Como aplicar o dinheiro dos seus miúdos

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1 maio edição mensal Os conselhos financeiros da Deco Proteste Esta revista faz parte integrante da Proteste Investe n.º 750 Como aplicar o dinheiro dos seus miúdos Evite os depósitos para crianças. Só fazem dói-dóis na poupança garantido Juros baixos das contas para reformados anulam vantagem fiscal Pág. 6 Análise Cuidado! Perdas nos produtos estruturados chegam aos 90% Pág. 14 fundos Reduzimos o peso dos Certificados do Tesouro nas nossas carteiras Pág. 20 Comprar imóveis para arrendar rende menos de 4% por ano Pág. 18

2 sumário Quem somos Destaques desta edição Vantagens e serviços para associa Esta revista faz parte integrante da Proteste Investe n.º 750. Propriedade/Redação DECO PROTESTE, Editores, Lda. Av. Eng.º Arantes e Oliveira, n.º 13, 1.º B, Lisboa. Editora registada sob o número NIPC: Diretor e editor Pedro Moreira. Redação Ana Filipa Gaspar, David Almas. Analistas financeiros Ações nacionais: João Sousa (banca); Luís Pinto (construção, cimento, bens de consumo, papel); Pedro Catarino (distribuição, media, autoestradas, serviços informáticos); Rui Ribeiro (telecomunicações, papel, energia); outros valores mobiliários e instrumentos financeiros: António Ribeiro, João Sousa, Jorge Duarte, Pedro Barata. Na análise do mercado externo, a PROTESTE INVESTE colabora com um grupo de organizações de consumidores europeias com as quais definiu metodologias de análise idênticas a quem cede e de quem recebe alguns conteúdos. São elas: Euroconsumers S.A. Avenue Guillaume 13b, L-1651 Luxembourg. Altroconsumo Edizioni Finanziarie S.R.L. Via Valassina 22, Milano. Test-Achats S.C. Rue de Hollande 13, 1060 Bruxelles. OCU Ediciones S.A. C/ Albarracín 21, Madrid. As análises publicadas na PROTESTE INVESTE são independentes e elaboradas de acordo com uma metodologia que poderá consultar no endereço proteste.pt/investe/quem-somos. As análises nunca são enviadas à entidade emitente dos instrumentos financeiros objeto de avaliação e, por isso, não estão sujeitas a alterações a pedido destas. A DECO PROTESTE e os responsáveis pela informação financeira não têm interesses suscetíveis de prejudicar a objetividade da mesma. Os nossos conselhos baseiam-se em análises internas e em fontes externas fiáveis. É impossível fazer previsões totalmente exatas ou garantir o sucesso total dos conselhos apresentados. Conselho de Gerência Vasco Colaço, Luís Silveira Rodrigues e Alberto Regueira em representação da DECO, detentora de 25% do capital, e Yves Genin, Armand de Wasch, Benoît Plaitin em representação da Euroconsumers que detém 75% do capital. Tiragem exemplares. Registo no ICS n.º Depósito legal n.º /96. Assinaturas Tel: Fax: assinaturas@deco.proteste.pt. Assinatura anual: 220,20 ( 18,35 por mês), 48 edições semanais de 12 páginas + 11 edições mensais de 32 páginas. Impressão Imprejornal, EN 115 ao Km 80. Sto. Antão do Tojal, Loures. Fotografia e ilustração Corbis VMI, Getty Images, Joana Saramago, Ricardo Bento, Shutterstock. Todos os direitos de reprodução, adaptação e de tradução são reservados e a utilização para fins comerciais é proibida. Gráficos Thomson Financial Datastream e DECO PROTESTE. invista o dinheiro dos miúdos apesar dos brindes, esqueça os depósitos especiais para crianças. Prefira as nossas estratégias de aforro júnior. investidores intoxicados 8 14 Muitos aforradores perdem dinheiro com os produtos financeiros complexos. os prejuízos podem ultrapassar os 90 por cento Mundo Proteja-se do fardo da dívida pública nos títulos do Canadá e da Suécia. garantido As contas para reformados rendem menos do que os depósitos normais. dossiê Descubra as três melhores estratégias para as poupanças dos miúdos. teste Os bancos promovem as contas especiais para jovens. Evite-as. análise Os produtos financeiros complexos intoxicam muitos investidores. destaque O adágio que diz para vender as ações em maio não é bom conselheiro. imobiliário Esqueça a compra para arrendar: a rentabilidade fica abaixo de 4%. fundos Saiba porque reduzimos o peso dos Certificados do Tesouro nas carteiras recomendadas. Desvende ainda o fundo que se estreia. fórum Descubra como funciona a tributação dos rendimentos de fundos estrangeiros, incluindo os dos que não são comercializados em Portugal. seja nosso fã no Facebook facebook.com/protesteinveste 2 proteste investe 750 edição mensal maio

3 dos Atualidade em revista Editorial Pedro Moreira Mais lidos no portal financeiro não perca as últimas análises da proteste investe em obrigações do TesoUro: rendimento até 11% As Obrigações do Tesouro continuam a ser a melhor opção para quem pretende não correr demasiados riscos e quer ter garantia de capital. SUperdepósitos: taxas CaÍram até 2% O Banco de Portugal voltou a limitar as taxas de juro dos depósitos a prazo. Os limites para as taxas indicativas foram reduzidos e os superdepósitos são os primeiros a ser afetados. Rendimento Garantido: taxas a encolher A taxa-base dos Certificados de Aforro continua a encolher e a série C rende apenas 0,7%. As Obrigações do Tesouro têm yields mais baixas. Índia: Bom potencial de LonGo prazo Até 2030, cerca de 250 milhões de indianos deverão abandonar as zonas rurais e uma economia de subsistência para se instalarem nas áreas urbanas com salários mais elevados. Analise as Obrigações do Tesouro em deco.proteste.pt/investe/obrigacoes-tesouro Junte-se aos mais de 2600 fãs na nossa nova página no Facebook. Tenha acesso às novidades em primeira mão. Ajude-nos a escolher os temas das nossas análises, coloque as suas dúvidas e eleja os ativos que serão alvo das nossas recomendações. O melhor do mundo são as crianças Qualquer altura é boa para selecionar as melhores aplicações financeiras para o dinheiro dos seus filhos, dos seus netos ou dos seus sobrinhos, mas, em vésperas do Dia Mundial da Criança, encontra certamente mais justificações para se empenhar na busca do melhor desempenho. Dedicamos, por isso, o Dossiê desta edição ao dinheiro dos mais pequenos. Afinal, o melhor do mundo são as crianças, como diz Fernando Pessoa. Na investigação que conduzimos junto de uma vintena de bancos descobrimos que, na maior parte dos casos, as recomendações dos funcionários bancários são restritas às contas de poupança para crianças. É uma má notícia, porque essas contas rendem menos do que os depósitos a prazo tradicionais. Alguns bancos oferecem brindes às crianças. Funcionam como nos menus infantis dos restaurantes de fast-food: atraem os miúdos mas não fornecem todos os nutrientes necessários ao crescimento. Saiba no nosso Teste, a partir da página 12, o que sugere o seu banco. Desenhámos 3 estratégias superiores às propostas dos bancos para as poupanças dos seus miúdos: uma combina depósitos a prazo, uma centra-se em instrumentos de dívida pública e a outra apoia-se em fundos mistos. Conheça- -as em pormenor a partir da página 8. Também nesta edição, na página 14, conduzimo-lo pelo mundo dos produtos financeiros complexos. Mostramos- -lhe 3 casos reais de associados que perderam muito dinheiro neste tipo de instrumento financeiro. Numa das situações, um aforrador teve um prejuízo superior a 90 por cento. Todavia, não é só por causa das perdas potenciais que raramente recomendamos um produto financeiro complexo. Mesmo entre os que têm capital garantido é difícil encontrar boas soluções de investimento. Como concluiu um estudo da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, os produtos financeiros complexos rendem usualmente menos do que as aplicações de menor risco, como os depósitos a prazo. Na maioria dos casos, a subscrição de produtos financeiros complexos viola um dos princípios-base da poupança: não invista no que não percebe. As fichas informativas desses instrumentos estão normalmente pejadas de fórmulas matemáticas que nem os funcionários bancários compreendem. Simplifique: invista apenas em produtos financeiros que até uma criança entende.

