Boletim Climatológico Mensal JUNHO 2008

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1 Boletim Climatológico Mensal JUNHO 2008 CONTEÚDOS IM 02 Resumo Mensal 04 Resumo das Condições Meteorológicas 05 Caracterização Climática Mensal 05 Temperatura do Ar 07 Precipitação 09 Outros elementos 10 Fenómenos Relevantes Figura 1. Imagem satélite visível MSG do dia 25 de Junho 2008 às 12 UTC RESUMO MENSAL Boletim Climatológico Mensal de Junho Produzido por Instituto de Meteorologia, I.P. Também disponível em JUNHO SECO E COM TEMPERATURAS ALTAS Junho foi um mês caracterizado por céu pouco nublado, temperaturas acima do valor médio de e por reduzida precipitação. O mês foi seco a extremamente seco com valores da quantidade de precipitação bastante inferiores ao valor normal ( ), excepto no nordeste transmontano onde foi normal. O valor médio da temperatura máxima, mínima e média do ar foi superior ao valor médio ( ) em +1.4 C, +0.2ºC, +0.6ºC respectivamente De salientar o número de dias com temperatura máxima igual ou superior a 25 C e 30 C que foi superior aos respectivos valores médios. Todas as estações meteorológicas do Continente analisadas registaram valores de temperatura máxima do ar superior a 30ºC e cerca de 30% das estações registaram valores da temperatura máxima do ar superior a 35ºC. Mais informação na pág. 02. Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior 1 10

2 Resumo Mensal Na Madeira o valor médio da temperatura do ar (máxima, mínima e média) foi superior ao valor médio ( ) e os valores da quantidade de precipitação foram inferiores aos normais. Nos Açores o valor médio da temperatura do ar (máxima, mínima e média) também foi superior ao valor médio ( ) e os valores da quantidade de precipitação foram próximos ou superiores aos normais ( ) em todo o Arquipélago, excepto em Ponta Delgada onde foram inferiores. Estações Tabela 1_Resumo Climatológico Mensal Junho 2008 Temp. Máx. Ocorrida (ºC) Dia Temp. Min. Ocorrida (ºC) Dia Prec. Máx. Diária (mm) Dia Bragança e 15 Porto/P. Rubras 32.2* * * 24 Penhas Douradas Coimbra/Cernache Castelo Branco Lisboa/Geofísico Évora/C.C Faro Não ocorreu -- Funchal Não ocorreu -- Ponta Delgada Temp. Máx. Ocorrida / Dia - Maior valor da Temperatura máxima ocorrida neste mês e respectiva data Temp. Min. Ocorrida / Dia - Menor valor da Temperatura mínima ocorrida neste mês e respectiva data Prec. Máx. Diária / Dia - Maior valor da Precipitação diária ocorrida neste mês e respectiva data * Estação com falhas entre dia 13 e 18 de Junho Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior 2 10

3 Tabela 2_Climatologia Mensal Comparada Junho 2008 Estações Temp. Máx. Mês (ºC) Média Temp. Min. Mês (ºC) Média Prec. Total Mês (mm) Média Nº dias com Tmax>30º Média Bragança Porto/P. Rubras 24.2* 22.3 (1) 14.4* 13.5 (1) 0.9* 46.2 (1) 2 2 (1) Penhas Douradas Coimbra/Cernache (2) (2) (2) 3 -- (2) Castelo Branco Lisboa/Geofísico Évora/C.C Faro Continente (3) 6 Funchal Ponta Delgada (1) Normais da estação meteorológica de Porto/S. Gens (2) Normais de Coimbra/Geofísico Mudança de estação (3) Valor médio calculado com base em 68 estações meteorológicas do Continente * Estação com falhas entre dia 13 e 18 de Junho Figura 2. Precipitação Total em Junho (esq.) e Temperatura máxima em Junho em Portugal Continental (dir.) Desvios em relação à média Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior 3 10

4 Resumo das Condições Meteorológicas Na primeira década do mês o estado do tempo no Continente foi predominantemente condicionado por sistemas depressionários. O céu apresentou períodos de céu muito nublado e ocorreram aguaceiros fracos em especial nas regiões do Norte e do Centro. A partir da segunda década, o Continente passou a ser influenciado predominantemente por um anticiclone, e consequentemente o céu passou a estar em geral limpo e os valores da temperatura registaram uma subida. A existência de um vale em altitude nos dias 11,12, 23 e 24 e passagem de uma superfície frontal pelo norte da Península Ibérica nos dias 15 e 16 interromperam temporariamente esta situação meteorológica. Nestes dias, o céu esteve por vezes muito nublado e ocorreu precipitação fraca. Tabela 3_Resumo Sinóptico Mensal Junho 2008 Período 1 a 5 6 a 7 8 a 10 11, 12 e e 14,17 a 22, 25 a 30 Tempo Períodos de céu muito nublado com aguaceiros fracos nas regiões Norte e Centro. Céu pouco nublado. Subida da temperatura Céu pouco nublado no Sul. Aguaceiros nas regiões Norte e Centro. Aguaceiros no interior Trovoadas Céu limpo. Vento moderado de noroeste no litoral 15, 16 e 24 Chuva ou aguaceiros no Norte e Centro Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior 4 10

