CAPITÃES DA AREIA (1937)

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "CAPITÃES DA AREIA (1937)"

Transcrição

1 Prof. André de Freitas Barbosa Análise literária Jorge Amado ( ) CAPITÃES DA AREIA (1937)

2 GÊNEROS, INFLUÊNCIAS E ESTRUTURA A obra revela um idealismo de raízes românticas ligado à literatura engajada da década de Na abertura, o livro apresenta 5 cartas fictícias: assim, o jornalismo se alia à ficção. O gênero romance se mistura ao epistolar e ao jornalístico. A estrutura é episódica e dividida em 3 partes, colocadas após as fictícias Cartas à redação : Sob a lua, num velho trapiche abandonado - Apresentação de Pedro Bala e explicação de sua liderança; - O carrossel de Nhozinho França (reconhecimento da infância); - O surto de varíola (morte de Almiro). Noite da grande paz, da grande paz dos teus olhos - Surgimento e ascensão de Dora (crimes e amor com Pedro Bala). Canção da Bahia, canção da liberdade - Os líderes do bando seguem suas vocações; Sem-Pernas morre; - Pedro Bala se torna um importante líder popular.

3 Um ambiente de sincretismo Todos os meninos se mostram envolvidos com o folclore e a religião da Bahia. Ao mesmo tempo, relacionam-se com o padre José Pedro e a mãe-desanto Don Aninha (exemplo de sincretismo religioso). Poderes opressores A Justiça se mostra indiferente aos meninos, só se preocupando quando importunam alguém importante. A Igreja também não se mostra preocupada com os Capitães da areia; somente o humilde padre José Pedro se interessa por eles. A Imprensa é porta-voz de problemas relacionados aos Capitães da areia; mas o espaço dos jornais é sempre utilizado para acusá-los.

4 Dados estruturais Narrador 3ª pessoa onisciente, mas com uma perspectiva parcial, favorável ao ponto de vista dos meninos. Tempo contemporâneo à escrita (meados da década de 1930). Predomina o tempo cronológico, com recorrências ao psicológico. Espaço o principal cenário é o trapiche; há, ainda, o Corredor da Vitória, área rica assaltada pelos meninos delinquentes. Os cenários são claramente opostos.

5 PERSONAGENS PRINCIPAIS Pedro Bala jovem loiro, marcado com uma cicatriz no rosto. Era o chefe do bando, do qual saiu para comandar os Índios Maloqueiros de Aracaju (Barandão tornou-se o novo líder). Depois, Bala ficou conhecido por organizar greves, sendo considerado um perigoso inimigo da ordem. Dora única mulher do grupo. Conquistou todos, como uma mãe ou irmã; para Bala, porém, era uma noiva. Professor (João José) dotado de grande inteligência, planejava os assaltos do bando. Depois de muito tempo, aceitou um convite e foi pintar no Rio de Janeiro. João Grande negro alto e forte. Quando chegavam pequeninos cheios de medo, era escolhido seu protetor. Ao sair do grupo, tornou-se marinheiro.

6 Outros personagens Sem-Pernas coxo, agressivo e individualista. Entrava nas casas de família fingindo ser um pobre órfão. Suicidou-se atirando-se do parapeito do Elevador Lacerda, ao ser encurralado pela polícia. Volta-Seca afilhado de Lampião, era um sertanejo autêntico. Chegou a integrar o cangaço. Gato malandro puro, mantinha um caso com a prostituta Dalva. Tempos depois partiu para Ilhéus, onde se tornou um conhecido criminoso, aplicando diversos golpes. Boa Vida outro malandro nato. Gostava de tocar violão, compor sambas e contemplar o mar e os barcos. Sobreviveu à varíola (segundo Professor, tinha uma estrela no lugar do coração). Pirulito (Antônio) tinha vocação religiosa e se atormentava com a criminalidade. Seguiu a fé católica, tornando-se frade. João de Adão estivador e antigo grevista. Através dele, Pedro Bala soube de seu pai, que morrera baleado numa greve. Ao lado do pescador Querido-de-Deus, desfrutava da total confiança dos meninos.

7 A VARÍOLA: símbolo do abismo social Numa epidemia de varíola ( alastrim ou bexiga ) surge a acusação dos males da riqueza: os ricos da cidade alta têm vacina, mas o pobres sofrem no lazareto. Do bando, morre o menino Almiro. Boa Vida, depois de quase morrer, volta ao trapiche, pois no lazareto quase ninguém se curava. Por tentar ajudar os meninos, o padre José Pedro é acusado de comunismo e começa a se questionar sobre a própria vocação religiosa. Neste ponto, a narrativa faz um retrato crítico da Igreja, insinuando que, como a polícia e a imprensa, ela é apenas um instrumento dos poderosos.

8 VOCAÇÕES Esta parte descreve os caminhos distintos tomados pelos membros do bando: Professor segue a vida artística no Rio; Pirulito torna-se frade; Boa Vida é mais um malandro. Gato vai para Ilhéus com Dalva, sua amante, para especular com terras alheias. Pedro Bala se inspira no passado de lutas sociais de seu falecido pai, Raimundo, e fica atraído pelas atividades de João de Adão. O destino de Volta-Seca é impressionante: afilhado de Virgulino Ferreira, o Lampião, ele se junta ao cangaceiro, pois odeia a polícia e quer vingar-se dela, bem como dos fazendeiros que roubaram a terra que sua mãe tinha antes de morrer.

9 COMENTÁRIOS A linguagem de Jorge Amado Jorge Amado recorre à linguagem coloquial, que aparece geralmente nas falas de personagens (expressões populares): - Tu não vai hoje ao Gantois? Vai ser uma batida daquelas. Um fandango de primeira. É festa de Omolu. - Muita boia? (...) - Se tem... mirou Pedro Bala. - Por que tu não vai, branco? Omolu não é só santo de negro. É santo dos pobres todos. O narrador se mistura ao discurso das personagens (discurso indireto livre), o que constitui um recurso de onisciência: O dono da loja tinha tantos Meninos, tantos... Que falta lhe faria este? Talvez nem se importasse, talvez até se risse quando soubesse que haviam furtado aquele Menino que nunca tinha conseguido vender, que estava solto nos braços da Virgem (...).

10 Intertextualidade As tensões que movem a sociedade latifundiária, em Vidas secas, correspondem às tensões sociais das grandes cidades, como a Salvador de Capitães da Areia: eis o ponto de contato entre os romances de Jorge Amado e Graciliano Ramos. Ambos denunciam a luta de classes e a crise das instituições na Era Vargas ( ).

11 Prof. André de Freitas Barbosa Análise literária Graciliano Ramos ( ) VIDAS SECAS (1938)

12 Vidas secas (1938) pertence a um gênero intermediário entre o romance e o conto. Não são apenas as personagens que se ressaltam, mas também o narrador (em discurso indireto livre), sempre objetivo e enxuto. A obra possui 13 capítulos quase autônomos, ligados pela repetição de alguns temas e situações, como a paisagem árida, a opressão exercida pelos poderosos e a brutalização dos oprimidos.

13 Dados estruturais - Narrador 3ª pessoa onisciente, com recorrências ao discurso indireto livre. - Tempo predomina um enredo circular e, por assim, dizer, atemporal. - Espaço semiárido nordestino, sem indicação precisa de município ou vilarejo. Vale muito mais o papel opressor exercido por tal cenário do que o cenário em si. - Sobre as personagens como pouco falam, o autor utiliza o discurso indireto livre: Então porque um sem-vergonha desordeiro se arrelia, botase um cabra na cadeia, dá-se pancada nele? (cap.3 Cadeia)

14 Personagens principais Fabiano chefe da família de retirantes, homem rude, grosseiro, embrutecido, quase incapaz de expressar seu pensamento com palavras; Sinhá Vitória mulher de Fabiano. Possui inteligência superior à do marido, que a admira por isso; Menino mais novo quer realizar algo notável para ser igual ao pai e despertar a admiração do irmão e da cachorra Baleia; Menino mais velho sente curiosidade pela palavra inferno e procura se esclarecer com a mãe, já que o pai é incapaz; o menino é um deslocado no mundo ao seu redor; A cachorra Baleia completa o grupo de retirantes. Representando a sociedade local, há o soldado amarelo, corrupto e covarde. Tomás da Bolandeira (referido em memórias) era um conhecido da família, homem relativamente culto, que sabia empregar as palavras.