4 mundo dívida É um FardO O peso da dívida pública sobre as economias desenvolvidas afasta muitos investidores. Há exceções: a Suécia e o Canadá devem ser os destinos preferidos para aplicar em fundos de obrigações POrTuGal EUA e canadá JapãO e austrália 235,8% 183,0% 112,4% 68,3% POrTuGal 66,5% 84,7% canadá japão 106,0% 67,2% EUA 9,7% 24,0% austrália A dívida pública nacional oferece rendimentos elevados, mas há riscos O forte aumento da dívida pública, ao longo dos últimos anos, fez disparar as taxas de juro cobradas ao Estado português e forçou um pedido de auxílio financeiro externo. Para os investidores, a crise significou rendimentos mais interessantes nos Certificados do Tesouro e, sobretudo, nas Obrigações do Tesouro. Porém, este elevado rendimento tem como reverso um aumento do risco da dívida nacional. Não invista mais de 20% das poupanças nestes certificados e obrigações. As obrigações em dólares canadianos estão entre as nossas preferidas Apesar da proximidade geográfica, a solidez das finanças públicas do Canadá está bastante longe das suas congéneres dos Estados Unidos da América. Com efeito, a crise teve um impacto mais reduzido no endividamento canadiano. O fundo de obrigações em dólares canadianos UBS Bond CAD P é um dos nossos preferidos. Os fundos de obrigações em dólares norte-americanos (USD) são interessantes, mas apenas porque o dólar continua a ser um valor de refúgio face à crise da zona euro. Fique afastado das obrigações do Pacífico A dívida nipónica é colossal e cada vez mais incompatível com os baixos juros a que o Japão se consegue financiar. No longo prazo, a evolução demográfica também é preocupante e pode tornar a dívida insustentável. Mantenha-se afastado das obrigações em ienes (JPY). Ao invés, a situação das finanças públicas da Austrália é invejável. Porém, o dólar australiano (AUD) já reflete em demasia o bom desempenho de toda a economia e está sobrevaliado face euro. Não invista em obrigações AUD

5 SuÍça e reino unido EscandinÁVia 56,8% 49,6% 88,4% 43,9% ReinO UnidO NORUEGA Franco suíço ainda é um valor de refúgio A moeda helvética beneficia de ser historicamente um valor de refúgio mas também do bom desempenho das contas públicas da Suíça. Recomendamos o UBS Bond CHF P. O Reino Unido foi muito afetado pela crise financeira, o que fragilizou a dívida pública e prejudica a libra. Não invista em fundo de obrigações em libras. 55,9% 48,9% SuÍça 51,3% 34,1% DINAMARcA 40,2% 35,5% SUÉcIA Uma Europa à parte fornece oportunidades nos mercados obrigacionistas Ao contrário dos países do sul, a Escandinávia apresenta um baixo nível de endividamento público. O fundo de obrigações Nordea 1 Danish Bond E DKK fornece um boa alternativa à zona euro e o Nordea 1 Swedish Bond E SEK beneficia do potencial de apreciação da coroa sueca. De fora fica a Noruega, pois a coroa norueguesa (NOK) está sobreavaliada face ao euro. ZOna euro 90,0% 66,4% ZOna euro A Estónia tem o peso da dívida mais baixo da zona euro: 6% do PIB. Na Grécia, o endividamento atinge 153%. É uma região com uma só moeda, mas há muitas diferenças na dívida pública Os fundos de obrigações de taxa fixa da zona euro têm a vantagem de diversificar as carteiras e diminuir os riscos associados a cada país. Esta estratégia também não implica assumir riscos cambiais. Por isso, recomendamos os fundos E.S. Obrigações Europa e Santander Multitaxa Fixa para alguns perfis de investimento. No entanto, é importante apostar também noutras regiões para minimizar os riscos associados à zona euro no seu todo. Peso da dívida pública no PIB. Fonte: Fundo Monetário Internacional

6 GaranTido Contas para reformados JurOs BaiXOs anulam BÓnus Fiscal A isenção fiscal nas contas para reformados até euros é engolida pelas fracas taxas de juro. O que os bancos oferecem apenas gera mais trocados para o porta-moedas 3,5% É a taxa líquida mais elevada que encontra para uma conta poupança-reformado a 12 meses para montantes até euros 4,1% É a taxa líquida mais elevada num depósito a prazo de euros com um prazo de 12 meses. É oferecida pelo PrivatBank 1,6% É a taxa média líquida de uma conta poupança-reformado para montantes que não ultrapassem euros. O rendimento é negativo em termos reais N ão é complicado encontrar depósitos a prazo que rendam mais do que as contas poupança-reformado, as aplicações que procuram incentivar a poupança dos reformados e dos pensionistas através da isenção da tributação dos juros sobre capitais até euros. Em muitos casos, nem é preciso mudar de banco. No ActivoBank encontra depósitos não promocionais com prazos de 1 ano com taxas anuais líquidas até 3%, bastante mais do que 1% da conta poupança-reformado disponível na instituição. No Banco Popular encontra depósitos mais generosos que a conta poupança-reformado que rende 1%: o Netprazo a 12 meses, por exemplo, rende uma taxa líquida de 3% para os atuais clientes do banco. Quando o pé-de-meia ultrapassa os euros, a desvantagem das contas para reformados e pensionistas torna-se ainda mais clara, porque os juros começam a ser tributados à taxa de 25 por cento. A taxa anual líquida da conta poupança- -reformado do Banco BIC (que comprou o Banco Português de Negócios) desce de 3% para 2,3% quando se ultrapassa a fasquia dos euros. Isso quer dizer que um aposentado que seja cliente da instituição e que reúna as condições de acesso à conta poupança-reformado pode optar por essa conta até euros, mas, se lhe sobrar dinheiro, deve dirigir o remanescente para o DP Crescente 12 meses, cuja taxa líquida é de 2,8 por cento. Só assim maximiza o seu rendimento. Bes é caso isolado Apenas o Banco Espírito Santo oferece uma conta de poupança-reformado com uma taxa líquida superior à inflação esperada para 2012 (3,2%, segundo o Banco de Portugal). Todas as outras posicionam-se para gerar perdas reais aos seus subscritores. Para poupanças até euros, o BES paga uma taxa de juro líquida de 3,5% a 12 meses na sua conta poupança-reformado. Porém, quando o pecúlio é de montante superior, a taxa desce para 2,6 por cento. Por isso, tal como nas restantes contas para aposentados, a aplicação nessa conta do BES não deve ultrapassar o limiar dos euros. De qualquer maneira, encontra taxas de juro mais generosas na banca. O Privat- Bank paga uma taxa líquida de 4,1% nos depósitos a prazo até euros. As baixas taxas de juro resultaram numa queda do dinheiro aplicado nas contas poupança-reformado: passou de 9,1 mil milhões de euros em 2003 para 2,7 mil milhões em março passado. Se pretende melhores remunerações para as suas poupanças, consulte a lista dos melhores depósitos na última coluna da página seguinte ou a versão com toda a oferta do mercado no nosso portal financeiro, em deco.proteste.pt/investe/depositos-a-prazo. Não se esqueça que todas as taxas dos depósitos a prazo são negociáveis, em particular se o montante a aplicar for elevado. Encare-as como um ponto de partida. Conta para alguns reformados As contas poupança-reformado estão reservadas a quem tem pensões inferiores a 6 proteste investe 750 edição mensal maio

