RIO DE JANEIRO CAPITAL DA INSEGURANÇA. Mote: Há muito papo furado querendo nos enrolar

Transcrição

1 RIO DE JANEIRO CAPITAL DA INSEGURANÇA Mote: querendo nos enrolar Pra falar de INSEGURANÇA Resolvi fazer cordel Nem gastei muito papel Mas ganhei mais confiança Escrevendo essa lembrança Não deixem de consultar Este tema singular Bem moderno e revisado Capital da insegurança Para todo brasileiro É o RIO DE JANEIRO Cidade sem confiança No poder da governança Quem aqui vem pra morar Não consegue acostumar Nem para de ter cuidado Todo dia morre gente (02) Toda hora tem assalto Na favela e no asfalto Com segurança carente De fato é diferente É difícil se morar Ninguém deve descuidar É problema complicado De CIDADE CULTURAL Só lhe resta é a fama Tudo nela virou drama Por causa do marginal No Brasil não tem igual Até pra se passear

2 Melhor mesmo é mudar Pra não ser incomodado Segurança é direito De qualquer um cidadão Tendo ou não tendo razão E é contra preconceito Impondo sempre respeito Quem não tem deve cobrar É direito elementar Que precisa ser lembrado Na verdade a insegurança (03) OSSO DURO DE ROER Carece se combater Tendo muito mais pujança Mais vontade e confiança Não só basta se cobrar Quem sente deve gritar E jamais sofrer calado Resolver esse problema Sempre foi da competência De políticas de urgência Como parte dum ESQUEMA Que carrega sempre um lema: Se morrer tem que matar Mas na hora de cobrar Nunca tem nenhum culpado AÇÕES PACIFICADORAS Da Polícia nas favelas Pouca gente gostou delas Nada foram criadoras Mas foram motivadoras Para o crime se alastrar Por todo e qualquer lugar

3 Sendo ou não policiado Até as Forças Armadas (04) Tentaram sim resolver Mas pouco pôde fazer Porque foram mal treinadas E bem logo dispensadas E precisou se calar Pra poder se acostumar Com troca-troca de lado Esse mal que o povo ver Até nossa PRESIDENTA Com curimba e água-benta Não conseguiu resolver E de nada quis saber Preferiu foi se calar Pois não quis nem discursar Nem deixou nada gravado Essa praga insuportável Já virou calamidade Tomou conta da cidade De maneira lamentável Com certeza imperdoável Custa a gente acreditar Vê o crime prosperar Ficando bem mais ousado Além da bala perdida (05) Agora também tem FACA Por debaixo da casaca Usada bem escondida E é fácil ser sumida Só vendo pra constatar Nova forma de matar

4 Por isso fique ligado Outro dia na cidade Um velho fraco coitado Foi por um bando atacado Só menores de idade Com faca e muita maldade Policia chegou pra ajudar Mas nada pôde apartar Tudo estava engarrafado Ocorrências parecidas De marmanjos e crianças Que não pagam nem fianças Já são muito conhecidas Às vezes despercebidas O povo precisa pensar No que fazer pra acabar O tal CRIME ORGANIZADO No governo do PESÃO (06) Tem um forte secretário Poderoso e reacionário O dono do CAVEIRÃO Na Policia é vilão Para se perpetuar Mas convém desconfiar Ele é bem preparado? O povo está tão cabreiro Cada vez fica pior Sem nada saber de cor Que tem no Rio de Janeiro Pois durante o tempo inteiro Ninguém mais quer passear Já tem medo até do mar Por isso fica danado

5 Todo mundo pode crer Nem o CRISTO REDENTOR Que do Rio é protetor Nada consegue fazer Nem nada vai resolver Precisamos mais rezar Pra mais forças encontrar Contra o mau cabra safado O PESÃO (governador) (07) Por causa da insegurança Detesta ouvir cobrança Para ele é um pavor Ele muda até de cor E não gosta de brincar Prefere se resguardar A ficar encurralado O BANDIDO astucioso Fica sabendo de tudo Porque é um abelhudo E sempre muito maldoso Bem sacana e perigoso Mas quando vai assaltar Nem tem medo de matar Mata qualquer um coitado O POLÍCIA mais tranquilo Nunca vai nessa tal onda Permanece na sua ronda Mostrando seu bom estilo Nunca gosta de vacilo Quando está a patrulhar Seja lá em qual lugar Patrulha até disfarçado

6 E o povo bem inocente (08) De fora quer entender Pra tanto se precaver: Bandido mata mais gente Ou policia sempre mente Quando também quer matar? Nada convém duvidar Isso sim é complicado Ao final deste cordel Bem modesto, mas simpático E deveras emblemático Mesmo sem ser bacharel Nem tampouco menestrel Gostei muito de VERSAR Deste cordel singular Aguardo um bom resultado Sem muito papo furado Querendo me enrolar! Terminando finalmente Esta tarefa penosa Mas bastante valiosa Me valeu como presente Pois de fato estou contente Só me resta é REZAR Pra nosso Rio melhorar Pelo menos um bocado Meu papo não foi furado E nem eu quis enrolar! FIM/ junho 2015