TOMBAMENTO COMO MEIO DE PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE CULTURAL BRASILEIRO: BREVE ANÁLISE DOS BENS TOMBADOS NO ESTADO DE MATO GROSSO

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1 TOMBAMENTO COMO MEIO DE PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE CULTURAL BRASILEIRO: BREVE ANÁLISE DOS BENS TOMBADOS NO ESTADO DE MATO GROSSO Alessandra Cardoso Helwig 1 Larissa Marciely Brum dos Santos 2 Alcione Adame 3 Resumo: A cultura é de interesse de toda a coletividade, pois constitui um artifício que identifica as sociedades, expressa sua história e engloba toda a forma de agir de um povo, por isso o Direito Ambiental se ocupa em preservar o meio ambiente cultural, utilizando-se do instrumento denominado tombamento para proteção e manutenção deste patrimônio. Dessa forma, o patrimônio cultural é constituído por bens referentes à identidade da sociedade, que adquiriu um valor especial. Entretanto, não é todo bem que pode ser tombado, pois assim poderia bloquear o desenvolvimento do meio ambiente e consequentemente da sociedade. Logo, todo bem para ser compreendido como patrimônio cultural deve ser analisado perante um órgão competente. Este artigo objetiva desenvolver questões referentes à preservação do meio ambiente cultural através do tombamento. Analisando primeiramente o meio ambiente de maneira geral, o meio ambiente cultural, e por fim mostrar como o procedimento administrativo do tombamento pode ser de grande valia para a preservação dos patrimônios. Palavras-chave: Direito Ambiental. Meio ambiente cultural. Tombamento. Patrimônio histórico. Proteção. Summary: Culture is of interest to the whole community, since it is a device that identifies the companies expressed their history and encompasses all the way to act of a people, so the Environmental Law is concerned to preserve the cultural environment, using - if instrument called tipping for protection and maintenance of this heritage. Thus, the cultural heritage consists of assets pertaining to the identity of the company, which acquired a special value. However, it is not all the good that can be tumbled, so he could block the development of the environment and consequently the society, so all good to be understood as cultural heritage should be analyzed before a competent body. This article aims to develop questions regarding the preservation of the cultural environment through tipping. first analyzing the means of general environment, cultural environment, and finally show how the administrative procedure of tipping can be of great value to the preservation of heritage. Words- Key: Environmental Law. Cultural environment. Overturning. historical heritage. Protection. Sumário: Introdução; 1. Meio Ambiente definição; 2. Meio Ambiente Cultural e Patrimônio Cultural; 3. Proteção ao Meio Ambiente cultural quanto ao Tombamento; 4. Tombamento instrumento Efetivo; Considerações Finais; e Referências. 1 A autora é acadêmica do curso de Direito IX Termo, na Faculdades do Vale do Juruena AJES, Juína/ Mato Grosso, Brasil, alessandrahelwig@hotmail.com 2 A autora é acadêmica do curso de Direito IX Termo, na Faculdades do Vale do Juruena AJES, Juína/ Mato Grosso, Brasil, lara-marciely@hotmail.com 3 A orientadora é graduada em Turismo (2004), graduada em Direito (2005), especialista em Direito Processual (2006) pela PUC. Mestre em Direito Ambiental pela UniSantos (2008) e Doutoranda em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Professora de Direito na Ajes Faculdades do Vale do Juruena, alcione@ajes.edu.br 1

