INFORMAÇÃO CLIMÁTICA FEVEREIRO 2007

Transcrição

1 INFORMAÇÃO CLIMÁTICA FEVEREIRO 27 Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior Instituto de Meteorologia, I. P. Rua C Aeroporto de Lisboa Tel.: (351) informacoes@meteo.pt Lisboa Portugal Fax: (351) URL:

2 ÍNDICE Resumo 1. Situação Sinóptica Temperatura do ar Precipitação... 7 Precipitação desde 1 de Setembro de Índice meteorológico de seca (PDSI) Índice SPI Teor de água no solo Insolação Anexos Resumo Mensal Figura A: Valores diários da temperatura do ar Figura B: Valores diários da quantidade de precipitação Tabela I Valores acumulados da quantidade de precipitação (1 Setembro 6-31 Fevereiro 7) Figura C: Valores mensais da quantidade de precipitação e precipitação 1 2

3 Resumo O mês de Fevereiro de 27 foi caracterizado por valores médios da temperatura média do ar superiores aos valores médios. O mês de Fevereiro quanto à quantidade de precipitação classificou-se como seco a normal Valores extremos Temperatura do ar Maior valor da Temperatura Máxima: 21.6 C em Alvalade/Sado, dia C em Porto/S. Pilar, 196, dia 28 Menor valor da Temperatura Máxima: 1.1 C em Guarda, dia C em Penhas da Saúde, 1954, dia 4 Maior valor da Temperatura Mínima: 15.6 C em Sagres e Faro, dia C em Montemor-o-Velho, 196, dia28 Menor valor da Temperatura Mínima: -4. C em Lamas de Mouro, dia C em Penhas da Saúde, 1954, dia 4 e 1956, dia 12 Maior valor da Temperatura Média: 18.1 C em Vila Real Sto António, dia 14 Menor valor da Temperatura Média: -.9 C em Guarda, dia 2 Precipitação Maior valor em 24 h: 69. mm em Cabeceiras de Basto, dia mm em Penhas da Saúde, 1963, dia 16 Insolação Maior valor em 24 h: 1.3 horas em Sagres e Faro, dia 28 Em itálico extremos absolutos(desde 1941) no mês de Fevereiro 2 2

4 1. Situação Sinóptica Até dia 4 o estado do tempo no Continente foi influenciado por um anticiclone centrado nas Ilhas Britânicas e por uma depressão centrada no Norte de África. A partir de dia 5, a posição do anticiclone localizado mais a Sul permitiu a passagem de sucessivas superfícies frontais pelo Norte da Península Ibérica. Até dia 4 o céu apresentou alguma nebulosidade em especial nas regiões do Centro e do Sul e ocorreu precipitação fraca nas referidas regiões. A partir de dia 5, a precipitação foi mais significativa nas regiões do Norte e do Centro, tendo nevado na Serra da Estrela nos dias 8, 16, 17 e Temperatura do ar O mês de Fevereiro de 27 foi caracterizado por valores médios da temperatura média do ar superiores aos valores normais todo o território. Os valores médios da temperatura média variaram entre +4.2 C em Penhas Douradas e C em Faro; os desvios em relação à normal variaram entre +.2 C em Alcobaça e +2.3ºC em Mirandela. Na Figura 1 apresenta-se a distribuição espacial da temperatura média em Fevereiro 27 e os respectivos desvios em relação aos valores médios Figura 1 Distribuição espacial da temperatura média e desvios em relação à média

5 Na Figura 2 apresenta-se a distribuição espacial da média da temperatura mínima e máxima do ar em Fevereiro de 27 e os respectivos desvios em relação aos valores médios Os valores da média da temperatura mínima variaram entre +1.6 C em Penhas Douradas e C em Cabo Carvoeiro; os desvios em relação à normal variaram entre.2 C em Sagres e +3. ºC em Mirandela e Porto/P. Rubras. Os valores da média da temperatura máxima variaram entre +6.7 C em Penhas Douradas e C em Vila Real Santo António; os desvios em relação à normal variaram entre +.2 C em Vila Real e +1.7 C em Elvas. Figura 2 Distribuição espacial da temperatura mínima e máxima e respectivos desvios em relação à média

