Polícia Civil - CE Direitos Humanos Emilly Albuquerque

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Polícia Civil - CE Direitos Humanos Emilly Albuquerque"

Transcrição

1 Polícia Civil - CE Direitos Humanos Emilly Albuquerque 2014 Copyright. Curso Agora eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor.

2 DIREITOS HUMANOS 1 Teoria geral dos direitos humanos: conceito, terminologia, estrutura normativa, fundamentação. 2 A dignidade da pessoa humana e os valores da liberdade, da igualdade e da solidariedade. 3 Cidadania: noção, significado e história. 4 Direitos humanos na Constituição Federal. 5 Declaração Universal de Direitos Humanos. 6 Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial. 7 Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes. 8 Tratados Internacionais de Direitos Humanos 1 Teoria geral dos direitos humanos - Trata dos direitos fundamentais da pessoa humana, considerando que toda pessoa deve ter a sua dignidade respeitada e a sua integridade protegida, independentemente da origem, raça, etnia, gênero, idade, condição econômica e social, orientação ou identidade sexual, credo religioso ou convicção política. - Sistema Internacional de Proteção aos Direitos Humanos: Surge a partir da Segunda Guerra Mundial. - DIDH (Declaração Internacional dos Direitos Humanos): a) o DIDH não está sujeito ao princípio da reciprocidade que domina o Direito Internacional Público; b) o DIDH tem um aspecto ideológico bastante acentuado sendo um direito politizado ; c) outra característica é a progressividade, o DIDH vem sendo construído de modo progressivo; d) o DIDH diminui a área de atuação da soberania do Estado, os direitos humanos deixam de pertencer à jurisdição doméstica ou ao domínio reservado do Estado; e) é um direito autônomo, no sentido de que visa a proteger os indivíduos, tanto no plano nacional quanto internacional, e não os Estados; f) no DIDH as normas de direitos humanos são imperativas, consideradas como pertencentes ao jus cogens; g) no DIDH existe uma presunção em favor da aplicabilidade direta dos tratados de direitos humanos no plano interno dos Estados, isto é, o indivíduo pode invocá-los perante os tribunais internos. Prof. Emilly Albuquerque 2

3 - Resolução nº 32/130 da Assembléia Geral da ONU estabeleceu que todos os direitos humanos, qualquer que seja o tipo a que pertençam, se inter-relacionam necessariamente entre si, são interdependentes e indivisíveis, além de universais. - Classificação dos Direitos Humanos em Gerações e Dimensões se deu em 1979, em uma conferência do Instituto Internacional de Direitos Humanos, Karel Vasak propôs uma classificação dos direitos humanos em gerações, inspirado no lema da Revolução Francesa (liberdade, igualdade e fraternidade). 1a Dimensão ou Geração Liberdade 2a Dimensão ou Geração Igualdade 3a Dimensão ou Geração Fraternidade ou Solidariedade: metaindividuais e supraindividuais 4a Dimensão ou Geração Evolução da Ciência/Genética 5a Dimensão ou Geração Realidade Virtual RESPONSABILIDADE INTERNACIONAL - Direta: ato ilegal cometido pelo Governo, órgãos ou funcionários. - Indireta: cometida por uma coletividade que o Estado representa na esfera internacional. - Por comissão: o ato ilícito resulta de uma ação. - Por omissão. - Convencional: quando tem origem na violação de um tratado. - Delituosa quando viola uma norma consuetudinária. A reparação é a conseqüência do não cumprimento de uma obrigação internacional. Pode ter diversas modalidades: a) a reparação direta ou restituiu in integrum (retorno das coisas ao estado anterior); b) sanções internas (aplicam-se no caso de responsabilização por atos de particulares); c) de natureza moral (satisfações, pedidos de desculpas) mas não pode atingir a dignidade de quem oferece; d) indenização (a mais comum das modalidades de reparação). Prof. Emilly Albuquerque 3

4 1.1 Conceito, terminologia, estrutura normativa, fundamentação. a) Conceito O conceito de Direitos Humanos é muito amplo, podendo ser considerado sob dois aspectos: -"constituindo um ideal comum para todos os povos e para todas as nações, seria então um sistema de valores"; e - "este sistema de valores, enquanto produto de ação da coletividade humana, acompanha e reflete sua constante evolução e acolhe o clamor de justiça dos povos. Por conseguinte, os Direitos Humanos possuem uma dimensão histórica". Os Direitos Humanos são princípios internacionais que servem para proteger, garantir e respeitar o ser humano. Devem assegurar às pessoas o direito de ter uma VIDA DIGNA com acesso à liberdade, ao trabalho, à propriedade, à saúde, à moradia, a educação, lazer, alimentação etc. Os Direitos Humanos são fruto do percurso histórico de costumes e tradições das antigas civilizações da produção jusfilosófica e de valorização de direitos naturais. A finalidade básica dos direitos humanos é coibir o abuso do Poder do Estado. b) Terminologia A nomenclatura DIREITOS HUMANOS e DIREITOS DO HOMEM é frequentemente usada entre estudiosos latinos e angloamericanos, enquanto DIREITOS FUNDAMENTAIS é mais apreciada pelos alemães. Direitos Humanos x Direitos do Homem? X Direitos Fundamentais? Todas essas denominações, em regra, querem dizer a mesma coisa, ou seja, é um conjunto de direitos políticos, civis, sociais, econômicos e culturais garantidos pelo Estado a todos os seres humanos. c) Estrutura normativa - Apesar da existência anterior de certos organismos internacionais com o propósito de proteção aos direitos humanos, é a partir da fundação das Nações Unidas, da Organização dos Estados Americanos e do Conselho da Europa que se instaura um verdadeiro sistema internacional. - Sistemas de Proteção: global e regionais. Prof. Emilly Albuquerque 4

5 Organização das Nações Unidas ONU - Criada ao término da II Guerra Mundial, tem como objetivo principal garantir a paz no mundo através do bom relacionamento entre os países. O principal motivo da sua fundação em 24 de outubro de 1945 foram os abusos cometidos nas duas grandes guerras mundiais. Criada na Conferência de San Francisco (Conferência das Nações Unidas sobre a Organização Internacional), a ONU contava a princípio com 51 estados membros. - Inicialmente, a Declaração Universal foi adotada como uma resolução sem valor legal, por não ser um tratado. Atualmente, a doutrina majoritária sustenta que ela é um instrumento normativo que cria obrigações para os Estados-membros da ONU. - Atualmente, a ONU conta com 192 Estados soberanos e com diversos organismos autônomos, sendo constituída por seis órgãos principais e vinculados a ONU apenas por acordos especiais, além de programas que atuam nas mais diversas áreas, da saúde à aviação. Os seis órgãos principais são: Assembléia Geral órgão deliberativo máximo que tem como atribuições principais discutir, iniciar estudos e deliberar sobre qualquer questão que afete a paz e segurança em qualquer âmbito, exceto quando a mesma estiver sendo debatida pelo Conselho de Segurança; receber e apreciar os relatórios do Conselho de Segurança e demais órgãos da ONU e eleger membros do Conselho de Segurança, do Conselho Econômico e Social e do Conselho de Tutela. Conselho de Segurança embora outros conselhos possam deliberar sobre questões de segurança, este é o único que toma as decisões que os países membros são obrigados a cumprir. Ele foi criado para manter a paz e a segurança internacionais, além de examinar qualquer situação que possa provocar atritos entre países e recomendar soluções ou condições para a solução. Conselho Econômico e Social (ECOSOC) coordena o trabalho econômico e social da ONU e das demais instituições integrantes, além de formular recomendações relacionadas a diversos setores como direitos humanos, economia, industrialização, recursos naturais e etc. Conselho de Tutela esse conselho foi criado com o propósito de auxiliar os territórios sob tutela da ONU a constituir governos próprios e, após anos de atuação, foi extinto em 1994 quando Palau (no Pacífico), o último território sob tutela da ONU, tornou-se um Estado soberano. Corte Internacional de Justiça (Tribunal de Haia) órgão jurídico máximo da ONU que através de convenções ou costumes internacionais, princípios gerais de direito reconhecidos pelas nações civilizadas, jurisprudência e pareceres ou mesmo Prof. Emilly Albuquerque 5

