LIVRO DE ATAS I CONGRESSO DE CIÊNCIA E DESENSOLVIMENTO DOS AÇORES CRISE, TERRITÓRIO E PAISAGEM 26 A 27 DE JULHO DE 2013

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1 LIVRO DE ATAS I CONGRESSO DE CIÊNCIA E DESENSOLVIMENTO DOS AÇORES CRISE, TERRITÓRIO E PAISAGEM 26 A 27 DE JULHO DE 2013

2 Título Livro de atas do I Congresso de Ciência e Desenvolvimento dos Açores ISBN Data Outubro de 2013 Presidente do Congresso Tomaz Lopes Cavalheiro Ponce Dentinho Comissão Organizadora Lisandra Meneses (ACDA/APDR) Elisabete Martins (APDR) Tomaz Dentinho (APDR/ACDA) Comissão Científica Álamo Meneses (Universidade dos Açores) Ana Arroz (Universidade dos Açores) Ana Rodrigues (Universidade dos Açores) António Félix Rodrigues (Universidade dos Açores) Carlos Amaral (Universidade dos Açores) Emiliana Silva (Universidade dos Açores) Graça Silveira (Universidade dos Açores) Nuno Martins (Universidade dos Açores) Paulo Borges (Universidade dos Açores) Rosalina Gabriel (Universidade dos Açores) Rui Luís (Universidade dos Açores) Tomaz Dentinho (Universidade dos Açores) Associação para a Ciência e Desenvolvimento dos Açores Rua de Miragaia, Angra do Heroísmo 2

3 Conteúdo Sessões Paralelas A... 5 Sessão Paralela A1 - Gestão e Conservação da Natureza (I)... 5 Aplicação de Métodos de Valoração Económica para a valoração de Recursos ambientais... 5 A COMUNICAÇÃO DE RISCO NA MITIGAÇÃO DAS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS: COMO PROMOVER PRÁTICAS PRÓ-AMBIENTAIS? Sessão Paralela A2 - Tecnologia Alimentar (I) & Biotecnologia e Competitividade BIOTECNOLOGIA E ALIMENTOS TRADICIONAIS: CONTRIBUTOS SOCIO-ECONÓMICO E ECOLÓGICO E POTENCIALIDADES PARA A INOVAÇÃO LActobacilli isolated from Azorian tradional foods: biodiversity and technological suitability for starter culture development Sessão Paralela A3 - Agricultura e Desenvolvimento Rural & Gestão Interdisciplinar da Paisagem.. 32 DEFINIÇÃO DE TIPOLOGIAS DE EXPLORAÇÕES LEITEIRAS EM S. MIGUEL O ARRENDAMENTO RURAL E A TRIBUTAÇÃO DA AGRICULTURA CARACTERIZAÇÃO E GESTÃO DA PAISAGEM DOS AÇORES ATRAVÉS DA APLICAÇÃO DO CONCEITO DE CARÁCTER DA PAISAGEM SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE APOIO À GESTÃO DA PAISAGEM DOS AÇORES. PROPOSTA PARA UMA ESTRATÉGIA REGIONAL Sessões Paralelas B Sessão Paralela B1 - Gestão e Conservação da Natureza (II) UM CLIMA EM MUDANÇA: PERSPECTIVAS PARA OS BRIÓFITOS DOS AÇORES DISTRIBUIÇÃO DE BRIÓFITOS EPÍFITOS RAROS NA FLORESTA NATIVA DA ILHA DO PICO: Resultados preliminares Sessão Paralela B2 - Tecnologia Alimentar (II) FLOW CYTOMETRIC ASSESSMENT OF THE ANTIMICROBIAL ACTIVITY OF VACCINIUM CYLINDRACEUM EXTRACTS AGAINST STAPHYLOCOCCUS AUREUS Sessão Paralela B3 - Desenvolvimento Regional Sustentável, Transportes e Logística & Governança e Sustentabilidade INFRAESTRUTURAS RODOVIÁRIAS: OS DESENVOLVIMENTOS NECESSÁRIOS NOS PRÓXIMOS ANOS SISTEMA DE GESTÃO DE INFRAESTRUTURAS RODOVIÁRIAS APLICAÇÃO À REDE RODOVIÁRIA DE COIMBRA 99 IMPACT MEASUREMENT OF URBAN SCENARIOS AND POLICIES IN THE NETHERLANDS TERRITORY THROUGH THE APPLICATION OF A SPATIAL INTERACTION MODEL Revisão da literatura existente sobre a aversão ao risco e a sua variação entre ciclos económicos A PLATAFORMA CONTINENTAL COMO FACTOR DE SUSTENTABILIDADE ECONÓMICA NO FUTURO Sessões Paralelas C Sessão Paralela C1 - Ambiente e Sustentabilidade ESTUDO DA DEGRADAÇÃO TÉRMICA E DO POTENCIAL ENERGÉTICO DE AMOSTRAS DE EUCALIPTO E DE PINHO LOCALIZAÇÃO DE INFRAESTRUTURAS, UMA DECISÃO ESTRATÉGICA EM TERRITÓRIO INSULAR UNRAVELLING TREASURES FROM THE NATURAL HERITAGE OF AZORES: GENETIC RICHNESS OF MICROORGANISMS FROM EXTREME ENVIRONMENTS MULTI-AGENT SYSTEMS AND AGENT-BASED MODELING PARADIGM: TOOLS AND APPLICATIONS