15 ESTRUTURA E RESUMO DOS 13 CAPÍTULOS Capítulo 1 Mudança Temos a descrição da terra árida e do sofrimento da família de Fabiano. As personagens não se comunicam; apenas o pai, irritado com um dos filhos, xinga-o. A escassez de diálogos permanece por todo o livro, como também a intenção de não dar nome às crianças. Fabiano e Sinhá Vitória, porém, sonham com uma vida melhor: Sinhá Vitória vestiria uma saia larga de ramagens. A cara murcha de sinhá Vitória remoçaria, as nádegas bambas de sinhá Vitória engrossariam (...) Os meninos se espojariam na terra fofa (...). A caatinga ficaria verde.

16 Capítulo 2 - Fabiano Mostra o homem embrutecido, mas ainda capaz de analisar a si próprio. Fabiano tem consciência de sua animalização: ele mal consegue se comunicar com as outras pessoas. Fabiano ia satisfeito. Sim senhor, arrumara-se. Chegara naquele estado, com a família morrendo de fome (...). - Fabiano, você é um homem, exclamou em voz alta. Conteve-se, notou que os meninos estavam perto, com certeza iam admirar-se ouvindo-o falar só. E, pensando bem, ele não era homem: era apenas um cabra ocupado em guardar coisas dos outros.

17 Capítulo 3 - Cadeia Aparece o soldado amarelo (autoridade governamental). Também se insinua a ideia de que não é somente a seca que oprime a pobre família. Fabiano é preso injustamente e passa a analisar sua situação de homem-bicho. Mas desta vez não tem mais coragem de sonhar com um futuro melhor. Capítulo 4 - Sinhá Vitória Se as aspirações do marido resumem-se em saber usar as palavras adequadas, as de Sinhá Vitória se limitam a uma cama igual à de Tomás da Bolandeira. Essa desejada cama será um motivo diversas vezes repetido no decorrer da narrativa. Capítulo 5 - O Menino Mais Novo Ele também possui um ideal: ser igual ao pai. O início do capítulo já diz: Naquele momento Fabiano lhe causava grande admiração.

18 Capítulo 6 - O Menino Mais Velho O nível dos desejos dos membros da família decresce cada vez mais. O ideal do menino mais velho é o de ter um amigo e ser compreendido. A cumplicidade da cachorra Baleia já lhe servia. Capítulo 7 - Inverno Temos a descrição de uma noite chuvosa e os temores que desperta na família de Fabiano. A chuva inundava tudo, quase invadia a casa deles; porém, todos sabiam que dentro em pouco a seca tomaria conta de suas vidas novamente. Capítulo 8 - Festa Apresenta os preparativos da família, em casa, para ir às comemorações de Natal na cidade e, em seguida, a família se dirigindo à festa. É um dos capítulos mais melancólicos do livro: as personagens centrais, em contato com outras pessoas, sentem-se mais humilhadas e ridículas. Percebem a distância a que se encontram dos demais seres.

19 Capítulo 9 - Baleia Narra a sofrida morte da cachorra. Ela estava só pele e ossos, o corpo se enchera de feridas. Fabiano resolve matá-la para aliviar os sofrimentos. Os filhos, magoados, percebem a situação: Ela era como uma pessoa da família: brincavam juntos os três, para bem dizer não se diferenciavam. Já ferida e delirante, Baleia espera a morte: Baleia queria dormir. Acordaria feliz, num mundo cheio de preás. E lamberia as mãos de Fabiano, um Fabiano enorme. As crianças se espojariam com ela, rolariam com ela num pátio enorme, num chiqueiro enorme. O mundo ficaria todo cheio de preás gordos, enormes.

20 Capítulo 10 - Contas São duas as reações de Fabiano ao se notar roubado pelo patrão: primeiro, revolta; depois, conformismo. Vale a pena ressaltar um fato: é a esperta Sinhá Vitória quem percebe os erros nas contas do patrão. Capítulo 11 - O Soldado Amarelo Temos uma descrição mais profunda desta personagem. Observa-se que, fisicamente, é muito mais fraco que Fabiano; moralmente é uma pessoa corrupta, enquanto Fabiano é honesto; contudo, é por este respeitado e temido, por ocupar o lugar de representante do governo: - Governo é governo. [Fabiano] tirou o chapéu de couro, curvou-se e ensinou o caminho ao soldado amarelo.

21 Capítulo 12 - O Mundo Coberto de Penas A seca está para voltar, anunciando mais miséria. Fabiano faz um resumo de todas as desgraças que têm marcado sua vida. Há muito tempo não sonha mais. Seus problemas agora são livrar-se de certo sentimento de culpa por ter matado Baleia e, finalmente, fugir de novo. Capítulo 13 - Fuga Continua a análise de Fabiano a respeito de sua vida. A esposa junta-se a ele e refletem juntos pela primeira vez. Sinhá Vitória é mais otimista e consegue transmitir-lhe um pouco de paz e esperança por algum tempo. E, numa mistura de sonhos, descrenças e frustrações, termina a narrativa.

22 Comentários e interpretações Vidas secas começa por uma fuga e termina com outra (assim, a narrativa é cíclica). No início, Fabiano e sua família fogem da seca: Entrava dia e saía dia. (...) Miudinhos, perdidos no deserto queimado, os fugitivos agarraram-se, somaram-se as suas desgraças e os seus pavores. (cap.1 Mudança) O capítulo Fuga descreve cena semelhante: Pouco a pouco os bichos se finavam, devorados pelo carrapato (...). Só lhe restava jogar-se ao mundo, como negro fugido. O romance decorre entre duas situações idênticas: a vida do sertanejo se organiza como um retorno perpétuo.

23 As personagens são focalizadas uma por vez, o que mostra o afastamento existente entre elas. Cada uma tem sua vida particular, acentuando-se a situação de incomunicabilidade em que vivem. Vidas secas é, portanto, a dramática descrição de pessoas que não conseguem se comunicar. Nem os opressores se comunicam com os oprimidos, nem cada grupo se comunica entre si. Os diálogos são raros e as palavras ou frases que vêm da boca das personagens são apenas exclamações ou até mesmo sons animalescos. A terra é seca, mas sobretudo o homem é seco. Daí o título Vidas secas.

24 EXERCÍCIOS Capitães da areia 1. (FUVEST) Inimigo da riqueza e do trabalho, amigo das festas, da música, do corpo das cabrochas. Malandro. Armador de fuzuês. Jogador de capoeira navalhista, ladrão quando se fizer preciso. (Jorge Amado, Capitães da areia) O tipo cujo perfil se traça, em linhas gerais, neste excerto, aparece em romances como Memórias de um sargento de milícias, O cortiço, além de Capitães da areia. Essa recorrência indica que: a) certas estruturas e tipos sociais originários do período colonial foram repostos durante muito tempo, nos processos de transformação da sociedade brasileira. b) o atraso relativo das regiões Norte e Nordeste atraiu para elas a migração de tipos sociais que o progresso expulsara do Sul/Sudeste. c) os romancistas brasileiros, embora críticos da sociedade, militaram com patriotismo na defesa de nossas personagens mais típicas e mais queridas. d) certas ideologias exóticas influenciaram negativamente os romancistas brasileiros, fazendo-os representar, em suas obras, tipos sociais já extintos quando elas foram escritas. e) a criança abandonada, personagem central dos três livros, torna-se, na idade adulta, um elemento nocivo à sociedade dos homens de bem.