6 Em anexo apresentam-se, para alguns locais, gráficos com os valores diários da temperatura máxima e mínima do ar, assim como os respectivos valores médios ( ). Nos períodos de 8 a 16 de Fevereiro e depois do dia 21, de referir os valores altos da temperatura do ar, em particular da temperatura mínima, superiores ao respectivo percentil 9 (Figura 3). Na Figura 3 apresentam-se para o mês de Fevereiro e para alguns locais, os valores diários da temperatura mínima e máxima do ar, percentis 9 e 1 (calculados no período de referência ) onde se podem verificar os dias quentes e as noites quentes e as noites frias e dias frios. Número de dias O maior número de dias com temperatura mínima igual ou inferior a C (frost days), Figura 4, observou-se em Lamas de Mouro e Penhas Douradas (9 dias) e foram inferiores aos valores médios. O número de dias com temperatura mínima igual ou inferior a C (frost days), Figura 4, foram inferiores aos valores médios; o maior valor (9 dias) observou-se em Lamas de Mouro e Penhas Douradas. Figura 4 Número de dias com temperatura mínima do ar C em Fevereiro

7 12 Valores diários da temperatura mínima (Tmin) e percentil 9 e 1 18 Valores diários da temperatura máxima (Tmax) e percentil 9 e Temperatura mínima ( C) Percentil 9 (1961-9) Temperatura máxima ( C) Percentil 9 (1961-9) Percentil 1 (1961-9) -4 Percentil 1 (1961-9) Tmin Fevereiro 27 Tmax Fevereiro 27 1 Valores diários da temperatura mínima (Tmin) e percentil 9 e 1 16 Valores diários da temperatura máxima (Tmax) e percentil 9 e Percentil 9 (1961-9) Temperatura mínima ( C) Percentil 9 (1961-9) Temperatura máxima ( C) Percentil 1 (1961-9) Percentil 1 (1961-9) Tmin Fevereiro 27 Tmax Fevereiro Valores diários da temperatura mínima (Tmin) e percentil 9 e 1 22 Valores diários da temperatura máxima (Tmax) e percentil 9 e 1 Temperatura mínima ( C) Percentil 9 (1961-9) Temperatura máxima ( C) Percentil 9 (1961-9) 6 Percentil 1 (1961-9) 12 Percentil 1 (1961-9) Tmin Fevereiro 27 Tmax Fevereiro Valores diários da temperatura mínima (Tmin) e percentil 9 e 1 2 Valores diários da temperatura máxima (Tmax) e percentil 9 e 1 Temperatura mínima ( C) Percentil 9 (1961-9) Percentil 1 (1961-9) Temperatura máxima ( C) Percentil 9 (1961-9) 2 8 Percentil 1 (1961-9) Tmin Fevereiro 27 Tmax Fevereiro 27 Figura 3 Valores diários da temperatura mínima e máxima do ar e respectivos percentil 9 e 1 6 2

8 3. Precipitação Os valores da quantidade de precipitação no mês de Fevereiro variaram entre 58 mm em Vila Real Santo António e 312 mm em Portelinha (Figura 5) e foram inferiores aos valores médios em parte das regiões do Centro e Sul. Em termos de percentagem, a quantidade de precipitação foi superior a 7% em grande parte do território, com excepção das regiões do interior Centro e Algarve. O mês de Fevereiro classificou-se como seco a normal. Figura 5 Precipitação total em Fevereiro (esq) e respectiva percentagem em relação à média (dir) Nota: Para a análise da precipitação foram utilizadas 4 estações do INAG e 6 do IM. Em anexo apresentam-se, para alguns locais, gráficos com os valores diários da quantidade de precipitação, precipitação e normal mensal. 7 2

9 Precipitação desde 1 de Setembro 26 Os valores da quantidade de precipitação desde 1 de Setembro de 26 até 28 de Fevereiro 27 (Figura 6) variaram entre 351 mm em Martim Longo e 1714 mm em Portelinha (Alto Minho). A percentagem da quantidade de precipitação, em relação aos valores médios variou entre 7 % em São Brás de Alportel e 158% em Miranda do Douro. Figura 6 Precipitação desde 1 de Setembro 26 (esq.) e percentagem em relação à média (dir.) Na Tabela I em Anexo, apresentam-se para algumas estações os valores acumulados da quantidade de precipitação desde 1 de Setembro 26 a 28 de Fevereiro 27 e respectiva percentagem em relação ao valor médio. Em anexo apresentam-se gráficos com a precipitação mensal, a precipitação no período de 1 de Setembro a 28 de Fevereiro 27 e normal neste período. 8 2

10 4. Índice Meteorológico de Seca (PDSI) Em 28 de Fevereiro de 27, e segundo o índice meteorológico de seca PDSI 1 (Figura 7 e Tabela 1), a classificação na situação de chuva mantém-se, estando quase todo o território em situação de chuva fraca (81% do território). Tabela 1_Percentagem de território afectado em 28 de Fevereiro 27 PDSI % de território afectado Chuva extrema Chuva severa 1 Chuva moderada 18 Chuva fraca 81 Normal Figura 7 Distribuição espacial do Índice de Seca em 28 de Fevereiro 27 1 PDSI - Palmer Drought Severity Index - Índice que se baseia no conceito do balanço da água tendo em conta dados da quantidade de precipitação, temperatura do ar e capacidade de água disponível no solo; permite detectar a ocorrência de períodos de seca e classifica-os em termos de intensidade (fraca, moderada, severa e extrema). 9 2