4 AVALIAÇÃO DO OZONO ATMOSFÉRICO EM ANGRA DO HEROÍSMO -TERCEIRA-AÇORES-PORTUGAL POR RADIAÇÃO SOLAR DIRECTA E RADIAÇÃO SOLAR ZENITAL: UM ESTUDO DE CASO Sessão Paralela C2 - Energias Renováveis & Sustentabilidade na Saúde THE PICO POWER PLANT AS AN INFRASTRUCTURE FOR DEVELOPMENT, RESEARCH AND GRADUATION A CENTRAL DE ONDAS DO PICO UMA VISÃO PARA O FUTURO Sessão Paralela C3 - Criatividade, Inovação e Interdisciplinaridade A INFLUÊNCIA DA UTILIZAÇÃO DAS TECNOLOGIAS SELF-SERVICE POR PARTE DA BANCA NOS CLIENTES PARTICULARES ENSINO INTERDISCIPLINAR DAS CIÊNCIAS: UM CONTRIBUTO PARA A VALORIZAÇÃO DO PATRIMÓNIO NATURAL E CULTURAL ESPAÇO ROMANTIZADO DO COMPLEXO MEGALÍTICO DA GROTA DO MEDO, ILHA TERCEIRA, AÇORES - PORTUGAL Resumos ATLANTIS-MAR - MAPPING COASTAL AND MARINE BIODIVERSITY OF THE AZORES ATLANTIS-MAR MAPEAMENTO DA BIODIVERSIDADE COSTEIRA E MARINHA DOS AÇORES EFFECT OF THERMAL PROCESSING AND RIPENING TIME ON CLA CONTENTS IN AZORIAN MILK AND CHEESE PRODUCTS DYNAMICS OF PLANT-INSECT POLLINATOR INTERACTION NETWORKS IN AZORES: EVALUATION OF AN ECOSYSTEM SERVICE LABORATÓRIO DE PAISAGEM DAS FURNAS PROJETO DE RECUPERAÇÃO ECOLÓGICA E PAISAGÍSTICA DA BACIA HIDROGRÁFICA DA LAGOA DAS FURNAS PRÉMIO NACIONAL DA PAISAGEM CARATERIZAÇÃO E MELHORIA NO PROCESSAMENTO DA MASSA DE PIMENTA-DA-TERRA DOS AÇORES Centros Ambientais dos Açores a interpretação como ferramenta de gestão nos parques naturais INFLUÊNCIA DE UMA MATRIZ QUEIJO FRESCO, NA RESISTÊNCIA AO TRÂNSITO GASTROINTESTINAL DAS BACTÉRIAS DO ÁCIDO LÁCTICO CONTROLO DA LISTERIA MONOCYTOGENES EM QUEIJO FRESCO COM BACTÉRIAS DO ÁCIDO LÁCTICO ISOLADAS A PARTIR DO QUEIJO DO PICO ESTUDO DO POTENCIAL PROBIÓTICO DE BACTÉRIAS DO ÁCIDO LÁCTICO ISOLADAS A PARTIR DO QUEIJO DO PICO THE CAPABILITY APPROACH AND SUSTAINABILITY ECONOMICS CUSTO DO TRATAMENTO DE ÚLCERAS POR PRESSÃO NOS AÇORES UMA ESTIMATIVA QUANTO CUSTA O TRATAMENTO DE UMA ÚLCERAS POR PRESSÃO NUM INTERNAMENTO HOSPITALAR E NUM CENTRO GERIÁTRICO NA ILHA TERCEIRA? Mesa Redonda I Evolução da Ciência nos Açores Ciência nos - uma análise bibliométrica das publicações dos Açores em revistas do SCI entre Mesa Redonda I I Ciência, Educação e Interdisciplinariedade Procuram-se cientistas para o desenvolvimento regional sustentável