7 três vezes o salário mínimo (1455 euros). No caso de contas conjuntas, basta o primeiro titular reunir as condições e os restantes titulares serem o cônjuge, filhos ou pais. Os titulares de uma conta poupança-reforma podem utilizar as quantias depositadas sempre que necessário. No entanto, à semelhança do que acontece com os restantes depósitos a prazo, é preferível esperar pela contas PouPanÇa-reforMa aforradores em fuga o dinheiro aplicado em março em contas poupança-reformado era inferior a um terço do montante disponível no final de 2003 milhões de euros mar 2687 data de vencimento da aplicação (6 ou 12 meses) para evitar penalizações nos juros. Se for uma conta conjunta e o primeiro titular falecer, o dinheiro pode ser recuperado pelo segundo titular sem entraves burocráticos. No caso de a conta ser individual, os herdeiros podem ter algumas dificuldades para aceder aos montantes depositados. Terão de apresentar, no banco, a certidão de óbito do falecido, a escritura de habilitação de herdeiros e a relação de bens, um procedimento habitual para a generalidade dos produtos financeiros. Se o titular da conta falecer, a isenção fiscal mantém-se até ao final do prazo contratado. Findo esse prazo, a conta caduca automaticamente e é convertida num depósito a prazo normal. Tratando-se de um casal em que ambos os cônjuges respeitem as condições de acesso, aconselhamos que cada um tenha a sua própria conta, embora seja desejável que ambos sejam titulares das duas. Se o dinheiro for aplicado numa só conta, o limite legal será atingido com mais facilidade e, portanto, os juros terão de pagar imposto a partir desse montante. Se o cliente deixar de cumprir as condições de acesso (por exemplo, se o montante da reforma vier a ultrapassar os limites legais), deverá informar logo o banco. Caso contrário, a conta poderá ser anulada, após dedução do imposto que deveria ter sido pago e dos juros indevidamente recebidos. números do mês Maio 2012 as taxas de curto prazo continuam a encolher arrastando o rendimento de aplicações como os Certificados de aforro e, até, os do tesouro nos prazos inferiores a 5 anos. CerTiFiCados do TesoUro (1) inferior a 5 anos 1,0% 5 anos 4,7% 10 anos 5,1% CerTiFiCados de aforro (2) série C (taxa-base) 0,7% séries a e B (taxa + prémio) 1,9% sobe e desce 754 milhões em 3 meses os resgates dos Certificados de aforro continuam num ritmo acelerado 1,276% a 1 ano a euribor continua a descer. no início de abril estava em 1,4% Se Quer uma conta POuPança-reFOrmadO, VÁ ao BES Nas contas a 12 meses, o Banco Espírito Santo é o único a pagar uma taxa líquida superior à inflação esperada para 2012 BANCO MONTANTE TAXA ANUAL NOmINAL LÍQUIDA mínimo ATÉ ALÉm DE Banco espírito santo 250 3,5% 2,6% Banco BiC 500 3,0% 2,3% novagalicia Banco 500 2,9% 2,1% Banif 250 2,7% 2,0% activobank 500 1,0% 0,8% Banco Popular 250 1,0% 0,8% millennium bcp 250 0,8% 0,6% montepio 250 0,7% 0,6% a 0,8% Crédito agrícola 50 0,7% 0,5% BBva 500 0,5% 0,4% Banco BPi 250 0,4% 0,3% a 0,5% os melhores depósitos (2) 1 mês privatbank (e-depósito) 2,4% 3 meses privatbank (e-depósito) 3,9% 6 meses Finantia 4,3% (3) 12 meses Finantia 4,3% (3) TaXa média de um depósito de 5000 euros a 12 meses 1,9% (1) Taxa anual efetiva líquida (TAEL). (2) Taxa anual nominal líquida (TANL). (3) Para novos clientes ou montantes. Mínimo

8 dossiê Poupança para crianças invista O dinheiro dos miúdos O Dia Esqueça os depósitos especiais para crianças: podem dar brindes mas fazem dói-dóis nas poupanças. Prefira as nossas estratégias de aforro júnior Mundial da Criança, que se celebra no dia 1 de junho, é apenas a nossa justificação para relembrar o papel que as poupanças devem ter no futuro dos seus miúdos. A qualidade de vida dos seus filhos, netos ou sobrinhos é demasiado importante para não começar a ser já precavida. Quando mais cedo começar a preocupar-se, mais fácil será a preparação para a sua vida independente. Muitos encarregados de educação constituem pés-de-meia de curto prazo para os seus protegidos, mas as poupanças mais relevantes são as programadas para a entrada na vida adulta. Os estudos superiores estão cada vez mais caros: as propinas máximas nas universidades públicas ultrapassarão pela primeira vez os 1000 euros no ano letivo de 2012/2013. Esse valor continuará a crescer, porque está indexado à taxa de inflação. Além disso, a fatura universitária não se resume a propinas: é preciso contabilizar manuais e outros materiais, deslocações e, eventualmente, alojamento longe do lar da família. Os gastos podem subir substancialmente se a formação for além da licenciatura, como pós-graduações e mestrados. A maior preocupação de alguns pais é, no entanto, a entrada no mercado de trabalho. É cada vez mais difícil conseguir um emprego após a finalização de um curso. Em apenas uma década, a taxa de desemprego entre os menores de 25 anos mais do que triplicou de 9,4% em 2001 para 30,1% em Além disso, o poder de compra dos primeiros salários tem caído, o que dificulta o lançamento da vida a solo: a saída da casa dos pais fica normalmente adiada para mais tarde. O ideal seria que os seus descendentes tivessem um generoso pé-de- -meia nessa altura fulcral das suas vidas. trace um plano para a criança Qualquer poupança para os miúdos, por muito pequena que seja, deve ser sempre bem-vinda. Por isso, pode convencer-se e convencer os seus familiares que parte dos presentes de aniversário e de Natal devem ser monetários. Para isso deve divulgar o 8 proteste investe 750 edição mensal maio

9 número de conta das poupanças do júnior. Use os simuladores disponíveis no nosso portal financeiro para aferir até quanto poderá capitalizar a poupança. Descobrirá que não será preciso um grande esforço se a criança ainda for nova. Se, desde o nascimento do bebé, realizar um aforro mensal de 150 euros por mês numa aplicação que renda 3,5% por ano, quando o bebé chegar a adulto terá cerca de 45 mil euros à sua disposição. É mais do que suficiente para pagar os estudos universitários e ainda deverá sobrar alguma coisa para a vida pós-estudantil. A poupança periódica é importante, mas a escolha dos melhores instrumentos de aforro também o é. Se, em vez de 3,5%, ganhar 5% por ano, os 150 euros mensais acumulam cerca de 52 mil euros em 18 anos. Com uma rentabilidade de 7% por ano, o património infantil ultrapassa 63 mil euros. eleja as melhores aplicações A pensar nos pais, avós, tios, familiares e amigos que se preocupam com as poupanças das crianças portuguesas, desenvolvemos três estratégias de aforro para preparar um pé-de-meia juvenil. Para cada uma delas, pode eleger os instrumentos recomendados na caixa em baixo. Se fizer sentido para si e para a sua criança, pode combinar as diferentes táticas. A estratégia mais conservadora recorre a depósitos a prazo. Não faça o primeiro depósito que encontrar: procure o mais generoso do mercado. O PrivatBank, o banco da Letónia que tem agências em Lisboa, no Porto e em Vilamoura, é o que tem os depósitos a prazo a 12 meses com o juro mais elevado nas aplicações até 3000 euros. A taxa anual nominal líquida (TANL) do depósito E- Pé de Meia é de 4,1 por cento. Esta conta não exige montante de abertura e os reforços podem ser realizados com 2o euros. Para quem tem 2000 euros, o Banco Invest é uma alternativa: a conta Invest Novos Depósitos, reservado a novos capitais no banco, tem uma TANL de 3,9 por cento. Qualquer que seja a instituição na qual pretende realizar o depósito para a criança, não se coíba de negociar a taxa de juro. Para não verem o dinheiro sair dos seus cofres e para garantir ter no seu descendente um 3 estratégias Para fermentar as POuPanças JuVenis Estas três táticas diferem no risco, na liquidez, no montante mínimo exigido e no retorno potencial. Não há uma solução certa: todas elas funcionam. Dependendo do seu perfil e o da criança, pode combinar mais do que uma estratégia. DePÓsiTOs a PraZO Para quem quer evitar o risco Estes são os depósitos a 12 meses mais generosos para montantes até 3000 euros. Elegemos a conta mais rentável por banco. No PrivatBank consegue a taxa líquida de 4,1% nos depósitos E- - Pé de Meia e E-Depósito a Prazo. O primeiro não tem mínimo de abertura e bastam 20 euros para reforçar. DÍVida PÚBlica POrTuGuesa Ganhe até 10% por ano Chegam 1000 euros para aplicar em Certificados do Tesouro e ganhar 5,1% por ano durante uma década. As Obrigações do Tesouro rendem potencialmente mais juros, mas é preciso investir um montante superior para diluir os custos de negociação na bolsa, onde são transacionadas. FundOs mistos Simplifique com um fundo Os fundos mistos são a solução para o dinheiro dos miúdos com maior potencial de ganhos, mas também têm mais volatilidade e o capital não está garantido. O prazo mínimo recomendável é a partir de cinco anos. Equilibre o retorno esperado e o risco de acordo com o seu perfil e do seu descendente. Melhores depósitos a prazo a 12 meses (taxa anual nominal líquida) Certificados vs obrigações do tesouro (taxa anual efetiva líquida) fundos mistos recomendados (rentabilidade anual dos últimos 3 anos) PriVaTBanK 4,1% BancO invest 3,9% BarclaYs 3,8% AcTiVOBanK 3,2% BancO POPular 3,0% CerTificadOs do TesOurO MisTO defensivo 5 anos 10 anos 4,7% 5,1% UBS SF Yield EUR N 5,4% MisTO neutro BGF GlOBal AllOcaTiOn E 10,1% BPi UniVersal FF 7,0% OBriGaçÕes do TesOurO UBS SF Balanced EUR N 6,9% 5 anos 10,1% MisTO agressivo CS PF (L) GrOWTh EurO B 9,5% 9 anos 8,7% UBS SF Balanced EUR N 8,0% proteste investe 750 edição mensal maio

