O TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL
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- Camila Bardini Covalski
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1 O TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL Osmair Chamma Junior 1 2 Professor do Curso de Direito da UNAERP Pesquisador do Grupo de Estudos UNAERP Regimes e Modelos Jurídicos, Econômicos, Ambientais e Internacionais nas Pessoas Jurídicas de Direito Privado UNAERP - Universidade de Ribeirão Preto - Campus Guarujá chammajunior@gmail.com Karla Andreia Berni Simionato 3 Professora do Curso de Direito da UNAERP e da UNISANTOS UNAERP - Universidade de Ribeirão Preto - Campus Guarujá karla.freitas@unisantos.br RESUMO: O presente trabalho faz uma abordagem histórica do Tribunal Penal Internacional, iniciando-se pelos Tribunais Penais Militares de Nuremberg e Tóquio, bem como analisa os Tribunais Internacionais para a ex-iugoslávia e para Ruanda e, ainda, o Tribunal Especial para Serra Leoa. Examina o Estatuto de Roma buscando demonstrar que o adotado princípio da complementaridade, não impede a eficácia da atuação do Tribunal Penal Internacional, desde que respeitada pelos Estados- Partes a regra de entrega do indivíduo à Corte Internacional. Por fim, faz uma análise de compatibilidade das regras trazidas no Estatuto de Roma com a Constituição Federal brasileira, em especial a possibilidade da pena de prisão perpétua e da entrega de nacional. PALAVRA-CHAVE: Tribunal Penal Internacional; Estatuto de Roma; Princípio da Complementaridade; Entrega. 1. Introdução. O presente artigo traz aos estudiosos do direito uma análise da evolução histórica do Tribunal Penal Internacional, iniciando-se pelo Tratado de Paz de Versalhes, assinado após a 1º guerra mundial, e em seguida examina os Tribunais Penais Militares de Nuremberg e de Tóquio, nascedouro do Tribunal Penal Internacional. 1 Mestre em Direito pela FADISP. Especialista em Direito pela Universidade Federal de Goiás. Graduado em Direito pela Instituição Toledo de Ensino de Bauru. Promotor de Justiça do Estado de São Paulo. Professor da UNAERP - Campus Guarujá. 2 Este trabalho é fruto de pesquisa gerada pelo Grupo de Pesquisa Regimes e Modelos Jurídicos, Econômicos, Ambientais e Internacionais nas Pessoas Jurídicas de Direito Privado do curso de Direito na UNAERP Campus Guarujá. 3 Mestre em Gestão de Negócios pela Universidade Católica de Santos (2006). Gaduada em Ciências Econômicas pela Universidade Católica de Santos (1991). Graduada em Ciências Jurídicas pela Universidade de Ribeirão Preto (2005). Diretora da Vara da Fazenda Pública de São Vicente. Professora titular da Universidade Católica de Santos e UNAERP. Coordenadora do Curso de Ciências Econômicas da Universidade Católica de Santos.
2 Analisa, também, o Tribunal Penal Internacional para a ex-iugoslávia e o Tribunal Penal Internacional para Ruanda, bem como o Tribunal Especial de Serra Leoa, para somente apenas examinar o Estatuto de Roma, assim denominado o Tribunal Penal Internacional permanente. O Estatuto de Roma foi analisado sob o enfoque constitucional, em face dos princípios da complementaridade e da reserva legal, bem como de outras duas questões relevantes, quais sejam, a possibilidade de prisão perpétua e a entrega de pessoa nacional à Corte Internacional, visando demonstrar a compatibilidade entre o Estatuto de Roma e a Constituição Brasileira. Outro enfoque dado ao Estatuto de Roma foi o penal, com a menção dos crimes previstos e a observância do citado princípio da reserva legal. 2. Metodologia e objetivos Será trabalhado por uma perspectiva doutrinária-legal, portanto de natureza bibliográfica, com nuances empíricos extraídos a partir de análise de casos particulares noticiados em meios de comunicação. O método será o dedutivosubjetivo, já que se passa por uma abordagem inicialmente conceitual para constatação de problemáticas particulares. O objetivo deste estudo é analisar as particularidades envolvendo o Tribunal Penal Internacional à luz de alguns casos e sob o escrutínio dos princípios de direito. 3. Antecedentes Históricos do Tribunal Penal Internacional. Após uma guerra surge para o vencedor a necessidade de justiça pelos crimes praticados pelo inimigo. A opinião pública exige a condenação dos responsáveis pelo sofrimento, destruições, humilhações e atrocidades causadas por uma guerra. Entretanto, a punição exigida deve ocorrer pelos meios legais, o que exige a criação de uma corte penal internacional. O embrião do Tribunal Penal Internacional permanente foi o Tratado de Paz de Versalhes, assinado após a 1ª guerra mundial, pelas potências aliadas e pela Alemanha em 28 de junho de O artigo 227 do Tratado de Paz de Versalhes criava um Tribunal Especial para julgar o ex-imperador Alemão: As potências aliadas e associadas acusam Guilherme II de Hohenzollern, ex-imperador da Alemanha, por ofensa suprema contra a moral internacional e a autoridade sagrada dos tratados. Um tribunal especial formado para julgar o acusado, assegurando-lhe garantias essenciais do direito de defesa. Ele será composto por cinco juízes, nomeados por cada uma das potências, a saber: Estados Unidos da América, Grã-Bretanha, França, Itália e Japão.