25 2. (UNICAMP) Os guardas vêm nos seus calcanhares. Sem-Pernas sabe que eles gostarão de o pegar, que a captura de um dos Capitães da Areia é uma bela façanha para um guarda. Essa será a sua vingança. Não deixará que o peguem. (...) Apanhara na polícia, um homem ria quando o surravam. Para ele é este homem que corre em sua perseguição (...). Vêm em seus calcanhares, mas não o levarão. Pensam que ele vai parar junto ao grande elevador. Mas Sem-Pernas não para. (...) Sem-Pernas se rebenta na montanha como um trapezista de circo que não tivesse alcançado o outro trapézio. (Jorge Amado, Capitães da Areia. 19ª ed., São Paulo: Companhia das Letras, 2013, p ) a) Levando em conta o trecho em questão e a obra como um todo, qual é a imagem dos socialmente excluídos de quem Sem-Pernas é representativo no trecho? Sem-Pernas representa a imagem heroica e oprimida dos marginalizados, possuidores de um ímpeto romanesco e idealizado. Nessa perspectiva, o garoto, como seus companheiros do trapiche, é vítima de uma sociedade violenta e hipócrita. Nesse sentido, portanto, as ações marginais desses meninos de rua constituem uma resposta aos vários tipos de violência de que são vítimas: violência econômica, social e física.

26 b) Apanhara na polícia, um homem ria quando o surravam. Diante dessa lembrança recorrente, evocada durante sua perseguição pelos policiais, qual é o sentido da simbólica vingança de Sem-Pernas? A vingança de Sem-Pernas (que, para não ser pego pelos policiais, atira-se do alto do morro), representaria mais que uma resposta à sociedade, pela injustiça social de que ele fora sempre vítima: o ato final do garoto explicita a agressão e a violência praticadas pelo Estado. A ação dos policiais ganha um contorno de sadismo paradoxal; isso porque, quando seria de se esperar que a polícia representasse proteção e zelo aos cidadãos, sobretudo a crianças e jovens, encontra-se, na cena rememorada, um policial que surra uma criança deficiente enquanto outro policial ri. Além disso, deve-se ressaltar que a opção de Sem-Pernas pela morte resgata sua individualidade na massa de excluídos e marginais, na medida em que lhe confere igualmente um aspecto de herói.

27 EXERCÍCIOS Vidas secas 3. (FUVEST) Um escritor classificou Vidas secas como romance desmontável, tendo em vista sua composição descontínua, feita de episódios relativamente independentes e sequências parcialmente truncadas. Essas características da composição do livro: a) constituem um traço de estilo típico dos romances de Graciliano Ramos e do Regionalismo nordestino. b) indicam que ele pertence à fase inicial de Graciliano Ramos, quando este ainda seguia os ditames do primeiro momento do Modernismo. c) diminuem o seu alcance expressivo, na medida em que dificultam uma visão adequada da realidade sertaneja. d) revelam, nele, a influência da prosa seca e lacônica de Euclides da Cunha, em Os sertões. e) relacionam-se à visão limitada e fragmentária que as próprias personagens têm do mundo.

28 4. (UNICAMP) Leia os excertos a seguir. Um dia... Sim, quando as secas desaparecessem e tudo andasse direito... Seria que as secas iriam desaparecer e tudo andar certo? Não sabia. (Graciliano Ramos, Vidas secas. 118ª ed., Rio de Janeiro: Record, 2012, p. 25.) Nunca vira uma escola. Por isso não conseguia defender-se, botar as coisas nos seus lugares. O demônio daquela história entrava-lhe na cabeça e saía. Era para um cristão endoidecer. Se lhe tivessem dado ensino, encontraria meio de entendê-la. Impossível, só sabia lidar com bichos. (Graciliano Ramos, Vidas secas. 118ª ed., Rio de Janeiro: Record, 2012, p. 35.)

29 a) Nos excertos citados, a seca e a falta de educação formal afetam a existência das personagens. Levando em conta o caráter crítico e político do romance, relacione o problema da seca com a questão da escolarização no que diz respeito à personagem Fabiano. O problema da seca não se restringe à ausência das chuvas, mas diz respeito à organização da sociedade brasileira, que priva seus cidadãos dos meios necessários, no caso, a educação formal, para lidar com os imensos desafios postos pelo ambiente físico e pela vida social. b) Nunca vira uma escola. Por isso não conseguia defender-se, botar as coisas nos seus lugares. Descreva uma passagem do romance em que, por não saber ler e escrever, Fabiano é prejudicado e não consegue se defender. Uma cena paradigmática, que vincula a opressão social à falta de educação formal, encontra-se no capítulo 10 ( Contas ), no qual Fabiano não consegue negociar com o patrão os valores calculados por Sinhá Vitória, justamente por não dominar os códigos da escrita e leitura.

Prof. André de Freitas Barbosa Análise literária. Graciliano Ramos ( ) VIDAS SECAS (1938)

Prof. André de Freitas Barbosa Análise literária. Graciliano Ramos ( ) VIDAS SECAS (1938) Prof. André de Freitas Barbosa Análise literária Graciliano Ramos (1892-1953) VIDAS SECAS (1938) Dados estruturais - Narrador 3ª pessoa onisciente, com recorrências ao discurso indireto livre. - Tempo

Leia mais

CAPITÃES DA AREIA JORGE AMADO

CAPITÃES DA AREIA JORGE AMADO CAPITÃES DA AREIA JORGE AMADO - 1937 O AUTOR: JORGE AMADO Baiano, apaixonado pela Bahia. Formou-se em direito pela UFRJ e foi quando entrou em contato com o comunismo. Foi o escritor brasileiro mais traduzido,

Leia mais

MINHA VIDA DE MENINA (1942)

MINHA VIDA DE MENINA (1942) Prof. André de Freitas Barbosa Análise literária MINHA VIDA DE MENINA (1942) Helena Morley [pseud. de Alice Dayrell Caldeira Brant] (1880-1970) Considerações gerais Minha vida de menina é o diário de uma

Leia mais

Vidas Secas. Graciliano Ramos

Vidas Secas. Graciliano Ramos Vidas Secas Graciliano Ramos CONTEXTUALIZAÇÃO 2ª Geração Modernista 1930-1945: era do romance brasileiro Questões regionais Regionalismo romântico (Temática; afirmação da força do sertanejo) Realismo (Preocupação

Leia mais

Capitães da Areia. Jorge Amado

Capitães da Areia. Jorge Amado Capitães da Areia Jorge Amado Jorge Amado 1912-2001 Baiano, sua Literatura busca retratar os costumes locais Sucesso internacional: Traduzido para 49 idiomas Membro do Partido Comunista desde 1945; caçado

Leia mais

Graciliano Ramos ( )

Graciliano Ramos ( ) Vidas Secas Graciliano Ramos (1892-1953) Natural de Alagoas, fez do estado o principal cenário de seu trabalho. O mais engajado entre os autores do segundo tempo. Conhecido por sua linguagem seca e cortante.

Leia mais

Exercícios Vidas Secas

Exercícios Vidas Secas xercícios Vidas Secas 1. (UNICAMP 1998) m Vidas Secas narrativa, Fabiano se com a cadelinha, desses motivos. 2. (UNICAMP 2008) Vidas Secas. nada. Se lhe dessem o que era (Graciliano Ramos, Vidas Secas.

