Universidade Estadual do Ceará Faculdade de Veterinária Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias Artur Henrique Soares da Silva Filho

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1 Universidade Estadual do Ceará Faculdade de Veterinária Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias Artur Henrique Soares da Silva Filho MÉTODOS DE INDUÇÃO E SINCRONIZAÇÃO DO ESTRO E DA OVULAÇÃO EM NOVILHAS MESTIÇAS (Bos indicus vs Bos taurus) PRÉ-PÚBERES E PÚBERES Fortaleza, CE Dezembro de 2006

2 Universidade Estadual do Ceará Faculdade de Veterinária Programa de Pós-graduação em Ciências Veterinárias AUTOR: Artur Henrique Soares da Silva Filho MÉTODOS DE INDUÇÃO E SINCRONIZAÇÃO DO ESTRO E DA OVULAÇÃO EM NOVILHAS MESTIÇAS (Bos indicus vs Bos taurus) PRÉ-PÚBERES E PÚBERES Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Ciências Veterinárias da Faculdade de Veterinária da Universidade Estadual do Ceará, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Ciências Veterinárias. Área de Concentração: Reprodução de Ruminantes. Orientador: Prof. Dr. Airton Alencar de Araújo. Fortaleza, CE Dezembro de 2006

3 S586m Silva filho, Artur Henrique Soares da Métodos de Indução e Sincronização do estro e da ovulação em novilhas mestiças (Bos indicus vs Bos taurus) pré-púberes e púberes. Fortaleza:UECe, p. Orientador: Prof. Dr. Airton Alencar de Araújo Dissertação (Mestrado em Ciências Veterinárias) Universidade Estadual do Ceará, Faculdade de Veterinária 1. Novilhas pré-púberes 2. Novilhaspuberdade I.Título CDD 636.2

4 Universidade Estadual do Ceará Faculdade de Veterinária Programa de Pós-graduação em Ciências Veterinárias Título do Trabalho: Métodos de Indução e Sincronização do Estro e da Ovulação em novilhas mestiças (Bos Indicus vs Bos Taurus) pré-púberes e púberes Autor: Artur Henrique Soares da Silva Filho Aprovada em 13 / 12 / 2006 Banca Examinadora: Prof. Dr. Airton Alencar de Araújo Orientador Prof. Dr. Davide Rondina Examinador Prof. Dr. Ana Paula R. Rodrigues Examinador

5 Aos meus pais Dedico

6 AGRADECIMENTOS A Deus por ter permitido que mais esta etapa tenha sido vencida na minha vida; Ao amigo e professor Airton Alencar de Araújo por toda a paciência e confiança depositadas em mim, bem como pelos ensinamentos transmitidos; A amiga e co-orientadora professora Ana Paula Ribeiro Rodrigues pela sua paciência e companheirismo; Ao grande veterinário e amigo Manuel Dantas Silva pelo apoio dado para realização deste trabalho; Ao senador Luis Girão, por ter permitido a execução deste trabalho em sua propriedade, a fazenda Flor da Serra; Aos meus pais pelo amor, carinho, dedicação e incentivo para a execução e elaboração deste trabalho. Aos meus irmãos pelo carinho, amizade e compreensão; Aos amigos de turma do mestrado Iran, Jamily, Bárbara, Gabriel, Mônica e Suyane pelo companheirismo e amizade; A minha grande amiga Isabel Lima Verde pela amizade, paciência, consideração e força nos momentos mais difíceis; Aos funcionários da fazenda Flor da Serra pela ajuda durante o período experimental; À Universidade Estadual do Ceará por minha formação profissional; Ao Programa de Pós-graduação em Ciências Veterinárias, por ter me possibilitado a realização de mais uma conquista;

7 À CAPES pela bolsa de estudos que me foi concedida; Aos professores e funcionários do Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias que direta ou indiretamente contribuíram comigo para a concretização de mais um sonho.

8 RESUMO Este estudo teve como objetivo comparar a eficiência de quatro protocolos de indução e sincronização do estro e da ovulação que têm como base o CIDR-B em novilhas mestiças, Girolando, pré-púberes e púberes criadas no estado do Ceará. Foram utilizadas 173 novilhas mestiças mantidas a pasto, com livre acesso à água e mistura mineral. As novilhas pré-púberes foram distribuídas aleatoriamente nos grupos CIDR-B/1 (n=26) e CIDR-B/2 (n=27), e as novilhas púberes nos grupos CIDR-B/3 (n=50) e CIDR-B/4 (n=70). No grupo CIDR-B/1 os animais foram tratados com CIDR-B, duas dose de benzoato de estradiol (BE) e 500 UI gonadotrofina coriônica equina (ecg), o grupo CIDR-B/2 os animais recebiam apenas CIDR-B, uma dose de BE e 200 UI de ecg. As novilhas do grupo CIDR-B/3 foram tratadas com CIDR-B, duas dose BE, D-Cloprostenol e 500 UI de ecg e as novilhas do grupo CIDR-B/4 recebiam apenas CIDR-B, uma dose de BE, D-Cloprostenol e 500 UI de ecg. As inseminações foram realizadas 54 horas após a retirada do CIDR-B. Não houve diferença (P<0,05) entre os grupos CIDR-B/1 e CIDR-B/2, apresentando CIDR-B/2 uma taxa de prenhez acumulada (1ª mais 2ª IA) numericamente superior ao grupo CIDR-B/1 de 52% e 35%, respectivamente. Também não foi observada diferença (P<0,05) entre CIDR-B/3 e CIDR-B/4, 68 e 66%, respectivamente. Deste modo, o protocolo do grupo CIDR-B/2 mostrou-se mais eficiente na indução da puberdade em novilhas mestiças, Girolando, e com melhor taxa de prenhez. Ademais, apresenta-se economicamente viável pela redução de custo obtida pela menor utilização de hormônios dentro do protocolo hormonal. Para novilhas púberes os tratamentos CIDR-B/3 e CIDR- B/4 apresentam desempenho semelhante com resultados satisfatórios para o produtor. Porém, a retirada do BE necessita ainda de estudos adicionais para melhor confirmar sua utilização neste protocolo. Palavras chaves: Novilhas, pré-púberes, puberdade