11 5. Índice SPI (Standardized Precipitation Index) O índice SPI 2 acumulado desde o início de Setembro, mantém-se em 28 de Fevereiro de 27, positivo, continuando a situação de chuva fraca a moderada, excepto em Beja e Faro que estão na situação normal (Figura 8). Figura 8 Índice SPI em 28 de Fevereiro de 27 2 SPI - quantifica o défice de precipitação em diferentes escalas temporais que reflectem o impacto da seca na disponibilidade das diferentes fontes de água e baseia-se na standardização da precipitação, correspondendo ao desvio da precipitação em relação à média para um período de tempo específico, dividido pelo desvio padrão do período a que diz respeito (Mckee et al 1993). 1 2

12 6. Teor de água no solo A Figura 9 representa os valores em percentagem de água no solo 3 em relação à capacidade de água utilizável pelas plantas, que em 28 de Fevereiro de 27, eram superiores aos respectivos valores médios em todo o território, com excepção na região do Algarve Figura 9 Percentagem de água no solo em 28 de Fevereiro Insolação Os valores da insolação no mês de Fevereiro variaram entre 86.3 horas em Montalegre e horas em Sagres Figura 1 Insolação em Fevereiro 27 3 Método de Thornthwaite-Mather 11 2

13 ANEXOS 12 2

14 Resumo Mensal_Fevereiro 27 Estações TX TN TXX D TNN D RR RMAX D Bragança Viana do Castelo Mirandela (*) Miranda do Douro (*) Vila Real Porto/P. Rubras Viseu/C.C Penhas Douradas Coimbra/Cernache e Castelo Branco Fonte Boa /Santarém Cabo Carvoeiro Alvega (*) 37 8 Portalegre Elvas Lisboa/Geofísico Lisboa/Gago Coutinho Évora/C.C Beja Sines Alvalade V. R. Sto António Faro Sagres (*) 7 8 e 2 (*) Significa 1 a 2 falhas de observação TX Média da temperatura máxima (Graus Celsius) TN Média da temperatura mínima (Graus Celsius) TXX/D Temperatura máxima absoluta e dia de ocorrência TNN/D Temperatura mínima absoluta e dia de ocorrência RR Precipitação total (milímetros) RMAX/D Precipitação máxima diária e dia de ocorrência 13 2

15 Figura A Valores diários da temperatura máxima e mínima do ar e respectivos valores médios ( ) 14 2

16 Figura B Valores diários da quantidade de precipitação, precipitação e normal mensal 15 2

17 Tabela I_VALORES ACUMULADOS DA QUANTIDADE DE PRECIPITAÇÃO E % EM RELAÇÃO À MÉDIA (1961-9) Precipitação Acumulada Estação 1 Set 6 28 Fev 7 mm % Portelinha Deilão Bragança Pte. da Barca Pte. de Lima Viana do Castelo Barcelos Vila Real Porto/S. Pilar Penhas Douradas Covilhã Coimbra Soure Castelo Branco Vila Velha de Rodão Cela Alvega Abrantes Portalegre Chouto Pragança Fonte Boa/Santarém B. Magos B. Caia Pavia Elvas S. Julião do Tojal Lisboa Évora Viana Alentejo Beja Serpa Castelo de Vide Relíquias B. Bravura S. Brás de Alportel Faro Sagres

18 Set 6 - Fev 7 Set 6 - Fev Set 6 - Fev 7 Set 6 - Fev Set 6 - Fev 7 Set 6 - Fev 7 Figura C.1 Valores mensais da quantidade de precipitação, e normal (Período: 1 Setembro 6 28 Fevereiro 7) 17 2

19 Set 6 - Fev 7 Set 6 - Fev Set 6 - Fev 7 Set 6 - Fev Set 6 - Fev 7 Set 6 - Fev 7 Figura C.2 Valores mensais da quantidade de precipitação, e normal (Período: 1 Setembro 6 28 Fevereiro 7) 18 2

20 COORDENAÇÃO Fátima Espírito Santo Departamento de Clima e Ambiente Atmosférico PARTICIPANTES Vanda Cabrinha Pires Álvaro Silva Sofia Moita Luísa Mendes Clara Freitas 19 2