3 O Tribunal julgará com motivos inspirados nos princípios mais elevados da política entre as nações, com a preocupação de assegurar o respeito das obrigações solenes e dos engajamentos internacionais, assim como da moral internacional. Caberá a ele determinar a pena que estimar que deve ser aplicada. As potências aliadas e associadas encaminharão ao governo dos Países Baixos uma petição solicitando a entrega do antigo imperador em suas mãos para que seja julgado (BAZELAIRE; CRETIN, 2004, pág. 15). Entretanto, os países baixos, onde se refugiou o Kaiser alemão, se recusam a entregá-lo, o que ocasionou a não aplicação do artigo 227 do Tratado de Paz de Versalhes, bem como a não punição de milhares de pessoas suspeitas de crime de guerra. Mas mesmo assim, o Tratado de Paz de Versalhes despertou o mundo jurídico para a necessidade de criação de uma Corte Penal Internacional. A segunda fase de desenvolvimento do Tribunal Penal Internacional decorreu com a segunda guerra mundial, ocasionando a criação dos Tribunais Militares Internacionais de Nuremberg e de Tóquio. Com a nova guerra, ocorreram novas destruições, humilhações e atrocidades, particularmente o genocídio dos judeus e a brutalidade da agressão japonesa ao povo chinês. Em 08 de agosto de 1945 surge o Estatuto do Tribunal Militar Internacional de Nuremberg 4 criado pelos Estados Unidos da América, União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, Grã-Bretanha e França. Algumas regras do Estatuto do TMI de Nuremberg: 1 Composto por quatro membros, sendo que cada um dos quatro países acima mencionados envia um titular e um suplente (artigo 2º). 2 A presidência do Tribunal é sucessiva entre os quatro países (rodízio por cada membro do Tribunal para os processos sucessivos) e, em caso de empate, o voto do presidente prevalecerá (artigo 4º). 3 A competência do Tribunal para julgar os crimes contra a paz, os crimes de guerra e os crimes contra a humanidade (artigo 6º): a) Crimes contra a paz5 planejar, preparar, incitar ou contribuir para a guerra de agressão, ou para a guerra em violação aos tratados internacionais, ou participar de um plano comum ou conspiração para a consecução de quaisquer atos de guerra. 4 Artigo 22: a sede permanente do Tribunal será em Berlim, entretanto Nuremberg será o local dos processos, ou outro escolhido pelo Tribunal. 5 No Estatuto de Roma é denominado como crime de agressão.
4 b) Crimes de guerra violação ao direito e aos costumes de guerra, tais como assassinato, tratamento cruel, deportação de populações civis que estejam ou não em territórios ocupados, para trabalho escravo ou forçado ou para qualquer outro propósito, maus tratos ou assassinato cruel de prisioneiros de guerra ou de pessoas em alto-mar, assassinato de reféns, pilhagem de propriedades públicas ou privadas, destruição arbitrária de cidades, vilas ou lugarejos, ou devastação injustificada por ordem militar. c) Crimes contra a humanidade assassinato, extermínio, escravidão, deportação ou outro ato desumano contra qualquer membro da população civil, antes ou durante a guerra, ou perseguições baseadas em critérios raciais, políticos e religiosos, na execução ou em conexão com qualquer crime de competência do Tribunal, independentemente se, em violação ou não do direito doméstico do país em que foi perpetrado. 4 A acusação será feita pelo Ministério Público que será composto por quatro membros indicados por cada um dos signatários (artigo 15). 5 O devido processo legal, o contraditório e a ampla defesa são garantidos aos acusados, que podem fazer sua própria defesa ou serem assistidos por advogado (artigo 16 e 24). 6 O Tribunal poderá impor a pena de morte ou qualquer outra punição que considere justa (artigo 27). 7 O tribunal poder reconhecer, em caso de condenação de um membro de um grupo ou organização, que a sua organização era criminosa (artigo 9º). 8 Aplicação do princípio da primazia que significa que a justiça internacional prevalece em relação à justiça nacional (artigo 9º). Bazelaire e Cretin relatam sobre o primeiro julgamento do Tribunal de Nuremberg: A audiência de estréia do tribunal, presidida pelo juiz soviético Iola T. Nikitchencko, ao longo do qual foi interposto o ato de acusação contra os 24 primeiros criminosos nazistas e as seis organizações criminosas, ocorreu em 18 de outubro de 1945 no prédio da Corte Suprema de Berlim (sede do Conselho de Controle Aliado). O processo dos 24 responsáveis nazistas e das seis organizações dura de 20 de novembro de 1945 a 1º de outubro de 1946, sob a presidência do juiz britânico Geoffrey Lawrence. Em 218 dias de audiência, o tribunal ouve aproximadamente 360 testemunhas, toma conhecimento de cerca de 200 mil atestados escritos sob juramento (affidavits), seja diretamente diante da formação colegiada, seja por intermédio de juízes delegados especialmente incumbidos. Os acusados, seguidos dos chefes de conjuração contra a paz mundial, de guerra de agressão, de infração às leis e aos costumes da guerra e, enfim, de crimes contra a humanidade, escolhem todos se declaram inocentes. Os veredictos dados são doze condenações à morte, nove á prisão perpétua ou temporária, e três absolvições. (...)
5 Os veredictos são dados em 30 de setembro e 1º de outubro de Em 16 de outubro, os condenados à morte são enforcados no ginásio da prisão de Nuremberg. Seus corpos são em seguida incinerados em crematório de Munique e suas cinzas jogadas em um afluente do rio Isar. A partir de 18 de julho de 1947, os condenados à prisão são transferidos para a prisão dos Aliados em Berlim-spandau reservada aos criminosos de guerra (BAZELAIRE; CRETIN, 2004, pág. 24). Em 19 de janeiro de 1946 foi aprovada a Carta do Tribunal Militar Internacional para o Extremo Oriente, com sede permanente em Tóquio. Os membros do Tribunal são provenientes de 11 nações aliadas: Austrália, Canadá, China, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, índia, Países Baixos, Nova Zelândia, Filipinas e União Soviética. Algumas regras da Carta do TMI do Extremo Orientem: 1 Composto de seis membros no mínimo e onze no máximo (artigo 2º). 2 O quorum para a reunião do Tribunal é de no mínimo seis juízes e, no caso de empate, o voto do presidente será decisivo (artigo 4º). 3 A competência do Tribunal para julgar os crimes contra a paz, os crimes contra as convenções da guerra e os crimes contra a humanidade (artigo 5º): a) Crimes contra a Paz 6 o fato de ter planejado, preparado, desencadeado ou dado continuidade a uma guerra de agressão, declarada ou não, ou a uma guerra violando o direito internacional, os tratados, acordos ou garantias, ou de ter participado em um plano comum ou em um complô visando a cometer um dos atos evocados. b) Crimes contra as Convenções da Guerra as violações das leis e costumes de guerra. c) Crimes contra a Humanidade assassinato, extermínio, escravização, deportação ou outro ato desumano cometido contra qualquer membro da população civil, antes ou durante a guerra, ou perseguições por motivos políticos ou raciais, na execução ou na relação com qualquer crime que recaia na jurisdição do Tribunal, esteja ou não violando a legislação interna do país onde foi perpetrado o crime. Os chefes, os organizadores, provocadores e cúmplices ou em um complô para cometer qualquer um dos crimes enunciados são responsáveis por todos os atos realizados por qualquer pessoa na execução desse plano. 4 A acusação será feita pelo Chefe do Conselho, sendo que cada uma das nações que estava em guerra com o Japão pode nomear um membro do Conselho para auxiliar o Chefe do Conselho (artigo 8º). 5 O devido processo legal, o contraditório e a ampla defesa são garantidos aos acusados, que devem ser assistidos por advogado (artigo 9º a 15). 6 O Tribunal poderá impor a pena de morte ou qualquer outra pena que considere justa (artigo 16). 6 No Estatuto de Roma é denominado como crime de agressão.