10 dossiê futuro cliente, é natural que os bancos aceitem aumentar a taxa da aplicação. É fundamental que a TANL do depósito que eleger para o seu descendente seja sempre superior à taxa de inflação esperada. Só assim garante que a poupança acompanha o crescimento do seu rebento. O Banco de Portugal estima que, em 2012, a taxa de inflação fique em 3,2 por cento. 3,0% É a mais alta taxa anual nominal líquida que se consegue num depósito exclusivo para crianças 10,3% É a taxa anual efetiva líquida que se pode receber investindo nas Obrigações do Tesouro que se vencem em junho de ,1% Foi a rentabilidade anual alcançada pelo fundo misto BGF Global Allocation E nos últimos 3 anos Propina máxima Custo universitário dispara a propina máxima das universidades públicas aumentou 266% numa década e meia, segundo o estudo de luísa Cerdeira, da Universidade de lisboa ano letivo 1997/ / / / entregue a poupança ao estado Se o jovem ainda não atingiu a adolescência, então pode optar por uma solução de baixo risco de médio ou de longo prazo. A dívida pública nacional é a solução ideal. As aplicações realizadas em maio nos Certificados do Tesouro, que podem ser adquiridos junto dos Correios, rendem entre 4,7% e 5,1% quando a duração do investimento fica entre 5 e 10 anos. Os reforços, que têm de ser, no mínimo, de 1000 euros, podem ser realizados pela Internet, via aforronet. igcp.pt. O dinheiro aplicado não pode ser mexido durante os primeiros 6 meses. Um instrumento potencialmente mais lucrativo é a Obrigação do Tesouro, que também é emitida pelo Estado. Estes títulos têm de ser adquiridos através de um intermediário com acesso à bolsa de valores. Para diluir todos os custos de bolsa (que incluem as comissões de compra, de recebimento de juros e de guarda de títulos), aconselhamos um investimento mínimo de 2500 euros. Recomendamos ainda que mantenha as Obrigações do Tesouro até à sua maturidade. Só assim consegue fixar a rentabilidade. Selecione os títulos que se vencem mais próximo da data em que planeia dar uso à poupança do jovem. Por exemplo, se a criança celebrou recentemente o nono aniversário, compre a Obrigação do Tesouro que se vence em abril de Quando ela chegar aos 18 anos, o Estado devolve-lhe o dinheiro, além dos juros que lhe pagou todos os anos. Se tudo correr como previsto, a taxa anual efetiva líquida da aplicação será de 8,9 por cento. um pouco de risco se tiver tempo Uma estratégia potencialmente mais rentável no longo prazo é investir num fundo misto. Estes produtos combinam, num único cabaz, ações e obrigações. Os fundos mistos não têm o capital garantido, mas é possível fazer entregas sempre que entender, reforçando o investimento. Para uma poupança de longo prazo com reforços esporádicos ou regulares de pequenos montantes, esta é a solução mais adequada. A aplicação mínima depende do fundo. Por exemplo, para investir no UBS SF Yield EUR N, o fundo misto recomendado que é menos arriscado, basta começar com 13 euros. O BPI Universal, o único gerido em Portugal entre os 6 fundos mistos que sugerimos, exige 250 euros para entrar e, posteriormente, 25 euros em cada reforço. Dividimos os fundos mistos em 3 grupos, consoante o peso que as ações têm na carteira. Assim, os fundos mistos defensivos têm menos de 30% do património investido no mercado acionista. Os neutros aplicam entre 30% e 50% em ações. Os agressivos têm mais de metade da carteira com ações. As ações, além de aumentarem a volatilidade dos fundos, também garantem um potencial superior de ganhos. Por isso, escolha um fundo que se adeque ao seu perfil e do seu descendente. No último triénio, os fundos mistos que recomendamos na página anterior renderam, em média, 7,8% por ano. Note que essas rentabilidades são apenas uma informação passada. Não dão qualquer garantia futura. É possível que estes fundos percam dinheiro, embora a probabilidade desça à medida que o prazo do aforro aumenta. O UBS SF Growth EUR N, por exemplo, perdeu cerca de 3% por cada 1 dos últimos 5 anos. Desvende outras estatísticas sobre estes e outros fundos mistos nas páginas 27 e 28 desta edição. Além destas três estratégias, os encarrrgados de educação das crianças que tenham montantes elevados para investir, podem optar por uma gestão mais ativa de uma carteira de ações ou de fundos, aumentando o retorno esperado da poupança. ilusão dos brindes Se for ao banco perguntar pelas melhores soluções de poupança para os miúdos, é provável que lhe proponham um depósito especial para crianças. Foi o que nos aconteceu na nossa investigação, que pode conhecer nas páginas seguintes. No final de abril, visitamos 1 balcão de 20 bancos em Leiria e em Lisboa e chegamos a essa conclusão. Algumas instituições financeiras brindam a criança se fizer um depósito especial. Ao colocar as poupanças na conta Eu Poupo, o Banco Popular atribui pontos para acumular e, posteriormente, trocar por jogos, consolas e outros produtos. O Banco Espírito Santo dá um mealheiro desenhado pela Agatha Ruiz de la Prada. O Banco BPI oferece bilhetes para o Badoca Safari Park. Apesar dos chamarizes, os depósitos para crianças não valem a pena. Como pode confirmar no quadro da página seguinte, nenhuma das contas para jovens proporciona no primeiro ano um rendimento superior à inflação esperada para este ano. Todos eles violam a regra que garante o crescimento real das poupanças dos juniores da família. Como dão menos do que a subida de preços, dentro de um ano, aquilo que poderá comprar com o dinheiro acrescido dos juros não será suficiente para comprar aquilo que conseguiria hoje. 10 proteste investe 750 edição mensal maio

11 contas de POuPança aquém da inflação Nenhuma das contas de poupança para jovens proporciona, no primeiro ano, um rendimento superior à inflação esperada Prazo até 1 ano PRODUTO BANCO MONTANTE mínimo REFORÇO mínimo PRAZO Conta Poupança Bes Jovem BES meses 2,6% Conta Poupança Programada Júnior BES Não tem 10 1 ano 2,3% Cresce e aparece Millennium bcp ano 2,3% (1) Poupança nova Geração Banif ano 2,1% TAXA ANUAL NOmINAL LÍQUIDA Saiba quanto poupar para um objetivo em deco.proteste.pt/investe/ poupanca-mensal Quando usar depósitos para crianças Só há uma situação em que pode usar as contas bancárias especiais para crianças: quando não consegue seguir as nossas estratégias de aforro jovem. Caso ainda não tenha acumulado o dinheiro suficiente para o depósito a prazo que quer constituir para a sua criança, pode usar uma conta especial para miúdos como ponto de passagem. Regra geral, as contas juniores têm montantes mínimos de abertura reduzidos e, em alguns casos, um euro é suficiente para fazer um reforço na aplicação. Confirme no quadro ao lado os valores praticados pelos principais bancos a operar no mercado dos produtos financeiros para crianças. Da mesma forma, pode usar os depósitos para miúdos como ferramenta de acumulação para as outras estratégias: a da dívida pública e a dos fundos mistos. Pode, por exemplo, juntar aí os 2500 euros que aconselhamos para investir em Obrigações do Tesouro. Sempre que acumular esse montante, pode transferir para a conta de títulos e comprar mais uma tranche de dívida pública. Se optar por usar uma conta especial de criança como mealheiro, confirme que escolhe uma das mais generosas e que, simultaneamente, lhe permite mobilizar a poupança quando quiser transferir para outras aplicações mais lucrativas. Só assim é possível celebrar o Dia Mundial da Criança com o retorno máximo da poupança dos benjamins da família. Caixa Popnet CGD 250 Não permite 3, 6 e 12 meses 1,7% ou 2,3% Conta Poupança Com Futuro BPN ou 12 meses 1,3% ou 1,5% Poupança Cool BPN meses 1,1% ou 1,3% especial jovem Poupança Montepio ano 1,1% Poupança aforro Jovem Barclays meses 1,0% (2) Conta Poupança-Jovem NovaGalicia ou 12 meses 0,9% ou 1,1% montepio mini super Poupança Montepio ou 12 meses 0,9% ou 1,1% montepio Fun Poupança Montepio ou 12 meses 0,9% ou 1,1% montepio Futuro Montepio ou 12 meses 0,9% ou 1,1% Já Ká Konta super Conta Jovem ou Júnior Santander Totta 25 Conta a Crescer Santander Totta 25 Sem mínimo Sem mínimo à ordem 0,8% à ordem 0,8% Poupança Futuro Crédito Agrícola ano 0,6% Poupança Geração Jovem Crédito Agrícola ou 12 meses 0,5% a 0,7% abconta Banco BPI ano 0,5% Conta CaixaCrescer CGD 100 Prazo superior a 1 ano PRODUTO BANCO MONTANTE mínimo Sem mínimo REFORÇO mínimo à ordem 0,3% PRAZO super Poupança a Crescer Santander Totta anos 3,0% Caixa PopPrazo (não mobilizável) CGD 250 nova Conta rendimento Cr BES 1000 dp especial Jovem 3 anos Banco BPI 250 Conta Poupança Programada Júnior montepio super Poupança Bué Não permite Não permite Não permite 4 anos 3,0% 5 anos 3,0% TAXA ANUAL EFETIVA LÍQUIDA 3 anos 2,3% (3) BES Não tem 10 3, 5 ou 10 anos 2,3% Montepio 250 eu Poupo Banco Popular 300 Caixa PopPrazo (mobilizável) CGD 250 Não permite Não permite Não permite 2 anos 2,3% 3 anos 2,3% 4 anos 1,7% Primeira Conta Poupança Best Bank Até 5 anos 1,5% (1) Assumindo que são feitos reforços mensais de 25 euros, no mínimo. (2) Assumindo que são feitos reforços trimestrais de 150 euros, no mínimo. (3) 2,7% se o montante for superior a 50 mil euros. proteste investe 750 edição mensal maio