9 ABSTRACT The aim of this work was compare the efficiency of four procedures for induction and synchronization of estrous and ovulation, based in CIDR-B, in prepubertal and pubertal cross-bred heifers (Girolando) in state of Ceara. Were used 173 cross-bred heifers, kept at pasture, with free offer of water and mineral mixture. Prepubertal heifers were randomly divided in CIDR-B/1 (n=26) and CIDR-B/2 (n=27) groups and pubertal heifers in CIDR-B/3 (n=50) and CIDR-B/4 (n=70) groups. In CIDR-B/1 group, heifers were treated with CIDR- B, two doses of estradiol benzoate (EB) and 500IU of equine chorionic gonadotrophin (ecg). In CIDR-B/2 group, animals received only CIDR-B and a single dose of EB and 200IU of ecg. Heifers in CIDR-B/3 group were treated with CIDR-B, two doses of EB, D- Cloprostenol, and 500IU of ecg and heifers in CIDR-B/4 group received only CIDR-B, a single dose of EB, D-Cloprostenol and 500IU of ecg. Inseminations were realized 54h after of CIDR-B withdrawal. Significative difference was not observed between CIDR-B/1 and CIDR-B/2 (P<0.05). CIDR-B/2 group showed a accumulate pregnancy rate (first plus second AI), higher than CIDR-B/1 treatment, of 52% and 35%, respectively. The same was verified between CIDR-B/3 and CIDR-B/4 groups, 68% and 66%, respectively. In conclusion, the protocol used in CIDR-B/2 group was the most efficient in induction of puberty in cross-bred heifers and with the best pregnancy rate. Moreover, it shows economic viability because the decrease of costs through less utilization of hormones in the hormonal protocol. In pubertal heifers treatments with CIDR-B/3 and CIDR-B/4 showed similar performance and satisfactory results for farmer. However, EB withdrawal needs more researches for verify utilization in this protocol. Key words: Heifers, prepubertal, puberty

10 LISTA DE FIGURAS, TABELAS E ANEXOS FIGURA 1 - Esquema de três ondas foliculares no ciclo estral bovino...9 FIGURA 2: Esquema de uma onda folicular e sua relação hormonal com FSH, LH e progesterona...10 FIGURA 3: Protocolo CIDR-B/ FIGURA 4: Protocolo CIDR-B/ FIGURA 5: Protocolo CIDR-B/ FIGURA 6: Protocolo CIDR-B/ TABELA-1. Taxa de prenhez das novilhas pré-púberes nos tratamentos CIDR-B/1 e CIDR-B/2 durante a 1ª e 2ª IA e acumulada (1ª e 2ª IA)...21 TABELA-2. Taxa de prenhez das novilhas púberes nos tratamentos CIDR-B/3 e CIDR-B/4 durante a 1ª e 2ª IA e acumulada (1ª e 2ª IA)...22 TABELA-3. Parâmetros reprodutivos, peso, idade e escore corporal (EC), e taxa de prenhez das novilhas nos quatro tratamentos...23 TABELA-4. Custo por prenhez em cada tratamento...24

11 ANEXO 1: Diagnóstico de gestação por ultrasonografia...36 ANEXO 2: Imagem ultrasonográfica de uma gestação aos 50 dias...37 ANEXO 3: Imagem ultrasonográfica de uma gestação aos 50 dias...38 ANEXO 4: Forma de utilização do CIDR-B...39 ANEXO 5: Artigo científico enviado a Revista Ciência Animal...40 ANEXO 5: Artigo científico enviado a Revista Ciência Rural...55

12 LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS BE: Benzoato de Estradiol CIDR-B : Controlled Intravaginal Drug Release E 2 : Estradiol ecg: Gonadotrofina Coriônica Eqüina FSH: Hormônio Folículo Estimulante EC: Escore Corporal GnRh: Hormônio Liberador de Gonadotrofinas h: Hora hcg: Gonadotrofina Coriônica Humana IA: Inseminação Artificial IATF: Inseminação Artificial em Tempo Fixo i.m.: Intra-muscular Kg: Quilograma Km: Quilômetros l: Litro LH: Hormônio Luteinizante MAP: Acetato de Medroxi-progesterona mg: Miligrama ml: Mililitros mm: Milímetros P 4 : Progesterona PB: Proteína Bruta PGF 2 α: Prostaglandina F 2 α RS: Rio Grande do Sul UI: Unidade Internacional μg: Micrograma ºC: Graus centígrados

13 SUMÁRIO Introdução...1 Revisão de Literatura Puberdade Dinâmica Folicular Terapia hormonal para sincronização de estro e da ovulação...10 Justificativa...14 Hipótese...15 Objetivos...16 Materiais e Métodos Localização do Experimento Animais Experimentais Delineamento Experimental Análise Estatística Análise Econômica...20 Resultados e Discussão...21 Conclusões...26 Referências Bibliográficas...27 Anexos...35

14 1. INTRODUÇÃO Atualmente, para se manter na atividade leiteira, os produtores têm que procurar obter uma maior eficiência reprodutiva e produtiva do seu rebanho. A maior quantidade de leite produzido por vaca e uma alta eficiência reprodutiva devem ser sempre metas para os produtores alcançarem alta produtividade e maior retorno econômico da atividade. A precocidade sexual de fêmeas bovinas, avaliada por meio da idade à puberdade ou idade ao primeiro parto, constitui-se um dos parâmetros mais confiáveis quando se deseja mensurar e elevar a eficiência reprodutiva do rebanho, pois expressa, em linhas gerais, o melhor índice para mensuração da fertilidade inerente a uma fêmea (MARSON et al., 2004). Responsável por 80% da produção nacional de leite no Brasil fica evidente a importância da raça Girolando para a pecuária leiteira nacional (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS CRIADORES DE GIROLANDO, 2006). No Nordeste, a Bahia e o Ceará são os maiores produtores de leite da região (770 e 350 milhões de litros/ano, respectivamente), mas este último ainda importa 300 mil litros/dia de estados como Alagoas, Pernambuco e Piauí (BRANDÃO, 1999). Vários são os fatores que podem influenciar no início da puberdade, entre eles: o genótipo, que pode afetar a aquisição de um peso ideal, bem como a idade em que a puberdade é manifestada. Quanto ao fator nutricional, SCHILLO et al. (1992) relataram que a puberdade está inversamente relacionada como o nível nutricional em que a novilha é submetida e o início da mesma ocorre quando as novilhas alcançam 40 a 50% do seu peso corporal adulto. Estima-se que para novilhas mestiças, Holandês-Zebu, o aparecimento da puberdade esteja entre os pesos 300 e 310kg e o peso vivo mais indicado para que o animal inicie a estação reprodutiva é de 330kg. (SOCIEDADE NACIONAL DA AGRICULTURA, 2006). Em média, novilhas mestiças Girolando (Gir vs Holandês) apresentam 32 meses de idade ao primeiro parto, ou seja, o início da puberdade ocorrendo por volta dos 24 meses de idade (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS CRIADORES DE GIROLANDO, 2006). No

15 estado do Ceará tem-se observado, na prática, que animais mestiços (Girolando) apresentam um atraso no aparecimento da puberdade, mesmo que estes possuam idade e peso corporal compatível com a entrada na puberdade. Vários tratamentos hormonais têm sido utilizados para antecipar a puberdade em novilhas (ANDERSON et al., 1996; VOGG et al., 2004; RASBY et al., 1998) e desta forma aumentar a eficiência reprodutiva destes animais pela redução da idade ao primeiro parto. Estes tratamentos baseiam-se na associação ou não de alguns hormônios como: hormônio liberador de gonadotrofina (GnRh), gonadotrofinas coriônicas (hcg e ecg), progestágenos e/ou progesterona, estrógenos e prostaglandinas. Portanto, a hormonioterapia quando bem aplicada nos rebanhos poderá contribuir para o aumento da eficiência reprodutiva, considerando sempre a relação custo-benefício favorável ao produtor.