6 através de acordos; tem o poder de decisão sobre qualquer litígio internacional, seja ele parte integrante de seu estatuto ou solicitado por qualquer país membro ou não membro (apenas países, não indivíduos), desde que, no último caso, obedeça alguns critérios. Secretariado presta serviços a outros órgãos da ONU e administra os programas e políticas que elaboram, além de chamar a atenção do Conselho de Segurança sobre qualquer assunto a ele pertinente. O mecanismo de proteção aos direitos humanos das Nações Unidas pode ser dividido em três partes: os baseados na Carta da ONU, os baseados nos tratados e as agências especializadas da ONU. De forma resumida, temos: MECANISMOS BASEADOS NA CARTA DA ONU Conselho Econômico e Social. Comissão de Direitos Humanos. Assembléia Geral e Conselho de Segurança. Comitê de Direitos Humanos. O QUE FISCALIZAM Questões gerais sobre direitos humanos, atividades da Comissão de Direitos Humanos. Violações graves e sistemáticas, assuntos específicos. Tratados de paz, ruptura de tratados de paz ou atos de agressão. Pacto Internacional em Direitos Civis e Políticos. MECANISMOS BASEADOS EM TRATADOS Comitê de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais. Comitê para a Eliminação da Discriminação contra a Mulher. Comitê para a Eliminação da Discriminação Racial. O QUE ELES FISCALIZAM Pacto Internacional em Direitos Econômicos, Sociais e Culturais. Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher. Convenção Internacional para a Eliminação de todas as Formas de Discriminação Racial. Prof. Emilly Albuquerque 6

7 MECANISMOS BASEADOS NAS AGÊNCIAS ESPECIALIZADAS Alto-Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR). Organização Internacional do Trabalho (OIT). Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO). Organização Mundial da Saúde (OMS). O QUE ELES FISCALIZAM Direitos dos refugiados. Direitos trabalhistas. Direitos culturais e educacionais. Direitos ligados à saúde. Sistema Global de Proteção dos Direitos Humanos - O sistema global de proteção dos direitos humanos, da ONU, contém normas de alcance geral e de alcance especial. As normas de alcance geral e destinadas a todos os indivíduos, genérica e abstratamente, são os Pactos Internacionais de Direitos Civis e Políticos e o de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais. - As normas de alcance especial são destinadas a indivíduos ou grupos específicos, tais como: mulheres, refugiados, crianças entre outros. Dentre as normas especiais do sistema global da ONU, destacam-se a Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos e Degradantes, a Convenção para a Eliminação da Discriminação contra a Mulher, a Convenção para a Eliminação de todas as formas de Discriminação Racial e a Convenção sobre os Direitos da Criança. - Nos sistema global da ONU, o Brasil ratificou a maior parte dos instrumentos internacionais de proteção aos direitos humanos, tais como o Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, em 24/01/92; o Pacto de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, 24/01/92; a Convenção para a Eliminação de toda a Discriminação contra a Mulher, em 01/02/84; a Convenção para a Eliminação de todas as formas de Discriminação Racial, em 27/03/68; e a Convenção sobre os Direitos da Criança, em 24/09/90. Porém, o Brasil ainda não reconhece a competência dos seus órgãos de supervisão e monitoramento, os respectivos Comitê de Direitos Humanos, o Comitê contra a Discriminação Racial, o Comitê contra a Tortura, no que tange à apreciação de denúncias de casos individuais de violação dos direitos humanos. Prof. Emilly Albuquerque 7

8 Sistemas Regionais de Direitos Humanos - O sistema europeu de proteção aos direitos humanos é o mais antigo, o mais desenvolvido e o mais complexo dos sistemas regionais. Basicamente, funcionam dois sistemas interdependentes: um formado pelo Conselho Europeu e outro formado pela União Européia. - O sistema africano consiste no sistema regional mais jovem, reformulado em A União Africana (UA) é resultado da 37ª reunião de Cúpula da Organização da Unidade Africana, em Lomé, capital do Togo. A Carta da UA é bastante moderna, conquanto prevê, de modo geral, um elenco de direitos e garantias semelhantes aos previstos nos demais sistemas. O aspecto mais marcante da Carta é o reconhecimento da necessidade de acelerar a integração política e socioeconômica do Continente. - O sistema interamericano de proteção aos direitos humanos, do qual participam os estados membros da OEA, integra o sistema regional de proteção juntamente com os sistema europeu e a sistema africano. Teve início formal com a aprovação da Declaração Americana de Direitos e Deveres do Homem em 1948 na Colômbia. Além da Declaração Americana, há outros instrumentos de alcance geral que fazem parte do sistema interamericano, como a Convenção Americana sobre os Direitos Humanos ou Pacto de San José (1969), ratificada pelo Brasil em 25/09/92. d) Fundamentação - Pela fundamentação jusnaturalista temos que tais direitos, antes de serem positivados nas Declarações de Direitos e nas Constituições, constituem verdadeiros direitos morais, intrinsecamente relacionados com a própria existência da humanidade e de seu desenvolvimento histórico, político, econômico e social. São direitos universais, válidos universalmente, inalienáveis, imprescritíveis, e, que garantem a dignidade do homem perante os demais e também sua autonomia, emancipação e liberdade frente ao poder do Estado. - As três características mais relevantes da fundamentação jusnaturalista dos direitos humanos seriam as seguintes: (i) a origem dos direitos naturais não é de Direito Positivo, senão um tipo de ordem jurídica distinta do Direito Positivo, ou seja, o Direito Natural; (ii) tanto a ordem jurídica natural como os direitos naturais deduzidos são expressão e participação de uma natureza humana comum e universal para todos os homens; e, Prof. Emilly Albuquerque 8

9 (iii) no que se refere a existência desses direitos, os direitos humanos existem e o sujeito os possui independentemente do seu reconhecimento ou não por determinada ordem jurídica. - Quanto à fundamentação histórica dos direitos humanos, tem por base a assertiva que os direitos humanos manifestam-se e são variáveis e relativos a cada contexto histórico e de desenvolvimento da sociedade. - As diferenças da fundamentação jusnaturalista para a fundamentação histórica dos direitos humanos, consistem em que: (i) no lugar de direitos naturais, universais e absolutos, fala-se de direitos históricos, variáveis e relativos; (ii) no lugar de direitos anteriores e superiores a sociedade, se fala em direitos de origem social provenientes do resultado da evolução da sociedade. - Quanto à fundamentação ética tem-se como ponto de partida que a fundamentação dos mesmos não pode ser apenas jurídica, mas baseada em valores, em uma fundamentação ética ou axiológica. Nesta fundamentação, os direitos humanos aparecem como direitos morais como exigências éticas e direitos que os homens tem pelo fato de serem homens, e, portanto, com um direito igual a seu reconhecimento, proteção e garantia por parte do poder político e jurídico. 2 A dignidade da pessoa humana e os valores da liberdade, da igualdade e da solidariedade. - Revolução Francesa, de Declaração Universal do Homem e do Cidadão. - Carta de São Francisco, de Constituição Federal Brasileira de Cidadania: noção, significado e história. - A Constituição brasileira de 1988 simboliza o marco jurídico da transição democrática e da institucionalização dos direitos humanos no Brasil. - O valor da dignidade humana impõe-se como núcleo básico e informador do ordenamento jurídico brasileiro, como critério e parâmetro de valoração a orientar a interpretação e compreensão do sistema constitucional instaurado em Prof. Emilly Albuquerque 9

10 - O Direito de Cidadania é a prerrogativa que tem o indivíduo de participar da tomada de decisão política do Estado (exemplos: direito de votar, de participar de plebiscito, de ingressar com uma ação popular, etc.). - A CF-88 reproduz tanto a antiga preocupação referente à independência nacional e à não intervenção como, também, inova ao realçar uma orientação internacionalista jamais vista na história brasileira. Essa orientação se traduz nos princípios da prevalência dos direitos humanos, da autodeterminação dos povos, do repúdio ao terrorismo e ao racismo e da cooperação entre os povos para o progresso da humanidade. 4 Direitos humanos na Constituição Federal. a) Fundamentos Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: I - a soberania; II - a cidadania III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo político. b) Separação dos Poderes Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. c) Objetivos Fundamentais Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; II - garantir o desenvolvimento nacional; III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. d) Princípios Internacionais Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: I - independência nacional; Prof. Emilly Albuquerque 10

11 II - prevalência dos direitos humanos; III - autodeterminação dos povos; IV - não-intervenção; V - igualdade entre os Estados; VI - defesa da paz; VII - solução pacífica dos conflitos; VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; X - concessão de asilo político. e) Dos direitos e deveres individuais e coletivos. Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...) f) Dos direitos sociais. Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 64, de 2010) Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (...) g) Da nacionalidade. Art. 12. São brasileiros: I - natos: a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país; b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil; c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 54, de 2007) II - naturalizados: Prof. Emilly Albuquerque 11

12 a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral; b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) 2º - A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição. 3º - São privativos de brasileiro nato os cargos: I - de Presidente e Vice-Presidente da República; II - de Presidente da Câmara dos Deputados; III - de Presidente do Senado Federal; IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; V - da carreira diplomática; VI - de oficial das Forças Armadas. VII - de Ministro de Estado da Defesa (Incluído pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999) h) Dos direitos políticos. Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I - plebiscito; II - referendo; III - iniciativa popular. 1º - O alistamento eleitoral e o voto são: I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; II - facultativos para: a) os analfabetos; b) os maiores de setenta anos; c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos. (...) Prof. Emilly Albuquerque 12