2 INTRODUÇÃO Nas últimas décadas, tornou-se importante na sociedade adotar um novo olhar acerca do Direito Ambiental, principalmente pela formação de novas ideias e valores que a sociedade adquiriu no decorrer do tempo. Assim, a partir da necessidade de promoção de sustentabilidade no mundo, advieram novos conceitos que permitiram a proteção de extensões degradadas, principalmente na área cultural. Nessa preocupação com o futuro da humanidade, o meio ambiente passou a ser considerado um direito fundamental baseado na dignidade da pessoa humana, porque para haver dignidade é necessária também a valorização do patrimônio artístico, histórico e cultural, que é essencial para o desenvolvimento da personalidade humana. Ainda nesta esteira, cabe ao Poder Público garantir, zelar e se responsabilizar pela proteção ao meio ambiente cultural, pois este é um bem de uso comum do povo e deve ser protegido para que as gerações futuras também possam desfrutar do patrimônio históricocultural. Existem vários instrumentos utilizados pelo Estado para proteção do meio ambiente cultural como o inventário, registro, vigilância e desapropriação. Entretanto, o que mais se destaca é o tombamento instrumento que não expropria, mas também não permite o exercício integral do domínio ao titular do bem tombado, ocorre, portanto uma ação administrativa do Estado, para que em razão de interesses culturais, se proteja um bem considerado de valor histórico. Devido à importância do tombamento para a proteção do meio ambiente cultural, o presente estudo visa analisar este instrumento, demonstrando a importância da preservação do patrimônio histórico, artístico e cultural brasileiro. Além de apresentar definições e características de tal instrumento, assim como, uma breve analise sobre a natureza jurídica, procedimento nas esferas que possibilitam a realização de um bem ser considerado um bem tombado, também apresentará o porquê deve se ter a aplicabilidade desse instrumento, a sua efetividade que vem se concretizando cada vez mais com o decorrer dos anos, e por fim serão apresentados quais são os bens materiais e os imateriais que são tombados no Estado de Mato Grosso, os quais são mencionados pelos Institutos Nacional e Estadual competentes de preservação do patrimônio. 2

3 1. MEIO AMBIENTE: DEFINIÇÃO A definição de meio ambiente de maneira geral é realizada a partir da observação de tudo o que vive no planeta que tem relação com a vida das pessoas, ou seja, tudo o que compõem o ecossistema, como plantas e animais. Dessa forma, segundo o Dicionário Aurélio: Meio significa lugar onde se vive, com suas características e condicionamentos geofísicos; Ambiente significa aquilo que cerca ou envolve os seres vivos ou as coisas. Há críticas na definição de meio ambiente, por haver duas expressões com significados semelhantes, pois ao se falar em ambiente, já vem à ideia de meio, não havendo necessidade do uso das duas palavras. Vladimir Passos de Freitas pontua: A expressão meio ambiente, adotada no Brasil, é criticada pelos estudiosos, porque meio e ambiente, no sentido enfocado, significam a mesma coisa. Logo, tal emprego importaria em redundância. Na Itália e em Portugal usa-se, apenas, a palavra ambiente. 4 A legislação brasileira conceitua meio ambiente no artigo 3º, I, da Lei nº /81, como sendo o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas. Dessa forma, a Política Nacional do Meio Ambiente entende que, o meio ambiente é o conjunto de todas as formas de vida, abrangendo todas as espécies, assim, o intérprete terá que preencher o conteúdo da norma. Antes da Constituição Federal de 1988 o meio ambiente era explanado somente de forma indireta, depois de sua promulgação passou a ser tutelado juridicamente. A matéria é tratada especialmente no artigo 225, caput, o qual estabelece: Artigo 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. Assim, o bem de uso comum do povo, considerado o meio ambiente/bem ambiental, passou a ser protegido constitucionalmente e de forma abrangida. Dessa maneira, percebe-se que o meio ambiente não se relaciona somente à ideia de ecossistema, mas com todo o conjunto de recursos ambientais que são dependentes um do outro, tanto em aspectos naturais, artificiais, culturais e do trabalho. p FREITAS, Vladimir Passos de. Direito administrativo e Meio Ambiente. 3. ed. Curitiba: Juruá, 2001, 3