16 1. Puberdade REVISÃO DE LITERATURA A puberdade na fêmea, consiste no momento da manifestação do primeiro estro, associado à uma ovulação potencialmente fértil, seguido pelo desenvolvimento do corpo lúteo e por uma fase luteal de duração normal (MORAN et al., 1989). Contudo, em novilhas, a maturidade sexual, fase em que o animal atinge a plena capacidade reprodutiva, é atingida pela ocorrência de três ciclos estrais consecutivos completos, em intervalos regulares acrescidos dos sinais externos de comportamento de estro (ROMANO, 1997). Vários são os fatores que podem influenciar o início da puberdade, dentre eles, pode-se mencionar a genética, o estado nutricional, o ambiente e o efeito touro (MARSON et al., 2004). O fator genético pode afetar diretamente o peso ideal, bem como a idade em que a puberdade é manifestada (MARSON et al., 2004). O momento da puberdade está estreitamente relacionado à condição alimentar sob a qual são mantidas as bezerras após o desmame, ou seja, ao desenvolvimento corporal, sendo mais precoce nos animais mantidos em melhores condições nutricionais (GRUNERT & GREGORY, 1984). ROMANO (1997) observou que novilhas da raça Nelore quando alimentadas com elevados níveis nutricionais apresentavam uma redução na idade à puberdade (aos 510 dias) quando comparado com novilhas que eram submetidas a uma dieta de baixos níveis nutricionais (aos 596 dias). A habilidade de um animal em manter elevada a freqüência do modelo pulsátil de liberação do hormônio luteinizante (LH) está relacionada ao seu estado metabólico, isto é, à sua reserva energética (SCHILLO, 1992). BERGFELD et al. (1994) demonstraram que novilhas alimentadas com uma dieta rica em energia atingem a puberdade mais cedo do que aquelas que foram alimentadas com dieta com pouca energia. Desta maneira a restrição nutricional prolongada retarda o inicio da puberdade e prejudica a atividade cíclica de novilhas púberes, por meio da supressão da liberação de LH em pulsos de elevada freqüência, necessários ao crescimento dos folículos ovarianos até o estágio pré-ovulatório (YELICH et al., 1996).

17 KING 1971 (apud GRUNERT E GREGORY, 1984), demonstrou também que a carência protéica, a qual produz hipofunção hipofisária, é capaz de retardar a puberdade, provocar anafrodisia e bloquear a função ovariana. Desta forma tem-se que a idade à puberdade é inversamente relacionada ao nível nutricional a que está submetida a novilha e, que o início da puberdade ocorre quando as novilhas alcançam 40 a 50% do seu peso corporal adulto (SCHILLO et al., 1992). Entretanto, SPIRE (1997), afirmou ser o peso ideal à puberdade, entre 60 e 65% do peso adulto. Assim, a obtenção de um peso crítico necessário ao acasalamento para as novilhas, é medida prioritária para o sucesso reprodutivo desta categoria (LOBATO, 1997). Em novilhas da raça Girolando estima-se que o aparecimento da puberdade esteja entre 300 e 310kg sendo o peso vivo mais indicado para a cobrição em torno de 330kg (SOCIEDADE NACIONAL DA AGRICULTURA, 2006). No que concerne à idade, estima-se que em média o aparecimento da puberdade em fêmeas bovinas da raça Holandesa (Bos Taurus) esteja 16 a 18 meses (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS CRIADORES DE BOVINOS DA RAÇA HOLANDESA, 2006), enquanto que, para novilhas da raça Gir (Bos Indicus) a puberdade ocorra entre os 21 e 31 meses de idade (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS CRIADORES DE GADO GIR LEITEIRO, 2006). Em média, novilhas mestiças Girolando (Gir vs Holandês) apresentam 32 meses de idade ao primeiro parto, ou seja, o início da puberdade ocorrendo por volta dos 24 meses de idade (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS CRIADORES DE GIROLANDO, 2006). Um outro fator que pode ter efeito positivo sobre o inicio da puberdade em novilhas é a bioestimulação ou o efeito-touro (QUADROS e LOBATO, 2004). Segundo PATTERSON et al. (1992) este efeito se traduz pelo estímulo sobre o eixo hipotalâmicohipofisário da fêmea, influenciando a secreção de gonadotrofinas com conseqüente manifestação da puberdade ou início da atividade cíclica. Entretanto, é necessário um período mínimo e efetivo de exposição das novilhas aos touros de dois a três meses, a fim de que ocorra efeito significativo sobre a puberdade (SPIRE, 1997). BERARDINELLI et al. (1978) e MACMILLAN et al. (1979) não encontraram diferença na idade à puberdade de novilhas expostas e não expostas ao touro, enquanto IZARD e VANDENBERGH (1982) evidenciaram efeito positivo no uso da urina de touro em tratamentos oronasais na antecipação da

18 puberdade de novilhas. Em novilhas Aberdeen Angus de dois anos de idade em Santa Vitória do Palmar - RS, ASSIS et al (1998) concluíram que o efeito touro aos 75 dias que antecediam o acasalamento antecipou a maturidade sexual. Entretanto, ROSA (1999), na mesma região, não observou efeito sobre a maturidade sexual, freqüência de estro e índice de prenhez de novilhas Angus e Hereford de 18 meses de idade, encontrando apenas melhora no índice de concepção ao primeiro serviço. Em outro estudo, QUADROS e LOBATO (2004), observaram que uma maior resposta ao efeito touro ocorreu em novilhas mais velhas e, portanto, mais próximas à puberdade, e que novilhas mais jovens, de menor desenvolvimento corporal, possivelmente ainda apresentavam bloqueio à completa atividade do eixo hipotálamohipófise-gonadal, que não pode ser superada pela bioestimulação neste período. Desta forma, observa-se que os dados sobre a influência do touro sobre a antecipação da puberdade em novilhas são inconsistentes (MARSON et al., 2004). No tocante aos fatores ambientais, como, mudanças sazonais no fotoperíodo, temperatura e umidade podem contribuir para variação sazonal na eficiência reprodutiva (HONARAMOOZ et al., 1999). Segundo HANSEN et al. (1983) o fotoperíodo influencia no início da puberdade em novilhas que nascem na primavera, com uma suplementação de luz durante os dias curtos, diminuindo a idade à puberdade. Os autores sugeriram que a variação no comprimento do dia é a principal mudança sazonal e que novilhas pré-púberes podem ser mais sensitivas do que vacas. HONARAMOOZ et al. (1999) demonstraram que o modelo de secreção de LH diferiu entre novilhas pré-púberes nascidas na primavera, daquelas nascidas no outono. As nascidas na primavera exibiam um precoce aumento na liberação de LH, enquanto nas que nasceram no outono à concentração média de LH diminui durante este período. Contudo, o mecanismo pelo qual o fotoperíodo afeta a secreção de LH em novilhas pré-púberes ainda não está completamente esclarecido. Alguns autores têm demonstrado que a maturação sexual de novilhas está relacionada com a temperatura ambiente. DALE et al., 1959 (apud HONARAMOOZ et al., 1999) trabalhando com bezerras das raças Brahman e Santa Gertrudis, observaram que as bezerras criadas a uma temperatura de 27 C tornaram-se púberes mais rápido do que as bezerras criadas a 10 C, porém estes mesmos autores não observaram o mesmo resultado para bezerras da raça Shorthorn.