6 7 Aplicação do princípio da primazia que significa que a justiça internacional prevalece em relação à justiça nacional (artigo 8º). No tocante ao julgamento do TMI do Extremo Oriente esclarecem Bazelaire e Cretin: Cerca de seis meses após a abertura dos processos de Nuremberg, ou seja, em 3 de maio de 1946, o TMI para o Extremo Oriente com sede em Tóquio começa o processo de apenas 28 criminosos de guerra japoneses que são julgados de um total de oitenta detidos na época. (...) Dos 28 criminosos de guerra acusados e julgados, dois morrem por causas naturais durante o processo: Yosuke Matsuoka (1946) e Osami Nagano (1947). Um terceiro, Shumei Okawa, é hospitalizado por um problema mental sério desde os primeiros dias do processo. Ele é posto em liberdade em Os outros 25 são condenados, o tribunal não tendo pronunciado nenhuma absolvição (BAZELAIRE; CRETIN, 2004, pág. 27,31). Dos 25 condenados, 07 foram condenados à pena de morte por enforcamento (apenas um dos condenados era civil Barão de Koki Hirota), 16 foram condenados à pena de prisão perpétua (alguns foram liberados em 1955, em razão do contexto político internacional da época guerra civil chinesa e guerra fria) e 03 foram condenados à pena de prisão. O TMI do Extremo Oriente foi criticado por não ter julgado o imperador Hirohito, por ter libertado vários prisioneiros de guerra sem julgamento e por não ter condenado nenhum médico da unidade 731, situada em Pingfan no subúrbio da cidade chinesa de Harbin (experiências médicas feitas com prisioneiros chineses, russos e americanos). 4. A Criação do Tribunal Penal Internacional. A resolução 260, de 09 de dezembro de 1948, da Assembléia Geral das Nações unidas, que menciona em seu artigo 6º uma Corte Criminal Internacional, somente se torna realidade 50 anos depois com o Estatuto de Roma, de 1998, embora anteriormente, tenham sido criados os TPI da ex-iugoslávia (1993) e o TPI de Ruanda (1994). A demora na criação de uma justiça penal internacional foi conseqüência da guerra fria e, somente após a queda do muro de Berlim é que foi possível a sua criação. Após a vigência do Estatuto de Roma, de 1998, foi criado o Tribunal Especial para Serra Leoa (2002).
7 3.1. Tribunal Penal Internacional para a ex-iugoslávia. O TPII Tribunal Penal Internacional para a ex-iugoslávia 7 foi criado pela Resolução 827 do Conselho de Segurança, de 25 de maio de A instalação do TPII foi necessária diante da conduta do governo Sérvio no território da ex-iugoslávia ao realizar massacres, expulsões e deslocamento de população visando uma limpeza étnica, primeiro na Croácia e depois na Bósnio- Herzegovina. Em 1991, o governo Sérvio destrói a cidade de Vukovar, na Croácia, bem como parte de sua população. Posteriormente, em 1992 o governo Sérvio faz um cerco a Sarajevo, capital e maior cidade da Bósnia-Herzegovia, que dura em torno de três anos e meio. Em meados do ano de 1995, novo massacre, agora na cidade de Srebrenica, na Bósnia-Herzegovina. Diante das constantes violações aos direitos humanos pelo governo Sérvio, o Conselho de Segurança das Nações Unidas estabelece o Tribunal Penal Internacional para a ex-iugoslávia. Entretanto, a credibilidade do TPII não foi imediata, ela apenas ocorreu durante a guerra de Kosovo 1998/1999 (região do território Sérvio, cuja grande maioria da população era de origem albanesa), quando da incriminação do governante Sérvio Slobodan Milosevic em plena guerra. O TPII foi implantado em Haia, na Holanda (artigo 31), para julgar os responsáveis pelas violações ao direito internacional humanitário, ocorridos no território da ex-iugoslávia, a partir de 1991 (artigo 1º). Algumas regras do TPII: 1 - O TPII é composto de duas Câmaras de 1ª Instância e uma Câmara de Recurso, sendo que cada Câmara de 1ª Instância é composta por 03 juízes e a Câmara de Recursos é composta por 05 juízes. Os juízes são originários de Estados diferentes e eleitos pela Assembléia Geral das Nações Unidas (artigos 11 a 13). 2 - A Tribunal é competente para julgar: a) Violações Graves às Convenções de Genebra de (artigo 2º). 7 A antiga república socialista da Iugoslávia era formada pelos territórios da Sérvia, Montenegro, Eslovênia, Croácia, Macedônia e Bósnia-Herzegovina, sendo que no ano de 1991 ocorreu a separação das quatro últimas repúblicas. 8 São quatro convenções: a) convenção para a melhoria do destino dos feridos e doentes nas Forças Armadas no campo; b) Convenção para a melhoria da sorte dos feridos, doentes e náufragos das Forças Armadas no mar; c) Convenção relativa ao tratamento dos prisioneiros de guerra; e d) Convenção relativa à proteção dos civis em tempo de guerra. As convenções são complementadas por dois protocolos adicionais: a) Primeiro Protocolo Adicional - relativo à proteção das vítimas dos conflitos armados internacionais e b) Segundo Protocolo Adicional relativo à proteção das vítimas dos conflitos armados não-interrnacionais.