13 i) Dos partidos políticos. Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos: I - caráter nacional; II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a estes; III - prestação de contas à Justiça Eleitoral; IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei. (...) 5 Declaração Universal de Direitos Humanos. - Se caracteriza, primeiramente, por sua amplitude. Compreende um conjunto de direitos e faculdades sem as quais um ser humano não pode desenvolver a sua personalidade física, moral e intelectual. Sua segunda característica é a universalidade: é aplicável a todas as pessoas de todos os países, raças, religiões e sexos, seja qual for o regime político dos territórios nos quais incide. A Declaração estabelece duas categorias de direitos: 1) Direitos Civis e Políticos; 2) Direitos Econômicos, Sociais e Culturais. - A Declaração de 1948 se traduz em manifesta inovação, pois combina o discurso liberal de cidadania com o discurso social, elencando direitos civis e políticos (artigos 3º a 21) e direitos sociais, econômicos e culturais (art. 22 a 28). - A Declaração não é um tratado, foi admitida pela Assembléia Geral como resolução (sem força de lei), tendo por escopo promover o reconhecimento universal dos Direitos Humanos e liberdades fundamentais. Deve servir como um norte aos países integrantes das Nações Unidas, que deverão, por sua vez, promover o respeito e observância universal dos direitos proclamados pela Declaração. Prof. Emilly Albuquerque 13

14 Artigo I DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS Adotada e proclamada pela resolução 217 A (III) da Assembléia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948 Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade. Artigo II Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição. Artigo III Artigo IV Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. Ninguém será mantido em escravidão ou servidão, a escravidão e o tráfico de escravos serão proibidos em todas as suas formas. Artigo V Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante. Artigo VI Toda pessoa tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecida como pessoa perante a lei. Artigo VII Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei. Todos têm direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação. Artigo VIII Prof. Emilly Albuquerque 14

15 Toda pessoa tem direito a receber dos tributos nacionais competentes remédio efetivo para os atos que violem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela constituição ou pela lei. Artigo IX Artigo X Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado. Toda pessoa tem direito, em plena igualdade, a uma audiência justa e pública por parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir de seus direitos e deveres ou do fundamento de qualquer acusação criminal contra ele. Artigo XI 1. Toda pessoa acusada de um ato delituoso tem o direito de ser presumida inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa. 2. Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão que, no momento, não constituíam delito perante o direito nacional ou internacional. Tampouco será imposta pena mais forte do que aquela que, no momento da prática, era aplicável ao ato delituoso. Artigo XII Ninguém será sujeito a interferências na sua vida privada, na sua família, no seu lar ou na sua correspondência, nem a ataques à sua honra e reputação. Toda pessoa tem direito à proteção da lei contra tais interferências ou ataques. Artigo XIII 1. Toda pessoa tem direito à liberdade de locomoção e residência dentro das fronteiras de cada Estado. 2. Toda pessoa tem o direito de deixar qualquer país, inclusive o próprio, e a este regressar. Artigo XIV 1.Toda pessoa, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e de gozar asilo em outros países. Prof. Emilly Albuquerque 15

16 2. Este direito não pode ser invocado em caso de perseguição legitimamente motivada por crimes de direito comum ou por atos contrários aos propósitos e princípios das Nações Unidas. Artigo XV 1. Toda pessoa tem direito a uma nacionalidade. 2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem do direito de mudar de nacionalidade. Artigo XVI 1. Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer retrição de raça, nacionalidade ou religião, têm o direito de contrair matrimônio e fundar uma família. Gozam de iguais direitos em relação ao casamento, sua duração e sua dissolução. 2. O casamento não será válido senão com o livre e pleno consentimento dos nubentes. Artigo XVII 1. Toda pessoa tem direito à propriedade, só ou em sociedade com outros. 2.Ninguém será arbitrariamente privado de sua propriedade. Artigo XVIII Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular. Artigo XIX Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras. Artigo XX 1. Toda pessoa tem direito à liberdade de reunião e associação pacíficas. 2. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação. Artigo XXI Prof. Emilly Albuquerque 16

17 1. Toda pessoa tem o direito de tomar parte no governo de seu país, diretamente ou por intermédio de representantes livremente escolhidos. 2. Toda pessoa tem igual direito de acesso ao serviço público do seu país. 3. A vontade do povo será a base da autoridade do governo; esta vontade será expressa em eleições periódicas e legítimas, por sufrágio universal, por voto secreto ou processo equivalente que assegure a liberdade de voto. Artigo XXII Toda pessoa, como membro da sociedade, tem direito à segurança social e à realização, pelo esforço nacional, pela cooperação internacional e de acordo com a organização e recursos de cada Estado, dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis à sua dignidade e ao livre desenvolvimento da sua personalidade. Artigo XXIII 1.Toda pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego. 2. Toda pessoa, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por igual trabalho. 3. Toda pessoa que trabalhe tem direito a uma remuneração justa e satisfatória, que lhe assegure, assim como à sua família, uma existência compatível com a dignidade humana, e a que se acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social. 4. Toda pessoa tem direito a organizar sindicatos e neles ingressar para proteção de seus interesses. Artigo XXIV Toda pessoa tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável das horas de trabalho e férias periódicas remuneradas. Artigo XXV 1. Toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito à segurança em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência fora de seu controle. 2. A maternidade e a infância têm direito a cuidados e assistência especiais. Todas as crianças nascidas dentro ou fora do matrimônio, gozarão da mesma proteção social. Artigo XXVI Prof. Emilly Albuquerque 17

18 1. Toda pessoa tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico-profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no mérito. 2. A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos, e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz. 3. Os pais têm prioridade de direito n escolha do gênero de instrução que será ministrada a seus filhos. Artigo XXVII 1. Toda pessoa tem o direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, de fruir as artes e de participar do processo científico e de seus benefícios. 2. Toda pessoa tem direito à proteção dos interesses morais e materiais decorrentes de qualquer produção científica, literária ou artística da qual seja autor. Artigo XVIII Toda pessoa tem direito a uma ordem social e internacional em que os direitos e liberdades estabelecidos na presente Declaração possam ser plenamente realizados. Artigo XXIV 1. Toda pessoa tem deveres para com a comunidade, em que o livre e pleno desenvolvimento de sua personalidade é possível. 2. No exercício de seus direitos e liberdades, toda pessoa estará sujeita apenas às limitações determinadas pela lei, exclusivamente com o fim de assegurar o devido reconhecimento e respeito dos direitos e liberdades de outrem e de satisfazer às justas exigências da moral, da ordem pública e do bem-estar de uma sociedade democrática. 3. Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese alguma, ser exercidos contrariamente aos propósitos e princípios das Nações Unidas. Artigo XXX Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada como o reconhecimento a qualquer Estado, grupo ou pessoa, do direito de exercer qualquer atividade ou praticar qualquer ato destinado à destruição de quaisquer dos direitos e liberdades aqui estabelecidos. Prof. Emilly Albuquerque 18

19 6 Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial. - Adotada pela ONU em 21 de dezembro de 1965, a Convenção Internacional sobre a Eliminação de todas as formas de Discriminação Racial apresentou como marco histórico o ingresso de 19 países africanos nas Nações Unidas em 1960 e a preocupação dos países ocidentais com o ressurgimento de atividades nazifascistas na Europa, em razão da realização em 1961 da Primeira Conferência dos Países Não-Aliados. A Convenção contava, em julho de 2007, com 173 Estados-partes. - Ações afirmativas: Consiste em discriminações positivas e constituem medidas especiais e temporárias que, buscando remediar um passado discriminatório, objetivam acelerar o processo de igualdade, com o alcance da igualdade substantiva por parte de grupos socialmente vulneráveis. Enquanto políticas compensatórias adotadas para aliviar e remediar as condições resultantes de um passado discriminatório, as ações afirmativas objetivam transformar a igualdade formal em igualdade material e substantiva, assegurando a diversidade e pluralidade social. Decreto nº 65.10, de 8 de dezembro de Conceito de discriminação racial: qualquer distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tem por objetivo ou efeito anula ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício num mesmo plano, (em igualdade de condição), de direitos humanos e liberdades fundamentais no domínio político econômico, social, cultural ou em qualquer outro domínio de sua vida. - Não serão consideradas discriminações racial as medidas especiais tomadas como o único objetivo de assegurar progresso adequado de certos grupos raciais ou étnicos ou indivíduos que necessitem da proteção que possa ser necessária para proporcionar a tais grupos ou indivíduos igual gozo ou exercício de direitos humanos e liberdades fundamentais, contanto que, tais medidas não conduzam, em conseqüência, à manutenção de direitos separados para diferentes grupos raciais e não prossigam após terem sidos alcançados os seus objetivos. - Os Estados Partes condenam a discriminação racial e comprometem-se a adotar, por todos os meios apropriados e sem uma política de eliminação da discriminação racial em todas as suas formas e de promoção de entendimento entre todas as raças e para esse fim. Prof. Emilly Albuquerque 19