Leia mais

Fase socialista: décadas de trinta e quarenta. Retrato das lutas ferozes entre fazendeiros pela posse de terras férteis para o plantio de cacau;

Fase socialista: décadas de trinta e quarenta. Retrato das lutas ferozes entre fazendeiros pela posse de terras férteis para o plantio de cacau; Fase socialista: décadas de trinta e quarenta. Retrato das lutas ferozes entre fazendeiros pela posse de terras férteis para o plantio de cacau; Crítica ácida ao governo ditatorial de Vargas; Retrato do

Leia mais

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA ROTEIRO DE ATIVIDADES 9º ANO 3º BIMESTRE AUTORIA DEBORA HELLEN GOMES CANELLAS Rio de Janeiro 2013 TEXTO GERADOR I O Texto Gerador I é um fragmento do segundo capítulo

Leia mais

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA ROTEIRO DE ATIVIDADES 9 ANO 3 BIMESTRE AUTORIA CLAUDIA MARCIA DA SILVA GOMES Rio de Janeiro 2012 TEXTO GERADOR l O Texto Gerador I pertence ao gênero textual que

Leia mais

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA ROTEIRO DE ATIVIDADES 9º ANO 3º BIMESTRE AUTORIA MARCILENE SANTOS FERREIRA DA SILVA Rio de Janeiro 2012 TEXTO GERADOR I 110 a 117. O trecho a seguir foi extraído

Leia mais

NAUFRÁGIO DA CONDIÇÃO HUMANA: DESRAZÃO, PRECARIEDADE DA LINGUAGEM E ANIMALIZAÇÃO DO SER EM VIDAS SECAS, DE GRACILIANO RAMOS

NAUFRÁGIO DA CONDIÇÃO HUMANA: DESRAZÃO, PRECARIEDADE DA LINGUAGEM E ANIMALIZAÇÃO DO SER EM VIDAS SECAS, DE GRACILIANO RAMOS NAUFRÁGIO DA CONDIÇÃO HUMANA: DESRAZÃO, PRECARIEDADE DA LINGUAGEM E ANIMALIZAÇÃO DO SER EM VIDAS SECAS, DE GRACILIANO RAMOS Izadora Rodrigues Guerreiro Um retrato fiel da seca e da miséria do Nordeste

Leia mais

Apostila de Língua Portuguesa 07 Modernismo Segunda Geração

Apostila de Língua Portuguesa 07 Modernismo Segunda Geração Apostila de Língua Portuguesa 07 Modernismo Segunda Geração 1.0 Contexto Histórico Prosa Pós Semana de Arte Moderna. Pós experimentalismo, apologia do novo. Vitória sobre o parnasianismo. Ditadura de Vargas.

Leia mais

Romance. Romance: da palavra ROMANÇO/ROMÂNICO (obra em linguagem popular, com muita imaginação e aventura).

Romance. Romance: da palavra ROMANÇO/ROMÂNICO (obra em linguagem popular, com muita imaginação e aventura). Literatura: romance Romance Chamamos de romance o gênero de texto narrativo que conta uma história mais longa e mais complexa. Nesse gênero, apesar de haver personagens principais, suas narrativas são

Leia mais

O que é LITERATURA? Aula 02 de Língua Portuguesa Pré-Vestibular e Pré-ENEM Professora Carolina

O que é LITERATURA? Aula 02 de Língua Portuguesa Pré-Vestibular e Pré-ENEM Professora Carolina O que é LITERATURA? Aula 02 de Língua Portuguesa Pré-Vestibular e Pré-ENEM Professora Carolina O que é literatura? Assim como a música, a pintura e a dança, a Literatura é considerada uma arte. Através

Leia mais

SOCIEDADE DA ALEGRIA

SOCIEDADE DA ALEGRIA 15 de janeiro SOCIEDADE DA ALEGRIA Bom dia! Este mês vamos falar muito de São João Bosco, sabem porquê?! Porque é em janeiro que celebramos uma festa a lembrar como ele foi e é importante para todos nós.

Leia mais

VIDAS SECAS GRACILIANO RAMOS

VIDAS SECAS GRACILIANO RAMOS Natureza: TD DE LITERATURA 3º BIMESTRE Aluno(a): 1ª Professor(a): MARYVAL Série: 1ª/EM N o Questões: Data: VIDAS SECAS GRACILIANO RAMOS Análise da obra Narrado em 3ª pessoa (ao contrário das obras anteriores

Leia mais

DISCURSO consiste na forma de manifestação da VOZ (fala e pensamento) da PERSONAGEM.

DISCURSO consiste na forma de manifestação da VOZ (fala e pensamento) da PERSONAGEM. TIPOS DE DISCURSOS CONCEITO DISCURSO consiste na forma de manifestação da VOZ (fala e pensamento) da PERSONAGEM. Os TIPOS DE DISCURSO correspondem às opções do narrador para manifestar essa voz. Os discursos

Leia mais

Roteiro de estudos 1º trimestre. Inglês. Orientação de estudos

Roteiro de estudos 1º trimestre. Inglês. Orientação de estudos Roteiro de estudos 1º trimestre. Inglês O roteiro foi montado especialmente para reforçar os conceitos dados em aula. Com os exercícios você deve fixar os seus conhecimentos e encontrar dificuldades que

Leia mais

Prosa Regionalista de 30

Prosa Regionalista de 30 Prosa Regionalista de 30 Influências: 1)romantismo (Taunay, Távora, T Alencar) 2)realismo/naturalismo (Inglês de Sousa, Domingos Olímpio, Júlio J Ribeiro) 3)pré-modernismo (Euclides da Cunha e Graça a

Leia mais

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA ROTEIRO DE ATIVIDADES 9º ANO 3º BIMESTRE AUTORIA MARCELA MARTINS DE MELO Rio de Janeiro 2013 TEXTO GERADOR I O texto gerador I pertence ao gênero que trabalhamos

Leia mais

leitura e produção textual

leitura e produção textual leitura e produção textual sejam bem vindos de volta! Leitura Inicial: um conto de Ricardo Azevedo A quase Morte de Zé Malandro Segundo o ditado popular, não é preciso se preocupar com morte. Ela é garantida

Leia mais

Projeto Pedagógico Qual caminho deve seguir para obter uma infância feliz? Como fazer para compreender a vida em seu momento de choro e de riso?

Projeto Pedagógico Qual caminho deve seguir para obter uma infância feliz? Como fazer para compreender a vida em seu momento de choro e de riso? Projeto de Leitura Título: Maricota ri e chora Autor: Mariza Lima Gonçalves Ilustrações: Andréia Resende Elaboração do Projeto: Beatriz Tavares de Souza Apresentação O livro apresenta narrativa em versos

Leia mais

Camilo Castelo Branco Amor de Perdição SÍNTESE DA UNIDADE (ppt adaptado) Encontros 11.o ano Noémia Jorge, Cecília Aguiar, Inês Ribeiros

Camilo Castelo Branco Amor de Perdição SÍNTESE DA UNIDADE (ppt adaptado) Encontros 11.o ano Noémia Jorge, Cecília Aguiar, Inês Ribeiros Camilo Castelo Branco Amor de Perdição SÍNTESE DA UNIDADE (ppt adaptado) Encontros 11.o ano Noémia Jorge, Cecília Aguiar, Inês Ribeiros Séc. XVII BARROCO Séc. XIX ROMANTISMO AMOR DE PERDIÇÃO: SÍNTESE DA

Leia mais

OFICINA DE HISTÓRIAS EM QUADRINHOS. Pensando as Diferenças. PIBID/UFMS/História

OFICINA DE HISTÓRIAS EM QUADRINHOS. Pensando as Diferenças. PIBID/UFMS/História OFICINA DE HISTÓRIAS EM QUADRINHOS Pensando as Diferenças PIBID/UFMS/História O QUE É UMA HISTÓRIA EM QUADRINHOS? Uma História em quadrinhos, ou HQ, é uma forma de arte chamada de arte sequencial. (XIX)

Leia mais

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA ROTEIRO DE ATIVIDADES 9 ANO 3 BIMESTRE AUTORIA MARINUSE NEVES DE AZEVEDO RODRIGUES AMARO Rio de Janeiro 2012 TEXTO GERADOR I TEXTO I Dora, Esposa O cachorro late