5 AVALIAÇÃO DO OZONO ATMOSFÉRICO EM ANGRA DO HEROÍSMO -TERCEIRA-AÇORES-PORTUGAL POR RADIAÇÃO SOLAR DIRECTA E RADIAÇÃO SOLAR ZENITAL: UM ESTUDO DE CASO Lisandra Meneses 1, Alice Pereira 2, Sandra Cota 3 e Félix Rodrigues 4 1Estudante do Mestrado de Gestão e Conservação da Natureza na Universidade dos Açores, lisandra@uac.pt 2Estudante da Licenciatura de Energias Renováveis, pereira.aliceg@gmail.com 3Estudante do Mestrado de Energias Renováveis e Eficiência Energética no Instituto Politécnico de Bragança, sandra.a.cota@gmail.com 4Universidade dos Açores, Portugal, felix@uac.pt Resumo No presente trabalho de investigação efectuou-se uma análise aos dados de ozono atmosférico medidos por espetrofotometria, ou seja, pelo princípio da absorção diferencial da radiação solar ultra-violeta (UV) em diferentes comprimentos de onda, no Observatório Tenente Coronel José Agostinho em Angra do Heroísmo, ilha Terceira Açores Portugal, recorrendo à radiação solar directa (RSD) e à radiação solar zenital (RSZ). A radiação UV na superfície da cidade de Angra do Heroísmo depende claramente da quantidade de ozono existente na atmosfera. No entanto, essa radiação é atenuada por vários factores atmosféricos, nomeadamente a presença de aerossóis, fumos, pólen e nuvens. Verificou-se que os máximos de total de ozono na cidade ocorrem na primavera, e os mínimos, no início do inverno. Assim sendo, nos períodos de temperaturas mais elevadas parece existir menos formação de ozono total, compatível com um processo de fotólise que ocorre essencialmente na estratosfera e que destrói esse gás, na chamada camada de ozono. Não ficou clara a formação de ozono superficial em Angra do Heroísmo no verão, resultante da fotólise ou de reações atmosféricas entre os poluentes emitidos na cidade. O que é claro, é que, a maior intensidade de radiação UV à superfície ocorre ao meio-dia solar, com um ciclo diário característico. Aos domingos, a qualidade do ar em Angra do Heroísmo parece ser influenciada pela menor quantidade de poluentes na atmosfera, emitidos essencialmente pelo trânsito automóvel, o que se traduz num aspeto positivo, mas a incidência da radiação UV aumenta, resultado da não dispersão ou absorção dessa radiação pelas partículas e gases na atmosfera, o que se constitui um aspecto negativo. Palavras Chave: Poluição, Atmosfera, Radiação, Ozono. Introdução Segundo Miranda (2001) a radiação solar é a principal fonte de energia do sistema climático. A estrutura térmica da atmosfera é assim o resultado da existência de três zonas de absorção preferencial de radiação solar: a superfície do planeta que absorve grande parte da radiação incidente, a Termosfera, onde a radiação x e gama são absorvidas, e por último, a camada de ozono, onde ocorre a absorção da radiação ultravioleta (UV). A variação ao longo do tempo da radiação solar na atmosfera depende dos movimentos de translação e rotação da Terra, enquanto a sua distribuição depende de factores geográficos como a latitude, a altitude e o albedo da superfície. O mesmo autor afirma que os factores mais relevantes que afectam a radiação UV que atinge a superfície da Terra são o ozono estratosférico, a elevação solar, a altitude e a cobertura nebulosa. As razões são: 185