8 b) Violações das Leis ou dos Costumes de Guerra (artigo 3º). c) Genocídio (artigo 4º). d) Crimes contra a Humanidade (artigo 5º). 4 A acusação será feita pelo Procurador, que é um órgão distinto e independente do Tribunal. A nomeação do Procurador será feita pelo Conselho de Segurança (artigo 16). 5 O devido processo, o contraditório e a ampla defesa são garantidos aos acusados, inclusive do direito de defesa técnica (artigo 21). 6 O TPII poderá impor pena de prisão (artigo 24), além de ordenar a restituição de bens e recursos adquiridos por meios ilícitos. 7 As línguas de trabalho do Tribunal Internacional serão o inglês e o francês (artigo 33) Tribunal Penal Internacional para Ruanda. O TPIR Tribunal Penal Internacional para Ruanda foi criado pela Resolução 955 do Conselho de Segurança, de 08 de novembro de Ruanda é um país na áfrica dividido por duas etnias, os Hutus e os Tutsis. Em 06 de abril de 1994 o avião que transportava o Presidente de Ruanda, Juvénal Habyarimana, de origem Hutu, foi abatido. O crime foi imputado pela milícia Hutu e pela guarda presidencial aos Tutsis e aos Hutus oposicionistas (Hutus moderados). Em decorrência, Ruanda conheceu, entre abril e julho de 1994, um genocídio cujo número de mortos chegou a quase um milhão. Diante do relatório dos especialistas da Comissão de Direitos Humanos da ONU afirmando o caráter programado e sistemático do genocídio, o Conselho de Segurança das Nações Unidas estabelece o Tribunal Penal Internacional de Ruanda. O TPIR foi implantado em Arusha, na Tanzânia (artigo 31), para julgar os responsáveis por violações graves de direito internacional humanitário, ocorridas em Ruanda e nos países vizinhos, no período de 1º janeiro e 31 de dezembro de 1994 (artigo 1º). Algumas regras do TPIR: 1 - O TPIR é composto de duas Câmaras de 1ª Instância e uma Câmara de Recurso, sendo que cada Câmara de 1ª Instância é composta por 03 juízes e a Câmara de Recursos é composta por 05 juízes. Os juízes são originários de Estados diferentes e eleitos pela Assembléia Geral das Nações Unidas (artigos 10 a 12). 2 - A Tribunal é competente para julgar: a) Genocídio (artigo 2º). b) Crimes contra a Humanidade (artigo 3º). c) Violações do artigo 3º comum às Convenções de Genebra e ao Segundo Protocolo Adicional (artigo 4º). 4 A acusação será feita pelo Procurador, que é um órgão distinto e independente do Tribunal. O Procurador do TPII
9 exercerá as funções de Procurador do TPIR, podendo contar com auxílio de um Procurador-Adjunto (artigo 15). 5 O devido processo, o contraditório e a ampla defesa são garantidos aos acusados, inclusive do direito de defesa técnica (artigo 20). 6 O TPII poderá impor pena de prisão (artigo 23), além de ordenar a restituição de bens e recursos adquiridos por meios ilícitos. 7 As línguas de trabalho do Tribunal Internacional serão o inglês e o francês (artigo 31) Tribunal Especial para Serra Leoa. O Estatuto do Tribunal Especial para Serra Leoa foi criado em 2002, por um acordo entre as Nações Unidas e o governo da Serra Leoa, com o fim de responsabilizar as graves violações da lei humanitária internacional e da lei serraleonesa, ocorridas desde 30 de novembro de 1996 (anterior ao Estatuto de Roma, de 1998), cuja guerra civil durou mais de dez anos e causou a morte de mais de quatrocentas mil pessoas. Entretanto, o Tribunal Especial foi instalado apenas no ano de 2004, em Freetown, capital de Serra Leoa, sendo que no ano de 2006 foi transferido para Haia. O Tribunal Especial se tornou público por julgar o ex-presidente da Libéria (1997 a 2003), Charles Taylor, acusado de ter cometido crimes de guerra, contra a humanidade e outras graves violações das leis internacionais, bem como por ter financiado o grupo rebelde de Serra Leoa, Frente Revolucionária Unida, associado ao Conselho Revolucionário das Forças Armadas, sendo que embora a acusação tenha ocorrido em meados do ano de 2003, o julgamento apenas se iniciou em 29 de março de 2006, com a entrega do ex-presidente que se refugiou na Nigéria. Foram condenados pelo Tribunal Especial para Serra Leoa Alex Tamba Brima e Santigie Borbor Kanu, cada um deles, a 50 anos de prisão e Brima Kamara a 45 anos de prisão. Os três culpados eram originalmente soldados do governo de Serra Leoa, mas deixaram o Exército e passaram a integrar um grupo rebelde chamado Conselho Revolucionário de Forças Armadas (CRFA), que ajudou a derrubar o presidente Ahmed Kabbah, em O Estatuto de Roma (Corte Penal Internacional Permanente). Em 17 de julho de 1998 a ONU adota o Estatuto de Roma da Corte Penal Internacional (CPI). A aprovação do Tribunal teve 120 votos favoráveis, 07 votos contrários (Estados Unidos, Filipinas, China, Índia, Israel, Sri Lanka e Turquia) e 21 abstenções. Entretanto, para entrar em vigor é necessário, ao menos, que 60 Estados acabem aderindo ao Tribunal Penal Internacional, o que ocorre em 11 de abril de 2002, sendo que o Tratado entrou em vigor em 1º de julho de consultado em 23 de agosto de 2008.
10 No Brasil, o Estatuto de Roma foi promulgado pelo Presidente da República, por força do Decreto nº 4.338, de 25 de setembro de A Corte Penal Internacional é uma instituição permanente que tem jurisdição sobre as pessoas responsáveis pelos crimes de maior gravidade com alcance internacional, sendo ela complementar (princípio da complementaridade) as jurisdições penais nacionais (artigo 1º), cuja sede será em Haia, nos Países Baixos (artigo 3º) Princípio da Complementaridade. A justiça penal internacional não tem primazia sobre a nacional, ela é complementar, conforme se depreende do disposto no artigo 1º: O Tribunal será uma instituição permanente, com jurisdição sobre as pessoas responsáveis pelos crimes de maior gravidade com alcance internacional, de acordo com o presente Estatuto, e será complementar às jurisdições penais nacionais. Deste modo, a atuação do Tribunal Penal Internacional apenas estará legitimado para agir, em caso de inércia do órgão jurisdicional nacional, conforme se vê do disposto no artigo 17: 1. Tendo em consideração o décimo parágrafo do preâmbulo e o artigo 1º, o Tribunal decidirá sobre a não admissibilidade de um caso se: a) O caso for objeto de inquérito ou de procedimento criminal por parte de um Estado que tenha jurisdição sobre o mesmo, salvo se este não tiver vontade de levar a cabo o inquérito ou o procedimento ou, não tenha capacidade para o fazer; b) O caso tiver sido objeto de inquérito por um Estado com jurisdição sobre ele e tal Estado tenha decidido não dar seguimento ao procedimento criminal contra a pessoa em causa, a menos que esta decisão resulte do fato de esse Estado não ter vontade de proceder criminalmente ou da sua incapacidade real para o fazer; c) A pessoa em causa já tiver sido julgada pela conduta a que se refere a denúncia, e não puder ser julgada pelo Tribunal em virtude do disposto no parágrafo 3º do artigo ; d) O caso não for suficientemente grave para justificar a ulterior intervenção do Tribunal. 2. A fim de determinar se há ou não vontade de agir num determinado caso, o Tribunal, tendo em consideração as garantias de um processo eqüitativo reconhecidas pelo 10 Artigo O Tribunal não poderá julgar uma pessoa que já tenha sido julgada por outro tribunal, por atos também punidos pelos artigos 6º, 7º ou 8º, a menos que o processo nesse outro tribunal: a) Tenha tido por objetivo subtrair o acusado à sua responsabilidade criminal por crimes da competência do Tribunal; ou b) Não tenha sido conduzido de forma independente ou imparcial, em conformidade com as garantias de um processo eqüitativo reconhecidas pelo direito internacional, ou tenha sido conduzido de uma maneira que, no caso concreto, se revele incompatível com a intenção de submeter a pessoa à ação da justiça.