20 7 Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes. - O artigo 1º da Convenção em análise expõe a definição da tortura, senão vejamos: designa qualquer ato pelo qual uma violenta dor ou sofrimento, físico ou mental, é infligido intencionalmente a uma pessoa, com o fim de se obter dela ou de uma terceira pessoa informações ou confissão; de puní-la por um ato que ela ou uma terceira pessoa tenha cometido ou seja suspeita de ter cometido; de intimidar ou coagir ela ou uma terceira pessoa; ou por qualquer razão baseada em discriminação de qualquer espécie, quando tal dor ou sofrimento é imposto por um funcionário público ou por outra pessoa atuando no exercício de funções públicas, ou ainda por instigação dele ou com o seu consentimento ou aquiescência. Da concepção acima transcrita, extraem-se três elementos essenciais para caracterização do delito de tortura, quais sejam: a) inflição deliberada de dor ou sofrimentos físicos mentais; b) finalidade do ato (obtenção de informações ou confissões, aplicação de castigo, intimidação ou coação e qualquer outro motivo baseado em discriminação de qualquer natureza); c) vinculação do agente ou responsável, direta ou indiretamente, com o Estado. - No que diz respeito ao histórico das normas, a Convenção Contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes (ONU) data de 28 de setembro de 1984, ao passo que a Convenção Interamericana para Prevenir e Punir a Tortura é de 09 de dezembro de O Brasil ratificou a Convenção da ONU em 28 de setembro de 1989 e a Convenção Interamericana em 20 de julho de A CF/88 foi a primeira Carta Magna brasileira a consagrar a tortura como crime, disposto em artigo 5º, inciso XLIII, tal como um delito inafiançável, insuscetível de graça ou anistia, por ele respondendo mandante, executor e os que se omitiram quando podiam evitá-lo. Coube a Lei n de 1997 a tipificação autônoma e específica do crime de tortura, até então punida como forma de lesão corporal ou constrangimento ilegal, sendo que essa norma brasileira só conjuga dois dos elementos essenciais para caracterização do crime, quais sejam, a inflição de dor e a finalidade do ato. Vejamos então um quadro comparativo entre a lei brasileira e a Convenção da ONU sobre a tortura: Prof. Emilly Albuquerque 20

21 Lei nº 9455/97 só se refere a discriminação racial e religiosa não requer a vinculação do agente/responsável pela tortura com o Estado. No Brasil, esse nexo configura um aumento de pena (artigo, parágrafo 4º, inciso I da lei) Convenção da ONU menciona discriminação de qualquer natureza a vinculação agente/estado é requisito para configuração do crime. Convenção contra a tortura e outro tratamentos ou penas cruéis, desumanos ou degradantes Adotada pela Resolução 39/46, da Assembléia Geral das Nações Unidas, em 10 de dezembro de PARTE I Artigo 1 1. Para os fins desta Convenção, o termo "tortura" designa qualquer ato pelo qual uma violenta dor ou sofrimento, físico ou mental, é infligido intencionalmente a uma pessoa, com o fim de se obter dela ou de uma terceira pessoa informações ou confissão; de puní-la por um ato que ela ou uma terceira pessoa tenha cometido ou seja suspeita de ter cometido; de intimidar ou coagir ela ou uma terceira pessoa; ou por qualquer razão baseada em discriminação de qualquer espécie, quando tal dor ou sofrimento é imposto por um funcionário público ou por outra pessoa atuando no exercício de funções públicas, ou ainda por instigação dele ou com o seu consentimento ou aquiescência. Artigo 2 1. Cada Estado Parte tomará medidas legislativas, administrativas, judiciais ou de outra natureza com o intuito de impedir atos de tortura no território sob a sua jurisdição. 2. Nenhum circunstância excepcional, como ameaça ou estado de guerra, instabilidade política interna ou qualquer outra emergência pública, poderá ser invocada como justificativa para a tortura. 3. Uma ordem de um funcionário superior ou de uma autoridade pública não poderá ser invocada como justificativa para a tortura. Artigo 3 1. Nenhum Estado Parte expulsará, devolverá ou extraditará uma pessoa para outro Estado quando houver fundados motivos para se acreditar que, nele, ela poderá ser torturada. Prof. Emilly Albuquerque 21

22 2. Com vistas a se determinar a existência de tais motivos, as autoridades competentes levarão em conta todas as considerações pertinentes, inclusive, quando for o caso, a existência, no Estado em questão, de um quadro de graves, maciças e sistemáticas violações dos direitos humanos. (...) 7 Tratados Internacionais de Proteção dos Direitos Humanos - O termo tratado é geralmente usado para se referir aos acordos obrigatórios celebrados entre sujeitos de Direito Internacional, que são regulados pelo Direito Internacional. - A primeira regra a ser fixada é a de que os tratados internacionais só se aplicam aos Estados-partes, ou seja, aos Estados que expressamente consentiram em sua adoção. Como dispõe a Convenção de Viena: Todo tratado em vigor é obrigatório em relação às partes e deve ser cumprido por elas de boa-fé. Acrescenta o art. 27 da Convenção: Uma parte não pode invocar disposições de seu direito interno como justificativa para o não-cumprimento do tratado. Consagra-se, assim, o princípio da boa-fé, pelo qual cabe ao Estado conferir plena observância ao tratado de que é parte, na medida em que, no livre exercício de sua soberania, o Estado contraiu obrigações jurídicas no plano internacional. a) O processo de formação dos tratados internacionais - Em geral, o processo de formação dos tratados tem início com os atos de negociação, conclusão e assinatura do tratado, que são da competência do órgão do Poder Executivo. A assinatura do tratado, por si só, traduz o aceite precário e provisório, não irradiando efeitos jurídicos vinculantes. - Após a assinatura do tratado pelo Poder Executivo, o segundo passo é a sua apreciação e aprovação pelo Poder Legislativo (Congresso Nacional). - Em seqüência, aprovado o tratado pelo Legislativo, há o seu ato de ratificação pelo Poder Executivo. A ratificação significa a subseqüente confirmação formal por um Estado de que está obrigado ao tratado. Significa, pois, o aceite definitivo, pelo qual o Estado se obriga pelo tratado no plano internacional. A ratificação é ato jurídico que irradia necessariamente efeitos no plano internacional. - No Direito Internacional, a ratificação se refere à subseqüente confirmação formal (após a assinatura) por um Estado, de que está obrigado a cumprir o tratado. Entre a assinatura e a ratificação, o Estado está sob a obrigação de obstar atos que violem os objetivos ou os propósitos do tratado. Prof. Emilly Albuquerque 22

23 - No caso brasileiro, a Constituição de 1988, em seu art. 84, VIII, determina que é da competência privativa do Presidente da República celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional. Por sua vez, o art. 49, I, da mesma Carta prevê ser da competência exclusiva do Congresso Nacional resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais. b) A hierarquia dos tratados internacionais de direitos humanos - A Carta de 1988 consagra, de forma inédita, ao fim da extensa Declaração de Direitos por ela prevista, que os direitos e garantias expressos na Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte (art. 5º, 2º). - Ao prescrever que os direitos e garantias expressos na Constituição não excluem outros direitos decorrentes dos tratados internacionais, a contrario sensu, a Carta de 1988 está a incluir, no catálogo de direitos constitucionalmente protegidos, os direitos enunciados nos tratados internacionais em que o Brasil seja parte. Esse processo de inclusão implica a incorporação pelo Texto Constitucional de tais direitos. c) A incorporação dos tratados internacionais de Direitos Humanos. - A incorporação dos tratados internacionais o Brasil adota um sistema misto: 1) Nos tratados internacionais de Direitos Humanos há a incorporação automática (Art. 5º, 1º, CF). Estes tratados incorporam-se de imediato ao direito nacional em virtude do ato de ratificação. 2) Aos demais tratados internacionais se aplica a sistemática da incorporação legislativa, por exigir um ato normativo para tornar o ato obrigatório na ordem interna. Dessa forma os tratados que não versem sobre Direitos Humanos não são incorporados de plano pelo direito nacional; ao contrário, dependem de legislação que os implementem, diversa do ato de ratificação. - Não obstante exista esse entendimento, a Constituição Federal assegura a incorporação instantânea dos tratados internacionais de Direitos Humanos ratificados pelo Brasil, irradiando efeitos e assegurando direitos direta e imediatamente exigíveis no ordenamento interno. d) O impacto jurídico dos tratados internacionais de direitos humanos no direito interno brasileiro. - coincidir com o direito assegurado na Constituição; Prof. Emilly Albuquerque 23

24 - integrar, complementar e ampliar o universo de direitos constitucionais previstos; ou - contrariar preceitos internos. Prof. Emilly Albuquerque 24

Declaração Universal dos Direitos do Homem

Declaração Universal dos Direitos do Homem Declaração Universal dos Direitos do Homem Preâmbulo Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da familia humana e seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da

Leia mais

Direitos Humanos. Declaração Universal de Professor Mateus Silveira.