6 a) O ozono estratosférico absorve cerca de 95% da radiação UV; b) A elevação solar é o ângulo entre o horizonte e a direcção ao sol. O ângulo zenital solar é utilizado em alternativa à elevação solar e é o ângulo entre o zénite e a direcção ao sol. A radiação UV é mais intensa para maiores elevações solares (ângulos zenitais pequenos): a distância que a radiação percorre na atmosfera é mais pequena sendo por isso menos atenuada. Devido à forte dependência da radiação UV com a elevação solar, esta varia com a latitude, estação do ano e hora do dia, sendo maior nos trópicos, no Verão e ao meio dia solar. ; c) A altitude a espessura da atmosfera diminui com a altitude, assim a radiação UV aumenta com essa variável. Segundo Mendes (2008), a radiação UV aumenta 6-8% por cada 100 m em altitude; d) Cobertura nebulosa normalmente a intensidade da radiação UV é maior se o céu não apresentar nuvens, pois estas reflectem a radiação. A radiação UV afecta todos os organismos vivos existentes na Terra, mas se exceder os limites para os quais os organismos estão preparados, pode ser nefasta, pode provocar, por exemplo, cancro de pele. Estudar a dependência da radiação UV da concentração do ozono atmosférico é importante em termos de saúde pública, mas também em termos de planeamento de actividades ao ar livre. A quantidade de ozono atmosférico pode ser medida com instrumentos à superfície ou com instrumentos em altitude como os balões, aviões e satélites. De acordo com Mendes (2008), existem duas categorias principais de técnicas de medição: as diretas e as indiretas ou à distância (remotas). As duas técnicas usam propriedades químicas e ópticas únicas do ozono. Nas medições diretas o ar é aspirado para o interior do instrumento. Uma vez dentro do instrumento, o ozono pode ser medido através da absorção da luz UV ou através de uma corrente eléctrica que produz uma reacção química com o próprio ozono. As medições de ozono à distância têm como base a absorção da radiação UV. Os instrumentos mais utilizados para medições a longa distância são os espetrofotómetros de ozono de Dobson e Brewer, ( ) ambos têm como princípio a absorção diferencial da radiação solar UV pelo ozono em diferentes comprimentos de onda (Mendes, 2008). É sobre este segundo aspecto que este trabalho se debruça. A medição do ozono sempre assumiu grande importância técnica e científica na região Açores. Refira-se por exemplo que as primeiras medições de ozono feitas a nível nacional ocorreram na ilha de Santa Maria no âmbito de um estudo integrado nas comemorações do Ano Geofísico Internacional ( ), utilizando um espetrofotómetro de Dobson. No que se refere a este trabalho, este tem como principal objetivo contribuir para o entendimento da variabilidade da distribuição de ozono atmosférico e sua relação com a radiação ultravioleta à superfície, contribuindo assim para que se possa encetar uma comunicação eficaz de risco com a população local. Apesar do melanoma maligno da pele nos Açores ser reduzido, alguns hábitos de exposição ao sol, pode fazer crescer essa taxa que era, em 2005, de 0,28 casos por cada habitantes (Serviço Regional de Estatística dos Açores). Metodologia No presente trabalho utilizou-se o site do Observatório José Agostinho (OJA) para obter dados referentes à radiação solar e à coluna total de ozono, onde era possível escolher o dia, mês e ano desejados, que no caso em estudo foi 2006, por ser esse o único ano que possuía amostragens mensais. Paralelamente recorreu-se ao Weather Underground para se obterem previsões meteorológicas e condições meteorológicas dos dias em estudo e assim cruzar a 186