4 Com relação ao ambiente cultural, objeto desse estudo, este compreende o patrimônio histórico, artístico, paisagístico, ecológico, científico e turístico. Embora o meio ambiente cultural seja considerado como meio ambiente artificial, se diferencia pelo valor especial que o patrimônio adquiriu. Essa classificação é regulamentada pelo artigo 216 da Constituição Federal, como veremos adiante. 2. MEIO AMBIENTE CULTURAL E PATRIMÔNIO CULTURAL O meio ambiente cultural é formado a partir de atributos históricos, morais, éticos, religiosos e culturais de determinados povos. O primeiro registro de reconhecimento de patrimônio histórico no Brasil foi à proteção da Cidade de Ouro Preto, através do Decreto /1933, a qual passou a ser considerado monumento nacional. Foi com esse registro e com a Constituição Federal de 1934 que a legislação brasileira considerou a expressão patrimônio como um bem cultural. Pedro Lenza institui que o meio ambiente cultural aponta a história e a cultura de um povo, as suas raízes e identidade, sendo integrado pelo patrimônio histórico, artístico, arqueológico, paisagístico e turístico 5. Assim, observa-se que o meio ambiente cultural é composto por vários aspectos, que em conjunto, possibilita o desenvolvimento equilibrado da vida do ser humano. Fiorillo pontua que uma das primeiras definições de patrimônio cultural foi trazida pelo artigo 1º do Decreto-Lei n. 25 de 30 de novembro de 1937, que definia como sendo o conjunto dos bens móveis e imóveis, existentes no País e cuja conservação seja de interesse público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico 6. Nesta época o tombamento era o único instrumento utilizado, e para haver proteção o bem deveria estar necessariamente inscrito no Livro do Tombo. A tutela jurídica que visa à proteção do patrimônio cultural encontra-se expressa no artigo 216 da Constituição Federal de 1988, in verbis: 5 LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 12. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Saraiva, 2008, p FIORILLO, Celso Antonio Pacheco. Curso de direito ambiental/celso Antonio Pacheco Fiorillo. 12. ed. ver., atual. e ampl. São Paulo: Saraiva, 2011, p

5 Artigo 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem: I as formas de expressão; II os modos de criar, fazer e viver; III as criações científicas, artísticas e tecnológicas; IV as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; V os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico. 1º O Poder Público, com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá o patrimônio cultural brasileiro, por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação, e de outras formas de acautelamento e preservação. (Grifo Nosso) Assim, percebe-se que o patrimônio cultural abrange os bens tangíveis, compreendido como edificações, obras e objetos; e os intangíveis, compreendido como os conhecimentos técnicos, científicos e culturais. Sendo que o inciso V engloba a proteção paleontológica, ecológica e científica. Concluindo que, o patrimônio cultural não abarca apenas de bens documentais ou aqueles produzidos pelo homem, mas também aqueles bens naturais, que possuem valor paisagístico. Ademais, o patrimônio cultural possui valor nacional, de forma que pertence a toda a nação brasileira, basta que tenham vinculação a fatos importantes na história da sociedade. A acepção do artigo 216 funda na necessidade de politicas de preservação do patrimônio, a fim de que todos possam ter uma cultura preservada, de forma a definir os objetivos, assim como, dar ao Poder Público o papel de proteção e analisar o envolvimento da sociedade na colaboração, pois a preservação do patrimônio cultural remete à história do povo brasileiro e consequentemente à sua dignidade, que é a principal preocupação da Constituição Federal. Desse modo, percebe-se que não há restrição aos bens a serem protegidos, sendo apresentados no artigo 216 da Constituição Federal apenas alguns, podendo ser incluídos outros elementos. Nota se que o referido dispositivo, além de trazer a definição de 5

6 patrimônio cultural, também estabelece a possibilidade de utilização de vários instrumentos de proteção, inclusive o tombamento expresso no 1º. Como comentado acima, a cultura se refere à identidade de um povo, assim como, possibilita seu desenvolvimento através de tudo que foi transmitido no decorrer da geração. Pois bem, para ser reconhecido um bem como patrimônio histórico é necessário que esse bem seja referente à cultura, memória, ou identidade de determinada sociedade. Nesse sentido, estabelece o artigo 215, caput da Constituição Federal de 1988 que: O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais.. A Constituição Federal procurou no artigo 215 garantir a todos o exercício do direito à cultura, o acesso à cultura e a liberdade cultural, ou seja, a cultura é então, um objeto do direito, que podem ter ou não, apreciação pecuniária. Ademais cabe ao Poder Legislativo e Poder Judiciário tal proteção, por meio de instrumentos como o tombamento, mas para que isso seja efetivado é necessária à colaboração da sociedade, pois este é de uso comum do povo, ou seja, de todos. Ademais, o meio ambiente cultural é subdividido em duas espécies: bens de natureza material, compreendido os lugares, construções, objetos e documentos; e bens de natureza imaterial, compreendido os idiomas, danças, e costumes em geral. Esses aspectos são os que formam o meio ambiente cultural, que é transmitido ao longo do tempo às futuras gerações. Dessa forma, observa-se que o meio ambiente cultural busca a proteção de patrimônios culturais materiais e imateriais, refletindo as características de um determinado povo. Nesse diapasão, importante assinalar que a cultura que identifica as sociedades e consequentemente sua história, se distingue pelas suas referências geográficas e com a relação homem/natureza, pois tudo o que o homem constrói tem relação com sua cultura e a proteção da sua cultura garante a sobrevivência da sociedade Natureza Jurídica do Patrimônio Cultural O meio ambiente cultural é composto pelo meio ambiente natural e pelo meio ambiente artificial, sendo resultado da criatividade da pessoa humana. Engloba bens culturais 6