5 1. Temperatura do Ar Caracterização Climática Mensal Em Portugal Continental o valor médio da temperatura máxima, mínima e média do ar foi superior ao valor médio ( ): +1.4 C, +0.2ºC, +0.6ºC respectivamente. Os valores da média da temperatura máxima variaram entre 19.6 C em Penhas Douradas e 31.3 C em Beja; os desvios em relação à normal variaram entre 0.2 C em Chaves/Aerod. e +3.0ºC em Lisboa; os valores da média da temperatura mínima variaram entre 9.7 C em Montalegre e 18.0 C em Faro; os desvios em relação à normal variaram entre 0.8ºC em Alvega e +2.1ºC em Faro/Aerop. (Figura 3). Figura 3 Distribuição espacial da temperatura mínima, média e máxima do ar em Junho e respectivos desvios em relação à média Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior 5 10

6 De salientar o número de dias com temperatura máxima igual ou superior a 25 C e 30 C que foi superior aos respectivos valores médios. Todas as estações meteorológicas do Continente analisadas registaram valores de temperatura máxima do ar superior a 30ºC e cerca de 30% das estações registaram valores da temperatura máxima do ar superior a 35ºC Os valores do número de dias com temperatura máxima igual ou superior 30 C (Figura 4a) variaram entre 1 dia na região do litoral Centro e 20 dias em alguns locais do Sul (Alcácer do Sal e Beja) e foram superiores ao valor médio em quase todo o território. O maior valor do número de dias com temperatura máxima igual ou superior 35 C (Figura 4b) foi de 8 e verificou-se em Évora, Elvas, Portel e Zebreira.. a) b) Figura 4 - Número de dias com temperatura máxima do ar superior a 30 C (a) e a 35 C (b) em Junho 2008 Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior 6 10

7 2. Precipitação Total A média regional da quantidade de precipitação em Portugal Continental neste mês de Junho de 2008 foi inferior ao valor médio ( ) para o mês, classificando-se como seco a extremamente seco, excepto no nordeste transmontano onde foi normal. Em alguns locais do Continente não se registou precipitação como foi o caso de Alcácer do Sal e Faro; o valor mais alto da quantidade de precipitação ocorreu em Cabril (região Norte) com 47mm. Em termos de percentagem, em relação ao período , a quantidade de precipitação foi inferior a 60% em quase todo o território, excepto nalgumas zonas da região Norte, como é o caso de Trás-os-Montes, onde foi superior. Figura 5 Precipitação total em Junho (esq.) e respectiva percentagem em relação à média (dir.). Nota: Para a análise da precipitação foram utilizadas 43 estações do INAG e 50 do IM. Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior 7 10

8 2.1. Precipitação acumulada desde 1 de Setembro de 2007 Os valores da quantidade de precipitação acumulada no período entre 1 de Setembro de 2007 e 30 de Junho 2008 continuam inferiores aos valores médios de em todo o território do Continente, em particular nas regiões do litoral Norte e Centro. (Figura 6). Variaram entre 347 mm em Martim Longo e 1256 mm em Portelinha/Alto Minho e em termos de percentagem da quantidade de precipitação acumulada, em relação aos valores médios é inferior a 90% em quase todo o território, sendo mesmo inferior a 70% em parte das regiões do Norte e Centro. Figura 6 Precipitação acumulada desde 1 de Setembro 2007 (esq.) e percentagem em relação à média (dir.) Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior 8 10

9 3. Outros Elementos Climáticos Insolação Os valores da insolação variaram entre 300 horas em Coimbra e 391 horas em Sagres e foram bastante superiores aos valores normais (71-00) em todo o território do Continente. Água no solo Os valores em percentagem de água no solo, em relação à capacidade de água utilizável pelas plantas, em 30 de Junho de 2008 eram inferiores a 50% sendo mesmo inferiores a 20% em alguns locais do Centro Sul e na região do Algarve. Os valores são próximos dos normais para a época em todo o território do Continente. Figura 7 Insolação em Junho Figura 8 Percentagem de água no solo em Junho Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior 9 10

10 Fenómenos Climáticos Relevantes Situação de Seca Meteorológica Em 30 de Junho de 2008 e segundo o Índice de seca meteorológica PDSI 1, a maior parte do território do continente encontra-se numa situação normal (43%) a chuva fraca (54%), surgindo no entanto, no interior do baixo Alentejo a situação de seca fraca (3%). Figura 9 Distribuição espacial do Índice de Seca em Junho PDSI - Palmer Drought Severity Index - Índice que se baseia no conceito do balanço da água tendo em conta dados da quantidade de precipitação, temperatura do ar e capacidade de água disponível no solo; permite detectar a ocorrência de períodos de seca e classifica-os em termos de intensidade (fraca, moderada, severa e extrema). Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior 10 10