7 informação de ozono à superfície com a cobertura do céu por nuvens. Nessa base de dados só existia informação referente ao Aeroporto da Base das Lajes, cujo código é LPLA, e considerou-se que esses seriam representativos de Angra do Heroísmo, dada a reduzida dimensão da Ilha Terceira. Pretendeu-se que o local de incidência do estudo fosse Angra do Heroísmo, por ser a cidade da ilha Terceira Açores Portugal, mais populosa da ilha. O observatório José Agostinho (OJA) está localizado em Angra do Heroísmo nas coordenadas geográficas 38º N, 27º W, aos 90 metros de altitude, e faz parte do Instituto de Meteorologia, que se dedica ao estudo da meteorologia, da sismologia e da qualidade do ar em Portugal. O OJA possui um espetrofotómetro de Brewer, que faz parte da rede de estações regionais do programa Global Atmosphere Watch (GAW), da Organização de Meteorológica Mundial, é com esses dados que se desenvolve o trabalho que aqui se apresenta. O ozono total medido pelo espetrofotómetro de Brewer tem por base a radiação solar directa (Direct Sun - RSD) onde a quantidade total de ozono é obtida quando o detetor de Brewer está direcionado para o Sol, ou com a radiação solar zenital (Zenith Sky RSZ) em que a quantidade total de ozono se obtém quando o espetrómetro de Brewer está direcionado para o zénite. Estudaram-se dias típicos de cada mês do ano de 2006 para investigar o comportamento anual da coluna total de ozono em Angra do Heroísmo, por se entender que as médias não fornecem informações pertinentes acerca dessa variabilidade, ou seja, ser impossível prever eventos de poluição por ozono ou de excesso de radiação UV tende apenas por base o comportamento médio mensal. Resultados Na impossibilidade de se apresentarem aqui todos os tratamentos de dados efectuados neste trabalho optou-se por ilustrar alguns exemplos característicos quer dos níveis de ozono quer da irradiância espetral. Na figuras 1 e 2, que se considera típicas, apresenta-se a variação total do ozono em Angra do Heroísmo, calculada pelo método da radiação solar direta ou pelo método da radiação solar zenital, para dois dias caraterísticos do ano de 2006, cujos comportamentos são díspares. Na generalidade, a variação diária do ozono total tem um comportamento horário típico, quer seja avaliado por radiação solar direta quer seja por radiação solar zenital: tem valores máximos ao amanhecer e ao anoitecer e valores mínimos ao meio-dia solar. Nos gráficos das figuras 1 e 2 não é clara essa tendência, especialmente no que se refere aos mínimos, isso porque a hora oficial do Arquipélago dos Açores não coincide com a hora solar. Nesse contexto, tem-se mínimos no inverno que ocorrem às 13 horas, o que corresponde a um desfasamento entre a hora local e a hora solar de uma unidade, e mínimos que ocorrem às 14 horas no verão, o que corresponde ao desfasamento de duas horas entre a hora oficial e a hora solar. Em conformidade com a legislação, a hora legal na Região Autónoma dos Açores é normalmente adiantada 60 minutos às 0 horas de tempo legal (1 hora UTC) por volta de 23 de março e atrasada de 60 minutos à 1 hora de tempo legal (1 hora UTC) perto de 21 de outubro. Qualquer análise da variabilidade temporal de um poluente atmosférico na Região Açores deve atender a essa especificidade e perceber se os instrumentos adquirem dados à hora legal ou à hora solar. 187

8 Figura 1 Variabilidade temporal do ozono total em Angra do Heroísmo no dia 10 de janeiro de Figura 2 - Variabilidade temporal do ozono total em Angra do Heroísmo no dia 28 de setembro de O comportamento temporal do total de ozono da figura 1, quando se cruza essa informação com as condições meteorológica desse dia (céu maioritariamente nublado com abertas), permite perceber a razão pela qual a quantidade total de ozono determinada pela radiação solar direta (RSD) ou pela radiação solar zenital (RSZ) é tão reduzida (nesse dia específico do mês de Janeiro), quando era esperado que os níveis totais de ozono estratosférico fossem elevados. As nuvens fazem com que a RSD seja absorvida, diminuindo desse modo a intensidade da radiação que atinge a superfície terrestre. Diferente desse dia de janeiro, tem-se por exemplo o dia 28 de setembro do mesmo ano (figura 2), onde a radiação solar direta ou zenital que atinge o solo é mais intensa, verificando-se que os níveis totais de ozono calculados a partir da radiação solar direta até são mais elevados do que aqueles que se observava em janeiro do mesmo ano, o que aparenta ser um contra-senso, se não cruzarmos essa informação (concentrações de ozono total) com as condições meteorológicas. 188

