualdades resultantes Mesmo seus críticos mais severos o consideram importante para o desenvolvimento da Sociologia.

12 Alguns conteúdos e conceitos da teoria marxista - Introdução Marx concentrou-se principalmente nas mudanças nos tempos modernos. Para ele, as mudanças mais importantes estavam ligadas ao desenvolvimento do Capitalismo. Capitalismo é um sistema de produção que se diferencia radicalmente de todos os sistemas econômicos anteriores, envolvendo a produção de bens e serviços vendidos a uma ampla variedade de consumidores.

13 Alguns conteúdos e conceitos da teoria marxista - Introdução Marx identificou dois elementos básicos nas empresas capitalistas: 1) O capital qualquer recurso, incluindo dinheiro, máquinas ou mesmo fábricas, que possa ser usado ou investido para criar recursos futuros (a acumulação de capital). 2) A mão de obra assalariada refere-se ao conjunto de trabalhadores (proletários)que não possuem os meios para a sua sobrevivência, mas que devem buscar emprego proporcionado pelos donos do capital (capitalistas ou burgueses).

14 Alguns conteúdos e conceitos da teoria marxista - Introdução Os capitalistas ou burgueses, donos do capital formam a classe dominante Os trabalhadores assalariados ou proletários, formam a classe trabalhadora, o proletariado Marx acreditava que o Capitalismo era um sistema classista, no qual as relações de classe se caracterizam pelo conflito.

15 Alguns conteúdos e conceitos da teoria marxista - Introdução Embora os donos do capital e trabalhadores dependam uns dos outros, a dependência é muito desequilibrada A relação entre as classes é de exploração, pois os trabalhadores têm pouco ou nenhum controle sobre o seu trabalho, e os empregadores podem obter lucro apropriando-se do produto da mão de obra dos trabalhadores.

16 Marx enxergou que o conflito de classe quanto aos recursos econômicos se tornaria mais agudo com o passar do tempo. O ponto de vista marxista baseia-se na concepção materialista da história. Segundo essa visão, as principais fontes de mudanças sociais não são as ideias, mas principalmente as influências econômicas.

17 Para Marx, os conflitos ou luta entre as classes proporcionam o desenvolvimento histórico - são o motor da história

18 MAIS-VALIA e LUCRO Agora veremos 1. O modo de funcionamento do modo de produção capitalista 2. Como se dá a acumulação do capital que permitiu ao capitalismo se expandir por todo o planeta e produzir uma revolução tecnológica sem precedentes Relação entre as classes exploração Para entendermos o modo de funcionamento (1) e a fonte da acumulação (2), veremos a teoria da maisvalia

19 MAIS-VALIA e LUCRO

20 MAIS-VALIA e LUCRO A mais-valia é o valor a mais produzido pelos trabalhadores e que não é pago pelo patrão. Portanto, o trabalhador recebe apenas por uma parte de seu tempo trabalhado; A outra parte em que o trabalhador produziu valor a mais sem receber por isso é apropriada pelo patrão É a mais-valia que forma o lucro que será investido para aumentar o capital

21 A essência do Capitalismo A essência do capitalismo seria a apropriação privada (isto é, pelo capitalista) dessa mais valia, que dá origem ao lucro. É a partir daí que o capitalismo consegue acumular capital, ou seja, parte do lucro apropriado é investido e reinvestido, na expectativa de gerar mais lucro.

22 A essência do Capitalismo No limite, a partir da exploração dos trabalhadores que não recebem pelo valor a mais que produzem, o capitalista enriquece e satisfaz os seu interesses.

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24 Liberalismo econômico O que vamos ver sobre Liberalismo e Neoliberalismo servirá não só para conhecermos melhor esses pensamentos e práticas econômicas como também para percebermos melhor a presença atual desse último no Brasil e no mundo. O liberalismo emergiu no século XVIII Combatia os pontos de vista econômicos do Antigo Regime, do mercantilismo (monopólios, pacto colonial, intervencionismo do Estado, metalismo)

25 Liberalismo econômico Possui como valores: o individualismo, a liberdade e a propriedade privada Exemplo de pensadores liberais: Adam Smith, David Ricardo, John Stuart Mill É a doutrina do laissez-faire, laissez-passer Tradução literal: deixai fazer, deixai passar Pregavam: Abaixo os monopólios! e Abaixo o mercantilismo!