Direitos Humanos. Declaração Universal de Professor Mateus Silveira. Direitos Humanos Declaração Universal de 1948 Professor Mateus Silveira www.acasadoconcurseiro.com.br Direitos Humanos DECLARAÇÃO UNIVERSAL DE 1948 Adotada e proclamada pela resolução 217 A (III) da Assembléia

Leia mais

Artigo XI 1. Toda pessoa acusada de um ato delituoso tem o direito de ser presumida inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo

Artigo XI 1. Toda pessoa acusada de um ato delituoso tem o direito de ser presumida inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo Artigo XI 1. Toda pessoa acusada de um ato delituoso tem o direito de ser presumida inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe tenham

Leia mais

Declaração Universal dos Direitos Humanos

Declaração Universal dos Direitos Humanos Declaração Universal dos Direitos Humanos Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e de seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade,

Leia mais

DIREITOS HUMANOS. Sistema Global de Proteção dos Direitos Humanos: Instrumentos Normativos. Declaração Universal dos Direitos Humanos Parte 2

DIREITOS HUMANOS. Sistema Global de Proteção dos Direitos Humanos: Instrumentos Normativos. Declaração Universal dos Direitos Humanos Parte 2 DIREITOS HUMANOS Sistema Global de Proteção dos Direitos Humanos: Instrumentos Normativos Declaração Universal dos Direitos Humanos Parte 2 Profª. Liz Rodrigues - Artigo I: Todas as pessoas nascem livres

Leia mais

Artigo XVII 1. Toda pessoa tem direito à propriedade, só ou em sociedade com outros. 2.Ninguém será arbitrariamente privado de sua propriedade.

Artigo XVII 1. Toda pessoa tem direito à propriedade, só ou em sociedade com outros. 2.Ninguém será arbitrariamente privado de sua propriedade. Artigo XVII 1. Toda pessoa tem direito à propriedade, só ou em sociedade com outros. 2.Ninguém será arbitrariamente privado de sua propriedade. Artigo XVIII Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento,

Leia mais

Declaração Universal dos Direitos Humanos: significado jurídico e importância. Profª Me. Érica Rios

Declaração Universal dos Direitos Humanos: significado jurídico e importância. Profª Me. Érica Rios Declaração Universal dos Direitos Humanos: significado jurídico e importância Profª Me. Érica Rios erica.carvalho@ucsal.br Adotada pela ONU em 10/12/1948 Preâmbulo Considerando que o reconhecimento da

Leia mais

LEGISLAÇÃO INTERNACIONAL COMENTADA

LEGISLAÇÃO INTERNACIONAL COMENTADA 4 concursos Dicas para realização de provas com questões de concursos e jurisprudência do STF e STJ inseridas artigo por artigo LEGISLAÇÃO INTERNACIONAL COMENTADA 2ª edição Revista, ampliada e atualizada

Leia mais

Dimensão Política e Jurídica

Dimensão Política e Jurídica Dimensão Política e Jurídica B1 B2 B3 B4 Organização do Estado Democrático: A Nossa Democracia Participação na Democracia I: Para que servem os Partidos Participação na Democracia II: Todos somos Fregueses

Leia mais

ONU DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS (1948) DIREITOS HUMANOS. Como pensa o Examinador acerca desta disciplina? novocurso.

ONU DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS (1948) DIREITOS HUMANOS. Como pensa o Examinador acerca desta disciplina? novocurso. ONU A Declaração Universal do Direitos de 1948, foi inspirada no Direito Constitucional Francês, que utilizava como objetivo em seu preâmbulo a expressão: Igualdade- Fraternidade- Liberdade, alicerce de

Leia mais

DIREITOS HUMANOS. Sistema Global de Proteção dos Direitos Humanos: Instrumentos Normativos. Declaração Universal dos Direitos Humanos Parte 3

DIREITOS HUMANOS. Sistema Global de Proteção dos Direitos Humanos: Instrumentos Normativos. Declaração Universal dos Direitos Humanos Parte 3 DIREITOS HUMANOS Sistema Global de Proteção dos Direitos Humanos: Instrumentos Normativos Declaração Universal dos Direitos Humanos Parte 3 Profª. Liz Rodrigues - Artigo XXI: 1. Toda pessoa tem o direito

Leia mais

Direitos Humanos. Declaração Universal de Professora Franciele Rieffel.

Direitos Humanos. Declaração Universal de Professora Franciele Rieffel. Direitos Humanos Declaração Universal de 1948 Professora Franciele Rieffel www.acasadoconcurseiro.com.br Direitos Humanos DECLARAÇÃO UNIVERSAL DE DIREITOS HUMANOS DE 1948 www.acasadoconcurseiro.com.br

Leia mais

Direitos. Humanos. Direitos Humanos

Direitos. Humanos. Direitos Humanos Direitos Humanos Direitos Humanos na ONU Direitos Humanos A ONU (Organização das Nações Unidas) é a responsável pela coordenação do sistema global (ou universal) de Direitos Humanos. Direitos Humanos A

Leia mais

Artigo XXV 1. Toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem estar, inclusive alimentação,

Artigo XXV 1. Toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem estar, inclusive alimentação, Artigo XXV 1. Toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais

Leia mais

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM (DE 10 DE DEZEMBRO DE 1948) Preâmbulo Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e dos seus direitos iguais e inalienáveis constitui o fundamento da liberdade,

Leia mais

XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; XXIII - adicional de remuneração para as

XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; XXIII - adicional de remuneração para as XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;

Leia mais

Declaração Universal dos Direitos Humanos

Declaração Universal dos Direitos Humanos Pág 1 Núcleo Gerador: Direitos e Deveres (DR 4) Declaração Universal dos Direitos Humanos I. Precedente e criação No final da Segunda Guerra, em 1945, procuraram-se criar mecanismos internacionais que

Leia mais

Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948)

Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) PREÂMBULO Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e dos seus direitos iguais e inalienáveis constitui

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL 01. De acordo com o Art. 5º da Constituição Federal, a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade é garantido: a) Somente aos brasileiros

Leia mais

Prof. (a) Naiama Cabral

Prof. (a) Naiama Cabral Prof. (a) Naiama Cabral DIREITOS HUMANOS @naiamacabral @monster.concursos Declaração Universal Dos Direitos Humanos Olá querido aluno, podemos iniciar nossa aula de hoje ressaltando que é importante a

Leia mais

Declaração Universal dos Direitos Humanos

Declaração Universal dos Direitos Humanos Declaração Universal dos Direitos Humanos Preâmbulo Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e de seus Direitos iguais e inalienáveis é o fundamento

Leia mais

SUMÁRIO. Capítulo I Teoria da Constituição...1

SUMÁRIO. Capítulo I Teoria da Constituição...1 SUMÁRIO Capítulo I Teoria da Constituição...1 1. Constituição...1 1.1 Conceito...1 1.2. Classificação das Constituições...1 1.3. Interpretação das Normas Constitucionais...3 1.4. Preâmbulo Constitucional...5

Leia mais

História dos Direitos Humanos https://www.youtube.com/watch?v=ka9y7qy2ztm. Professor Roberson Calegaro

História dos Direitos Humanos https://www.youtube.com/watch?v=ka9y7qy2ztm. Professor Roberson Calegaro Professor Roberson Professor Calegaro Roberson Colégio Calegaro Master História dos Direitos Humanos https://www.youtube.com/watch?v=ka9y7qy2ztm ONU - Organização das Nações Unidas 24/10/1945 Califórnia

Leia mais

I. Correta, de acordo com a jurisprudência estrangeiros de passagem também são titulares de direito fundamentais.

I. Correta, de acordo com a jurisprudência estrangeiros de passagem também são titulares de direito fundamentais. QUESTÃO 46. I. Correta, de acordo com a jurisprudência estrangeiros de passagem também são titulares de direito fundamentais. II. Errada, o direito á liberdade abrange também a liberdade de manifestação

Leia mais

QUESTÕES. 13 É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença

QUESTÕES. 13 É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença QUESTÕES 1 A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: a soberania;

Leia mais

DIREITOS HUMANOS: Constituição e Humanização da Atenção. Josélia Santana

DIREITOS HUMANOS: Constituição e Humanização da Atenção. Josélia Santana 1 DIREITOS HUMANOS: Constituição e Humanização da Atenção Josélia Santana 2 CONSTITUIÇÃO Teorias iluministas; Revoluções liberais; Definição: Sistema de leis que define o funcionamento de um governo. Está

Leia mais

gos Arti DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS nacionais

gos Arti DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS nacionais DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS Arti gos nacionais A 10 DE DEZEMBRO DE 1948, a Assembléia Geral das Nações Unidas adotou e proclamou a Declaração Universal dos Direitos do Homem, cujo texto integral

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL 01. Considere as seguintes normas constitucionais: I. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando

Leia mais

Direito Constitucional. TÍTULO I - Dos Princípios Fundamentais art. 1º ao 4º

Direito Constitucional. TÍTULO I - Dos Princípios Fundamentais art. 1º ao 4º Direito Constitucional TÍTULO I - Dos Princípios Fundamentais art. 1º ao 4º Constituição A constituição determina a organização e funcionamento do Estado, estabelecendo sua estrutura, a organização de

Leia mais

Dos Direitos Individuais (I) Profª Me. Érica Rios

Dos Direitos Individuais (I) Profª Me. Érica Rios Dos Direitos Individuais (I) Profª Me. Érica Rios erica.carvalho@ucsal.br O QUE SÃO DIREITOS INDIVIDUAIS? Direitos fundamentais do indivíduo (pessoa física ou jurídica), garantindo-lhe iniciativa autônoma

Leia mais

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS REDE JURIS DIREITO CONSTITUCIONAL PROF. BRUNO PONTES PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS TÍTULO I DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS (arts. 1º ao 4º) TÍTULO II DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS (arts. 5º ao 17) Capítulo

Leia mais

Direito Constitucional

Direito Constitucional Barbara Rosa Direito Constitucional Princípios Fonte: elfactorhumanoburgos.com Direito Constitucional Princípios PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS - Elementos basilares da Constituição. - Eles nos auxiliam a entender

Leia mais

Delegado Polícia Federal Direito Internacional Nacionalidade Paulo Portela

Delegado Polícia Federal Direito Internacional Nacionalidade Paulo Portela Delegado Polícia Federal Direito Internacional Nacionalidade Paulo Portela Nacionalidade Ponto 3.3. População; nacionalidade; tratados multilaterais; estatuto da igualdade. Professor: Paulo Henrique Gonçalves

Leia mais

A nacionalidade pode ser adquirida de dois modos: Originária e Derivada.

A nacionalidade pode ser adquirida de dois modos: Originária e Derivada. NACIONALIDADE A nacionalidade pode ser adquirida de dois modos: Originária e Derivada. Originária: Adquirida com o nascimento Derivada ou Secundária: Adquirida por vontade posterior Nacionalidade originária

Leia mais

Artigo 1º (DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREIROS DO HOMEM)

Artigo 1º (DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREIROS DO HOMEM) ( de quem verificou que o infrator pagou a sua multa) Artigo 1º (DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREIROS DO HOMEM) Todos os seres humanos nascem livres em dignidade e em direitos Sabia que: tem o direito e o

Leia mais

DECLARAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS DOS INDIVÍDUOS QUE NÃO SÃO NACIONAIS DO PAÍS ONDE VIVEM

DECLARAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS DOS INDIVÍDUOS QUE NÃO SÃO NACIONAIS DO PAÍS ONDE VIVEM DECLARAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS DOS INDIVÍDUOS QUE NÃO SÃO NACIONAIS DO PAÍS ONDE VIVEM Adotada pela resolução 40/144 da Assembleia Geral das Nações Unidas, de 13 de dezembro de 1985 DECLARAÇÃO DOS DIREITOS

Leia mais

Simulado Aula 01 INSS DIREITO CONSTITUCIONAL. Prof. Cristiano Lopes

Simulado Aula 01 INSS DIREITO CONSTITUCIONAL. Prof. Cristiano Lopes Simulado Aula 01 INSS DIREITO CONSTITUCIONAL Prof. Cristiano Lopes Direito Constitucional 1. A dignidade da pessoa humana é um objetivo fundamental da República Federativa do Brasil. Já a garantia do

Leia mais

CURSO DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO PARÁ DATA 01/09/2016 DISCIPLINA DIREITOS HUMANOS PROFESSOR ELISA MOREIRA MONITOR LUCIANA FREITAS

CURSO DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO PARÁ DATA 01/09/2016 DISCIPLINA DIREITOS HUMANOS PROFESSOR ELISA MOREIRA MONITOR LUCIANA FREITAS CURSO DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO PARÁ DATA 01/09/2016 DISCIPLINA DIREITOS HUMANOS PROFESSOR ELISA MOREIRA MONITOR LUCIANA FREITAS AULA: 02 INTERNACIONALIZAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS Ementa Na

Leia mais

Declaração Universal dos Direitos Humanos Preâmbulo

Declaração Universal dos Direitos Humanos Preâmbulo Guiné-Bissau Declaração Universal dos Direitos Humanos Preâmbulo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos 2018 Guiné-Bissau Declaração Universal dos Direitos Humanos Alto Comissariado

Leia mais

AVANÇOS E DESAFIOS DOS DIREITOS HUMANOS NA ATUALIDADE. Prof. Dra. DANIELA BUCCI

AVANÇOS E DESAFIOS DOS DIREITOS HUMANOS NA ATUALIDADE. Prof. Dra. DANIELA BUCCI AVANÇOS E DESAFIOS DOS DIREITOS HUMANOS NA ATUALIDADE Prof. Dra. DANIELA BUCCI 1 ENADE E OS DIREITOS HUMANOS Panorama Geral : PROVAS 2012 E 2015 As provas abarcaram questões gerais sobre globalização,

Leia mais

Direitos Humanos. Aula I Curso para o concurso: POLÍCIA CIVIL - RS PROFESSOR MATEUS SILVEIRA

Direitos Humanos. Aula I Curso para o concurso: POLÍCIA CIVIL - RS PROFESSOR MATEUS SILVEIRA Direitos Humanos Aula I Curso para o concurso: POLÍCIA CIVIL - RS PROFESSOR MATEUS SILVEIRA Professor Mateus Silveira Fanpage Facebook: @professormateussilveira Instagram: @professor_mateus_silveira Twitter:

Leia mais

ARTIGOS 1º AO 4º. A vigente Constituição Federal (de 5 de outubro de 1988) contém a

ARTIGOS 1º AO 4º. A vigente Constituição Federal (de 5 de outubro de 1988) contém a ARTIGOS 1º AO 4º A vigente Constituição Federal (de 5 de outubro de 1988) contém a definição jurídica da Organização do Estado brasileiro, no seu artigo 1º: A República Federativa do Brasil, formada pela

Leia mais

Monster. Direito Constitucional 1º ENCONTRO. Concursos. Olá queridos amigos,

Monster. Direito Constitucional 1º ENCONTRO. Concursos. Olá queridos amigos, Monster Concursos Direito Constitucional 1º ENCONTRO Olá queridos amigos, 2 É com imenso prazer que iniciamos este curso voltado especificamente para Técnico da Seguridade Social INSS com foco nas questões

Leia mais

O que são Direitos Humanos? DIREITOS HUMANOS Profa. Rosana Carneiro Tavares. Principal instrumento legal

O que são Direitos Humanos? DIREITOS HUMANOS Profa. Rosana Carneiro Tavares. Principal instrumento legal O que são Direitos Humanos? Direitos essenciais a todos os seres humanos, sem discriminação por raça, cor, gênero, idioma, nacionalidade, religião e opinião política. DIREITOS HUMANOS Profa. Rosana Carneiro

Leia mais

PROTEÇÃO INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS

PROTEÇÃO INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS PROTEÇÃO INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS Aula 02 REALMENTE VALE TUDO EM NOME DO PODER? 1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES A construção dos direitos humanos está associada em sua origem ao reconhecimento da

Leia mais

DECLARAÇÃO SOBRE A ELIMINAÇÃO DE TODAS AS FORMAS DE INTOLERÂNCIA E DISCRIMINAÇÃO BASEADAS NA RELIGIÃO OU CONVICÇÃO

DECLARAÇÃO SOBRE A ELIMINAÇÃO DE TODAS AS FORMAS DE INTOLERÂNCIA E DISCRIMINAÇÃO BASEADAS NA RELIGIÃO OU CONVICÇÃO DECLARAÇÃO SOBRE A ELIMINAÇÃO DE TODAS AS FORMAS DE INTOLERÂNCIA E DISCRIMINAÇÃO BASEADAS NA RELIGIÃO OU CONVICÇÃO Proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas na sua resolução 36/55, de 25 de novembro

Leia mais

DIREITO INTERNACIONAL

DIREITO INTERNACIONAL DIREITO INTERNACIONAL Carlos Eduardo Pellegrini Professor de Pós graduação e Carreiras jurídicas Delegado de Polícia Federal Mestre em Direito Penal Internacional pela Universidade de Granada/Espanha Direito

Leia mais

OAB 1ª Fase Direitos Humanos Emilly Albuquerque

OAB 1ª Fase Direitos Humanos Emilly Albuquerque OAB 1ª Fase Direitos Humanos Emilly Albuquerque 2012 Copyright. Curso Agora eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. CONVENÇÃO PARA A PREVENÇÃO E A REPRESSÃO DO CRIME DE GENOCÍDIO (1948) 1) Objetivo:

Leia mais

Direito. Constitucional. Nacionalidade

Direito. Constitucional. Nacionalidade Direito Constitucional Nacionalidade Espécies: Nacionalidade Originária Nacionalidade originária/primária/genuína: aquela atribuída ao indivíduo em razão do seu nascimento, independentemente de sua vontade.