Leia mais

A marca de uma lágrima

A marca de uma lágrima A marca de uma lágrima O autor O livro é uma obra de Pedro Bandeira, o autor responsável pela minha paixão por livros nacionais. É comum encontrarmos leitores com um alto teor de preconceito em relação

Leia mais

LITERATURA. PROF(a). REBEKKA MENEZES

LITERATURA. PROF(a). REBEKKA MENEZES LITERATURA PROF(a). REBEKKA MENEZES // QUESTÃO 01 Porque a realidade é inverossímil Escusando-me1 por repetir truísmo2 tão martelado, mas movido pelo conhecimento de que os truísmos são parte inseparável

Leia mais

Devemos ser livres JULIA FERREIRA 7º A. Devemos ser livres Para andar na rua Sem medo ou desespero Sozinhos ou acompanhados

Devemos ser livres JULIA FERREIRA 7º A. Devemos ser livres Para andar na rua Sem medo ou desespero Sozinhos ou acompanhados Devemos ser livres JULIA FERREIRA 7º A Devemos ser livres Para andar na rua Sem medo ou desespero Sozinhos ou acompanhados Comprar algo caro Sem medo de ser assaltado Ter um carro bom, Mas não para ser

Leia mais

1.º C. 1.º A Os livros

1.º C. 1.º A Os livros 1.º A Os livros Os meus olhos veem segredos Que moram dentro dos livros Nas páginas vive a sabedoria, Histórias mágicas E também poemas. Podemos descobrir palavras Com imaginação E letras coloridas Porque

Leia mais

Podemos assim sintetizar os capítulos da seguinte forma :

Podemos assim sintetizar os capítulos da seguinte forma : Vidas Secas - Graciliano Ramos 1 - Introdução Publicado em 1938, VIDAS SECAS aborda a problemática da seca e da opressão social. Ao contrário dos romances anteriores, é uma narrativa em terceira pessoa.

Leia mais

História de Silvia Bertagnolli

História de Silvia Bertagnolli História de Silvia Bertagnolli Nascimento: 26 de setembro de 1967 Falecimento: 2 de abril de 2013 Mulher de temperamento forte. Mãe, esposa e amiga. Silvia Bertagnolli veio ao mundo no dia 26 de setembro

Leia mais

Cultura Popular. Profa. Consuelo Holanda

Cultura Popular. Profa. Consuelo Holanda Cultura Popular O que é Cultura popular: Cultura popular é uma expressão que caracteriza um conjunto de elementos culturais específicos da sociedade de uma nação ou região Profa. Consuelo Holanda consueloholanda2010@hotmail.com

Leia mais

AS MANIFESTAÇÔES LINGUÍSTICAS NA OBRA VIDAS SECAS, DE GRACILIANO RAMOS

AS MANIFESTAÇÔES LINGUÍSTICAS NA OBRA VIDAS SECAS, DE GRACILIANO RAMOS AS MANIFESTAÇÔES LINGUÍSTICAS NA OBRA VIDAS SECAS, DE GRACILIANO RAMOS Jakeline Francisca da Silva (1); Francisca Luana Abrantes de Castro (1) Rosangela Vieira (4) Instituto Federal de Educação, Ciência

Leia mais

coleção Conversas #21 - ABRIL e t m o se? Respostas perguntas para algumas que podem estar passando pela sua cabeça.

coleção Conversas #21 - ABRIL e t m o se? Respostas perguntas para algumas que podem estar passando pela sua cabeça. Sou bem que ele mais v coleção Conversas #21 - ABRIL 2015 - m o c está l e g i o h a que e l apenas por in e t. er e s se? Será Respostas perguntas para algumas que podem estar passando pela sua cabeça.

Leia mais

Arte e Poesia. Uma flor. Uma flor perde cheiro e beleza Foi amor com certeza!

Arte e Poesia. Uma flor. Uma flor perde cheiro e beleza Foi amor com certeza! Uma flor Uma flor perde cheiro e beleza Foi amor com certeza! Nisto uma paisagem Aparece e desaparece Torna-se miragem Ou realidade para quem merece. Rogam-se as pragas da fadista Em forma de nota de viola

Leia mais

Ao Teu Lado (Marcelo Daimom)

Ao Teu Lado (Marcelo Daimom) Ao Teu Lado INTRO: A9 A9 Quero estar ao Teu lado, não me importa a distância Me perdoa a insegurança, tenho muito a aprender E/G# E7 ( F# G#) A9 Mas em meus poucos passos, já avisto a esperança E/G# Também

Leia mais

Bárbara da Silva. Literatura. Modernismo II

Bárbara da Silva. Literatura. Modernismo II Bárbara da Silva Literatura Modernismo II Em 1930 tiveram início os 15 anos de ditadura da ditadura de Getúlio Vargas. Com o intuito de obter o apoio das massas, Vargas adota uma série de medidas populistas,

Leia mais

(Luís Bueno. Guimarães, Clarice e antes. In: Teresa. São Paulo: USP, n. 2, 2001, p. 254.)

(Luís Bueno. Guimarães, Clarice e antes. In: Teresa. São Paulo: USP, n. 2, 2001, p. 254.) Modernismo 2ª fase 1. Texto para as questões 1 e 2. Texto I "Agora Fabiano conseguia arranjar as ideias. O que o segurava era a família. Vivia preso como um novilho amarrado ao mourão, suportando ferro

Leia mais

Gêneros Literários OBRAS LITERÁRIAS: QUANTO À FORMA = VERSO & PROSA QUANTO AO CONTEÚDO = GÊNEROS LITERÁRIOS

Gêneros Literários OBRAS LITERÁRIAS: QUANTO À FORMA = VERSO & PROSA QUANTO AO CONTEÚDO = GÊNEROS LITERÁRIOS GÊNEROS LITERÁRIOS Gêneros Literários OBRAS LITERÁRIAS: QUANTO À FORMA = VERSO & PROSA QUANTO AO CONTEÚDO = GÊNEROS LITERÁRIOS Gêneros Literários GÊNERO ÉPICO (NARRATIVO) = Quando é contada uma história.

Leia mais

coleção Conversas ESPECIAL Respostas que podem estar passando para algumas perguntas pela sua cabeça.

coleção Conversas ESPECIAL Respostas que podem estar passando para algumas perguntas pela sua cabeça. coleção Conversas ESPECIAL Eu do não meu suporto marido. mais O apanhar que eu faço Respostas para algumas perguntas que podem estar passando pela sua cabeça. Essa Coleção CONVERSAS Especial é uma homenagem

Leia mais

Flávia Lêda. Redação Crônica PAZ NA ESCOLA

Flávia Lêda. Redação Crônica PAZ NA ESCOLA Flávia Lêda Redação Crônica PAZ NA ESCOLA 28.02.2019 TEMPO DE AULA: 50 min ACOLHIMENTO CONTEÚDO: Crônica GÊNEROS TEXTUAIS: Crônica, repente, poesia, canção EXPLANAÇÃO DO CONTEÚDO: Compreensão da função

Leia mais

PORTUGUÊS. Literatura Modernismo 2ª fase - Prosa. Prof.ª Isabel Vega

PORTUGUÊS. Literatura Modernismo 2ª fase - Prosa. Prof.ª Isabel Vega PORTUGUÊS Literatura Prof.ª Isabel Vega 2ª Fase do MODERNISMO: década de 1930 I) Contexto histórico: crise no campo / industriais na política / ascensão do nazifascismo / ditadura Vargas / comunismo /

Leia mais

Apresentação Pe. Aníbal Mendonça, sdb

Apresentação Pe. Aníbal Mendonça, sdb Exortação Apostólica do Santo Padre FRANCISCO SOBRE O CHAMAMENTO À SANTIDADE NO MUNDO ATUAL Apresentação Pe. Aníbal Mendonça, sdb O Senhor pede tudo e, em troca, oferece a vida verdadeira, a felicidade

Leia mais

Logo começavam os calores de uma primavera precoce, aturdindo os pássaros e despertando a letargia das árvores. Houve o início dos concertos