19 Durante a fase pré-puberal não existe secreção pulsátil do hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRh) pelo hipotálamo (GARVERICK E SMITH, 1993). Segundo a teoria denominada hipótese gonadostática o eixo hipotalâmico-hipofisário-ovariano já está funcionalmente competente, bem cedo, na vida de uma fêmea e, atribui a ausência de secreção de GnRh durante a fase pré-púbere à ação do estradiol (E 2 ) o qual exerce feedback negativo sobre o eixo hipotalâmico-hipofisário (MARSON et al., 2004). Neste momento a liberação do LH não é freqüente, atingindo um ou dois pulsos a cada seis horas (RODRIGUES et al., 2002). Assim, a gradativa redução da sensibilidade do hipotálamo aos efeitos inibitórios do E 2, desencadeia um aumento na freqüência de liberação dos pulsos de LH (um a dois pulsos por hora), considerado o fator endócrino primário (MARSON et al., 2004), que resulta em estímulo para o crescimento folicular e maior produção de E 2, que por sua vez induz o estro e a liberação do pico pré-ovulatório de LH, promovendo a ovulação (RAWLINGS et al., 2003). Desta forma, a maturação hipotalâmica, necessária ao desencadeamento da puberdade, ocorrerá a partir da redução do feedback negativo exercido pelo E 2, o que é observado no final da fase pré-púbere por redução do número de receptores deste hormônio no hipotálamo e na adeno-hipófise, o que ocorre progressivamente com o avançar da idade (DAY et al., 1987). Alguns autores acreditam ser a progesterona (P 4 ) o fator que impede a ovulação e a manifestação da puberdade. ADAMS et al. (1994) demonstraram que durante a fase prépubere são baixas as concentrações de P 4. KINDER et al. (1987) relataram que devido à presença de quantidades variáveis de E 2 produzidos pelos folículos ovarianos, a ovulação ou luteinização poderá ocorrer, resultando em aumentos transitórios nas concentrações de P 4, geralmente não precedidas de comportamento de estro. Foi relatado a ocorrência de dois aumentos passageiros nas concentrações de P 4, de baixa magnitude e curta duração, durante o período peri-puberal (aproximadamente 50 dias antes da puberdade), sendo o segundo manifestado pouco antes da puberdade (GONZALEZ-PADILHA et al., 1975; BERARDINELLI et al., 1979). MARSON et al. (2001) ressaltaram que, embora seja provável a ação inibitória do E 2, torna-se necessário um estímulo prévio com a P 4 para que o estro púbere se manifeste por meio de sinais externos, e seja seguido de ovulação e função luteal competente. BERGFELD et al. (1994) finalmente acrescentaram que em conjunto, o E 2 e a P 4 provavelmente induzem mudanças significativas na morfologia uterina durante os estágios

20 finais da maturação sexual, capacitando as fêmeas à reprodução, por promover ambiente uterino mais adequado ao desenvolvimento do embrião. 2. Dinâmica folicular O processo de contínuo crescimento e regressão de folículos antrais que conduz para o desenvolvimento de um folículo pré-ovulatório é conhecido como dinâmica folicular. O processo de desenvolvimento dos folículos antrais ocorre em sistema de ondas foliculares (LUCY et al., 1992). Uma ou quatro ondas de crescimento e desenvolvimento folicular ocorrem durante um único ciclo estral em vacas, sendo o folículo pré-ovulatório derivado da última onda (LUCY et al., 1992). As ondas de crescimento folicular ocorrem em diversos estágios fisiológicos vividos por uma fêmea bovina, como durante todo um ciclo estral (BÓ et al., 1994), durante a prenhez (GINTHER et al., 1989) em novilhas pré-púberes (ROCHE E BOLAND, 1991) e no pós-parto (SAVIO et al., 1990). Vários trabalhos demonstraram que os bovinos podem apresentar de 2 a 4 ondas foliculares por ciclo estral (FIGUEIREDO et al., 1997; MURPHY et al., 1991; SAVIO et al., 1990). Muitos pesquisadores acreditam haver uma preponderância nos animais com ciclo de duas ondas (GINTHER et al., 1989) enquanto outros afirmam ser o ciclo com três ondas o mais predominante (BÓ et al., 1993; SAVIO et al., 1988; SIROIS E FORTUNE, 1988), enquanto outros têm demonstrado que há uma distribuição igual (ADAMS E PIERSON, 1995). Observa-se ainda que nos Bos Indicus alguns animais podem apresentar quatro ondas durante um ciclo estral (FIGUEIREDO et al., 1997). Durante a onda folicular, ocorrem fases distintas, que são: recrutamento, seleção e dominância (SIROIS E FORTUNE, 1990), resultando em um desenvolvimento cíclico de folículo ovulatório dominante e folículos não ovulatórios ao longo de todo o ciclo estral de bovinos (SUNDERLAND et al., 1994) (FIGURA 1). Recrutamento é o processo pelo qual um grupo de folículos inicia seu crescimento, através de um mínimo estímulo gonadodrófico, suficiente para permitir o progresso em direção à ovulação. Segundo WALTERS E SCHALLENBERGER (1984, apud LUCY et al., 1992), no início do ciclo estral um grupo de

21 folículos é recrutado de um pool de pequenos folículos antrais (2-4 mm). A associação entre a onda de FSH e a emergência de uma nova onda folicular tem sido confirmada independentemente do estágio do ciclo estral, tendo sido demonstrado em bezerras com 6 a 8 meses de idade, durante a prenhez e no período pós-parto. Alguns fatores controlam o aumento e a diminuição das concentrações de FSH circulante. Componentes do fluido folicular, que inclui a inibina, tem um efeito inibitório sobre o FSH e o crescimento folicular (GINTHER et al., 1996). Imediatamente depois do recrutamento, começa a fase de seleção em que um único folículo emerge do grupo de folículos recrutados e continua crescendo, enquanto outros folículos recrutados diminuem de tamanho. Dominância é a maneira pelo qual o folículo selecionado, ou folículo dominante, inibe o recrutamento de um novo grupo de folículos (LUCY et al., 1992). O folículo dominante é definido como o maior folículo ovariano (> 10 mm) que é recrutado e selecionado durante uma onda folicular. A atividade do folículo dominante é capaz de prevenir o recrutamento de outros folículos no ovário onde, através de um mecanismo de feedback negativo, em que, o estradiol e a inibina, produzida pelo folículo em crescimento, diminuem as concentrações de FSH circulante e desta forma impedem o aparecimento de nova onda de crescimento folicular. Com a queda dos níveis circulantes de FSH apenas os folículos que apresentam um maior número de receptores para LH conseguem evoluir, dentre eles está o folículo destinado a ser o folículo ovulatório que apresenta o maior número de receptores para LH do que todos os outros folículos (subordinados) e que consegue sobreviver sem FSH (BARUSELLI & MADUREIRA, 2000).