12 TesTe Poupança para crianças rendimento em POnTO PeQuenO PrOPOsTas de PalmO e meio A oferta de produtos para os mais novos resume-se a depósitos à ordem sem remuneração e contas a prazo com taxas abaixo da inflação O funcionário do banco recomendou a conta Poupança Objectivo. Permite reforços sem montante mínimo. Quanto maior for o prazo, maior é a remuneração líquida: entre 1,5% e 3,375%. Como não tem produtos para crianças, o funcionário apresentou aplicações para adultos, salientando que a maioria das contas que os bancos disponibilizam para crianças é mal remunerada. Fomos a 20 bancos procurar uma solução para criar um pé-de-meia para uma criança. Os rendimentos propostos ficaram muito longe do mínimo aceitável Foi sugerida a abertura da Primeira Conta, uma conta à ordem com montante mínimo de 100 euros, mas sem qualquer remuneração. Destinada a clientes até aos 17 anos de idade. V isitámos um balcão dos 20 principais bancos à procura de soluções de aforro para crianças. Quero fazer uma poupança para o meu filho, de forma a constituir um pé-de-meia para ele poder usar nas suas primeiras grandes despesas quando atingir os 18 anos. Que produtos me aconselham?, perguntámos. Muitos sugeriram a constituição de uma conta à ordem sem remuneração (BBVA, Best Bank, CajaDuero, Deutsche Bank,Millennium bcp ). Outros, mais sinceros com o cliente, deixaram claro que as contas para os mais novos são pouco interessantes e aconselharam outras soluções. Foi o que aconteceu no Banco Big, Banco Espírito Santo e NovaGalicia. Mas, no geral, os conselhos foram pobres e as remunerações baixas. A melhor proposta foi do Banco Invest: um depósito não renovável com uma taxa anual líquida de 3,9%, mesmo assim 0,4 pontos percentuais abaixo do melhor depósito do mercado. Na CajaDuero, no Best e no Deutsche Bank, se o cliente se deslocou até ao banco a pedir informações, deveria ouvir um pouco mais do que veja no nosso site. No Santander Totta, o funcionário desconhecia os produtos do próprio banco: disse não existirem soluções para crianças, quando há. Foi aconselhada a conta à ordem Eu Quero, que remunera a uma taxa líquida de 0,225%. Ao abrir a conta à ordem, a criança poderia subscrever uma das contas a prazo que oferecem brindes. O funcionário sugeriu a conta à ordem NanoMicro, a partir de 100 euros, e a conta a prazo Poupança Futuro, para um mínimo de 250 euros. Não facultou qualquer ficha de informação ao cliente. 12 proteste investe 750 edição mensal maio

13 Foi sugerida a conta à ordem Nova Geração e uma a prazo com um mínimo de 50 euros, não sendo obrigatórias entregas regulares. A conta oferece um seguro de responsabilidade civil à criança no primeiro ano. A conta Poupança Nova Geração é renovável e remunera à taxa líquida de 2,063%. O funcionário disse que não têm uma conta específica para crianças, mas sugeriu a conta Invest Money Box, que aceita entregas regulares. O capital acumulado está sempre disponível e remunerado à taxa líquida de 3%. Em alternativa, indicou o depósito para novos clientes, que dá uma taxa de 3,9%. A sugestão recebida foi o plano mutualista CR Jovem, até aos 18 anos, com uma remuneração líquida de 2,4%. Permite a inclusão da criança como sócia-mutualista de forma gratuita até aos 13 anos, usufruindo de descontos e vantagens. Os pais pagam 2 euros de quota. O funcionário indicou a Poupança Aforro Jovem ou a Poupança Aforro Mais. Rendem uma taxa líquida de 0,9%, com prémio trimestral de 0,075% até ao máximo de 0,75%, desde que haja reforços trimestrais. Caso tivesse 1000 euros, poderia optar pelo Depósito Net 5%, que rende 3,75% a 1 ano. As propostas na CGD foram: conta à ordem Caixa Crescer (taxa anual líquida de 0,3%), Conta CaixaProjecto (menos interessante, segundo o funcionário), Caixa Aforro (paga juros semestrais) e conta Caixa PopPrazo, que não é mobilizável durante 4 anos mas rende uma taxa anual líquida de 3%. A Primeira Conta é um depósito à ordem sem remuneração; a Conta Poupança Aforro paga juros semestrais; a poupança Cresce e Aparece sugere entregas mensais para dar uma taxa líquida de 2,25%. Além destas propostas, foi sugerido um seguro de vida a partir de 30 euros mensais. Foi sugerida a conta à ordem não remunerada Miniblue BBVA com três segmentos de acordo com a idade do subscritor. Aconselhou a subscrição do BBVA Monetário Curto Prazo, um fundo especial de investimento que, apesar de não ser especificamente para crianças, pode ter remuneração. Foi sugerida o depósito a prazo on-line, o DP Net, com um mínimo de abertura de 250 euros e cuja remuneração anual líquida varia entre 1,3% e 2,4%, consoante o prazo escolhido entre 1 e 12 meses. A alternativa mais rentável seria subscrever um seguro de capitalização, disse o funcionário. A funcionária referiu que não tinham contas especiais para crianças e que há no mercado bancos com soluções bem mais interessantes. A única conta para menores é uma conta à ordem, mas não tinha qualquer vantagem. Aconselhou o potencial cliente a dirigir-se a outras instituições. Apesar de ter aplicações para crianças, a funcionária desaconselhou-as porque há produtos mais interessantes: a Conta Rendimento CR a 5 anos rende uma taxa anual líquida de 3%. Para entregas pontuais sugeriu a Conta Poupança Dez, com prazos até 10 anos. Rende sempre 2,25%. O funcionário da CajaDuero referiu que, para crianças e jovens, tinham apenas a Conta Jovem, uma conta à ordem não remunerada. E não adiantou mais nada. Remeteu o potencial cliente para o site para mais informações. Também não forneceu qualquer folheto. No PrivatBank, o funcionário bancário esclareceu que não tem contas desenhadas especialmente para crianças. As contas disponíveis no banco da Letónia são para maiores de 18 anos e apenas funcionam com a opção de depósitos. Não têm cartões nem cheques. A Conta Júnior (à ordem até aos 12 anos), a ABConta (0,45% líquida), DP Jovem 3 Anos e o BPI Aforro Jovem fora os conselhos recebidos. Foi facultado um folheto anunciando a oferta de bilhetes para um parque, caso a solução de poupança seja reforçada em 50 euros até ao final de maio. O funcionário explicou que o Deutsche Bank não tem uma conta específica para crianças, mas recomendou a DB Way Future, uma conta à ordem sem remuneração. O cliente, após ter saído do banco e ao ler a informação impressa, verificou que a conta se destinava a pessoas dos 18 aos 30 anos. A funcionária referiu que não tinham produtos específicos para crianças. No entanto, existem outros produtos financeiros que poderiam ser constituídos. Contudo, a funcionária estava mal informada, pois o Santander Totta tem várias soluções, como pode ver nas páginas anteriores. proteste investe 750 edição mensal maio