7 materiais e bens culturais imateriais que possuem seu valor, e por isso necessitam a proteção do Direito, se fazendo importante frisar sobre a natureza jurídica de tal instituto. Pelo fato do patrimônio cultural ser um bem ambiental, este tem natureza jurídica difusa, pois sua titularidade pertence a todos, não aceitando que tenha detentor de sua propriedade, apenas é possível sua fruição, sem que haja comprometimento de sua integridade. Competindo ao Poder Público e a toda sociedade promover e preservar o patrimônio cultural brasileiro conforme determina o 1º do artigo 216 da Constituição Federal. Desse modo os bens culturais pertencem a todos os integrantes da sociedade. Desse modo, compete a todos a sua conservação para que as gerações futuras também possam gozar de um meio ambiente cultural preservado. 3. PROTEÇÃO AO MEIO AMBIENTE CULTURAL QUANTO AO TOMBAMENTO 3.1 Conceito e Características No Brasil é apresentado diversas formas para se ter a preservação de um bem que seja considerado como patrimônio cultural, como já demonstrado mais a cima o próprio disposto no artigo 216, 1º, da Constituição Federal trás um rol que juntamente o Poder Público com a comunidade promoverá e protegerá o patrimônio cultural, sendo o tombamento uma das formas que se alcança tal objetivo, além de ser uma das formas que mais esta sendo utilizada após a promulgação do Decreto-Lei 25/1937. O tombamento ambiental tem como conceito o de ser o fato ou ato administrativo, fato porque tem que se fazer o registro no livro competente de tombo e ato por se tratar de uma restrição que o Estado impõe sobre o direito de propriedade que é garantido pelo Código Civil a uma pessoa, em que tem como parte competente o Poder Público, este declara pelos fatos memoráveis ou pelo valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico, como disposto no artigo 1º do Decreto-Lei 25/1937, protegendo assim contra qualquer forma de destruição, ou meio que cause a modificação, o abandono, ou ate mesmo a utilização inadequada que causará a sua perda de originalidade. 7