22 FIGURA 1: Esquema de três ondas foliculares no ciclo estral bovino. SAVIO et al., 1993, relataram que a alteração de folículos ovarianos durante o ciclo estral em vacas é regulada pela concentração de progesterona no plasma, agindo via feedback negativo na secreção de LH e que a baixa freqüência dos pulsos de LH característicos da fase luteal não é suficiente para manter o crescimento contínuo e o folículo dominante funcional. A atividade funcional do corpo lúteo é responsável pela duração do ciclo estral, sendo a luteólise o principal fator para que ocorra a ovulação. Se a luteólise ocorrer enquanto o folículo dominante da segunda onda continua funcional ele será o ovulatório (folículo dominante ovulatório - ciclo com duas ondas), entretanto se não ocorrer luteólise neste momento esse folículo sofrerá atresia (folículo dominante não ovulatório) e um terceiro folículo dominante passará a ser o folículo ovulatório (ciclo com três ondas) (KASTELIC et al., 1990). A partir da luteólise, ocorre uma diminuição nas concentrações circulantes de progesterona e com isso desfaz-se o feedback negativo com o LH, a partir de então começa a aumentar a freqüência dos pulsos de LH que estimula o desenvolvimento final do folículo dominante. Sob influência do aumento na freqüência de baixa amplitude de pulsos de LH, o folículo dominante inicia a fase de crescimento pré-ovulatório, resultando em subseqüente

23 aumento na produção de andrógenos e estrógenos. O aumento na produção de estradiol estimula o comportamento de cio e provoca uma onda de LH/FSH que é responsável pela ovulação (BARUSELLI E MADUREIRA, 2000). A figura 2 demonstra as fases de uma onda folicular e sua relação com o FSH, LH e progesterona. FIGURA 2: Esquema de uma onda folicular e sua relação hormonal com FSH, LH e progesterona. 3. Terapia hormonal para sincronização de estro e da ovulação A biotécnica de sincronização do estro consiste na utilização de substâncias hormonais com o objetivo de sincronizar e induzir o estro e a ovulação. Várias substâncias hormonais são utilizadas para induzir a puberdade em novilhas, sincronizar o estro em vacas e novilhas de corte e de leite e, desta forma, aumentar a eficiência reprodutiva destes animais (CASTILHO et al., 2000; BRAGANÇA et al., 2004; VOGG et al., 2004). Foi relatado que o crescimento folicular pode ser induzido com o emprego de diferentes hormônios tais como a progesterona, o estradiol e a combinação destes, e também com o GnRh e seus análogos (THATCHER et al., 2001).

24 A sincronização do estro é uma biotécnica reprodutiva que permite a concentração da inseminação artificial (IA) e da parição em épocas desejáveis dentro dos sistemas de produção (EVANS E MAXWELL, 1987). Programas que empregam a IA em tempo fixo (IATF), sem a necessidade de detecção do estro, auxiliam de forma direta no emprego desta biotecnologia (BARUSELLI E SENEDA, 2004) pela otimização do tempo, da mão-de-obra e dos recursos financeiros, permitindo que mais animais tornem-se prenhes com a IA. Os protocolos hormonais utilizados baseiam-se em agentes luteolíticos como a prostaglandina F 2 α e análogos sintéticos, que podem ou não ser associados a substâncias como a P 4 e os progestágenos que prolongam artificialmente o estado funcional do corpo lúteo. Os agentes luteolíticos também podem ser associados ao GnRh, gonadotrofinas coriônicas (hcg e ecg) e estrógenos os quais induzem a ovulação (FONSECA E MAFFILI, 2002). Embora sua eficácia seja influenciada pela idade, manejo, peso corporal e grau de desenvolvimento folicular antes do tratamento (BURFENING, 1979), alguns autores relatam que tratamentos com apenas progestágenos induzem a puberdade em novilhas (ANDERSON et al., 1996). Entretanto o mecanismo pelo qual a P 4 induz a puberdade ainda não está elucidado (ANDERSON et al.,1996). Utilizando um protocolo somente à base de progestágeno (Norgestomet) durante 10 dias, ANDERSON et al. (1996) induziram a puberdade em 86% das novilhas utilizadas. Estes autores concluíram que a P 4 poderia induzir a puberdade suprimindo os receptores para estradiol no hipotálamo, e que, com a retirada do estímulo progesterônico aceleraria a secreção de LH para nivelar a fase folicular conduzindo à ovulação puberal. Além disso, propuseram que a P 4 parece induzir a puberdade somente naquelas novilhas em que o feedback negativo com o E 2 tinha começado a declinar. A associação de progestágenos com o estrógeno, como o benzoato de estradiol (BE), tem sido alvo de inúmeros estudos nas últimas décadas, visando associar os possíveis benefícios fisiológicos do estrógeno ao seu baixo custo comercial (VOGG et al., 2004). O BE no início do tratamento com P 4 provoca atresia dos folículos dominantes presentes e a emergência de uma nova onda folicular (BRAGANÇA et al., 2004) aproximadamente 4,3 dias

25 da aplicação (BÓ et al., 1995). Segundo BRIDGES et al. (1999) esta associação é útil para elevar a taxa de cio e de prenhez em novilhas próximas à puberdade. Controlled Intravaginal Drug Release, CIDR-B, é um dispositivo intravaginal com progesterona, utilizado com outros hormônios para sincronizar o estro em fêmeas bovinas. Este produto foi desenvolvido na Nova Zelândia e vem sendo usado há vários anos para adiantar o primeiro estro na puberdade em novilhas e o primeiro estro pós-parto em vacas (LAMB, 2004). RASBY et. al. (1998), trabalhando com novilhas mestiças peri-púberes, demonstraram que um tratamento de curto período (sete dias) somente com P 4 (CIDR-B ) é capaz de induzir a puberdade. Entretanto, a combinação deste protocolo com uma injeção intra-muscular de BE (1 mg) no oitavo dia induziu o estro com o desenvolvimento de um corpo lúteo funcional em um maior número de animais. Além disso, esta combinação proporcionou uma sincronia no aparecimento dos sinais de estro, dentro de 2 a 4 dias após o fim do tratamento. BRAGANÇA et al. (2004) desenvolveram um protocolo hormonal que associa P 4 (MAP- acetato de medroxi-progesterona), BE, prostaglandina e GnRh. No dia zero, ou seja, dia em que as novilhas recebiam um dispositivo vaginal contendo 250 mg de MAP (Sincrobovi) e uma aplicação i.m. de 2,5 mg de BE. No dia 6, era administrado 104 μg de Cloprostenol sódico por via sub-mucosa vulvar. Após a retirada do Sincrobovi (dia sete) procedeu-se a observação de estro até 48 horas e, aquelas novilhas que apresentassem cio neste período eram inseminadas 12 horas após. Já as novilhas que não apresentassem cio durante o período de observação recebiam uma injeção intra-muscular de 100 μg de um análogo de GnRH sendo inseminadas em tempo fixo (IATF) 16 a 18 horas após, sem detecção de estro. Estes autores compararam este protocolo com um tratamento tradicional que associava apenas P 4 e BE, onde, no dia zero as novilhas recebiam um dispositivo vaginal, Sincrobovi, e uma aplicação i.m. de 5 mg de BE. No dia sete era realizada a retirada do implante e a observação de estro foi feita durante um período de 5 dias. As inseminações eram realizadas 12 horas após a manifestação de estro. Com a utilização do primeiro tratamento hormonal, obteve-se uma melhor sincronização do estro e da ovulação. Os índices de prenhezes foram 42,7% e 27,3% para o