11 direito internacional, verificará a existência de uma ou mais das seguintes circunstâncias: a) O processo ter sido instaurado ou estar pendente ou a decisão ter sido proferida no Estado com o propósito de subtrair a pessoa em causa à sua responsabilidade criminal por crimes da competência do Tribunal, nos termos do disposto no artigo 5º; b) Ter havido demora injustificada no processamento, a qual, dadas as circunstâncias, se mostra incompatível com a intenção de fazer responder a pessoa em causa perante a justiça; c) O processo não ter sido ou não estar sendo conduzido de maneira independente ou imparcial, e ter estado ou estar sendo conduzido de uma maneira que, dadas as circunstâncias, seja incompatível com a intenção de levar a pessoa em causa perante a justiça; 3. A fim de determinar se há incapacidade de agir num determinado caso, o Tribunal verificará se o Estado, por colapso total ou substancial da respectiva administração da justiça ou por indisponibilidade desta, não estará em condições de fazer comparecer o acusado, de reunir os meios de prova e depoimentos necessários ou não estará, por outros motivos, em condições de concluir o processo. Com isto, observa-se que existe uma presunção relativa em favor dos Estados nacionais, que serão aqueles que, em um primeiro momento, estarão legitimados para agir, em caso de prática de algum crime previsto no Estatuto (JPIASSÚ, 2004, p. 171). Bazelaire e Cretin apresentação a seguinte crítica pela adoção do princípio da complementaridade, em vez do princípio da primazia: Essas disposições fazem prevalecer a justiça penal dos Estados sobre a justiça penal internacional em uma área que acolhe, entretanto, o assentimento da comunidade internacional e que representa o símbolo da reprovação universal dos crimes mais graves. Assim, essas disposições retiram da CPI boa parte de seu poder simbólico ao situá-la em posição de subordinação em relação à vontade dos Estados que mantêm o poder e não perdem a sua soberania, a não ser depois de ter consentido caso a caso (BAZELAIRE; CRETIN, 2004, pág. 98). Esse aspecto do Estatuto da CPI demonstra uma incoerência fundamental entre a sua universalidade declarada e o controle da situação pelos Estados. A CPI deverá certamente gerir essa fraqueza a partir do momento em que ela entrar em atividade. A norma internacional que se ergue em princípio, acima dos interesses estreitos das nações vai se esforçar muito para punir os inimigos de todo a humanidade Princípio da Reserva Legal. A análise do princípio da reserva legal se faz necessária, já que os Tribunais de Nuremberg e do Extremo Oriente foram criticados por terem violado o mencionado princípio.
12 a 24. O Estatuto de Roma tratou do princípio da reserva legal, em seus artigos 22 O princípio do nullum crimen sine lege foi estabelecido no artigo 22: 1. Nenhuma pessoa será considerada criminalmente responsável, nos termos do presente Estatuto, a menos que a sua conduta constitua, no momento em que tiver lugar, um crime da competência do Tribunal. 2. A previsão de um crime será estabelecida de forma precisa e não será permitido o recurso à analogia. Em caso de ambigüidade, será interpretada a favor da pessoa objeto de inquérito, acusada ou condenada. 3. O disposto no presente artigo em nada afetará a tipificação de uma conduta como crime nos termos do direito internacional, independentemente do presente Estatuto. O princípio da nulla poena sine lege foi tratado no artigo 23: Qualquer pessoa condenada pelo Tribunal só poderá ser punida em conformidade com as disposições do presente Estatuto. Entretanto, as penas não foram estabelecidas nos tipos penais trazidos nos artigos 5º a 8º, mas sim no artigo 77 que diz: 1. Sem prejuízo do disposto no artigo , o Tribunal pode impor à pessoa condenada por um dos crimes previstos no artigo 5º do presente Estatuto uma das seguintes penas: a) Pena de prisão por um número determinado de anos, até ao limite máximo de 30 anos; ou b) Pena de prisão perpétua, se o elevado grau de ilicitude do fato e as condições pessoais do condenado o justificarem, 2. Além da pena de prisão, o Tribunal poderá aplicar: 11 Artigo O Estado da execução não poderá libertar o recluso antes de cumprida a totalidade da pena proferida pelo Tribunal. 2. Somente o Tribunal terá a faculdade de decidir sobre qualquer redução da pena e, ouvido o condenado, pronunciar-se-á a tal respeito, 3. Quando a pessoa já tiver cumprido dois terços da pena, ou 25 anos de prisão em caso de pena de prisão perpétua, o Tribunal reexaminará a pena para determinar se haverá lugar a sua redução. Tal reexame só será efetuado transcorrido o período acima referido. 4. No reexame a que se refere o parágrafo 3º, o Tribunal poderá reduzir a pena se constatar que se verificam uma ou várias das condições seguintes: a) A pessoa tiver manifestado, desde o início e de forma contínua, a sua vontade em cooperar com o Tribunal no inquérito e no procedimento; b) A pessoa tiver, voluntariamente, facilitado a execução das decisões e despachos do Tribunal em outros casos, nomeadamente ajudando-o a localizar bens sobre os quais recaíam decisões de perda, de multa ou de reparação que poderão ser usados em benefício das vítimas; ou c) Outros fatores que conduzam a uma clara e significativa alteração das circunstâncias suficiente para justificar a redução da pena, conforme previsto no Regulamento Processual; 5. Se, no reexame inicial a que se refere o parágrafo 3º, o Tribunal considerar não haver motivo para redução da pena, ele reexaminará subseqüentemente a questão da redução da pena com a periodicidade e nos termos previstos no Regulamento Processual.