Logo começavam os calores de uma primavera precoce, aturdindo os pássaros e despertando a letargia das árvores. Houve o início dos concertos Logo começavam os calores de uma primavera precoce, aturdindo os pássaros e despertando a letargia das árvores. Houve o início dos concertos campestres. A Lira Santa Cecília vinha para a frente da casa

Leia mais

exemplo de Cecília e pelo modo como ela falava das maravilhas de Deus. Até pagãos se converteram. conseguia falar foi levantar as duas mãos: numa das

exemplo de Cecília e pelo modo como ela falava das maravilhas de Deus. Até pagãos se converteram. conseguia falar foi levantar as duas mãos: numa das Enquanto sofria os castigos dolorosos e continuava firme em seu amor por Jesus muita gente vinha visitá-la e saía crendo e amando Jesus pelo exemplo de Cecília e pelo modo como ela falava das maravilhas

Leia mais

Aulas 21 à 24 TEXTO NARRATIVO

Aulas 21 à 24 TEXTO NARRATIVO Aulas 21 à 24 Prof. Sabrina Moraes TEXTO NARRATIVO Maioritariamente escrito em prosa, o texto narrativo é caracterizado por narrar uma história, ou seja, contar uma história através de uma sequência de

Leia mais

Resolução de Questões Específicas de Literatura da FUVEST, UNICAMP e UNESP (2)

Resolução de Questões Específicas de Literatura da FUVEST, UNICAMP e UNESP (2) Resolução de Questões Específicas de Literatura da FUVEST, UNICAMP e UNESP (2) Resolução de Questões Específicas de Literatura da FUVEST, UNICAMP e UNESP (2) Texto para as questões de 1 a 3. Omolu espalhara

Leia mais

Vestibular UFRGS 2013 Resolução da Prova de Literatura

Vestibular UFRGS 2013 Resolução da Prova de Literatura Vestibular UFRGS 2013 Resolução da Prova de Literatura 26. Alternativa (B) I A assertiva fala sobre haver uniformização pretendida pelo Barroco, o qual é marcado como sabemos pela dualidade. III O eu-lírico

Leia mais

O DESENVOLVIMENTO DA LIDERANÇA

O DESENVOLVIMENTO DA LIDERANÇA O DESENVOLVIMENTO DA LIDERANÇA Pessoas bem sucedidas nem sempre encontram um caminho fácil pela frente. Muitas vezes o sucesso vem da adversidade. Mary Kay Ash dizia: Se eu pudesse dar um conselho sobre

Leia mais

1. Disse Jesus: Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim jamais terá sede. Jo 6,35

1. Disse Jesus: Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim jamais terá sede. Jo 6,35 1. Disse Jesus: Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim jamais terá sede. Jo 6,35 Senhor Jesus, Tu tens palavras de vida eterna e Tu revelas-te a nós como Pão da vida

Leia mais

OS MOVIMENTOS SOCIAIS NA REPÚBLICA VELHA. Prof. Marcos Roberto

OS MOVIMENTOS SOCIAIS NA REPÚBLICA VELHA. Prof. Marcos Roberto OS MOVIMENTOS SOCIAIS NA REPÚBLICA VELHA Prof. Marcos Roberto RURAIS Messiânicos Revolta de Canudos Revolta do Contestado URBANOS Revolta da Vacina Revolta da Chibata O anarcossindicalismo - Cangaço Conflitos

Leia mais

Integrado Aula 26 Apostila 4; pág Tipos de Discurso

Integrado Aula 26 Apostila 4; pág Tipos de Discurso Integrado Aula 26 Apostila 4; pág. 122 Tipos de Discurso Tipos de Discurso Discurso: fala ou pensamento de personagem. Discurso Direto -Reprodução literal da fala da personagem. -Verbo de fala (pode estar

Leia mais

Tempo Caracteriza o desencadear dos fatos. Tempo cronológico ou tempo da história - determinado pela sucessão cronológica dos acontecimentos

Tempo Caracteriza o desencadear dos fatos. Tempo cronológico ou tempo da história - determinado pela sucessão cronológica dos acontecimentos Tempo Caracteriza o desencadear dos fatos. Tempo cronológico ou tempo da história - determinado pela sucessão cronológica dos acontecimentos narrados. Tempo histórico - refere-se à época ou momento histórico

Leia mais

Episódio 7. Penso às vezes que nunca sairei da Rua dos Douradores. Bernardo Soares: Penso às vezes que nunca sairei da Rua dos Douradores.

Episódio 7. Penso às vezes que nunca sairei da Rua dos Douradores. Bernardo Soares: Penso às vezes que nunca sairei da Rua dos Douradores. 1 Episódio 7. Penso às vezes que nunca sairei da Rua dos Douradores Localização: Rua dos Douradores / Baixa Sons de rua; sinos de igreja Bernardo Soares: Penso às vezes que nunca sairei da Rua dos Douradores.

Leia mais

EXERCICIOS SOBRE MENINO DO ENGENHO. 2. (FAENQUIL / VUNESP) Leia o fragmento do romance Menino de Engenho, de José

EXERCICIOS SOBRE MENINO DO ENGENHO. 2. (FAENQUIL / VUNESP) Leia o fragmento do romance Menino de Engenho, de José EXERCICIOS SOBRE MENINO DO ENGENHO 1. (FAENQUIL / VUNESP) Leia o fragmento do romance Menino de Engenho, de José Sobre Menino de Engenho, é correto afirmar que a) integra o conjunto de romances regionalistas

Leia mais

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA ROTEIRO DE ATIVIDADES 9 ANO 3 BIMESTRE AUTORIA MARISA RODRIGUES DOS REIS Rio de Janeiro 2012 TEXTO GERADOR O texto gerador é um fragmento da obra Garibaldi e Manoela:

Leia mais

* Nascimento: 02/08/1977

* Nascimento: 02/08/1977 Narciso de Oliveira * Nascimento: 02/08/1977 Falecimento: 10/02/2013 Fazia 10 anos que Marisa Conceição Bechert estava separada de Narciso de Oliveira, quando ele faleceu em 10 de fevereiro de 2013. Porém,

Leia mais

ainda não Luciano Cabral prostituta, vinte e cinco anos cliente, sessenta anos

ainda não Luciano Cabral prostituta, vinte e cinco anos cliente, sessenta anos ainda não Luciano Cabral personagens, vinte e cinco anos, sessenta anos (o apartamento é pequeno, com apenas dois cômodos: banheiro e quarto. O banheiro fica em frente à porta de entrada. No quarto, logo

Leia mais

Caderno 3 Página 171 FOCO NARRATIVO

Caderno 3 Página 171 FOCO NARRATIVO Caderno 3 Página 171 FOCO NARRATIVO Eu vi... Como cada um conta o que vê Diferentes pontos de vista ... Esse é o foco da narrativa A NARRAÇÃO DEPENDE DO NARRADOR O narrador pinta o cenário Cria as personagens

Leia mais

Aluno(a): Professor(a): Turma: n o : Data: Leia o texto a seguir com atenção.

Aluno(a): Professor(a): Turma: n o : Data: Leia o texto a seguir com atenção. Aluno(a): Professor(a): Turma: n o : Data: Leia o texto a seguir com atenção. LAERTE/ACERVO DO CARTUNISTA Laerte. Classificados. São Paulo: Devir, 2001. p. 45. 1 Nessa tira há uma situação do cotidiano

Leia mais

(Graciliano Ramos. Vidas secas. Rio de Janeiro: Record, 2012, p. 57.)