26 primeiro e segundo tratamento hormonal, respectivamente. Quanto a taxa de concepção (novilhas prenhes/ novilhas inseminadas após detecção de estro) não houve diferença significativa entre os dois tratamentos, o desenvolvido e o tradicional, sendo de 54,5% e 54,8% respectivamente. Os autores concluíram que o protocolo desenvolvido permite inseminar as fêmeas em um programa de 60 horas o que facilita o manejo e otimiza a mão de obra disponível. Em um outro estudo, BÓ et al. (2000) observaram não haver diferenças nos índices de prenhezes entre os tratamentos com BE e GnRH para sincronização da ovulação em programas de IATF. Pela capacidade que o GnRH tem de provocar a ovulação ou regressão do folículo dominante resultando em uma nova onda de crescimento folicular dentro de 1 a 2 dias, alguns tratamentos hormonais o associam com PGF 2 α (PURSLEY et al., 1995), e/ou com progestágenos (MARTINEZ et al., 2000). PURSLEY et al. (1997) avaliaram a taxa de prenhez de novilhas após um tratamento hormonal que associava GnRH a PGF 2 α (Ovsynch). O tratamento consistiu em uma aplicação de 100 μg, via intra-muscular de GnRH no dia zero, ou seja, no início do tratamento, associado a uma injeção de 25 mg de PGF 2 α no dia sete, também por via intra-muscular, com uma segunda aplicação de GnRH (100 μg), horas após esta última. As novilhas foram inseminadas em tempo fixo (IATF) horas após a segunda aplicação de GnRH. Os autores encontraram uma taxa de prenhez de 35,1 %. Posteriormente MARTINEZ et al. (2000) relataram que os resultados do uso deste protocolo em novilhas apresentavam-se variáveis. Estes autores associaram o protocolo Ovsynch com um tratamento com progestágeno (CIDR-B ), onde as novilhas permaneciam com o CIDR- B durante sete dias e observaram uma melhora significativa na taxa de prenhez, em que o tratamento Ovsynch tradicional resultou em 39,1% e o Ovsynch + CIDR-B 68,0%. Os protocolos hormonais de sincronização de estro podem apresentar um impacto econômico na produção de bezerros e de leite, tendo em vista que estes tratamentos podem induzir a puberdade e aumentar a produção de bezerros durante a vida reprodutiva de uma vaca.

27 JUSTIFICATIVA O desempenho reprodutivo de novilhas consiste em um dos principais critérios a serem incluídos na avaliação da eficiência reprodutiva de um rebanho e no retorno financeiro do sistema produtivo. Quanto mais precoce a novilha atingir a puberdade e tiver a primeira cria, maior será sua produtividade ao longo de sua vida. No estado do Ceará, observa-se que, na prática, animais mestiços apresentam um atraso no aparecimento da puberdade mesmo estando em ótimas condições sanitária e corporal. Desta forma, faz-se necessário utilizar técnicas que venham antecipar a puberdade nestes animais, onde a hormonioterapia tem sido largamente utilizada, reduzindo conseqüentemente a idade ao primeiro parto de novilhas. Além disso, a sincronização do estro e da ovulação permite realizar um programa de inseminação artificial em tempo fixo (IATF) para acelerar o ganho genético e o retorno econômico da propriedade pela redução dos custos com manejo e mão-de-obra durante estação de cobertura.

28 HIPÓTESE A hormônioterapia controlada é uma ferramenta viável para a indução da puberdade, redução da idade ao primeiro parto e sincronização do estro e da ovulação em novilhas mestiças criadas nas condições de clima semiárido.

29 OBJETIVOS 1. Objetivo geral 1) Comparar a eficiência de quatro protocolos de indução e sincronização do estro e da ovulação em novilhas mestiças pré-púberes e púberes criadas no estado do Ceará. 2. Objetivos específicos 1) Identificar o momento do estro nas novilhas nos quatro tratamentos; 2) Avaliar a taxa de prenhez das novilhas submetidas a quatro diferentes protocolos hormonais com utilização do CIDR-B ; 3) Avaliar a relação custo/ benefício dos tratamentos; 4) Determinar um protocolo hormonal que melhor se adapte as novilhas pré-púberes e púberes nas nossas condições de clima e manejo.

30 MATERIAIS E MÉTODOS 1. Local de execução do experimento Este trabalho foi executado na fazenda Flor da Serra, situada na chapada do Apodi, município de Limoeiro do Norte, a 198 km de Fortaleza, estando entre as coordenadas geográficas 5º6 38 e 5º11 39 de latitude sul e a oeste entre os paralelos 37º52 21 e 37º56 05 de longitude. A temperatura anual da região varia de 22ºC a 36ºC. A propriedade possui um rebanho leiteiro de vacas mestiças sob manejo intensivo e semi-extensivo. 2. Animais Foram utilizadas 173 novilhas mestiças sem grau de sangue definido (Bos taurus vs Bos indicus) mantidas em piquetes de pastagem nativa e com algumas áreas de palhada de sorgo. Todos os piquetes apresentavam áreas de sombreamento natural e artificial, tendo os animais livre acesso à água e mistura mineral durante todo período experimental. Um exame ginecológico foi realizado em todos os animais para atestar a normalidade anatomofisiológica das fêmeas e classificá-las pela palpação retal em pré-púberes ou púberes, sendo a presença ou ausência do corpo lúteo o critério de classificação. Do total de animais utilizados, foram selecionadas 53 novilhas prépúberes com idade média de 29 meses, escore corporal médio igual a 3, apresentando um peso vivo médio de aproximadamente 313 kg. Estas novilhas apresentavam peso, idade, e escore corporal compatível com a fase puberal, entretanto, ainda não tinha sido observado sinais de estro nestes animais. As novilhas restantes foram classificadas como púberes apresentando em média 31 meses de idade, escore corporal 3,5 e um peso vivo de 336 kg.