13 a) Uma multa, de acordo com os critérios previstos no Regulamento Processual; b) A perda de produtos, bens e haveres provenientes, direta ou indiretamente, do crime, sem prejuízo dos direitos de terceiros que tenham agido de boa fé. É de se salientar que, embora o Estatuto de Roma tenha previsto a pena de prisão perpétua, criou a regra de reexame obrigatório desta pena, após o cumprimento de 25 anos (art ) e, caso não haja modificação da pena, deverá haver reexame periódico, conforme regra do artigo Por fim, tratou-se do princípio da irretroatividade da lei penal, salvo para beneficiar o réu, em seu artigo 24: 1. Nenhuma pessoa será considerada criminalmente responsável, de acordo com o presente Estatuto, por uma conduta anterior à entrada em vigor do presente Estatuto. 2. Se o direito aplicável a um caso for modificado antes de proferida sentença definitiva, aplicar-se-á o direito mais favorável à pessoa objeto de inquérito, acusada ou condenada Os Crimes no Estatuto de Roma. O Estatuto de Roma tipificou quatro espécies de delitos que a corte penal internacional terá competência para julgar, são eles: crime de genocídio, crimes contra a humanidade, crime de guerra e crime de agressão (art. 5º). O crime de genocídio está previsto no artigo 6º, que diz: Entende-se por genocídio qualquer um dos atos que a seguir se enumeram, praticado com intenção de destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso, enquanto tal: a) Homicídio de membros do grupo; b) Ofensas graves à integridade física ou mental de membros do grupo; c) Sujeição intencional do grupo a condições de vida com vista a provocar a sua destruição física, total ou parcial; d) Imposição de medidas destinadas a impedir nascimentos no seio do grupo; e) Transferência, à força, de crianças do grupo para outro grupo. Os crimes contra a humanidade são trazidos no artigo 7º: Para os efeitos do presente Estatuto, entende-se por "crime contra a humanidade", qualquer um dos atos seguintes, quando cometido no quadro de um ataque, generalizado ou sistemático, contra qualquer população civil, havendo conhecimento desse ataque: a) Homicídio; b) Extermínio; c) Escravidão; d) Deportação ou transferência forçada de uma população;
14 Para efeitos do parágrafo 1º: e) Prisão ou outra forma de privação da liberdade física grave, em violação das normas fundamentais de direito internacional; f) Tortura; g) Agressão sexual, escravatura sexual, prostituição forçada, gravidez forçada, esterilização forçada ou qualquer outra forma de violência no campo sexual de gravidade comparável; h) Perseguição de um grupo ou coletividade que possa ser identificado, por motivos políticos, raciais, nacionais, étnicos, culturais, religiosos ou de gênero, tal como definido no parágrafo 3º, ou em função de outros critérios universalmente reconhecidos como inaceitáveis no direito internacional, relacionados com qualquer ato referido neste parágrafo ou com qualquer crime da competência do Tribunal; i) Desaparecimento forçado de pessoas; j) Crime de apartheid; k) Outros atos desumanos de caráter semelhante, que causem intencionalmente grande sofrimento, ou afetem gravemente a integridade física ou a saúde física ou mental. a) Por "ataque contra uma população civil" entende-se qualquer conduta que envolva a prática múltipla de atos referidos no parágrafo 1º contra uma população civil, de acordo com a política de um Estado ou de uma organização de praticar esses atos ou tendo em vista a prossecução dessa política; b) O "extermínio" compreende a sujeição intencional a condições de vida, tais como a privação do acesso a alimentos ou medicamentos, com vista a causar a destruição de uma parte da população; c) Por "escravidão" entende-se o exercício, relativamente a uma pessoa, de um poder ou de um conjunto de poderes que traduzam um direito de propriedade sobre uma pessoa, incluindo o exercício desse poder no âmbito do tráfico de pessoas, em particular mulheres e crianças; d) Por "deportação ou transferência à força de uma população" entende-se o deslocamento forçado de pessoas, através da expulsão ou outro ato coercivo, da zona em que se encontram legalmente, sem qualquer motivo reconhecido no direito internacional; e) Por "tortura" entende-se o ato por meio do qual uma dor ou sofrimentos agudos, físicos ou mentais, são intencionalmente causados a uma pessoa que esteja sob a custódia ou o controle do acusado; este termo não compreende a dor ou os sofrimentos resultantes unicamente de sanções legais, inerentes a essas sanções ou por elas ocasionadas; f) Por "gravidez à força" entende-se a privação ilegal de liberdade de uma mulher que foi engravidada à força, com o propósito de alterar a composição étnica de uma população ou de cometer outras violações graves do direito internacional. Esta definição não pode, de modo algum, ser interpretada como afetando as disposições de direito interno relativas à gravidez; g) Por "perseguição'' entende-se a privação intencional e grave de direitos fundamentais em violação do direito
15 internacional, por motivos relacionados com a identidade do grupo ou da coletividade em causa; h) Por "crime de apartheid" entende-se qualquer ato desumano análogo aos referidos no parágrafo 1º, praticado no contexto de um regime institucionalizado de opressão e domínio sistemático de um grupo racial sobre um ou outros grupos nacionais e com a intenção de manter esse regime; i) Por "desaparecimento forçado de pessoas" entende-se a detenção, a prisão ou o seqüestro de pessoas por um Estado ou uma organização política ou com a autorização, o apoio ou a concordância destes, seguidos de recusa a reconhecer tal estado de privação de liberdade ou a prestar qualquer informação sobre a situação ou localização dessas pessoas, com o propósito de lhes negar a proteção da lei por um prolongado período de tempo. O Estatuto de Roma, em seu artigo 8º lista os crimes de guerra: Para os efeitos do presente Estatuto, entende-se por "crimes de guerra": a) As violações graves às Convenções de Genebra, de 12 de Agosto de 1949, a saber, qualquer um dos seguintes atos, dirigidos contra pessoas ou bens protegidos nos termos da Convenção de Genebra que for pertinente: i) Homicídio doloso; ii) Tortura ou outros tratamentos desumanos, incluindo as experiências biológicas; iii) O ato de causar intencionalmente grande sofrimento ou ofensas graves à integridade física ou à saúde; iv) Destruição ou a apropriação