(Graciliano Ramos. Vidas secas. Rio de Janeiro: Record, 2012, p. 57.) PROFESSOR SINVAL FUVEST UNICAMP PUC SP ALBERT EINSTEIN QUESTÕES DE VIDAS SECAS E CAPITÃES DA AREIA 01. (FUVEST 2014) Considere as seguintes comparações entre Vidas Secas, de Graciliano Ramos, e Capitães

Leia mais

) ) .,. MEB- 50 ANOS ";.. QUANTO AFETO, QUANTA ALEGRIA RENOVADA EM CADA ENCONTRO... VIVA A VIDA! " MARIA ALICE ~ )

) ) .,. MEB- 50 ANOS ;.. QUANTO AFETO, QUANTA ALEGRIA RENOVADA EM CADA ENCONTRO... VIVA A VIDA!  MARIA ALICE ~ ) ) 1 ) ) ).,. I ) I MEB- 50 ANOS ";.. QUANTO AFETO, QUANTA ALEGRIA RENOVADA EM CADA ENCONTRO... VIVA A VIDA! " MARIA ALICE ) ) ~ ) ( ' A MUSICA DA CAMPANHA DAS ESCOLAS RADIOFONICAS LEVANTO JUNTO COM O SOL

Leia mais

Acontecimentos na Bíblia que devem ser esclarecidos:

Acontecimentos na Bíblia que devem ser esclarecidos: Acontecimentos na Bíblia que devem ser esclarecidos: Os Semitas são povos que falam línguas que tiveram a mesma origem, foram formadas de uma mesma raiz. São os povos do Oriente, como hebreus, árabes...

Leia mais

O SILÊNCIO QUE HABITA AS CASAS

O SILÊNCIO QUE HABITA AS CASAS O SILÊNCIO QUE HABITA AS CASAS Fotos e trechos inéditos do diário de trabalho do arquiteto e diretor de arte de cinema, Valdy Lopes Jn, revela um sertão que, apesar de conhecido, ainda é idealizado e esquecido

Leia mais

ABERTURA DO PRESÉPIO NO COLÉGIO

ABERTURA DO PRESÉPIO NO COLÉGIO 2ª FEIRA 26 novembro ABERTURA DO PRESÉPIO NO COLÉGIO E uma boa semana. Encontramo-nos na última semana de novembro e aproxima-se a passos largos um tempo muito especial, o Natal. Sabemos que nos aproxima

Leia mais

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA ROTEIRO DE ATIVIDADES 9º ANO 3º BIMESTRE AUTORIA JAQUELINE CRISTINA ROCHA MARCONDES Rio de Janeiro 2013 TEXTO GERADOR I Boa-Vida meteu a unha negra, rasgou a bolha.

Leia mais

Game of Thrones e a área comercial

Game of Thrones e a área comercial Game of Thrones e a área comercial Por Gustavo Paulillo* Existe uma velha frase que diz que a realidade imita a ficção. Se observarmos bem, essa sentença pode ser verdadeira em alguns casos e podemos,

Leia mais

Nº 11 A Domingo IV do Tempo Comum Sede felizes!

Nº 11 A Domingo IV do Tempo Comum Sede felizes! Nº 11 A Domingo IV do Tempo Comum-2.2.2014 Sede felizes! Combatei a miséria e reparti do que é vosso com os outros. Sede pacientes, tolerantes, dialogantes, humildes. Tende esperança no meio da escuridão,

Leia mais

CECÍLIA MEIRELLES CIRANDA CULTURAL 2º ANO A/2011 CIRANDA CULTURAL_POEMAS

CECÍLIA MEIRELLES CIRANDA CULTURAL 2º ANO A/2011 CIRANDA CULTURAL_POEMAS CECÍLIA MEIRELLES 1901-1964 CIRANDA CULTURAL_POEMAS 2º ANO A/2011 CIRANDA CULTURAL 2º ANO A/2011 ILUSTRADORES: AILA, ANA LUIZA VIANNA, LIVIA MARIA, VITÓRIA Uma Palmada Bem Dada Cecília Meireles É a menina

Leia mais

ELEME M NT N O T S O D A D A NA N R A RAT A I T V I A V Mariana Bandeira

ELEME M NT N O T S O D A D A NA N R A RAT A I T V I A V Mariana Bandeira ELEMENTOS DA NARRATIVA Mariana Bandeira A narração é um relato centrado em uma sequência de fatos em que as personagens atuam (se movimentam) em um determinado espaço (ambiente) e em um determinado tempo.

Leia mais

Dia de Todos os Santos

Dia de Todos os Santos 1 «Vinde a Mim, vós todos os que andais cansados e oprimidos e Eu vos aliviarei, diz o Breve comentário: As Bem-aventuranças revelam a realidade misteriosa da vida em Deus, iniciada no Baptismo. Aos olhos

Leia mais

maioria só votará nos candidatos que irão lutar pela reforma agrária. Tu sabes, camponês, que já existe no Congresso uma emenda à Constituição em favôr do voto do analfabeto? Sabes que se ficares de braços

Leia mais

Jesus tinha entrado em Jericó e estava atravessando a cidade. Havia aí um homem chamado Zaqueu: era chefe dos cobradores de impostos e muito rico.

Jesus tinha entrado em Jericó e estava atravessando a cidade. Havia aí um homem chamado Zaqueu: era chefe dos cobradores de impostos e muito rico. Lc 19, 1-10 Jesus tinha entrado em Jericó e estava atravessando a cidade. Havia aí um homem chamado Zaqueu: era chefe dos cobradores de impostos e muito rico. Zaqueu desejava ver quem era Jesus, mas não

Leia mais

Material Suplementar Informações Importantes sobre a Obra: Quarto de Despejo Diário de uma favelada. Prof. Luquinha - Literatura

Material Suplementar Informações Importantes sobre a Obra: Quarto de Despejo Diário de uma favelada. Prof. Luquinha - Literatura Material Suplementar Informações Importantes sobre a Obra: Quarto de Despejo Diário de uma favelada Prof. Luquinha - Literatura Quarto de Despejo Diário de uma Favelada Carolina Maria de Jesus Quarto

Leia mais

Atividade de Estudo de Português LEIA o texto abaixo. 5º ano MAIS UM ANIMAL

Atividade de Estudo de Português LEIA o texto abaixo. 5º ano MAIS UM ANIMAL Atividade de Estudo de Português LEIA o texto abaixo. 5º ano MAIS UM ANIMAL Chico chegou da rua com um gatinho muito preto e muito magro debaixo do braço. - Vai me dizer que já arrumou mais dor de cabeça

Leia mais

NOSSA SENHORA APARECIDA

NOSSA SENHORA APARECIDA NOSSA SENHORA APARECIDA Denilson Aparecido Rossi Nossa Senhora Aparecida 1 REFLETINDO No corrente ano de 2017, estamos celebrando os 300 anos da aparição de Nossa Senhora Aparecida. Lembramos que essa

Leia mais

Pai consegue provar inocência do filho acusado de matar jovem em assalto a loja

Pai consegue provar inocência do filho acusado de matar jovem em assalto a loja Pai consegue provar inocência do filho acusado de matar jovem em assalto a loja (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil) -A morte do jovem Matheus Lessa, de 22 anos, assassinado ao tentar proteger a mãe

Leia mais

Ensino Médio - Unidade Parque Atheneu Professor (a): Aluno (a): Série: 3ª Data: / / 2015. LISTA DE LITERATURA

Ensino Médio - Unidade Parque Atheneu Professor (a): Aluno (a): Série: 3ª Data: / / 2015. LISTA DE LITERATURA Ensino Médio - Unidade Parque Atheneu Professor (a): Aluno (a): Série: 3ª Data: / / 2015. LISTA DE LITERATURA Orientações: - A lista deverá ser respondida na própria folha impressa ou em folha de papel

Leia mais

INTERPRETAÇÃO DE TEXTO - Prof. Flávio REDAÇÃO Prof. Douglas

INTERPRETAÇÃO DE TEXTO - Prof. Flávio REDAÇÃO Prof. Douglas INTERPRETAÇÃO DE TEXTO - Prof. Flávio REDAÇÃO Prof. Douglas De modo geral... Atualize se quanto aos assuntos de maior relevância nacional (sejam estes sociais, ambientais, culturais, políticos etc). Interpretação

Leia mais

Interpretação de textos Avaliação Parcial II. Língua Portuguesa Brasileira Antonio Trindade

Interpretação de textos Avaliação Parcial II. Língua Portuguesa Brasileira Antonio Trindade Interpretação de textos Avaliação Parcial II Língua Portuguesa Brasileira Antonio Trindade Verbo ser Que vai ser quando crescer? Vivem perguntando em redor. Que é ser? É ter um corpo, um jeito, um nome?