9 A corroborar a interpretação anterior tem-se por exemplo o dia 25 de fevereiro de 2006, onde os níveis totais de ozono medidos por RSD ou RSZ são maiores do que em janeiro e setembro do mesmo ano. Também se sabe que a radiação solar no topo da atmosfera, à latitude dos Açores é praticamente a mesma em janeiro e fevereiro. Quando os níveis de ozono deveriam começar a descer, à medida que nos aproximamos do equinócio da primavera, verifica-se que em Angra do Heroísmo, os níveis total de ozono determinados por RSD e RSZ, aumentam. Analisando especificamente o dia 15 de março de 2006, para percebermos a razão do comportamento anterior, onde se cruza a variabilidade temporal do total do ozono com as condições meteorológicas desse dia, verifica-se que ocorriam aguaceiros e trovoadas. Assim sendo, os níveis mais elevados de ozono nesse dia podem ter duas explicações possíveis: formação de ozono troposférico devido à ocorrência de descargas elétricas ou a um aparente aumento do ozono estratosférico devido à cobertura do céu pelas nuvens. Em abril de 2006, tal como era espetável, verifica-se uma diminuição do ozono total medido por RSD ou RSZ. A análise de um dia típico desse mês (30 de abril de 2006), de céu parcialmente encoberto e mínimo de trânsito na cidade de Angra do Heroísmo, por se tratar de um domingo, permite verificar que há um ligeiro decréscimo do ozono total relativamente aos dias anteriores, decréscimo esse que pode ter como explicação a diminuição de ozono troposférico à superfície dada a diminuição dos níveis de poluentes emitidos pelo trânsito automóvel. Alguns dias de maio de 2006, apresentam níveis de ozono total medidos por RSD ou RSZ superiores aos de abril do mesmo ano, o que não é explicável por uma variação natural da camada de ozono estratosférico. Tal como anteriormente, se analisarmos um dia específico desse mês, como por exemplo o dia 11 de Maio de 2006, onde o céu esteve muito nublado e ocorreu precipitação, então encontra-se justificação para a aparente subida do ozono total, sem que isso tivesse que ser associado a um aumento de emissão de poluentes à superfície ou a uma improvável recuperação da camada de ozono estratosférico. De junho de 2006, para julho de 2006, parece haver, mais uma vez, uma aparente subida do ozono total quando se o avalia por RSD ou RSZ. À semelhança do que se fez anteriormente investigou-se um dia de julho, onde essa subida era notória (15 de julho de 2006). Nesse dia praticamente não ocorreu variação temporal de ozono medido pelo espetrometro de Brewer em Angra do Heroísmo (ver figura 3). Não havendo nesse dia céu nublado, e a camada de ozono sobre os Açores, apresentava um mínimo nessa altura do ano, a justificação do aumento do total de ozono em Angra do Heroísmo, só pode ser explicada pelo aumento de ozono à superfície, ou seja pela formação desse poluente secundário com condições específicas de humidade, temperatura e radiação. Quando analisamos o comportamento do ozono total determinado por RSD ou RSZ nos meses de agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro, verifica-se que de modo geral, os valores de ozono total não tem o mesmo comportamento temporal relativo, ou seja, por vezes com RSD obtêm-se maiores concentrações de ozono, noutras, é exatamente ao contrário, independentemente da hora de análise. Para um melhor entendimento desse comportamento e de modo verificar se os níveis de ozono total medidos por RSD ou RSZ se traduziriam numa variabilidade idêntica da radiação ultravioleta que atingia a superfície da cidade de Angra do heroísmo, analisouse também a irradiância espetral em intervalos de comprimentos de onda de 5 nm em 5 nm, onde os mais usuais foram: 320 nm, 315 nm, 310 nm, 305 nm e 300 nm. 189

10 Figura 3 - Variabilidade temporal do ozono total em Angra do Heroísmo no dia 15 de julho de No que se refere à radiação ultravioleta que atinge a superfície, à latitude dos Açores, nos dias de céu sem nuvens, as curvas de radiação total por comprimento de onda apresentam uma forma caraterística, semelhante a uma parábola com a concavidade voltada para baixo e com um máximo (vértice) próximo do meio-dia solar, que no caso em apreço corresponde a cerca das 13:00H (hora legal). A irradiância medida em Wm -2 nm -1, depende, obviamente, do comprimento de onda da radiação incidente considerada. De modo geral, em Angra do Heroísmo as maiores irradiâncias ocorrem acima dos 315 nm (ver figura 4). A existência de nebulosidade altera esse comportamento típico, podendo encontrar-se períodos distintos de irradiância, como por exemplo o que se apresenta na figura 5, com dois máximos relativos de irradiância, ou seja, duas curvas distintas nesse dia. Nessa figura tem-se um máximo de irradiância no período da manhã, com céu muito nublado (entre as 9:00H e as 13:00H) e outro de céu parcialmente descoberto, que corresponde a um máximo relativo por volta das 16:00H, onde teoricamente se deveria estar a observar um decrescimento da irradiância cujo máximo se situaria perto das 13:00H. Figura 4 - Radiação UV em Angra do Heroísmo no dia 30 de Abril de