14 análise Estruturados sem garantia investidores intoxicados São muitos os casos de consumidores que têm as carteiras de aforro poluídas com produtos financeiros complexos que geram elevados prejuízos No auge da popularidade dos estruturados perdeu-se a noção da fragilidade dos ativos subjacentes. Chegou a usar-se produtos tóxicos na sua composição, como os que estiveram na base da crise do subprime, o crédito hipotecário de alto risco dos Estados Unidos da América, em Os produtos financeiros complexos oferecidos aos particulares portugueses foram e são menos tóxicos, mas não deixam de intoxicar alguns dos investidores. A intoxicação dos investidores começou no início da década de Nessa altura, surgiram no mercado produtos financeiros mais sofisticados que tinham como objetivo responder à procura por soluções que conseguissem maximizar os ganhos bolsistas. Estes produtos ficaram conhecidos por estruturados, porque combinam numa mesma estrutura financeira um produto tradicional, como um depósito, uma obrigação ou um fundo de investimento, e um outro ativo que determina o rendimento e o valor de reembolso do capital. Esse ativo, chamado de subjacente, pode ter várias configurações: uma ação, um índice, um cabaz de títulos, taxas de juro ou matérias- -primas, por exemplo. A moda dos estruturados (ou produtos financeiros complexos, como são formalmente designados) chegou a Portugal uns anos mais tarde. Embora alguns produtos consigam maximizar ganhos, o seu sucesso mais recente deve-se à possibilidade de reduzir o risco do investimento. A maioria dos produtos estruturados lançados agora procuram minimizar a probabilidade de perda. Todavia, isso não quer dizer que não se possa ter prejuízos. O risco do produto está sempre do lado do investidor, como se deduz dos três casos relatados na página seguinte. nem sempre garantido Os produtos financeiros complexos não têm de ter o capital garantido. Não é obrigatório que, no final do prazo, o investidor receba pelo menos o dinheiro que investiu inicialmente. Normalmente, para conseguirem oferecer um rendimento potencial superior, os bancos que desenham os produtos estruturados têm de apresentar alguma probabilidade de perda no vencimento. Regra geral, quanto maior o ganho potencial, maior é o risco de perda. Mesmo que o capital esteja garantido, existe o risco de incumprimento. O emitente pode ter dificuldades financeiras e não conseguir pagar as suas responsabilidades financeiras. Noutros casos, a garantia é dada por terceiros, como acontece com as obrigações de empresas. Nestas situações, o investidor fica exposto ao risco de incumprimento do emitente dessa obrigação e não de quem lhe está a vender o produto. Para saber se o produto estruturado tem capital garantido, consulte o documento informativo ou a ficha técnica. Aí também pode verificar se o produto está abrangido pelo Fundo de Garantia de Depósitos. Há ainda o risco de liquidez, porque a generalidade dos produtos financeiros complexos não permite a mobilização antecipadamente do dinheiro sem elevadas perdas. rendimentos baixos A dependência do ativo subjacente não é direta e nem sempre é de fácil compreensão, porque envolve muitas fórmulas de cálculo. Além disso, os ganhos são, por norma, limitados. Em novembro de 2009, 14 proteste investe 750 edição mensal maio

15 já no rescaldo da crise do subprime, Carlos Tavares, presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), avisou que a rendibilidade esperada dos produtos [financeiros complexos] é usualmente inferior à rendibilidade de aplicações de menor risco. A CMVM supervisiona estes produtos quando a estrutura de base não é um depósito, pois, nesse caso, a supervisão fica a cargo do Banco de Portugal. Na edição semanal da Proteste Investe avaliamos habitualmente os produtos oferecidos pelos bancos, mas raramente recomendamos a subscrição de um produto financeiro complexo. Ainda que possam apresentar rendimentos potenciais elevados, a sua baixa probabilidade de ocorrência aliada à, por vezes, não garantia de capital tornam-nos demasiado arriscados. PrOduTOs TÓXicOs conduzem a prejuízos Conheça três casos de nossos subscritores que reclamam perdas avultadas em produtos financeiros complexos não se deixe enganar Quando a esmola é muita, o pobre desconfia, diz o ditado popular. Sempre que lhe propuserem um produto financeiro complexo, não se deixe entusiasmar com os rendimentos máximos potenciais que lhe possam apresentar. O mais certo é que não seja uma boa opção de investimento. Mesmo que alguns, olhando para trás, possam ter apresentado um bom rendimento final, o risco de incorrer em perdas ou de não obter rendimento desaconselha a sua subscrição. Leia sempre com cuidado o documento informativo ou a ficha técnica do produto. Se ficar com dúvidas, além de poder questionar o seu gestor de conta, pode contactar-nos no âmbito do serviço de avaliação a pedido, através do . Pode ainda telefonar-nos de segunda a sexta-feira entre as db GlobalZone: Casal Perde Quase 100 Mil euros O casal A.N. e M.M., do Porto, confiaram que o Globalzone do Deutsche Bank não tinha risco de perda e, em 2007, investiram perto de 708 mil euros com vista a receber 9% de juros. Porém, se um dos ativos subjacentes perdesse mais de 25%, o capital não estaria garantido. Foi o que se sucedeu: a perda foi de 94,5 mil euros. O casal afirma que a gestora de conta lhe afiançou que o produto não tinha risco, o que denota uma grave falha de comunicação, além de uma falha de adequação do produto ao perfil dos investidores. Atualmente, o banco tem de garantir essa adequação. Best depósito CabaZ financeiras 21%: Perda Quase total O investidor A.O. constituiu, em 2007, o Depósito Cabaz Financeiras 21% no Best Bank. Este produto não tinha o capital garantido e dependia da evolução de 3 ações. Entre elas estava a do ABN Amro, desmantelado em 2008 e adquirido por 3 entidades. O Fortis Bank foi um dos compradores e substituiu o ABN Amro no produto adquirido por A.O. Todavia, o Fortis entrou em processo de falência e a sua cotação caiu a pique. Em fevereiro passado, o reembolso recebido por A.O. foi equivalente a 8,75% do seu capital investido. db Euro BalanCe: PreJuÍZo de 32% O nosso subscritor D.C., residente em Coimbra, investiu, em julho de 2006, 2500 euros no DB Euro Balance comercializado pelo Deutsche Bank. Embora fosse considerado como de risco moderado, D.C. apenas recebeu 1700 euros passados 3 anos, o que representou uma perda de 32 por cento. Tal deveu-se ao facto de o ativo subjacente, o índice acionista EuroStoxx 50, ter desvalorizado uma percentagem semelhante. D.C. não estava claramente alertado para o risco de perda de capital. Atualmente, cabe aos bancos certificarem-se que os seus clientes percebem os riscos. 9 horas e as 13 horas e entre as 14 horas e as 18 horas para o da rede fixa ou o da rede móvel, mas o melhor é enviar-nos a documentação do produto através do nosso portal financeiro. Aceda à avaliação a pedido em investe/avaliacao Proteste investe exige mais controlo nos produtos complexos A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a entidade reguladora e supervisora dos instrumentos financeiros, lançou uma consulta pública com uma proposta legislativa que visa melhorar a informação, aumentar a transparência e servir melhor os interesses dos investidores portugueses. Essa proposta, que aplaudimos, passa sobretudo por reforçar a necessidade dos bancos adequarem os produtos financeiros ao perfil dos seus clientes e de alertá-lo para os potenciais riscos. Entre as intenções de obrigatoriedade estão avisos visuais nos documentos informativos. Assim, os investidores serão confrontados com imagens e cores que lhes permitirão ter uma noção rápida e eficaz do risco em que poderão estar a incorrer. Entre as propostas que enviámos à CMVM destacamos a necessidade de alargar esta legislação a outros produtos, como o investimento no mercado cambial à vista (forex). Exigimos ainda que os bancos tenham nos seus sítios na Internet os históricos dos produtos financeiros complexos e os resultados alcançados. Antes da maturidade, deverá ainda estar a cotação do produto na bolsa, caso esteja em negociação. O principal alerta é, no entanto, para si: exija conhecer todos os pormenores do produto financeiro antes de investir, de forma a ter a certeza que é o mais adequado ao seu perfil. Leia sempre o documento informativo. E lembre-se que raramente recomendamos este tipo de aplicações. proteste investe 750 edição mensal maio