8 No 1º do artigo 1º, Decreto-Lei 25/1937, apresenta uma regra sendo que para ser considerado patrimônio histórico ou artístico nacional deve ser inscrito em algum dos livros do Tombo, os quais são tratados no artigo 4º, do Decreto-Lei 25/1937 sendo o Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico, o Livro do Tombo Histórico, o Livro do Tombo das Belas Artes e o Livro do Tombo das Artes Aplicadas. Após a inscrição no respectivo livro tornará viável a conservação, tornando assim de suma importância, pois além dessa conservação se tornar legitima estabelece também os critérios de possíveis danos que o bem possa vim a sofrer, impedindo ou prevenindo. No 2º do artigo 1º, Decreto-Lei 25/1937, é citado outra questão importante sendo a equiparação de alguns bens que podem estar sujeitos a serem tombados, sendo os monumentos naturais, estes podem ser tombados, são bens naturas que não são provenientes da atividade humana, como exemplo pode ser mencionado os sítios e paisagens que apresente a necessidade de conservação e proteção, sendo adquiridas tais peculiaridades pela natureza ou pela indústria humana. O tombamento é um instrumento utilizado para preservação de bens móveis e imóveis, privados ou públicos, que apresentem um interesse cultural ou ambiental, sendo para o município, para algum Estado, para a nação ou até um interesse mundial, podendo ser citado como exemplo, livros, mobiliários, florestas, centros históricos, entre outras, tendo como destaque na modalidade de tombamento os imóveis, pois neste é guardado a arquitetura de várias épocas, sendo de suma importância sua preservação. Esse instrumento é utilizado de forma ideal não para preservar bens individuais, mas os bens de interesse coletivo, uma preservação que irá garantir algo para as gerações presentes e futuras, garantir assim as características originais daquele bem, tudo que parte da ideia de ser um conjunto significativo, algo que apresente de alguma forma uma característica especial para a memória histórica tendo ao fim o interesse público para se ter a sua preservação pode ser tombado. É mencionada por Carmélia Carreira Trindade em sua dissertação de mestrado com o tema A Proteção do Meio Ambiente Cultural que na conceituação do tombamento pode ser mencionado alguns elementos que o compõe, sendo a declaração do Poder Público, onde fica responsável por guardar os bens que são necessários para a preservação da história de determinado lugar; estabelecer o valor cultural que demostrara a importância do bem que deverá ser tombado; estabelecer o valor histórico demonstrando quais são os fatos, o uso, o 8

9 costume, entre outros que mostre o porquê da necessidade de se ter o tombamento; o valor artístico demonstrando o dever de serem preservadas as obras artísticas que são realizadas pela mão humana para assim ser preservado cada momento de épocas distantes ou próximas guardando seu conteúdo para todas as sociedades e em diversas épocas; o valor paisagístico deverá ser preenchido para poder ser realizado o tombamento, demonstrando o valor paisagístico que tal bem possui, pois a preservação na fauna e flora é realizada de forma diferente, tendo leis especificas para sua preservação, quanto para a preservação do bem cultural deve ser feito um analise nas leis e preencher os elementos; e o valor turístico, demonstrando o valor que tal bem trás para a história daquela sociedade a qual trará um interesse para se ter visitantes Natureza Jurídica O tombamento é um dos instrumentos que pode se alcançar a preservação de um bem cultural, assim como menciona Celso Antonio Pacheco Fiorillo, o tombamento ambiental tem como finalidade o de tutelar um bem de natureza difusa, ou seja, é realizado o tombamento cultural em determinado bem para garantir o acesso a todos a aquela determinada cultura que o bem oferece Classificação do Tombamento O tombamento apresenta as seguintes formas de classificação doutrinariamente segundo Celso Antonio Pacheco Fiorillo 9 e Antônio F. G. Beltrão 10, sendo: 7 TRINDADE, Carmélia Carreira, A Proteção do Meio Ambiente Cultural: O Tombamento da Propriedade Privada na Cidade De Belém Pará, Disponível em: < > p. Acesso em março de FIORILLO, Celso Antonio Pacheco. Curso de direito ambiental/celso Antonio Pacheco Fiorillo. 12. ed. ver., atual. e ampl. São Paulo: Saraiva, p. 408 e Ibidem. p. 413 a BELTRÃO, Antonio F. G.. Curso de direito ambiental/antonio Beltrão. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo : MÉTODO, p. 432 a 434 9