31 A avaliação das novilhas quanto ao escore corporal foi realizada segundo classificação de WILDMAN (1982). 3. Descrição dos protocolos hormonais As 53 novilhas pré-púberes selecionadas foram distribuídas aleatoriamente nos grupos CIDR-B/1 (n=26) e CIDR-B/2 (n=27). No grupo CIDR-B/1 as novilhas foram tratadas com CIDR-B durante 9 dias com duas doses de benzoato de estradiol (BE) (Estrogin ) aplicadas via intramuscular (im), sendo a primeira (2 mg) administrada durante o implante do CIDR-B e a segunda dose, 1 mg, 24 horas após a remoção do CIDR-B. Além disso, 500 UI (unidades internacionais) (im) de gonadotrofina coriônica equina (ecg) (Folligon ) administrada na retirada do implante (FIGURA 3). DIA 0 CIDR-B h 2 mg BE 500 UI ecg 1 mg BE IATF FIGURA 3: Protocolo CIDR-B/1. No grupo CIDR-B/2 as novilhas eram tratadas igualmente as do CIDR-B/1, retirando-se apenas a segunda dose de BE e reduzindo a dose de 500 para 200 UI de ecg (FIGURA 4). DIA h CIDR-B 2 mg BE 200 UI ecg IATF FIGURA 4: Protocolo CIDR-B/2.

32 As novilhas púberes foram distribuídas aleatoriamente nos grupos CIDR-B/3 (n=50), CIDR-B/4 (n=70). As novilhas do grupo CIDR-B/3 foram tratadas com CIDR-B durante 9 dias, duas dose de benzoato de estradiol (BE) (Estrogin ) aplicadas via intramuscular (im), a primeira (2 mg) administrada durante o implante do CIDR-B e uma segunda dose (1 mg) 24 horas após a remoção do CIDR-B, uma dose de D-Cloprostenol Sódico im (0,15 mg) (Preloban ) aplicada na retirada do implante e 500 UI (unidades internacionais) (im) de gonadotrofina coriônica equina (ecg) (Folligon ) administrada na retirada do implante (FIGURA 5). DIA 0 2 mg BE CIDR-B 500 UI ecg 0,15 mg D-Cloprostenol 8 1 mg BE 9 54 h IATF FIGURA 5: Protocolo CIDR-B/3. As novilhas do grupo CIDR-B/4 receberam um tratamento semelhante do CIDR-B/3, retirando-se apenas a segunda dose de BE (FIGURA 6). DIA 0 2 mg BE CIDR-B 500 UI ecg 0,15 mg D-Cloprostenol 8 54 h IATF FIGURA 6: Protocolo CIDR-B/4. Após o final dos tratamentos, as novilhas foram observadas diariamente, das 06 horas da manhã às 18 horas da tarde, para identificação do estro. As novilhas foram

33 inseminadas em tempo fixo (IATF), 54 horas após a retirada do dispositivo intravaginal, sendo as mesmas realizadas por um único inseminador, utilizando sêmen de um único reprodutor. O diagnóstico de gestação foi realizado por ultra-sonografia 50 dias após IATF, utilizando um aparelho Aloka SSD 500 munido de uma sonda transretal de 5.0 MHz. 4. Análise estatística A comparação das taxas de prenhez foi realizada pelo teste de Qui- Quadrado, utilizando o programa estatístico SYSTAT, versão 70 - USA. Os resultados foram considerados estatisticamente significativos quando P<0, Análise econômica: Para avaliar a viabilidade econômica do emprego de cada protocolo hormonal foi estimado o custo de uma prenhez para cada protocolo por meio de uma análise econômica, que consistiu da avaliação dos custos dos tratamentos (Ct), custo da dose de sêmen (Cds), número de fêmeas tratadas em cada protocolo (N), número de IA s (Nia) e número de fêmeas prenhes ao diagnóstico de gestação (Np). Procedeu-se o cálculo conforme a seguinte fórmula: [(Ct x N) + (Cds x Nia)] / Np Para ser avaliado o benefício dos tratamentos, foi levado em consideração o valor do litro de leite e a produtividade do rebanho.

34 RESULTADOS E DISCUSSÃO A tabela 1 mostra a distribuição dos animais com relação à idade, peso e escore corporal nos quatro tratamentos. Pode-se observar que, com relação à idade, as novilhas apresentaram um retardo à puberdade, mesmo apresentando peso e condição corporal satisfatórios para o início da mesma. TABELA-1. Idade, peso e escore corporal (EC) das novilhas nos quatro tratamentos testados. Tratamento N Idade (meses) Peso (kg) EC (1-5) CIDR-B/ CIDR-B/ CIDR-B/ ,5 CIDR-B/ ,5 N: número de animais tratados Todas as novilhas utilizadas nos quatro tratamentos apresentaram sinais de estro e aproximadamente 90 % dos animais demonstraram estro 42 horas após a remoção do implante. Como todas as novilhas foram inseminadas 54 horas após a remoção dos implantes, a inseminação artificial foi então realizada 12 horas após a demonstração de cio, estando de acordo com o método prático de alcançar o melhor período para IA, como sugerido por TRIMBERGER (1948 apud MIES FILHO, 1982). Para a segunda IA, em todos os tratamentos, tanto para o grupo de novilhas prépúberes quanto para o grupo de novilhas púberes, foram consideradas apenas os animais que foram re-inseminados num intervalo de no máximo 60 dias. Vale salientar que os animais que foram re-inseminados (2ª IA) não foram re-sincronizados.

35 Na tabela 2, pode-se observar que as novilhas do grupo CIDR-B/1 obtiveram uma taxa de prenhez numericamente inferior, tanto na primeira quanto na segunda IA, além da taxa de prenhez acumulada, comparado com as novilhas do grupo CIDR-B/2. TABELA-2. Taxas de prenhez parcial (1ª e 2ª inseminações) e acumulada (1ª + 2ª IA) de novilhas pré-púberes nos tratamentos CIDR-B/1 e CIDR-B/2. Tratamento N N2 Taxa de Prenhez na 1ª IA n (%) Taxa de Prenhez na 2ª IA n (%) Taxa de prenhez na 1ª e 2ª IA n (%) CIDR-B/ (23) a 3 (33) a 9 (35) a CIDR-B/ (41) a 3 (50) a 14 (52) a N: número de animais tratados N2: número de animas que foram pra 2ª IA P<0,05 Possivelmente, o menor resultado encontrado para as novilhas do tratamento CIDR-B/1 seja devido a segunda dose (1 mg) de BE utilizado. VOOG et al. (2004) definiram que a dose de 0,5 mg de benzoato de estradiol aplicado 24 horas após a remoção dos implantes intravaginas deve ser a dose máxima para novilhas, que, respondem sem afetar a fertilização do oócito cujo folículo está prestes a ovular. Pôde-se observar, ainda neste experimento, que apesar de não terem recebido a segunda dose de BE, as novilhas que foram submetidas ao tratamento CIDR-B/2 apresentaram sinais de estro no mesmo momento das que receberam a segunda dose de BE e ainda apresentaram uma melhor taxa de prenhez do que o tratamento CIDR-B/1. MARTINEZ et al. (1999) não encontraram diferença significativa entre protocolos com ou sem a utilização de BE 24 horas após a retirada do CIDR-B, semelhante ao resultado encontrado neste experimento. Mesmo com a redução da dose de ecg de 500 para 200 UI o grupo CIDR-B/2 obteve melhor taxa de prenhez que o grupo CIDR-B/1. Isso demonstra que a retirada da segunda dose de BE e a redução da dose de ecg é viável reduzindo o custo do tratamento com novilhas pré-púberes.