16 destaque Estratégia de calendário Venda em maio e vá de FÉrias descansado O adágio bolsista diz para vender as ações em maio e só regressar depois do verão terminar. Nem sempre a sabedoria popular é boa conselheira dos investidores h á muitos anos que a comunidade bolsista apregoa a expressão sell in May and go away. Este adágio reflete uma estratégia popular nos mercados de ações que se traduz na venda de todos os títulos durante o mês de maio. O regresso à bolsa é normalmente apontado para outubro. Assim, os investidores que seguem a máxima sell in May and go away (que, literalmente, significa venda em maio e vá embora ) ficam afastados da bolsa durante cerca de quatro meses por ano. Será que é uma boa estratégia vender as ações em maio, ir de férias descansado e voltar a entrar no mercado acionista depois do verão? Há vários estudos académicos que confirmam que, historicamente, o rendimento médio das ações é inferior durante os meses de verão. Contudo, esses estudos ignoram dois elementos: não incluem os custos adicionais de transação, já que é pre- ciso realizar operações de venda e de compra, nem contam com um eventual impacto fiscal, que resulte das mais-valias em maio. É por isso que não aconselhamos a estratégia sell in May and go away. Preferimos o investimento de longo prazo, porque reduz os custos de negociação e evita a decisão dos momentos certos de saída e de entrada no mercado. Além disso, a estratégia de maio pode ter funcionado estatisticamente no passado, mas não há garantia que se repita no futuro. rendimento arrefece no verão Analisámos o comportamento do índice de ações mundial MSCI World desde 1980, supondo o reinvestimento dos dividendos recebidos em novas ações. Como pode ver na primeira figura da página seguinte, os meses de setembro, junho e agosto foram os que ofereceram rendi- mentos médios mais baixos. Em setembro e junho, o desempenho médio foi, inclusivamente, negativo. Ao invés, abril e dezembro foram os melhores, com rendimentos médios acima de dois por cento. Esta tendência confirma-se também na bolsa de Lisboa, já que, nos últimos dez anos, os meses de junho, julho e setembro foram os piores, com rendimentos médios negativo de cerca de um por cento, incluindo o reinvestimento dos dividendos. Os meses de abril e de dezembro também foram os melhores. Um investidor que tenha replicado sempre o índice MSCI World entre março de 1992 e março de 2012, reinvestindo os dividendos em novas ações, transformou euros em euros. Isso corresponde a uma rentabilidade anual de 5,9 por cento. Se, em alternativa, tivesse adotado a estratégia sell in May and go away, isto é, se vendesse as suas ações todos os anos no final de maio e regressasse ao mercado apenas no início de outubro, o pecúlio angariado seria de euros. Esse valor revela uma rentabilidade média anual de 6,9%. Este resultado é superior porque nos 4 meses 16 proteste investe 750 edição mensal maio

17 rendimento Mensal VerÃo Mais frio o rendimento médio mensal das bolsas mundiais foi inferior nos meses de verão desde aliás, junho e setembro foram os únicos com perdas médias Valor acumulado Mais 1% Por Cada ano a estratégia de maio teria transformado euros em euros em 20 anos, mais 1% por ano face à tática de não ter saído do mercado ,9% 2,7% 1,2% 0,9% 0,5% 0,4% 0,6% 0,1% Jun Jan Fev Mar Abr Mai Sempre no mercado -0,1% ,9% Sell in May and go away Set Jul Ago Out Nov Dez -0,6% 1,5% 1,2% ,3% Sell in May and go away mais juros 2,3% de verão (junho a setembro), o rendimento médio do índice MSCI World foi negativo nos últimos 20 anos. Se durante os 4 meses de verão aplicasse o dinheiro da venda das ações numa aplicação à taxa de juro de mercado (Lisbor a 3 meses de 1992 a 1998 e Euribor a 3 meses de 1999 a 2011) e depois investisse novamente no mercado acionista em outubro, acumularia um montante significativamente superior de euros. A rentabilidade média anual dispararia para 9,3 por cento. No entanto, como já referimos, estes resultados não incluem os custos de investir na bolsa. A tributação adicional e os custos da compra e da venda de toda a carteira de títulos podem facilmente eliminar o sobredesempenho. Além disso, nem sempre compensou estar fora do mercado de junho a setembro. Nos últimos 20 anos, mesmo investindo o dinheiro da venda das ações em aplicações sem risco durante os 4 meses, em metade dos anos analisados não teria compensado. Neste aspeto, 2009 foi o caso mais paradigmático: o índice MSCI World subiu 17,1% de junho a outubro. Transações descem com calor Uma das principais razões para a falta de dinamismo dos mercados durante o verão está relacionada com o período de férias. Nesta altura, os investidores preferem ir a banhos e as bolsas estão menos líquidas. Além disso, ao contrário do que sucede no primeiro e quarto trimestre do ano, existem menos entradas de capital no mercado por parte dos fundos de investimento e planos de pensões. A título de exemplo, nos últimos dez anos, agosto foi o segundo mês com menor valor médio negociado em ações na Euronext, que inclui as praças de Amesterdão, Bruxelas, Lisboa e Paris. Surge logo a seguir a dezembro, outra altura do ano em que muitos investidores também estão de férias. Efeito janeiro Além da máxima sell in May and go away, há outra estratégia de calendário muito popular no meio bolsista: o efeito janeiro. O efeito janeiro é mais um dos padrões identificados no comportamento das bolsas. Estudos mostram que, no início do primeiro mês do ano, tende a ocorrer um movimento anormal de subida das cotações. O efeito janeiro tem a sua origem em dezembro, porque, no final do ano, os investidores tendem a vender ações nas quais têm perdas, de forma a realizarem menos-valias fiscais. O objetivo é reduzir a carga fiscal, abatendo os prejuízos às eventuais mais-valias acumuladas durante o ano, reduzindo assim os impostos. Para tentarem recuperar as menos-valias, os investidores recompram os títulos em janeiro. Além disso, é tipicamente nesta altura do ano que muitos gestores de fundos adaptam as suas carteiras. O efeito janeiro é mais notório em ações de pequenas empresas, que têm normalmente menor volume de negociação, e é uma tendência que tem perdido importância nos últimos anos. De facto, nos 32 anos que analisámos, em 12 as bolsas mundiais geraram perdas em janeiro. Em 7 dos últimos 15 anos, o MSCI World perdeu valor. A má conjuntura económica e as sucessivas crises financeiras dos últimos anos sobrepuseram- -se ao habitual rali do início de ano. análise Proteste investe Estratégia ignora todos os custos É verdade que o estudo da história permite encontrar alguns padrões na evolução dos mercados. Contudo, não há fórmulas mágicas. Em média, os meses de verão são menos interessantes para as bolsas. A velha máxima sell in May and go away parece trazer benefícios aos investidores. Contudo, há outros fatores a contabilizar. É preciso ter em conta que, vendendo as ações em maio e voltando a comprá-las em outubro, teria de suportar custos de transação suplementares. Dependendo dos montantes investidos, o seu peso na rentabilidade da carteira pode ser significativo. Quanto menor for o valor investido, maior será o peso desses custos. Além disso, se a estratégia resultar, pagará mais imposto sobre o rendimento, o que anula uma parte dos eventuais benefícios. Pode acontecer ainda que o aumento da frequência das transações conduza a uma menor disciplina na escolha dos títulos a adquirir e no timing de realização das ordens de compra e de venda. Muitas vezes, bastam apenas dois ou três erros para comprometer toda a estratégia. Embora seja importante estar atento aos ciclos de curto prazo, privilegiamos uma ótica de longo prazo. Procure acima de tudo ser seletivo nos títulos que adquire e garanta uma boa diversificação da sua carteira. Diversificando terá elevadas probabilidades de ter sempre na sua carteira ações de empresas vencedoras. proteste investe 750 edição mensal maio