de bens em larga escala, quando não justificadas por quaisquer necessidades militares e executadas de forma ilegal e arbitrária; v) O ato de compelir um prisioneiro de guerra ou outra pessoa sob proteção a servir nas forças armadas de uma potência inimiga; vi) Privação intencional de um prisioneiro de guerra ou de outra pessoa sob proteção do seu direito a um julgamento justo e imparcial; vii) Deportação ou transferência ilegais, ou a privação ilegal de liberdade; viii) Tomada de reféns; b) Outras violações graves das leis e costumes aplicáveis em conflitos armados internacionais no âmbito do direito internacional, a saber, qualquer um dos seguintes atos: i) Dirigir intencionalmente ataques à população civil em geral ou civis que não participem diretamente nas hostilidades; ii) Dirigir intencionalmente ataques a bens civis, ou seja bens que não sejam objetivos militares; iii) Dirigir intencionalmente ataques ao pessoal, instalações, material, unidades ou veículos que participem numa missão de manutenção da paz ou de assistência humanitária, de acordo com a Carta das Nações Unidas, sempre que estes tenham direito à proteção conferida aos civis ou aos bens civis pelo direito internacional aplicável aos conflitos armados; iv) Lançar intencionalmente um ataque, sabendo que o mesmo causará perdas acidentais de vidas humanas ou ferimentos na população civil, danos em bens de caráter civil ou prejuízos extensos, duradouros e graves no meio
16 ambiente que se revelem claramente excessivos em relação à vantagem militar global concreta e direta que se previa; v) Atacar ou bombardear, por qualquer meio, cidades, vilarejos, habitações ou edifícios que não estejam defendidos e que não sejam objetivos militares; vi) Matar ou ferir um combatente que tenha deposto armas ou que, não tendo mais meios para se defender, se tenha incondicionalmente rendido; vii) Utilizar indevidamente uma bandeira de trégua, a bandeira nacional, as insígnias militares ou o uniforme do inimigo ou das Nações Unidas, assim como os emblemas distintivos das Convenções de Genebra, causando deste modo a morte ou ferimentos graves; viii) A transferência, direta ou indireta, por uma potência ocupante de parte da sua população civil para o território que ocupa ou a deportação ou transferência da totalidade ou de parte da população do território ocupado, dentro ou para fora desse território; ix) Dirigir intencionalmente ataques a edifícios consagrados ao culto religioso, à educação, às artes, às ciências ou à beneficência, monumentos históricos, hospitais e lugares onde se agrupem doentes e feridos, sempre que não se trate de objetivos militares; x) Submeter pessoas que se encontrem sob o domínio de uma parte beligerante a mutilações físicas ou a qualquer tipo de experiências médicas ou científicas que não sejam motivadas por um tratamento médico, dentário ou hospitalar, nem sejam efetuadas no interesse dessas pessoas, e que causem a morte ou coloquem seriamente em perigo a sua saúde; xi) Matar ou ferir à traição pessoas pertencentes à nação ou ao exército inimigo; xii) Declarar que não será dado quartel; xiii) Destruir ou apreender bens do inimigo, a menos que tais destruições ou apreensões sejam imperativamente determinadas pelas necessidades da guerra; xiv) Declarar abolidos, suspensos ou não admissíveis em tribunal os direitos e ações dos nacionais da parte inimiga; xv) Obrigar os nacionais da parte inimiga a participar em operações bélicas dirigidas contra o seu próprio país, ainda que eles tenham estado ao serviço daquela parte beligerante antes do início da guerra; xvi) Saquear uma cidade ou uma localidade, mesmo quando tomada de assalto; xvii) Utilizar veneno ou armas envenenadas; xviii) Utilizar gases asfixiantes, tóxicos ou outros gases ou qualquer líquido, material ou dispositivo análogo; xix) Utilizar balas que se expandem ou achatam facilmente no interior do corpo humano, tais como balas de revestimento duro que não cobre totalmente o interior ou possui incisões; xx) Utilizar armas, projéteis; materiais e métodos de combate que, pela sua própria natureza, causem ferimentos supérfluos ou sofrimentos desnecessários ou que surtam efeitos indiscriminados, em violação do direito internacional aplicável aos conflitos armados, na medida em que tais armas, projéteis, materiais e métodos de combate sejam objeto de uma proibição geral e estejam incluídos em um anexo ao presente Estatuto, em virtude de uma alteração
17 aprovada em conformidade com o disposto nos artigos 121 e 123; xxi) Ultrajar a dignidade da pessoa, em particular por meio de tratamentos humilhantes e degradantes; xxii) Cometer atos de violação, escravidão sexual, prostituição forçada, gravidez à força, tal como definida na alínea f) do parágrafo 2º do artigo 7º, esterilização à força e qualquer outra forma de violência sexual que constitua também um desrespeito grave às Convenções de Genebra; xxiii) Utilizar a presença de civis ou de outras pessoas protegidas para evitar que determinados pontos, zonas ou forças militares sejam alvo de operações militares; xxiv) Dirigir intencionalmente ataques a edifícios, material, unidades e veículos sanitários, assim como o pessoal que esteja usando os emblemas distintivos das Convenções de Genebra, em conformidade com o direito internacional; xxv) Provocar deliberadamente a inanição da população civil como método de guerra, privando-a dos bens indispensáveis à sua sobrevivência, impedindo, inclusive, o envio de socorros, tal como previsto nas Convenções de Genebra; xxvi) Recrutar ou alistar menores de 15 anos nas forças armadas nacionais ou utilizá-los para participar ativamente nas hostilidades; c) Em caso de conflito armado que não seja de índole internacional, as violações graves do artigo 3º comum às quatro Convenções de Genebra, de 12 de Agosto de 1949, a saber, qualquer um dos atos que a seguir se indicam, cometidos contra pessoas que não participem diretamente nas hostilidades, incluindo os membros das forças armadas que tenham deposto armas e os que tenham ficado impedidos de continuar a combater devido a doença, lesões, prisão ou qualquer outro motivo: i) Atos de violência contra a vida e contra a pessoa, em particular o homicídio sob todas as suas formas, as mutilações, os tratamentos cruéis e a tortura; ii) Ultrajes à dignidade da pessoa, em particular por meio de tratamentos humilhantes e degradantes; iii) A tomada de reféns; iv) As condenações