11 Figura 5 - Radiação UV em Angra do Heroísmo no dia 15 de Março de Quando se trata de nebulosidade parcial, quer isso significar que, em determinado período do dia, o céu apresentou algum tipo de nuvem, onde por exemplo, na primeira metade do dia o céu esteve claro e na segunda, nublado. A forma da variação da irradiância UV ao longo do ano pode ser maioritariamente explicada pela presença ou ausência de nuvens, mas não a sua intensidade. Comportamentos semelhantes aos da figura 4, em termos de forma, foram observados maioritariamente nos meses de janeiro, fevereiro, abril, maio, julho, setembro, outubro e dezembro de 2006, os restantes meses tem comportamentos próximos dos da figura 5. Dada a grande variabilidade da cobertura do céu por nuvens no Arquipélago dos Açores, tanto em variedade de nuvens como em distribuição em altitude das mesmas, torna-se dificil encontrar um comportamento médio anual para a irradiância espetral UV na Região. Sem qualquer dúvida que se verifica existir uma relação entre a irradiância UV em Angra do Heroísmo e os níveis de ozono total determinados pela RSD e RSZ, não sendo no entanto possivel prever em média o comportamento de UV, por exemplo através de modelação, pelo fato de a espessura e distribuição de nuvens no Arquipélago estar muito dependente da força do Anticiclone dos Açores. A necessidade de fazer chegar ao público em geral informação sobre a radiação UV e sobre os seus possíveis efeitos nocivos na saúde, usando apenas o índice UV previsto para a ilha Terceira em condições de céu descoberto, é muito restritivo, mas não aparenta ser facil melhorar essas previsões através de uma modelação matemática adequada para os dias de céu nublado ou parcialmente nublado. O número de dias com céu muito nublado ou encoberto nos Açores é maior nos meses de outubro a junho, com máximo em janeiro. As menores percentagens de céu muito nublado ou encoberto ocorrem entre julho e setembro, obtendo-se um mínimo apenas no mês de Agosto. A maior percentagem de céu pouco nublado ou limpo é maior de junho a setembro, com máximo em julho e agosto. Bettencourt, 1979). Conclusões A radiação UV à superfície em Angra do Heroísmo depende claramente da quantidade de ozono total existente na atmosfera, no entanto, também é clara a atenuação por vários factores atmosféricos, nomeadamente aerossóis, fumos, poeiras e nuvens. 191

12 Verificou-se neste trabalho, e tal como esperado, que os valores máximos de ozono total ocorreram na primavera e os mínimos no início do inverno, sem se notar grande contributo do ozono troposférico ou de superfície para o ozono total (troposférico e estratosférico). Parece haver um comportamento ciclico no total de ozono determinado por RSD ou RSZ em Angra do Heroísmo, apesar de ser dificil distinguir o que é o efeito da neblusidade ou da poluição na atenuação da radiação UV à superfície, fazendo com que ao domingo haja menos ozono do que nos dias de semana. Tal poderá querer significar que a qualidade do ar no fim-de-semana, em Angra do Heroísmo melhora, pelo fato de diminuir a quantidade de poluentes na atmosfera emitidos essencialmente pelo trânsito automóvel. No verão isso traduz-se, numa maior incidência da radiação solar UV, uma vez que essa não está a ser dispersa pelos aerossois em suspensão. A previsão do índice UV em Angra do Heroísmo poderá ser melhorada, usando o ozono total medido pelo espetrometro de Brewer se na modelação matemática, forem introduzidos parâmetros ou fatores como a espessura das núvens, altitude a que estas se encontram, percentagem do céu coberto ou parcialmente coberto por nuvens, concentração de aerossóis ou poluentes atmosféricos. É necessário também tratar um série temporal de dados, muito superior aquela que aqui se utilizou na realização deste trabalho. Bibliografia Bettencourt, M. L O clima dos Açores como recurso natural, especialmente na agricultura e industria do turismo. Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica. Lisboa. Mendes, S Medição da quantidade total de ozono em condições de céu nublado. Instituto de Meteorologia. Angra do Heroísmo. Miranda, P Metereologia e Ambiente. Universidade Aberta. Serviço Regional de Estatística dos Açores Demografia Angra do Heroísmo. WeatherUnderground Base de dados meteorológicos e de previsões meteorológicas. Data de consulta: Janeiro de

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