18 imobiliário Arrendamento esqueça a compra Para arrendar O negócio de comprar imóveis para arrendar gera poucos ganhos. A distorção entre os preços de compra e as rendas cobradas é elevada. Se avançar, invista com cautela A rentabilidade anual líquida da compra de imóveis com o objetivo de os arrendar é atualmente muito baixa. Nas principais zonas residenciais das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, essa rentabilidade varia entre 2,4% e 4,5%, assumindo uma taxa de tributação de 24,5%, de acordo com a investigação da PROTESTE InVESTE. No caso da taxa ser a máxima (49% em 2012), a rentabilidade varia entre 1,3% e 2,5 por cento. Para justificar os riscos do investimento, a rentabilidade mínima que deve exigir é de 6% por ano, embora muitos investidores institucionais só se interessem por rendimentos acima de 8,5 por cento. Para isso acontecer, os preços de compra têm de descer cerca de 50%, os valores das rendas têm de aumentar 75% ou uma combinação dos 2 efeitos. Preços em queda contínua Além das rendas líquidas de encargos, os investidores imobiliários que compram para arrendar devem preocupar-se com a tendência dos preços dos imóveis. Apesar de serem, regra geral, aplicações de longo prazo, o resultado do investidor será a soma das rendas com a mais ou menos- -valia na altura da alienação. Para auscultar o pulso do mercado, um dos indicadores mais usados é o valor médio de avaliação bancária. O Instituto Nacional de Estatística compila para esta métrica a informação dos imóveis que são objeto de financiamento bancário e alvo de avaliação técnica por peritos certificados. Nos 12 meses que terminaram em março, o índice desceu sempre. Em termos nacionais, o valor médio do metro quadrado caiu mais de 10% desde o seu máximo histórico atingido em abril de A perspetiva é que a queda continue nos próximos meses. Custos são garantidos Há um conjunto de riscos e custos associados à propriedade de um imóvel que devem ser equacionados quando se pensa neste tipo de investimento. Embora o arrendamento possa não ser imediato após a compra do imóvel, os custos são garantidos: Imposto Municipal sobre Imóveis, despesas de condomínio, seguro de incêndio, taxas municipais, reparações, entre outros. Um dos parâmetros mais importantes na decisão da compra para arrendar é a localização. Estar perto de boas infraestruturas, como transportes, escolas e hospitais, é meio caminho para conseguir ter o seu imóvel permanentemente ocupado. Um outro parâmetro é o valor da renda ser ligeiramente abaixo dos valores praticados na zona para imóveis similares. Mesmo tendo interessados na sua propriedade, é preciso avaliar e minimizar o risco de incumprimento. Deve analisar a capacidade financeira do candidato a inquilino, solicitando uma cópia da última declaração de IRS e dos recibos de vencimento e exigindo fiadores. A morosidade da justiça impede o despejo célere de inquilinos incumpridores. Ao invés do investimento em ativos financeiro, a gestão do património imobiliário avaliação Bancária desvalorização imobiliária o valor médio das avaliações nos créditos hipotecários desceu mais de 10% desde o máximo de abril de /m /m Setembro Março 18 proteste investe 750 edição mensal maio

19 RenTabilidade média do arrendamento abaixo dos 4% Nestas 16 zonas da Grande Lisboa e do Grande Porto, a rentabilidade anual líquida da compra de um T2 para arrendar é, em média, de 3,1%, assumindo uma taxa de tributação de 24,5% GRANDe lisboa GRANDe PORTO OeiRAS tael 1 tael 2 3,3% 3,9% AMADORA tael 1 tael 2 2,9% 3,4% ODiVelAS tael 1 tael 2 2,9% 3,5% lisboa almada tael 1 tael 2 2,7% 3,2% lumiar tael 1 tael 2 3,1% 3,7% PARQUe DAS NAÇÕeS tael 1 tael 2 2,4% 2,9% AVeNiDAS NOVAS tael 1 tael 2 3,2% 3,8% SãO DOMiNGOS De BeNFiCA tael 1 tael 2 2,4% 2,9% aldoar tael 1 tael 2 4,5% 5,5% FOZ tael 1 tael 2 3,2% 3,8% lordelo do OurO tael 1 tael 2 3,2% 3,8% ParanhOs tael 1 tael 2 2,9% 3,4% MATOSiNHOS tael 1 tael 2 3,7% 4,4% MAiA tael 1 tael 2 2,8% 3,4% POrTO vila nova de GAiA tael 1 tael 2 2,8% 3,4% VAlONGO tael 1 tael 2 3,3% 4,0% Simulações de aquisição para arrendamento de apartamento T2 com 90 a 125 metros quadrados. TAEL 1: Taxa anual efetiva líquida com taxa de IRS de 24,5% TAEL 2: Taxa anual efetiva líquida com taxa de IRS de 10%, a taxa média de tributação em 2009 tem de ser ativa. Será confrontado com decisões de gestão que afetam diretamente a rentabilidade do investimento. Por exemplo, as obras de manutenção têm um custo, requerem negociação com fornecedores e acompanhamento de forma a aferir que são bem feitas, em tempo útil e não excedem o orçamento. Um contrato de arrendamento com duração superior a seis meses deve ser celebrado por escrito e obedecer a vários quesitos. Poderá ter necessidade de recorrer a um especialista para a sua elaboração. Procure a exceção Tal como numa bolsa cara é possível encontrar ações baratas, também é possível encontrar imóveis com um desconto significativo em relação aos valores de mercado que torne atrativa a sua aquisição para arrendamento. É preciso saber procurar: se o proprietário estiver com necessidades de liquidez, se o imóvel estiver em situação de penhora ou alvo de execução hipotecária ou se o imóvel necessitar de obras, o negócio pode tornar-se atrativo. Disponibilizamos no nosso portal um simulador que calcula a rentabilidade anual líquida do investimento num imóvel para arrendar, considerando o valor de compra, as rendas, a taxa de ocupação e todos os encargos associados. Vá a deco.proteste.pt/investe/arrendamento e crie vários cenários alternativos. Seja pessimista: simule que só conseguirá arrendar a casa seis meses por ano, que o valor da renda é inferior à sua expectativa ou que os seus inquilinos exigem reparações que não estava à espera. Nestes cenários, conseguirá ter rentabilidades positivas? Se não, está preparado para perder dinheiro? Nem sempre a realidade vai de encontro às nossas expectativas. Esteja preparado para o pior. Descubra quanto pode ganhar com o arrendamento em deco.proteste.pt/ investe/arrendamento proteste investe 750 edição mensal maio

20 Fundos Comentário mensal euro arrasta ações Os receios em torno da zona euro penalizaram a moeda única e os fundos de ações. Nas carteiras recomendadas reduzimos o peso dos Certificados do Tesouro para 20 por cento continuam presentes nas carteiras recomendadas, embora o peso dos Estados Unidos da América seja claramente superior, em consonância com as melhores perspetivas que atribuímos às empresas norte-americanas. A contrastar com as quedas generalizadas, encontramos os fundos de ações australianas (+2,2%) e britânicas (+1,9%). Este desempenho deveu-se, sobretudo, à apreciação das respetivas divisas face ao euro. A crise da dívida soberana tornou-se numa autêntica telenovela. Mas não constitui surpresa, pois sempre considerámos que as medidas tomadas a nível europeu têm sido insuficientes para resolver definitivamente o problema. Em abril, foi a Espanha que esteve debaixo de fogo, com os investidores a temerem que o país vizinho seja forçado a pedir ajuda financeira externa. Estes receios provocaram perdas mensais no valor cambial do euro e nos fundos de ações mais expostos à moeda única. Infelizmente, em maio, o panorama não melhorou. Ao invés, o caos político pós-eleitoral na Grécia mostra que a zona euro ainda tem mais obstáculos pela frente. Zona euro em queda Com o clima negativo, os investidores afastaram-se das ações da zona euro. Esta categoria de fundos perdeu 3,5% em abril, mas as ações nacionais foram mais penalizadas, tendo recuado 4,6 por cento. Também com perdas acentuadas estiveram os fundos de ações latino-americanas (-3,9%). A nacionalização da petrolífera argentina YPF, que pertencia à espanhola Repsol, teve um impacto bastante negativo na bolsa de Buenos Aires (-15,5%) e contagiou os restantes mercados da região. Por exemplo, os fundos de ações brasileiras perderam, em média, 5% em abril. Com variações negativas, mas menos acentuadas, estiveram os fundos de ações norte-americanas (-0,4%) e suíças (-0,2%). Ambas as categorias ouro e bancos lideram perdas A queda das bolsas afetou transversalmente os fundos de ações setoriais. Contudo, o setor financeiro foi claramente mais atingido (-3,9%) devido à sua maior sensibilidade aos problemas da dívida na zona euro. O setor do ouro também está a perder brilho. Em abril, os fundos dedicados ao metal dourado recuaram, em média, 4,4 por cento. A cotação internacional do ouro já recuou cerca de 300 dólares face ao valor máximo de 1898 dólares registado em setembro de Pela positiva, os fundos do setor farmacêutico avançaram 0,7 por cento. O seu caráter mais defensivo torna- -os interessantes na débil conjuntura económica mundial. Pode aplicar até 5% das poupanças no fundo setorial BGF World Healthscience E. Este limite aplica-se a todos os fundos setoriais, pois, se possuem um potencial de valorização muito próprio, também MelHores e Piores fundos de ações em abril IlHas lideram ganhos as ações australianas e britânicas estiveram em destaque graças à apreciação das moedas dos respetivos países durante o mês de abril. os fundos de ações chinesas ficaram com o terceiro lugar do pódio Brasil -5,0% Portugal -4,6% Índia -3,9% 1,6% China 1,9% 2,2% Reino Unido Austrália 20 proteste investe 750 edição mensal maio

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