36 COSTA (2006), utilizando o CIDR associado a 500 UI de ecg em novilhas prépúberes obteve uma taxa de prenhez total de 83%, sendo superior à encontrada neste experimento (52%). Essa diferença pode ser devido ao grau de sangue definido das novilhas utilizadas por COSTA, Girolando (3/8 Holandês + 5/8 Gir), e uma melhor dieta alimentar, onde além das novilhas serem mantidas a pasto era fornecido 2 Kg de concentrado (20 % PB) por animal/dia. Com base na dinâmica folicular bovina, novilhas pré-púberes não apresentam corpo lúteo e desta forma a concentração de progesterona sanguínea não ultrapassa 1ng/ml (ANDERSON et al. 1996). Entretanto, HANARAMOOZ et al. (2004) demonstraram que algumas novilhas apresentavam, semanas antes da primeira ovulação, folículos luteinizados e que, a concentração plasmática de progesterona destes animais não ultrapassava 0,6 ng/ml, sendo portanto necessária a utilização de prostaglandina. Neste experimento, todas as novilhas foram selecionadas por palpação retal, o que impossibilita a verificação de tais estruturas luteinizadas as quais são bem visualizadas por ultra-sonografia, recurso este não disponível neste experimento. Porém, todas as novilhas apresentaram estro em ambos os tratamentos que não tinham prostaglandinas (CIDR1 e CIDR2) o que mostra o resultado de uma boa avaliação ovariana por palpação retal em novilhas pré-púberes. Portanto, para novilhas pré-púberes como as deste experimento, não se justifica a adição de prostaglandinas ao protocolo. Para novilhas púberes observa-se que não houve diferença significativa (P<0,05) quanto à taxa de prenhez entre os tratamentos CIDR-B/3 e CIDR-B/4, tanto na 1ª quanto na 2ª IA, bem como na taxa de prenhez acumulada (1ª e 2ª IA). TABELA-3. Taxas de prenhez parcial de novilhas púberes (1ª e 2ª IA) e total (1ª + 2ª IA) nos tratamentos CIDR-B/3 e CIDR-B/4. Tratamento N N2 Taxa de Prenhez Taxa de Prenhez Taxa de prenhez na na 1ª IA n (%) na 2ª IA n (%) 1ª e 2ª IA n (%) CIDR-B/ (46) a 11 (65) a 34 (68) a CIDR-B/ (44) a 15 (55) a 46 (66) a N: número de animais tratados N2: número de animas que foram pra 2ª IA P<0,05

37 MARTINEZ et al.,2002, utilizando um protocolo a base de CIDR-B, GnRh, prostaglandina e BE em novilhas púberes, selecionadas por ultrassonografia transretal, obtiveram uma taxa de prenhez de 78,8 % superior a encontrada neste experimento (CIDR- B/3-68% e CIDR-B/4 66%). Vale salientar que no experimento de MARTINEZ et al. as novilhas eram mantidas em lotes com suplementação alimentar enquanto que as novilhas utilizadas neste experimento eram mantidas somente a pasto. AMBROSE et al., 2005, obtiveram uma taxa de prenhez de 66,1% em novilhas púberes utilizando um protocolo hormonal com CIDR-B e Cipionato de Estradiol, resultado semelhante ao encontrado neste experimento. Entretanto, LUCY et al. (2001) utilizando novilhas de corte púberes obtiveram uma taxa de prenhez de 49%, semelhante ao encontrado neste experimento na 1ª inseminação, porém inferior a taxa de prenhez acumulada (1ª e 2ª IA) neste trabalho. Para análise econômica dos tratamentos utilizados foram considerados os valores de mercado para todos os produtos utilizados no experimento, sendo CIDR-B, pacote contendo 10 implantes, R$ 335 reais, com a possibilidade de reutilização de cada implante por até três vezes, Folligon, frasco com 25 ml, R$ 126,00 reais, Estrogin, ampola com 5 ml, R$ 3,50 reais, Preloban, frasco com 10 ml, R$ 45,00 reais, e ainda, considerando o valor de uma dose de sêmen em R$ 10 reais. O custo por prenhez para cada tratamento é mostrado na tabela 4: TABELA-4. Custo por prenhez em cada tratamento. Tratamento Número de prenhez Custo por prenhez em reais (R$) CIDR-B/ ,40 CIDR-B/ ,50 CIDR-B/ ,00 CIDR-B/ ,00

38 Observa-se que o tratamento CIDR-B/2 e CIDR-B/3 apresentaram menor custo por prenhez pra categoria de novilhas pré-púberes e púberes respectivamente. Apesar de COSTA (2006), ter encontrado uma taxa de prenhez superior a deste experimento (83% x 52%) em novilhas pré-púberes, seu custo por prenhez foi maior, causado pela maior utilização de substâncias hormonais. Considerando o valor atualmente praticado no mercado de R$ 0,52 por litro de leite e uma produção média de 15 litros de leite/vaca/dia, tem-se um rendimento diário (R$ 0,52 x 15l) de 7,80 reais por vaca. Utilizando a fórmula descrita abaixo pode-se determinar em quantos dias de lactação serão necessários para pagar os custos dos tratamentos: DL = CUSTO DO TRATAMENTO RENDIMENTO DIÁRIO (R$) Assim: CIDR-B/1 = 170,40 / 7,80 = 21,84 22 dias CIDR-B/2 = 57,50 / 7,80 = 7,37 8 dias CIDR-B/3 = 71,00 / 7,80 = 9,10 10 dias CIDR-B/4 = 73,00 / 7,80 =9,35 10 dias Assim, foram necessários aproximadamente 8 dias de lactação para cobrir os custos dos tratamentos CIDR-B/2 e aproximadamente 10 dias para cobrir os custos dos tratamentos CIDR-B/3 e CIDR-B/4.

39 CONCLUSÃO Com base nos resultados obtidos pode-se concluir que para novilhas pré-púberes o tratamento CIDR-B/2 (sem a segunda dose de Benzoato de Estradiol e com redução da dose de ecg) apresenta resultados satisfatórios, com uma melhor relação custo/ benefício favorável ao produtor. Para novilhas púberes os tratamentos CIDR-B/3 e CIDR-B/4 apresentam desempenho semelhante com resultados satisfatórios para o produtor. Porém, a retirada do BE necessita ainda de estudos adicionais para melhor confirmar sua utilização neste protocolo.

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