proferidas e as execuções efetuadas sem julgamento prévio por um tribunal regularmente constituído e que ofereça todas as garantias judiciais geralmente reconhecidas como indispensáveis. d) A alínea c) do parágrafo 2º do presente artigo aplica-se aos conflitos armados que não tenham caráter internacional e, por conseguinte, não se aplica a situações de distúrbio e de tensão internas, tais como motins, atos de violência esporádicos ou isolados ou outros de caráter semelhante; e) As outras violações graves das leis e costumes aplicáveis aos conflitos armados que não têm caráter internacional, no quadro do direito internacional, a saber qualquer um dos seguintes atos: i) Dirigir intencionalmente ataques à população civil em geral ou civis que não participem diretamente nas hostilidades; ii) Dirigir intencionalmente ataques a edifícios, material, unidades e veículos sanitários, bem como ao pessoal que esteja usando os emblemas distintivos das Convenções de Genebra, em conformidade com o direito internacional;
18 iii) Dirigir intencionalmente ataques ao pessoal, instalações, material, unidades ou veículos que participem numa missão de manutenção da paz ou de assistência humanitária, de acordo com a Carta das Nações Unidas, sempre que estes tenham direito à proteção conferida pelo direito internacional dos conflitos armados aos civis e aos bens civis; iv) Atacar intencionalmente edifícios consagrados ao culto religioso, à educação, às artes, às ciências ou à beneficência, monumentos históricos, hospitais e lugares onde se agrupem doentes e feridos, sempre que não se trate de objetivos militares; v) Saquear um aglomerado populacional ou um local, mesmo quando tomado de assalto; vi) Cometer atos de agressão sexual, escravidão sexual, prostituição forçada, gravidez à força, tal como definida na alínea f do parágrafo 2º do artigo 7º; esterilização à força ou qualquer outra forma de violência sexual que constitua uma violação grave do artigo 3º comum às quatro Convenções de Genebra; vii) Recrutar ou alistar menores de 15 anos nas forças armadas nacionais ou em grupos, ou utilizá-los para participar ativamente nas hostilidades; viii) Ordenar a deslocação da população civil por razões relacionadas com o conflito, salvo se assim o exigirem a segurança dos civis em questão ou razões militares imperiosas; ix) Matar ou ferir à traição um combatente de uma parte beligerante; x) Declarar que não será dado quartel; xi) Submeter pessoas que se encontrem sob o domínio de outra parte beligerante a mutilações físicas ou a qualquer tipo de experiências médicas ou científicas que não sejam motivadas por um tratamento médico, dentário ou hospitalar nem sejam efetuadas no interesse dessa pessoa, e que causem a morte ou ponham seriamente a sua saúde em perigo; xii) Destruir ou apreender bens do inimigo, a menos que as necessidades da guerra assim o exijam; f) A alínea e) do parágrafo 2º do presente artigo aplicar-se-á aos conflitos armados que não tenham caráter internacional e, por conseguinte, não se aplicará a situações de distúrbio e de tensão internas, tais como motins, atos de violência esporádicos ou isolados ou outros de caráter semelhante; aplicar-se-á, ainda, a conflitos armados que tenham lugar no território de um Estado, quando exista um conflito armado prolongado entre as autoridades governamentais e grupos armados organizados ou entre estes grupos. Por fim, os crimes de agressão, entretanto referidos crimes não foram definidos pelo Estatuto de Roma, conforme se observa do disposto no artigo 5º, 2º: O Tribunal poderá exercer a sua competência em relação ao crime de agressão desde que, nos termos dos artigos 121e 123, seja aprovada uma disposição em que se defina o crime e se enunciem as condições em que o Tribunal terá competência relativamente a este crime. Tal disposição deve ser compatível com as disposições pertinentes da Carta das Nações Unidas.
19 O Tribunal Penal Internacional terá competência para julgar os crimes acima mencionados se ocorridos após a entrada em vigor do Estatuto de Roma (art. 11.1), sendo que os crimes de competência da Corte não prescrevem, conforme regra do artigo Composição do Tribunal Penal Internacional O Estatuto de Roma traz a composição do Tribunal em seu artigo 34, o qual será composto pelos seguintes órgãos: a) A Presidência; b) Uma Seção de Recursos, uma Seção de Julgamento em Primeira Instância e uma Seção de Instrução; c) O Gabinete do Procurador; d) A Secretaria. O Tribunal terá em seus quadros 18 juízes, eleitos para um mandato de 09 anos, sem direito à recondução, sendo que o Presidente e o Vice-Presidente do Tribunal serão eleitos pela maioria absoluta dos juízes. Os juízes não poderão ter a mesma nacionalidade. A Procuradoria será um órgão independente do Tribunal, responsável pela investigação e pela produção da acusação, sendo que a Procuradoria será composta por um Procurador-Geral e um ou mais Procuradores Adjuntos de nacionalidade diversas. O mandato do Procurador será de 05 anos, sendo admitida a recondução. A secretária, responsável pela função administrativa, será composta de um secretário e um secretário adjunto. Por fim, as línguas oficiais do Tribunal são o inglês, o árabe, o chinês, o espanhol, o francês e o russo, enquanto que as línguas de trabalho do Tribunal são o inglês e o francês, conforme regra do artigo A Entrega. O Estatuto de Roma dispõe que os Estados Partes devem cooperar plenamente com o Tribunal, durante a fase de investigação, bem como durante a fase processual para os crimes sob a sua jurisdição (art. 86). A cooperação inclui a entrega de pessoas ao Tribunal (art. 89), sendo que o Estatuto de Roma não faz diferença entre nacionais e não nacionais. É de se salientar que a entrega de nacional (brasileiro) ao Tribunal Penal Internacional não viola o artigo 5º, LI, da CF, já que a entrega não se confunde com a extradição de brasileiros, que é vedada pela Constituição Federal. Vejamos. A extradição (entrega de um indivíduo por um Estado a outro) seria a entrega de uma pessoa foragida de outro Estado, no qual ela estava respondendo a processo ou já tinha sido condenada, em decorrência de violação das leis internas do país solicitante. No Brasil, a extradição fica adstrita à aceitação de reciprocidade, sendo que é vedada a extradição de brasileiros, salvo naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de
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