10 a) Quanto a origem de sua instituição nesta diz que pode se ter o tombamento pela via legislativa, por procedimento administrativo e também pela via jurisdicional, podendo assim dizer que o tombamento é o ato administrativo de determinado órgão competente, entretanto, sua função é estabelecer as regras para se ter a efetivação, podendo se ter assim pelas outras vias o instrumento aplicado. b) Quanto ao bem a ser tombado ou quanto à constituição ou procedimento nesta ocorre de ofício (quando se tratar de um bem público, o qual deverá ser realizado a notificação para o ente para assim surgir os efeitos do tombamento), voluntário (tratando-se de bem particular pode ser voluntário quando o proprietário requerer que tal bem seja tombado, demonstrando que tal bem deverá ser tombado, devendo assim preencher os requisitos exigidos para conseguir, ou quando o proprietário estiver de acordo com a notificação do Poder Público, aderir de forma escrita em qualquer livros do Tombo) ou compulsório (tratando-se de bem particular pode ser na modalidade compulsória quando se tem a iniciativa do Poder Público, podendo o proprietário depois de ser notificado impugnar o ato e assim exercer o contraditório, sendo decidido tal questão pelo órgão competente). c) Quanto à eficácia nesta diz que pode se ter o tombamento provisório ou definitivo, sendo diferenciado somente pelo momento em que se encontra o processo administrativo, devendo ser observado que o tombamento provisório ocorrerá com os que tem seu procedimento na via jurisdicional, quando o ato ocorrer de uma liminar, ou executiva, quando ocorrer o caso mencionado no artigo 10 do Decreto-Lei 25/1937, apresenta como finalidade o de proteger o bem que esta sujeito a sofrer algum tipo de ameaça, estando ainda como processo administrativo. Já o tombamento definitivo pode ocorrer em qualquer das três vias, sendo que na via executiva quando ocorrer a inscrição no Livro do Tombo, na via legislativa quando começar a correr a vigência de uma lei que assim instituiu, e pela via jurisdicional quando a sentença que determinou a realização da inscrição no Livro do Tombo transitar em julgado. d) Quanto aos destinatários neste apresenta que os bens tombados poderão ser individuais ou gerais, pois quando for o caso de alcançar um bem determinado será individual, e quando se tratar bens coletivos é dito que são gerais, podendo ser citado como exemplo as ruas, ou um bairro. 10

11 3.4. Procedimento do Tombamento Um bem para ser tombado deve preencher todos os requisitos necessários e passar pelo procedimento administrativo onde terá como fim a inscrição de tal bem no respectivo Livro do Tombo. O procedimento ocorre da seguinte forma, quanto a abertura do procedimento pode ser solicitada por qualquer pessoa, assim pode ser por pessoa física ou jurídica, pelo proprietário do bem ou outro indivíduo, pelo órgão público ou privado, devendo ser observado que quando se tratar de um grupo de pessoas, estes farão um abaixo-assinado. Na solicitação o solicitante deverá deixar claro o porquê que aquele bem deverá ser tombado, além de outras condições que são necessárias como a localização, as características do bem, fotos atuais e antigas, tudo que for de documento necessário que comprove a importância daquele bem. Após o preenchimento da solicitação é encaminhado para órgão competente o qual fará manifestação sobre o pedido, apresentando seu laudo técnico, quando se tratar de bem e o órgão competente for o Federal, a manifestação será do Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (IPHAN), quando for estadual será da Secretária de Estado responsável, quando for municipal será estabelecido por leis específicas os órgãos competentes, quando for mundial é a ONU para a Educação, a Ciência e a Cultura UNESCO. De acordo com o entendimento de Beltrão quando acontecer de ser de ofício, que já é bem público, será por ordem do diretor do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, devendo ser notificado o órgão que é competente pelo bem para assim ser produzido os efeitos jurídicos, já quando ocorrer de ser o pedido de tombamento de forma voluntária pelo proprietário do bem, deverá ser apresentado o laudo técnico do órgão competente, se for o caso do laudo ser de acordo é realizado a inscrição do bem no Livro do Tombo, quando o proprietário estiver em desacordo como tombamento será da mesma forma, contudo, no momento de sua impugnação ele terá o direito de expor suas razões, em seguida será encaminhado para o órgão competente que decidirá no prazo de sessenta dias se arquiva o processo ou promove o tombamento determinando a inscrição do bem 11. Por qualquer forma que acontecer o procedimento a partir da notificação o bem já estará protegido, após a homologação da decisão favorável será inscrito o bem no respectivo 11 Ibidem. p