Leia mais

@profluisalberto.

@profluisalberto. @profluisalberto https://www.youtube.com/profluisalberto @profluisalberto TÍTULO I DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS ART. 1º FUNDAMENTOS ART. º SEPARAÇÃO DOS PODERES ART. 3º OBJETIVOS ART. 4º RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Leia mais

Sumário. PARTE I PARTE GERAL Capítulo I NOÇÕES GERAIS SOBRE DIREITOS HUMANOS. Capítulo II RESPONSABILIDADE INTERNACIONAL DO ESTADO E DIREITOS HUMANOS

Sumário. PARTE I PARTE GERAL Capítulo I NOÇÕES GERAIS SOBRE DIREITOS HUMANOS. Capítulo II RESPONSABILIDADE INTERNACIONAL DO ESTADO E DIREITOS HUMANOS Sumário 1. Conceito 2. Terminologia 3. Amplitude 4. Fundamento e conteúdo 5. Características 6. Gramática dos direitos humanos 1. Conceito de responsabilidade internacional 2. Finalidades da responsabilidade

Leia mais

Eduardo e outros-col. Leis Especiais p Conc-v45.indd 13 25/11/ :33:53

Eduardo e outros-col. Leis Especiais p Conc-v45.indd 13 25/11/ :33:53 ... 21 I... 23 I. Direito Internacional da ONU: breve introdução... 23 II. A Declaração Universal dos Direitos Humanos: apresentação... 24 II. A Declaração Universal dos Direitos Humanos: apresentação...

Leia mais

DECLARAÇÃO SOBRE OS DIREITOS DAS PESSOAS PERTENCENTES A MINORIAS NACIONAIS OU ÉTNICAS, RELIGIOSAS E LINGUÍSTICAS

DECLARAÇÃO SOBRE OS DIREITOS DAS PESSOAS PERTENCENTES A MINORIAS NACIONAIS OU ÉTNICAS, RELIGIOSAS E LINGUÍSTICAS DECLARAÇÃO SOBRE OS DIREITOS DAS PESSOAS PERTENCENTES A MINORIAS NACIONAIS OU ÉTNICAS, RELIGIOSAS E LINGUÍSTICAS Adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas na sua resolução 47/135, de 18 de dezembro

Leia mais

Evolução da Disciplina. Direito Constitucional CONTEXTUALIZAÇÃO INSTRUMENTALIZAÇÃO

Evolução da Disciplina. Direito Constitucional CONTEXTUALIZAÇÃO INSTRUMENTALIZAÇÃO Evolução da Disciplina Direito Constitucional Aula 1: Evolução histórica das constituições brasileiras Aula 2: Princípios fundamentais Aula 3: Direitos e garantias fundamentais Prof. Silvano Alves Alcantara

Leia mais

Direito Constitucional

Direito Constitucional Direito Constitucional Dos Princípios Fundamentais Professor Daniel Sena www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Constitucional PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS PREÂMBULO Nós, representantes do povo brasileiro,

Leia mais

Constituição da República Federativa do Brasil (de 24 de janeiro de 1967)

Constituição da República Federativa do Brasil (de 24 de janeiro de 1967) Constituição da República Federativa do Brasil (de 24 de janeiro de 1967) O Congresso Nacional, invocando a proteção de Deus, decreta e promulga a seguinte CONSTITUIÇÃO DO BRASIL TÍTULO I Da Organização

Leia mais

BOA IDEIA PUBLICAÇÃO DA UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL REGIÃO DO PARANÁ

BOA IDEIA PUBLICAÇÃO DA UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL REGIÃO DO PARANÁ BOA IDEIA PUBLICAÇÃO DA UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL REGIÃO DO PARANÁ Tipo: Debate Ramo: Escoteiro Área: Intelectual, Afetivo, Social, Espiritual Número: O Mundo tá Muito Doente Local: Qualquer um, de

Leia mais

Direitos da Pessoa com Deficiência

Direitos da Pessoa com Deficiência Direitos da Pessoa com Deficiência A constitucionalização dos direitos das pessoas com deficiência. A política nacional para a integração das pessoas com deficiência; diretrizes, objetivos e instrumentos

Leia mais

DIREITOS FUNDAMENTAIS

DIREITOS FUNDAMENTAIS DIREITOS FUNDAMENTAIS (PARTE GERAL) Conceito de direitos fundamentais Direito fundamental é aquilo que é essencial para o homem e para a sociedade, que está positivado na Constituição com intenção de efetivar

Leia mais

Noções de Estado. Organização da Federação e Poderes do Estado

Noções de Estado. Organização da Federação e Poderes do Estado Noções de Estado Noções de Estado Organização da Federação e Poderes do Estado Estado É a sociedade política e juridicamente organizada, dotada de soberania, dentro de um território, sob um governo, para

Leia mais

DECLARAÇÃO SOBRE A PROTEÇÃO DE TODAS AS PESSOAS CONTRA A TORTURA E OUTRAS PENAS OU TRATAMENTOS CRUÉIS, DESUMANOS OU DEGRADANTES

DECLARAÇÃO SOBRE A PROTEÇÃO DE TODAS AS PESSOAS CONTRA A TORTURA E OUTRAS PENAS OU TRATAMENTOS CRUÉIS, DESUMANOS OU DEGRADANTES DECLARAÇÃO SOBRE A PROTEÇÃO DE TODAS AS PESSOAS CONTRA A TORTURA E OUTRAS PENAS OU TRATAMENTOS CRUÉIS, DESUMANOS OU DEGRADANTES Adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas na sua resolução 3452 (XXX),

Leia mais

A Constituição é onde se encontra o conjunto das normas (Leis) relativas ao:

A Constituição é onde se encontra o conjunto das normas (Leis) relativas ao: A Constituição A Constituição é onde se encontra o conjunto das normas (Leis) relativas ao: -Poder Político e à Organização dos Estados; -Leis fundamentais dos diversos países. A Constituição Constituição

Leia mais

DIREITOS FUNDAMENTAIS

DIREITOS FUNDAMENTAIS DIREITOS FUNDAMENTAIS 1. INTRODUÇÃO DIREITOS SOCIAIS DIREITOS SOCIAIS 2. DIREITOS SOCIAIS DA SOCIEDADE Art. 6º da CF - São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Direitos Individuais Direito à Igualdade Parte 2 Profª. Liz Rodrigues - Estrangeiros: como regra geral, são garantidos aos estrangeiros todos os direitos fundamentais inerentes à

Leia mais

Guarda Municipal de Fortaleza Direito Constitucional Princípios Fundamentais Cristiano Lopes

Guarda Municipal de Fortaleza Direito Constitucional Princípios Fundamentais Cristiano Lopes Guarda Municipal de Fortaleza Direito Constitucional Princípios Fundamentais Cristiano Lopes 2013 Copyright. Curso Agora Eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. Prof. Cristiano Lopes CONCEITO

Leia mais

ESCOLA SECUNDÁRIA DO MONTE DA CAPARICA Curso de Educação e Formação de Adultos NS Trabalho Individual Área / UFCD

ESCOLA SECUNDÁRIA DO MONTE DA CAPARICA Curso de Educação e Formação de Adultos NS Trabalho Individual Área / UFCD 1 de 6 Comunidade Global Tema Direitos fundamentais do : Declaração Universal dos Direitos do OBJECTIVO: Participa consciente e sustentadamente na comunidade global 1. Leia, com atenção, a Declaração Universal

Leia mais

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL QUESTÕES COMENTADAS

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL QUESTÕES COMENTADAS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL QUESTÕES COMENTADAS Sumário Questões Comentadas... 1 Lista de Questões... 12 Gabarito... 17 Olá, pessoal! Neste arquivo, trago algumas questões

Leia mais

NACIONALIDADE COMO DIREITO FUNDAMENTAL: A QUESTÃO DOS, APÁTRIDAS E OS REFUGIADOS

NACIONALIDADE COMO DIREITO FUNDAMENTAL: A QUESTÃO DOS, APÁTRIDAS E OS REFUGIADOS NACIONALIDADE COMO DIREITO FUNDAMENTAL: A QUESTÃO DOS, APÁTRIDAS E OS REFUGIADOS Aula 07 NOS CAPÍTULOS ANTERIORES... Identificamos a evolução histórica dos direitos humanos Direitos Humanos Direitos fundamentais

Leia mais

DIREITOS POLÍTICOS. Introdução

DIREITOS POLÍTICOS. Introdução Introdução Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I - plebiscito; II - referendo; III

Leia mais

Declaracao Universal 2016.indd 1 08/11/ :01

Declaracao Universal 2016.indd 1 08/11/ :01 Declaracao Universal 2016.indd 1 08/11/2016 12:01 Declaracao Universal 2016.indd 2 08/11/2016 12:01 Declaração Universal dos Direitos Humanos Comissão Nacional para os Direitos Humanos e a Cidadania Declaracao