26 Liberalismo econômico No liberalismo, o novo papel do Estado seria apenas o de proteger a propriedade privada e preservar a paz. Manter os mercados abertos e a livre concorrência entre as empresas Nada de regulamentar os horários de trabalho ou os salários dos trabalhadores Nada de admitir os monopólios capitalistas para elevar preços dar exemplos da atualidade que contrariam isso

27 Liberalismo econômico Nada de admitir as pressões dos sindicatos para elevar salários Tudo isso seriam graves violações às leis naturais do mercado que teriam graves consequências para a sociedade Para o pensamento liberal, o Estado não deveria intervir na economia

28 Liberalismo econômico Mesmo em caso de crise, o mecanismo da oferta e da procura de mercadorias agiria como uma mão invisível (Adam Smith), regulando as relações econômicas, o mercado

29 Neoliberalismo econômico Neo liberalismo porque se impõe e generaliza em escala mundial, alcançando inclusive os países nos quais se havia experimentado ou continua a experimentar-se o regime socialista ou o planejamento econômico centralizado. Sob o neoliberalismo, reforma-se o Estado [...]. O poder estatal é liberado de todo e qualquer empreendimento econômico ou social que possa interessar ao capital privado nacional e transnacional. (Ianni, Octavio. Capitalismo violência e terrorismo. RJ: Civilização Brasileira, p )

30 Neoliberalismo econômico Década de 70, após a crise do petróleo Pensadores referência: Friedrich von Hayek ( ), Milton Friedman ( ) Basicamente, defendia-se o Estado mínimo [problematizar], o que significava voltar ao que propunha o liberalismo antigo, com o mínimo de intervenção estatal na vida das empresas e dos indivíduos.

31 Neoliberalismo econômico As expressões mais claras da atuação dessa forma estatal foram os governos de Margareth Thatcher (de 1979 a 1990), na Inglaterra e de Ronald Reagan (de 1981 a 1991), nos EUA. Na década de 1990, foi feita uma discussão sobre a conjuntura econômica onde estavam presentes várias celebridades do mundo capitalista. Nesta oportunidade foi produzido o chamado Consenso de Washington.

32 Neoliberalismo econômico No Consenso de Washington estavam sintetizadas a estratégia de ajustamento econômico para a nova ordem. Alguns de seus PRINCÍPIOS NEOLIBERAIS são [averiguar se os alunos escutam algumas dessas ideias no noticiário]: - a estabilização financeira, conseguida por meio de rígido controle da inflação, e por meio da austeridade fiscal e da restrição de gastos públicos.

33 Neoliberalismo econômico Mais alguns de seus PRINCÍPIOS NEOLIBERAIS: A privatização de empresas estatais; A flexibilização de direitos trabalhistas, com a revogação de leis e a negociação direta entre capital (patrões) e trabalho (operários). A desregulamentação de mercados, com incentivo ao livre fluxo de capitais e a liberalização do comércio.

34 Neoliberalismo econômico No Brasil, as privatizações de organismos do setor público, como bancos, companhias telefônicas, de energia e estradas, geraram protestos de grupos contrários à concepção neoliberal de Estado mínimo. [problematizar]

35 Problemas relacionados ao Neoliberalismo econômico Muitas vezes, as regras que vale para uns (países ricos) não vale para outros (países pobres). Exemplo: políticas protecionistas dos EUA e outros países ricos em relação a países pobres. Estado mínimo e forte: Propõe-se intervir o mínimo possível nos mercados e nas políticas sociais, mas o Estado por meio da polícia, por exemplo, assume uma política repressiva diante das manifestações contra os aumentos do desemprego, da pobreza, das desigualdades, da criminalidade, da violência.

36 Problemas relacionados ao Neoliberalismo econômico Estado penal: acompanha-se o aumento da população carcerária e da xenofobia em países ricos, programas como o tolerância zero em Nova York, o que expressa algumas faces do Estado mínimo neoliberal.

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