12 Livro do Tombo, devendo ser observado que quando se tratar de um bem imóvel que foi tombado deverá ser realizado a averbação em seu respectivo Cartório de Registro de Imóveis. Com o tombamento o que acontece não é nada de desapropriação ou modificação do bem, o que ocorre é que se alcança com tal procedimento a preservação para não se ter qualquer destruição que faça com que o bem perca seu valor, sendo que se for o caso de ter qualquer ameaça ou destruição aquele quem produziu incorrerá em um processo judicial, o qual será penalizado com multas, reconstrução do bem da mesma forma com que o bem se encontrava na data do tombamento, entre outras. 3.5 Efeitos do Tombamento O tombamento produz alguns efeitos os quais estão mencionados no Decreto-Lei 25 de 1937 em seu artigo 11 ao artigo 25. Os efeitos doutrinariamente dizem respeito sobre a obrigação de transcrição no registro público, dever de conservar e reparar, restrições a alienações, restrições a modificações, sujeição à fiscalização pelo órgão público de tombamento e restrições as propriedades vizinhos, como Beltrão em seu livro do Curso do Direito Ambiental apresenta destacadamente cada efeito demonstrando assim seu significado e valor alcançando assim a preservação do bem tombado, esses efeitos eles são considerados positivos, que ocorre quando se tem uma obrigação de fazer, e negativas, que ocorre quando a obrigação é de não fazer, tendo também as suportáveis que geram a obrigação de deixar fazer. 4. TOMBAMENTO INSTRUMENTO EFETIVO O ambiente cultural é apresentado para se preservar alguns bens que apresente um valor para a sociedade, como mencionado devendo esse bem necessitar de proteção se tornando assim um patrimônio cultural. Esses bens considerados como bens culturais são resguardados pela Lei e faz com que a história seja, pode se dizer, mantida para as gerações existentes e para as futuras, apresentando assim como algo de suma importância a sua preservação, pois pode ser 12

13 esclarecidos fatos de mudanças e preservação de propriedades que mais ao longo do tempo deixaria de existir. O tombamento é um dos instrumentos usados para se ter a tutela e a preservação do bem, fazendo com que seja alcançado utilizando esse mecanismo resguardar o acesso que todos tem com aquele bem a cultura que ele representa, assim conforme estabelece na Lei infraconstitucional e constitucional o tombamento é um instrumento eficaz para a tutela do meio ambiente, usando seus meio para preservar ou evitar sua deterioração ao bem. 4.1 Tombamento no Estado de Mato Grosso O tombamento deve ter a apresentação do laudo técnico do Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (IPHAN) o qual tem a função de promover e coordenar o processo de preservação dos bens históricos, sociais e culturais, é apresentado tendo um fácil acesso no próprio site do IPHAN, no qual é demonstrado os bens tombados no território nacional, além dos indeferimentos e os bens tombados provisoriamente. No Estado de Mato Grosso é apresentado a seguinte tabela no site do IPHAN: Imagem Portal Iphan: Disponível em < Acesso em abril/

14 Complementando tais dados a Secretaria de Estado de Cultura (SEC), órgão competente para preservar o patrimônio cultural mato-grossense, em seu site apresenta dados que menciona sobre a lista total de bens tombados sendo de 107 bens, sendo que 102 são bens materiais e 05 bens são imateriais, sendo distribuídos em 33 municípios e 02 distritos. Assim, pode ser visualizado que o Estado de Mato Grosso apresenta organização e meios adequados, sendo o tombamento um instrumento eficaz e mais usado para se ter a preservação dos bens que necessitam de cuidados necessários para assim conseguir se alcançar o proteção do bem histórico, cultural e social evitando a deteriorização garantindo o direito para as gerações existentes e futuras do conhecimento de tal bem. Além do Estado de Mato Grosso, outros estados brasileiros usam do instrumento do tombamento como preservação de bens considerados culturais, entendidos no âmbito material e imaterial. 14