Leia mais

Romantismo no Brasil: 1ª geração. Literatura brasileira 2ª EM Prof.: Flávia Guerra

Romantismo no Brasil: 1ª geração. Literatura brasileira 2ª EM Prof.: Flávia Guerra Romantismo no Brasil: 1ª geração Literatura brasileira 2ª EM Prof.: Flávia Guerra O discurso da nacionalidade Na primeira metade do século XIX, várias missões estrangeiras vieram ao Brasil. Foram os estrangeiros

Leia mais

2ª FEIRA 01 de outubro

2ª FEIRA 01 de outubro 2ª FEIRA 01 de outubro INTRODUÇÃO Bom dia! Sabias que hoje é o dia Mundial da Música. Aposto que todos os que aqui estamos gostamos de ouvir música. Já pensaste que a mesma música pode ser apreciada por

Leia mais

Estrutura da narração

Estrutura da narração Narração Conceito: A Narração é um tipo de texto que relata uma história real, fictícia ou mescla dados reais e imaginários. Não se esqueça que tudo na narrativa depende do narrador, da voz que conta a

Leia mais

REFLEXÕES SOBRE A UNIDADE FAMILIAR: UMA PROPOSTA DIDÁTICA SOBRE VIDAS SECAS

REFLEXÕES SOBRE A UNIDADE FAMILIAR: UMA PROPOSTA DIDÁTICA SOBRE VIDAS SECAS REFLEXÕES SOBRE A UNIDADE FAMILIAR: UMA PROPOSTA DIDÁTICA SOBRE VIDAS SECAS Igor Duarte Ismael Moreira Jardim 1. APRESENTAÇÃO Partimos do ponto comum que literatura é toda forma de manifestação poética,

Leia mais

Na Estrada. Rita de Cássia da Silva Cardoso

Na Estrada. Rita de Cássia da Silva Cardoso Na Estrada Rita de Cássia da Silva Cardoso Apresentação Este livro tem sua origem nas frases que são escritas nos para-choques de caminhões. Elas representam parte da cultura do povo brasileiro que vive

Leia mais

Português. Os textos abaixo se referem às questões 1 e 2. Texto I Consoada

Português. Os textos abaixo se referem às questões 1 e 2. Texto I Consoada Português Ficha 2 3 os anos Wilton ago/09 Nome: Nº: Turma: Caros alunos, os exercícios a seguir servirão para seus estudos e são bons exemplos de questões que poderão estar na prova de recuperação. Façam

Leia mais

Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus

Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus Paróquia de Barco Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus Missa com crianças Entrada: Linda noite, Linda noite Linda noite de Natal (bis) Introdução A imagem de Maria está aqui ao lado, porque hoje celebramos

Leia mais

Capítulo Especial 01 - O Livro dos Ditadores

Capítulo Especial 01 - O Livro dos Ditadores Capítulo Especial 01 - O Livro dos Ditadores Talismã do Autocrata Ele era um estudante sério. Apesar de ainda ser jovem, ele estava mais preocupado com o futuro de seu país do que qualquer outra pessoa.

Leia mais

a) Onde estava o peixinho quando foi pescado? R.: b) Quem pescou o peixinho? R.: c) Onde morava o peixinho? R.:

a) Onde estava o peixinho quando foi pescado? R.: b) Quem pescou o peixinho? R.: c) Onde morava o peixinho? R.: PROFESSOR: EQUIPE DE PORTUGUÊS BANCO DE QUESTÕES - LÍNGUA PORTUGUESA - 3 ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ========================================================================== TEXTO 1 ZELINHA E O PEIXINHO

Leia mais

SUPLEMENTO DE ATIVIDADES

SUPLEMENTO DE ATIVIDADES SUPLEMENTO DE ATIVIDADES NOME: N O : ESCOLA: SÉRIE: 1 Honoré de Balzac ficou mundialmente famoso por sua enorme A comédia humana, obra que reúne quase cem romances e constitui um grande painel da sociedade

Leia mais

UMA HISTÓRIA DE AMOR

UMA HISTÓRIA DE AMOR UMA HISTÓRIA DE AMOR Nunca fui de acreditar nessa história de amor "á primeira vista", até conhecer Antonio. Eu era apenas uma menina, que vivia um dia de cada vez sem pretensões de me entregar novamente,

Leia mais

Uma comunicação que alcance todas as periferias que precisam da luz do Evangelho (EG 20).

Uma comunicação que alcance todas as periferias que precisam da luz do Evangelho (EG 20). A comunicação de uma Igreja em Saída. Uma comunicação que alcance todas as periferias que precisam da luz do Evangelho (EG 20). Uma comunicação rápida, em todos os lugares, em todas as ocasiões, sem repugnâncias

Leia mais

JOÃO MARTINHO MOYE. FUNDADOR das IRMÃS da PROVIDÊNCIA

JOÃO MARTINHO MOYE. FUNDADOR das IRMÃS da PROVIDÊNCIA JOÃO MARTINHO MOYE FUNDADOR das IRMÃS da PROVIDÊNCIA João Martinho Moye nasceu em 27 Janeiro de 1730 Cresceu em uma família piedosa. Sua mãe ensinou-lhe que um bom Padre deveria viver pobremente e amar

Leia mais

Colégio Santa Dorotéia

Colégio Santa Dorotéia Colégio Santa Dorotéia Disciplina: Língua Portuguesa / ORIENTAÇÃO DE ESTUDO Ano: 5º - Ensino Fundamental - Data: 6 / 4 / 2018 CONTEÚDO PARA A TRIMESTRAL Leitura e interpretação de texto (conto, lendas,

Leia mais

PROJETO FILME MADRE TEREZA

PROJETO FILME MADRE TEREZA Madre Teresa de Calcutá. Tesouro da humanidade: mística, sábia e santa. Turmas dos 9ºs anos - Capítulo 8 - Livro didático(2015). PROJETO FILME MADRE TEREZA TEMA : OS FENÔMENOS RELIGIOSOS: O SER HUMANO

Leia mais

Deixo meus olhos Falar

Deixo meus olhos Falar Tânia Abrão Deixo meus olhos Falar 1º Edição Maio de 2013 WWW.perse.com.br 1 Tânia Abrão Biografia Tânia Abrão Mendes da Silva Email: Tania_morenagata@hotmail.com Filha de Benedito Abrão e Ivanir Abrão

Leia mais

PREDICAÇÃO VEBAL. Professor Guilherme Medeiros Honorato

PREDICAÇÃO VEBAL. Professor Guilherme Medeiros Honorato PREDICAÇÃO VEBAL Professor Guilherme Medeiros Honorato Predicação Verbal É a parte da Gramática responsável pela verificação da necessidade da complementação de palavras ou expressões que possam dar sentido

Leia mais

CONTO E MINICONTO PAZ NA ESCOLA 03/04/2019 OFICINA DE REDAÇÃO MARÍLIA FERREIRA

CONTO E MINICONTO PAZ NA ESCOLA 03/04/2019 OFICINA DE REDAÇÃO MARÍLIA FERREIRA MARÍLIA FERREIRA OFICINA DE REDAÇÃO CONTO E MINICONTO PAZ NA ESCOLA 03/04/2019 1 TEXTO NARRATIVO CONTO E MINICONTO ESTRUTURA DA NARRATIVA DESCRITORES D10 Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos

Leia mais