Leia mais

- Proibição da interpretação que leve a restrição de direitos:

- Proibição da interpretação que leve a restrição de direitos: Análise comparativa entre a Declaração Universal dos Direitos humanos, Pacto Internacional sobre os Direitos Econômicos, Sociais e Culturais e o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos. -

Leia mais

DIREITOS HUMANOS. Sistema Global de Proteção dos Direitos Humanos: Instrumentos Normativos

DIREITOS HUMANOS. Sistema Global de Proteção dos Direitos Humanos: Instrumentos Normativos DIREITOS HUMANOS Sistema Global de Proteção dos Direitos Humanos: Instrumentos Normativos Parte 3 Profª. Liz Rodrigues - Liberdade de crença e culto: a pessoa é livre para ter ou adotar uma religião, professá-la

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL AULA 0 TJSP

DIREITO CONSTITUCIONAL AULA 0 TJSP DIREITO CONSTITUCIONAL AULA 0 TJSP Prof. Jean Pitter O CONCURSO BANCA: VUNESP CARGO: Escrevente Técnico Judiciário. ESCOLARIDADE: Ensino médio. REMUNERAÇÃO: Inicial: R$ 5.697,16, incluindo salário de R$

Leia mais

Declaração Universal dos Direitos Humanos

Declaração Universal dos Direitos Humanos Declaração Universal dos Direitos Humanos Comissão Nacional para os Direitos Humanos e a Cidadania FiCHa TéCNICA Título: Declaração Universal dos Direitos Humanos Edição: Comissão Nacional para os Direitos

Leia mais

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos... Parágrafo

Leia mais

Violência(s), Direitos Humanos e Periferia(s): Quais relações?

Violência(s), Direitos Humanos e Periferia(s): Quais relações? Violência(s), Direitos Humanos e Periferia(s): Quais relações? Priscila Queirolo Susin Psicóloga; Técnica Social Responsável PMCMV-E; Pesquisadora do CAES Mestre em Ciências Sociais (PUCRS) Doutoranda

Leia mais

Direito Constitucional SESSÃO DA TARDE ESPECIAL COM A PROFESSORA BRUNA VIEIRA

Direito Constitucional SESSÃO DA TARDE ESPECIAL COM A PROFESSORA BRUNA VIEIRA Direito Constitucional SESSÃO DA TARDE ESPECIAL COM A PROFESSORA BRUNA VIEIRA 1 DICAS DE CONSTITUCIONAL PARA O EXAME DE ORDEM Prof. ª Bruna Vieira ATENÇÃO!! * A doutrina constitucional majoritária e a

Leia mais

1948 Declaração Universal dos Direitos De acordo com a Declaração Universal dos Direitos : Os direitos humanos vêm ganhando força nos últimos tempos

1948 Declaração Universal dos Direitos De acordo com a Declaração Universal dos Direitos : Os direitos humanos vêm ganhando força nos últimos tempos DIREITOS HUMANOS 1948 Declaração Universal dos Direitos De acordo com a Declaração Universal dos Direitos : Os direitos humanos vêm ganhando força nos últimos tempos impulsionados pelos fundamentos da

Leia mais

Direitos Humanos Noções

Direitos Humanos Noções Professor: Rodrigo Belmonte Matéria DIREITOS HUMANOS Direitos Humanos Noções Teoria Geral Pacto de São José da Costa Rica Divisão didática necessária para melhor aproveitamento e-mail: rodrigoabelmonte@terra.com.br

Leia mais

ORLANDO JÚNIOR DIREITO CONSTITUCIONAL

ORLANDO JÚNIOR DIREITO CONSTITUCIONAL ORLANDO JÚNIOR DIREITO CONSTITUCIONAL Ano: 2017 Banca: VUNESP Órgão: UNESP Prova: Assistente Administrativo Considerando o que dispõe a Constituição Federal sobre os direitos e garantias fundamentais,

Leia mais

DIREITOS HUMANOS. Sistema Interamericano de Proteção dos Direitos Humanos: Instrumentos Normativos. Convenção Americana sobre Direitos Humanos Parte 1

DIREITOS HUMANOS. Sistema Interamericano de Proteção dos Direitos Humanos: Instrumentos Normativos. Convenção Americana sobre Direitos Humanos Parte 1 DIREITOS HUMANOS Sistema Interamericano de Proteção dos Direitos Humanos: Instrumentos Normativos Convenção Americana sobre Direitos Humanos Parte 1 Profª. Liz Rodrigues - Convenção Americana sobre Direitos

Leia mais

Questões de Concursos Aula 01 INSS DIREITO CONSTITUCIONAL. Prof. Cristiano Lopes

Questões de Concursos Aula 01 INSS DIREITO CONSTITUCIONAL. Prof. Cristiano Lopes Questões de Concursos Aula 01 INSS DIREITO CONSTITUCIONAL Prof. Cristiano Lopes Direito Constitucional 1. (CESPE MPE-PI Técnico Ministerial Área Administrativa 2018) A defesa da paz e a solução pacífica

Leia mais

Brasileiros natos: Brasileiros naturalizados: São brasileiros naturalizados:

Brasileiros natos: Brasileiros naturalizados: São brasileiros naturalizados: Brasileiros natos: a) Os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país; b) Os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro

Leia mais

DIREITOS SOCIAIS Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, lazer, segurança, previdência social,

DIREITOS SOCIAIS Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, lazer, segurança, previdência social, DIREITOS SOCIAIS Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência

Leia mais

Processo mnemônico: SO CI DI VAL PLU

Processo mnemônico: SO CI DI VAL PLU Página1 Curso/Disciplina: Direito Constitucional Aula: Princípios Fundamentais: Noções Gerais Professor(a): Luis Alberto Monitor(a): Sarah Padilha Gonçalves Aula nº. 42 PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS: Noções

Leia mais

Proibição da Discriminação e Ações Afirmativas

Proibição da Discriminação e Ações Afirmativas Proibição da Discriminação e Ações Afirmativas TEMAS ATUAIS DE DIREITOS HUMANOS E FORMAÇÃO PARA A CIDADANIA PROF. HELENA DE SOUZA ROCHA Igualdade e Não discriminação Igualdade = conceito antigo, que pode

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Organização Político-Administrativa do Estado Organização do Estado União Parte 1 Profª. Liz Rodrigues - União: "Entidade federal formada pela união das partes componentes, autônoma

Leia mais

DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS pág. 1 DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito

Leia mais

Evolução da Disciplina. Direito Constitucional CONTEXTUALIZAÇÃO INSTRUMENTALIZAÇÃO

Evolução da Disciplina. Direito Constitucional CONTEXTUALIZAÇÃO INSTRUMENTALIZAÇÃO Evolução da Disciplina Direito Constitucional Aula 1: Evolução histórica das constituições brasileiras Aula 2: Princípios fundamentais Aula 3: Direitos e garantias fundamentais Prof. Silvano Alves Alcantara

Leia mais

Técnico Judiciário Área Administrativa

Técnico Judiciário Área Administrativa Técnico Judiciário Área Administrativa Direito Constitucional Questões Aula 1 Prof. André Vieira Questões Cespe 1. (112270) 2016 CESPE DPU Conhecimentos Básicos Cargos 3 e 8 Acerca dos princípios fundamentais

Leia mais

NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL

NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL 03/09/2016 Prof. Luciano Dutra: autor das obras Direito Constitucional Essencial, Direito Constitucional para a OAB em Exercícios Comentados (e-book), Direito Constitucional

Leia mais

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS Há uma divergência doutrinária sobre a natureza jurídica da DUDH: 1) Parte da doutrina entende que, por não ser tratado/convenção/acordo/ pacto, ela não gera obrigação.

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Parte 2 Prof. Alexandre Demidoff Art. 7º IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com

Leia mais

FLÁVIO ALENCAR NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL. 1ª Edição JUN 2013

FLÁVIO ALENCAR NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL. 1ª Edição JUN 2013 FLÁVIO ALENCAR NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL 325 QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSOS GABARITADAS Seleção das Questões: Prof. Flávio Alencar Coordenação e Organização: Mariane dos Reis 1ª Edição JUN 2013

Leia mais

Direito Internacional Público

Direito Internacional Público Direito Internacional Público 2012 Plano de Aula A Organização das Nações Unidas A Organização das Nações Unidas, assim como sua antecessora- Sociedade das Nações (1919-1939), tem como objetivo principal

Leia mais

Direito Internacional Público. D. Freire e Almeida

Direito Internacional Público. D. Freire e Almeida Direito Internacional Público 2011 D. Freire e Almeida A Organização das Nações Unidas A Organização das Nações Unidas, assim como sua antecessora- Sociedade das Nações (1919-1939), tem como objetivo

Leia mais