15 CONSIDERAÇÕES FINAIS O meio ambiente é todo conjunto de recursos ambientais que são dependentes entre si, os quais envolvem as coisas e o ser humano, um bem de uso comum de todos, devendo assim ser protegido e garantido para que as presentes e futuras gerações possam gozar de tal direito. Para melhor aplicabilidade de proporcionar a proteção ao meio ambiente é realizada a divisão de meio ambiente em natural, artificial, cultural e do trabalho, sendo apresentado neste trabalho o meio ambiente cultural que tem sua regulamentação na Constituição Federal no artigo 225, caput e 1º, I, III, VII, onde é compreendido o patrimônio histórico, artístico, paisagístico, ecológico, científico e turístico, formado assim pelos valores históricos, morais, éticos, religiosos e culturais que os povos apresentavam com o decorrer do tempo, independente se são bens materiais ou imateriais, se apresentar a necessidade preservação por possuir um valor para a sociedade deve ser preservado, assim chamado de um direito difuso, pois todos devem preservar. O tombamento é um instrumento que proporciona efetividade quanto a preservação e conservação do patrimônio histórico, artístico, cultural e natural, regulamentado em leis infraconstitucionais e na Constituição Federal. Os bens passíveis de serem tombados são os que apresentam algum valor para a sociedade, necessitando de uma preservação que irá garantir para as gerações presentes e futuras o conhecimento de tal bem, com o tombamento assim são preservadas as características originais, guardando assim as características especiais para a memória histórica, tendo ao fim o interesse público alcançado. Com o procedimento realizado do tombo tem assim a inscrição no respectivo Livro do Tombo, por esse instrumento não se tem a perda do bem do proprietário, assim não se tem a desapropriação, podendo esta ocorrer se tiver danos, ameaças ou já destruição do bem. Sendo assim, o tombamento é um instrumento de preservação do meio ambiente cultural brasileiro, pois irá usar dos meios que tem direito para garantir a preservação e manutenção do bem, garantindo assim a preservação histórica, cultural, social e moral da sociedade. Como demonstrado acima nos 107 bens tombados que se tem no Estado de Mato Grosso, observando-se assim que, a preservação para o conhecimento das gerações existentes e futuras esta garantida se continuar com a efetiva aplicação de tal instrumento de preservação e manutenção. 15

16 REFERÊNCIAS MIRALÉ, Édis. Direito do ambiente: a gestão ambiental em foco: doutrina, jurisprudência, glossário/édis Milaré; prefácio Ada Pelegrini Grinover. 7. Ed. Ver., atual. E reform. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, FIORILLO, Celso Antonio Pacheco. Curso de direito ambiental/celso Antonio Pacheco Fiorillo. 12. ed. ver., atual. e ampl. São Paulo: Saraiva, BELTRÃO, Antonio F. G.. Curso de direito ambiental/antonio Beltrão. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo : MÉTODO, FREITAS, Vladimir Passos de. Direito administrativo e Meio Ambiente. 3. ed. Curitiba: Juruá, LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 12. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Saraiva, TRINDADE, Carmélia Carreira, A Proteção do Meio Ambiente Cultural: O Tombamento da Propriedade Privada na Cidade De Belém Pará, Disponível em: < >Acesso em março de 2016 NOIRTIN, Célia Regina Ferrari Faganello, Tombamento como precípuo mecanismo de proteção do patrimônio cultural material nacional. Disponível em: Acesso em março de 2016 RIBEIRO, Pânmia F. Vieira. Tombamento: Instrumento De Proteção Ambiental Disponível em: < Acesso em março de 2016 RANGEL, Tauã Lima Verdan. Anotações ao instituto do tombamento ambiental como substancialização do princípio da herança cultural. Disponível em: < &revista_caderno=5>Acesso em março de 2016 LOURENÇO, Genipaula. Tombamento: Conservação do patrimônio histórico, artístico e cultural. Disponível em: < Acesso em março de

17 LIMA, Larissa da Rocha Barros. A preservação do meio ambiente cultural e a proteção jurídica através do tombamento: a ausência do federalismo cooperativo no município alagoano de Marechal Deodoro. Disponível em: < =8&ved=0ahUKEwiKp6yRuLbLAhXMEJAKHalFATIQFghYMAU&url=https%3A%2F%2 Fperiodicos.unifap.br%2Findex.php%2Fplaneta%2Farticle%2Fdownload%2F133%2Fn2Lim a.pdf&usg=afqjcnfvlea1x96dcq6ojcywe1yhd0hnqa&sig2=6tkxwl- 9ryLK0l1qECGD7Q> Acesso em março de 2016 FARIAS, Talden Queiroz. O conceito jurídico de meio ambiente. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, IX, n. 35, dez Disponível em: < http: // > Acesso em março de 2016 Portal Iphan: Disponível em < pdf > Acesso em abril/2016 Portal Iphan: Disponível em < > acesso em abril/

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